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Informativo Nr. 1.226
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
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Reuniões: quintas-feiras às 20h00 –
Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Florianópolis(SC) sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
Índice:
Bloco 1 -Almanaque
Bloco 2 -Opinião: Mario Gentil Costa – Minha Trajetória
Bloco 3 –IrPaulo Roberto “On Line” – A Orientação dos Templos
Bloco 4 –IrHercule Spoladore – Vida e Obra do Irmão Manoel Ribas
Bloco 5 - Destaques JB
Pesquisas e artigos desta edição:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br
Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião
deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
10 de janeiro de 2014. É o 10º. dia do Calendário Gregoriano. Faltam 355 para acabar o ano
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Irmão tem desconto especial
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 49 a.C. - Júlio César atravessa o Rubicão, iniciando a guerra civil que opôs as suas forças às de Pompeu. Foi neste
dia que ele pronunciou sua famosa frase: alea jacta est (a sorte está lançada).
 236 - Eleito o Papa Fabiano, 20º papa.
 1403 - Jean de Bettencourt recebe dos reis de Espanha o senhorio das ilhas Canárias, se autointitulando rei.
 1794 - O bispo de Blois, Henri Grégoire, relata aspectos do comportamento do exército republicano, usando o
termo vandalismo pela primeira vez.
 1855 - A Itália se alia à França e à Inglaterra com o propósito de lhes conceder ajuda na Guerra da Criméia.
 1861 - Guerra Civil Americana: a Flórida anunciou oficialmente sua secessão da União, logo juntando-se à
Confederação.
 1863 - Inauguração pública da primeira secção do metrô de Londres.
 1875 - Fundação do Partido Socialista Português.
 1877 - É estabelecido na Espanha o serviço militar obrigatório.
 1907 - A Torre de Belém é classificada como Monumento Nacional em Portugal.
 1912 - Bombardeio da cidade de Salvador na Bahia.
 1920 - Entra em vigor o Tratado de Versalhes para solucionar os problemas surgidos na guerra 1914-1918.
 1920 - Foi instituída a Liga das Nações, órgão internacional que durou até 1946, quando foi substituída pela
Organização das Nações Unidas.
 1921 - É anistiado o tenente Vogel, autor da morte a tiros de Rosa Luxemburgo.
 1923 - É ordenada a retirada das tropas dos Estados Unidos das províncias renanas, na Alemanha.
 1927 - O filme Metropolis, do alemão Fritz Lang, estreou nos cinemas. O cineasta é considerado o criador do
gênero ficção científica.
 1928 - Leon Trotski e mais 30 membros da Oposição de Esquerda são expulsos da Rússia.
 1929 - O jornal belga Vingtième Siècle publicou pela primeira vez uma tirinha com o menino-detetive Tintin,
personagem criado pelo cartunista Hergé.
 1932 - Miguel Maura funda na Espanha o Partido Conservador.
 1937 - Guerra civil espanhola, a Junta Nacional ordena a evacuação de Madri da população civil sob uma intensa
ofensiva das tropas militares.
 1939 - Criação do Parque Nacional do Iguaçu.
 1941 - Batalha naval entre britânicos e italianos no estreito da Sicília, no sul da Itália.
 1941 - Firmado em Berlim o pacto germano-soviético que delimita as novas fronteiras entre os dois países.
 1945 - O Rei Jorge VI inaugura em Londres os trabalhos preparatórios da Organização das Nações Unidas
(ONU).
 1946 - As forças comunistas de Mao Tsé-Tung e as de Chiang Kai-shek fazem uma parada na China contra a
proposta mediadora do presidente dos Estados Unidos, Harry Truman.
 1946 - Celebra-se em Londres a primeira Assembleia Geral das Nações Unidas.
 1946 - Criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC).
 1946 - Americanos enviaram pela primeira vez um sinal de radar à Lua, recebendo um eco como resposta três
segundos depois. O fato é considerado um prenúncio das comunicações por satélite.
 1955 - O jornalista Assis Chateaubriand foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras.
 1960 - Instalado oficialmente o município de Diadema.
 1962 - Uma seqüência de erupções no monte Huascarán, no Peru, matou cerca de 3.500 pessoas e destruiu sete
vilas.
 1966 - Índia e Paquistão assinam um acordo de paz. Os países disputavam a região da Caxemira, havendo até
ameaça de ataque nuclear no auge da guerra.
 1969 - A Suécia é o primeiro país ocidental a estabelecer relações com o Vietnã do Norte.
 1972 - Mujibur Rahman assume o cargo de primeiro-ministro novo Estado independente de Bangladesh - Ex
Paquistão Oriental.
 1975 - Michelle Bachelet e sua mãe são presas pelo regime militar chileno.
 1983 - Astrônomos britânicos descobrem um novo astro com uma capacidade energética maior que a do Sol.
 1984 - O ex-presidente argentino Reynaldo Bignone é preso pelos crimes cometidos durante a ditadura militar
entre 1976 e 1983, em que desapareceram 10 mil pessoas.
1 - almanaque
Eventos Históricos - Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
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 1984 - O Vaticano e os Estados Unidos reatam as relações diplomáticas.
 1984 - Um incêndio destruiu o Mercado Modelo, uma das principais atrações turísticas de Salvador.
 1985 - Daniel Ortega, da Frente Sandinista de Libertação Nacional, tomou posse como presidente da Nicarágua.
Os Estados Unidos não reconheceram o novo governo e decretaram embargo total ao país.
 1990 - A China anuncia o fim da lei marcial, e alega que ter impedido demonstrações democráticas, salvou o país
do abismo da miséria.
 1994 - Criação da União Económica e Monetária Oeste-Africana (UEMOA).
 1994 - O presidente Bill Clinton anuncia que a Ucrânia concordou em abrir mão de seu arsenal nuclear, o terceiro
maior do mundo.
 2003 - Entra em vigor o novo Código Civil brasileiro aprovado pelo Congresso em setembro de 2001.
 2006 - Evo Morales visita a África do Sul.
 1929 - Primeira aparição de Tintín, famoso presonagem de histórias em quadrinhos de Hergé.
 1932 - Surge a grande criação de Walt Disney, o ratinho Mickey, é registrado e publicado pela primeira vez.
 2000 - A America Online compra o gigante da mídia Time Warner por US$ 162 bilhões. É a maior fusão
corporativa da história.
 2001 - Nupedia, antecessora da Wikipedia, é lançada publicamente
 2003 - Lançamento do jogo SimCity 4.
 2003 - O Circo Garcia encerrou suas atividades após 75 anos de apresentações no Brasil.
 2006 - Entra no ar a sexta edição do programa Big Brother Brasil.
Desportivos
 1986 - Fundação do Esporte Clube Passo Fundo.
 2003 - Criação do time de basquete Charlotte Bobcats.
Local-galês
 Dia consagrado ao Bardo Geraint, personagem galês do Século IX.
Mitológicos
 Benin: Gozìn - Festa Anual de Agbê.
Religiosos - Católico
 Dia de São Camilo
 São Guilherme de Bourges (neto de Pedro, o Eremita)
Festa de São Gonçalo de Amarante
1744 Carta Régia, desta data, autorizou a instituição, na vila de Nossa Senhora do Desterro, da Ordem Terceira de
São Francisco e nomeou seu primeiro comissário o frei Alexandre de Santa Cruz.
1883 Instalado, nesta data, o município de Blumenau, criado pela Lei nº 860, de 4 de fevereiro de 1880.
1884 Instalado o município de São Bento do Sul, criado pela Lei nº 1030, de 21 de maio de 1883.
1891 Decreto nº 40, desta data, criou o 4º distrito no município de São José.
1926 Instalado o município de Porto Belo, restabelecido pela Lei nº 1496, de 1º de setembro de 1925.
1743 O Faulkner’s Dublin Journal noticia que a Loja Youghall nº 21 celebrou o dia de São João com uma
parada, em que o “Real Arco foi levado por dois excelentes Maçons”.
1754 Thomas Dunckerley feito Maçom na Loja The Three Turns, em Plymouth. Filho ilegítimo do Rei George
II, foi um dos grandes promotores da Maçonaria.
1904 Nasce Lamartine Babo () poeta e famoso compositor popular membro da Loja “Estrela do Rio”.
1918 Fundação da Loja Maçônica Branca Dias nr. 01, de João Pessoa - PB
1956 Regularização da Loja Maçônica Aurora de Goiás nr. 1393, de Goiânia (GOB/GO)
feriados e eventos cíclicos
Históricos de santa catarina:
fatos maçônicos do dia - Fonte: O Livro dos Dias (Ir. João Guilherme) e acervo pessoal
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“MINHA TRAJETÓRIA”
Mario Gentil Costa - Florianópolis.
Contato: magenco@terra.com.br
http://magenco.blog.uol.com.br
"MINHA TRAJETÓRIA"
Minha trajetória de leitor a „escrevinhador' – não me sinto digno de usar o título „escritor‟ -
nada tem de especial, exceto pela convivência assídua com o livro em si, e por uma necessidade
incontida de expressão pessoal. De fato, sou um leitor compulsivo desde a adolescência e creio ter
sido essa minha verdadeira escola e a fonte das minhas motivações.
Não nego nem reduzo o mérito dos grandes mestres que tive desde o curso primário, mas
confesso que escrevo quase por instinto e, a rigor, desconheço a maior parte das regras da teoria
gramatical. Não raro, me socorro do conhecimento da minha esposa, formada em letras, para
esclarecer minhas dúvidas em certos detalhes de sintaxe. O resto veio por si. E ainda estou
aprendendo, até mesmo com os amigos que sabem mais do que eu.
Isto posto, reconheço grandes lacunas na minha formação literária. Não li a maioria dos
chamados clássicos (brasileiros ou estrangeiros) e ouso dizer que, entre eles, muitos me cansam e
me parecem anacrônicos. Li alguma coisa de Eça de Queiroz, de Machado de Assis e de Camilo
Castelo Branco e ouso desconfiar de que, se vivos hoje, eles não escreveriam da mesma maneira.
Na juventude, li a obra traduzida de Alexandre Dumas (pai) e de Julio Verne, que tenho como dois
pilares da boa literatura de aventura, que, infelizmente, a juventude atual, vítima da
televisão, esqueceu.
Consumi boa parte da biblioteca do Colégio Catarinense, da qual trazia para casa quase um
livro por semana. Apesar do meu restrito senso comparativo, considero Érico Veríssimo o maior
escritor brasileiro do século XX. Li quase toda sua obra. De Guimarães Rosa, só consegui ler, a
trancos e barrancos - que heresia! - um pequeno conto e, por mais que tentasse, nunca consegui
levar a cabo a aventura de ler Grande Sertão: Veredas. Idêntico obstáculo encontrei em Euclides da
Cunha. Li “Vidas Secas”, de Graciliano, e ainda pretendo ler “Memórias do Cárcere”. Acho-o superior
aos outros dois. Quem sabe, mais simples? Ainda assim, as temáticas interioranas, agrestes e
regionalistas, em geral nunca despertaram meu interesse, e isso aumenta minha dificuldade.
Vê-se assim que não sou um letrado; sou apenas um escrevinhador que, passados 78 anos de
contato íntimo com a vida, em seu sentido mais abrangente, acha que tem coisas a dizer e não se
contém. Comecei em 1990 e estou com 9 livros escritos (três publicados). Produzi centenas de
crônicas (muitas publicadas em jornais médicos), meia-dúzia de ensaios sobre temas diversos -
quase todos na área da filosofia e da crítica religiosa - e dezenas de contos, alguns de pura ficção
e, muitos, extraídos de minha íntima relação profissional diuturna com as mazelas
humanas. Encontrei, nesse vasto campo da convivência humana, histórias palpitantes que pareciam
estar esperando por um intérprete disposto a passá-las para o papel, tamanho era seu conteúdo
lírico, poético, cômico ou tragicômico e até mesmo dramático. Suponho que só ao médico, pela
2– opinião -
Longevidade e Imortabilidade - (Mario Gentil Costa)
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peculiaridade do seu mister, é dada essa prerrogativa. O fato é que, nessa lida, está, para ser
explorada literariamente, uma inesgotável fonte de vivências, que, do contrário, se perderiam na
própria memória finita.
E, na pior das hipóteses, terei deixado esse depoimento no acervo e nas prateleiras dos meus
descendentes. Em contrapartida, sou vitimado por uma timidez inata e, decerto, em vista disso, já
terei desperdiçado excelentes ocasiões de aparecer num cenário mais público.
No terreno das convicções pessoais, fui criado em família católica e educado por padres jesuítas,
mas, livre dessas amarras quando fui estudar medicina fora, vi-me, aos poucos, rompendo com toda
espécie de crença dogmática e hoje sou um incréu juramentado que só vê, a seu redor, um Universo
auto-existente, portanto incriado, infinito e eterno.
Sou membro do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina – IHGSC - para o qual fui
recomendado por meu falecido parente Licurgo Costa. Caso contrário, isso jamais teria acontecido,
pois sou avesso à praxe da auto-indicação, que vejo como excesso de auto-lisonja e escassez de
autocrítica.
Não diria que sou testemunha nem pesquisador da história, pois careço de formação acadêmica
para tal; sou apenas um curioso. Claro que, como interessado na Segunda Guerra Mundial, tenho
lido muito a respeito, e foi daí, desse fascínio pelo tema, seus antecedentes e conseqüências, que
tirei a motivação para escrever meus principais livros. Considero essa guerra, entre todas, como um
divisor de águas que resultou, juntamente com algumas conquistas simultâneas da ciência e todas
as que vieram a seguir, uma causa remota e, ao mesmo tempo, imediata, da reformulação dos
conceitos que estão mudando as bases sociológicas e filosóficas da convivência.
Os avanços da ciência e da moderna tecnologia que advieram de seus desdobramentos, bem
como o choque das ideologias que a compuseram e sucederam, levaram ao ritmo alucinante das
conquistas em todas as áreas do conhecimento. O resto veio como inevitável reação em cadeia, que
cresce hoje em progressão geométrica graças, sobretudo, à informática. A meu ver, só se lhe
equiparam, como acontecimentos anteriores, em primeiro lugar, o Renascimento, outro período de
mudanças radicais na busca da verdade lógica e comprovada por parte dos seus grandes gênios,
cujos nomes, além de Copérnico, Bruno e Galileu, seria fastidioso lembrar aqui.
Isso, sem esquecer as descobertas marítimas de Colombo e seus pares, que, sem
querer, ajudaram a subverter conceitos e práticas milenares e abriram os olhos do homem para uma
verdade muito mais ampla e não atrelada às imposições dogmáticas de uma Terra plana, que, até
então, era o centro (aristotélico) de um universo criado para o homem, supostamente feito à imagem
e semelhança de Deus e figura central do espetáculo cósmico; e, em segundo, a conquista do
espaço pela Apollo 11, ponto de partida para sonhos e perspectivas inimagináveis de significados
semelhantes e da qual (conquista) fomos, todos, orgulhosas testemunhas oculares.
Antes de escrever, fiz algumas incursões pelas artes plásticas e cheguei a produzir algumas
dezenas de trabalhos, quase todos ainda comigo, e pouquíssimos com alguns amigos a quem
presenteei por motivos de gratidão ou profundo vínculo afetivo. São, entre madeiras e telas, em sua
maioria, abstratos ou expressionistas, embora tragam sempre a preocupação com a precisão do
traço e o equilíbrio das formas, conseqüência eventual de minha prática cirúrgica de décadas, hoje
abandonada.
Não obstante essa busca da perfeição, sou fã ardoroso dos abstratos informais - manchas -
de Manabu Mabe, pintor nipo-brasileiro falecido que cultuo como um dos maiores abstracionistas
do século XX em todo o mundo. Questão de opinião é óbvio.
A esse respeito, o leitor já deve ter notado que enalteço meus ícones sem receios de parecer
radical ou taxativo. Sei que a temperança e a maturidade recomendam, num homem da minha
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idade, mais cautela em afirmações aparentemente dogmáticas, mas vejo, embutida nisso, uma
postura que qualifica minha tendência inata a não ficar em cima do muro. Se gosto, gosto à beça; se
não gosto, prefiro calar; quando consigo...
Assim sou eu. Um homem sincero e combativo na defesa de seus pontos de vista, e que, por isso
mesmo, não abre mão do direito de expor suas idéias, mesmo que elas desagradem a esse ou
àquele. Seria, portanto, um péssimo político... Sem saber se desenhei um nítido perfil de mim
mesmo - talvez, no máximo, um esboço impreciso – fico à disposição de quem queira dar seu
parecer...
Mario Gentil Costa – MaGenCo (2014)
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A Orientação dos Templos
Este Bloco é produzido às sextas-feiras
pelo Ir. Paulo Roberto VM
da ARLS Rei David nr. 58 (GLSC) - Florianópolis
Contato: prp.ephraim58@terra.com.br
Paulo Roberto
A Orientação dos Templos
A Maçonaria Especulativa encontrou na Bíblia o alicerce de quase todas as suas ideias simbólicas e
particularmente aquela que institui o Templo de Salomão como o próprio símbolo da Loja maçônica.
Entretanto, o verdadeiro arquétipo do Tabernáculo mosaico e do próprio templo de Jerusalém foi o Templo
egípcio, pelo que se verifica existirem muitos pontos de analogia entre as várias organizações pré-cristãs.
Os povos antigos opinavam que o oriente era o ponto cardeal do qual aparentemente sai o sol. Sendo o culto
solar o princípio e o fim de todos os cultos, os brâmanes, os hebreus, os egípcios, os romanos etc., voltavam-
se para o Oriente com a finalidade de rezar. Desta maneira, a orientação do templo egípcio era usualmente
do Oriente para o Ocidente, no que foi acompanhado pelo Tabernáculo judaico, cujo Lugar Sagrado estava
no Ocidente, ao passo que o seu vestíbulo era situado no Oriente.
Assim também foram orientados os templos gregos e, consequentemente, os romanos. Dionísio da Trácia
conta que os templos dos antigos estavam situados frente ao Oriente, o que diz também Vitrúvio, o arquiteto
romano.
