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Informativo Nr. 1.225
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Loja Templários da Nova Era nr. 91 (em recesso)
Reuniões: quintas-feiras às 20h00 –
Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Florianópolis(SC) quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Índice:
Bloco 1 -Almanaque
Bloco 2 -Opinião: Mario Gentil Costa “ O Professor ”
Bloco 3 –Ir José Ronaldo Viega Alves - O Templo De Salomão: Origens E Dimensão Do Arquétipo Com
Relação Ao Templo Maçônico E Ao Templo Interior
Bloco 4 –Ir Pedro Juk – Perguntas & Respostas ( Dúvidas )
Bloco 5 - Destaques JB
Pesquisas e artigos desta edição:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br
Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião
deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
9 de janeiro de 2014. É o 9º. dia do Calendário Gregoriano. Faltam 356 para acabar o ano
Dia do Fico. Dia do Astronauta (Estados Unidos)
Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos.
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Praia de Canasvieiras - Reservas : (48) 3266-0010 – 32660271
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 1154 - Sintra recebe foral de D. Afonso Henriques.
 1522 - É eleito o Papa Adriano VI.
 1693 - Um terremoto atinge a Sicília e mais de 60 aldeias e povoados, causando a morte de 50 mil pessoas.
 1768 - O inglês Philip Astley apresentou em Londres o primeiro circo moderno, com acrobatas, palhaços e
animais treinados.
 1788 - Connecticut torna-se o 5º estado norte-americano.
 1822 - Dom Pedro I com a frase Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto: diga ao
povo que fico, se recusou a voltar para sua terra natal, Portugal. Este ato do então regente deu maior força ao
processo de independência do Brasil e ficou conhecido como o Dia do Fico.
 1861 - O Estado de Mississippi separa-se da União norte-americana para fazer parte da Confederação dos Estados
do Sul.
 1863 - Inauguração do Metrô de Londres, primeiro trem subterrâneo do mundo, com sete quilômetros de
comprimento.
 1872 - Guerra do Paraguai: assinado Tratado de Paz entre Brasil e Paraguai.
 1878 - Humberto I torna-se rei da Itália.
 1881 - Entra em vigor, no Brasil, a Lei Saraiva que estabelece o título de eleitor, eleições diretas, voto secreto e o
alistamento preparado pela Justiça.
 1912 - Forças americanas invadem Honduras, visando à preservação dos interesses dos Estados Unidos na
produção de bananas.
 1923 - Pela primeira vez se faz um vôo num helicóptero, realizada na Espanha por Juan de La Cierva y Codorniu.
 1923 - Os Aliados decidem ocupar o território alemão no vale de Rühr, como represália pela demora da
Alemanha em pagar os reparos da guerra.
 1924 - Chegada de luz elétrica em Anápolis.
 1927 - Rebelião militar em Lisboa.
 1929 - Incorporação da cidade de Dearborn-Estados Unidos.
 1939 - A Líbia é incorporada ao território da Itália.
 1941 - A Columbia Broadcasting System realizou a primeira demonstração de uma tela de televisão em cores.
 1942 - II Guerra Mundial: a ofensiva russa chega à zona oriental de Smolensko.
 1943 - O Brasil declara sua adesão à Organização das Nações Unidas e à Carta do Atlântico.
 1945 - Tropas Aliadas desembarcam em Luzon, nas Filipinas.
 1951 - A sede da Organização das Nações Unidas foi inaugurada em Nova York. A instituição surgiu no final da
Segunda Guerra Mundial.
 1954 - Apresentação em Nova York da primeira calculadora de circuitos integrados, chamada de cérebro
eletrônico.
 1957 - O primeiro-ministro britânico, Anthony Eden, renuncia e é substituído por Harold Mac Millan.
 1960 - Início da construção da barragem de Assuão no Rio Nilo -(Egipto) - por Gamel Abdul Nasser, presidente
na época.
 1962 - O Japão assina um tratado, concordando em pagar US$ 290 milhões aos Estados Unidos, pela ajuda
recebida após a Segunda Guerra Mundial.
 1968 - A sonda espacial americana Surveyor 7 chega à superfície lunar. O primeiro homem pisaria na Lua no ano
seguinte.
 1970 - O filme O dragão da maldade contra o santo guerreiro, de Gláuber Rocha, é escolhido para concorrer ao
Oscar de melhor filme estrangeiro. O cineasta declarou que não tinha interesse em participar da seleção.
 1972 - Greve de 280 mil mineiros no Reino Unido.
 1981 - Francisco Pinto Balsemão substitui Diogo Freitas do Amaral no lugar de primeiro-ministro de Portugal.
 1984 - O parlamento da Jordânia é convocado pela primeira vez em dez anos.
 1980 - Na Arábia Saudita, 63 muçulmanos fanáticos são decapitados por terem sitiado a Grande Mesquita de
Meca em novembro de 1979.
 1988 - Cientistas do Instituto Whitehead, de Boston, conseguem isolar o gen responsável pelo sexo humano e
localizar o cromossomo "Y", que está presente somente nos homens.
 1988 - Aprovação do regimento do CEFET-MG, pela portaria 003 de 9 de janeiro de 1988.
 1992 - Independência da Bósnia e Herzegovina.
1 - almanaque
Eventos Históricos - Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
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 1996 - Rebeldes chechenos capturam 2 mil russos e ameaçam matá-los caso suas exigências não sejam aceitas
pelo governo.
 2000 - É reeleito como presidente do Uzbequistão, Islam Karimov,com 91,9% dos votos.
 2005 - Mahmoud Abbas ou Abu Mazen é eleito presidente da Autoridade Palestiniana para substituir Yasser
Arafat, morto em 11 de Novembro de 2004 em Paris.
 2006 - Evo Morales visita a China e convida aos empresários e ao governo a investir em projetos para a
exploração de reservas de gás na Bolívia.
 2006 - Empresários e comerciantes de Port-au-Prince, Haiti, realizam uma greve-geral de um dia como protesto à
violência no país.
 Aniversário da Cidade de Balneário Barra do Sul- Santa Catarina.
 Dia do Fico
Culturais e de Média/Mídia
 1837 - O poeta russo Pushkin é gravemente ferido em um duelo.
 1941 - A Columbia Broadcasting System realiza a primeira demonstração de uma tela de televisão em cores.
 1989 - A banda Rush lança o álbum A Show of Hands.
 1996 - O guitarrista da banda canadense Rush, Alex Lifeson, lança o álbum-solo Victor.
Desportivos
 1900 - Fundação da Società Sportiva Lazio.
Estados Unidos
 Dia do Astronauta.
Religiosos - Católico
 Dia de Santa Marciana
 Dia de São Juliano
Vexilológicos
 1892 - Adotada a bandeira do Paraná
1786 Ato, desta data, assinado pelo Governador da Capitania de São Paulo, Francisco da Cunha Menezes, nomeou
o Capitão de Auxiliares Bento do Amaral Gurgel Annes para o cargo de Capitão-Mor e Regente da Vila
Nossa Senhora dos Prazeres do Sertão de Lages. Foi o segundo a ocupar o posto
1795 Morre, na Vila de São Pedro do Rio Grande, o brigadeiro Rafael Pinto Bandeira, catarinense natural de
Laguna.
1854 Nasce, em Goiana, província de Pernambuco, José Brasileiro de Souza. Foi um dos fundadores do Liceu de
Artes e Ofícios da capital catarinense, onde foi professor de música, maestro e compositor. Foi o autor da
música do Hino do Estado de Santa Catarina. Morreu, em Florianópolis, a 10 de março de 1910.
1855 Inauguração, na cidade de Desterro, da Biblioteca Pública em funcionamento até os nossos dias. Foi fundada
pelo então presidente da Província, João José Coutinho.
1822 Em conseqüência do manifesto elaborado por frei Francisco Sampaio () e articulado por Gonçalves Ledo
e Clemente Pereira, o príncipe D. Pedro decide ficar no Brasil.
1871 Fundado o Supremo Conselho para a América Central, em São José da Costa Rica, transferido em 1887 para
a Guatemala.
1895 Falece Robert Macoy, fundador da editora maçônica Macoy Publishing, ainda existente nos dias de hoje.
1928 Fundado o Grande Oriente Espanhol.
feriados e eventos cíclicos
Históricos de santa catarina:
fatos maçônicos do dia - Fonte: O Livro dos Dias (Ir. João Guilherme) e acervo pessoal
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“O Professor”
Mario Gentil Costa - Florianópolis.
Contato: magenco@terra.com.br
http://magenco.blog.uol.com.br
O PROFESSOR
Tomando como gancho o depoimento recente de um ex-aluno que, diante de um grupo de
colegas, perdeu-se em exagerados louvores aos desenhos com que sempre ilustrei minhas aulas na
Faculdade de Medicina, veio-me à mente a lembrança de professores que marcaram minha
memória. E cheguei à inequívoca conclusão de que existem diversas maneiras de um mestre ter seu
nome lembrado. Isso não é privilégio dessa ou daquela escola. A rigor, se fizermos uma análise
retrospectiva, todas têm seus altos-e-baixos e, entre nomes inesquecíveis pelo brilhantismo, iremos
recordar alguns que pontificaram pela mediocridade ou menos que isso. Esta verdade vale até
mesmo para nosso curso primário ou ginasial.
Minha primeira professora – aquela que me alfabetizou – foi uma dessas figuras que excedeu
à expectativa: Dona Leonor de Barros. Mestra única de um curso particular, dispunha de apenas
uma sala nos fundos da própria casa, onde cabiam, em carteiras à moda antiga, quarenta alunos por
período. Essa mulher extraordinária era capaz de dar aulas para duas turmas de vinte crianças ao
mesmo tempo. De manhã, para o primeiro e segundo anos; de tarde, para o terceiro e quarto. As
turmas eram divididas longitudinalmente: duas fileiras de dez, à sua esquerda, para um grau; duas à
direita para o outro. E três corredores, por onde ela circulava com um livro em cada mão. Não se
ouvia um pio; a disciplina era absoluta. E assim, dando duas aulas ao mesmo tempo com uma
didática irrepreensível, ela ia desfilando sua competência ao ponto de fazer de seu curso um dos
mais respeitados da cidade. Quem, da minha geração, disser que estudou na “Dona Leonor”, será
levado a sério. Comprovei isso diversas vezes. Aliás – sem falsa modéstia – fui um dos seus
melhores alunos, tendo, inclusive, conquistado o primeiro lugar no quarto ano, quando ganhei a
medalha de ouro. Acho que, em homenagem a esse triunfo, ela, a professora, anos mais tarde, foi
minha cliente. Atribuo essa distinção à imagem positiva que deixei impressa em sua memória.
Agora, divergindo um pouco, quero deixar registrada aqui uma certeza de que não abro mão:
no limitado círculo do relacionamento humano em sociedade, o perfil de um cidadão junto a seus
iguais é forjado nos bancos escolares; acredito que, na convivência adulta, é ali, nesse longo
período preparatório, que se plasma a imagem de cada um; aquele que teve, nos bancos escolares,
um desempenho negativo nesse ou naquele aspecto, dificilmente será levado a sério no futuro.
Claro, há sempre as exceções, mas aluno que tinha fama de pilantra ou, pior ainda, de mal-dotado
intelectualmente, até prova em contrário, jamais merecerá a confiança ou o respeito de seus
2– opinião -
Visão da Arte... (Mario Gentil Costa)
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contemporâneos. Tive provas cabais da consistência dessa impressão pessoal e, nesses moldes,
sou testemunha de um depoimento que considero emblemático:
- O quê? O fulano formou-se em Medicina? Eu não acredito! Pois fica sabendo que, de mim,
ele não tira nem “unha-encravada”.
Desse saudoso curso primário, fui para o Colégio Catarinense, dirigido por padres jesuítas.
Grandes mestres, em sua maioria. Foram mais sete anos de aprendizado que me permitiram passar
no vestibular de medicina na primeira tentativa. Vale aqui confessar fui feliz nas questões com ponto
sorteado, sobretudo nas provas orais – que, naquele tempo, ainda se faziam.
Abro aqui novo parêntese para dizer que hoje isso não existe mais e, pior, as perguntas são
respondidas com um „x‟, ou seja, nem se afere a competência mínima do candidato no quesito
redação. Daí, quem sabe?, a deterioração progressiva do uso escrito e falado dessa bela língua, a
meu ver, a mais rica herança que Portugal nos legou e que nos garante a prerrogativa de sermos o
único país, entre as dezenas que compõem a América Latina, a não falar Espanhol. Que privilégio!
Retornando à linha anterior deste relato, recordo aqui um episódio marcante: uma semana
antes do vestibular, fazíamos – eu e dois colegas – uma visita informal às dependências da
Faculdade de Medicina, quando fomos apresentados, num dos corredores, ao diretor, que, ouvindo
nossos sotaques floripanos, indagou:
- Vocês vêem de que colégio?
- Do Catarinense, professor.
- Então, já passaram... – foi sua afirmação categórica.
