2. O que é necessário para escrever
• Bom domínio da língua vernácula conhecimentos gramaticais
básicos
• Conhecimento do vocabulário massificar a leitura
• Conhecimento do assunto dialogar como o referencial consultado
• Familiaridade com a linguagem científica fazer uso dos referenciais
consultados – clássicos e contemporâneos –; da ABNT; do
conhecimento epistemológico...
3. Redação e tratamento da informação
• A construção do roteiro de redação (Por onde começar!)
• É importante iniciar a redação com o máximo dos dados e informações
coletados, igualmente com as anotações, sistematizações, citações dos
textos lidos, tudo muito bem arquivado em fichamentos, resumos, pastas
etc.
• O tratamento do material teórico referenciais
• Tratamento do material empírico
dados secundários; dados primários;
tabelas, quadros confeccionados;
leituras, transcrições de questionários e entrevistas
anotações de observações de trabalho de campo;
mapas confeccionados;
fotos, figuras selecionadas...
4. Afinal, escrever para quem?
• Com bem lembra Eco (2007), não se escreve apenas para o
orientador e a banca examinadora, mas para o leitor em geral, o
cidadão comum, alguém leiga no assunto, por exemplo.
• Eco (2007) alerta que “em geral os textos que não explicam com
grande familiaridade os termos que empregam deixam a suspeita de
que seus autores são [...] inseguros [...]” (ECO, 2007, p. 113).
• Não é necessário uma redação rebuscada, com uma nível de
erudição que não se identifica com o autor. A redação precisa ser
clara, direta, explicativa, coesa, para que qualquer pessoa possa
entender.
• É necessário ler, ler bem, para escrever bem. Selecione bons textos
para inspirar-se!
5. A monografia acadêmica deve transmitir com rigor formal as reflexões e
considerações finais do(s) seu(s) autor (es). Para isso deve possuir:
1.Clareza, precisão objetividade e consistência: utilização correta de
terminologia e apresentação clara das idéias;
2.Concisão: observação da objetividade na escrita, evitando-se repetições
e abordagem direta do assunto. Lembrar que os parágrafos devem ser
curtos e que exprimem uma unidade de raciocínio e quando esta muda,
deve-se abrir um novo parágrafo;
3.Impessoalidade: elaboração do texto utilizando-se de preferência a
terceira pessoa no singular e verbo na voz ativa (sabe-se, entende-se,
recomenda-se). (Poder ser outro tempo verbal?)
Fonte: http://www.uel.br/graduacao/odontologia/portal/pages/arquivos/NDE/VERBOS.pdf
6. Dicas para escrever um bom texto
• Procure não fazer períodos longos. Pode abusar do uso de ponto;
• “Abra parágrafos com frequência. Quando for o necessário, para arejar
o texto, mas quanto mais vezes melhor” (ECO, 2007, p. 166);
• Faça parágrafos pequenos, entre 7 e 10, ou no máximo 14, linhas.
Procure fazer um texto equilibrado com parágrafos com tamanhos
uniformes.
• Leia e releia o seu texto, revisando-o sempre. Depois passe-o para o
seus orientador e alguns amigos para que façam uma leitura crítica;
• Cuidado ao usar algumas figuras de retórica. Use-a com segurança,
para ser compreendido.
7. • Eco (2007), aconselha que o seguinte: “defina sempre um termo ao introduzi-lo
pela primeira vez. Não sabendo defini-lo, evite-o. Se for um dos termos
principais de sua tese e não conseguir defini-lo, abandone tudo. Enganou-se de
tese (ou de profissão)” (ECO, 2007, p. 169).
• Escolha do tempo verbal; Eu ou nós? Qual o tempo verbal utilizar?
Na primeira pessoa do singular (eu) – entendo que a pesquisa .....
Na primeira pessoa do plural (nós) – entendemos que a pesquisa...
No impessoal (?) – entende-se que a pesquisa ...
Para qualquer tempo verbal a ser utilizado, o importante é não altera-lo ao longo
do texto, ou seja, deve ser mantido para dar coerência textual.
Dicas para escrever um bom texto (cont.)
8. Ainda sobre o tempo verbal, é importante:
Quando você relata fatos científicos, ou trabalhos publicados -use o
presente do Indicativo;
Quando você explicar o que fez ou que obteve - use o passado;
Então você pode usar: Presente na Introdução e na Revisão Bibliográfica;
Passado em dados e metodologias para os resultados.
Exceções: se você atribui uma afirmativa a alguém (citação) - use passado;
Se você apresenta, na análise estatística - use o Presente
https://wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/index.php/Dicas_para_escrita_de_texto_cient%C3%Adfico. Acessado em: setembro, 2017.
