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RESUMO
             SÍNTESE
    TEXTO CONTRAÍDO
         C O M E N TÁ R I O
T E X T O A R G U M E N TAT I V O
    RECENSÃO CRÍTICA
             ENSAIO
           REFLEXÃO
        D I S S E R TA Ç Ã O
O resumo é uma actividade de reformulação que se exerce sobre qualquer
tipo de texto, com o objectivo de o escrever de novo sob forma mais
reduzida, preservando com o máximo rigor o essencial da informação que
ele veicula.

Na prática, qualquer tipo de texto pode prestar-se a um bom número de
exercícios destinados a abreviá-lo e a extrair dele o conteúdo informativo
mais importante.
Os novos textos assim produzidos, envolvendo todos a ideia comum de redução, não são
sinónimos nem apontam para os mesmos objectivos finais.
Salienta-se, desde logo, a grande variedade de terminologia utilizada para os designar:




                                       Contracção
                  Esquema
                                                              Condensado




         Resumo
                                     REDUÇÃO DE                           Sumário
                                        TEXTO



                                                                Síntese
               Sinopse
                                        Súmula
No que importa à matéria do resumo de texto, será importante distinguir o
que caracteriza cada um dos tipos de texto.
De comum, todos eles têm uma característica: resultam de procedimentos
que conduzem a textos necessariamente mais curtos, partindo de um texto-
fonte inicialmente mais extenso.




 O resumo de texto deve apresentar três características fundamentais,
 relativamente ao texto-fonte: ser menos extenso; manter o máximo de
 fidelidade ao seu conteúdo informativo; e apresentar-se formalmente
 original (ou seja, com variantes lexicais e morfossintácticas face ao texto-
 fonte) e linguística e gramaticalmente correcto.
A contracção de um texto-fonte é uma operação de
condensação da informação que consiste em produzir
um texto novo em que as ideias ou unidades
significativas e fundamentais do primeiro aparecem
praticamente transcritas no segundo.

Para além da aplicação das regras de supressão e de
selecção,    transformam-se   construções    frásicas
complexas em estruturas mais simples; mantém-se a
sequencialização e a ordenação das ideias do texto-
fonte.
Esta é uma das técnicas familiares a quem tem de fazer um resumo, embora a
contracção não possa ser entendida como sinónimo de resumo, pois este
requer uma capacidade e um domínio de língua que ultrapassam a simples
eliminação de informação e a obediência estrita a segmentos e sequências do
texto-fonte.

Assim, muitos dos procedimentos enunciados para o resumo também são
válidos para a contracção, com excepção da preocupação em diversificar o
vocabulário e diferenciar o texto de chegada face ao do autor original.

Uma das virtudes a obter com o processo de contracção de texto é a concisão
do discurso.
A contracção é o novo texto obtido, após terem-se suprimido segmentos textuais
cuja informação é acessória para a compreensão do conteúdo mais importante do
texto-fonte. Resulta da aplicação de técnicas ou regras específicas (a selecção e a
supressão).
Este texto, que não altera a ordem das ideias, formas vocabulares, pessoas
gramaticais, tempos e modos verbais, é formalmente semelhante ao texto inicial. É
designado por texto intermédio.
O texto condensado é a versão saída da contracção (texto intermédio),
anteriormente obtida e sobre a qual vai exercer-se, agora, um exercício de
generalização e construção, duas das técnicas ou regras específicas que serão
igualmente objecto de estudo mais pormenorizado. Este novo texto precede
a redacção final do resumo. O que caracteriza já este novo texto, e o distingue
claramente da contracção, é a originalidade formal, a fidelidade às ideias do
autor, ao seu encadeamento e ao tipo de relações estabelecidas entre as
diversas partes da estrutura do texto a resumir.
O resumo melhora o conteúdo e a forma do
texto      condensado,      retendo-lhe      a
originalidade, a estrutura, o encadeamento
lógico até aí conseguidos através da aplicação
das técnicas específicas, mas reorganizando-o
e integrando-o de modo a obter um texto final
mais coerente, coeso, claro e, sobretudo,
formalmente mais aperfeiçoado.
Nisto se distingue, portanto, do texto
condensado.
Para elaborar um resumo, é útil dividir o trabalho em duas fases:

1ª - Compreensão do texto original
  Leitura global;
  Leitura para descoberta da organização do texto
      - levantamento das ideias ou factos essenciais do texto
      - detecção do seu encadeamento
2ª- Construção do novo texto (resumo):
  Selecção das ideias ou factos essenciais do texto original que constarão do resumo;
  Supressão das palavras ou frases referentes a ideias ou factos secundários;
  Substituição de palavras ou frases do texto original, por outras que tornem mais
económica a expressão, devendo excluir-se as transcrições;
  Redacção em linguagem clara e precisa do resumo, atendendo a:
     - ordem pela qual as ideias ou factos são apresentados no texto original;
     - transformação do discurso directo em indirecto;
     - articulação de parágrafos e frases, recorrendo a palavras ou expressões que
     Indiquem o tempo, o espaço, o modo, a causa, a consequência (advérbios,
     conjunções, locuções adverbiais ou conjuncionais);
     - número de palavras ou de linhas proposto, ou o limite de metade ou um terço do
     texto original, caso não haja imposição prévia.
A síntese é uma forma de contracção textual e
pressupõe a compreensão global de um texto e a
redacção de um outro a partir do texto-fonte.

Na síntese devem constar apenas as ideias nucleares
do texto-fonte, aquelas que são absolutamente
essenciais para que se mantenha o sentido
fundamental do mesmo.

