SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 29
Baixar para ler offline
Gliconeogênese
Prof. Henning Ulrich
Gliconeogênese
Via metabólica importante
Alguns tecidos:
cérebro,
hemácias, medula
renal, cristalino e
córnea ocular,
testículos e
músculo em
exercício
Suprimento
contínuo
de glicose
Gliconeogênese
Período maior de jejum ? ? ?
Necessidade diária de um adulto humano –
glicose do cérebro 120g
Reservas suficientes
atender necessidades
cerca de um dia
Glicose presente - líquidos orgânicos
20g
Glicogênio -190g
Gliconeogênese
Gliconeogênese é importante quando:
– Jejum prolongado
–Consumo inadequado de CHO
Revisão do Metabolismo da Glicose
Gliconeogênese ocorre principalmente no fígado e
em menor extensão nos rins.
• Síntese da glicose a partir do piruvato - utiliza várias
enzimas da GLICÓLISE
• Três reações da glicólise são essencialmente
IRREVERSÍVEIS:
Hexoquinase
Fosfofrutoquinase
Piruvato quinase.
Gliconeogênese
Gliconeogênese é o processo através do qual
precursores como lactato, piruvato, glicerol e
aminoácidos são convertidos em glicose.
Durante o jejum, toda a glicose deve ser sintetizada a
partir desses precursores não-glucídicos.
A maioria dos precursores deve entrar no Ciclo de
Krebs em algum ponto para ser convertida em
oxaloacetato.
O oxaloacetato é o material de partida para a
gliconeogênese.
Gliconeogênese
Formação de glicose a partir de
precursores não-glicídicos
– Lactato;
– Glicerol;
– Aminoácidos.
São transformados em
piruvato ou entram na via na
forma de intermediários:
oxaloacetato e
diidroxiacetona fosfato
Precursores não-glicídicos
Transforma piruvato em glicose
PRECURSORES
DA NEOGLICOGENESE
PRECURSORES
DA NEOGLICOGENESE
PRECURSORES
DA NEOGLICOGENESE
A gliconeogênese não é simplesmente o
inverso da glicólise.
Alguns passos são diferentes de tal forma que o
controle de uma via não inativa a outra. Contudo,
muitos passos são os mesmos. Três passos são
diferentes da glicólise.
1 Piruvato para PEP
2 Frutose-1,6-bisfosfato para Frutose-6-fosfato
3 Glicose-6-fosfato para Glicose
Piruvato quinase (Glicólise):
PEP + ADP + Pi  Piruvato + ATP
PEP carboxiquinase
O piruvato é convertido a oxaloacetato antes
de ser transformado em fosfoenolpiruvato.
1. Piruvato carboxilase catalisa a formação de
oxaloacetato a partir de piruvato e CO2, com gasto de
ATP.
2. PEP carboxiquinase (PEPCK) converte
oxaloacetato em PEP e usa GTP como agente
fosforilador.
Piruvato carboxilase requer biotina como
cofactor.
Carboxilação da biotina
ATP reage com HCO3
- produzindo carboxifosfato.
biotina + ATP + HCO3
-  carboxibiotina + ADP + Pi
-
O P O
O
OH
C O-
O
carboxifosfato
CH
CH
H2C
S
CH
NH
C
N
O
(CH2)4 C NH (CH2)4 CH
C
O
NH
O
C
O
-O
carboxibiotina
lysine
residue
No sítio ativo da
piruvato carboxilase:
o CO2 ativado é
transferido da biotina
para o piruvato:
carboxibiotina
+ piruvato