Ao contrário, o Templo maçônico apresenta uma orientação absolutamente oposta, afastando-se da direção
dos templos das civilizações antigas, a maior parte das quais tinham o seu santuário no Ocidente para o qual
se voltavam os fieis.
A Maçonaria foi buscar este costume na “orientação das Igrejas”, termo da linguagem técnica, em arquitetura,
para designar esta direção nas construções, orientação que foi introduzida pelo cristianismo. As igrejas cristãs
devem estar orientadas de tal maneira que sua entrada se encontre do lado do Ocidente, e seu altar-mor
esteja colocado no Oriente, por ser o ponto do mundo em que aparece o primeiro raio de luz.
Referindo-se à orientação das igrejas cristãs, Bernard E. Jones escreve em “Freemason‟s Guide and
Compendium” :
“Muitas razões foram apresentadas para justificar porque os cristãos se voltam em direção ao oriente. Um
escritor do século XIII afirma que „do Leste, Cristo virá para julgar a humanidade; por isso oramos em direção
ao Oriente‟, enquanto Durandus (século XIII) expõe com determinação que „Oramos frente ao Oriente porque
diligente é aquele de quem é dito, eis aqui o homem cujo nome é o Oriente‟.”
3– paulo RobeRto “on line”
A Orientação dos Templos
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Estas razões com um forte sabor escolástico não serão, talvez, muito sólidas, mas satisfaziam plenamente
aqueles que se preocupavam com estas coisas.
Na verdade, o costume de voltar-se para o Oriente no momento de rezar, ou para adorar, perde-se na noite
dos tempos e a sua origem foi o culto solar. Observando o sol surgir no Oriente, o homem primitivo associava
este ponto cardeal com luz e vida, ao passo que o Ocidente representava para ele o oposto, a escuridão e a
morte.
Determinado escritor do século II disse com a maior naturalidade que os cristãos faziam suas preces face ao
Oriente por ser o lugar em que nasce o sol, e era o que os próprios pagãos faziam desde tempos imemoriais.
Mas se um escritor do século II podia dizer estas coisas com tamanha simplicidade, por se tratar de algo
natural, o mesmo não podia fazer um escritor medieval, já que estava superalimentado de escolástica (último
período do pensamento cristão, que vai do século IX até o fim do século XVI, era a filosofia ensinada pelas
„escolas‟ da época pelos mestres, conhecidos assim, como escolásticos) e de teologia. Diz a Encyclopaedia
de Mackey, no artigo Orientation :
“São Carlos Borromeu, em suas „Instructiones Fabricae Ecclesiasticae‟ , é ainda mais preciso, mandando que
o fundo ou a parte ocupada pelo altar na igreja deverá olhar diretamente do oriente „in orientem versus recta
spectat‟ („movido em linha reta‟ – tradução literal) e isto não deverá ser do leste solsticial, que varia com a
deflexão do sol nascente, mas do leste equinocial, quando o sol se levanta nos equinócios, aquele que é
chamado, o verdadeiro Leste.”
A orientação leste-oeste dos templos egípcios, e consequentemente dos templos hebraicos, prende-se ao
fato que do altar, ou da pedra sagrada, o sacerdote egípcio adorava, ao romper do dia, o sol emergindo do
horizonte. Em sua obra “Les Fêtes Solaires” , Amable Audin escreve:
“Toda a noção egípcia do templo deriva deste gesto primitivo, e sabe-se que, na época dos grandes faraós,
os templos eram edificados de tal maneira que o nascer do sol tinha lugar entre os dois pilares da entrada.”
Referindo-se à orientação oeste-leste das Lojas maçônicas, o escritor inglês Dr. Oliver...?! diz que a entrada
principal para o salão da Loja deve ser colocada frente ao Leste, por ser o Oriente o lugar da Luz física e
moral; “e assim os Irmãos têm acesso à Loja por esta entrada, como um símbolo de iluminação mental”.
Aliás, o Ritual põe em destaque a orientação da Loja maçônica quando afirma que “assim como o Sol nasce
no Oriente para fazer sua carreira e iniciar o dia, assim fica o Venerável Mestre para abrir a Loja, dirigir-lhe os
trabalhos e esclarecê-la com as luzes de sua sabedoria, nos assuntos da Sublime Instituição”.
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VIDA E OBRA DO IRMÃO MANOEL RIBAS
Interventor do Estado do Paraná durante a ditadura de Getúlio Vargas
Autor: HERCULE SPOLADORE
Loja de Pesquisas Maçônicas “BRASIL”- Londrina - PR
Seu nome verdadeiro era Manoel Andrade Ribas, mas ficou conhecido apenas como Manoel Ribas.
Nasceu em Ponta Grossa em 08/03/1873. Seu pai chamava-se Augusto Lustosa de Andrade Ribas e sua
mãe Pureza Maria Conceição Branco de Carvalho. O casal teve dez filhos, sendo ele o primeiro.
Sua Família foi muito tradicional, era muito antiga e sua presença na região remontava desde os
primórdios de sua colonização. Era descendente do tronco de Pereira Branco, de tradição muito grande nos
campos gerais, cujo fundador foi o tenente-coronel Antonio José Pereira Branco, natural de São Paulo avô
materno de Manoel Ribas, e que foi um dos fundadores de Ponta Grossa.
Ele era neto do brigadeiro Ribas que comandou a defesa da fronteira da Província
do Paraná durante a Guerra do Paraguai.
Quando da visita do Imperador D.Pedro II à Província do Paraná em 1880, ele sua
comitiva visitaram várias cidades. Em Ponta Grossa a casa do pai de Manoel Ribas foi a
escolhida. Era de praxe o Imperador dar título de barão a quem o hospedasse. Entretanto,
Augusto Lustosa ficou sabendo, e por ser republicano, não aceitou tal honraria. Mesmo
assim foi-lhe concedido o título de Comendador.
Manoel Ribas estudou apenas o curso secundário em Ponta Grossa.
Perdeu o pai muito cedo e começou a trabalhar desde criança.
Posteriormente, trabalhou para estudar, mudando-se para a cidade de Castro
trabalhando no comércio. Lá, estudou no Colégio do Professor Sarapião. Foi aluno do
historiador Rocha Pombo. Nesta cidade primeiramente trabalhou no comércio, abrindo
uma loja de arreios.
Ainda em Castro conheceu a jovem Zelinda Fonseca a qual se tornou sua esposa. O casal teve seis
filhos, um homem que se chamou Gustavo e cinco mulheres que receberam os seguintes nomes: Odete,
Prudência, Augusta, Elena e Maria.
Após ficar viúvo casar-se-ia, em segundas núpcias com a Sra. Domenica Antoniet Euriet, a qual
mudou o seu nome depois do casamento para Anita Ribas. Deste casamento não houve filhos.
Estaremos enfocando a vida de um personagem da política paranaense que foi no balanço de suas
ações mais positivo que negativo. Independente de sua vida de administrador e político, a qual em seu
período maior foi toda pautada à sombra de uma ditadura, Manoel Ribas era antes de tudo um homem
simples que se trajava discretamente. Sempre se sentiu um ferroviário, apesar de todo o poder que teve nas
mãos. Explosivo às vezes em suas manifestações verbais, chegando a ofender as pessoas era um ferrenho
inimigo das ostentações e não aceitava de forma alguma, bajulações.
Não sabia ficar inerte. Não parava. Era difícil acompanha-lo. Já quase com setenta anos de idade,
mantinha o mesmo entusiasmo pelo trabalho, que quando era jovem. Foi um homem do seu tempo que tinha
muita pressa. Sim, pressa de realizar, de trabalhar de ser útil ao seu Estado e de resolver tudo pela maneira
mais simples e mais rápida. Foi um grande administrador, talvez melhor que político, e um dos grandes
incentivadores do cooperativismo, campo este que tinha grande experiência.
4 – vida e obra do irmão manoelo ribas
Ir Hercule Spoladore
JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 11/22
Tinha uma excelente visão administrativa e uma capacidade inata de antever as situações e de
resolvê-las da forma mais prática e mais fácil possível, fato este, que o incompatibilizava criando atritos com
seus engenheiros e funcionários. Ficou conhecido pelo zelo que tinha para com o serviço público.
Não admitia funcionários preguiçosos e relapsos. Tinha quase que, o dom da ubiqüidade, pois
costumava comparecer repentinamente a várias repartições para conferir se os funcionários estavam
realmente trabalhando. Quando pilhados em ócio, estes eram severamente ameaçados e na maioria das
vezes punidos.
Quando ele era questionado, sobre os méritos de uma pessoa indicada para algum cargo público,
Manoel Ribas explicava a sua maneira as razões: “É uma bunda para a cadeira que precisa ser preenchida,
se não der certo a gente muda” (Jornal “Folha de Londrina”, p. 06 - Política de 28/01/1997).
Levantava-se muito cedo e costumava ir de visitar os orgãos públicos, sem avisar, pois era muito
preocupado com o funcionamento dos mesmos. Um dia foi à Lapa e encontrou a população e o prefeito
dormindo. Revoltado, esbravejou: “Terra de heróis, mas berço de vagabundos” E, ainda segundo Luiz Carlos
Pereira Tourinho, durante o discurso para se vingar, teria dito: “Esta cidade cresce que nem cola de cavalo...
prá baixo”.
“Desprezando o protocolo e as etiquetas sociais, indeferente à legislação, sua intenção única era
reerguer o Paraná”.
“Em torno de sua figura austera e circunspeta, porem eficiente, surgiram episódios quase lendários,
folclóricos até, um misto de intransigência, irreverência, estórias, quase anedotas, frutos talvez da
espontaneidade de um homem rude”. Mas ele era um homem que admirava as pessoas honestas
Seus descendentes reclamam que ele é mais lembrado por esta faceta, que pela do administrador que
tanto batalhou pelo seu Estado. E eles têm toda a razão.
De certa feita foi à Guarapuava para uma grande recepção. Mas, como sempre, chegou muito cedo.
As ruas estavam todas engalanadas com faixas dando vivas e saudando o Interventor. Como todos ainda
dormiam, procurou um bar para tomar um cafezinho. Mas todos os bares ainda estavam fechados. Na hora
do discurso, reclamou que aquilo não estava correto, e que o povo devia recebê-lo não com vivas, mas sim
trabalhando e exclamou “Onde se viu uma cidade como Guarapuava, não ter um cafezinho para oferecer-
me?”.
Durante uma homenagem que recebeu em Castro, inclusive com a inauguração de seu busto, o
orador oficial tecia mil elogios ao ilustre homenageado qualificando-o como o grande benfeitor da cidade.
Manoel Ribas interrompe o orador e diz “Benfeitor, não. A obrigação do Governo é fazer. E se não fez mais
foi por burrice de vocês”.
O maçom Licínio Maragliano, em artigo escrito no n 619 do jornal "Paraná - Norte” de Londrina em
1945 cita” A quem quiser contrariar esta verdade, lembraremos apenas isto: quando, num memorável e
inesquecível banquete realizado aqui em Londrina, se comemorava a inauguração da famosíssima Estrada
do Cerne, Sua Senhoria, tomando a palavra e usando de termos os mais rudes e imprudentes, disse a plenos
pulmões, como ouviram os londrinenses que se achavam presentes e disto somos testemunhas que os
paranaenses eram todos uns vagabundos (é este o termo "vagabundos”) e que nunca tinham feito nada pelo
Estado, cujas finanças estavam arrebentadas. Que só ele (Ecce homo) é que estava fazendo alguma coisa
pelo Paraná”.
Outra passagem interessante de Ribas foi quando ele foi inaugurar um bebedouro público para
animais próximo a antiga Ponte Preta na Rua João Negrão em Curitba. Na hora em que o Interventor foi
acionar o dispositivo que iria provocar o jato de água, este veio com tal força que molhou sua face. Ele
balançou a cabeça e saiu-se com essa: “Está inaugurado o bebedouro para animais”
Certa feita um politico de Ponta Grossa foi preso e levado à Curitiba. Um advogado de Ponta Grossa
foi até a presença do Interventor, e solicitou que necessitava como advogado falar com o prisioneiro, porque
tinha assuntos muito importantes a serem tratados com ele e somente com a devida vênia do “seu” Ribas ele
poderia fazê-lo. A solicitação do causídico foi feita, procurando a todo tempo envaidecer o ego do Manoel
Ribas, e isto era justamente o que ele mais detestava na vida. Ser bajulado! Manoel Ribas deu a devida
autorização e mandou levar o advogado até a penitenciária. Sem que o advogado soubesse transmitiu ordem
ao Diretor do Presídio para que o advogado se comunicasse com o preso em sua cela e que ficasse lá até
segunda ordem. Passados três dias foi mandado trazer o advogado ao Palácio e Manoel Ribas ironicamente
perguntou ao mesmo se ele tivera tempo suficiente para tratar de todos os assuntos importantes que o tinham
trazido à Curitiba?
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Outra...
Manoel Ribas seguia de carro de Piraí do Sul para Jaguariaíva numa estrada estreita e poeirenta, um
caminhão de transporte de toras, na sua frente não lhe dava passagem. Quando o carro do Interventor
conseguiu ultrapassagem, Manoel Ribas fez o caminhão parar e num dos seus ataques de fúria, após xingar
o caminhoneiro de tudo quanto é nome feio possível, ordenou que ele fosse à Piraí e se apresentasse ao
delegado e ficasse preso. Quando da volta em Piraí, o delegado perguntou ao Interventor o que ele deveria
fazer com o “preso”. O Interventor mandou chamar o caminhoneiro sentiu que estava na frente de um homem
de bem. Ordenou que ele se apresentasse a seu Palácio em Curitiba. Esse homem tornou-se motorista do
Interventor de sua inteira confiança.
Esse era o Manoel Ribas...
Apesar de ter inúmeros inimigos políticos, toda a sua vida foi dedicada ao bem estar público e nunca
puderam chamá-lo de desonesto. Podiam taxá-lo de truculento explosivo, carrancudo e até perseguidor, mas
jamais puderam acusá-lo de desvios de dinheiro dos cofres do Estado.
Manoel Ribas despertou o Paraná do sono duradouro em que se encontrava especialmente o sertão,
desde o desaparecimento das reduções jesuíticas e, querendo ou não ele trouxe a partir de sua era, a
modernidade ao Estado. Podemos considerar um período até Manoel Ribas e outro após o seu Governo.
Não admitia a hipocrisia, a mentira e a preguiça. Enquanto Getúlio Vargas era sempre risonho,
político e maneiroso, Manoel Ribas era taciturno, franco até demais pelas suas expressões contundentes. Em
certas horas, como sempre, possuidor de uma presença de espírito aguçada tinha umas saídas humorísticas
chegando até ser folclórico fato este que ele estimulava para tirar proveito para que todos pensassem ser ele
um homem austero. Entretanto, por causa desta sua maneira de ser, muito franca e até escachada jamais
gozou da simpatia das elites paranaenses.
No entanto, atrás daquelas feições de homem duro estava um grande coração e até brincalhão com
as pessoas mais chegadas ao seu convívio. Suas tiradas engraçadas ficaram famosas. Os antigos
moradores do bairro de Batel em Curitiba, na Avenida Visconde de Guarapuava, onde morou por muito
tempo, lembram-se daquela passagem pública em que ele apresentou sua primeira esposa dona Zelinda da
seguinte forma: “Ela não deveria se chamar Zelinda e sim Zé Feia” Quanto ao seu lado humano, são
incontáveis os testemunhos de pessoas cujos familiares foram ajudados por ele, especialmente na doença e
mesmo nas necessidades, quer aconselhando, quer empregando, ou encaminhando pessoas que mereciam
uma chance por serem pessoas sérias trabalhadoras e talentosas. Sempre se compadeceu do sofrimento
alheio. Quando visitava o interior, e sabia que alguém humilde e sem recursos estava doente, com alguma
doença grave, às vezes, mesmos às suas próprias expensas, tratava de ajudá-los.
Um exemplo típico foi quando passava em frente à casa dos Lazzarottos em Curitiba e teve um
problema mecânico no seu carro. Entrou na casa e solicitou ajuda na hora em que dona Julia estava
preparando um suculento risoto, ao qual se convidou, por conta própria experimentou e gostou muito. Notou
que um menino rabiscava uns desenhos interessantes no chão da casa.
Chamando o pai do menino de lado disse: “tem movimento a pintura dele Mande-o ao Palácio falar
comigo”. Desta forma por causa do risoto, surgiu o famoso “Vagão do Armistício”, restaurante, onde os pais
do menino puderam servir o seu famoso risoto, apadrinhado e recomendado pelo Interventor, e o menino
ganhou bolsas de estudos no Rio de Janeiro e em Paris, por intermédio de Manoel Ribas para desenvolver
seus dons artísticos.
Este menino é nada mais que Poty Lazzarotto (Napoleon Potyguara), um dos mais expressivos
artistas brasileiros em artes plásticas, muralista, ilustrador, gravador, desenhista e escultor.
Manoel Ribas zangava-se quando o chamavam de “doutor” Fazia questão de ser chamado de “seu”
Ribas. Ficava ainda mais irritado se o chamassem de “comendador”.
Comenta-se que em Ponta Grossa fizeram um movimento para mudar o nome da Rua Barão do Rio
Branco para Manoel Ribas. Ele imediatamente se insurge contra a idéia. “Pensam vocês tirar o nome do
grande brasileiro para substituir pelo meu? Nunca”.
Manoel Ribas costumava brincar afirmando que a cidade de Ponta Grossa era a cidade mais fácil de
se atender políticos, porque de manhã ele recebia um grupo de políticos que pedia para se fazer algo pela
cidade e à tarde recebia um grupo opositor que lhe solicitava para não fazer o que fora solicitado de manhã
pelo outro grupo. Ele esperava que os grupos se acertassem nas suas reivindicações, Como o acerto jamais
ocorresse, ele não precisava gastar dinheiro do erário público.