Vejam a que nível chegava o prestígio desse grande educandário que hoje, infelizmente, não
tem mais padres em seu corpo docente; só leigos. Abstraindo os aspectos de ordem religiosa, que
aqui não caberia discutir, os jesuítas foram sempre grandes professores. A propósito, meu pai
também estudou com eles e, justamente por tudo isso, fez das tripas coração para que os filhos
seguissem o mesmo caminho.
Nesse longo período, conheci grandes mestres. Um deles, um homenzarrão de quase dois
metros, era o padre-professor de Biologia, que, com tirocínio quase premonitório, dividia as turmas
do terceiro científico em duas: “Biologia Forte” para os alunos que fariam vestibular de Medicina,
Odontologia ou Farmácia; “Biologia Fraca” para os demais. Assim, ele podia aprofundar ou
simplificar os conteúdos de forma seletiva. Acredito que essa sábia estratégia tenha sido
determinante, pois naquele tempo não havia cursinho pré-vestibular em Florianópolis. E os
resultados que seus alunos colhiam devem ter motivado o profético comentário do diretor da
Faculdade.
Não saberia dizer se a fama desse estabelecimento continua inalterada, pois seu atual corpo
docente é composto só de leigos, e sua imagem, talvez até pela multiplicidade de ofertas e a
inevitável concorrência, não pontifica como outrora.
Já em Curitiba, na Faculdade de Medicina – como, acredito, aconteça em todas – tive
professores brilhantes, médios e fracos. Uma minoria desses últimos atingia os limites da
insuficiência; outros, da loucura quase esquizofrênica, misturada a mania de grandeza. Houve um,
em especial, tão complicado, que suas aulas, além de fugirem sistematicamente à matéria do
currículo, eram literalmente incompreensíveis a ponto de me convencer de que nunca seria capaz de
passar na prova final, cujas perguntas eram esotéricas e imprevisíveis. Pois foi o desenho que me
salvou: em lugar de responder à questão – que se referia a uma descrição anatomo-cirúrgica -
preferi expô-la em linhas e cores. Devo ter sido salvo pelo ineditismo da resposta e pelo confesso
entusiasmo do mestre pelas artes plásticas e pela música lírica. Presumo, pois, que se tivesse sido
capaz de cantar uma ária da Traviata, também teria sido aprovado...
Houve um outro que era tão confuso em suas explanações, que se saía da aula sem a
mínima idéia do que fora discutido. Certo dia, um aluno mais industrioso resolveu gravar – na época,
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em fita de rolo – todas as aulas teóricas para, em casa, datilografar uma apostila que seria vendida
aos alunos do ano subseqüente. A iniciativa deu tanto lucro e vendeu tantas cópias, que foi capaz de
lhe financiar uma viagem à Europa no fim do curso. Mas também rendeu um desconfortável mal-
estar para o aludido mestre, que, abordado por um dos compradores em busca de explicações para
uma surrealística afirmação gravada, achou-a tão disparatada, que exclamou, em plena aula:
- Eu nunca disse isso! Alguém imitou minha voz!
Em suma, o professor, figura tão presente e fundamental em nossas vidas, pode adquirir
contornos variáveis. E, dependendo dos seus talentos – ou da falta deles – pode entrar para nossa
história pessoal como alvo da admiração ou foco de comentários jocosos. No primeiro caso, pelo
papel que desempenhou em nossa formação; no segundo – e dependendo do que disse ou deixou
de dizer – pelo estrago que nos causou.
Mario Gentil Costa - MaGenCo (2013)
O TEMPLO DE SALOMÃO: ORIGENS E DIMENSÃO DO ARQUÉTIPO
COM RELAÇÃO AO TEMPLO MAÇÔNICO E AO TEMPLO INTERIOR
Ir.·. Jose Ronaldo Viega Alves
ronaldoviega@hotmail.com
Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna”
Oriente de S. do Livramento – RS.
“O mundo é como o globo ocular humano: a pupila é Jerusalém e a imagem da
menina do olho é o Templo Sagrado” (Derech Eretz Zuta)
INTRODUÇÃO
Conforme o dicionário, arquétipo significa: 1. Modelo reproduzível em objetos semelhantes. 2.
P. ext. Molde, padrão. 3. P. ext. Modelo a que se atribui perfeição.
Em trabalho recente publicado neste informativo, de autoria do Irmão Paulo Roberto, sobre “O
Templo Material e O Templo Espiritual” lê-se: “Não obstante, através do simbolismo maçônico, o Templo de
Salomão, tornou-se o arquétipo da loja, não se entendendo, entretanto, que ela deva ser a fiel reprodução do
Templo de Jerusalém. Trata-se simplesmente, de uma alegoria.” E na finalização do seu artigo, o Irmão Paulo
Roberto concluiu: “A mais importante instrução simbólica ministrada na Maçonaria é, sem deixar lugar a
dúvidas, a espiritualização do “Templo de Salomão”. Ecos de Mackey?
Mackey, o autor da “Encyclopedia of Freemasonry”, fez a seguinte observação, no mínimo
interessante sobre o simbolismo, a Maçonaria e o Templo de Salomão, que foi citada no capítulo intitulado
3– O TEMPLO DE SALOMÃO: ORIGENS E DIMENSÃO DO ARQUÉTIPO COM RELAÇÃO AO TEMPLO
MAÇÔNICO E AO TEMPLO INTERIOR
Ir José Ronaldo Viega Alves
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“O Templo maçônico e suas Origens Bíblicas”, pertencente ao livro do Irmão Mário Name cujo tema principal
é o Templo de Salomão, e do qual reproduzo o primeiro parágrafo na sequência, para que o leitor possa
entender melhor:
“Albert G. Mackey em sua “ENCYCLOPEDIA” diz que a Maçonaria é um sistema de moralidade desenvolvido
e inculcado na ciência do simbolismo. Muitos maçons eruditos e escritores de obras maçônicas de uma
maneira geral _ em nome do SIMBOLISMO _ fazem, desfazem e acontecem dentro da maçonaria,
modificando as plantas físicas dos templos, conspurcando a essência mística original de um componente
histórico adotado pela Ordem e se justificam argumentando ser o Templo apenas SIMBÓLICO, „uma indelével
espiritualização do Templo de Salomão.”
Nicola Aslan, em seu livro “Estudos Maçônicos Sobre Simbolismo” tece este comentário sobre
o Templo de Salomão:
“(...) Sabe-se que a história lendária da maçonaria se refere aos Construtores do Templo de Salomão.
Contudo, os Maçons especulativos não pertencem mais à arte operativa e seu trabalho é simplesmente
simbólico: a construção do Templo a que dedicam os seus esforços é unicamente espiritual. Este Templo
simbólico é construído no coração dos maçons para servir de residência ao G.·.A.·.D.·.U.·.. (...) A mais
importante instrução simbólica ministrada pela maçonaria é, sem deixar lugar a dúvidas, a espiritualização do
Templo de Salomão.”
Vejamos esta outra opinião, proveniente de um trabalho publicado em um “site” maçônico, do
qual retirei o seguinte excerto:
“Sim, a didática maçônica utiliza intensamente símbolos, alegorias, lendas e mitos. Um dos defeitos desse
método é a confusão (muito comum, diga-se de passagem) que alguns fazem entre histórias e lendas – um
incrível emaranhado de idéias e opiniões conduzindo-nos, às vezes, a desvios indesejáveis. Na realidade
dever-se-ia distinguir o que constitui em concreto elemento histórico do que é meramente lendário, havendo
um segundo nível de distinções necessárias, onde separam-se as lendas com algum fundamento histórico ou
literário (a História bíblica, por exemplo) dos mitos totalmente imaginários, decorrentes de uma cadeia de
invenções ditas esotéricas, sem fundamento algum, que acabam por se transformar em verdades.”
Sendo o Templo de Salomão um símbolo de muito destaque dentro do universo da Maçonaria,
uma verdadeira fonte de significados de onde são retirados ensinamentos valiosos, e pelo visto, motivo
também de muita celeuma, é objetivo do presente trabalho, apresentar alguns tópicos, discutir outros,
procurando seguir essencialmente uma linha que se aproxime daquela que Jules Boucher pincelou em sua
obra clássica:
“Na Maçonaria, esse Templo é um símbolo e nada mais, apesar de ser um símbolo de um alcance magnífico:
o do Templo ideal jamais terminado, Templo de que cada Maçom é uma Pedra, preparada sem machado
nem martelo, no silêncio da meditação. Sobe-se a seus andares por escadas em caracol, por “espirais” que
indicam ao Iniciado que é nele mesmo, é voltando-se sobre si mesmo, que ele poderá atingir o ponto mais
alto, que constitui o seu objetivo. Salomão significa, em hebraico, “homem pacífico”. O Templo de Salomão é
o Templo da Paz, da Paz profunda, rumo à qual caminham todos os Maçons sinceros que se desinteressam
pela agitação do mundo profano. É nesse sentido, e apenas nesse sentido, que é preciso considerar o
Tempo de Salomão.”
Voltemos no tempo. Qual era a razão construção e da existência do Templo de Jerusalém? A
resposta tem relação direta com o objetivo explícito de ajudar a ancorar a Santidade no nosso mundo
material, servindo de um elo de ligação, ou ponto de contato entre Deus e o mundo terreno. Um templo, diga-
se de passagem, passa a ser o lugar onde são canalizadas todas as preces e orações que ascendem da
Terra aos Céus.
Para a Maçonaria, e em relação ao Templo de Salomão, há alguns limites estabelecidos. O
Templo de Salomão foi emprestado à Maçonaria, o Templo Maçônico não é uma réplica do Templo de
Salomão, e o Templo Maçônico enfim, tem objetivos bastante diferentes. É importante que tenhamos em
mente que o nosso G.·. A.·.D.·.U.·., é um conceito e não exatamente um deus como aquele dos judeus,
aquele que se manifestava no seu Primeiro Templo, ou no Templo de Salomão, ou ainda, no Templo de
Jerusalém. Mas, conforme disse o Irmão César Gregório: “buscamos as leis eternas que foram utilizadas na
construção para podermos melhor entender, aplicar e aperfeiçoar a nossa construção espiritual.”
Isso explica de forma sintetizada a questão sobre a nossa espiritualização e apresentada em
vários estudos citados anteriormente.
Agora, voltando a Mackey e sua Enciclopédia, e no que recolheu Aslan para o seu livro, e onde
jazem outras importantes informações sobre expressões e seus significados com respeito ao templo dos
judeus:
”Isto dá a entender que (os hebreus) tinham duas idéias com referência a um templo. Quando o chamam beth
Jehovah, ou a “casa de Jehovah”, referem-se à contínua presença de Deus nele; e quando o chamam hekhal
Jehovah, ou o “palácio de jehovah”, reportam-se ao esplendor do edifício que foi escolhido para a sua
residência.”
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O TEMPLO DE SALOMÃO OU TEMPLO DE JERUSALÉM, OU AINDA, O ”BEIT HA-
MIKDASH” DOS JUDEUS
Para os judeus, a importância do “Beit Ha-Mikdash”, o Templo Sagrado, erigido em Jerusalém
era fundamental. O Templo centralizava o serviço religioso judaico, era cuidado pelos sacerdotes (kohanim)
e Levitas. Desde a sua construção já ficou praticamente proibido oferecer sacrifícios em outro lugar que não
fossem nele.
O Primeiro Templo foi obra do Rei Salomão para que houvesse a substituição do Tabernáculo,
que foi o Templo provisório.
Esse Primeiro Templo foi destruído pelos babilônios, e por um castigo divino em função dos
pecados de derramamento de sangue, imoralidade sexual e idolatria que foram praticados pelo povo.
Nos dias atuais, em razão da sua ausência, um número superior à metade dos mandamentos
divinos (mitsvot) não podem ser cumpridos pelos judeus.
Após a destruição do Templo de Salomão ou Primeiro Templo, e após o cativeiro da Babilônia,
foi construído o Segundo Templo por Ezra ou Esdras, e que perdurou mais tempo do que o de Salomão. No
entanto, também foi destruído, dessa vez pelos romanos. Consta que tal tragédia acabou acontecendo
novamente em função do pecado do ódio infundado que habitava em meio aos judeus.
Esses foram os Templos construídos pelos judeus e, conforme as suas crenças, o Terceiro
Templo irá descender do céu, pronto e acabado, durante a Era Messiânica. Portanto conforme as tradições
judaicas, o que alguns historiadores consideram como Terceiro Templo e que foi uma remodelação do
Segundo Templo a mando de Herodes, para os judeus não tem a conotação de Terceiro templo. O Terceiro
quando vier, será o indicativo definitivo do começo da Redenção final – a era utópica da paz para todos os
povos.
AS ORIGENS DO TEMPLO DE SALOMÃO NA MAÇONARIA
A Maçonaria, ao que tudo indica, buscou o seu arquétipo de templo na Igreja, que por sua vez
já o tinha buscado no Templo de Jerusalém ou Templo de Salomão, que foi construído conforme os judeus,
mas, que também já possuíam modelos que eram provindos dos templos egípcios e babilônicos.