biotina +
oxaloacetato
CH
CH
H2C
S
CH
NH
C
N
O
(CH2)4 C NH R
O
C
O
-O
C
C
CH3
O O-
O
C
CH2
C
C
O
O O-
O-
O
CH
CH
H2C
S
CH
NH
C
HN
O
(CH2)4 C NH R
O
carboxibiotina
piruvato
oxaloacetato
biotina
A biotina é um nutriente essencial.
A deficiência de biotina é rara, porque ela é abundante
nos alimentos e bactérias no intestino grosso também a
sintetizam.
Contudo, deficiências têm sido observadas e são quase
sempre resultantes do consumo de grandes quantidades
de clara de ovo.
A clara do ovo contém avidina, uma proteína que se liga
à biotina com um Kd = 10-15 M (o que é uma reação de
ligação forte!).
Acredita-se que a avidina protege a clara contra invasão
bacteriana, ligando-se à biotina e matando as bactérias.
Mitocôndria
Transp. de
PIRUVATO
Piruvato
Piruvato (3C)
ATP
ADP + Pi
Oxaloacetato
(4C)
Piruvato
carboxilase
CO2
Ciclo de
Krebs
Malato (4C)
Transp. de
MALATO
Malato
(4C)
Oxaloacetato
(4C)
GTP
GDP
+ Pi
CO2
Fosfoenol-
piruvato (3C)
Gliconeogênese
Citossol
Reações hidrolíticas contornam a PFK e a Hexoquinase.
As reações de hidrólise da frutose-1,6-bisfosfato e da glicose-6-fosfato são
catalisadas por enzimas diferentes da glicólise. A glicose-6-fosfatase é encontrada
apenas no fígado e nos rins. O fígado é o órgão primário para a gliconeogênese.
Estes passos são os mesmos
da glicólise, mais no sentido
contrário
A GLICONEOGÊNESE
não é o contrário da
glicólise, as reações
diferentes estão indicadas
nas caixas
Na glicólise é utilizada a
enzima fosfofrutoquinase
(PFK1), e requer de ATP
Na glicólise é utilizada a
enzima hexoquinase, e requer
de ATP
Pontos de regulação :
Glicogênio
Glicose-6-fosfato Glicose
Fosfoenolpiruvato
Oxaloacetato / malato /
Piruvato oxaloacetato
1
2
3
1. Glicogênio fosforilase
Glicogênio síntase
2. transportador de glicose
3. fosfofrutoquinase-1,
frutose-1-6-bisfosfatase
4. Piruvato quinase
5. Piruvato carboxilase
6. Fosfoenolpiruvato carboxiquinase
4
6
5
Principal caminho metabólico e sítios de controle
Gliconeogênese
Glicólise e gliconeogênese são reciprocamente reguladas
Síntese de glicogênio e degradação
Controle hormonal
Fosforilação e controle alostérico
A fosfofrutoquinase é o principal sítio de controle da glicólise
AMP
citrato
Frutose 2,6-bifosfato
Fosfofrutoquinase 2
Fosfoenolpiruvato
Frutose 1,6-bifosfato
Frutose 6-fosfato
Frutose 2,6-bifosfatase
Fosfofrutoquinase 1
ATP
Frutose 1,6-bifosfatase
Fosfoenolpiruvato Frutose 6-fosfato
+
-
Proteína quinase dependente
de AMPc
P
-
+
Frutose 2,6-bifosfato - +
ATP
AMP - +
citrato
-
+
Reguladores da atidade de enzimas
gliconeogênicas
Enzima
PFK
FBPase
Piruvato quinase
Piruvato carboxilase
PEPCK
PFK-2
FBPase-2
Glicose + 2 ADP + 2 Pi + 2
NAD+
2 Piruvato + 2 ATP + 2 NADH +
2 H+ + 2 H2O
2 Piruvato +4 ATP + 2 GTP + 2
NADH + 4 H2O
Glicose + 4 ADP + 2 GDP + 6 Pi + 2
NAD + 2 H+
Glicólise Gliconeogênese

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Bioquímica_Carboidratos
Bioquímica_Carboidratos Bioquímica_Carboidratos
Bioquímica_Carboidratos comiest
 
38 013723 metabolismode_carboidratos
38 013723 metabolismode_carboidratos38 013723 metabolismode_carboidratos
38 013723 metabolismode_carboidratosokamoto_adilson
 
Processos de obtenção de energia
Processos de obtenção de energiaProcessos de obtenção de energia
Processos de obtenção de energiaLarissa Yamazaki
 
Lipídios
LipídiosLipídios
Lipídiosemanuel
 
Carboidratos slideshare
Carboidratos   slideshareCarboidratos   slideshare
Carboidratos slideshareSid Siqueira
 