Os fragmentos textuais que constituem a síntese
devem apresentar uma perfeita coesão entre si e
traduzir apenas a ideia global do texto-fonte.
Na síntese, salientam-se as ideias essenciais de um texto, sem preocupação
de as estruturar de acordo com a ordem pela qual o autor as apresenta, mas
segundo a importância que lhes atribui quem executa esta tarefa.

Na prática, é como que uma interpretação, um comentário do conteúdo
mais importante de um texto-fonte, na perspectiva do leitor, mas sem o
rigor exigido a um texto de resumo.

Aplicada sobre um pequeno texto traduz-se, quase sempre, por uma frase
complexa, mais ou menos extensa. A síntese é utilizada sobretudo quando é
necessário reunir o essencial de vários textos longos e heterogéneos, para
deles se reter uma visão de conjunto. Em ambos os casos, será sempre um
articulado final mais subjectivo que o resumo, eventualmente ainda mais
curto, de função tendencialmente opinativa e metalinguística.
Para elaborar uma síntese devemos estruturar o trabalho em duas fases:

Primeira - Compreensão do texto original
    - leitura global do texto
    - detecção das ideias e factos fundamentais
    -sublinhado das articulações lógicas e dos exemplos.

Segunda - Redacção da síntese
    - o texto da síntese é apresentado na terceira pessoa
    - o autor da síntese detém a liberdade no que diz respeito à ordem e organização
    das ideias
    - no caso de existirem vários textos, devemos sintetizá-los a partir da sua
    confrontação
    - as posições dos autores dos textos a sintetizar são indicadas no discurso
    indirecto
    - deve privilegiar-se um discurso conciso e claro
    - não se deve ultrapassar o número de palavras proposto.

(A síntese de um texto deverá ser mais curta do que o resumo desse mesmo texto.)
A TA B E L A A S E G U I R A P R E S E N TA D A P E R M I T I R Á A V A L I A R
                         ALGUNS DOS CRITÉRIOS
 D I S T I N T I V O S D O S T R Ê S T I P O S D E P R O D U Ç Ã O E S C R I TA
             AT É A Q U I C O N S I D E R A D O S , A S S E N T E S E M
     COMPETÊNCIAS LINGUÍSTICAS QUE INTERESSARÁ
           T R E I N A R E R E C O N H E C E R C O M O D I S T I N TA S .
CONTRACÇÃO             RESUMO                      SÍNTESE
Redução do         1/4                    1/3 (aproximadamente), 1/3 (aproximadamente)
texto              (aproximadamente)      se não houver indicações
original                                  precisas
                   Texto de chegada       Texto de chegada            Texto de chegada
                   muito próximo do TF,   próximo do TF,              próximo do TF,
                   assumindo a            assumindo a supressão,      assumindo a supressão,
Relação com o
                   supressão e a          selecção, generalização e   selecção, generalização
texto-fonte (TF)
                   selecção da            integração da               e integração da
                   informação.            informação.                 informação.

Ordenação das      Mantém-se              Mantém-se inalterável.      Liberdade na ordem e
ideias face ao     inalterável.                                       na organização das
TF                                                                    ideias.
                   Mantém-se      o   do Mantém-se o do texto-        Alterável (tende para a
                   texto-fonte.          fonte conservando as         avaliação e apreciação,
Tipo de
                                         pessoas   e    tempos        pelo que deve destacar
discurso
                                         verbais.                     a ideia nuclear e a
face ao TF
                                                                      intencionalidade     do
                                                                      autor).
O que é um comentário de texto?

Poderíamos começar por dizer que comentar um texto é
ir reflectindo, pouco a pouco, no porquê do que está
escrito, e fazê-lo com maior ou menor profundidade, de
acordo com os conhecimentos que possuímos e também
com a nossa própria experiência que, embora limitada,
em alguns casos, deve vir sempre em primeiro lugar.
Quem escreve, não o faz com a intenção de produzir
material para análise; fá-lo para dar prazer ou para
comunicar os seus pontos de vista.
O que se pretende com o comentário de textos?
Quando se comenta um texto, deve ter-se sempre presente que os dois
objectivos fundamentais são:
    1. Precisar o que diz o texto.
    2. Mostrar como o diz.

Objectivos que podem ser conseguidos a qualquer nível, elementar ou
avançado, conforme a cultura, literária em que se apoie e a amplitude crítica
que pretenda atingir quem utilizar o método proposto.
Como fazer um comentário de texto
Um comentário de texto não é um comentário sobre o
autor, nem deve ser um pretexto para divagações à volta
do texto.

É um trabalho que parte do texto como unidade
significativa, constituída por significante e significado, e
conduz a uma interpretação de cada leitor.

Não há um método único de comentário. Há, sim, várias
abordagens possíveis de um texto literário.
Etapas

Explicar
Incluiu dois momentos:
     •compreensão do texto
     •análise do seu conteúdo

Comentar
Produção do texto:
    •ordenação dos elementos de interesse descobertos na etapa anterior

    Esta etapa contempla três fases:
         •a descritiva – apresenta as ideias principais e secundárias do texto,
         estabelecendo relações entre elas
         •a interpretativa – contém a busca das várias significações do texto
         •a apreciativa – apresenta o juízo crítico pessoal sobre o conteúdo.
Argumentar é expressar uma convicção, um ponto de
vista, que é desenvolvido e explicado de forma a persuadir
o ouvinte/leitor.
Para isso é necessário que apresentemos um raciocínio
coerente e convincente, baseado na verdade, e que
influencie   o      outro,   levando-o   a   agir/pensar   em
conformidade com os nossos objectivos.
Deve ser claro e ter riqueza lexical, podendo tratar
qualquer tema ou assunto.
Como se constrói um texto argumentativo?


