1. RESUMO
SÍNTESE
TEXTO CONTRAÍDO
C O M E N TÁ R I O
T E X T O A R G U M E N TAT I V O
RECENSÃO CRÍTICA
ENSAIO
REFLEXÃO
D I S S E R TA Ç Ã O
2. O resumo é uma actividade de reformulação que se exerce sobre qualquer
tipo de texto, com o objectivo de o escrever de novo sob forma mais
reduzida, preservando com o máximo rigor o essencial da informação que
ele veicula.
Na prática, qualquer tipo de texto pode prestar-se a um bom número de
exercícios destinados a abreviá-lo e a extrair dele o conteúdo informativo
mais importante.
3. Os novos textos assim produzidos, envolvendo todos a ideia comum de redução, não são
sinónimos nem apontam para os mesmos objectivos finais.
Salienta-se, desde logo, a grande variedade de terminologia utilizada para os designar:
Contracção
Esquema
Condensado
Resumo
REDUÇÃO DE Sumário
TEXTO
Síntese
Sinopse
Súmula
4. No que importa à matéria do resumo de texto, será importante distinguir o
que caracteriza cada um dos tipos de texto.
De comum, todos eles têm uma característica: resultam de procedimentos
que conduzem a textos necessariamente mais curtos, partindo de um texto-
fonte inicialmente mais extenso.
O resumo de texto deve apresentar três características fundamentais,
relativamente ao texto-fonte: ser menos extenso; manter o máximo de
fidelidade ao seu conteúdo informativo; e apresentar-se formalmente
original (ou seja, com variantes lexicais e morfossintácticas face ao texto-
fonte) e linguística e gramaticalmente correcto.
5. A contracção de um texto-fonte é uma operação de
condensação da informação que consiste em produzir
um texto novo em que as ideias ou unidades
significativas e fundamentais do primeiro aparecem
praticamente transcritas no segundo.
Para além da aplicação das regras de supressão e de
selecção, transformam-se construções frásicas
complexas em estruturas mais simples; mantém-se a
sequencialização e a ordenação das ideias do texto-
fonte.
6. Esta é uma das técnicas familiares a quem tem de fazer um resumo, embora a
contracção não possa ser entendida como sinónimo de resumo, pois este
requer uma capacidade e um domínio de língua que ultrapassam a simples
eliminação de informação e a obediência estrita a segmentos e sequências do
texto-fonte.
Assim, muitos dos procedimentos enunciados para o resumo também são
válidos para a contracção, com excepção da preocupação em diversificar o
vocabulário e diferenciar o texto de chegada face ao do autor original.
Uma das virtudes a obter com o processo de contracção de texto é a concisão
do discurso.
7. A contracção é o novo texto obtido, após terem-se suprimido segmentos textuais
cuja informação é acessória para a compreensão do conteúdo mais importante do
texto-fonte. Resulta da aplicação de técnicas ou regras específicas (a selecção e a
supressão).
Este texto, que não altera a ordem das ideias, formas vocabulares, pessoas
gramaticais, tempos e modos verbais, é formalmente semelhante ao texto inicial. É
designado por texto intermédio.
8.
9. O texto condensado é a versão saída da contracção (texto intermédio),
anteriormente obtida e sobre a qual vai exercer-se, agora, um exercício de
generalização e construção, duas das técnicas ou regras específicas que serão
igualmente objecto de estudo mais pormenorizado. Este novo texto precede
a redacção final do resumo. O que caracteriza já este novo texto, e o distingue
claramente da contracção, é a originalidade formal, a fidelidade às ideias do
autor, ao seu encadeamento e ao tipo de relações estabelecidas entre as
diversas partes da estrutura do texto a resumir.
10. O resumo melhora o conteúdo e a forma do
texto condensado, retendo-lhe a
originalidade, a estrutura, o encadeamento
lógico até aí conseguidos através da aplicação
das técnicas específicas, mas reorganizando-o
e integrando-o de modo a obter um texto final
mais coerente, coeso, claro e, sobretudo,
formalmente mais aperfeiçoado.
Nisto se distingue, portanto, do texto
condensado.