Podemos dizer também que, a Maçonaria firmou sua doutrina, utilizando-se da alegoria que é a
construção do Templo de Salomão, que foi idealizado pelo Rei David, mas, que só foi executado pelo seu
filho, o Rei Salomão, que por sua vez utilizou-se do “know-how” dos artífices fenícios Hiram, Rei de Tiro e do
arquiteto Hiram Abiff. Esses elementos todos são a essência do que foi agrupado pela Maçonaria
Especulativa, e que representa com grandeza o trabalho que todo o maçom deverá realizar como construtor
de si mesmo e construtor social.
Quando Anderson montou as suas Constituições, primeiro e legítimo documento do período
Especulativo da nossa Ordem, baseou-se nas “Old Charges” e no Regulamento Geral. Do Manuscrito Cooke,
redigido em 1410, do qual se utilizou, já havia referências ao Templo de Salomão, sendo que ali estava
descrita a construção do mesmo. Significa então dizer, que a tradição de utilizar a construção do Templo de
Salomão como alegoria iniciática, pela Maçonaria, remonta a um período bem longo. A questão é que tais
documentos devem ser vistos com certa reserva, pois, originalmente foram escritos por religiosos, e
posteriormente foram transmitidos a operários que eram iletrados, sem falar que os Maçons Operativos não
estavam muito preocupados com exatidão histórica, pois, em muitos desses documentos antigos, e aqui fica
uma certeza, não houve propriamente a inspiração maior em textos bíblicos, já que, na questão da
construção do Templo, o fato está atribuído por eles a Davi e não a Salomão. Alguns estudiosos
consideraram uma verdadeira paranóia dos maçons operativos estabelecer uma ligação direta entre a
construção do Templo de Jerusalém com as origens da nossa Ordem. São informações, no mínimo
contraditórias, que não podem ser comprovadas e além do mais, fantasiosas. É digno de se considerar
também, que muitas dessas histórias e tradições são cópias de outras cópias, e nessas situações, ou algo
se perde, ou algo é acrescentado.
Estabelecendo algumas analogias, os mentores da Maçonaria Especulativa adotaram o Templo
de Salomão como símbolo e alegoria, fazendo com isso que o Templo Maçônico ganhasse muitas
semelhanças com o Templo de Salomão. As únicas diferenças ficaram por conta das práticas maçônicas e as
adaptações que os diferentes ritos impuseram. A partir do simbolismo todo que nasce a partir desse
momento, e considerando que Salomão mandou construir um Templo que se transformou na obra mais
perfeita consagrada ao G.·. A.·. D.·.U.·. , os Maçons, por sua parte, constroem o Templo da Humanidade e do
Amor ao Próximo.
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O UNIVERSO NO TEMPLO
No livro “Conhecendo a Arte Real” consta: “...o Manuscrito Dunfries n° 3, de cerca de 1650,
afirma que o Templo de Salomão foi construído a partir das instruções que Deus dera a Moisés para a
construção do Tabernáculo e que este foi construído a partir de medidas modulares do cosmo. Assim, a
tradição segundo o Tabernáculo seria uma reprodução do próprio cosmo, e por conseqüência, o Templo de
Jerusalém também é uma tradição que tem origem nessa informação. Daí, a já conhecida tradição maçônica
de considerar os seus templos como reprodução do universo.”
No sentido mais espiritualizado podemos entender que o arquétipo do Templo de Salomão
também é utilizado na Maçonaria como essa idéia de simulacro do cosmo para mostrar ao maçom que a sua
construção implica em outra construção, ou seja, a do seu próprio universo. Por analogia, assim como os
maçons operativos construíam as catedrais e igrejas em louvor a Deus, os maçons dos tempos modernos
constroem templos sagrados do caráter humano à glória do Grande Arquiteto do Universo.
Cabe avaliar melhor até, e pelo que é defendido por alguns, o quanto estamos realmente perto
do Templo de Salomão, levando em consideração que, tudo o que se referia ao Templo de Salomão era
sagrado, e isso envolvia a área do templo, os pátios, as construções e as escadarias, assim como os objetos
todos que se encontrava em seu interior. Ali tudo tinha a sua razão de ser e existir, ali tudo tinha um propósito
e um significado espiritual muito profundo. O projeto em sua origem era uma espécie de projeção do mundo
superior sobre o nosso mundo.
Em nosso próprio Ritual está dito que “...o Livro da Lei é o traçado “espiritual” para o
aperfeiçoamento do maçom que deseje atingir o topo da Escada de Jacó, após haver desbastado as
asperezas de seu “eu”, representadas pela ambição, orgulho, egoísmo e demais paixões que torturam os
corações profanos.”
É inegável que a presença de Deus pode ser sentida e está em todo o lugar, é inegável que
Deus conhece todos os nossos pensamentos e ouve todas as palavras que são pronunciadas por nossos
lábios, e em nosso Templo em determinados momentos podemos perceber essa indelével espiritualidade se
manifestando. Vide a Cadeia de União que enlaça a todos os Irmãos espiritualmente e onde, naquele
momento estes elevam suas súplicas e seus agradecimentos.
Darei uma complementação ao que escrevi no parágrafo acima, utilizando-me do Vade-
Mécum Maçônico do Irmão Girardi, e do qual me socorro seguidamente, transcrevendo uma passagem que
consta no verbete Templo Maçônico:
“Todavia, nem as Igrejas e nem os Templos maçônicos são, como pretendem alguns autores, cópias fiéis do
templo hebraico, pois este serviu, apenas, como modelo aproximado para as Igrejas, assim como estas
serviram de modelos aproximados para os templos maçônicos. Em Maçonaria – e isso é importante para
desarmar qualquer intuito religioso – o vocábulo templo designa o lugar respeitável, venerável, não se
destinando a nenhum culto religioso, pois a Maçonaria, em respeito à liberdade de consciência de seus
membros, não faz restrições religiosas, e aceita como válidas, todas as religiões calcadas na ética e na
moral.”
Acho que podemos deduzir com facilidade que algumas afirmativas ou exposições em Loja,
somente podem ser feitas a partir do momento em que esteja bem claro para todos as diferenças entre o
sagrado e o profano, entre religião, culto e sociedade iniciática, entre Cosmologia e Teologia, o que é lenda e
o que é História ou definições que contemplem com muita profundidade o que é a espiritualidade, o conceito
de G.·A.·.D.·.U.·., de esoterismo e sobretudo de Simbolismo.
O TEMPLO MAÇÔNICO E O CATECISMO MAÇÔNICO COM BASE NO TEMPLO DE SALOMÃO
Quando lemos ou consultamos a Bíblia, deduzimos de pronto que o Templo de Salomão serve
alegoricamente à Maçonaria por demonstrar que o mesmo era uma construção unindo o sagrado ao profano,
uma obra que visava a reabilitação do homem perante Deus. Também ao exaltar o trabalho e a organização
dos obreiros na construção da obra, a alegoria serve à Maçonaria para servir de exemplo no desenvolvimento
de uma filosofia moral e ética cujo propósito está voltado para a construção do homem universal, alicerce
para uma sociedade melhor e reflexo da Divindade na Terra.
A Maçonaria busca, sem dúvidas, outros dos velhos arquétipos conhecidos: justiça, perfeição e
harmonia. O que um dia já existiu antes da queda do homem. O velho sonho da humanidade, o sonho de
Moisés e o sonho de Salomão.
A recuperação é possível, ela dorme no inconsciente humano. A Maçonaria quer reconstruir o
homem para reconstruir a sociedade, e para isso os reúne em Lojas com o objetivo claro de cavarem
masmorras ao vício e erguerem templos à virtude. A Maçonaria busca um homem que esteja voltado pessoal
e socialmente para o cultivo de uma ética e uma moral, um homem novo que, sobretudo, possua a
sensibilidade mística de um homem religioso.
E aqui, novamente utilizo-me do Vade-Mécum Maçônico do Irmão João Ivo Girardi, no ítem 3
do verbete Templo de Salomão, onde está escrito:
JB News – Informativo nr. 1.225 Florianópolis (SC), quinta-feira, 9 de janeiro de 2014. Pág. 11/17
“Na acepção maçônica: este templo é místico. É a imagem e representação do Universo, de todas as
maravilhas e perfeições da criação, e a Maçonaria o tomou como protótipo para a ministração de seus
ensinos e aplicação simbólica de suas doutrinas. Na Bíblia, é o templo que o famoso rei de Israel mandou
erigir em Jerusalém, sobre o Monte Moriá, e cujos dados arquitetônicos a Maçonaria adotou para a
formulação e perpetuação de seu simbolismo.”
O TEMPLO DE SALOMÃO É O CORPO?
Nicola Aslan descreveu ainda, o Templo de Salomão como o Homem, ou seja, o Ocidente seria
o corpo e o Ocidente seria a sua consciência.
A idéia é antiga. Há variações, mas são mesmo ecos do passado. Paulo, o apóstolo, faz as
seguintes perguntas numa de suas epístolas aos coríntios? „Não sabeis que sois o Templo de Deus e que o
espírito divino mora em vós?‟ e „Ou ignorais que vosso corpo é o templo do Espírito Santo, o qual está em
vós, o qual tendes de Deus, e que não sois vossos?
A questão, no entender de José Dias Carvalho, é que fazer do Templo um símbolo do corpo
não tem a exclusividade maçônica.
E, a planta arquitetônica, o arranjo das mobílias, do Templo de Salomão, já fez pressupor que
esse mesmo Templo possa ter sido construído na forma oculta de um ser humano.
Voltando às considerações do Irmão Charles Evaldo Boller, ele diz à certa altura:
“O templo representa o que cada maçom é por dentro, um templo daquilo que cada um tem como a
representação de sua própria divindade. O templo é o próprio corpo do maçom. Assim como o templo de
Salomão é modelo para a Maçonaria edificar os seus templos de pedra e cimento, o templo maçônico é para
o maçom o modelo do universo interior, que ele possui dentro de seu corpo físico. O templo de pedra é
modelo do templo de carne, osso e intelecto. Devido a esta comparação, o templo de pedra é respeitado pelo
maçom como se fosse os seu próprio corpo, lugar que ele jamais conspurca; esta a razão do grão-mestre
purificar simbolicamente o templo de pedra.”
Este trabalho não poderia jamais abordar todos os ângulos de estudo que envolvem essa
temática, seria impossível, mas, para aqueles que o lêem, conto com um “despertar” para o quanto há que
ser buscado, para o quanto há que se aprender, quando o assunto está inserido no universo maçônico.
CONCLUSÃO:
O historiador escocês Andrew Sinclair, autor de “O Pergaminho Secreto”, comenta nesse seu
livro que o Rei Davi depois de ter reunido os recursos necessários à construção do Templo, deu instruções
ao seu filho Salomão: “agora, veja, preparei para a casa do Senhor cem mil talentos de ouro, e mil vezes mil
talentos de prata; e bronze e ferro sem medida, pois os dei em abundância: madeira também e pedra
preparei, e vós deveis também dar... Erguei-vos, portanto, e façais”. O historiador diz então, que uma das
primeiras lições extraídas do Templo é exatamente o “Erguei-vos, portanto, e façais”, pois, esse era o
comando nos textos sobre a construção do templo, servindo aos judeus e mais tarde aos cristãos e aos
maçons.
Por ocasião da destruição do Primeiro Templo, e o fato voltando a se repetir com a destruição
do Segundo Templo, outro conceito começa a emergir: o de que Deus não necessita exatamente de um local
físico no mundo terreno, pois, a Sua morada estaria dentro de cada um. Isso deu origem a uma religião, a
judaica, que podia ser ensinada em qualquer lugar. Durante o exílio, e não por acaso, consolida-se o
Judaísmo rabínico e surgem as sinagogas como casa de oração e leitura dos textos sagrados. No
entendimento de alguns rabinos, quem vive o Judaísmo vivo e criativo está mais próximo do Templo. O
Shabat, por exemplo, é o Templo reconstruído no tempo sagrado. Em outras palavras, para os judeus, é
como se o Templo saísse do espaço e entrasse no tempo. Não que não tenha sido totalmente descartada a
construção de um novo templo, se for pelas mãos do homem novamente, ou que ele venha a tomar forma
novamente pela vontade divina, onde desceria dos céus, já pronto, e por ocasião da vinda do Messias...
Historicamente, nas culturas da Antiguidade, a destruição dos seus santuários selava seus
destinos, ocasionando o seu desaparecimento. Com relação aos judeus e guardando referência com o que
lemos anteriormente, eles, ainda que separados do culto e demais ofícios realizados no Templo, não
perderam a sua fé, não perderam a sua unidade. Substituíram sim, o edifício de pedra em um templo
invisível, porém inscrito em seus corações e mentes. O papel centralizador que era exercido pelo Templo foi
substituído pela Torá, sendo que a mesma os manteve agregados e impediu de vez o seu desaparecimento.
Isso tudo nos dá um riquíssimo material para reflexões, principalmente sobre o papel exercido pelo templo,
assim como, as superações do homem de fé, ou os ensinamentos todos que daí advém.
Outra das grandes lições que, nós maçons, podemos aprender ou extrair disso tudo é que,
aproveitando muito do novo conceito exposto ou da visão judaica de Templo, é que esse acontecimento ou
visão transcendental somente se tornaria possível se todos estivessem cuidando dos seus templos interiores.