1. A construção de um texto argumentativo deve ter em conta a sua finalidade e
também a pessoa a quem se destina. Deve, pois:
      Usar um registo adequado ao objectivo, ao contexto e ao destinatário;
       Respeitar os mecanismos de coerência semântica e sintáctica;
      Utilizar referências de conteúdo que o destinatário possui, para que este o
    possa interpretar correctamente.
2. PROGRESSÃO TEMÁTICA
2.1 Estrutura do texto
     1º Introdução – Parágrafo inicial no qual de apresenta a tese (ideia que se quer
     defender);
     2º Desenvolvimento – Análise/explicitação da tese; apresentação dos
     argumentos que provam a verdade da tese: factos, exemplos, testemunhos,
     citações, dados estatísticos….
     3º Conclusão – Parágrafo final, no qual se apresenta uma síntese do
     desenvolvimento.

2.2 Escolha e ordenação dos argumentos
Para uma correcta construção argumentativa é fundamental a escolha dos
argumentos que suportam a demonstração da tese. Eles devem ser pertinentes e
coerentes, apresentados de forma lógica e articulada e organizados por ordem
crescente de importância.
3. ARTICULAÇÃO E COESÃO DO DISCURSO
O texto deve apresentar-se como um todo coeso e articulado. Para tal devem ter-se
em conta os seguintes elementos linguísticos:
       Correcta estruturação e ordenação das frases;
       Uso correcto dos conectores do discurso (revê este assunto numa gramática)
       Respeito pelas regras da concordância;
        Uso adequado dos deícticos (determinantes, pronomes, advérbios) que
     evitam as repetições dos nomes;
       Utilização de um vocabulário variado, com recurso a sinónimos, antónimos,
     hipónimos e hiperónimos.




     Qualidades do texto argumentativo:
     Rigor, clareza, objectividade, coerência, sequencialização, riqueza lexical
É constituído por um primeiro parágrafo curto, que deixe a ideia no ar,
depois o desenvolvimento deve referir a opinião da pessoa que o escreve,
com argumentos convincentes e verdadeiros, e com exemplos claros. Deve
também conter contra-argumentos, de forma a não permitir a meio da
leitura que o leitor os faça. Por fim, deve ser concluído com um parágrafo
que responda ao primeiro parágrafo, ou simplesmente com a ideia chave da
opinião.
O texto dissertativo-argumentativo geralmente apresenta uma estrutura
organizada em três partes:
     •a introdução, na qual é apresentada a ideia principal ou tese;
     •o desenvolvimento, que fundamenta ou desenvolve a ideia principal;
     •e a conclusão.


Os argumentos utilizados para fundamentar a tese podem ser de diferentes
tipos: exemplos, comparação, dados históricos, dados estatístico, pesquisas,
causas socioeconómicas ou culturais , depoimentos - enfim tudo o que possa
demonstrar o ponto de vista defendido pelo autor tem consistência.


A conclusão pode apresentar uma possível solução/proposta ou uma síntese.
Deve utilizar título e utilizar variedade padrão de língua.
Uma recensão é um trabalho de apresentação de
uma obra literária.

Numa recensão crítica de um texto literário não
pode perder de vista a origem do acto crítico
(crítica vem do grego krínein, que significa isolar,
separar, destacar o particular), mas deve
distanciar-se do registo meramente subjectivo de
uma opinião arbitrária sobre o texto lido.
A recensão crítica é um trabalho de síntese que revistas e jornais científicas
publicam geralmente logo após a edição de uma obra, com o objectivo de a
divulgar. Não é a mesma coisa que um resumo.


  O resumo deve-se limitar ao conteúdo do trabalho, sem qualquer julgamento de
valor. Já a recensão vai além, resume a obra e faz uma avaliação sobre ela,
apresentando as suas linhas básicas. Avalia-a e acentua os seus pontos fortes e
fracos.


  A recensão pode ser de um ou mais capítulos ou de um livro inteiro ou artigo de
revista. Apresenta falhas, lacunas e virtudes, explora o contexto histórico em que a
obra foi elaborada e faz comparações com outros autores.
A recensão deve situar a abordagem teórica do autor, inserir o autor numa
determinada tradição, escola, paradigma ou perspectiva.


  Conhecida como resumo crítico, a recensão só pode ser elaborada por alguém com
conhecimentos na área, pois a sua elaboração exige opinião formada, pois o recensor
avalia a obra, sustentando as suas considerações e deve fundamentá-las seja com
evidências extraídas da própria obra ou de outras de que se valeu para elaborar a
recensão.


  Se o resumo do conteúdo da obra não está bem feito, o leitor que não a conhece
encontrará dificuldades em acompanhar a análise crítica. Se, por outro lado, o
recensor se limita a relatar o conteúdo, sem julgá-lo criticamente, ele estará
escrevendo um resumo e não uma recensão crítica.
Uma recensão deve identificar:
   1) o título do livro
   2) o autor
   3) a editora
   4) a cidade de edição
   5) o ano de edição
   6) nome do tradutor (caso se aplique)
   7) nome do ilustrador (caso se aplique)

    Quanto ao conteúdo, a recensão deve incluir:
    1. Uma sinopse da obra.
    2. Uma contextualização do autor/obra numa determinada tradição, escola ou
    perspectiva.
    3. O ponto de vista do recenseador - leitor da obra -, apresentando
    sucintamente os pontos fortes e os pontos fracos da obra.
Ensaio é um texto literário breve, situado entre o
poético e o didáctico, expondo ideias e pontos de
vista, críticas e reflexões éticas e filosóficas a
respeito de certo tema. Procura originalidade no
enfoque, sem, contudo, explorar o tema de
forma exaustiva.
É essencialmente um texto argumentativo em
que se defende uma posição sobre um
determinado problema.
Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjectivo sobre um
tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental,
literário, religioso, etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou
provas empíricas ou dedutivas de carácter científico.