Histórias e estórias. Existem às dezenas
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Mais uma estória que se conta dele.
Certa vez recebeu ainda no antigo Palácio do Governo em Curitiba um grupo de políticos de Ponta
Grossa os quais ele os recebeu muito bem por serem conterrâneos. Nos diálogos ele teria inquirido sobre as
condições da região rural do município.
Ele perguntou “e daí companheiros como vai a zona por lá”?
Um dos políticos presentes respondeu:
“Pus óia seu governador a zona tá uma porcaria”. Só tem muié bucho. Num vou mais
Manoel Ribas interviu:
“Você não entendeu. Pergunto da Rural”.
Aaahh bão! A Rural não roda mais, tá parada no parque de máquinas porque quebrô o deferenciar e
tá com os quatro peneu careca.”.
“Comenta-se outra estória, aliás, a mais contada em todo o Estado, por ser a mais clássica inclusive
publicada no jornal „Folha de Londrina” em 28/01/1997.
“Estava Manoel Ribas, bem cedinho, antes de começar o expediente de Interventor, trabalhando com
as flores dos jardins do Palácio São Francisco e eis que ele encontra um homem simples vindo do interior que
queria falar com o “presidente”“. Com a sua personalidade extrovertida para com os mais simples, ele
perguntou o que o agricultor queria. Ele disse que uns “grileiros” estavam invadindo suas terras. Neste
momento Ribas pergunta o que ele faria se o “presidente” não o atendesse. Na franqueza própria dos
homens do campo, saiu o palavrão. "Aí eu mando ele “prá pqp” Algumas horas mais tarde, quando o lavrador
foi atendido, durante a audiência, Manoel Ribas pergunta: E se eu não o atender? Ao que o pobre homem
respondeu: "Aí fica senhor presidente conforme nóis cumbinemo lá em baixo".
Viajou muitas vezes para a Europa. Falava fluentemente o espanhol e o francês.
Em 1905 foi convidado pelo seu futuro cunhado Dr. Gustavo Vauthier para organizar a Cooperativa da
Viação Férrea do Rio Grande do Sul, em Santa Maria. A primeira ferrovia do Rio Grande do Sul foi construída
em 1870 no trecho Porto Alegre a São Leopoldo, e durante o período de 1877 a 1904 foi construído o trecho
que vinha de Santo Amaro à Santa Maria. A Estrada foi arrendada a uma Companhia belga que se chamava
“Compagnie Auxiliare de Chemins de Fer Du Sud Ouest Brasilien”. Veio trabalhar nela alguns engenheiros
belgas, franceses e alemães sendo que um deles, Gustavo Vauthier posteriormente casou-se com uma das
irmãs de Manoel Ribas. Foi criado, um armazém para suprimento dos empregados da rede usando-se um
sistema de fornecimento bancado pela Companhia e descontado nas folhas de pagamentos dos funcionários.
O nome do armazém era Economat.
Manoel Ribas trabalhou como funcionário neste armazém, o qual acabou se transformando em
cooperativa em 26 de outubro de 1913. Manoel Ribas teve grande participação na fundação desta entidade, a
qual se chamou “Cooperativa de Consumo dos Empregados da Viação Férrea do Rio Grande do Sul”. Dado o
seu dinamismo e capacidade administrativa ele foi nomeado Gerente Geral. Este cargo ele ocupou de 1913 a
1920 e de 1920 até 1931 foi seu Diretor Comercial, sendo esta função a de maior responsabilidade dentro da
Cooperativa, a qual escassa de recursos no seu início, graças a sua habilidade tornou-se um dos centros
comerciais mais importantes do Rio Grande do Sul, chegando até importar produtos da Europa para consumo
dos cooperados. Na Cooperativa, fundou uma Casa de Saúde, Farmácia Central, e uma rede de farmácias
acompanhando o trajeto da estrada de ferro, bem como armazéns, açougues e padarias. Aos filhos dos
cooperados proporcionou educação e assistência médica.
O crescimento da Cooperativa foi de tal monta, que foi aberto um escritório em Paris, exclusivamente
destinado a comprar roupas boas e de bom preço alem de gêneros alimentares que podiam ser importados,
só para servir aos cooperados.
Em Julho de 1917 aconteceu uma agitação ocasionada por anarquistas infiltrados entre os
empregados da ferrovia, que entre outras reivindicações queriam aumento de salário. As escaramuças
continuaram e em 14 de Outubro entraram em greve. No dia 20 defronte à Delegacia, uma companhia de
soldados estava postada para defender o Telégrafo Nacional, que a turba queria destruir. A força policial do
exército atira contra a multidão, morrendo três pessoas, com inúmeros feridos. Manoel Ribas foi o grande
negociador conseguindo uma solução amigável junto aos grevistas.
A sua participação neste evento fez crescer a admiração do povo santa-mariense.
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Ele tinha um especial carinho para com a mocidade. Deve-se a ele a fundação da Escola Profissional
de Artes e Ofícios, cuja pedra fundamental foi lançada em 13 de Maio de 1917 e inaugurada no dia 1º de
Maio de 1922. Hoje, esta escola chama-se Escola Industrial “Hugo Taylor”.
Fundou a Escola Industrial “Cilion Rosa”, no prédio onde atualmente funciona o Colégio Estadual
“Manoel Ribas”.
Seu prestígio aumentou de tal forma que não teve como não concorrer ao cargo de Intendente,
equivalente ao de Prefeito, eleito em 03 de Agosto de 1928 e empossado no dia 03 de Outubro do mesmo
ano para o quadriênio 1928 a 1932.
Havia falta de água na cidade e não havia esgoto, causando em conseqüência um elevado número de
mortes pelo tifo e disenteria. Neste período de governo, a cidade viu realizadas as obras que sanearam em
definitivo estes problemas.
Manoel Ribas tinha um grande amigo o político gaúcho, Borges de Medeiros, através do qual houve
uma aproximação com Getúlio Vargas. Sempre que visitava sua fazenda em São Borja, Getúlio pernoitava da
casa de Manoel Ribas, nascendo daí uma amizade muito grande com recíproca admiração.
Nesta época teve problemas de saúde, em especial com a visão sendo operado na Europa.
Em 1929-1930, o Brasil passou por sérios problemas políticos e financeiros e, ainda para agravar teve
que enfrentar a crise do café, o qual que por excesso de produção viu-se com um montante de café estocado,
maior que a moeda circulante no país. Ainda a situação mundial agravada pelo crack da Bolsa de Nova
Iorque. A situação do governo era crítica. Dois candidatos concorriam para a Presidência da República. Pela
oposição, concorria o gaúcho Getúlio Vargas e pela situação o paulista Júlio Prestes (maçom). Era certa a
vitória da oposição. Entretanto, como costumava acontecer as eleições eram controladas pelo Governo. No
dizer popular da época “até defunto votava”. Getúlio “perdeu” as eleições.
Em 03 de Outubro de 1930, irrompe uma mais uma revolução no país e já caminhando para a sua
vida caudilhesca em rumo ao Palácio do Catete no Rio de Janeiro, Getúlio Vargas depõe a 24 do mesmo mês
o maçom e Presidente do Brasil, Dr.Washington Luiz. (pertenceu quando morava em Batatais-SP à Loja
“Filantropia II da qual foi seu fundador e primeiro Venerável”.).
O Paraná era governado na época pelo presidente Affonso Alves de Camargo, o qual foi deposto no
dia 05 de Outubro pela oficialidade, da 5ª Região tendo a frente, o maçom Major Plínio Alves Monteiro
Tourinho, assumindo como Interventor o seu irmão de sangue e também maçom o General Mario Alves
Tourinho.
Manoel Ribas desfrutava da amizade de Getúlio, e não somente por esta razão, mas também por sua
capacidade foi convidado a continuar como Prefeito de Santa Maria já que o cargo de Intendente, com a nova
situação nacional deixara de existir, permanecendo no cargo até o dia 10 de Janeiro de 1932, quando então
foi convidado para ser Interventor do Estado do Paraná em substituição ao maçom general tenentista Mario
Alves Tourinho que se demitira segundo alguns historiadores, em sinal de protesto por causa da
descriminação impingida por políticos paulistas contra a expansão da cultura de café no Norte do Paraná,
inclusive indo contra os desígnios de Getulio Vargas e segundo outros, porque seu governo enfrentava uma
oposição muito grande, inclusive dos gaúchos, que queriam aqui no Paraná um homem da confiança deles
sendo que os Tourinho não liam pela mesma cartilha, alem de políticos locais os acusarem de perseguição
política, taxavam-no de controlar a administração pública. Diante deste fato o Ministro da Justiça, Osvaldo
Aranha e o General Pedro Aurélio de Góes Monteiro, inspetor do 2 Grupo de Regiões Militares que
congregava os contingentes do Sul do país acharam por bem que seria melhor substituir o Interventor.
O escolhido foi Manoel Ribas, sendo nomeado em 15 de Janeiro de 1932 e empossado no dia 31 do
mesmo mês. Esteve durante 13 anos a frente do Governo Estadual sendo que, foi eleito Governador por
eleição indireta pela Assembléia Legislativa em 1934, sendo empossado em 12 de Janeiro de 1935, voltando
a ocupar a interventoria em 1937, durante todo o período em que durou o Estado Novo, até 29 de Outubro de
1945.
Em 13 anos de Governo ele teve a oportunidade de deixar uma considerável soma de realizações.
Tinha uma tendência especial para a administração tipo marca pessoal, não confiava em acessores, não era
bem visto pelas elites locais, pela sua austeridade e a costumeira truculência. que acabaram por transformá-
lo num lendário “Homem-mau”, o que não era a realidade. Também nunca se deu bem com políticos.
No hiato constitucional de 1934 a 1937 quando governou com a Assembléia Legislativa foi para ele
muito frustrante, pois os deputados da situação o perturbavam com pedidos impossíveis e quando Ribas
precisava deles, estes desapareciam.
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Em 1928 o Governo Estadual ainda sob o comando da República Velha, concedeu às empresas
particulares contratos de colonização excessivamente liberais. Nestes contratos só prevalecia os interesses
particulares, sem a preocupação do interesse público.
Manoel Ribas fez retornar ao patrimônio do Estado todas as concessões, rescindindo tais contratos,
menos com duas colonizadoras, com a Companhia de Terras do Norte do Paraná, subsidiária da firma
inglesa Paraná Plantation Ltd. de Londres, a qual comprou do Estado 1.346.480 hectares de mata fechada a
8 mil reis o hectare e a outra colonizadora escolhida foi a do Engenheiro Francisco Gutierrez Beltrão.
Assumindo com o aval de Getúlio, Manoel Ribas começou a incentivar o plantio do café, procurando
atrair colonizadores de todas as partes do Brasil. Entretanto parece que ninguém acreditava numa
valorização tão espetacular como a que ocorreu no setentrião paranaense. Ele tratou à sua maneira de
recuperar as combalidas finanças do Estado. As dificuldades econômicas e financeiras pelas quais o Paraná
passava nesta época eram reminiscências herdadas do período anterior à Revolução de 1930. Tanto as
dívidas internas como as externas eram enormes.
Vem dessa época o apelido dado a ele de “Maneco Facão” por funcionários públicos. Com as dívidas
que o Estado tinha e mais a máquina administrativa deficitária e “inchada” de empregados ele não teve
dúvidas, demitiu o excesso de funcionários para ajudar equilibrar as finanças. Segundo uma forma popular de
comentar o fato: “passou o facão.”.
Manoel Ribas por ser muito metódico, não chegou a compreender bem na época uma arma
extraordinária que era a publicidade e por ser muito honesto, não abria mão dos parcos recursos do Estado
para qualquer tipo de propaganda. Hugo Cartier, um jornalista carioca muito conhecido na época em uma
entrevista com o carrancudo Governador conta que após mais de duas horas tentando convence-lo desta
realidade, recebeu a resposta seca do Interventor:
“Não adianta, moço. Comigo é como dar beliscão em guampa de boi”.
Acresça-se que o Paraná estava praticamente falido, isto é, sem recursos. O Estado devia muito, os
funcionários públicos estavam sem receber a quase um ano, e o crédito do Governo era tão péssimo, que as
firmas não se dispunham a serem fornecedoras dos órgãos públicos. Conta-se que numa venda de pneus ao
Palácio o fornecedor foi bastante incisivo para com o Interventor. “Para o “seu” Ribas eu vendo, mas para o
Governo, não” ao que e foi respondido. “Quem sou eu para ter mais crédito que o Governo? O senhor tirou a
nota fiscal errada. Os pneus são para ao Palácio e não para mim. Forneça em nome do Governo do Estado
que de agora em diante o senhor vai receber” E assim a compra foi feita para ser paga em 30 dias. A partir
daí já havia iniciado a recuperação e o Governo passou a pagar sempre suas contas em dia ganhando de
volta a confiança perdida.
Em face ao problema financeiro, para reequilibrá-lo, Ribas orientou sua administração no sentido de
realizar importantes obras no setor rodoviário, promovendo uma ligação mais eficaz e mais rápida entre as
regiões de produção e as de consumo, o que acabou proporcionado um efetivo aumento da arrecadação de
impostos. Incentivou a agricultura e a pecuária, construiu estradas, escolas e tratou com muita seriedade a
saúde do povo.
Entretanto, acusavam Manoel Ribas de apesar de ser um grande incentivador da agricultura, pouco
atendeu às necessidades da infraestrutura de energia elétrica, para que o Estado pudesse aproveitar as
rendas geradas especialmente pelo café a serem utilizadas na implantação de um parque industrial como
havia feito o vizinho Estado de São Paulo e mesmo os cafeicultores reclamavam muito das sobre taxas de
impostos sobre o café, pois foi criado o famoso imposto de barreira que os impedia de negociar seus produtos
com os estados vizinhos, pelo valor do imposto instituído que era alto.
Em 1934 após recuperar as estradas existentes, Ribas ampliou o Porto de Paranaguá e planejou a
construção da Estrada do Cerne que foi iniciada em 1935 e terminada em 1940, ligando Curitiba ao Norte,
integrando-a com Piraí do Sul-Londrina e Piraí do Sul-Ribeirão Claro. Em seqüência construiu a estrada que
liga Curitiba à União da Vitória e reconstruiu a Estrada da Graciosa. Não havia estradas no Paraná, havia
caminhos. Assim, sendo onde havia estas “trilhas” Ribas reconstruiu-as, e aonde não havia nem sequer este
caminho construiu estradas verdadeiras. Além da Estrada do Cerne que foi a principal, reconstruiu ou
construiu a estrada de rodagem de Santo Antonio da Platina a Bandeirantes, de Jataizinho a São Jerônimo,
de Jataizinho a Sertanópolis e Colonia l de Maio, nas margens do Rio Paranapanema, de Wenceslau Brás a
São José do Paranapanema, de Jacarezinho a Porto Gí, de Siqueira Campos a Quatiguá, de Jataizinho a
Bandeirantes e desta a Jaborandí e graças ao Departamento Nacional do Café que custeou em parte as
referidas estradas, e a estrada da Ribeira, a de Prudentopolis a Imbituva com saída por Teixeira Soares, de
Morretes a Alexandra, de Curitiba a Jacarezinho de Curitiba a São José dos Pinhais Construiu pontes por
todo o Estado. Relutou um pouco em construir a ponte sobre o Rio Tibagí em Jataizinho de vital importância
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para o escoamento das safras, sendo cobrado de forma bastante rigorosa pelos componentes da Associação
Comercial de Londrina no dia sua inauguração em 31/01/1942. A resposta foi “não”. Só que no dia seguinte
quando se dirigia muito cedo para Curitiba ele teve que enfrentar um fila de caminhões, carroças carros e etc.
que estavam esperando a sua vez de atravessar o Rio pela velha balsa, e ainda por azar, o cabo de aço roto,
O Interventor teve que esperar por várias horas e enfrentar a ira dos caminhoneiros que ofenderam o
Governo da maneira que quiseram. Chegando à Curitiba, ele enviou dois engenheiros para tratarem da
construção da ponte rodoviária sobre o Rio Tibagí, a qual ficou pronta somente em 1944.
Quanto à saúde do povo, tomou inúmeras providências, quase sempre em caráter preventivo,
mostrando uma mente evoluída, pois hoje a medicina moderna assim conceitua que se torna muito mais fácil
e barato prevenir do que curar.
Quando assumiu a Interventoria, só havia três hospitais públicos no Paraná: o Sanatório São
Sebastião na Lapa, o Leprosário de São Roque e o Hospital Osvaldo Cruz em Curitiba.
Ribas organizou a Saúde no Paraná estabelecendo normas e formando técnicos. Construiu o Centro
de Saúde de Curitiba, instituiu e programou o controle de doenças venéreas, integrou-o Paraná ao programa
nacional contra a malária, desenvolveu programa de prevenção e cura do tracoma que tanto afligia a
população do Norte do Estado. Criou inicialmente chefias de Serviços de Saúde em Paranaguá e
Jacarezinho, depois em outras cidades, mandou estabelecer e fiscalizar o controle bacteriológico da água que
abastecia Curitiba. Alem do mais, criou o Serviço de Polícia Sanitária. A partir de 1938 criou cursos de
Enfermeira Visitadora, Guardas Sanitários, cursos intensivos para a formação de Médicos Sanitaristas, os
quais eram enviados ao Rio de Janeiro especialmente ao Instituto Osvaldo Cruz, para participarem de cursos
sobre Saúde Pública, organização e administração sanitária, administração hospitalar, atualização em
tracoma, lepra, doenças venéreas, tuberculose e inclusive sobre a malária e outras doenças que assolavam o
Estado, comprometendo a saúde do povo.
Criou departamentos de higiene e fiscalização do leite. Atacou de frente o problema dentário infantil.
Construiu hospitais em muitas cidades do interior, ampliou os já existentes e dotou-os de aparelhagem
de última geração para a época, enfim, teve uma visão de tal maneira moderna a respeito de Saúde Pública
que se formos analisar, até a presente data encontramos reflexos das medidas tomadas por Ribas em seu
tempo.