Metabolismo energético
Metabolismo energéticoMetabolismo energético
Metabolismo energéticoMARCIAMP
 
Carboidratos e correlações clínicas
Carboidratos e correlações clínicasCarboidratos e correlações clínicas
Carboidratos e correlações clínicasMario Gandra
 
II. 1 Água, sais minerais e vitaminas
II. 1 Água, sais minerais e vitaminasII. 1 Água, sais minerais e vitaminas
II. 1 Água, sais minerais e vitaminasRebeca Vale
 
Aula de Bromatologia sobre Lipídios ou Extrato Etéreo
Aula de Bromatologia sobre Lipídios ou Extrato EtéreoAula de Bromatologia sobre Lipídios ou Extrato Etéreo
Aula de Bromatologia sobre Lipídios ou Extrato EtéreoJaqueline Almeida
 

Mais procurados (20)

Bioquímica_Carboidratos
Bioquímica_Carboidratos Bioquímica_Carboidratos
Bioquímica_Carboidratos
 
38 013723 metabolismode_carboidratos
38 013723 metabolismode_carboidratos38 013723 metabolismode_carboidratos
38 013723 metabolismode_carboidratos
 
Processos de obtenção de energia
Processos de obtenção de energiaProcessos de obtenção de energia
Processos de obtenção de energia
 
Lipídeos
LipídeosLipídeos
Lipídeos
 
Lipídios
LipídiosLipídios
Lipídios
 
Lipídios
LipídiosLipídios
Lipídios
 
Carboidratos slideshare
Carboidratos   slideshareCarboidratos   slideshare
Carboidratos slideshare
 
Metabolismo energético
Metabolismo energéticoMetabolismo energético
Metabolismo energético
 
Aula carboidratos
Aula carboidratosAula carboidratos
Aula carboidratos
 
Carboidratos
CarboidratosCarboidratos
Carboidratos
 
Carboidratos aula (2)
Carboidratos aula (2)Carboidratos aula (2)
Carboidratos aula (2)
 
Carboidratos e correlações clínicas
Carboidratos e correlações clínicasCarboidratos e correlações clínicas
Carboidratos e correlações clínicas
 
II. 1 Água, sais minerais e vitaminas
II. 1 Água, sais minerais e vitaminasII. 1 Água, sais minerais e vitaminas
II. 1 Água, sais minerais e vitaminas
 
Quimiossíntese
QuimiossínteseQuimiossíntese
Quimiossíntese
 
Glicidios
GlicidiosGlicidios
Glicidios
 
Aula de Bromatologia sobre Lipídios ou Extrato Etéreo
Aula de Bromatologia sobre Lipídios ou Extrato EtéreoAula de Bromatologia sobre Lipídios ou Extrato Etéreo
Aula de Bromatologia sobre Lipídios ou Extrato Etéreo
 
Lipidios
LipidiosLipidios
Lipidios
 
Glicólise
GlicóliseGlicólise
Glicólise
 
Carboidratos
CarboidratosCarboidratos
Carboidratos
 
Metabolismo
MetabolismoMetabolismo
Metabolismo
 

Semelhante a Gliconeogenese.pdf

GlicolÃ_se -MEDICINA GERAL PIAGET-2023-2024 - AULA 2 -ESTUDANTE.pdf
GlicolÃ_se -MEDICINA GERAL PIAGET-2023-2024 - AULA 2 -ESTUDANTE.pdfGlicolÃ_se -MEDICINA GERAL PIAGET-2023-2024 - AULA 2 -ESTUDANTE.pdf
GlicolÃ_se -MEDICINA GERAL PIAGET-2023-2024 - AULA 2 -ESTUDANTE.pdfamaroalmeida74
 
AULA 8 - GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.ppt
AULA 8 -  GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.pptAULA 8 -  GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.ppt
AULA 8 - GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.pptSuilanMoreiraFerreir
 
AULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.ppt
AULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.pptAULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.ppt
AULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.pptMariledaRodrigues
 