E é aí que nós maçons encontramos o grande ponto em comum. Frequentamos um Templo Maçônico,
JB News – Informativo nr. 1.225 Florianópolis (SC), quinta-feira, 9 de janeiro de 2014. Pág. 12/17
inspirado no Templo de Salomão, com o propósito de recebermos os ensinamentos e trabalharmos a nossa
pedra bruta para construirmos o nosso templo interior e o grande templo da humanidade.
Nós Maçons também de há muito (e aqui há uma semelhança com aqueles judeus que
possuem uma visão mais aberta sobre a não obrigatoriedade da construção do templo em pedra) deixamos
de construir edifícios materiais, pois, a nossa construção visa o templo interior, o que trará uma nova ordem
social, ou seja, construímos templos virtuais envolvendo a transformação dos nossos corações e de nossas
mentes.
Se os judeus, conforme reza a Torá, carregam consigo a “Shekiná”, que é a presença divina
ou imanência de Deus, onde quer que estejam, e se com isso, tanto no exílio ou na diáspora conseguiram
manter o pensamento de que não haviam sido abandonados por Deus, e ainda, se com isso tiveram sempre
a sensação de pertencimento, os judeus encontraram o seu caminho e garantiram a sua sobrevivência.
Resumindo, os judeus, e aqui dita a sua Torá também, devem construir para si e carregar consigo um templo
interior, um “mikdash meat”, onde vão predominar as leis, as mitsvots (mandamentos).
Será que não há muito mais para ser extraído do universo judaico, e isso tudo a partir de um
estudo do Templo, do ponto de vista esotérico?
Para finalizar, ficamos com o que disse o estudioso do Simbolismo, Oswald Wirth:
“Da mesma forma que os cristãos propõem-se a realizar sobre a terra o reino de Deus, espécie de paraíso
reconquistado, graças à generalização das virtudes cristãs, os maçons pretendem o mesmo ideal, quando se
propõem em terminar a construção do Templo da Fraternidade Universal, mas o seu método não é o das
religiões. Ao invés de fazer apelo indistintamente a todos os indivíduos para alistá-los debaixo da bandeira de
uma fé, senão totalmente cega, mas pelo menos aceita sem controle efetivo, a Maçonaria se dirige apenas
aos espíritos emancipados, capazes de se determinarem a si próprios, de acordo com aquilo que
reconhecem como razoável e justo.”
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
Internet:
“Arquivo Maaravi – Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG – Vol. 1, n° 4 – Março 2009
“O Templo de Salomão e o Templo Maçônico” - Trabalho do Irmão Charles Evaldo Boller – disponível em:
carlosjunior.blog.br/2009/.../templo de Salomão-e-o-templo-maconic...
“O Templo de Salomão” – Desenvolvido por CaioCVR – disponível em: pedreiroslivres.com.br
“O Templo” – Irmão Wagner Veneziani Costa – disponível em: revistauniversomaconico.com.br/tempo-de-estudos/o-
Templo/
“O Templo Material e o Templo Espiritual”- Irmão Paulo Roberto – JB NEWS Informativo n° 1205 – 20.12.2013
Revistas:
“Morashá” Junho-2010 / “O Pesquisador Maçônico” n° 07 – Maio-Junho de 2012 / “Revista das Religiões”, n° 3 / “Vida
& Religião” n° 7
Rituais:
Ritual e Instruções do Grau de Aprendiz-Maçom do REAA – 2010-2013 - GORGS
Livros:
Dicionário Enciclopédico ilustrado Veja Larousse - Volume 2 –Editora Abril S/A 2006
ANATALINO, João. “Conhecendo a Arte Real” – Ed. Madras – 2007
ASLAN, Nicola. “Estudos maçônicos Sobre Simbolismo” – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 1997
BOUCHER, Jules. “A Simbólica Maçônica” – Editora Pensamento
GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite Vade-Mécum Maçônico” - Nova Letra Gráfica e editora ltda. 2008
GREGÓRIO, Fernando César. “Chaves da Espiritualidade Maçônica” – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 2007
NAME, Mario. “O Templo de Salomão nos Mistérios da Maçonaria” – A Gazeta Maçônica – 1988
UNTERMAN, Alan. “Dicionário Judaico de Lendas e Tradições” – Jorge Zahar Editor - 1992
VAROLI FILHO, Theobaldo. “Curso de Maçonaria Simbólica” 1º Tomo - Aprendiz
JB News – Informativo nr. 1.225 Florianópolis (SC), quinta-feira, 9 de janeiro de 2014. Pág. 13/17
Este Bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk,
às terças, quintas, sábados e domingos.
Loja Estrela de Morretes, 3159 - Morretes - PR
Dúvidas
Recebi de um Respeitável Irmão as questões que seguem:
1) Na página 42 (da circulação) – “Na circulação deve seguir a ordem: Ven, 1º e 2º
VVig, Orad, Secr, CCobr”
Deve-se entender que a coleta será dos dois Cobridores, ou foi erro de digitação?
2) Na página 54 no item 2.3 Leitura e Destino do Expediente;
Após a leitura do mesmo quem recolhe e encaminha ao Venerável Mestre? Justificativa!
CONSIDERAÇÕES:
1 – Se foi erro de digitação ou não eu não posso lhe afirmar, entretanto o procedimento está
equivocado. Na abordagem que se refere à circulação pelo respectivo Oficial é apenas o Cobridor
Interno. A explicação para tal está em que uma Loja será aberta no mínimo com sete Mestres –
Venerável, Vigilantes, Orador, Secretário, Cobridor Interno e o Mestre de Cerimônias.
2 – Em qualquer situação que demande encaminhamento ao Venerável, o Mestre de Cerimônias (sem
portar o bastão) é o responsável pela missão.
Alguns Veneráveis ainda confundem e atribuem esse ofício ao Primeiro Diácono. Nesse sentido cabe
então uma explicação. Os Diáconos estão presentes no Rito Escocês simbolicamente como
transmissores de ordens que se fazem presentes na Moderna Maçonaria revivendo os canteiros
operativos que transmitiam ao Mestre da Obra as ações de esquadrejamento, nivelamento e aprumada
da obra. Daí existir a transmissão da Palavra, entre o Mestre (Venerável) e os Vigilantes (auxiliares)
que simboliza esse antigo costume operativo. Em resumo isso significa que antes de começar os
trabalhos no canteiro os auxiliares (wardens – zeladores) marcavam os cantos da construção.
Perfeitamente adequada à ação, eles comunicavam ao Mestre por intermédio de um mensageiro, que
tudo estava pronto para o início dos trabalhos – origem do termo “Justo e Perfeito”. Assim estando
nos conformes, o Mestre determinava o início laboral. Cumprida a etapa, os auxiliares verificavam a
4 – perguntas & respostas
Ir Pedro Juk – (Dúvidas)
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qualidade produtiva e informavam ao Mestre que tudo estava correto (Justo e Perfeito) e, por assim
ser, os trabalhos eram encerrados e os Obreiros eram despedidos contentes e satisfeitos.
Essas etapas construtivas geralmente eram iniciadas, medidas e encerradas por ocasião dos
solstícios e em algumas situações dos períodos equinociais. A ponte entre o Mestre da Obra e os
seus auxiliares imediatos (hoje os Vigilantes) era feita através desses mensageiros que,
posteriormente e por influência da Igreja, assumiriam o título de Diáconos na Maçonaria.
O Rito Escocês pelo seu caráter “Antigo” como componente do seu título distintivo, embora de
vertente francesa, revive essa prática através da transmissão da Palavra Sagrada de modo
especulativo, já que literalmente os Vigilantes não nivelam nem aprumam a construção, todavia
verificam a qualidade correta da palavra transmitida que, estando esta de acordo, declaram que tudo
está “Justo e Perfeito”, tanto para abrir os trabalhos simbólicos quanto para encerrá-los. Note que
inclusive que quem fecha a Loja é o Primeiro Vigilante. Também há que se notar que a origem das
respectivas joias – o Nível e o Prumo – aludem às antigas práticas operativas.
É nesse sentido que os Diáconos são os mensageiros e, no Rito em questão, têm apenas essa função
específica.
É também oportuno salientar que a grande maioria dos ritos de vertente francesa possui nos seus
quadros de Oficiais o Mestre de Cerimônias, enquanto que o Craft (inglês), apesar da existência da
figura do Diretor de Cerimonial, este não tem a mesma função daquela prevista nos trabalhos
originários na França. Os Diáconos, por exemplo, nos Trabalhos Ingleses assumem inúmeras
funções, sobretudo nas oportunidades iniciáticas do Franco-Maçônico básico, enquanto que na
vertente latina muitas dessas atribuições são relegadas ao Mestre de Cerimônias e Expertos (estes
últimos também inexistentes no costume inglês).
Assim, pela característica do simbolismo escocês oriunda do primeiro ritual elaborado em 1.804 na
França por maçons procedentes das Lojas Azuis norte-americanas que praticavam o costume
“antigo” (desconhecido na França) influenciaria diretamente um rito de vertente latina, cujas
acomodações ritualísticas viriam se consolidar paulatinamente nos anos seguintes. Nesse contexto, o
Rito Escocês traria na sua também vertente anglo-saxônica a disposição do Segundo Vigilante ao
Meio-Dia e a inclusão dos Diáconos como mensageiros e integrantes da alegoria da transmissão da
Palavra, inclusive permanecendo a dialética antiga (hoje existente no ritual) como modo de preservar
a tradição e não especificamente da sua prática literal.
Não está aqui se afirmando que no Craft existe a transmissão da Palavra, porém a existência do cargo
de Diácono que tem função diferenciada daquele que porventura venha existir em algum rito latino.
Ao longo dos tempos muitos ritualistas elaboraram rituais sem se aperceber a existência “palpável”
das duas vertentes maçônicas principais – a inglesa e a francesa. Nesse particular houve a
generalização de atos e ações que, embora muitas vezes presentes nas duas vertentes, não seriam
devidamente explicadas. Nesse mesmo contexto, muitos outros acabariam também por enxertar
procedimentos e símbolos que não se coadunam com o arcabouço doutrinário relacionado à sua
tradição.
Finalizando essa questão, embora de modo abreviado, o Mestre de Cerimônias é o serviçal direto do
Venerável, enquanto que os Diáconos (embora a dialética preservada) se fazem presentes no Rito
apenas como parte integrante da transmissão da Palavra que objetiva rememorar uma ação operativa
que possui alto significado simbólico na Moderna Maçonaria, particularmente ao Rito Escocês Antigo
e Aceito.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Out/2013
JB News – Informativo nr. 1.225 Florianópolis (SC), quinta-feira, 9 de janeiro de 2014. Pág. 15/17
1) A Administração para 2014
V.'. M.'. - Ir.'. Emílio César Espíndola;
1o. Vig.'. - Ir.'. Gilberto Goulart;
2o. Vig.'. - Ir.'. Nilo Bairros de Brum.
Sec.'./M.'. C.'. (Ad Hoc) - Ir.'. Mohamad Ghaleb Birani;
5 – destaques jb
Resenha Geral
ARLSE.·. Fraternidade do Mercosul Nº 70 (GOSC)
atividade dos meses de Janeiro e Fevereiro.
GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA - GOSC/COMAB
Loja Especial “União e Fraternidade do Mercosul” nº 70
RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO - FUNDADA EM 31/01/1998
Programação
Janeiro:
13.01.2014: Abertura dos Trabalhos de 2014 da ARLSE Mercosul com o Ser.'. Grão-
Mestre, Ir.'. Alaor Francisco Tissot e Palestra com o Ir.'. Nilo Bairros de Brum, com
o tema, "Os Precursores do Mercosul".
* 27.01.2014 - Palestra com o Ir.'. Luciano Pinheiro, com o tema "Maçonaria e
Religião";
Fevereiro
* 10.02.2014 - Palestra com o Ir.'. Gilberto Goulart, com o tema "A Independência
dos Estados Unidos da América e a Revolução Francesa";
* 24.02.2014 - Palestra com o Ir.'. Eleutério Nicolau da Conceição, com o tema a ser
definido logo pelo referido Ir.'.;
Local das Sessões:
Será o mesmo de sempre, ou seja, o Templo do ARLS.'. Fraternidade Catarinense, na
SC-401, em frente à ACM, conforme as datas acima referidas (13.01 - 27.01 - 10.02 -
24-02), às segundas-feiras, com início às 20:30 (vinte e trinta) horas.
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1 – Concertos
Acesse o site http://www.vocesparalapaz.com/
Retorno
O JB News após ser produzido e transmitido desde 18 de dezembro na cidade de Rio Branco,
volta a ser editado em Florianópolis. Agradecemos a atenção dos irmãos durante esse período.