Construiu o Instituto de Biologia e Pesquisas Tecnológicas, que posteriormente passou a ser chamar
Tecpar.
Construiu a Escola de Trabalhadores Rurais, (depois Escola de Florestas da Universidade do Paraná),
a Escola Técnica de Curitiba, (depois, Centro Federal Tecnológico).
Construiu a Penitenciária de Piraquara, instalou o Campo de Aviação, a Fábrica de viaturas, e ainda
conseguiu verbas para a ampliação dos Quartéis 15 B.C. e do 9 R.A.M.
Em 1938 mandou confeccionar nova carta geográfica do Estado, pois a última datava de 1932.
Não fossem suas gestões junto ao Governo Federal, não teríamos em nosso Estado as Indústrias
Klabin o maior complexo de celulose e papel do país.
Um dos outros setores, talvez o mais importante para o Estado, foi o da agricultura. Fomentou a
produção de café algodão centeio milho, arroz, batata e trigo, distribuindo sementes selecionadas. Ele
sempre dizia que o Paraná seria ainda o celeiro do Brasil. O café que entrou no Paraná, vindo do Estado de
São Paulo via Ribeirão Claro em 1892, no Norte Velho, foi tomando impulso tal em poucos anos sua
produção tinha alcançado cifras inimagináveis. Era o Eldorado sonhado por muitos que estava acontecendo.
Todavia, à medida que as lavouras paranaenses avançavam, o Paraná estava sendo vítima do seu
próprio desenvolvimento, pois o machado o fogo e a ganância dos colonizadores devastaram suas frondosas
matas, apesar do Governo tentar impor as normas contidas no Código Florestal.
Com relação à instrução do povo, iniciou a construção do Colégio Estadual do Paraná em Curitiba,
inaugurou inúmeras escolas no interior, remodelando as já existentes e construindo outras. Padronizou o
estudo em todos os grupos escolares do Estado.
Entretanto, dado o grande número de colonos estrangeiros existente do território paranaense, Ribas
foi obrigado a tomar medidas drásticas voltadas para nacionalização do ensino logo após a implantação do
Estado Novo, tendo em vista a influência dos países do Eixo nessas áreas. Em 1938 Ribas baixou um
decreto, obrigando que os professores de História do Brasil, Língua Portuguesa e Geografia fossem
brasileiros natos e que todas as aulas fossem dadas em português e que nenhuma escola recebesse
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subvenção de países estrangeiros. Os colonos reagiram especialmente os alemães e japoneses, sendo que
em alguns locais as escolas se tornaram clandestinas.
Comentando finalmente mais algumas facetas do grande estadista, sabe-se que ele adorava o turfe,
sendo um assíduo freqüentador do Hipódromo do Guabirotuba em Curitiba. “Ele fomentou a criação de
cavalos de corrida com a introdução de reprodutores especialmente da raça inglesa e de lotes de cavalos
poercheron” da Argentina para o uso dos colonos e cavalos “yorkshire” destinados à Cavalaria das forças
armadas. Com relação à pecuária foi importante, a importação de reprodutores de gado da raça, “jersey”
multiplicada nos diversos postos de zootecnia do Estado e animais da raça “indu-Brasil” “holandês” “nelore”
começaram a ser introduzidos no Estado através do posto Zootécnico de Cambará. Na suinocultura,
desenvolveu-se a partir de três raças criadas nos postos zootécnicos, sendo duas mistas para banha e carne
“duroc-jersey” e “berkshire” e uma para banha a “poland-China” com distribuição ampla para todo o Estado,
pelo sistema de venda pelo preço de custo.
Quando analisamos a vida pública de Manoel Ribas, sentimos que ela foi profícua para o Estado. Mas
os paranaenses jamais o perdoaram, o fato de ele aceitar sem nenhum protesto, sem uma única oposição
sequer, o ato do Presidente da República ter criado o Território Federal do Iguaçú, que tolheu do Estado
quase um terço do seu território. Este fato custou muito prestigio político do Manoel Ribas. A campanha em
favor da extinção desse território federal teve Bento Munhoz da Rocha Neto como líder, finalmente
conseguido.
Sabe-se que Manoel Ribas, pessoalmente jamais aceitou a criação do território, mas sua lealdade ao
Presidente Vargas o fez calar. Getúlio tinha tanta confiança no velho Interventor que nunca lhe pediu uma
prestação de conta de seu governo.
A partir de 1943, iniciou-se uma oposição interna muito grande a Manoel Ribas, de tal forma que
chegaram até enviar uma documentação ao Ministro da Justiça, Osvaldo Aranha, denunciando violências,
abuso de poder, expropriação de terras etc. No final deste ano chegou a ser articulado um movimento para a
sua substituição.
Ele foi organizador no Paraná do Partido Social Democrático, chegou a ocupar a presidência do
diretório regional e concorreria ao Governo do Estado por este Partido caso não viesse a falecer. Não
tolerava os partidários da União Democrática Nacional.
Manoel Ribas foi deposto da Interventoria, em 29 de Outubro de 1945, quando aconteceu a deposição
de Vargas decretando assim o final do Estado Novo. Mas só passaria o cargo ao Juiz Clotário de Macedo
Portugal em 03 de Novembro do mesmo ano, tentando desde esta data articular sua candidatura para
Governo do Estado nas eleições de 1946.
Faleceu em 28 de Janeiro de 1946.
Temos a certeza de que acabava de partir para o Oriente Eterno, um Irmão que sem sombra de
dúvida, foi um Homem público, além de seu tempo...
Apesar de ter caído no anedotário popular, coisa do povo, entende-se ele é homenageado por ter sido
uma pessoa correta, grande administrador e que só pensou no seu Estado. Por isso em muitas cidades do
Estado levam seu nome em ruas, praças, escolas e até existe no interior do Paraná uma cidade chamada
Manoel Ribas. E existe uma loja maçônica em Foz do Iguaçu com o nome Loja Maçônica Manoel Ribas
Em Santa Maria- RS o maior complexo escolar da cidade leva seu nome.
.
VIDA MAÇÔNICA DE MANOEL RIBAS
Muitos Maçons sempre duvidaram que Ribas tivesse sido Maçom.
Havia algumas vagas citações, porem sem provas cabais. Consultamos um Irmão de
nome José Luiz da Silveira escritor maçônico de Santa Maria no Rio Grande do Sul, e
para surpresa nossa após pesquisas, consultando atas antigas ele nos confirmou que
de fato Manoel Ribas havia sido iniciado na Maçonaria.
O Grande Oriente do Rio Grande do Sul, muito gentil e solícito forneceu xerox
de vários documentos comprobatórios confirmando assim a sua iniciação.
Manoel Ribas foi iniciado na Loja “Honra e Verdade” de Santa Maria da Boca
do Monte em 18 de Abril de 1914. Sabemos através destes documentos que o Irmão
Manoel Ribas chegou ao grau 03, inclusive sendo l Vigilante da referida Loja. Esta
Loja que se reunia no Templo da Loja “Luz e Trabalho” havia sido fundada em 14 de
JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 18/22
Março de 1914, conforme ato n 204, cadastro n 96 de 23 de Fevereiro do mesmo ano assinado pelo Grão-
Mestre James de Oliveira Franco do Grande Oriente do Rio Grande do Sul. O Quadro de Obreiros datado de
08 de Outubro de 1914, leva entre outras assinaturas a do Irmão Manoel Ribas como l Vigilante. Em
realidade, logo a seguir a Loja adormeceu. Parece que também a vida maçônica de Manoel Ribas, pelo
menos no que tange a militância dentro de uma Loja foi efêmera. Segundo nos escreveu o Irmão Secretário
Executivo do Grande Oriente do Rio Grande do Sul, durante o tempo em que ele permaneceu naquele
Estado, não se filiou a outra Loja. Seu filho Gustavo, em entrevista com um Irmão, referiu que seu Pai,
freqüentava a Loja “Luz e Trabalho”. É possível que após o adormecimento de sua Loja-Mãe, ele continuasse
freqüentando esporadicamente a Loja citada. É apenas uma hipótese, pois é claro que ele seria convidado a
pertencer ao Quadro da Loja no Templo da qual funcionava a sua Loja que abatera colunas, e, no entanto,
não há registro desta possibilidade.
Em Curitiba, não conseguimos encontrar documentos antigos que comprovem que ele tenha se filiado
a alguma Loja. Mas, parece que nunca negou a sua condição de maçom, pois os relatos que temos de
maçons antigos é que ele jamais negou atendimento na qualidade de Irmão, a quem se identificasse como
tal.
Interessante que durante o ano de 1936 o Irmão Dario Nogueira dos Santos, escritor maçônico,
Venerável da Loja “Perseverança” de Paranaguá na época, quando maior era a perseguição que a Ação
Integralista Brasileira movia contra a Maçonaria, envia um oficio ao Governador Manoel Ribas, onde o cita
como Irmão.
Em 1937 a doutrina Integralista estava de tal maneira infiltrada no Brasil que até muitos auxiliares
diretos de Getúlio eram integralistas. O próprio Governo estava repleto deles. Um pouco tempo antes de
Getúlio Vargas dar o golpe final, acabando de vez com o Integralismo no país, pois este estava ameaçando a
própria estabilidade do Governo, houveram por bem espalhar que Getúlio tinha fechado a Maçonaria no
Brasil. Os Governos estaduais que eram “camisas-verdes” aproveitaram a oportunidade por sua própria conta
para cerrar as portas das lojas maçônicas. Em realidade um general de nome Newton Cavalcanti estava
pressionando o Presidente para que ele fechasse a Ordem.
Todavia, o General Moreira Guimarães, Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, apelou para o
General Protásio Vargas, que era maçom e irmão carnal de Getulio, para que tal não sucedesse.
Em 06/01/1938 o General Meira Vasconcelos declarou publicamente que tal ordem jamais fora dada e
a notícia foi ao ar por quatro vezes naquele dia através da Radio Nacional
Um fato ocorreu envolvendo Manoel Ribas que por certo ilustra muito bem que ele sempre se
considerou um Irmão. Em 1937, justamente aproveitando esta tendência, o Comandante da 5ª Região Militar
sediada em Curitiba, ordenou que se fechasse a Maçonaria no Paraná. O fato levado ao conhecimento do
Interventor, este se dirigiu à Praça Zacarias, onde estava situado o Templo da Loja “Fraternidade
Paranaense” apanhou as chaves, abriu as portas, assistiu a uma Sessão e em seguida informou o Dr.Getúlio
(assim ele o chamava), o qual afastou imediatamente o referido militar do posto.
Getúlio Vargas tinha tradição maçônica na sua Família. Ele próprio não era maçom. Entretanto seu
Pai, o General João Manoel do Nascimento Vargas, herói da Guerra do Paraguai e Revolução Federalista,
“pica-pau” convicto, foi iniciado no dia 24/06/1876 na Loja “Vigilância da Fé” em São Borja. O irmão de
Getúlio, o General Protásio Vargas também era maçom e, seu outro irmão Coronel Viriato Dorneles Vargas
foi iniciado posteriormente na Loja “Brasil” do Rito Brasileiro em 18/09/1942 no Rio de Janeiro.
Infelizmente, não temos maiores dados sobre a vida maçônica do Irmão Manoel Ribas. Entretanto, fica
desfeita a dúvida, ele foi realmente de fato, maçom.
Manoel Ribas foi um daqueles maçons que são mais úteis à Maçonaria e seus princípios, fora dos
templos que dentro deles.
Entretanto, mesmo sem ter Getúlio fechado a Maçonaria algumas Lojas do Paraná desapareceram
para sempre. A Loja “Cyro Vellozo” de Prudentópolis foi uma delas, que encerrou suas atividades e nunca
mais reergueu suas colunas. A Loja “Philantropia Guarapuavana” fechada em 1937, só voltou a funcionar
oficialmente em 1950, mas nunca deixou de se reunir.
Algumas Lojas fechadas como “Amor e Caridade” II “de Ponta Grossa, União III de Porto União,
“Fraternidade Paranaense” de Curitiba “Cardoso Junior” de Curitiba, “Acácia Paranaense” de Curitiba,
“Giuseppe Garibaldi” de Curitiba, e “Jacques de Molay” de Cambará encerraram suas atividades por pouco
tempo”.
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Todavia, após o golpe de Estado perpetrado por Getúlio em 1937, uma lei-decreto de 02/12/937
dissolveu todos os partidos políticos, inclusive o Integralista, que assim deixou de perseguir a Maçonaria.
Tentaram sobreviver através de uma Associação Brasileira de Cultura, que também foi proibida pelo Governo.
Em 11/05/1938 tentaram um golpe de estado armado cercando o Palácio de Guanabara onde estava Getúlio
e sua Família, mas foram dominados facilmente. Plínio Salgado, o líder integralista foi exilado.
A Maçonaria no Paraná na época de Manoel Ribas compunha-se de poucas Lojas, mas eram muito
atuantes, especialmente as da capital do Estado. O Grande Oriente do Brasil mantinha aqui um Delegado,
que coordenava as atividades das Lojas. O Grande Oriente do Paraná só viria a ser fundado como potencia
em 1952. Em 1941 foi fundada a Grande Loja do Paraná.
Como já frisamos Manoel Ribas, não era de frequentar Lojas, inclusive dado o fato de trabalhar muito
como Interventor e praticamente não ter tempo, mas nunca negou ser maçom, gostava muito da Ordem, e
ajudava-a, bem como aos Irmãos sempre que possível. Este é o relato de Irmãos contemporâneos aos fatos.
– Hercule Spoladore
Referências
CASTELLANI, José - Os Maçons que fizeram a História do Brasil -Editora “Gazeta Maçônica”- São Paulo - 1990
DIENSTABACH, Carlos - A Maçonaria Gaúcha - Historia da Maçonaria e das Lojas do Rio Grande do Sul. Editora
Maçônica “A Trolha”- Londrina – 1999
PROBER, Kurt - Achegas para a História da Maçonaria Paranaense Editora “Príncipes Gráfica” Rio de Janeiro -
1986
PROBER, Kurt - Coletânea A Bigorna Editora „A Trolha”- Londrina - 1989 -
SANTOS, Dario Nogueira dos - Ação Histórica da AugResp Benf Loja Perseverança de Paranaguá (Livro
não publicado)
SILVEIRA, José Luiz -Revelações históricas da Maçonaria Editora “Pallot” - Santa Maria - Março de 1995
TOURINHO, Luiz Carlos P. - "Toiro Passante” IV Tempo de Republica Getulina. Estantes Peronistas Works
Informática-Curitiba - 1991
VIANNA, Brasil - As mentiras da Austeridade Gráfica “Tupy” Rio de Janeiro - 1960.
WACHOWICZ, Ruy C. - História do Paraná Editora “Gráfica Vicentina Ltda.”-Curitiba - 1989.
GRANDE ENCICLOPEDIA DELTA LARROUSE
DICIONARIO HISTÓRICO BIOGRAFICO DO ESTADO DO PARANÁ - Editora “Livraria do Chaim”- Curitiba - 1989
HISTÓRIA DO PARANÁ - Grafipar - Gráfica Editora Paraná Cultural - Vols. I e III- Curitiba – 1995.
Revistas
PANORAMA - n 360 - Ano 36 -Agosto 1986 - “Manoel Ribas” Artigo de Samuel Guimarães Costa
INTERCÂMBIO - “A obra do Interventor Manoel Ribas”. - Dezembro de 1943
Jornais
“Gazeta do Povo” -23/10/73 Artigo: “Centenário Esquecido” de Raquel C. do Amaral
“Folha de Londrina” 28/06/97 “Desaparecimento de Ribas faz 50 anos” Denilson Rodo, Luiz Geraldo Mazza e Sergio de
Almeida - todos de Curitiba.
“Folha de Londrina” - de 08/06/1997 - Encarte especial “60 anos da ACIL”
“Paraná-Norte” ano 1945 números 592, 596, 619, 623, e 672.
Trabalhos
“Avenida Manoel Ribas Manoel Ribas Interventor-1932” Maria Nicolas – Curitiba
“Manoel Ribas” Regina da Luz César Benjamin - Londrina -
“Ação Integralista Brasileira e a Maçonaria Paranaense - Hercule Spoladore-Londrina
Biografia de Manoel Ribas‟ Vera Lucia P. Santagalo- Santa Maria -.
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1) A Administração para 2014
V.'. M.'. - Ir.'. Emílio César Espíndola;
1o. Vig.'. - Ir.'. Gilberto Goulart;
2o. Vig.'. - Ir.'. Nilo Bairros de Brum.
Sec.'./M.'. C.'. (Ad Hoc) - Ir.'. Mohamad Ghaleb Birani;
5 – destaques jb
Resenha Geral
ARLSE.·. Fraternidade do Mercosul Nº 70 (GOSC)
atividade dos meses de Janeiro e Fevereiro.
GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA - GOSC/COMAB
Loja Especial “União e Fraternidade do Mercosul” nº 70
RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO - FUNDADA EM 31/01/1998
Programação
Janeiro:
13.01.2014: Abertura dos Trabalhos de 2014 da ARLSE Mercosul com o Ser.'. Grão-
Mestre, Ir.'. Alaor Francisco Tissot e Palestra com o Ir.'. Nilo Bairros de Brum, com
o tema, "Os Precursores do Mercosul".
* 27.01.2014 - Palestra com o Ir.'. Luciano Pinheiro, com o tema "Maçonaria e
Religião";
Fevereiro
* 10.02.2014 - Palestra com o Ir.'. Gilberto Goulart, com o tema "A Independência
dos Estados Unidos da América e a Revolução Francesa";
* 24.02.2014 - Palestra com o Ir.'. Eleutério Nicolau da Conceição, com o tema
“Som, Luz e Percepção"
Local das Sessões:
Será o mesmo de sempre, ou seja, o Templo do ARLS.'. Fraternidade Catarinense, na
SC-401, em frente à ACM, conforme as datas acima referidas (13.01 - 27.01 - 10.02 -
24-02), às segundas-feiras, com início às 20:30 (vinte e trinta) horas.