Glicogenio e ciclo_das_pentoses
Glicogenio e ciclo_das_pentosesGlicogenio e ciclo_das_pentoses
Glicogenio e ciclo_das_pentosesCarliane Sousa
 
plenitude-educacao-bioquimica-e-fisiologia-da-nutricao-parte-1.pdf
plenitude-educacao-bioquimica-e-fisiologia-da-nutricao-parte-1.pdfplenitude-educacao-bioquimica-e-fisiologia-da-nutricao-parte-1.pdf
plenitude-educacao-bioquimica-e-fisiologia-da-nutricao-parte-1.pdfedineiamuniz
 
Via das pentoses luciano
Via das pentoses   lucianoVia das pentoses   luciano
Via das pentoses luciano300685
 
Glicólise e fermentação 1
Glicólise e fermentação   1Glicólise e fermentação   1
Glicólise e fermentação 1pintof5
 
APOSTILA_Integracao_met_2011_2_001.pptx
APOSTILA_Integracao_met_2011_2_001.pptxAPOSTILA_Integracao_met_2011_2_001.pptx
APOSTILA_Integracao_met_2011_2_001.pptxsergio_chumbinho
 
Revisao metabolismo prova_2
Revisao metabolismo prova_2Revisao metabolismo prova_2
Revisao metabolismo prova_2Sergio Câmara
 
Regulatório do Metabolismo
Regulatório do MetabolismoRegulatório do Metabolismo
Regulatório do MetabolismoRodrigo Tinoco
 
Bioquímica ii 07 peptídeos e proteínas (arlindo netto)
Bioquímica ii 07   peptídeos e proteínas (arlindo netto)Bioquímica ii 07   peptídeos e proteínas (arlindo netto)
Bioquímica ii 07 peptídeos e proteínas (arlindo netto)Jucie Vasconcelos
 

Semelhante a Gliconeogenese.pdf (20)

Aula04_Gliconeogênese.pdf
Aula04_Gliconeogênese.pdfAula04_Gliconeogênese.pdf
Aula04_Gliconeogênese.pdf
 
GlicolÃ_se -MEDICINA GERAL PIAGET-2023-2024 - AULA 2 -ESTUDANTE.pdf
GlicolÃ_se -MEDICINA GERAL PIAGET-2023-2024 - AULA 2 -ESTUDANTE.pdfGlicolÃ_se -MEDICINA GERAL PIAGET-2023-2024 - AULA 2 -ESTUDANTE.pdf
GlicolÃ_se -MEDICINA GERAL PIAGET-2023-2024 - AULA 2 -ESTUDANTE.pdf
 
AULA 8 - GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.ppt
AULA 8 -  GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.pptAULA 8 -  GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.ppt
AULA 8 - GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA.ppt
 
AULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.ppt
AULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.pptAULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.ppt
AULA 8-9 - RESPIRAÇÃO CELULAR E FERMENTAÇÃO.ppt
 
Glicogenio e ciclo_das_pentoses
Glicogenio e ciclo_das_pentosesGlicogenio e ciclo_das_pentoses
Glicogenio e ciclo_das_pentoses
 
Glicolise seminário 2
Glicolise seminário 2Glicolise seminário 2
Glicolise seminário 2
 
002 glicolise
002 glicolise002 glicolise
002 glicolise
 
plenitude-educacao-bioquimica-e-fisiologia-da-nutricao-parte-1.pdf
plenitude-educacao-bioquimica-e-fisiologia-da-nutricao-parte-1.pdfplenitude-educacao-bioquimica-e-fisiologia-da-nutricao-parte-1.pdf
plenitude-educacao-bioquimica-e-fisiologia-da-nutricao-parte-1.pdf
 
Bioquimica
BioquimicaBioquimica
Bioquimica
 
Via das pentoses luciano
Via das pentoses   lucianoVia das pentoses   luciano
Via das pentoses luciano
 
Aula2 glicolise 2014
Aula2 glicolise 2014Aula2 glicolise 2014
Aula2 glicolise 2014
 
Glúcidos e Glicemia.pptx
Glúcidos e Glicemia.pptxGlúcidos e Glicemia.pptx
Glúcidos e Glicemia.pptx
 