13. Tratamento das citações
É comum em um texto acadêmico se fazer muitas citações dos referenciais lidos, como por
exemplo:
os textos teórico-metodológicos, conceituais sobre o objeto do trabalh clássicos,
teóricos
os textos das fontes secundárias consultadas IBGE, IPEA, Ministérios, instituições; etc
os textos críticos referente o assunto artigos científicos
das fontes primárias elaboradas tabelas, quadros
Para Eco (2007, p. 1771) “as citações são praticamente de dois tipos: (a) cita-se um texto
sobre o qual depois nos debruçamos interpretativamente, (b) cita-se um texto de apoio a
nossa interpretação”.
É preciso moderar o uso das citações diretas. Ao utilizá-las, elas devem ser bem encaixadas
ao texto, em conformidade com a necessidade da análise, da abordagem e ou da temática.
As citações não devem ficar soltas no texto, pois, se citou, ela deve ser acompanhada de
uma interpretação, uma leitura. Elas servem, também, para reforçar alguma ideia,
proposição. Serve para corroborar uma análise, uma assertiva, uma hipótese.
14. As dez regras para citações, segundo Eco (2007)
Regra 1 – os textos objeto de análise interpretativa são
citados com razoável amplitude.
Regra 2 – os textos da literatura crítica só são citados
quando, com sua autoridade, corroboram ou confirmam
afirmação nossa.
Regra 3 – A citação presume que a idéia do autor citado
seja compartilhada, a menos que o trecho seja precedido
e seguido de expressões críticas.
Regra 4 – de todas as citações devem ser claramente
reconhecíveis o autor e a fonte impressa ou manuscrita
15. Regra 5 - As citações de fontes primárias são feitas, na medida do
possível, com frequência à edição original ou uma edição de reputação.
Regra 6 - Quando se estuda um autor estangeiro, as citações devem se
na língua original. Porém, você pode, em nota de roda pé, abrir um
parênteses e traduzir.
Regra 7 – A remissão ao autor e à obra deve ser clara. ... [não deixando
margem para dúvidas] [Ex. de remissão confusa:]
17. Regra 8 – Quando uma citação não ultrapassa três linhas [digitadas], pode-se
inserí-la no corpo do parágrafo entre aspas duplas...
Regra 9 – As citações devem ser fiéis. Primeiro, deve-se transcrever palavras tal
como estão (e, para tanto, convém sempre, após a redação, confrontar as
citações com o original, pois ao copiá-las, à mão ou à máquina, costumamos
incorrer em erros ou omissões).
Segundo, nunca se devem eliminar partes do texto sem que isso seja
assinalado: esta sinalização de elipses faz-se mediante a inserção de
reticências, que correspondem às porções deixadas de lado. Terceiro, jamais
fazer interpolações: qualquer comentário, esclarecimento, ou especificação
nossos devem vir entre colchetes. Mesmo os grifos (sublinhados) que não são
do autor, mas nossos, devem ser assinalados.
18. Regra 10 – Citar é como testemunhar um processo. Precisamos estar sempre
em condições de retomar o depoimento e demonstrar que é fidedigno. Por isso,
a referência deve ser exata e precisa ... como também averiguável por todos.
Que fazer quando uma informação ou um juízo importante forem fornecidos
por uma comunicação pessoal, carta ou manuscrito? Basta citar a frase apondo
em nota uma das seguintes expressões:
1 – Comunicação pessoal do autor (6 de junho de 1975)
2 – Carta pessoal do autor (6 de junho de 1975)
3 – Declaração registrada em 6 de junho de 1975.
4 – C. Smithe, Le Fonti dell’Edda di Snorri, manuscrito.
5 – C. Smithe, Comunicação ao XII Congresso de Fisioterapia em 6 de junho de
1975.”
21. Como se deve ler
Toda leitura deve orientar-se pela questão: qual a ideia central do texto?
• Três leituras:
• geral (ideia básica);
• estrutura do texto;
• conceitos.
• Observar o estilo do autor
• Destacar quais referenciais utiliza (isso é muito importante!!)
• Apreender os diferentes níveis do texto.
22. Referências:
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 13a. ed. São Paulo: Perspectiva,
2007.
LIMA, Paulo G. Verbos que podem auxiliar na construção de
planejamentos e planos de ensino. Disponível em:
http://www.uel.br/graduacao/odontologia/portal/pages/arquivos/NDE
/VERBOS.pdf. Acessado em: novembro, 2017.
IFSC. Dicas para escrita de texto científico. Disponível em:
https://wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/index.php/Dicas_para_escrita_de_texto
_cient%C3%Adfico. Acessado em: setembro, 2017.