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1 – Show e3m Istambul:
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Trajetória de um leitor apaixonado

  • 1. JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br Informativo Nr. 1.226 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 (em recesso) Reuniões: quintas-feiras às 20h00 – Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC Florianópolis(SC) sexta-feira, 10 de janeiro de 2014 Índice: Bloco 1 -Almanaque Bloco 2 -Opinião: Mario Gentil Costa – Minha Trajetória Bloco 3 –IrPaulo Roberto “On Line” – A Orientação dos Templos Bloco 4 –IrHercule Spoladore – Vida e Obra do Irmão Manoel Ribas Bloco 5 - Destaques JB Pesquisas e artigos desta edição: Arquivo próprio - Internet - Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 10 de janeiro de 2014. É o 10º. dia do Calendário Gregoriano. Faltam 355 para acabar o ano Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos.
  • 2. JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 2/22 É leitura para todos os dias Veja em www.artedaleitura.com Em Florianópolis visite o hotel da Família Maçônica. Praia de Canasvieiras - Reservas : (48) 3266-0010 – 32660271 Irmão tem desconto especial
  • 3. JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 3/22  49 a.C. - Júlio César atravessa o Rubicão, iniciando a guerra civil que opôs as suas forças às de Pompeu. Foi neste dia que ele pronunciou sua famosa frase: alea jacta est (a sorte está lançada).  236 - Eleito o Papa Fabiano, 20º papa.  1403 - Jean de Bettencourt recebe dos reis de Espanha o senhorio das ilhas Canárias, se autointitulando rei.  1794 - O bispo de Blois, Henri Grégoire, relata aspectos do comportamento do exército republicano, usando o termo vandalismo pela primeira vez.  1855 - A Itália se alia à França e à Inglaterra com o propósito de lhes conceder ajuda na Guerra da Criméia.  1861 - Guerra Civil Americana: a Flórida anunciou oficialmente sua secessão da União, logo juntando-se à Confederação.  1863 - Inauguração pública da primeira secção do metrô de Londres.  1875 - Fundação do Partido Socialista Português.  1877 - É estabelecido na Espanha o serviço militar obrigatório.  1907 - A Torre de Belém é classificada como Monumento Nacional em Portugal.  1912 - Bombardeio da cidade de Salvador na Bahia.  1920 - Entra em vigor o Tratado de Versalhes para solucionar os problemas surgidos na guerra 1914-1918.  1920 - Foi instituída a Liga das Nações, órgão internacional que durou até 1946, quando foi substituída pela Organização das Nações Unidas.  1921 - É anistiado o tenente Vogel, autor da morte a tiros de Rosa Luxemburgo.  1923 - É ordenada a retirada das tropas dos Estados Unidos das províncias renanas, na Alemanha.  1927 - O filme Metropolis, do alemão Fritz Lang, estreou nos cinemas. O cineasta é considerado o criador do gênero ficção científica.  1928 - Leon Trotski e mais 30 membros da Oposição de Esquerda são expulsos da Rússia.  1929 - O jornal belga Vingtième Siècle publicou pela primeira vez uma tirinha com o menino-detetive Tintin, personagem criado pelo cartunista Hergé.  1932 - Miguel Maura funda na Espanha o Partido Conservador.  1937 - Guerra civil espanhola, a Junta Nacional ordena a evacuação de Madri da população civil sob uma intensa ofensiva das tropas militares.  1939 - Criação do Parque Nacional do Iguaçu.  1941 - Batalha naval entre britânicos e italianos no estreito da Sicília, no sul da Itália.  1941 - Firmado em Berlim o pacto germano-soviético que delimita as novas fronteiras entre os dois países.  1945 - O Rei Jorge VI inaugura em Londres os trabalhos preparatórios da Organização das Nações Unidas (ONU).  1946 - As forças comunistas de Mao Tsé-Tung e as de Chiang Kai-shek fazem uma parada na China contra a proposta mediadora do presidente dos Estados Unidos, Harry Truman.  1946 - Celebra-se em Londres a primeira Assembleia Geral das Nações Unidas.  1946 - Criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC).  1946 - Americanos enviaram pela primeira vez um sinal de radar à Lua, recebendo um eco como resposta três segundos depois. O fato é considerado um prenúncio das comunicações por satélite.  1955 - O jornalista Assis Chateaubriand foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras.  1960 - Instalado oficialmente o município de Diadema.  1962 - Uma seqüência de erupções no monte Huascarán, no Peru, matou cerca de 3.500 pessoas e destruiu sete vilas.  1966 - Índia e Paquistão assinam um acordo de paz. Os países disputavam a região da Caxemira, havendo até ameaça de ataque nuclear no auge da guerra.  1969 - A Suécia é o primeiro país ocidental a estabelecer relações com o Vietnã do Norte.  1972 - Mujibur Rahman assume o cargo de primeiro-ministro novo Estado independente de Bangladesh - Ex Paquistão Oriental.  1975 - Michelle Bachelet e sua mãe são presas pelo regime militar chileno.  1983 - Astrônomos britânicos descobrem um novo astro com uma capacidade energética maior que a do Sol.  1984 - O ex-presidente argentino Reynaldo Bignone é preso pelos crimes cometidos durante a ditadura militar entre 1976 e 1983, em que desapareceram 10 mil pessoas. 1 - almanaque Eventos Históricos - Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 4. JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 4/22  1984 - O Vaticano e os Estados Unidos reatam as relações diplomáticas.  1984 - Um incêndio destruiu o Mercado Modelo, uma das principais atrações turísticas de Salvador.  1985 - Daniel Ortega, da Frente Sandinista de Libertação Nacional, tomou posse como presidente da Nicarágua. Os Estados Unidos não reconheceram o novo governo e decretaram embargo total ao país.  1990 - A China anuncia o fim da lei marcial, e alega que ter impedido demonstrações democráticas, salvou o país do abismo da miséria.  1994 - Criação da União Económica e Monetária Oeste-Africana (UEMOA).  1994 - O presidente Bill Clinton anuncia que a Ucrânia concordou em abrir mão de seu arsenal nuclear, o terceiro maior do mundo.  2003 - Entra em vigor o novo Código Civil brasileiro aprovado pelo Congresso em setembro de 2001.  2006 - Evo Morales visita a África do Sul.  1929 - Primeira aparição de Tintín, famoso presonagem de histórias em quadrinhos de Hergé.  1932 - Surge a grande criação de Walt Disney, o ratinho Mickey, é registrado e publicado pela primeira vez.  2000 - A America Online compra o gigante da mídia Time Warner por US$ 162 bilhões. É a maior fusão corporativa da história.  2001 - Nupedia, antecessora da Wikipedia, é lançada publicamente  2003 - Lançamento do jogo SimCity 4.  2003 - O Circo Garcia encerrou suas atividades após 75 anos de apresentações no Brasil.  2006 - Entra no ar a sexta edição do programa Big Brother Brasil. Desportivos  1986 - Fundação do Esporte Clube Passo Fundo.  2003 - Criação do time de basquete Charlotte Bobcats. Local-galês  Dia consagrado ao Bardo Geraint, personagem galês do Século IX. Mitológicos  Benin: Gozìn - Festa Anual de Agbê. Religiosos - Católico  Dia de São Camilo  São Guilherme de Bourges (neto de Pedro, o Eremita) Festa de São Gonçalo de Amarante 1744 Carta Régia, desta data, autorizou a instituição, na vila de Nossa Senhora do Desterro, da Ordem Terceira de São Francisco e nomeou seu primeiro comissário o frei Alexandre de Santa Cruz. 1883 Instalado, nesta data, o município de Blumenau, criado pela Lei nº 860, de 4 de fevereiro de 1880. 1884 Instalado o município de São Bento do Sul, criado pela Lei nº 1030, de 21 de maio de 1883. 1891 Decreto nº 40, desta data, criou o 4º distrito no município de São José. 1926 Instalado o município de Porto Belo, restabelecido pela Lei nº 1496, de 1º de setembro de 1925. 1743 O Faulkner’s Dublin Journal noticia que a Loja Youghall nº 21 celebrou o dia de São João com uma parada, em que o “Real Arco foi levado por dois excelentes Maçons”. 1754 Thomas Dunckerley feito Maçom na Loja The Three Turns, em Plymouth. Filho ilegítimo do Rei George II, foi um dos grandes promotores da Maçonaria. 1904 Nasce Lamartine Babo () poeta e famoso compositor popular membro da Loja “Estrela do Rio”. 1918 Fundação da Loja Maçônica Branca Dias nr. 01, de João Pessoa - PB 1956 Regularização da Loja Maçônica Aurora de Goiás nr. 1393, de Goiânia (GOB/GO) feriados e eventos cíclicos Históricos de santa catarina: fatos maçônicos do dia - Fonte: O Livro dos Dias (Ir. João Guilherme) e acervo pessoal
  • 5. JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 5/22 “MINHA TRAJETÓRIA” Mario Gentil Costa - Florianópolis. Contato: magenco@terra.com.br http://magenco.blog.uol.com.br "MINHA TRAJETÓRIA" Minha trajetória de leitor a „escrevinhador' – não me sinto digno de usar o título „escritor‟ - nada tem de especial, exceto pela convivência assídua com o livro em si, e por uma necessidade incontida de expressão pessoal. De fato, sou um leitor compulsivo desde a adolescência e creio ter sido essa minha verdadeira escola e a fonte das minhas motivações. Não nego nem reduzo o mérito dos grandes mestres que tive desde o curso primário, mas confesso que escrevo quase por instinto e, a rigor, desconheço a maior parte das regras da teoria gramatical. Não raro, me socorro do conhecimento da minha esposa, formada em letras, para esclarecer minhas dúvidas em certos detalhes de sintaxe. O resto veio por si. E ainda estou aprendendo, até mesmo com os amigos que sabem mais do que eu. Isto posto, reconheço grandes lacunas na minha formação literária. Não li a maioria dos chamados clássicos (brasileiros ou estrangeiros) e ouso dizer que, entre eles, muitos me cansam e me parecem anacrônicos. Li alguma coisa de Eça de Queiroz, de Machado de Assis e de Camilo Castelo Branco e ouso desconfiar de que, se vivos hoje, eles não escreveriam da mesma maneira. Na juventude, li a obra traduzida de Alexandre Dumas (pai) e de Julio Verne, que tenho como dois pilares da boa literatura de aventura, que, infelizmente, a juventude atual, vítima da televisão, esqueceu. Consumi boa parte da biblioteca do Colégio Catarinense, da qual trazia para casa quase um livro por semana. Apesar do meu restrito senso comparativo, considero Érico Veríssimo o maior escritor brasileiro do século XX. Li quase toda sua obra. De Guimarães Rosa, só consegui ler, a trancos e barrancos - que heresia! - um pequeno conto e, por mais que tentasse, nunca consegui levar a cabo a aventura de ler Grande Sertão: Veredas. Idêntico obstáculo encontrei em Euclides da Cunha. Li “Vidas Secas”, de Graciliano, e ainda pretendo ler “Memórias do Cárcere”. Acho-o superior aos outros dois. Quem sabe, mais simples? Ainda assim, as temáticas interioranas, agrestes e regionalistas, em geral nunca despertaram meu interesse, e isso aumenta minha dificuldade. Vê-se assim que não sou um letrado; sou apenas um escrevinhador que, passados 78 anos de contato íntimo com a vida, em seu sentido mais abrangente, acha que tem coisas a dizer e não se contém. Comecei em 1990 e estou com 9 livros escritos (três publicados). Produzi centenas de crônicas (muitas publicadas em jornais médicos), meia-dúzia de ensaios sobre temas diversos - quase todos na área da filosofia e da crítica religiosa - e dezenas de contos, alguns de pura ficção e, muitos, extraídos de minha íntima relação profissional diuturna com as mazelas humanas. Encontrei, nesse vasto campo da convivência humana, histórias palpitantes que pareciam estar esperando por um intérprete disposto a passá-las para o papel, tamanho era seu conteúdo lírico, poético, cômico ou tragicômico e até mesmo dramático. Suponho que só ao médico, pela 2– opinião - Longevidade e Imortabilidade - (Mario Gentil Costa)
  • 6. JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 6/22 peculiaridade do seu mister, é dada essa prerrogativa. O fato é que, nessa lida, está, para ser explorada literariamente, uma inesgotável fonte de vivências, que, do contrário, se perderiam na própria memória finita. E, na pior das hipóteses, terei deixado esse depoimento no acervo e nas prateleiras dos meus descendentes. Em contrapartida, sou vitimado por uma timidez inata e, decerto, em vista disso, já terei desperdiçado excelentes ocasiões de aparecer num cenário mais público. No terreno das convicções pessoais, fui criado em família católica e educado por padres jesuítas, mas, livre dessas amarras quando fui estudar medicina fora, vi-me, aos poucos, rompendo com toda espécie de crença dogmática e hoje sou um incréu juramentado que só vê, a seu redor, um Universo auto-existente, portanto incriado, infinito e eterno. Sou membro do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina – IHGSC - para o qual fui recomendado por meu falecido parente Licurgo Costa. Caso contrário, isso jamais teria acontecido, pois sou avesso à praxe da auto-indicação, que vejo como excesso de auto-lisonja e escassez de autocrítica. Não diria que sou testemunha nem pesquisador da história, pois careço de formação acadêmica para tal; sou apenas um curioso. Claro que, como interessado na Segunda Guerra Mundial, tenho lido muito a respeito, e foi daí, desse fascínio pelo tema, seus antecedentes e conseqüências, que tirei a motivação para escrever meus principais livros. Considero essa guerra, entre todas, como um divisor de águas que resultou, juntamente com algumas conquistas simultâneas da ciência e todas as que vieram a seguir, uma causa remota e, ao mesmo tempo, imediata, da reformulação dos conceitos que estão mudando as bases sociológicas e filosóficas da convivência. Os avanços da ciência e da moderna tecnologia que advieram de seus desdobramentos, bem como o choque das ideologias que a compuseram e sucederam, levaram ao ritmo alucinante das conquistas em todas as áreas do conhecimento. O resto veio como inevitável reação em cadeia, que cresce hoje em progressão geométrica graças, sobretudo, à informática. A meu ver, só se lhe equiparam, como acontecimentos anteriores, em primeiro lugar, o Renascimento, outro período de mudanças radicais na busca da verdade lógica e comprovada por parte dos seus grandes gênios, cujos nomes, além de Copérnico, Bruno e Galileu, seria fastidioso lembrar aqui. Isso, sem esquecer as descobertas marítimas de Colombo e seus pares, que, sem querer, ajudaram a subverter conceitos e práticas milenares e abriram os olhos do homem para uma verdade muito mais ampla e não atrelada às imposições dogmáticas de uma Terra plana, que, até então, era o centro (aristotélico) de um universo criado para o homem, supostamente feito à imagem e semelhança de Deus e figura central do espetáculo cósmico; e, em segundo, a conquista do espaço pela Apollo 11, ponto de partida para sonhos e perspectivas inimagináveis de significados semelhantes e da qual (conquista) fomos, todos, orgulhosas testemunhas oculares. Antes de escrever, fiz algumas incursões pelas artes plásticas e cheguei a produzir algumas dezenas de trabalhos, quase todos ainda comigo, e pouquíssimos com alguns amigos a quem presenteei por motivos de gratidão ou profundo vínculo afetivo. São, entre madeiras e telas, em sua maioria, abstratos ou expressionistas, embora tragam sempre a preocupação com a precisão do traço e o equilíbrio das formas, conseqüência eventual de minha prática cirúrgica de décadas, hoje abandonada. Não obstante essa busca da perfeição, sou fã ardoroso dos abstratos informais - manchas - de Manabu Mabe, pintor nipo-brasileiro falecido que cultuo como um dos maiores abstracionistas do século XX em todo o mundo. Questão de opinião é óbvio. A esse respeito, o leitor já deve ter notado que enalteço meus ícones sem receios de parecer radical ou taxativo. Sei que a temperança e a maturidade recomendam, num homem da minha
  • 7. JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 7/22 idade, mais cautela em afirmações aparentemente dogmáticas, mas vejo, embutida nisso, uma postura que qualifica minha tendência inata a não ficar em cima do muro. Se gosto, gosto à beça; se não gosto, prefiro calar; quando consigo... Assim sou eu. Um homem sincero e combativo na defesa de seus pontos de vista, e que, por isso mesmo, não abre mão do direito de expor suas idéias, mesmo que elas desagradem a esse ou àquele. Seria, portanto, um péssimo político... Sem saber se desenhei um nítido perfil de mim mesmo - talvez, no máximo, um esboço impreciso – fico à disposição de quem queira dar seu parecer... Mario Gentil Costa – MaGenCo (2014)
  • 8. JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 8/22 A Orientação dos Templos Este Bloco é produzido às sextas-feiras pelo Ir. Paulo Roberto VM da ARLS Rei David nr. 58 (GLSC) - Florianópolis Contato: prp.ephraim58@terra.com.br Paulo Roberto A Orientação dos Templos A Maçonaria Especulativa encontrou na Bíblia o alicerce de quase todas as suas ideias simbólicas e particularmente aquela que institui o Templo de Salomão como o próprio símbolo da Loja maçônica. Entretanto, o verdadeiro arquétipo do Tabernáculo mosaico e do próprio templo de Jerusalém foi o Templo egípcio, pelo que se verifica existirem muitos pontos de analogia entre as várias organizações pré-cristãs. Os povos antigos opinavam que o oriente era o ponto cardeal do qual aparentemente sai o sol. Sendo o culto solar o princípio e o fim de todos os cultos, os brâmanes, os hebreus, os egípcios, os romanos etc., voltavam- se para o Oriente com a finalidade de rezar. Desta maneira, a orientação do templo egípcio era usualmente do Oriente para o Ocidente, no que foi acompanhado pelo Tabernáculo judaico, cujo Lugar Sagrado estava no Ocidente, ao passo que o seu vestíbulo era situado no Oriente. Assim também foram orientados os templos gregos e, consequentemente, os romanos. Dionísio da Trácia conta que os templos dos antigos estavam situados frente ao Oriente, o que diz também Vitrúvio, o arquiteto romano. Ao contrário, o Templo maçônico apresenta uma orientação absolutamente oposta, afastando-se da direção dos templos das civilizações antigas, a maior parte das quais tinham o seu santuário no Ocidente para o qual se voltavam os fieis. A Maçonaria foi buscar este costume na “orientação das Igrejas”, termo da linguagem técnica, em arquitetura, para designar esta direção nas construções, orientação que foi introduzida pelo cristianismo. As igrejas cristãs devem estar orientadas de tal maneira que sua entrada se encontre do lado do Ocidente, e seu altar-mor esteja colocado no Oriente, por ser o ponto do mundo em que aparece o primeiro raio de luz. Referindo-se à orientação das igrejas cristãs, Bernard E. Jones escreve em “Freemason‟s Guide and Compendium” : “Muitas razões foram apresentadas para justificar porque os cristãos se voltam em direção ao oriente. Um escritor do século XIII afirma que „do Leste, Cristo virá para julgar a humanidade; por isso oramos em direção ao Oriente‟, enquanto Durandus (século XIII) expõe com determinação que „Oramos frente ao Oriente porque diligente é aquele de quem é dito, eis aqui o homem cujo nome é o Oriente‟.” 3– paulo RobeRto “on line” A Orientação dos Templos
  • 9. JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 9/22 Estas razões com um forte sabor escolástico não serão, talvez, muito sólidas, mas satisfaziam plenamente aqueles que se preocupavam com estas coisas. Na verdade, o costume de voltar-se para o Oriente no momento de rezar, ou para adorar, perde-se na noite dos tempos e a sua origem foi o culto solar. Observando o sol surgir no Oriente, o homem primitivo associava este ponto cardeal com luz e vida, ao passo que o Ocidente representava para ele o oposto, a escuridão e a morte. Determinado escritor do século II disse com a maior naturalidade que os cristãos faziam suas preces face ao Oriente por ser o lugar em que nasce o sol, e era o que os próprios pagãos faziam desde tempos imemoriais. Mas se um escritor do século II podia dizer estas coisas com tamanha simplicidade, por se tratar de algo natural, o mesmo não podia fazer um escritor medieval, já que estava superalimentado de escolástica (último período do pensamento cristão, que vai do século IX até o fim do século XVI, era a filosofia ensinada pelas „escolas‟ da época pelos mestres, conhecidos assim, como escolásticos) e de teologia. Diz a Encyclopaedia de Mackey, no artigo Orientation : “São Carlos Borromeu, em suas „Instructiones Fabricae Ecclesiasticae‟ , é ainda mais preciso, mandando que o fundo ou a parte ocupada pelo altar na igreja deverá olhar diretamente do oriente „in orientem versus recta spectat‟ („movido em linha reta‟ – tradução literal) e isto não deverá ser do leste solsticial, que varia com a deflexão do sol nascente, mas do leste equinocial, quando o sol se levanta nos equinócios, aquele que é chamado, o verdadeiro Leste.” A orientação leste-oeste dos templos egípcios, e consequentemente dos templos hebraicos, prende-se ao fato que do altar, ou da pedra sagrada, o sacerdote egípcio adorava, ao romper do dia, o sol emergindo do horizonte. Em sua obra “Les Fêtes Solaires” , Amable Audin escreve: “Toda a noção egípcia do templo deriva deste gesto primitivo, e sabe-se que, na época dos grandes faraós, os templos eram edificados de tal maneira que o nascer do sol tinha lugar entre os dois pilares da entrada.” Referindo-se à orientação oeste-leste das Lojas maçônicas, o escritor inglês Dr. Oliver...?! diz que a entrada principal para o salão da Loja deve ser colocada frente ao Leste, por ser o Oriente o lugar da Luz física e moral; “e assim os Irmãos têm acesso à Loja por esta entrada, como um símbolo de iluminação mental”. Aliás, o Ritual põe em destaque a orientação da Loja maçônica quando afirma que “assim como o Sol nasce no Oriente para fazer sua carreira e iniciar o dia, assim fica o Venerável Mestre para abrir a Loja, dirigir-lhe os trabalhos e esclarecê-la com as luzes de sua sabedoria, nos assuntos da Sublime Instituição”.