Resumo bioquimica1
Resumo bioquimica1Resumo bioquimica1
Resumo bioquimica1
 
Glicólise e fermentação 1
Glicólise e fermentação   1Glicólise e fermentação   1
Glicólise e fermentação 1
 
APOSTILA_Integracao_met_2011_2_001.pptx
APOSTILA_Integracao_met_2011_2_001.pptxAPOSTILA_Integracao_met_2011_2_001.pptx
APOSTILA_Integracao_met_2011_2_001.pptx
 
Revisao metabolismo prova_2
Revisao metabolismo prova_2Revisao metabolismo prova_2
Revisao metabolismo prova_2
 
Regulatório do Metabolismo
Regulatório do MetabolismoRegulatório do Metabolismo
Regulatório do Metabolismo
 
Aula 2 glicolise 2014b
Aula 2 glicolise 2014bAula 2 glicolise 2014b
Aula 2 glicolise 2014b
 
Bioenergetica 2
Bioenergetica 2Bioenergetica 2
Bioenergetica 2
 
Bioquímica ii 07 peptídeos e proteínas (arlindo netto)
Bioquímica ii 07   peptídeos e proteínas (arlindo netto)Bioquímica ii 07   peptídeos e proteínas (arlindo netto)
Bioquímica ii 07 peptídeos e proteínas (arlindo netto)
 