O ensaio se divide em formal ou discursivo e informal ou comum.

     No formal, os textos são objectivos, metódicos e estruturados, dirigidos
    mais a assuntos didácticos, críticas oficiais, etc...

     Já o informal é mais subjectivo e caprichoso em fantasia, o que o torna
    menos denso. Neste caso assume a forma livre e assistemática sem um estilo
    definido.
Sendo um texto argumentativo o ensaio deve mostrar que o seu autor sabe
relacionar clara e correctamente os problemas, teorias e argumentos em
causa. Por isso deve ter a forma de resposta a uma pergunta. Pergunta essa
à qual se deve poder responder com um "sim" ou com um "não", procurando
avaliar criticamente os principais argumentos em confronto, de modo a
tomar uma posição pessoal na disputa.


Num ensaio não se pode limitar a dar a sua opinião. Tem também de avançar
com argumentos e de responder aos argumentos contrários. Caso não lhe
pareça possível defender uma das partes, deverá dizer, de forma
argumentada, porquê.
Como se deve estruturar o ensaio?


O ensaio deve ser estruturado de acordo com as seguintes seis fases:
       Formular o problema e esclarecer de forma rigorosa o que está em causa.
       Mostrar a importância do problema.
       Apresentar o mais claramente possível a tese que se quer defender.
       Apresentar os argumentos a favor dessa proposição.
       Apresentar as principais objecções ao que acabou de ser defendido.
       Responder às objecções e tirar as suas conclusões.
De acordo com a finalidade os ensaios podem ser:


                       Ensaio                                   Ensaio         Ensaio de
Ensaio descritivo                      Ensaio narrativo                                            Ensaio reflexivo
                     explicativo                              comparativo      persuasão


                                                                                    pretende
                                                                                                      inicia-se com
                                                                                  convencer o
                                                                                leitor sobre as       uma
    apresenta, de                           descreve uma                            ideias ou         proposição e
         forma                               sucessão de                          opiniões do         um
      expressiva,                          eventos a partir                     autor. O autor        argumento, a
                         tem por                                     visa
       objectos,                               de uma                              precisa (a)        seguir
                        objectivo                               demonstrar
        locais e                             perspectiva                       demonstrar que         apresenta
                      descrever um                               relações e
     eventos para                             subjectiva                         seu ponto de
                      termo ou fato                              diferenças                           um contra-
      que o leitor                          privilegiada e                     vista é razoável,
                        específico                                  mais                              argumento e,
        consiga                               explicita o                        (b) manter a
                        através de                             substanciais                           por       fim,
     vislumbrar e                         desenvolvimento                          atenção do
                      outros termos,                           entre dois ou                          derruba      o
      tenha uma                               pessoal do                        leitor ao longo
                         factos e                                mais itens                           contra-
    sensação clara                           narrador em                         do texto e (c)
                        metáforas.                              analisados.
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        que foi                             experiências e                         evidências         com        um
       descrito.                              reflexões.                           fortes para        novo
                                                                               sustentar o seu        argumento.
                                                                               ponto de vista.
O texto de reflexão consiste, geralmente, em produzir um
texto argumentativo.

Implica uma abordagem e ponderação sobre um
determinado assunto, tendo em atenção as situações, as
causas e consequências, os prós e os contras, a
necessidade de encontrar argumentos para justificar o
juízo crítico formulado.

O texto de reflexão tem um carácter pessoal de opinião e
de apreciação.
O texto de reflexão é o que revela um acto de pensar, um movimento do
pensamento capaz de se interrogar a si mesmo. O acto de pensar concorre para a
observação, análise e interpretação das emoções, sentimentos, concepções e
pensamentos intervindo na sua apreciação.

Ao expor uma reflexão, este tipo de texto tem de mostrar o que cada ser humano
pensa, independentemente dos conhecimentos resultantes do senso comum. Deve
constituir novo modo de ver e compreender as coisas e, ao mesmo tempo,
contribuir para novos conhecimentos.

O texto de reflexão, que deve revelar o que pensamos sobre as coisas, trabalha com
os conceitos, as ideias e as opiniões, procurando encadeamentos lógicos entre os
enunciados e a sua fundamentação.

Fernando Pessoa, como artista, concebe o poema como reflexão sobre o "Eu", sobre
os seus estados emotivos, e sobre o próprio acto criador. Para ele, a poesia constitui
um acto estético de objectivar, à distância, vivências profundas, ou mesmo aquelas
que não teve, mas que o seu intelecto considera importante recordar.
A dissertação é um tipo de escrita informativo e
argumentativo.

Caracteriza-se pela exposição, defesa de uma ideia
que será analisada e discutida a partir de um ponto
de vista.

Para tal defesa o autor do texto dissertativo trabalha
com argumentos, com factos, com dados, os quais
utiliza para reforçar ou justificar o desenvolvimento
de suas ideias
Apresenta uma estrutura idêntica à do comentário:
       Introdução (concisa) - onde se explicita o assunto a ser discutido, com a
     apresentação de uma ideia ou de um ponto de vista que pretende defender.
       Desenvolvimento ou argumentação (equilibrado) - em que se irá
     desenvolver o ponto de vista. Para isso, deve-se argumentar, fornecer dados,
     trabalhar exemplos, se necessário.
       Conclusão (sucinta) - em que se dará um fecho coerente com o
     desenvolvimento e com os argumentos apresentados. Em geral, a conclusão é
     retoma a ideia apresentada na introdução, agora com mais ênfase, de forma
     mais conclusiva, onde não deve aparecer nenhuma ideia nova, uma vez que
     se está a fechar o texto.