  • 10. JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 10/22 VIDA E OBRA DO IRMÃO MANOEL RIBAS Interventor do Estado do Paraná durante a ditadura de Getúlio Vargas Autor: HERCULE SPOLADORE Loja de Pesquisas Maçônicas “BRASIL”- Londrina - PR Seu nome verdadeiro era Manoel Andrade Ribas, mas ficou conhecido apenas como Manoel Ribas. Nasceu em Ponta Grossa em 08/03/1873. Seu pai chamava-se Augusto Lustosa de Andrade Ribas e sua mãe Pureza Maria Conceição Branco de Carvalho. O casal teve dez filhos, sendo ele o primeiro. Sua Família foi muito tradicional, era muito antiga e sua presença na região remontava desde os primórdios de sua colonização. Era descendente do tronco de Pereira Branco, de tradição muito grande nos campos gerais, cujo fundador foi o tenente-coronel Antonio José Pereira Branco, natural de São Paulo avô materno de Manoel Ribas, e que foi um dos fundadores de Ponta Grossa. Ele era neto do brigadeiro Ribas que comandou a defesa da fronteira da Província do Paraná durante a Guerra do Paraguai. Quando da visita do Imperador D.Pedro II à Província do Paraná em 1880, ele sua comitiva visitaram várias cidades. Em Ponta Grossa a casa do pai de Manoel Ribas foi a escolhida. Era de praxe o Imperador dar título de barão a quem o hospedasse. Entretanto, Augusto Lustosa ficou sabendo, e por ser republicano, não aceitou tal honraria. Mesmo assim foi-lhe concedido o título de Comendador. Manoel Ribas estudou apenas o curso secundário em Ponta Grossa. Perdeu o pai muito cedo e começou a trabalhar desde criança. Posteriormente, trabalhou para estudar, mudando-se para a cidade de Castro trabalhando no comércio. Lá, estudou no Colégio do Professor Sarapião. Foi aluno do historiador Rocha Pombo. Nesta cidade primeiramente trabalhou no comércio, abrindo uma loja de arreios. Ainda em Castro conheceu a jovem Zelinda Fonseca a qual se tornou sua esposa. O casal teve seis filhos, um homem que se chamou Gustavo e cinco mulheres que receberam os seguintes nomes: Odete, Prudência, Augusta, Elena e Maria. Após ficar viúvo casar-se-ia, em segundas núpcias com a Sra. Domenica Antoniet Euriet, a qual mudou o seu nome depois do casamento para Anita Ribas. Deste casamento não houve filhos. Estaremos enfocando a vida de um personagem da política paranaense que foi no balanço de suas ações mais positivo que negativo. Independente de sua vida de administrador e político, a qual em seu período maior foi toda pautada à sombra de uma ditadura, Manoel Ribas era antes de tudo um homem simples que se trajava discretamente. Sempre se sentiu um ferroviário, apesar de todo o poder que teve nas mãos. Explosivo às vezes em suas manifestações verbais, chegando a ofender as pessoas era um ferrenho inimigo das ostentações e não aceitava de forma alguma, bajulações. Não sabia ficar inerte. Não parava. Era difícil acompanha-lo. Já quase com setenta anos de idade, mantinha o mesmo entusiasmo pelo trabalho, que quando era jovem. Foi um homem do seu tempo que tinha muita pressa. Sim, pressa de realizar, de trabalhar de ser útil ao seu Estado e de resolver tudo pela maneira mais simples e mais rápida. Foi um grande administrador, talvez melhor que político, e um dos grandes incentivadores do cooperativismo, campo este que tinha grande experiência. 4 – vida e obra do irmão manoelo ribas Ir Hercule Spoladore
  • 11. JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 11/22 Tinha uma excelente visão administrativa e uma capacidade inata de antever as situações e de resolvê-las da forma mais prática e mais fácil possível, fato este, que o incompatibilizava criando atritos com seus engenheiros e funcionários. Ficou conhecido pelo zelo que tinha para com o serviço público. Não admitia funcionários preguiçosos e relapsos. Tinha quase que, o dom da ubiqüidade, pois costumava comparecer repentinamente a várias repartições para conferir se os funcionários estavam realmente trabalhando. Quando pilhados em ócio, estes eram severamente ameaçados e na maioria das vezes punidos. Quando ele era questionado, sobre os méritos de uma pessoa indicada para algum cargo público, Manoel Ribas explicava a sua maneira as razões: “É uma bunda para a cadeira que precisa ser preenchida, se não der certo a gente muda” (Jornal “Folha de Londrina”, p. 06 - Política de 28/01/1997). Levantava-se muito cedo e costumava ir de visitar os orgãos públicos, sem avisar, pois era muito preocupado com o funcionamento dos mesmos. Um dia foi à Lapa e encontrou a população e o prefeito dormindo. Revoltado, esbravejou: “Terra de heróis, mas berço de vagabundos” E, ainda segundo Luiz Carlos Pereira Tourinho, durante o discurso para se vingar, teria dito: “Esta cidade cresce que nem cola de cavalo... prá baixo”. “Desprezando o protocolo e as etiquetas sociais, indeferente à legislação, sua intenção única era reerguer o Paraná”. “Em torno de sua figura austera e circunspeta, porem eficiente, surgiram episódios quase lendários, folclóricos até, um misto de intransigência, irreverência, estórias, quase anedotas, frutos talvez da espontaneidade de um homem rude”. Mas ele era um homem que admirava as pessoas honestas Seus descendentes reclamam que ele é mais lembrado por esta faceta, que pela do administrador que tanto batalhou pelo seu Estado. E eles têm toda a razão. De certa feita foi à Guarapuava para uma grande recepção. Mas, como sempre, chegou muito cedo. As ruas estavam todas engalanadas com faixas dando vivas e saudando o Interventor. Como todos ainda dormiam, procurou um bar para tomar um cafezinho. Mas todos os bares ainda estavam fechados. Na hora do discurso, reclamou que aquilo não estava correto, e que o povo devia recebê-lo não com vivas, mas sim trabalhando e exclamou “Onde se viu uma cidade como Guarapuava, não ter um cafezinho para oferecer- me?”. Durante uma homenagem que recebeu em Castro, inclusive com a inauguração de seu busto, o orador oficial tecia mil elogios ao ilustre homenageado qualificando-o como o grande benfeitor da cidade. Manoel Ribas interrompe o orador e diz “Benfeitor, não. A obrigação do Governo é fazer. E se não fez mais foi por burrice de vocês”. O maçom Licínio Maragliano, em artigo escrito no n 619 do jornal "Paraná - Norte” de Londrina em 1945 cita” A quem quiser contrariar esta verdade, lembraremos apenas isto: quando, num memorável e inesquecível banquete realizado aqui em Londrina, se comemorava a inauguração da famosíssima Estrada do Cerne, Sua Senhoria, tomando a palavra e usando de termos os mais rudes e imprudentes, disse a plenos pulmões, como ouviram os londrinenses que se achavam presentes e disto somos testemunhas que os paranaenses eram todos uns vagabundos (é este o termo "vagabundos”) e que nunca tinham feito nada pelo Estado, cujas finanças estavam arrebentadas. Que só ele (Ecce homo) é que estava fazendo alguma coisa pelo Paraná”. Outra passagem interessante de Ribas foi quando ele foi inaugurar um bebedouro público para animais próximo a antiga Ponte Preta na Rua João Negrão em Curitba. Na hora em que o Interventor foi acionar o dispositivo que iria provocar o jato de água, este veio com tal força que molhou sua face. Ele balançou a cabeça e saiu-se com essa: “Está inaugurado o bebedouro para animais” Certa feita um politico de Ponta Grossa foi preso e levado à Curitiba. Um advogado de Ponta Grossa foi até a presença do Interventor, e solicitou que necessitava como advogado falar com o prisioneiro, porque tinha assuntos muito importantes a serem tratados com ele e somente com a devida vênia do “seu” Ribas ele poderia fazê-lo. A solicitação do causídico foi feita, procurando a todo tempo envaidecer o ego do Manoel Ribas, e isto era justamente o que ele mais detestava na vida. Ser bajulado! Manoel Ribas deu a devida autorização e mandou levar o advogado até a penitenciária. Sem que o advogado soubesse transmitiu ordem ao Diretor do Presídio para que o advogado se comunicasse com o preso em sua cela e que ficasse lá até segunda ordem. Passados três dias foi mandado trazer o advogado ao Palácio e Manoel Ribas ironicamente perguntou ao mesmo se ele tivera tempo suficiente para tratar de todos os assuntos importantes que o tinham trazido à Curitiba?
  • 12. JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 12/22 Outra... Manoel Ribas seguia de carro de Piraí do Sul para Jaguariaíva numa estrada estreita e poeirenta, um caminhão de transporte de toras, na sua frente não lhe dava passagem. Quando o carro do Interventor conseguiu ultrapassagem, Manoel Ribas fez o caminhão parar e num dos seus ataques de fúria, após xingar o caminhoneiro de tudo quanto é nome feio possível, ordenou que ele fosse à Piraí e se apresentasse ao delegado e ficasse preso. Quando da volta em Piraí, o delegado perguntou ao Interventor o que ele deveria fazer com o “preso”. O Interventor mandou chamar o caminhoneiro sentiu que estava na frente de um homem de bem. Ordenou que ele se apresentasse a seu Palácio em Curitiba. Esse homem tornou-se motorista do Interventor de sua inteira confiança. Esse era o Manoel Ribas... Apesar de ter inúmeros inimigos políticos, toda a sua vida foi dedicada ao bem estar público e nunca puderam chamá-lo de desonesto. Podiam taxá-lo de truculento explosivo, carrancudo e até perseguidor, mas jamais puderam acusá-lo de desvios de dinheiro dos cofres do Estado. Manoel Ribas despertou o Paraná do sono duradouro em que se encontrava especialmente o sertão, desde o desaparecimento das reduções jesuíticas e, querendo ou não ele trouxe a partir de sua era, a modernidade ao Estado. Podemos considerar um período até Manoel Ribas e outro após o seu Governo. Não admitia a hipocrisia, a mentira e a preguiça. Enquanto Getúlio Vargas era sempre risonho, político e maneiroso, Manoel Ribas era taciturno, franco até demais pelas suas expressões contundentes. Em certas horas, como sempre, possuidor de uma presença de espírito aguçada tinha umas saídas humorísticas chegando até ser folclórico fato este que ele estimulava para tirar proveito para que todos pensassem ser ele um homem austero. Entretanto, por causa desta sua maneira de ser, muito franca e até escachada jamais gozou da simpatia das elites paranaenses. No entanto, atrás daquelas feições de homem duro estava um grande coração e até brincalhão com as pessoas mais chegadas ao seu convívio. Suas tiradas engraçadas ficaram famosas. Os antigos moradores do bairro de Batel em Curitiba, na Avenida Visconde de Guarapuava, onde morou por muito tempo, lembram-se daquela passagem pública em que ele apresentou sua primeira esposa dona Zelinda da seguinte forma: “Ela não deveria se chamar Zelinda e sim Zé Feia” Quanto ao seu lado humano, são incontáveis os testemunhos de pessoas cujos familiares foram ajudados por ele, especialmente na doença e mesmo nas necessidades, quer aconselhando, quer empregando, ou encaminhando pessoas que mereciam uma chance por serem pessoas sérias trabalhadoras e talentosas. Sempre se compadeceu do sofrimento alheio. Quando visitava o interior, e sabia que alguém humilde e sem recursos estava doente, com alguma doença grave, às vezes, mesmos às suas próprias expensas, tratava de ajudá-los. Um exemplo típico foi quando passava em frente à casa dos Lazzarottos em Curitiba e teve um problema mecânico no seu carro. Entrou na casa e solicitou ajuda na hora em que dona Julia estava preparando um suculento risoto, ao qual se convidou, por conta própria experimentou e gostou muito. Notou que um menino rabiscava uns desenhos interessantes no chão da casa. Chamando o pai do menino de lado disse: “tem movimento a pintura dele Mande-o ao Palácio falar comigo”. Desta forma por causa do risoto, surgiu o famoso “Vagão do Armistício”, restaurante, onde os pais do menino puderam servir o seu famoso risoto, apadrinhado e recomendado pelo Interventor, e o menino ganhou bolsas de estudos no Rio de Janeiro e em Paris, por intermédio de Manoel Ribas para desenvolver seus dons artísticos. Este menino é nada mais que Poty Lazzarotto (Napoleon Potyguara), um dos mais expressivos artistas brasileiros em artes plásticas, muralista, ilustrador, gravador, desenhista e escultor. Manoel Ribas zangava-se quando o chamavam de “doutor” Fazia questão de ser chamado de “seu” Ribas. Ficava ainda mais irritado se o chamassem de “comendador”. Comenta-se que em Ponta Grossa fizeram um movimento para mudar o nome da Rua Barão do Rio Branco para Manoel Ribas. Ele imediatamente se insurge contra a idéia. “Pensam vocês tirar o nome do grande brasileiro para substituir pelo meu? Nunca”. Manoel Ribas costumava brincar afirmando que a cidade de Ponta Grossa era a cidade mais fácil de se atender políticos, porque de manhã ele recebia um grupo de políticos que pedia para se fazer algo pela cidade e à tarde recebia um grupo opositor que lhe solicitava para não fazer o que fora solicitado de manhã pelo outro grupo. Ele esperava que os grupos se acertassem nas suas reivindicações, Como o acerto jamais ocorresse, ele não precisava gastar dinheiro do erário público. Histórias e estórias. Existem às dezenas
  • 13. JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 13/22 Mais uma estória que se conta dele. Certa vez recebeu ainda no antigo Palácio do Governo em Curitiba um grupo de políticos de Ponta Grossa os quais ele os recebeu muito bem por serem conterrâneos. Nos diálogos ele teria inquirido sobre as condições da região rural do município. Ele perguntou “e daí companheiros como vai a zona por lá”? Um dos políticos presentes respondeu: “Pus óia seu governador a zona tá uma porcaria”. Só tem muié bucho. Num vou mais Manoel Ribas interviu: “Você não entendeu. Pergunto da Rural”. Aaahh bão! A Rural não roda mais, tá parada no parque de máquinas porque quebrô o deferenciar e tá com os quatro peneu careca.”. “Comenta-se outra estória, aliás, a mais contada em todo o Estado, por ser a mais clássica inclusive publicada no jornal „Folha de Londrina” em 28/01/1997. “Estava Manoel Ribas, bem cedinho, antes de começar o expediente de Interventor, trabalhando com as flores dos jardins do Palácio São Francisco e eis que ele encontra um homem simples vindo do interior que queria falar com o “presidente”“. Com a sua personalidade extrovertida para com os mais simples, ele perguntou o que o agricultor queria. Ele disse que uns “grileiros” estavam invadindo suas terras. Neste momento Ribas pergunta o que ele faria se o “presidente” não o atendesse. Na franqueza própria dos homens do campo, saiu o palavrão. "Aí eu mando ele “prá pqp” Algumas horas mais tarde, quando o lavrador foi atendido, durante a audiência, Manoel Ribas pergunta: E se eu não o atender? Ao que o pobre homem respondeu: "Aí fica senhor presidente conforme nóis cumbinemo lá em baixo". Viajou muitas vezes para a Europa. Falava fluentemente o espanhol e o francês. Em 1905 foi convidado pelo seu futuro cunhado Dr. Gustavo Vauthier para organizar a Cooperativa da Viação Férrea do Rio Grande do Sul, em Santa Maria. A primeira ferrovia do Rio Grande do Sul foi construída em 1870 no trecho Porto Alegre a São Leopoldo, e durante o período de 1877 a 1904 foi construído o trecho que vinha de Santo Amaro à Santa Maria. A Estrada foi arrendada a uma Companhia belga que se chamava “Compagnie Auxiliare de Chemins de Fer Du Sud Ouest Brasilien”. Veio trabalhar nela alguns engenheiros belgas, franceses e alemães sendo que um deles, Gustavo Vauthier posteriormente casou-se com uma das irmãs de Manoel Ribas. Foi criado, um armazém para suprimento dos empregados da rede usando-se um sistema de fornecimento bancado pela Companhia e descontado nas folhas de pagamentos dos funcionários. O nome do armazém era Economat. Manoel Ribas trabalhou como funcionário neste armazém, o qual acabou se transformando em cooperativa em 26 de outubro de 1913. Manoel Ribas teve grande participação na fundação desta entidade, a qual se chamou “Cooperativa de Consumo dos Empregados da Viação Férrea do Rio Grande do Sul”. Dado o seu dinamismo e capacidade administrativa ele foi nomeado Gerente Geral. Este cargo ele ocupou de 1913 a 1920 e de 1920 até 1931 foi seu Diretor Comercial, sendo esta função a de maior responsabilidade dentro da Cooperativa, a qual escassa de recursos no seu início, graças a sua habilidade tornou-se um dos centros comerciais mais importantes do Rio Grande do Sul, chegando até importar produtos da Europa para consumo dos cooperados. Na Cooperativa, fundou uma Casa de Saúde, Farmácia Central, e uma rede de farmácias acompanhando o trajeto da estrada de ferro, bem como armazéns, açougues e padarias. Aos filhos dos cooperados proporcionou educação e assistência médica. O crescimento da Cooperativa foi de tal monta, que foi aberto um escritório em Paris, exclusivamente destinado a comprar roupas boas e de bom preço alem de gêneros alimentares que podiam ser importados, só para servir aos cooperados. Em Julho de 1917 aconteceu uma agitação ocasionada por anarquistas infiltrados entre os empregados da ferrovia, que entre outras reivindicações queriam aumento de salário. As escaramuças continuaram e em 14 de Outubro entraram em greve. No dia 20 defronte à Delegacia, uma companhia de soldados estava postada para defender o Telégrafo Nacional, que a turba queria destruir. A força policial do exército atira contra a multidão, morrendo três pessoas, com inúmeros feridos. Manoel Ribas foi o grande negociador conseguindo uma solução amigável junto aos grevistas. A sua participação neste evento fez crescer a admiração do povo santa-mariense.