11. Para elaborar um resumo, é útil dividir o trabalho em duas fases:
1ª - Compreensão do texto original
Leitura global;
Leitura para descoberta da organização do texto
- levantamento das ideias ou factos essenciais do texto
- detecção do seu encadeamento
12. 2ª- Construção do novo texto (resumo):
Selecção das ideias ou factos essenciais do texto original que constarão do resumo;
Supressão das palavras ou frases referentes a ideias ou factos secundários;
Substituição de palavras ou frases do texto original, por outras que tornem mais
económica a expressão, devendo excluir-se as transcrições;
Redacção em linguagem clara e precisa do resumo, atendendo a:
- ordem pela qual as ideias ou factos são apresentados no texto original;
- transformação do discurso directo em indirecto;
- articulação de parágrafos e frases, recorrendo a palavras ou expressões que
Indiquem o tempo, o espaço, o modo, a causa, a consequência (advérbios,
conjunções, locuções adverbiais ou conjuncionais);
- número de palavras ou de linhas proposto, ou o limite de metade ou um terço do
texto original, caso não haja imposição prévia.
13. A síntese é uma forma de contracção textual e
pressupõe a compreensão global de um texto e a
redacção de um outro a partir do texto-fonte.
Na síntese devem constar apenas as ideias nucleares
do texto-fonte, aquelas que são absolutamente
essenciais para que se mantenha o sentido
fundamental do mesmo.
Os fragmentos textuais que constituem a síntese
devem apresentar uma perfeita coesão entre si e
traduzir apenas a ideia global do texto-fonte.
14. Na síntese, salientam-se as ideias essenciais de um texto, sem preocupação
de as estruturar de acordo com a ordem pela qual o autor as apresenta, mas
segundo a importância que lhes atribui quem executa esta tarefa.
Na prática, é como que uma interpretação, um comentário do conteúdo
mais importante de um texto-fonte, na perspectiva do leitor, mas sem o
rigor exigido a um texto de resumo.
Aplicada sobre um pequeno texto traduz-se, quase sempre, por uma frase
complexa, mais ou menos extensa. A síntese é utilizada sobretudo quando é
necessário reunir o essencial de vários textos longos e heterogéneos, para
deles se reter uma visão de conjunto. Em ambos os casos, será sempre um
articulado final mais subjectivo que o resumo, eventualmente ainda mais
curto, de função tendencialmente opinativa e metalinguística.
15. Para elaborar uma síntese devemos estruturar o trabalho em duas fases:
Primeira - Compreensão do texto original
- leitura global do texto
- detecção das ideias e factos fundamentais
-sublinhado das articulações lógicas e dos exemplos.
Segunda - Redacção da síntese
- o texto da síntese é apresentado na terceira pessoa
- o autor da síntese detém a liberdade no que diz respeito à ordem e organização
das ideias
- no caso de existirem vários textos, devemos sintetizá-los a partir da sua
confrontação
- as posições dos autores dos textos a sintetizar são indicadas no discurso
indirecto
- deve privilegiar-se um discurso conciso e claro
- não se deve ultrapassar o número de palavras proposto.
(A síntese de um texto deverá ser mais curta do que o resumo desse mesmo texto.)
16.
17.
18. A TA B E L A A S E G U I R A P R E S E N TA D A P E R M I T I R Á A V A L I A R
ALGUNS DOS CRITÉRIOS
D I S T I N T I V O S D O S T R Ê S T I P O S D E P R O D U Ç Ã O E S C R I TA
AT É A Q U I C O N S I D E R A D O S , A S S E N T E S E M
COMPETÊNCIAS LINGUÍSTICAS QUE INTERESSARÁ
T R E I N A R E R E C O N H E C E R C O M O D I S T I N TA S .
19. CONTRACÇÃO RESUMO SÍNTESE
Redução do 1/4 1/3 (aproximadamente), 1/3 (aproximadamente)
texto (aproximadamente) se não houver indicações
original precisas
Texto de chegada Texto de chegada Texto de chegada
muito próximo do TF, próximo do TF, próximo do TF,
assumindo a assumindo a supressão, assumindo a supressão,
Relação com o
supressão e a selecção, generalização e selecção, generalização
texto-fonte (TF)
selecção da integração da e integração da
informação. informação. informação.
Ordenação das Mantém-se Mantém-se inalterável. Liberdade na ordem e
ideias face ao inalterável. na organização das
TF ideias.
Mantém-se o do Mantém-se o do texto- Alterável (tende para a
texto-fonte. fonte conservando as avaliação e apreciação,
Tipo de
pessoas e tempos pelo que deve destacar
discurso
verbais. a ideia nuclear e a
face ao TF
intencionalidade do
autor).
20.