•O texto dissertativo argumentativo destina-se ao chamado "leitor universal", ou seja, a qualquer pessoa
que tenha acesso a ele. Devem ser textos abrangendo conceitos amplos, genéricos, evitando particularizar
situações.
Disciplina de Português
Profª: Helena Maria Coutinho

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Resumo de texto sobre os tipos de redução textual

  • 1. RESUMO SÍNTESE TEXTO CONTRAÍDO C O M E N TÁ R I O T E X T O A R G U M E N TAT I V O RECENSÃO CRÍTICA ENSAIO REFLEXÃO D I S S E R TA Ç Ã O
  • 2. O resumo é uma actividade de reformulação que se exerce sobre qualquer tipo de texto, com o objectivo de o escrever de novo sob forma mais reduzida, preservando com o máximo rigor o essencial da informação que ele veicula. Na prática, qualquer tipo de texto pode prestar-se a um bom número de exercícios destinados a abreviá-lo e a extrair dele o conteúdo informativo mais importante.
  • 3. Os novos textos assim produzidos, envolvendo todos a ideia comum de redução, não são sinónimos nem apontam para os mesmos objectivos finais. Salienta-se, desde logo, a grande variedade de terminologia utilizada para os designar: Contracção Esquema Condensado Resumo REDUÇÃO DE Sumário TEXTO Síntese Sinopse Súmula
  • 4. No que importa à matéria do resumo de texto, será importante distinguir o que caracteriza cada um dos tipos de texto. De comum, todos eles têm uma característica: resultam de procedimentos que conduzem a textos necessariamente mais curtos, partindo de um texto- fonte inicialmente mais extenso. O resumo de texto deve apresentar três características fundamentais, relativamente ao texto-fonte: ser menos extenso; manter o máximo de fidelidade ao seu conteúdo informativo; e apresentar-se formalmente original (ou seja, com variantes lexicais e morfossintácticas face ao texto- fonte) e linguística e gramaticalmente correcto.
  • 5. A contracção de um texto-fonte é uma operação de condensação da informação que consiste em produzir um texto novo em que as ideias ou unidades significativas e fundamentais do primeiro aparecem praticamente transcritas no segundo. Para além da aplicação das regras de supressão e de selecção, transformam-se construções frásicas complexas em estruturas mais simples; mantém-se a sequencialização e a ordenação das ideias do texto- fonte.
  • 6. Esta é uma das técnicas familiares a quem tem de fazer um resumo, embora a contracção não possa ser entendida como sinónimo de resumo, pois este requer uma capacidade e um domínio de língua que ultrapassam a simples eliminação de informação e a obediência estrita a segmentos e sequências do texto-fonte. Assim, muitos dos procedimentos enunciados para o resumo também são válidos para a contracção, com excepção da preocupação em diversificar o vocabulário e diferenciar o texto de chegada face ao do autor original. Uma das virtudes a obter com o processo de contracção de texto é a concisão do discurso.
  • 7. A contracção é o novo texto obtido, após terem-se suprimido segmentos textuais cuja informação é acessória para a compreensão do conteúdo mais importante do texto-fonte. Resulta da aplicação de técnicas ou regras específicas (a selecção e a supressão). Este texto, que não altera a ordem das ideias, formas vocabulares, pessoas gramaticais, tempos e modos verbais, é formalmente semelhante ao texto inicial. É designado por texto intermédio.
  • 8.
  • 9. O texto condensado é a versão saída da contracção (texto intermédio), anteriormente obtida e sobre a qual vai exercer-se, agora, um exercício de generalização e construção, duas das técnicas ou regras específicas que serão igualmente objecto de estudo mais pormenorizado. Este novo texto precede a redacção final do resumo. O que caracteriza já este novo texto, e o distingue claramente da contracção, é a originalidade formal, a fidelidade às ideias do autor, ao seu encadeamento e ao tipo de relações estabelecidas entre as diversas partes da estrutura do texto a resumir.
  • 10. O resumo melhora o conteúdo e a forma do texto condensado, retendo-lhe a originalidade, a estrutura, o encadeamento lógico até aí conseguidos através da aplicação das técnicas específicas, mas reorganizando-o e integrando-o de modo a obter um texto final mais coerente, coeso, claro e, sobretudo, formalmente mais aperfeiçoado. Nisto se distingue, portanto, do texto condensado.
  • 11. Para elaborar um resumo, é útil dividir o trabalho em duas fases: 1ª - Compreensão do texto original Leitura global; Leitura para descoberta da organização do texto - levantamento das ideias ou factos essenciais do texto - detecção do seu encadeamento
  • 12. 2ª- Construção do novo texto (resumo): Selecção das ideias ou factos essenciais do texto original que constarão do resumo; Supressão das palavras ou frases referentes a ideias ou factos secundários; Substituição de palavras ou frases do texto original, por outras que tornem mais económica a expressão, devendo excluir-se as transcrições; Redacção em linguagem clara e precisa do resumo, atendendo a: - ordem pela qual as ideias ou factos são apresentados no texto original; - transformação do discurso directo em indirecto; - articulação de parágrafos e frases, recorrendo a palavras ou expressões que Indiquem o tempo, o espaço, o modo, a causa, a consequência (advérbios, conjunções, locuções adverbiais ou conjuncionais); - número de palavras ou de linhas proposto, ou o limite de metade ou um terço do texto original, caso não haja imposição prévia.