  • 14. JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 14/22 Ele tinha um especial carinho para com a mocidade. Deve-se a ele a fundação da Escola Profissional de Artes e Ofícios, cuja pedra fundamental foi lançada em 13 de Maio de 1917 e inaugurada no dia 1º de Maio de 1922. Hoje, esta escola chama-se Escola Industrial “Hugo Taylor”. Fundou a Escola Industrial “Cilion Rosa”, no prédio onde atualmente funciona o Colégio Estadual “Manoel Ribas”. Seu prestígio aumentou de tal forma que não teve como não concorrer ao cargo de Intendente, equivalente ao de Prefeito, eleito em 03 de Agosto de 1928 e empossado no dia 03 de Outubro do mesmo ano para o quadriênio 1928 a 1932. Havia falta de água na cidade e não havia esgoto, causando em conseqüência um elevado número de mortes pelo tifo e disenteria. Neste período de governo, a cidade viu realizadas as obras que sanearam em definitivo estes problemas. Manoel Ribas tinha um grande amigo o político gaúcho, Borges de Medeiros, através do qual houve uma aproximação com Getúlio Vargas. Sempre que visitava sua fazenda em São Borja, Getúlio pernoitava da casa de Manoel Ribas, nascendo daí uma amizade muito grande com recíproca admiração. Nesta época teve problemas de saúde, em especial com a visão sendo operado na Europa. Em 1929-1930, o Brasil passou por sérios problemas políticos e financeiros e, ainda para agravar teve que enfrentar a crise do café, o qual que por excesso de produção viu-se com um montante de café estocado, maior que a moeda circulante no país. Ainda a situação mundial agravada pelo crack da Bolsa de Nova Iorque. A situação do governo era crítica. Dois candidatos concorriam para a Presidência da República. Pela oposição, concorria o gaúcho Getúlio Vargas e pela situação o paulista Júlio Prestes (maçom). Era certa a vitória da oposição. Entretanto, como costumava acontecer as eleições eram controladas pelo Governo. No dizer popular da época “até defunto votava”. Getúlio “perdeu” as eleições. Em 03 de Outubro de 1930, irrompe uma mais uma revolução no país e já caminhando para a sua vida caudilhesca em rumo ao Palácio do Catete no Rio de Janeiro, Getúlio Vargas depõe a 24 do mesmo mês o maçom e Presidente do Brasil, Dr.Washington Luiz. (pertenceu quando morava em Batatais-SP à Loja “Filantropia II da qual foi seu fundador e primeiro Venerável”.). O Paraná era governado na época pelo presidente Affonso Alves de Camargo, o qual foi deposto no dia 05 de Outubro pela oficialidade, da 5ª Região tendo a frente, o maçom Major Plínio Alves Monteiro Tourinho, assumindo como Interventor o seu irmão de sangue e também maçom o General Mario Alves Tourinho. Manoel Ribas desfrutava da amizade de Getúlio, e não somente por esta razão, mas também por sua capacidade foi convidado a continuar como Prefeito de Santa Maria já que o cargo de Intendente, com a nova situação nacional deixara de existir, permanecendo no cargo até o dia 10 de Janeiro de 1932, quando então foi convidado para ser Interventor do Estado do Paraná em substituição ao maçom general tenentista Mario Alves Tourinho que se demitira segundo alguns historiadores, em sinal de protesto por causa da descriminação impingida por políticos paulistas contra a expansão da cultura de café no Norte do Paraná, inclusive indo contra os desígnios de Getulio Vargas e segundo outros, porque seu governo enfrentava uma oposição muito grande, inclusive dos gaúchos, que queriam aqui no Paraná um homem da confiança deles sendo que os Tourinho não liam pela mesma cartilha, alem de políticos locais os acusarem de perseguição política, taxavam-no de controlar a administração pública. Diante deste fato o Ministro da Justiça, Osvaldo Aranha e o General Pedro Aurélio de Góes Monteiro, inspetor do 2 Grupo de Regiões Militares que congregava os contingentes do Sul do país acharam por bem que seria melhor substituir o Interventor. O escolhido foi Manoel Ribas, sendo nomeado em 15 de Janeiro de 1932 e empossado no dia 31 do mesmo mês. Esteve durante 13 anos a frente do Governo Estadual sendo que, foi eleito Governador por eleição indireta pela Assembléia Legislativa em 1934, sendo empossado em 12 de Janeiro de 1935, voltando a ocupar a interventoria em 1937, durante todo o período em que durou o Estado Novo, até 29 de Outubro de 1945. Em 13 anos de Governo ele teve a oportunidade de deixar uma considerável soma de realizações. Tinha uma tendência especial para a administração tipo marca pessoal, não confiava em acessores, não era bem visto pelas elites locais, pela sua austeridade e a costumeira truculência. que acabaram por transformá- lo num lendário “Homem-mau”, o que não era a realidade. Também nunca se deu bem com políticos. No hiato constitucional de 1934 a 1937 quando governou com a Assembléia Legislativa foi para ele muito frustrante, pois os deputados da situação o perturbavam com pedidos impossíveis e quando Ribas precisava deles, estes desapareciam.
  • 15. JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 15/22 Em 1928 o Governo Estadual ainda sob o comando da República Velha, concedeu às empresas particulares contratos de colonização excessivamente liberais. Nestes contratos só prevalecia os interesses particulares, sem a preocupação do interesse público. Manoel Ribas fez retornar ao patrimônio do Estado todas as concessões, rescindindo tais contratos, menos com duas colonizadoras, com a Companhia de Terras do Norte do Paraná, subsidiária da firma inglesa Paraná Plantation Ltd. de Londres, a qual comprou do Estado 1.346.480 hectares de mata fechada a 8 mil reis o hectare e a outra colonizadora escolhida foi a do Engenheiro Francisco Gutierrez Beltrão. Assumindo com o aval de Getúlio, Manoel Ribas começou a incentivar o plantio do café, procurando atrair colonizadores de todas as partes do Brasil. Entretanto parece que ninguém acreditava numa valorização tão espetacular como a que ocorreu no setentrião paranaense. Ele tratou à sua maneira de recuperar as combalidas finanças do Estado. As dificuldades econômicas e financeiras pelas quais o Paraná passava nesta época eram reminiscências herdadas do período anterior à Revolução de 1930. Tanto as dívidas internas como as externas eram enormes. Vem dessa época o apelido dado a ele de “Maneco Facão” por funcionários públicos. Com as dívidas que o Estado tinha e mais a máquina administrativa deficitária e “inchada” de empregados ele não teve dúvidas, demitiu o excesso de funcionários para ajudar equilibrar as finanças. Segundo uma forma popular de comentar o fato: “passou o facão.”. Manoel Ribas por ser muito metódico, não chegou a compreender bem na época uma arma extraordinária que era a publicidade e por ser muito honesto, não abria mão dos parcos recursos do Estado para qualquer tipo de propaganda. Hugo Cartier, um jornalista carioca muito conhecido na época em uma entrevista com o carrancudo Governador conta que após mais de duas horas tentando convence-lo desta realidade, recebeu a resposta seca do Interventor: “Não adianta, moço. Comigo é como dar beliscão em guampa de boi”. Acresça-se que o Paraná estava praticamente falido, isto é, sem recursos. O Estado devia muito, os funcionários públicos estavam sem receber a quase um ano, e o crédito do Governo era tão péssimo, que as firmas não se dispunham a serem fornecedoras dos órgãos públicos. Conta-se que numa venda de pneus ao Palácio o fornecedor foi bastante incisivo para com o Interventor. “Para o “seu” Ribas eu vendo, mas para o Governo, não” ao que e foi respondido. “Quem sou eu para ter mais crédito que o Governo? O senhor tirou a nota fiscal errada. Os pneus são para ao Palácio e não para mim. Forneça em nome do Governo do Estado que de agora em diante o senhor vai receber” E assim a compra foi feita para ser paga em 30 dias. A partir daí já havia iniciado a recuperação e o Governo passou a pagar sempre suas contas em dia ganhando de volta a confiança perdida. Em face ao problema financeiro, para reequilibrá-lo, Ribas orientou sua administração no sentido de realizar importantes obras no setor rodoviário, promovendo uma ligação mais eficaz e mais rápida entre as regiões de produção e as de consumo, o que acabou proporcionado um efetivo aumento da arrecadação de impostos. Incentivou a agricultura e a pecuária, construiu estradas, escolas e tratou com muita seriedade a saúde do povo. Entretanto, acusavam Manoel Ribas de apesar de ser um grande incentivador da agricultura, pouco atendeu às necessidades da infraestrutura de energia elétrica, para que o Estado pudesse aproveitar as rendas geradas especialmente pelo café a serem utilizadas na implantação de um parque industrial como havia feito o vizinho Estado de São Paulo e mesmo os cafeicultores reclamavam muito das sobre taxas de impostos sobre o café, pois foi criado o famoso imposto de barreira que os impedia de negociar seus produtos com os estados vizinhos, pelo valor do imposto instituído que era alto. Em 1934 após recuperar as estradas existentes, Ribas ampliou o Porto de Paranaguá e planejou a construção da Estrada do Cerne que foi iniciada em 1935 e terminada em 1940, ligando Curitiba ao Norte, integrando-a com Piraí do Sul-Londrina e Piraí do Sul-Ribeirão Claro. Em seqüência construiu a estrada que liga Curitiba à União da Vitória e reconstruiu a Estrada da Graciosa. Não havia estradas no Paraná, havia caminhos. Assim, sendo onde havia estas “trilhas” Ribas reconstruiu-as, e aonde não havia nem sequer este caminho construiu estradas verdadeiras. Além da Estrada do Cerne que foi a principal, reconstruiu ou construiu a estrada de rodagem de Santo Antonio da Platina a Bandeirantes, de Jataizinho a São Jerônimo, de Jataizinho a Sertanópolis e Colonia l de Maio, nas margens do Rio Paranapanema, de Wenceslau Brás a São José do Paranapanema, de Jacarezinho a Porto Gí, de Siqueira Campos a Quatiguá, de Jataizinho a Bandeirantes e desta a Jaborandí e graças ao Departamento Nacional do Café que custeou em parte as referidas estradas, e a estrada da Ribeira, a de Prudentopolis a Imbituva com saída por Teixeira Soares, de Morretes a Alexandra, de Curitiba a Jacarezinho de Curitiba a São José dos Pinhais Construiu pontes por todo o Estado. Relutou um pouco em construir a ponte sobre o Rio Tibagí em Jataizinho de vital importância
  • 16. JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 16/22 para o escoamento das safras, sendo cobrado de forma bastante rigorosa pelos componentes da Associação Comercial de Londrina no dia sua inauguração em 31/01/1942. A resposta foi “não”. Só que no dia seguinte quando se dirigia muito cedo para Curitiba ele teve que enfrentar um fila de caminhões, carroças carros e etc. que estavam esperando a sua vez de atravessar o Rio pela velha balsa, e ainda por azar, o cabo de aço roto, O Interventor teve que esperar por várias horas e enfrentar a ira dos caminhoneiros que ofenderam o Governo da maneira que quiseram. Chegando à Curitiba, ele enviou dois engenheiros para tratarem da construção da ponte rodoviária sobre o Rio Tibagí, a qual ficou pronta somente em 1944. Quanto à saúde do povo, tomou inúmeras providências, quase sempre em caráter preventivo, mostrando uma mente evoluída, pois hoje a medicina moderna assim conceitua que se torna muito mais fácil e barato prevenir do que curar. Quando assumiu a Interventoria, só havia três hospitais públicos no Paraná: o Sanatório São Sebastião na Lapa, o Leprosário de São Roque e o Hospital Osvaldo Cruz em Curitiba. Ribas organizou a Saúde no Paraná estabelecendo normas e formando técnicos. Construiu o Centro de Saúde de Curitiba, instituiu e programou o controle de doenças venéreas, integrou-o Paraná ao programa nacional contra a malária, desenvolveu programa de prevenção e cura do tracoma que tanto afligia a população do Norte do Estado. Criou inicialmente chefias de Serviços de Saúde em Paranaguá e Jacarezinho, depois em outras cidades, mandou estabelecer e fiscalizar o controle bacteriológico da água que abastecia Curitiba. Alem do mais, criou o Serviço de Polícia Sanitária. A partir de 1938 criou cursos de Enfermeira Visitadora, Guardas Sanitários, cursos intensivos para a formação de Médicos Sanitaristas, os quais eram enviados ao Rio de Janeiro especialmente ao Instituto Osvaldo Cruz, para participarem de cursos sobre Saúde Pública, organização e administração sanitária, administração hospitalar, atualização em tracoma, lepra, doenças venéreas, tuberculose e inclusive sobre a malária e outras doenças que assolavam o Estado, comprometendo a saúde do povo. Criou departamentos de higiene e fiscalização do leite. Atacou de frente o problema dentário infantil. Construiu hospitais em muitas cidades do interior, ampliou os já existentes e dotou-os de aparelhagem de última geração para a época, enfim, teve uma visão de tal maneira moderna a respeito de Saúde Pública que se formos analisar, até a presente data encontramos reflexos das medidas tomadas por Ribas em seu tempo. Construiu o Instituto de Biologia e Pesquisas Tecnológicas, que posteriormente passou a ser chamar Tecpar. Construiu a Escola de Trabalhadores Rurais, (depois Escola de Florestas da Universidade do Paraná), a Escola Técnica de Curitiba, (depois, Centro Federal Tecnológico). Construiu a Penitenciária de Piraquara, instalou o Campo de Aviação, a Fábrica de viaturas, e ainda conseguiu verbas para a ampliação dos Quartéis 15 B.C. e do 9 R.A.M. Em 1938 mandou confeccionar nova carta geográfica do Estado, pois a última datava de 1932. Não fossem suas gestões junto ao Governo Federal, não teríamos em nosso Estado as Indústrias Klabin o maior complexo de celulose e papel do país. Um dos outros setores, talvez o mais importante para o Estado, foi o da agricultura. Fomentou a produção de café algodão centeio milho, arroz, batata e trigo, distribuindo sementes selecionadas. Ele sempre dizia que o Paraná seria ainda o celeiro do Brasil. O café que entrou no Paraná, vindo do Estado de São Paulo via Ribeirão Claro em 1892, no Norte Velho, foi tomando impulso tal em poucos anos sua produção tinha alcançado cifras inimagináveis. Era o Eldorado sonhado por muitos que estava acontecendo. Todavia, à medida que as lavouras paranaenses avançavam, o Paraná estava sendo vítima do seu próprio desenvolvimento, pois o machado o fogo e a ganância dos colonizadores devastaram suas frondosas matas, apesar do Governo tentar impor as normas contidas no Código Florestal. Com relação à instrução do povo, iniciou a construção do Colégio Estadual do Paraná em Curitiba, inaugurou inúmeras escolas no interior, remodelando as já existentes e construindo outras. Padronizou o estudo em todos os grupos escolares do Estado. Entretanto, dado o grande número de colonos estrangeiros existente do território paranaense, Ribas foi obrigado a tomar medidas drásticas voltadas para nacionalização do ensino logo após a implantação do Estado Novo, tendo em vista a influência dos países do Eixo nessas áreas. Em 1938 Ribas baixou um decreto, obrigando que os professores de História do Brasil, Língua Portuguesa e Geografia fossem brasileiros natos e que todas as aulas fossem dadas em português e que nenhuma escola recebesse