21. O que é um comentário de texto?
Poderíamos começar por dizer que comentar um texto é
ir reflectindo, pouco a pouco, no porquê do que está
escrito, e fazê-lo com maior ou menor profundidade, de
acordo com os conhecimentos que possuímos e também
com a nossa própria experiência que, embora limitada,
em alguns casos, deve vir sempre em primeiro lugar.
Quem escreve, não o faz com a intenção de produzir
material para análise; fá-lo para dar prazer ou para
comunicar os seus pontos de vista.
22. O que se pretende com o comentário de textos?
Quando se comenta um texto, deve ter-se sempre presente que os dois
objectivos fundamentais são:
1. Precisar o que diz o texto.
2. Mostrar como o diz.
Objectivos que podem ser conseguidos a qualquer nível, elementar ou
avançado, conforme a cultura, literária em que se apoie e a amplitude crítica
que pretenda atingir quem utilizar o método proposto.
23. Como fazer um comentário de texto
Um comentário de texto não é um comentário sobre o
autor, nem deve ser um pretexto para divagações à volta
do texto.
É um trabalho que parte do texto como unidade
significativa, constituída por significante e significado, e
conduz a uma interpretação de cada leitor.
Não há um método único de comentário. Há, sim, várias
abordagens possíveis de um texto literário.
24. Etapas
Explicar
Incluiu dois momentos:
•compreensão do texto
•análise do seu conteúdo
Comentar
Produção do texto:
•ordenação dos elementos de interesse descobertos na etapa anterior
Esta etapa contempla três fases:
•a descritiva – apresenta as ideias principais e secundárias do texto,
estabelecendo relações entre elas
•a interpretativa – contém a busca das várias significações do texto
•a apreciativa – apresenta o juízo crítico pessoal sobre o conteúdo.
25. Argumentar é expressar uma convicção, um ponto de
vista, que é desenvolvido e explicado de forma a persuadir
o ouvinte/leitor.
Para isso é necessário que apresentemos um raciocínio
coerente e convincente, baseado na verdade, e que
influencie o outro, levando-o a agir/pensar em
conformidade com os nossos objectivos.
Deve ser claro e ter riqueza lexical, podendo tratar
qualquer tema ou assunto.
26. Como se constrói um texto argumentativo?
1. A construção de um texto argumentativo deve ter em conta a sua finalidade e
também a pessoa a quem se destina. Deve, pois:
Usar um registo adequado ao objectivo, ao contexto e ao destinatário;
Respeitar os mecanismos de coerência semântica e sintáctica;
Utilizar referências de conteúdo que o destinatário possui, para que este o
possa interpretar correctamente.
27. 2. PROGRESSÃO TEMÁTICA
2.1 Estrutura do texto
1º Introdução – Parágrafo inicial no qual de apresenta a tese (ideia que se quer
defender);
2º Desenvolvimento – Análise/explicitação da tese; apresentação dos
argumentos que provam a verdade da tese: factos, exemplos, testemunhos,
citações, dados estatísticos….
3º Conclusão – Parágrafo final, no qual se apresenta uma síntese do
desenvolvimento.
2.2 Escolha e ordenação dos argumentos
Para uma correcta construção argumentativa é fundamental a escolha dos
argumentos que suportam a demonstração da tese. Eles devem ser pertinentes e
coerentes, apresentados de forma lógica e articulada e organizados por ordem
crescente de importância.
28. 3. ARTICULAÇÃO E COESÃO DO DISCURSO
O texto deve apresentar-se como um todo coeso e articulado. Para tal devem ter-se
em conta os seguintes elementos linguísticos:
Correcta estruturação e ordenação das frases;
Uso correcto dos conectores do discurso (revê este assunto numa gramática)
Respeito pelas regras da concordância;
Uso adequado dos deícticos (determinantes, pronomes, advérbios) que
evitam as repetições dos nomes;
Utilização de um vocabulário variado, com recurso a sinónimos, antónimos,
hipónimos e hiperónimos.
Qualidades do texto argumentativo:
Rigor, clareza, objectividade, coerência, sequencialização, riqueza lexical
29. É constituído por um primeiro parágrafo curto, que deixe a ideia no ar,
depois o desenvolvimento deve referir a opinião da pessoa que o escreve,
com argumentos convincentes e verdadeiros, e com exemplos claros. Deve
também conter contra-argumentos, de forma a não permitir a meio da
leitura que o leitor os faça. Por fim, deve ser concluído com um parágrafo
que responda ao primeiro parágrafo, ou simplesmente com a ideia chave da
opinião.