  • 13. A síntese é uma forma de contracção textual e pressupõe a compreensão global de um texto e a redacção de um outro a partir do texto-fonte. Na síntese devem constar apenas as ideias nucleares do texto-fonte, aquelas que são absolutamente essenciais para que se mantenha o sentido fundamental do mesmo. Os fragmentos textuais que constituem a síntese devem apresentar uma perfeita coesão entre si e traduzir apenas a ideia global do texto-fonte.
  • 14. Na síntese, salientam-se as ideias essenciais de um texto, sem preocupação de as estruturar de acordo com a ordem pela qual o autor as apresenta, mas segundo a importância que lhes atribui quem executa esta tarefa. Na prática, é como que uma interpretação, um comentário do conteúdo mais importante de um texto-fonte, na perspectiva do leitor, mas sem o rigor exigido a um texto de resumo. Aplicada sobre um pequeno texto traduz-se, quase sempre, por uma frase complexa, mais ou menos extensa. A síntese é utilizada sobretudo quando é necessário reunir o essencial de vários textos longos e heterogéneos, para deles se reter uma visão de conjunto. Em ambos os casos, será sempre um articulado final mais subjectivo que o resumo, eventualmente ainda mais curto, de função tendencialmente opinativa e metalinguística.
  • 15. Para elaborar uma síntese devemos estruturar o trabalho em duas fases: Primeira - Compreensão do texto original - leitura global do texto - detecção das ideias e factos fundamentais -sublinhado das articulações lógicas e dos exemplos. Segunda - Redacção da síntese - o texto da síntese é apresentado na terceira pessoa - o autor da síntese detém a liberdade no que diz respeito à ordem e organização das ideias - no caso de existirem vários textos, devemos sintetizá-los a partir da sua confrontação - as posições dos autores dos textos a sintetizar são indicadas no discurso indirecto - deve privilegiar-se um discurso conciso e claro - não se deve ultrapassar o número de palavras proposto. (A síntese de um texto deverá ser mais curta do que o resumo desse mesmo texto.)
  • 16.
  • 17.
  • 18. A TA B E L A A S E G U I R A P R E S E N TA D A P E R M I T I R Á A V A L I A R ALGUNS DOS CRITÉRIOS D I S T I N T I V O S D O S T R Ê S T I P O S D E P R O D U Ç Ã O E S C R I TA AT É A Q U I C O N S I D E R A D O S , A S S E N T E S E M COMPETÊNCIAS LINGUÍSTICAS QUE INTERESSARÁ T R E I N A R E R E C O N H E C E R C O M O D I S T I N TA S .
  • 19. CONTRACÇÃO RESUMO SÍNTESE Redução do 1/4 1/3 (aproximadamente), 1/3 (aproximadamente) texto (aproximadamente) se não houver indicações original precisas Texto de chegada Texto de chegada Texto de chegada muito próximo do TF, próximo do TF, próximo do TF, assumindo a assumindo a supressão, assumindo a supressão, Relação com o supressão e a selecção, generalização e selecção, generalização texto-fonte (TF) selecção da integração da e integração da informação. informação. informação. Ordenação das Mantém-se Mantém-se inalterável. Liberdade na ordem e ideias face ao inalterável. na organização das TF ideias. Mantém-se o do Mantém-se o do texto- Alterável (tende para a texto-fonte. fonte conservando as avaliação e apreciação, Tipo de pessoas e tempos pelo que deve destacar discurso verbais. a ideia nuclear e a face ao TF intencionalidade do autor).
  • 20.
  • 21. O que é um comentário de texto? Poderíamos começar por dizer que comentar um texto é ir reflectindo, pouco a pouco, no porquê do que está escrito, e fazê-lo com maior ou menor profundidade, de acordo com os conhecimentos que possuímos e também com a nossa própria experiência que, embora limitada, em alguns casos, deve vir sempre em primeiro lugar. Quem escreve, não o faz com a intenção de produzir material para análise; fá-lo para dar prazer ou para comunicar os seus pontos de vista.
  • 22. O que se pretende com o comentário de textos? Quando se comenta um texto, deve ter-se sempre presente que os dois objectivos fundamentais são: 1. Precisar o que diz o texto. 2. Mostrar como o diz. Objectivos que podem ser conseguidos a qualquer nível, elementar ou avançado, conforme a cultura, literária em que se apoie e a amplitude crítica que pretenda atingir quem utilizar o método proposto.
  • 23. Como fazer um comentário de texto Um comentário de texto não é um comentário sobre o autor, nem deve ser um pretexto para divagações à volta do texto. É um trabalho que parte do texto como unidade significativa, constituída por significante e significado, e conduz a uma interpretação de cada leitor. Não há um método único de comentário. Há, sim, várias abordagens possíveis de um texto literário.
  • 24. Etapas Explicar Incluiu dois momentos: •compreensão do texto •análise do seu conteúdo Comentar Produção do texto: •ordenação dos elementos de interesse descobertos na etapa anterior Esta etapa contempla três fases: •a descritiva – apresenta as ideias principais e secundárias do texto, estabelecendo relações entre elas •a interpretativa – contém a busca das várias significações do texto •a apreciativa – apresenta o juízo crítico pessoal sobre o conteúdo.
  • 25. Argumentar é expressar uma convicção, um ponto de vista, que é desenvolvido e explicado de forma a persuadir o ouvinte/leitor. Para isso é necessário que apresentemos um raciocínio coerente e convincente, baseado na verdade, e que influencie o outro, levando-o a agir/pensar em conformidade com os nossos objectivos. Deve ser claro e ter riqueza lexical, podendo tratar qualquer tema ou assunto.