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06/01/2014 | Crédito: Guto Kuerten/Agencia RBS – Diário Catarinense
Amanhecer na praia do Campeche - Florianópolis

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  • 1. JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br Informativo Nr. 1.225 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 (em recesso) Reuniões: quintas-feiras às 20h00 – Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC Florianópolis(SC) quinta-feira, 9 de janeiro de 2014 Índice: Bloco 1 -Almanaque Bloco 2 -Opinião: Mario Gentil Costa “ O Professor ” Bloco 3 –Ir José Ronaldo Viega Alves - O Templo De Salomão: Origens E Dimensão Do Arquétipo Com Relação Ao Templo Maçônico E Ao Templo Interior Bloco 4 –Ir Pedro Juk – Perguntas & Respostas ( Dúvidas ) Bloco 5 - Destaques JB Pesquisas e artigos desta edição: Arquivo próprio - Internet - Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 9 de janeiro de 2014. É o 9º. dia do Calendário Gregoriano. Faltam 356 para acabar o ano Dia do Fico. Dia do Astronauta (Estados Unidos) Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos.
  • 2. JB News – Informativo nr. 1.225 Florianópolis (SC), quinta-feira, 9 de janeiro de 2014. Pág. 2/17 : É leitura para todos os dias Veja em www.artedaleitura.com Em Florianópolis visite o hotel da Família Maçônica. Praia de Canasvieiras - Reservas : (48) 3266-0010 – 32660271 Irmão tem desconto especial
  • 3. JB News – Informativo nr. 1.225 Florianópolis (SC), quinta-feira, 9 de janeiro de 2014. Pág. 3/17  1154 - Sintra recebe foral de D. Afonso Henriques.  1522 - É eleito o Papa Adriano VI.  1693 - Um terremoto atinge a Sicília e mais de 60 aldeias e povoados, causando a morte de 50 mil pessoas.  1768 - O inglês Philip Astley apresentou em Londres o primeiro circo moderno, com acrobatas, palhaços e animais treinados.  1788 - Connecticut torna-se o 5º estado norte-americano.  1822 - Dom Pedro I com a frase Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto: diga ao povo que fico, se recusou a voltar para sua terra natal, Portugal. Este ato do então regente deu maior força ao processo de independência do Brasil e ficou conhecido como o Dia do Fico.  1861 - O Estado de Mississippi separa-se da União norte-americana para fazer parte da Confederação dos Estados do Sul.  1863 - Inauguração do Metrô de Londres, primeiro trem subterrâneo do mundo, com sete quilômetros de comprimento.  1872 - Guerra do Paraguai: assinado Tratado de Paz entre Brasil e Paraguai.  1878 - Humberto I torna-se rei da Itália.  1881 - Entra em vigor, no Brasil, a Lei Saraiva que estabelece o título de eleitor, eleições diretas, voto secreto e o alistamento preparado pela Justiça.  1912 - Forças americanas invadem Honduras, visando à preservação dos interesses dos Estados Unidos na produção de bananas.  1923 - Pela primeira vez se faz um vôo num helicóptero, realizada na Espanha por Juan de La Cierva y Codorniu.  1923 - Os Aliados decidem ocupar o território alemão no vale de Rühr, como represália pela demora da Alemanha em pagar os reparos da guerra.  1924 - Chegada de luz elétrica em Anápolis.  1927 - Rebelião militar em Lisboa.  1929 - Incorporação da cidade de Dearborn-Estados Unidos.  1939 - A Líbia é incorporada ao território da Itália.  1941 - A Columbia Broadcasting System realizou a primeira demonstração de uma tela de televisão em cores.  1942 - II Guerra Mundial: a ofensiva russa chega à zona oriental de Smolensko.  1943 - O Brasil declara sua adesão à Organização das Nações Unidas e à Carta do Atlântico.  1945 - Tropas Aliadas desembarcam em Luzon, nas Filipinas.  1951 - A sede da Organização das Nações Unidas foi inaugurada em Nova York. A instituição surgiu no final da Segunda Guerra Mundial.  1954 - Apresentação em Nova York da primeira calculadora de circuitos integrados, chamada de cérebro eletrônico.  1957 - O primeiro-ministro britânico, Anthony Eden, renuncia e é substituído por Harold Mac Millan.  1960 - Início da construção da barragem de Assuão no Rio Nilo -(Egipto) - por Gamel Abdul Nasser, presidente na época.  1962 - O Japão assina um tratado, concordando em pagar US$ 290 milhões aos Estados Unidos, pela ajuda recebida após a Segunda Guerra Mundial.  1968 - A sonda espacial americana Surveyor 7 chega à superfície lunar. O primeiro homem pisaria na Lua no ano seguinte.  1970 - O filme O dragão da maldade contra o santo guerreiro, de Gláuber Rocha, é escolhido para concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro. O cineasta declarou que não tinha interesse em participar da seleção.  1972 - Greve de 280 mil mineiros no Reino Unido.  1981 - Francisco Pinto Balsemão substitui Diogo Freitas do Amaral no lugar de primeiro-ministro de Portugal.  1984 - O parlamento da Jordânia é convocado pela primeira vez em dez anos.  1980 - Na Arábia Saudita, 63 muçulmanos fanáticos são decapitados por terem sitiado a Grande Mesquita de Meca em novembro de 1979.  1988 - Cientistas do Instituto Whitehead, de Boston, conseguem isolar o gen responsável pelo sexo humano e localizar o cromossomo "Y", que está presente somente nos homens.  1988 - Aprovação do regimento do CEFET-MG, pela portaria 003 de 9 de janeiro de 1988.  1992 - Independência da Bósnia e Herzegovina. 1 - almanaque Eventos Históricos - Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 4. JB News – Informativo nr. 1.225 Florianópolis (SC), quinta-feira, 9 de janeiro de 2014. Pág. 4/17  1996 - Rebeldes chechenos capturam 2 mil russos e ameaçam matá-los caso suas exigências não sejam aceitas pelo governo.  2000 - É reeleito como presidente do Uzbequistão, Islam Karimov,com 91,9% dos votos.  2005 - Mahmoud Abbas ou Abu Mazen é eleito presidente da Autoridade Palestiniana para substituir Yasser Arafat, morto em 11 de Novembro de 2004 em Paris.  2006 - Evo Morales visita a China e convida aos empresários e ao governo a investir em projetos para a exploração de reservas de gás na Bolívia.  2006 - Empresários e comerciantes de Port-au-Prince, Haiti, realizam uma greve-geral de um dia como protesto à violência no país.  Aniversário da Cidade de Balneário Barra do Sul- Santa Catarina.  Dia do Fico Culturais e de Média/Mídia  1837 - O poeta russo Pushkin é gravemente ferido em um duelo.  1941 - A Columbia Broadcasting System realiza a primeira demonstração de uma tela de televisão em cores.  1989 - A banda Rush lança o álbum A Show of Hands.  1996 - O guitarrista da banda canadense Rush, Alex Lifeson, lança o álbum-solo Victor. Desportivos  1900 - Fundação da Società Sportiva Lazio. Estados Unidos  Dia do Astronauta. Religiosos - Católico  Dia de Santa Marciana  Dia de São Juliano Vexilológicos  1892 - Adotada a bandeira do Paraná 1786 Ato, desta data, assinado pelo Governador da Capitania de São Paulo, Francisco da Cunha Menezes, nomeou o Capitão de Auxiliares Bento do Amaral Gurgel Annes para o cargo de Capitão-Mor e Regente da Vila Nossa Senhora dos Prazeres do Sertão de Lages. Foi o segundo a ocupar o posto 1795 Morre, na Vila de São Pedro do Rio Grande, o brigadeiro Rafael Pinto Bandeira, catarinense natural de Laguna. 1854 Nasce, em Goiana, província de Pernambuco, José Brasileiro de Souza. Foi um dos fundadores do Liceu de Artes e Ofícios da capital catarinense, onde foi professor de música, maestro e compositor. Foi o autor da música do Hino do Estado de Santa Catarina. Morreu, em Florianópolis, a 10 de março de 1910. 1855 Inauguração, na cidade de Desterro, da Biblioteca Pública em funcionamento até os nossos dias. Foi fundada pelo então presidente da Província, João José Coutinho. 1822 Em conseqüência do manifesto elaborado por frei Francisco Sampaio () e articulado por Gonçalves Ledo e Clemente Pereira, o príncipe D. Pedro decide ficar no Brasil. 1871 Fundado o Supremo Conselho para a América Central, em São José da Costa Rica, transferido em 1887 para a Guatemala. 1895 Falece Robert Macoy, fundador da editora maçônica Macoy Publishing, ainda existente nos dias de hoje. 1928 Fundado o Grande Oriente Espanhol. feriados e eventos cíclicos Históricos de santa catarina: fatos maçônicos do dia - Fonte: O Livro dos Dias (Ir. João Guilherme) e acervo pessoal
  • 5. JB News – Informativo nr. 1.225 Florianópolis (SC), quinta-feira, 9 de janeiro de 2014. Pág. 5/17 “O Professor” Mario Gentil Costa - Florianópolis. Contato: magenco@terra.com.br http://magenco.blog.uol.com.br O PROFESSOR Tomando como gancho o depoimento recente de um ex-aluno que, diante de um grupo de colegas, perdeu-se em exagerados louvores aos desenhos com que sempre ilustrei minhas aulas na Faculdade de Medicina, veio-me à mente a lembrança de professores que marcaram minha memória. E cheguei à inequívoca conclusão de que existem diversas maneiras de um mestre ter seu nome lembrado. Isso não é privilégio dessa ou daquela escola. A rigor, se fizermos uma análise retrospectiva, todas têm seus altos-e-baixos e, entre nomes inesquecíveis pelo brilhantismo, iremos recordar alguns que pontificaram pela mediocridade ou menos que isso. Esta verdade vale até mesmo para nosso curso primário ou ginasial. Minha primeira professora – aquela que me alfabetizou – foi uma dessas figuras que excedeu à expectativa: Dona Leonor de Barros. Mestra única de um curso particular, dispunha de apenas uma sala nos fundos da própria casa, onde cabiam, em carteiras à moda antiga, quarenta alunos por período. Essa mulher extraordinária era capaz de dar aulas para duas turmas de vinte crianças ao mesmo tempo. De manhã, para o primeiro e segundo anos; de tarde, para o terceiro e quarto. As turmas eram divididas longitudinalmente: duas fileiras de dez, à sua esquerda, para um grau; duas à direita para o outro. E três corredores, por onde ela circulava com um livro em cada mão. Não se ouvia um pio; a disciplina era absoluta. E assim, dando duas aulas ao mesmo tempo com uma didática irrepreensível, ela ia desfilando sua competência ao ponto de fazer de seu curso um dos mais respeitados da cidade. Quem, da minha geração, disser que estudou na “Dona Leonor”, será levado a sério. Comprovei isso diversas vezes. Aliás – sem falsa modéstia – fui um dos seus melhores alunos, tendo, inclusive, conquistado o primeiro lugar no quarto ano, quando ganhei a medalha de ouro. Acho que, em homenagem a esse triunfo, ela, a professora, anos mais tarde, foi minha cliente. Atribuo essa distinção à imagem positiva que deixei impressa em sua memória. Agora, divergindo um pouco, quero deixar registrada aqui uma certeza de que não abro mão: no limitado círculo do relacionamento humano em sociedade, o perfil de um cidadão junto a seus iguais é forjado nos bancos escolares; acredito que, na convivência adulta, é ali, nesse longo período preparatório, que se plasma a imagem de cada um; aquele que teve, nos bancos escolares, um desempenho negativo nesse ou naquele aspecto, dificilmente será levado a sério no futuro. Claro, há sempre as exceções, mas aluno que tinha fama de pilantra ou, pior ainda, de mal-dotado intelectualmente, até prova em contrário, jamais merecerá a confiança ou o respeito de seus 2– opinião - Visão da Arte... (Mario Gentil Costa)