Gliconeogenese.pdf

  • 2. Gliconeogênese Via metabólica importante Alguns tecidos: cérebro, hemácias, medula renal, cristalino e córnea ocular, testículos e músculo em exercício Suprimento contínuo de glicose
  • 3. Gliconeogênese Período maior de jejum ? ? ? Necessidade diária de um adulto humano – glicose do cérebro 120g Reservas suficientes atender necessidades cerca de um dia Glicose presente - líquidos orgânicos 20g Glicogênio -190g
  • 4. Gliconeogênese Gliconeogênese é importante quando: – Jejum prolongado –Consumo inadequado de CHO
  • 6. Gliconeogênese ocorre principalmente no fígado e em menor extensão nos rins. • Síntese da glicose a partir do piruvato - utiliza várias enzimas da GLICÓLISE • Três reações da glicólise são essencialmente IRREVERSÍVEIS: Hexoquinase Fosfofrutoquinase Piruvato quinase.
  • 7. Gliconeogênese Gliconeogênese é o processo através do qual precursores como lactato, piruvato, glicerol e aminoácidos são convertidos em glicose. Durante o jejum, toda a glicose deve ser sintetizada a partir desses precursores não-glucídicos. A maioria dos precursores deve entrar no Ciclo de Krebs em algum ponto para ser convertida em oxaloacetato. O oxaloacetato é o material de partida para a gliconeogênese.
  • 8. Gliconeogênese Formação de glicose a partir de precursores não-glicídicos – Lactato; – Glicerol; – Aminoácidos. São transformados em piruvato ou entram na via na forma de intermediários: oxaloacetato e diidroxiacetona fosfato Precursores não-glicídicos Transforma piruvato em glicose
  • 10.
  • 13. A gliconeogênese não é simplesmente o inverso da glicólise. Alguns passos são diferentes de tal forma que o controle de uma via não inativa a outra. Contudo, muitos passos são os mesmos. Três passos são diferentes da glicólise. 1 Piruvato para PEP 2 Frutose-1,6-bisfosfato para Frutose-6-fosfato 3 Glicose-6-fosfato para Glicose
  • 14. Piruvato quinase (Glicólise): PEP + ADP + Pi  Piruvato + ATP
  • 16. O piruvato é convertido a oxaloacetato antes de ser transformado em fosfoenolpiruvato. 1. Piruvato carboxilase catalisa a formação de oxaloacetato a partir de piruvato e CO2, com gasto de ATP. 2. PEP carboxiquinase (PEPCK) converte oxaloacetato em PEP e usa GTP como agente fosforilador.
  • 17. Piruvato carboxilase requer biotina como cofactor.
  • 18. Carboxilação da biotina ATP reage com HCO3 - produzindo carboxifosfato. biotina + ATP + HCO3 -  carboxibiotina + ADP + Pi - O P O O OH C O- O carboxifosfato CH CH H2C S CH NH C N O (CH2)4 C NH (CH2)4 CH C O NH O C O -O carboxibiotina lysine residue
  • 19. No sítio ativo da piruvato carboxilase: o CO2 ativado é transferido da biotina para o piruvato: carboxibiotina + piruvato  biotina + oxaloacetato CH CH H2C S CH NH C N O (CH2)4 C NH R O C O -O C C CH3 O O- O C CH2 C C O O O- O- O CH CH H2C S CH NH C HN O (CH2)4 C NH R O carboxibiotina piruvato oxaloacetato biotina
  • 20. A biotina é um nutriente essencial. A deficiência de biotina é rara, porque ela é abundante nos alimentos e bactérias no intestino grosso também a sintetizam. Contudo, deficiências têm sido observadas e são quase sempre resultantes do consumo de grandes quantidades de clara de ovo. A clara do ovo contém avidina, uma proteína que se liga à biotina com um Kd = 10-15 M (o que é uma reação de ligação forte!). Acredita-se que a avidina protege a clara contra invasão bacteriana, ligando-se à biotina e matando as bactérias.
  • 21. Mitocôndria Transp. de PIRUVATO Piruvato Piruvato (3C) ATP ADP + Pi Oxaloacetato (4C) Piruvato carboxilase CO2 Ciclo de Krebs Malato (4C) Transp. de MALATO Malato (4C) Oxaloacetato (4C) GTP GDP + Pi CO2 Fosfoenol- piruvato (3C) Gliconeogênese Citossol
  • 22.
  • 23. Reações hidrolíticas contornam a PFK e a Hexoquinase. As reações de hidrólise da frutose-1,6-bisfosfato e da glicose-6-fosfato são catalisadas por enzimas diferentes da glicólise. A glicose-6-fosfatase é encontrada apenas no fígado e nos rins. O fígado é o órgão primário para a gliconeogênese. Estes passos são os mesmos da glicólise, mais no sentido contrário A GLICONEOGÊNESE não é o contrário da glicólise, as reações diferentes estão indicadas nas caixas Na glicólise é utilizada a enzima fosfofrutoquinase (PFK1), e requer de ATP Na glicólise é utilizada a enzima hexoquinase, e requer de ATP
  • 24.
  • 25. Pontos de regulação : Glicogênio Glicose-6-fosfato Glicose Fosfoenolpiruvato Oxaloacetato / malato / Piruvato oxaloacetato 1 2 3 1. Glicogênio fosforilase Glicogênio síntase 2. transportador de glicose 3. fosfofrutoquinase-1, frutose-1-6-bisfosfatase 4. Piruvato quinase 5. Piruvato carboxilase 6. Fosfoenolpiruvato carboxiquinase 4 6 5 Principal caminho metabólico e sítios de controle Gliconeogênese Glicólise e gliconeogênese são reciprocamente reguladas Síntese de glicogênio e degradação Controle hormonal Fosforilação e controle alostérico
  • 26.
  • 27. A fosfofrutoquinase é o principal sítio de controle da glicólise AMP citrato Frutose 2,6-bifosfato Fosfofrutoquinase 2 Fosfoenolpiruvato Frutose 1,6-bifosfato Frutose 6-fosfato Frutose 2,6-bifosfatase Fosfofrutoquinase 1 ATP Frutose 1,6-bifosfatase Fosfoenolpiruvato Frutose 6-fosfato + - Proteína quinase dependente de AMPc P - + Frutose 2,6-bifosfato - + ATP AMP - + citrato - +
  • 28. Reguladores da atidade de enzimas gliconeogênicas Enzima PFK FBPase Piruvato quinase Piruvato carboxilase PEPCK PFK-2 FBPase-2
  • 29. Glicose + 2 ADP + 2 Pi + 2 NAD+ 2 Piruvato + 2 ATP + 2 NADH + 2 H+ + 2 H2O 2 Piruvato +4 ATP + 2 GTP + 2 NADH + 4 H2O Glicose + 4 ADP + 2 GDP + 6 Pi + 2 NAD + 2 H+ Glicólise Gliconeogênese