  • 26. Como se constrói um texto argumentativo? 1. A construção de um texto argumentativo deve ter em conta a sua finalidade e também a pessoa a quem se destina. Deve, pois: Usar um registo adequado ao objectivo, ao contexto e ao destinatário; Respeitar os mecanismos de coerência semântica e sintáctica; Utilizar referências de conteúdo que o destinatário possui, para que este o possa interpretar correctamente.
  • 27. 2. PROGRESSÃO TEMÁTICA 2.1 Estrutura do texto 1º Introdução – Parágrafo inicial no qual de apresenta a tese (ideia que se quer defender); 2º Desenvolvimento – Análise/explicitação da tese; apresentação dos argumentos que provam a verdade da tese: factos, exemplos, testemunhos, citações, dados estatísticos…. 3º Conclusão – Parágrafo final, no qual se apresenta uma síntese do desenvolvimento. 2.2 Escolha e ordenação dos argumentos Para uma correcta construção argumentativa é fundamental a escolha dos argumentos que suportam a demonstração da tese. Eles devem ser pertinentes e coerentes, apresentados de forma lógica e articulada e organizados por ordem crescente de importância.
  • 28. 3. ARTICULAÇÃO E COESÃO DO DISCURSO O texto deve apresentar-se como um todo coeso e articulado. Para tal devem ter-se em conta os seguintes elementos linguísticos: Correcta estruturação e ordenação das frases; Uso correcto dos conectores do discurso (revê este assunto numa gramática) Respeito pelas regras da concordância; Uso adequado dos deícticos (determinantes, pronomes, advérbios) que evitam as repetições dos nomes; Utilização de um vocabulário variado, com recurso a sinónimos, antónimos, hipónimos e hiperónimos. Qualidades do texto argumentativo: Rigor, clareza, objectividade, coerência, sequencialização, riqueza lexical
  • 29. É constituído por um primeiro parágrafo curto, que deixe a ideia no ar, depois o desenvolvimento deve referir a opinião da pessoa que o escreve, com argumentos convincentes e verdadeiros, e com exemplos claros. Deve também conter contra-argumentos, de forma a não permitir a meio da leitura que o leitor os faça. Por fim, deve ser concluído com um parágrafo que responda ao primeiro parágrafo, ou simplesmente com a ideia chave da opinião.
  • 30. O texto dissertativo-argumentativo geralmente apresenta uma estrutura organizada em três partes: •a introdução, na qual é apresentada a ideia principal ou tese; •o desenvolvimento, que fundamenta ou desenvolve a ideia principal; •e a conclusão. Os argumentos utilizados para fundamentar a tese podem ser de diferentes tipos: exemplos, comparação, dados históricos, dados estatístico, pesquisas, causas socioeconómicas ou culturais , depoimentos - enfim tudo o que possa demonstrar o ponto de vista defendido pelo autor tem consistência. A conclusão pode apresentar uma possível solução/proposta ou uma síntese. Deve utilizar título e utilizar variedade padrão de língua.
  • 31. Uma recensão é um trabalho de apresentação de uma obra literária. Numa recensão crítica de um texto literário não pode perder de vista a origem do acto crítico (crítica vem do grego krínein, que significa isolar, separar, destacar o particular), mas deve distanciar-se do registo meramente subjectivo de uma opinião arbitrária sobre o texto lido.
  • 32. A recensão crítica é um trabalho de síntese que revistas e jornais científicas publicam geralmente logo após a edição de uma obra, com o objectivo de a divulgar. Não é a mesma coisa que um resumo. O resumo deve-se limitar ao conteúdo do trabalho, sem qualquer julgamento de valor. Já a recensão vai além, resume a obra e faz uma avaliação sobre ela, apresentando as suas linhas básicas. Avalia-a e acentua os seus pontos fortes e fracos. A recensão pode ser de um ou mais capítulos ou de um livro inteiro ou artigo de revista. Apresenta falhas, lacunas e virtudes, explora o contexto histórico em que a obra foi elaborada e faz comparações com outros autores.
  • 33. A recensão deve situar a abordagem teórica do autor, inserir o autor numa determinada tradição, escola, paradigma ou perspectiva. Conhecida como resumo crítico, a recensão só pode ser elaborada por alguém com conhecimentos na área, pois a sua elaboração exige opinião formada, pois o recensor avalia a obra, sustentando as suas considerações e deve fundamentá-las seja com evidências extraídas da própria obra ou de outras de que se valeu para elaborar a recensão. Se o resumo do conteúdo da obra não está bem feito, o leitor que não a conhece encontrará dificuldades em acompanhar a análise crítica. Se, por outro lado, o recensor se limita a relatar o conteúdo, sem julgá-lo criticamente, ele estará escrevendo um resumo e não uma recensão crítica.
  • 34. Uma recensão deve identificar: 1) o título do livro 2) o autor 3) a editora 4) a cidade de edição 5) o ano de edição 6) nome do tradutor (caso se aplique) 7) nome do ilustrador (caso se aplique) Quanto ao conteúdo, a recensão deve incluir: 1. Uma sinopse da obra. 2. Uma contextualização do autor/obra numa determinada tradição, escola ou perspectiva. 3. O ponto de vista do recenseador - leitor da obra -, apresentando sucintamente os pontos fortes e os pontos fracos da obra.
  • 35. Ensaio é um texto literário breve, situado entre o poético e o didáctico, expondo ideias e pontos de vista, críticas e reflexões éticas e filosóficas a respeito de certo tema. Procura originalidade no enfoque, sem, contudo, explorar o tema de forma exaustiva. É essencialmente um texto argumentativo em que se defende uma posição sobre um determinado problema.