  • 6. JB News – Informativo nr. 1.225 Florianópolis (SC), quinta-feira, 9 de janeiro de 2014. Pág. 6/17 contemporâneos. Tive provas cabais da consistência dessa impressão pessoal e, nesses moldes, sou testemunha de um depoimento que considero emblemático: - O quê? O fulano formou-se em Medicina? Eu não acredito! Pois fica sabendo que, de mim, ele não tira nem “unha-encravada”. Desse saudoso curso primário, fui para o Colégio Catarinense, dirigido por padres jesuítas. Grandes mestres, em sua maioria. Foram mais sete anos de aprendizado que me permitiram passar no vestibular de medicina na primeira tentativa. Vale aqui confessar fui feliz nas questões com ponto sorteado, sobretudo nas provas orais – que, naquele tempo, ainda se faziam. Abro aqui novo parêntese para dizer que hoje isso não existe mais e, pior, as perguntas são respondidas com um „x‟, ou seja, nem se afere a competência mínima do candidato no quesito redação. Daí, quem sabe?, a deterioração progressiva do uso escrito e falado dessa bela língua, a meu ver, a mais rica herança que Portugal nos legou e que nos garante a prerrogativa de sermos o único país, entre as dezenas que compõem a América Latina, a não falar Espanhol. Que privilégio! Retornando à linha anterior deste relato, recordo aqui um episódio marcante: uma semana antes do vestibular, fazíamos – eu e dois colegas – uma visita informal às dependências da Faculdade de Medicina, quando fomos apresentados, num dos corredores, ao diretor, que, ouvindo nossos sotaques floripanos, indagou: - Vocês vêem de que colégio? - Do Catarinense, professor. - Então, já passaram... – foi sua afirmação categórica. Vejam a que nível chegava o prestígio desse grande educandário que hoje, infelizmente, não tem mais padres em seu corpo docente; só leigos. Abstraindo os aspectos de ordem religiosa, que aqui não caberia discutir, os jesuítas foram sempre grandes professores. A propósito, meu pai também estudou com eles e, justamente por tudo isso, fez das tripas coração para que os filhos seguissem o mesmo caminho. Nesse longo período, conheci grandes mestres. Um deles, um homenzarrão de quase dois metros, era o padre-professor de Biologia, que, com tirocínio quase premonitório, dividia as turmas do terceiro científico em duas: “Biologia Forte” para os alunos que fariam vestibular de Medicina, Odontologia ou Farmácia; “Biologia Fraca” para os demais. Assim, ele podia aprofundar ou simplificar os conteúdos de forma seletiva. Acredito que essa sábia estratégia tenha sido determinante, pois naquele tempo não havia cursinho pré-vestibular em Florianópolis. E os resultados que seus alunos colhiam devem ter motivado o profético comentário do diretor da Faculdade. Não saberia dizer se a fama desse estabelecimento continua inalterada, pois seu atual corpo docente é composto só de leigos, e sua imagem, talvez até pela multiplicidade de ofertas e a inevitável concorrência, não pontifica como outrora. Já em Curitiba, na Faculdade de Medicina – como, acredito, aconteça em todas – tive professores brilhantes, médios e fracos. Uma minoria desses últimos atingia os limites da insuficiência; outros, da loucura quase esquizofrênica, misturada a mania de grandeza. Houve um, em especial, tão complicado, que suas aulas, além de fugirem sistematicamente à matéria do currículo, eram literalmente incompreensíveis a ponto de me convencer de que nunca seria capaz de passar na prova final, cujas perguntas eram esotéricas e imprevisíveis. Pois foi o desenho que me salvou: em lugar de responder à questão – que se referia a uma descrição anatomo-cirúrgica - preferi expô-la em linhas e cores. Devo ter sido salvo pelo ineditismo da resposta e pelo confesso entusiasmo do mestre pelas artes plásticas e pela música lírica. Presumo, pois, que se tivesse sido capaz de cantar uma ária da Traviata, também teria sido aprovado... Houve um outro que era tão confuso em suas explanações, que se saía da aula sem a mínima idéia do que fora discutido. Certo dia, um aluno mais industrioso resolveu gravar – na época,
  • 7. JB News – Informativo nr. 1.225 Florianópolis (SC), quinta-feira, 9 de janeiro de 2014. Pág. 7/17 em fita de rolo – todas as aulas teóricas para, em casa, datilografar uma apostila que seria vendida aos alunos do ano subseqüente. A iniciativa deu tanto lucro e vendeu tantas cópias, que foi capaz de lhe financiar uma viagem à Europa no fim do curso. Mas também rendeu um desconfortável mal- estar para o aludido mestre, que, abordado por um dos compradores em busca de explicações para uma surrealística afirmação gravada, achou-a tão disparatada, que exclamou, em plena aula: - Eu nunca disse isso! Alguém imitou minha voz! Em suma, o professor, figura tão presente e fundamental em nossas vidas, pode adquirir contornos variáveis. E, dependendo dos seus talentos – ou da falta deles – pode entrar para nossa história pessoal como alvo da admiração ou foco de comentários jocosos. No primeiro caso, pelo papel que desempenhou em nossa formação; no segundo – e dependendo do que disse ou deixou de dizer – pelo estrago que nos causou. Mario Gentil Costa - MaGenCo (2013) O TEMPLO DE SALOMÃO: ORIGENS E DIMENSÃO DO ARQUÉTIPO COM RELAÇÃO AO TEMPLO MAÇÔNICO E AO TEMPLO INTERIOR Ir.·. Jose Ronaldo Viega Alves ronaldoviega@hotmail.com Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna” Oriente de S. do Livramento – RS. “O mundo é como o globo ocular humano: a pupila é Jerusalém e a imagem da menina do olho é o Templo Sagrado” (Derech Eretz Zuta) INTRODUÇÃO Conforme o dicionário, arquétipo significa: 1. Modelo reproduzível em objetos semelhantes. 2. P. ext. Molde, padrão. 3. P. ext. Modelo a que se atribui perfeição. Em trabalho recente publicado neste informativo, de autoria do Irmão Paulo Roberto, sobre “O Templo Material e O Templo Espiritual” lê-se: “Não obstante, através do simbolismo maçônico, o Templo de Salomão, tornou-se o arquétipo da loja, não se entendendo, entretanto, que ela deva ser a fiel reprodução do Templo de Jerusalém. Trata-se simplesmente, de uma alegoria.” E na finalização do seu artigo, o Irmão Paulo Roberto concluiu: “A mais importante instrução simbólica ministrada na Maçonaria é, sem deixar lugar a dúvidas, a espiritualização do “Templo de Salomão”. Ecos de Mackey? Mackey, o autor da “Encyclopedia of Freemasonry”, fez a seguinte observação, no mínimo interessante sobre o simbolismo, a Maçonaria e o Templo de Salomão, que foi citada no capítulo intitulado 3– O TEMPLO DE SALOMÃO: ORIGENS E DIMENSÃO DO ARQUÉTIPO COM RELAÇÃO AO TEMPLO MAÇÔNICO E AO TEMPLO INTERIOR Ir José Ronaldo Viega Alves
  • 8. JB News – Informativo nr. 1.225 Florianópolis (SC), quinta-feira, 9 de janeiro de 2014. Pág. 8/17 “O Templo maçônico e suas Origens Bíblicas”, pertencente ao livro do Irmão Mário Name cujo tema principal é o Templo de Salomão, e do qual reproduzo o primeiro parágrafo na sequência, para que o leitor possa entender melhor: “Albert G. Mackey em sua “ENCYCLOPEDIA” diz que a Maçonaria é um sistema de moralidade desenvolvido e inculcado na ciência do simbolismo. Muitos maçons eruditos e escritores de obras maçônicas de uma maneira geral _ em nome do SIMBOLISMO _ fazem, desfazem e acontecem dentro da maçonaria, modificando as plantas físicas dos templos, conspurcando a essência mística original de um componente histórico adotado pela Ordem e se justificam argumentando ser o Templo apenas SIMBÓLICO, „uma indelével espiritualização do Templo de Salomão.” Nicola Aslan, em seu livro “Estudos Maçônicos Sobre Simbolismo” tece este comentário sobre o Templo de Salomão: “(...) Sabe-se que a história lendária da maçonaria se refere aos Construtores do Templo de Salomão. Contudo, os Maçons especulativos não pertencem mais à arte operativa e seu trabalho é simplesmente simbólico: a construção do Templo a que dedicam os seus esforços é unicamente espiritual. Este Templo simbólico é construído no coração dos maçons para servir de residência ao G.·.A.·.D.·.U.·.. (...) A mais importante instrução simbólica ministrada pela maçonaria é, sem deixar lugar a dúvidas, a espiritualização do Templo de Salomão.” Vejamos esta outra opinião, proveniente de um trabalho publicado em um “site” maçônico, do qual retirei o seguinte excerto: “Sim, a didática maçônica utiliza intensamente símbolos, alegorias, lendas e mitos. Um dos defeitos desse método é a confusão (muito comum, diga-se de passagem) que alguns fazem entre histórias e lendas – um incrível emaranhado de idéias e opiniões conduzindo-nos, às vezes, a desvios indesejáveis. Na realidade dever-se-ia distinguir o que constitui em concreto elemento histórico do que é meramente lendário, havendo um segundo nível de distinções necessárias, onde separam-se as lendas com algum fundamento histórico ou literário (a História bíblica, por exemplo) dos mitos totalmente imaginários, decorrentes de uma cadeia de invenções ditas esotéricas, sem fundamento algum, que acabam por se transformar em verdades.” Sendo o Templo de Salomão um símbolo de muito destaque dentro do universo da Maçonaria, uma verdadeira fonte de significados de onde são retirados ensinamentos valiosos, e pelo visto, motivo também de muita celeuma, é objetivo do presente trabalho, apresentar alguns tópicos, discutir outros, procurando seguir essencialmente uma linha que se aproxime daquela que Jules Boucher pincelou em sua obra clássica: “Na Maçonaria, esse Templo é um símbolo e nada mais, apesar de ser um símbolo de um alcance magnífico: o do Templo ideal jamais terminado, Templo de que cada Maçom é uma Pedra, preparada sem machado nem martelo, no silêncio da meditação. Sobe-se a seus andares por escadas em caracol, por “espirais” que indicam ao Iniciado que é nele mesmo, é voltando-se sobre si mesmo, que ele poderá atingir o ponto mais alto, que constitui o seu objetivo. Salomão significa, em hebraico, “homem pacífico”. O Templo de Salomão é o Templo da Paz, da Paz profunda, rumo à qual caminham todos os Maçons sinceros que se desinteressam pela agitação do mundo profano. É nesse sentido, e apenas nesse sentido, que é preciso considerar o Tempo de Salomão.” Voltemos no tempo. Qual era a razão construção e da existência do Templo de Jerusalém? A resposta tem relação direta com o objetivo explícito de ajudar a ancorar a Santidade no nosso mundo material, servindo de um elo de ligação, ou ponto de contato entre Deus e o mundo terreno. Um templo, diga- se de passagem, passa a ser o lugar onde são canalizadas todas as preces e orações que ascendem da Terra aos Céus. Para a Maçonaria, e em relação ao Templo de Salomão, há alguns limites estabelecidos. O Templo de Salomão foi emprestado à Maçonaria, o Templo Maçônico não é uma réplica do Templo de Salomão, e o Templo Maçônico enfim, tem objetivos bastante diferentes. É importante que tenhamos em mente que o nosso G.·. A.·.D.·.U.·., é um conceito e não exatamente um deus como aquele dos judeus, aquele que se manifestava no seu Primeiro Templo, ou no Templo de Salomão, ou ainda, no Templo de Jerusalém. Mas, conforme disse o Irmão César Gregório: “buscamos as leis eternas que foram utilizadas na construção para podermos melhor entender, aplicar e aperfeiçoar a nossa construção espiritual.” Isso explica de forma sintetizada a questão sobre a nossa espiritualização e apresentada em vários estudos citados anteriormente. Agora, voltando a Mackey e sua Enciclopédia, e no que recolheu Aslan para o seu livro, e onde jazem outras importantes informações sobre expressões e seus significados com respeito ao templo dos judeus: ”Isto dá a entender que (os hebreus) tinham duas idéias com referência a um templo. Quando o chamam beth Jehovah, ou a “casa de Jehovah”, referem-se à contínua presença de Deus nele; e quando o chamam hekhal Jehovah, ou o “palácio de jehovah”, reportam-se ao esplendor do edifício que foi escolhido para a sua residência.”