30. O texto dissertativo-argumentativo geralmente apresenta uma estrutura
organizada em três partes:
•a introdução, na qual é apresentada a ideia principal ou tese;
•o desenvolvimento, que fundamenta ou desenvolve a ideia principal;
•e a conclusão.
Os argumentos utilizados para fundamentar a tese podem ser de diferentes
tipos: exemplos, comparação, dados históricos, dados estatístico, pesquisas,
causas socioeconómicas ou culturais , depoimentos - enfim tudo o que possa
demonstrar o ponto de vista defendido pelo autor tem consistência.
A conclusão pode apresentar uma possível solução/proposta ou uma síntese.
Deve utilizar título e utilizar variedade padrão de língua.
31. Uma recensão é um trabalho de apresentação de
uma obra literária.
Numa recensão crítica de um texto literário não
pode perder de vista a origem do acto crítico
(crítica vem do grego krínein, que significa isolar,
separar, destacar o particular), mas deve
distanciar-se do registo meramente subjectivo de
uma opinião arbitrária sobre o texto lido.
32. A recensão crítica é um trabalho de síntese que revistas e jornais científicas
publicam geralmente logo após a edição de uma obra, com o objectivo de a
divulgar. Não é a mesma coisa que um resumo.
O resumo deve-se limitar ao conteúdo do trabalho, sem qualquer julgamento de
valor. Já a recensão vai além, resume a obra e faz uma avaliação sobre ela,
apresentando as suas linhas básicas. Avalia-a e acentua os seus pontos fortes e
fracos.
A recensão pode ser de um ou mais capítulos ou de um livro inteiro ou artigo de
revista. Apresenta falhas, lacunas e virtudes, explora o contexto histórico em que a
obra foi elaborada e faz comparações com outros autores.
33. A recensão deve situar a abordagem teórica do autor, inserir o autor numa
determinada tradição, escola, paradigma ou perspectiva.
Conhecida como resumo crítico, a recensão só pode ser elaborada por alguém com
conhecimentos na área, pois a sua elaboração exige opinião formada, pois o recensor
avalia a obra, sustentando as suas considerações e deve fundamentá-las seja com
evidências extraídas da própria obra ou de outras de que se valeu para elaborar a
recensão.
Se o resumo do conteúdo da obra não está bem feito, o leitor que não a conhece
encontrará dificuldades em acompanhar a análise crítica. Se, por outro lado, o
recensor se limita a relatar o conteúdo, sem julgá-lo criticamente, ele estará
escrevendo um resumo e não uma recensão crítica.
34. Uma recensão deve identificar:
1) o título do livro
2) o autor
3) a editora
4) a cidade de edição
5) o ano de edição
6) nome do tradutor (caso se aplique)
7) nome do ilustrador (caso se aplique)
Quanto ao conteúdo, a recensão deve incluir:
1. Uma sinopse da obra.
2. Uma contextualização do autor/obra numa determinada tradição, escola ou
perspectiva.
3. O ponto de vista do recenseador - leitor da obra -, apresentando
sucintamente os pontos fortes e os pontos fracos da obra.
35. Ensaio é um texto literário breve, situado entre o
poético e o didáctico, expondo ideias e pontos de
vista, críticas e reflexões éticas e filosóficas a
respeito de certo tema. Procura originalidade no
enfoque, sem, contudo, explorar o tema de
forma exaustiva.
É essencialmente um texto argumentativo em
que se defende uma posição sobre um
determinado problema.
36. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjectivo sobre um
tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental,
literário, religioso, etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou
provas empíricas ou dedutivas de carácter científico.
O ensaio se divide em formal ou discursivo e informal ou comum.
No formal, os textos são objectivos, metódicos e estruturados, dirigidos
mais a assuntos didácticos, críticas oficiais, etc...
Já o informal é mais subjectivo e caprichoso em fantasia, o que o torna
menos denso. Neste caso assume a forma livre e assistemática sem um estilo
definido.
37. Sendo um texto argumentativo o ensaio deve mostrar que o seu autor sabe
relacionar clara e correctamente os problemas, teorias e argumentos em
causa. Por isso deve ter a forma de resposta a uma pergunta. Pergunta essa
à qual se deve poder responder com um "sim" ou com um "não", procurando
avaliar criticamente os principais argumentos em confronto, de modo a
tomar uma posição pessoal na disputa.
Num ensaio não se pode limitar a dar a sua opinião. Tem também de avançar
com argumentos e de responder aos argumentos contrários. Caso não lhe
pareça possível defender uma das partes, deverá dizer, de forma
argumentada, porquê.