  • 36. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjectivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, literário, religioso, etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de carácter científico. O ensaio se divide em formal ou discursivo e informal ou comum. No formal, os textos são objectivos, metódicos e estruturados, dirigidos mais a assuntos didácticos, críticas oficiais, etc... Já o informal é mais subjectivo e caprichoso em fantasia, o que o torna menos denso. Neste caso assume a forma livre e assistemática sem um estilo definido.
  • 37. Sendo um texto argumentativo o ensaio deve mostrar que o seu autor sabe relacionar clara e correctamente os problemas, teorias e argumentos em causa. Por isso deve ter a forma de resposta a uma pergunta. Pergunta essa à qual se deve poder responder com um "sim" ou com um "não", procurando avaliar criticamente os principais argumentos em confronto, de modo a tomar uma posição pessoal na disputa. Num ensaio não se pode limitar a dar a sua opinião. Tem também de avançar com argumentos e de responder aos argumentos contrários. Caso não lhe pareça possível defender uma das partes, deverá dizer, de forma argumentada, porquê.
  • 38. Como se deve estruturar o ensaio? O ensaio deve ser estruturado de acordo com as seguintes seis fases: Formular o problema e esclarecer de forma rigorosa o que está em causa. Mostrar a importância do problema. Apresentar o mais claramente possível a tese que se quer defender. Apresentar os argumentos a favor dessa proposição. Apresentar as principais objecções ao que acabou de ser defendido. Responder às objecções e tirar as suas conclusões.
  • 39. De acordo com a finalidade os ensaios podem ser: Ensaio Ensaio Ensaio de Ensaio descritivo Ensaio narrativo Ensaio reflexivo explicativo comparativo persuasão pretende inicia-se com convencer o leitor sobre as uma apresenta, de descreve uma ideias ou proposição e forma sucessão de opiniões do um expressiva, eventos a partir autor. O autor argumento, a tem por visa objectos, de uma precisa (a) seguir objectivo demonstrar locais e perspectiva demonstrar que apresenta descrever um relações e eventos para subjectiva seu ponto de termo ou fato diferenças um contra- que o leitor privilegiada e vista é razoável, específico mais argumento e, consiga explicita o (b) manter a através de substanciais por fim, vislumbrar e desenvolvimento atenção do outros termos, entre dois ou derruba o tenha uma pessoal do leitor ao longo factos e mais itens contra- sensação clara narrador em do texto e (c) metáforas. analisados. sobre aquilo termos de fornecer argumento que foi experiências e evidências com um descrito. reflexões. fortes para novo sustentar o seu argumento. ponto de vista.
  • 40. O texto de reflexão consiste, geralmente, em produzir um texto argumentativo. Implica uma abordagem e ponderação sobre um determinado assunto, tendo em atenção as situações, as causas e consequências, os prós e os contras, a necessidade de encontrar argumentos para justificar o juízo crítico formulado. O texto de reflexão tem um carácter pessoal de opinião e de apreciação.
  • 41. O texto de reflexão é o que revela um acto de pensar, um movimento do pensamento capaz de se interrogar a si mesmo. O acto de pensar concorre para a observação, análise e interpretação das emoções, sentimentos, concepções e pensamentos intervindo na sua apreciação. Ao expor uma reflexão, este tipo de texto tem de mostrar o que cada ser humano pensa, independentemente dos conhecimentos resultantes do senso comum. Deve constituir novo modo de ver e compreender as coisas e, ao mesmo tempo, contribuir para novos conhecimentos. O texto de reflexão, que deve revelar o que pensamos sobre as coisas, trabalha com os conceitos, as ideias e as opiniões, procurando encadeamentos lógicos entre os enunciados e a sua fundamentação. Fernando Pessoa, como artista, concebe o poema como reflexão sobre o "Eu", sobre os seus estados emotivos, e sobre o próprio acto criador. Para ele, a poesia constitui um acto estético de objectivar, à distância, vivências profundas, ou mesmo aquelas que não teve, mas que o seu intelecto considera importante recordar.
  • 42. A dissertação é um tipo de escrita informativo e argumentativo. Caracteriza-se pela exposição, defesa de uma ideia que será analisada e discutida a partir de um ponto de vista. Para tal defesa o autor do texto dissertativo trabalha com argumentos, com factos, com dados, os quais utiliza para reforçar ou justificar o desenvolvimento de suas ideias
  • 43. Apresenta uma estrutura idêntica à do comentário: Introdução (concisa) - onde se explicita o assunto a ser discutido, com a apresentação de uma ideia ou de um ponto de vista que pretende defender. Desenvolvimento ou argumentação (equilibrado) - em que se irá desenvolver o ponto de vista. Para isso, deve-se argumentar, fornecer dados, trabalhar exemplos, se necessário. Conclusão (sucinta) - em que se dará um fecho coerente com o desenvolvimento e com os argumentos apresentados. Em geral, a conclusão é retoma a ideia apresentada na introdução, agora com mais ênfase, de forma mais conclusiva, onde não deve aparecer nenhuma ideia nova, uma vez que se está a fechar o texto. •O texto dissertativo argumentativo destina-se ao chamado "leitor universal", ou seja, a qualquer pessoa que tenha acesso a ele. Devem ser textos abrangendo conceitos amplos, genéricos, evitando particularizar situações.
  • 44. Disciplina de Português Profª: Helena Maria Coutinho