  • 9. JB News – Informativo nr. 1.225 Florianópolis (SC), quinta-feira, 9 de janeiro de 2014. Pág. 9/17 O TEMPLO DE SALOMÃO OU TEMPLO DE JERUSALÉM, OU AINDA, O ”BEIT HA- MIKDASH” DOS JUDEUS Para os judeus, a importância do “Beit Ha-Mikdash”, o Templo Sagrado, erigido em Jerusalém era fundamental. O Templo centralizava o serviço religioso judaico, era cuidado pelos sacerdotes (kohanim) e Levitas. Desde a sua construção já ficou praticamente proibido oferecer sacrifícios em outro lugar que não fossem nele. O Primeiro Templo foi obra do Rei Salomão para que houvesse a substituição do Tabernáculo, que foi o Templo provisório. Esse Primeiro Templo foi destruído pelos babilônios, e por um castigo divino em função dos pecados de derramamento de sangue, imoralidade sexual e idolatria que foram praticados pelo povo. Nos dias atuais, em razão da sua ausência, um número superior à metade dos mandamentos divinos (mitsvot) não podem ser cumpridos pelos judeus. Após a destruição do Templo de Salomão ou Primeiro Templo, e após o cativeiro da Babilônia, foi construído o Segundo Templo por Ezra ou Esdras, e que perdurou mais tempo do que o de Salomão. No entanto, também foi destruído, dessa vez pelos romanos. Consta que tal tragédia acabou acontecendo novamente em função do pecado do ódio infundado que habitava em meio aos judeus. Esses foram os Templos construídos pelos judeus e, conforme as suas crenças, o Terceiro Templo irá descender do céu, pronto e acabado, durante a Era Messiânica. Portanto conforme as tradições judaicas, o que alguns historiadores consideram como Terceiro Templo e que foi uma remodelação do Segundo Templo a mando de Herodes, para os judeus não tem a conotação de Terceiro templo. O Terceiro quando vier, será o indicativo definitivo do começo da Redenção final – a era utópica da paz para todos os povos. AS ORIGENS DO TEMPLO DE SALOMÃO NA MAÇONARIA A Maçonaria, ao que tudo indica, buscou o seu arquétipo de templo na Igreja, que por sua vez já o tinha buscado no Templo de Jerusalém ou Templo de Salomão, que foi construído conforme os judeus, mas, que também já possuíam modelos que eram provindos dos templos egípcios e babilônicos. Podemos dizer também que, a Maçonaria firmou sua doutrina, utilizando-se da alegoria que é a construção do Templo de Salomão, que foi idealizado pelo Rei David, mas, que só foi executado pelo seu filho, o Rei Salomão, que por sua vez utilizou-se do “know-how” dos artífices fenícios Hiram, Rei de Tiro e do arquiteto Hiram Abiff. Esses elementos todos são a essência do que foi agrupado pela Maçonaria Especulativa, e que representa com grandeza o trabalho que todo o maçom deverá realizar como construtor de si mesmo e construtor social. Quando Anderson montou as suas Constituições, primeiro e legítimo documento do período Especulativo da nossa Ordem, baseou-se nas “Old Charges” e no Regulamento Geral. Do Manuscrito Cooke, redigido em 1410, do qual se utilizou, já havia referências ao Templo de Salomão, sendo que ali estava descrita a construção do mesmo. Significa então dizer, que a tradição de utilizar a construção do Templo de Salomão como alegoria iniciática, pela Maçonaria, remonta a um período bem longo. A questão é que tais documentos devem ser vistos com certa reserva, pois, originalmente foram escritos por religiosos, e posteriormente foram transmitidos a operários que eram iletrados, sem falar que os Maçons Operativos não estavam muito preocupados com exatidão histórica, pois, em muitos desses documentos antigos, e aqui fica uma certeza, não houve propriamente a inspiração maior em textos bíblicos, já que, na questão da construção do Templo, o fato está atribuído por eles a Davi e não a Salomão. Alguns estudiosos consideraram uma verdadeira paranóia dos maçons operativos estabelecer uma ligação direta entre a construção do Templo de Jerusalém com as origens da nossa Ordem. São informações, no mínimo contraditórias, que não podem ser comprovadas e além do mais, fantasiosas. É digno de se considerar também, que muitas dessas histórias e tradições são cópias de outras cópias, e nessas situações, ou algo se perde, ou algo é acrescentado. Estabelecendo algumas analogias, os mentores da Maçonaria Especulativa adotaram o Templo de Salomão como símbolo e alegoria, fazendo com isso que o Templo Maçônico ganhasse muitas semelhanças com o Templo de Salomão. As únicas diferenças ficaram por conta das práticas maçônicas e as adaptações que os diferentes ritos impuseram. A partir do simbolismo todo que nasce a partir desse momento, e considerando que Salomão mandou construir um Templo que se transformou na obra mais perfeita consagrada ao G.·. A.·. D.·.U.·. , os Maçons, por sua parte, constroem o Templo da Humanidade e do Amor ao Próximo.
  • 10. JB News – Informativo nr. 1.225 Florianópolis (SC), quinta-feira, 9 de janeiro de 2014. Pág. 10/17 O UNIVERSO NO TEMPLO No livro “Conhecendo a Arte Real” consta: “...o Manuscrito Dunfries n° 3, de cerca de 1650, afirma que o Templo de Salomão foi construído a partir das instruções que Deus dera a Moisés para a construção do Tabernáculo e que este foi construído a partir de medidas modulares do cosmo. Assim, a tradição segundo o Tabernáculo seria uma reprodução do próprio cosmo, e por conseqüência, o Templo de Jerusalém também é uma tradição que tem origem nessa informação. Daí, a já conhecida tradição maçônica de considerar os seus templos como reprodução do universo.” No sentido mais espiritualizado podemos entender que o arquétipo do Templo de Salomão também é utilizado na Maçonaria como essa idéia de simulacro do cosmo para mostrar ao maçom que a sua construção implica em outra construção, ou seja, a do seu próprio universo. Por analogia, assim como os maçons operativos construíam as catedrais e igrejas em louvor a Deus, os maçons dos tempos modernos constroem templos sagrados do caráter humano à glória do Grande Arquiteto do Universo. Cabe avaliar melhor até, e pelo que é defendido por alguns, o quanto estamos realmente perto do Templo de Salomão, levando em consideração que, tudo o que se referia ao Templo de Salomão era sagrado, e isso envolvia a área do templo, os pátios, as construções e as escadarias, assim como os objetos todos que se encontrava em seu interior. Ali tudo tinha a sua razão de ser e existir, ali tudo tinha um propósito e um significado espiritual muito profundo. O projeto em sua origem era uma espécie de projeção do mundo superior sobre o nosso mundo. Em nosso próprio Ritual está dito que “...o Livro da Lei é o traçado “espiritual” para o aperfeiçoamento do maçom que deseje atingir o topo da Escada de Jacó, após haver desbastado as asperezas de seu “eu”, representadas pela ambição, orgulho, egoísmo e demais paixões que torturam os corações profanos.” É inegável que a presença de Deus pode ser sentida e está em todo o lugar, é inegável que Deus conhece todos os nossos pensamentos e ouve todas as palavras que são pronunciadas por nossos lábios, e em nosso Templo em determinados momentos podemos perceber essa indelével espiritualidade se manifestando. Vide a Cadeia de União que enlaça a todos os Irmãos espiritualmente e onde, naquele momento estes elevam suas súplicas e seus agradecimentos. Darei uma complementação ao que escrevi no parágrafo acima, utilizando-me do Vade- Mécum Maçônico do Irmão Girardi, e do qual me socorro seguidamente, transcrevendo uma passagem que consta no verbete Templo Maçônico: “Todavia, nem as Igrejas e nem os Templos maçônicos são, como pretendem alguns autores, cópias fiéis do templo hebraico, pois este serviu, apenas, como modelo aproximado para as Igrejas, assim como estas serviram de modelos aproximados para os templos maçônicos. Em Maçonaria – e isso é importante para desarmar qualquer intuito religioso – o vocábulo templo designa o lugar respeitável, venerável, não se destinando a nenhum culto religioso, pois a Maçonaria, em respeito à liberdade de consciência de seus membros, não faz restrições religiosas, e aceita como válidas, todas as religiões calcadas na ética e na moral.” Acho que podemos deduzir com facilidade que algumas afirmativas ou exposições em Loja, somente podem ser feitas a partir do momento em que esteja bem claro para todos as diferenças entre o sagrado e o profano, entre religião, culto e sociedade iniciática, entre Cosmologia e Teologia, o que é lenda e o que é História ou definições que contemplem com muita profundidade o que é a espiritualidade, o conceito de G.·A.·.D.·.U.·., de esoterismo e sobretudo de Simbolismo. O TEMPLO MAÇÔNICO E O CATECISMO MAÇÔNICO COM BASE NO TEMPLO DE SALOMÃO Quando lemos ou consultamos a Bíblia, deduzimos de pronto que o Templo de Salomão serve alegoricamente à Maçonaria por demonstrar que o mesmo era uma construção unindo o sagrado ao profano, uma obra que visava a reabilitação do homem perante Deus. Também ao exaltar o trabalho e a organização dos obreiros na construção da obra, a alegoria serve à Maçonaria para servir de exemplo no desenvolvimento de uma filosofia moral e ética cujo propósito está voltado para a construção do homem universal, alicerce para uma sociedade melhor e reflexo da Divindade na Terra. A Maçonaria busca, sem dúvidas, outros dos velhos arquétipos conhecidos: justiça, perfeição e harmonia. O que um dia já existiu antes da queda do homem. O velho sonho da humanidade, o sonho de Moisés e o sonho de Salomão. A recuperação é possível, ela dorme no inconsciente humano. A Maçonaria quer reconstruir o homem para reconstruir a sociedade, e para isso os reúne em Lojas com o objetivo claro de cavarem masmorras ao vício e erguerem templos à virtude. A Maçonaria busca um homem que esteja voltado pessoal e socialmente para o cultivo de uma ética e uma moral, um homem novo que, sobretudo, possua a sensibilidade mística de um homem religioso. E aqui, novamente utilizo-me do Vade-Mécum Maçônico do Irmão João Ivo Girardi, no ítem 3 do verbete Templo de Salomão, onde está escrito:
  • 11. JB News – Informativo nr. 1.225 Florianópolis (SC), quinta-feira, 9 de janeiro de 2014. Pág. 11/17 “Na acepção maçônica: este templo é místico. É a imagem e representação do Universo, de todas as maravilhas e perfeições da criação, e a Maçonaria o tomou como protótipo para a ministração de seus ensinos e aplicação simbólica de suas doutrinas. Na Bíblia, é o templo que o famoso rei de Israel mandou erigir em Jerusalém, sobre o Monte Moriá, e cujos dados arquitetônicos a Maçonaria adotou para a formulação e perpetuação de seu simbolismo.” O TEMPLO DE SALOMÃO É O CORPO? Nicola Aslan descreveu ainda, o Templo de Salomão como o Homem, ou seja, o Ocidente seria o corpo e o Ocidente seria a sua consciência. A idéia é antiga. Há variações, mas são mesmo ecos do passado. Paulo, o apóstolo, faz as seguintes perguntas numa de suas epístolas aos coríntios? „Não sabeis que sois o Templo de Deus e que o espírito divino mora em vós?‟ e „Ou ignorais que vosso corpo é o templo do Espírito Santo, o qual está em vós, o qual tendes de Deus, e que não sois vossos? A questão, no entender de José Dias Carvalho, é que fazer do Templo um símbolo do corpo não tem a exclusividade maçônica. E, a planta arquitetônica, o arranjo das mobílias, do Templo de Salomão, já fez pressupor que esse mesmo Templo possa ter sido construído na forma oculta de um ser humano. Voltando às considerações do Irmão Charles Evaldo Boller, ele diz à certa altura: “O templo representa o que cada maçom é por dentro, um templo daquilo que cada um tem como a representação de sua própria divindade. O templo é o próprio corpo do maçom. Assim como o templo de Salomão é modelo para a Maçonaria edificar os seus templos de pedra e cimento, o templo maçônico é para o maçom o modelo do universo interior, que ele possui dentro de seu corpo físico. O templo de pedra é modelo do templo de carne, osso e intelecto. Devido a esta comparação, o templo de pedra é respeitado pelo maçom como se fosse os seu próprio corpo, lugar que ele jamais conspurca; esta a razão do grão-mestre purificar simbolicamente o templo de pedra.” Este trabalho não poderia jamais abordar todos os ângulos de estudo que envolvem essa temática, seria impossível, mas, para aqueles que o lêem, conto com um “despertar” para o quanto há que ser buscado, para o quanto há que se aprender, quando o assunto está inserido no universo maçônico. CONCLUSÃO: O historiador escocês Andrew Sinclair, autor de “O Pergaminho Secreto”, comenta nesse seu livro que o Rei Davi depois de ter reunido os recursos necessários à construção do Templo, deu instruções ao seu filho Salomão: “agora, veja, preparei para a casa do Senhor cem mil talentos de ouro, e mil vezes mil talentos de prata; e bronze e ferro sem medida, pois os dei em abundância: madeira também e pedra preparei, e vós deveis também dar... Erguei-vos, portanto, e façais”. O historiador diz então, que uma das primeiras lições extraídas do Templo é exatamente o “Erguei-vos, portanto, e façais”, pois, esse era o comando nos textos sobre a construção do templo, servindo aos judeus e mais tarde aos cristãos e aos maçons. Por ocasião da destruição do Primeiro Templo, e o fato voltando a se repetir com a destruição do Segundo Templo, outro conceito começa a emergir: o de que Deus não necessita exatamente de um local físico no mundo terreno, pois, a Sua morada estaria dentro de cada um. Isso deu origem a uma religião, a judaica, que podia ser ensinada em qualquer lugar. Durante o exílio, e não por acaso, consolida-se o Judaísmo rabínico e surgem as sinagogas como casa de oração e leitura dos textos sagrados. No entendimento de alguns rabinos, quem vive o Judaísmo vivo e criativo está mais próximo do Templo. O Shabat, por exemplo, é o Templo reconstruído no tempo sagrado. Em outras palavras, para os judeus, é como se o Templo saísse do espaço e entrasse no tempo. Não que não tenha sido totalmente descartada a construção de um novo templo, se for pelas mãos do homem novamente, ou que ele venha a tomar forma novamente pela vontade divina, onde desceria dos céus, já pronto, e por ocasião da vinda do Messias... Historicamente, nas culturas da Antiguidade, a destruição dos seus santuários selava seus destinos, ocasionando o seu desaparecimento. Com relação aos judeus e guardando referência com o que lemos anteriormente, eles, ainda que separados do culto e demais ofícios realizados no Templo, não perderam a sua fé, não perderam a sua unidade. Substituíram sim, o edifício de pedra em um templo invisível, porém inscrito em seus corações e mentes. O papel centralizador que era exercido pelo Templo foi substituído pela Torá, sendo que a mesma os manteve agregados e impediu de vez o seu desaparecimento. Isso tudo nos dá um riquíssimo material para reflexões, principalmente sobre o papel exercido pelo templo, assim como, as superações do homem de fé, ou os ensinamentos todos que daí advém. Outra das grandes lições que, nós maçons, podemos aprender ou extrair disso tudo é que, aproveitando muito do novo conceito exposto ou da visão judaica de Templo, é que esse acontecimento ou visão transcendental somente se tornaria possível se todos estivessem cuidando dos seus templos interiores. E é aí que nós maçons encontramos o grande ponto em comum. Frequentamos um Templo Maçônico,