38. Como se deve estruturar o ensaio?
O ensaio deve ser estruturado de acordo com as seguintes seis fases:
Formular o problema e esclarecer de forma rigorosa o que está em causa.
Mostrar a importância do problema.
Apresentar o mais claramente possível a tese que se quer defender.
Apresentar os argumentos a favor dessa proposição.
Apresentar as principais objecções ao que acabou de ser defendido.
Responder às objecções e tirar as suas conclusões.
39. De acordo com a finalidade os ensaios podem ser:
Ensaio Ensaio Ensaio de
Ensaio descritivo Ensaio narrativo Ensaio reflexivo
explicativo comparativo persuasão
pretende
inicia-se com
convencer o
leitor sobre as uma
apresenta, de descreve uma ideias ou proposição e
forma sucessão de opiniões do um
expressiva, eventos a partir autor. O autor argumento, a
tem por visa
objectos, de uma precisa (a) seguir
objectivo demonstrar
locais e perspectiva demonstrar que apresenta
descrever um relações e
eventos para subjectiva seu ponto de
termo ou fato diferenças um contra-
que o leitor privilegiada e vista é razoável,
específico mais argumento e,
consiga explicita o (b) manter a
através de substanciais por fim,
vislumbrar e desenvolvimento atenção do
outros termos, entre dois ou derruba o
tenha uma pessoal do leitor ao longo
factos e mais itens contra-
sensação clara narrador em do texto e (c)
metáforas. analisados.
sobre aquilo termos de fornecer argumento
que foi experiências e evidências com um
descrito. reflexões. fortes para novo
sustentar o seu argumento.
ponto de vista.
40. O texto de reflexão consiste, geralmente, em produzir um
texto argumentativo.
Implica uma abordagem e ponderação sobre um
determinado assunto, tendo em atenção as situações, as
causas e consequências, os prós e os contras, a
necessidade de encontrar argumentos para justificar o
juízo crítico formulado.
O texto de reflexão tem um carácter pessoal de opinião e
de apreciação.
41. O texto de reflexão é o que revela um acto de pensar, um movimento do
pensamento capaz de se interrogar a si mesmo. O acto de pensar concorre para a
observação, análise e interpretação das emoções, sentimentos, concepções e
pensamentos intervindo na sua apreciação.
Ao expor uma reflexão, este tipo de texto tem de mostrar o que cada ser humano
pensa, independentemente dos conhecimentos resultantes do senso comum. Deve
constituir novo modo de ver e compreender as coisas e, ao mesmo tempo,
contribuir para novos conhecimentos.
O texto de reflexão, que deve revelar o que pensamos sobre as coisas, trabalha com
os conceitos, as ideias e as opiniões, procurando encadeamentos lógicos entre os
enunciados e a sua fundamentação.
Fernando Pessoa, como artista, concebe o poema como reflexão sobre o "Eu", sobre
os seus estados emotivos, e sobre o próprio acto criador. Para ele, a poesia constitui
um acto estético de objectivar, à distância, vivências profundas, ou mesmo aquelas
que não teve, mas que o seu intelecto considera importante recordar.
42. A dissertação é um tipo de escrita informativo e
argumentativo.
Caracteriza-se pela exposição, defesa de uma ideia
que será analisada e discutida a partir de um ponto
de vista.
Para tal defesa o autor do texto dissertativo trabalha
com argumentos, com factos, com dados, os quais
utiliza para reforçar ou justificar o desenvolvimento
de suas ideias
43. Apresenta uma estrutura idêntica à do comentário:
Introdução (concisa) - onde se explicita o assunto a ser discutido, com a
apresentação de uma ideia ou de um ponto de vista que pretende defender.
Desenvolvimento ou argumentação (equilibrado) - em que se irá
desenvolver o ponto de vista. Para isso, deve-se argumentar, fornecer dados,
trabalhar exemplos, se necessário.
Conclusão (sucinta) - em que se dará um fecho coerente com o
desenvolvimento e com os argumentos apresentados. Em geral, a conclusão é
retoma a ideia apresentada na introdução, agora com mais ênfase, de forma
mais conclusiva, onde não deve aparecer nenhuma ideia nova, uma vez que
se está a fechar o texto.
•O texto dissertativo argumentativo destina-se ao chamado "leitor universal", ou seja, a qualquer pessoa
que tenha acesso a ele. Devem ser textos abrangendo conceitos amplos, genéricos, evitando particularizar
situações.