  • 17. JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 17/22 subvenção de países estrangeiros. Os colonos reagiram especialmente os alemães e japoneses, sendo que em alguns locais as escolas se tornaram clandestinas. Comentando finalmente mais algumas facetas do grande estadista, sabe-se que ele adorava o turfe, sendo um assíduo freqüentador do Hipódromo do Guabirotuba em Curitiba. “Ele fomentou a criação de cavalos de corrida com a introdução de reprodutores especialmente da raça inglesa e de lotes de cavalos poercheron” da Argentina para o uso dos colonos e cavalos “yorkshire” destinados à Cavalaria das forças armadas. Com relação à pecuária foi importante, a importação de reprodutores de gado da raça, “jersey” multiplicada nos diversos postos de zootecnia do Estado e animais da raça “indu-Brasil” “holandês” “nelore” começaram a ser introduzidos no Estado através do posto Zootécnico de Cambará. Na suinocultura, desenvolveu-se a partir de três raças criadas nos postos zootécnicos, sendo duas mistas para banha e carne “duroc-jersey” e “berkshire” e uma para banha a “poland-China” com distribuição ampla para todo o Estado, pelo sistema de venda pelo preço de custo. Quando analisamos a vida pública de Manoel Ribas, sentimos que ela foi profícua para o Estado. Mas os paranaenses jamais o perdoaram, o fato de ele aceitar sem nenhum protesto, sem uma única oposição sequer, o ato do Presidente da República ter criado o Território Federal do Iguaçú, que tolheu do Estado quase um terço do seu território. Este fato custou muito prestigio político do Manoel Ribas. A campanha em favor da extinção desse território federal teve Bento Munhoz da Rocha Neto como líder, finalmente conseguido. Sabe-se que Manoel Ribas, pessoalmente jamais aceitou a criação do território, mas sua lealdade ao Presidente Vargas o fez calar. Getúlio tinha tanta confiança no velho Interventor que nunca lhe pediu uma prestação de conta de seu governo. A partir de 1943, iniciou-se uma oposição interna muito grande a Manoel Ribas, de tal forma que chegaram até enviar uma documentação ao Ministro da Justiça, Osvaldo Aranha, denunciando violências, abuso de poder, expropriação de terras etc. No final deste ano chegou a ser articulado um movimento para a sua substituição. Ele foi organizador no Paraná do Partido Social Democrático, chegou a ocupar a presidência do diretório regional e concorreria ao Governo do Estado por este Partido caso não viesse a falecer. Não tolerava os partidários da União Democrática Nacional. Manoel Ribas foi deposto da Interventoria, em 29 de Outubro de 1945, quando aconteceu a deposição de Vargas decretando assim o final do Estado Novo. Mas só passaria o cargo ao Juiz Clotário de Macedo Portugal em 03 de Novembro do mesmo ano, tentando desde esta data articular sua candidatura para Governo do Estado nas eleições de 1946. Faleceu em 28 de Janeiro de 1946. Temos a certeza de que acabava de partir para o Oriente Eterno, um Irmão que sem sombra de dúvida, foi um Homem público, além de seu tempo... Apesar de ter caído no anedotário popular, coisa do povo, entende-se ele é homenageado por ter sido uma pessoa correta, grande administrador e que só pensou no seu Estado. Por isso em muitas cidades do Estado levam seu nome em ruas, praças, escolas e até existe no interior do Paraná uma cidade chamada Manoel Ribas. E existe uma loja maçônica em Foz do Iguaçu com o nome Loja Maçônica Manoel Ribas Em Santa Maria- RS o maior complexo escolar da cidade leva seu nome. . VIDA MAÇÔNICA DE MANOEL RIBAS Muitos Maçons sempre duvidaram que Ribas tivesse sido Maçom. Havia algumas vagas citações, porem sem provas cabais. Consultamos um Irmão de nome José Luiz da Silveira escritor maçônico de Santa Maria no Rio Grande do Sul, e para surpresa nossa após pesquisas, consultando atas antigas ele nos confirmou que de fato Manoel Ribas havia sido iniciado na Maçonaria. O Grande Oriente do Rio Grande do Sul, muito gentil e solícito forneceu xerox de vários documentos comprobatórios confirmando assim a sua iniciação. Manoel Ribas foi iniciado na Loja “Honra e Verdade” de Santa Maria da Boca do Monte em 18 de Abril de 1914. Sabemos através destes documentos que o Irmão Manoel Ribas chegou ao grau 03, inclusive sendo l Vigilante da referida Loja. Esta Loja que se reunia no Templo da Loja “Luz e Trabalho” havia sido fundada em 14 de
  • 18. JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 18/22 Março de 1914, conforme ato n 204, cadastro n 96 de 23 de Fevereiro do mesmo ano assinado pelo Grão- Mestre James de Oliveira Franco do Grande Oriente do Rio Grande do Sul. O Quadro de Obreiros datado de 08 de Outubro de 1914, leva entre outras assinaturas a do Irmão Manoel Ribas como l Vigilante. Em realidade, logo a seguir a Loja adormeceu. Parece que também a vida maçônica de Manoel Ribas, pelo menos no que tange a militância dentro de uma Loja foi efêmera. Segundo nos escreveu o Irmão Secretário Executivo do Grande Oriente do Rio Grande do Sul, durante o tempo em que ele permaneceu naquele Estado, não se filiou a outra Loja. Seu filho Gustavo, em entrevista com um Irmão, referiu que seu Pai, freqüentava a Loja “Luz e Trabalho”. É possível que após o adormecimento de sua Loja-Mãe, ele continuasse freqüentando esporadicamente a Loja citada. É apenas uma hipótese, pois é claro que ele seria convidado a pertencer ao Quadro da Loja no Templo da qual funcionava a sua Loja que abatera colunas, e, no entanto, não há registro desta possibilidade. Em Curitiba, não conseguimos encontrar documentos antigos que comprovem que ele tenha se filiado a alguma Loja. Mas, parece que nunca negou a sua condição de maçom, pois os relatos que temos de maçons antigos é que ele jamais negou atendimento na qualidade de Irmão, a quem se identificasse como tal. Interessante que durante o ano de 1936 o Irmão Dario Nogueira dos Santos, escritor maçônico, Venerável da Loja “Perseverança” de Paranaguá na época, quando maior era a perseguição que a Ação Integralista Brasileira movia contra a Maçonaria, envia um oficio ao Governador Manoel Ribas, onde o cita como Irmão. Em 1937 a doutrina Integralista estava de tal maneira infiltrada no Brasil que até muitos auxiliares diretos de Getúlio eram integralistas. O próprio Governo estava repleto deles. Um pouco tempo antes de Getúlio Vargas dar o golpe final, acabando de vez com o Integralismo no país, pois este estava ameaçando a própria estabilidade do Governo, houveram por bem espalhar que Getúlio tinha fechado a Maçonaria no Brasil. Os Governos estaduais que eram “camisas-verdes” aproveitaram a oportunidade por sua própria conta para cerrar as portas das lojas maçônicas. Em realidade um general de nome Newton Cavalcanti estava pressionando o Presidente para que ele fechasse a Ordem. Todavia, o General Moreira Guimarães, Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, apelou para o General Protásio Vargas, que era maçom e irmão carnal de Getulio, para que tal não sucedesse. Em 06/01/1938 o General Meira Vasconcelos declarou publicamente que tal ordem jamais fora dada e a notícia foi ao ar por quatro vezes naquele dia através da Radio Nacional Um fato ocorreu envolvendo Manoel Ribas que por certo ilustra muito bem que ele sempre se considerou um Irmão. Em 1937, justamente aproveitando esta tendência, o Comandante da 5ª Região Militar sediada em Curitiba, ordenou que se fechasse a Maçonaria no Paraná. O fato levado ao conhecimento do Interventor, este se dirigiu à Praça Zacarias, onde estava situado o Templo da Loja “Fraternidade Paranaense” apanhou as chaves, abriu as portas, assistiu a uma Sessão e em seguida informou o Dr.Getúlio (assim ele o chamava), o qual afastou imediatamente o referido militar do posto. Getúlio Vargas tinha tradição maçônica na sua Família. Ele próprio não era maçom. Entretanto seu Pai, o General João Manoel do Nascimento Vargas, herói da Guerra do Paraguai e Revolução Federalista, “pica-pau” convicto, foi iniciado no dia 24/06/1876 na Loja “Vigilância da Fé” em São Borja. O irmão de Getúlio, o General Protásio Vargas também era maçom e, seu outro irmão Coronel Viriato Dorneles Vargas foi iniciado posteriormente na Loja “Brasil” do Rito Brasileiro em 18/09/1942 no Rio de Janeiro. Infelizmente, não temos maiores dados sobre a vida maçônica do Irmão Manoel Ribas. Entretanto, fica desfeita a dúvida, ele foi realmente de fato, maçom. Manoel Ribas foi um daqueles maçons que são mais úteis à Maçonaria e seus princípios, fora dos templos que dentro deles. Entretanto, mesmo sem ter Getúlio fechado a Maçonaria algumas Lojas do Paraná desapareceram para sempre. A Loja “Cyro Vellozo” de Prudentópolis foi uma delas, que encerrou suas atividades e nunca mais reergueu suas colunas. A Loja “Philantropia Guarapuavana” fechada em 1937, só voltou a funcionar oficialmente em 1950, mas nunca deixou de se reunir. Algumas Lojas fechadas como “Amor e Caridade” II “de Ponta Grossa, União III de Porto União, “Fraternidade Paranaense” de Curitiba “Cardoso Junior” de Curitiba, “Acácia Paranaense” de Curitiba, “Giuseppe Garibaldi” de Curitiba, e “Jacques de Molay” de Cambará encerraram suas atividades por pouco tempo”.
  • 19. JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 19/22 Todavia, após o golpe de Estado perpetrado por Getúlio em 1937, uma lei-decreto de 02/12/937 dissolveu todos os partidos políticos, inclusive o Integralista, que assim deixou de perseguir a Maçonaria. Tentaram sobreviver através de uma Associação Brasileira de Cultura, que também foi proibida pelo Governo. Em 11/05/1938 tentaram um golpe de estado armado cercando o Palácio de Guanabara onde estava Getúlio e sua Família, mas foram dominados facilmente. Plínio Salgado, o líder integralista foi exilado. A Maçonaria no Paraná na época de Manoel Ribas compunha-se de poucas Lojas, mas eram muito atuantes, especialmente as da capital do Estado. O Grande Oriente do Brasil mantinha aqui um Delegado, que coordenava as atividades das Lojas. O Grande Oriente do Paraná só viria a ser fundado como potencia em 1952. Em 1941 foi fundada a Grande Loja do Paraná. Como já frisamos Manoel Ribas, não era de frequentar Lojas, inclusive dado o fato de trabalhar muito como Interventor e praticamente não ter tempo, mas nunca negou ser maçom, gostava muito da Ordem, e ajudava-a, bem como aos Irmãos sempre que possível. Este é o relato de Irmãos contemporâneos aos fatos. – Hercule Spoladore Referências CASTELLANI, José - Os Maçons que fizeram a História do Brasil -Editora “Gazeta Maçônica”- São Paulo - 1990 DIENSTABACH, Carlos - A Maçonaria Gaúcha - Historia da Maçonaria e das Lojas do Rio Grande do Sul. Editora Maçônica “A Trolha”- Londrina – 1999 PROBER, Kurt - Achegas para a História da Maçonaria Paranaense Editora “Príncipes Gráfica” Rio de Janeiro - 1986 PROBER, Kurt - Coletânea A Bigorna Editora „A Trolha”- Londrina - 1989 - SANTOS, Dario Nogueira dos - Ação Histórica da AugResp Benf Loja Perseverança de Paranaguá (Livro não publicado) SILVEIRA, José Luiz -Revelações históricas da Maçonaria Editora “Pallot” - Santa Maria - Março de 1995 TOURINHO, Luiz Carlos P. - "Toiro Passante” IV Tempo de Republica Getulina. Estantes Peronistas Works Informática-Curitiba - 1991 VIANNA, Brasil - As mentiras da Austeridade Gráfica “Tupy” Rio de Janeiro - 1960. WACHOWICZ, Ruy C. - História do Paraná Editora “Gráfica Vicentina Ltda.”-Curitiba - 1989. GRANDE ENCICLOPEDIA DELTA LARROUSE DICIONARIO HISTÓRICO BIOGRAFICO DO ESTADO DO PARANÁ - Editora “Livraria do Chaim”- Curitiba - 1989 HISTÓRIA DO PARANÁ - Grafipar - Gráfica Editora Paraná Cultural - Vols. I e III- Curitiba – 1995. Revistas PANORAMA - n 360 - Ano 36 -Agosto 1986 - “Manoel Ribas” Artigo de Samuel Guimarães Costa INTERCÂMBIO - “A obra do Interventor Manoel Ribas”. - Dezembro de 1943 Jornais “Gazeta do Povo” -23/10/73 Artigo: “Centenário Esquecido” de Raquel C. do Amaral “Folha de Londrina” 28/06/97 “Desaparecimento de Ribas faz 50 anos” Denilson Rodo, Luiz Geraldo Mazza e Sergio de Almeida - todos de Curitiba. “Folha de Londrina” - de 08/06/1997 - Encarte especial “60 anos da ACIL” “Paraná-Norte” ano 1945 números 592, 596, 619, 623, e 672. Trabalhos “Avenida Manoel Ribas Manoel Ribas Interventor-1932” Maria Nicolas – Curitiba “Manoel Ribas” Regina da Luz César Benjamin - Londrina - “Ação Integralista Brasileira e a Maçonaria Paranaense - Hercule Spoladore-Londrina Biografia de Manoel Ribas‟ Vera Lucia P. Santagalo- Santa Maria -.
  • 20. JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 20/22 1) A Administração para 2014 V.'. M.'. - Ir.'. Emílio César Espíndola; 1o. Vig.'. - Ir.'. Gilberto Goulart; 2o. Vig.'. - Ir.'. Nilo Bairros de Brum. Sec.'./M.'. C.'. (Ad Hoc) - Ir.'. Mohamad Ghaleb Birani; 5 – destaques jb Resenha Geral ARLSE.·. Fraternidade do Mercosul Nº 70 (GOSC) atividade dos meses de Janeiro e Fevereiro. GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA - GOSC/COMAB Loja Especial “União e Fraternidade do Mercosul” nº 70 RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO - FUNDADA EM 31/01/1998 Programação Janeiro: 13.01.2014: Abertura dos Trabalhos de 2014 da ARLSE Mercosul com o Ser.'. Grão- Mestre, Ir.'. Alaor Francisco Tissot e Palestra com o Ir.'. Nilo Bairros de Brum, com o tema, "Os Precursores do Mercosul". * 27.01.2014 - Palestra com o Ir.'. Luciano Pinheiro, com o tema "Maçonaria e Religião"; Fevereiro * 10.02.2014 - Palestra com o Ir.'. Gilberto Goulart, com o tema "A Independência dos Estados Unidos da América e a Revolução Francesa"; * 24.02.2014 - Palestra com o Ir.'. Eleutério Nicolau da Conceição, com o tema “Som, Luz e Percepção" Local das Sessões: Será o mesmo de sempre, ou seja, o Templo do ARLS.'. Fraternidade Catarinense, na SC-401, em frente à ACM, conforme as datas acima referidas (13.01 - 27.01 - 10.02 - 24-02), às segundas-feiras, com início às 20:30 (vinte e trinta) horas.
  • 21. JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 21/22 1 – Show e3m Istambul: Http://www.youtube.com/watch_popup?v=quhlxIqw_EA&feature=youtu.be 2 - Clip da NASA - Uma sincronia em cadeia estupenda. http://www.youtube.co/embed/XRCIzZHpFtY?rel=0 3 – Abra o link abaixo e veja www.youtube.com/watch_popup?v=BOjOGKu3jTc&feature Rádio Sintonia 33 & JB News. 24 horas com você. Música, Cultura e Informação o ano inteiro. Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal. www.radiosintonia33.com.br
  • 22. JB News – Informativo nr. 1.226 Florianópolis (SC), sexta-feira, 10 de janeiro de 2014. Pág. 22/22 O colosso chamado Balneário Camboriú - SC