  • 12. JB News – Informativo nr. 1.225 Florianópolis (SC), quinta-feira, 9 de janeiro de 2014. Pág. 12/17 inspirado no Templo de Salomão, com o propósito de recebermos os ensinamentos e trabalharmos a nossa pedra bruta para construirmos o nosso templo interior e o grande templo da humanidade. Nós Maçons também de há muito (e aqui há uma semelhança com aqueles judeus que possuem uma visão mais aberta sobre a não obrigatoriedade da construção do templo em pedra) deixamos de construir edifícios materiais, pois, a nossa construção visa o templo interior, o que trará uma nova ordem social, ou seja, construímos templos virtuais envolvendo a transformação dos nossos corações e de nossas mentes. Se os judeus, conforme reza a Torá, carregam consigo a “Shekiná”, que é a presença divina ou imanência de Deus, onde quer que estejam, e se com isso, tanto no exílio ou na diáspora conseguiram manter o pensamento de que não haviam sido abandonados por Deus, e ainda, se com isso tiveram sempre a sensação de pertencimento, os judeus encontraram o seu caminho e garantiram a sua sobrevivência. Resumindo, os judeus, e aqui dita a sua Torá também, devem construir para si e carregar consigo um templo interior, um “mikdash meat”, onde vão predominar as leis, as mitsvots (mandamentos). Será que não há muito mais para ser extraído do universo judaico, e isso tudo a partir de um estudo do Templo, do ponto de vista esotérico? Para finalizar, ficamos com o que disse o estudioso do Simbolismo, Oswald Wirth: “Da mesma forma que os cristãos propõem-se a realizar sobre a terra o reino de Deus, espécie de paraíso reconquistado, graças à generalização das virtudes cristãs, os maçons pretendem o mesmo ideal, quando se propõem em terminar a construção do Templo da Fraternidade Universal, mas o seu método não é o das religiões. Ao invés de fazer apelo indistintamente a todos os indivíduos para alistá-los debaixo da bandeira de uma fé, senão totalmente cega, mas pelo menos aceita sem controle efetivo, a Maçonaria se dirige apenas aos espíritos emancipados, capazes de se determinarem a si próprios, de acordo com aquilo que reconhecem como razoável e justo.” FONTES BIBLIOGRÁFICAS: Internet: “Arquivo Maaravi – Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG – Vol. 1, n° 4 – Março 2009 “O Templo de Salomão e o Templo Maçônico” - Trabalho do Irmão Charles Evaldo Boller – disponível em: carlosjunior.blog.br/2009/.../templo de Salomão-e-o-templo-maconic... “O Templo de Salomão” – Desenvolvido por CaioCVR – disponível em: pedreiroslivres.com.br “O Templo” – Irmão Wagner Veneziani Costa – disponível em: revistauniversomaconico.com.br/tempo-de-estudos/o- Templo/ “O Templo Material e o Templo Espiritual”- Irmão Paulo Roberto – JB NEWS Informativo n° 1205 – 20.12.2013 Revistas: “Morashá” Junho-2010 / “O Pesquisador Maçônico” n° 07 – Maio-Junho de 2012 / “Revista das Religiões”, n° 3 / “Vida & Religião” n° 7 Rituais: Ritual e Instruções do Grau de Aprendiz-Maçom do REAA – 2010-2013 - GORGS Livros: Dicionário Enciclopédico ilustrado Veja Larousse - Volume 2 –Editora Abril S/A 2006 ANATALINO, João. “Conhecendo a Arte Real” – Ed. Madras – 2007 ASLAN, Nicola. “Estudos maçônicos Sobre Simbolismo” – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 1997 BOUCHER, Jules. “A Simbólica Maçônica” – Editora Pensamento GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite Vade-Mécum Maçônico” - Nova Letra Gráfica e editora ltda. 2008 GREGÓRIO, Fernando César. “Chaves da Espiritualidade Maçônica” – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 2007 NAME, Mario. “O Templo de Salomão nos Mistérios da Maçonaria” – A Gazeta Maçônica – 1988 UNTERMAN, Alan. “Dicionário Judaico de Lendas e Tradições” – Jorge Zahar Editor - 1992 VAROLI FILHO, Theobaldo. “Curso de Maçonaria Simbólica” 1º Tomo - Aprendiz
  • 13. JB News – Informativo nr. 1.225 Florianópolis (SC), quinta-feira, 9 de janeiro de 2014. Pág. 13/17 Este Bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk, às terças, quintas, sábados e domingos. Loja Estrela de Morretes, 3159 - Morretes - PR Dúvidas Recebi de um Respeitável Irmão as questões que seguem: 1) Na página 42 (da circulação) – “Na circulação deve seguir a ordem: Ven, 1º e 2º VVig, Orad, Secr, CCobr” Deve-se entender que a coleta será dos dois Cobridores, ou foi erro de digitação? 2) Na página 54 no item 2.3 Leitura e Destino do Expediente; Após a leitura do mesmo quem recolhe e encaminha ao Venerável Mestre? Justificativa! CONSIDERAÇÕES: 1 – Se foi erro de digitação ou não eu não posso lhe afirmar, entretanto o procedimento está equivocado. Na abordagem que se refere à circulação pelo respectivo Oficial é apenas o Cobridor Interno. A explicação para tal está em que uma Loja será aberta no mínimo com sete Mestres – Venerável, Vigilantes, Orador, Secretário, Cobridor Interno e o Mestre de Cerimônias. 2 – Em qualquer situação que demande encaminhamento ao Venerável, o Mestre de Cerimônias (sem portar o bastão) é o responsável pela missão. Alguns Veneráveis ainda confundem e atribuem esse ofício ao Primeiro Diácono. Nesse sentido cabe então uma explicação. Os Diáconos estão presentes no Rito Escocês simbolicamente como transmissores de ordens que se fazem presentes na Moderna Maçonaria revivendo os canteiros operativos que transmitiam ao Mestre da Obra as ações de esquadrejamento, nivelamento e aprumada da obra. Daí existir a transmissão da Palavra, entre o Mestre (Venerável) e os Vigilantes (auxiliares) que simboliza esse antigo costume operativo. Em resumo isso significa que antes de começar os trabalhos no canteiro os auxiliares (wardens – zeladores) marcavam os cantos da construção. Perfeitamente adequada à ação, eles comunicavam ao Mestre por intermédio de um mensageiro, que tudo estava pronto para o início dos trabalhos – origem do termo “Justo e Perfeito”. Assim estando nos conformes, o Mestre determinava o início laboral. Cumprida a etapa, os auxiliares verificavam a 4 – perguntas & respostas Ir Pedro Juk – (Dúvidas)
  • 14. JB News – Informativo nr. 1.225 Florianópolis (SC), quinta-feira, 9 de janeiro de 2014. Pág. 14/17 qualidade produtiva e informavam ao Mestre que tudo estava correto (Justo e Perfeito) e, por assim ser, os trabalhos eram encerrados e os Obreiros eram despedidos contentes e satisfeitos. Essas etapas construtivas geralmente eram iniciadas, medidas e encerradas por ocasião dos solstícios e em algumas situações dos períodos equinociais. A ponte entre o Mestre da Obra e os seus auxiliares imediatos (hoje os Vigilantes) era feita através desses mensageiros que, posteriormente e por influência da Igreja, assumiriam o título de Diáconos na Maçonaria. O Rito Escocês pelo seu caráter “Antigo” como componente do seu título distintivo, embora de vertente francesa, revive essa prática através da transmissão da Palavra Sagrada de modo especulativo, já que literalmente os Vigilantes não nivelam nem aprumam a construção, todavia verificam a qualidade correta da palavra transmitida que, estando esta de acordo, declaram que tudo está “Justo e Perfeito”, tanto para abrir os trabalhos simbólicos quanto para encerrá-los. Note que inclusive que quem fecha a Loja é o Primeiro Vigilante. Também há que se notar que a origem das respectivas joias – o Nível e o Prumo – aludem às antigas práticas operativas. É nesse sentido que os Diáconos são os mensageiros e, no Rito em questão, têm apenas essa função específica. É também oportuno salientar que a grande maioria dos ritos de vertente francesa possui nos seus quadros de Oficiais o Mestre de Cerimônias, enquanto que o Craft (inglês), apesar da existência da figura do Diretor de Cerimonial, este não tem a mesma função daquela prevista nos trabalhos originários na França. Os Diáconos, por exemplo, nos Trabalhos Ingleses assumem inúmeras funções, sobretudo nas oportunidades iniciáticas do Franco-Maçônico básico, enquanto que na vertente latina muitas dessas atribuições são relegadas ao Mestre de Cerimônias e Expertos (estes últimos também inexistentes no costume inglês). Assim, pela característica do simbolismo escocês oriunda do primeiro ritual elaborado em 1.804 na França por maçons procedentes das Lojas Azuis norte-americanas que praticavam o costume “antigo” (desconhecido na França) influenciaria diretamente um rito de vertente latina, cujas acomodações ritualísticas viriam se consolidar paulatinamente nos anos seguintes. Nesse contexto, o Rito Escocês traria na sua também vertente anglo-saxônica a disposição do Segundo Vigilante ao Meio-Dia e a inclusão dos Diáconos como mensageiros e integrantes da alegoria da transmissão da Palavra, inclusive permanecendo a dialética antiga (hoje existente no ritual) como modo de preservar a tradição e não especificamente da sua prática literal. Não está aqui se afirmando que no Craft existe a transmissão da Palavra, porém a existência do cargo de Diácono que tem função diferenciada daquele que porventura venha existir em algum rito latino. Ao longo dos tempos muitos ritualistas elaboraram rituais sem se aperceber a existência “palpável” das duas vertentes maçônicas principais – a inglesa e a francesa. Nesse particular houve a generalização de atos e ações que, embora muitas vezes presentes nas duas vertentes, não seriam devidamente explicadas. Nesse mesmo contexto, muitos outros acabariam também por enxertar procedimentos e símbolos que não se coadunam com o arcabouço doutrinário relacionado à sua tradição. Finalizando essa questão, embora de modo abreviado, o Mestre de Cerimônias é o serviçal direto do Venerável, enquanto que os Diáconos (embora a dialética preservada) se fazem presentes no Rito apenas como parte integrante da transmissão da Palavra que objetiva rememorar uma ação operativa que possui alto significado simbólico na Moderna Maçonaria, particularmente ao Rito Escocês Antigo e Aceito. T.F.A. PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com Out/2013
  • 15. JB News – Informativo nr. 1.225 Florianópolis (SC), quinta-feira, 9 de janeiro de 2014. Pág. 15/17 1) A Administração para 2014 V.'. M.'. - Ir.'. Emílio César Espíndola; 1o. Vig.'. - Ir.'. Gilberto Goulart; 2o. Vig.'. - Ir.'. Nilo Bairros de Brum. Sec.'./M.'. C.'. (Ad Hoc) - Ir.'. Mohamad Ghaleb Birani; 5 – destaques jb Resenha Geral ARLSE.·. Fraternidade do Mercosul Nº 70 (GOSC) atividade dos meses de Janeiro e Fevereiro. GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA - GOSC/COMAB Loja Especial “União e Fraternidade do Mercosul” nº 70 RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO - FUNDADA EM 31/01/1998 Programação Janeiro: 13.01.2014: Abertura dos Trabalhos de 2014 da ARLSE Mercosul com o Ser.'. Grão- Mestre, Ir.'. Alaor Francisco Tissot e Palestra com o Ir.'. Nilo Bairros de Brum, com o tema, "Os Precursores do Mercosul". * 27.01.2014 - Palestra com o Ir.'. Luciano Pinheiro, com o tema "Maçonaria e Religião"; Fevereiro * 10.02.2014 - Palestra com o Ir.'. Gilberto Goulart, com o tema "A Independência dos Estados Unidos da América e a Revolução Francesa"; * 24.02.2014 - Palestra com o Ir.'. Eleutério Nicolau da Conceição, com o tema a ser definido logo pelo referido Ir.'.; Local das Sessões: Será o mesmo de sempre, ou seja, o Templo do ARLS.'. Fraternidade Catarinense, na SC-401, em frente à ACM, conforme as datas acima referidas (13.01 - 27.01 - 10.02 - 24-02), às segundas-feiras, com início às 20:30 (vinte e trinta) horas.
  • 16. JB News – Informativo nr. 1.225 Florianópolis (SC), quinta-feira, 9 de janeiro de 2014. Pág. 16/17 1 – Concertos Acesse o site http://www.vocesparalapaz.com/ Retorno O JB News após ser produzido e transmitido desde 18 de dezembro na cidade de Rio Branco, volta a ser editado em Florianópolis. Agradecemos a atenção dos irmãos durante esse período.
  • 17. JB News – Informativo nr. 1.225 Florianópolis (SC), quinta-feira, 9 de janeiro de 2014. Pág. 17/17 06/01/2014 | Crédito: Guto Kuerten/Agencia RBS – Diário Catarinense Amanhecer na praia do Campeche - Florianópolis