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MICHIO KUSHI
o LIVRO DO
-
~ ....
Copyright © 1979 in lapan by Michio aod Avelioe Tomoyo Kushi.
1 ~ edição em líogua inglesa - Fevereiro de 1979 pela Japan Publications, Inc.,
. Tokyo, lapan.
Título original em inglês: The Book of 00-lo.
Exercise for Physical aod Spiritual Development.
1 ~ edição brasileira - 1985 - Editora Ground, uma divisão da Global Editora
2~ edição brasileira - 1986
Capa: Viviane Malhame (ilustração)
Levi Leonel (arte-lWMW)
Tradução: Norberto de Paula Lima
1uracy Cançado
Revisão: Equipe Ground
CIP-Brasil. Catalogação-na-Publicação
Câmara Brasileira do Livro, SP
Kushi, Michio.
K98L O livro do Do-In: exercícios para o desen volvi-
mento físico e espiritual I Michio Kushi ; tradução Nor-
berto de Paula Lima. Juracy Cançado. - São Paulo :
Ground , 1985.
o LIVRO DO
I. Do-In 2. Exercícios I. Título. 11. Título: Exer-
cícios para o desenvolvimento físico e esp iritual.
ISBN 85-260-0015-2
85-0364
COO-615.822
-615.82
NLM-WB 531
MICHIO KUSHI
Índices para catálogo sistemático:
I. Do-In: Massagem : Terapêutica 615.822
2. Exercícios terapêuticos : Medicina 615.82
N'!de catálogo: 2133
Direitos rese rvados :
EDITORA GROUND LTDA.
(Uma divisão da eJobG) editoro e did ribuidorG lida.)
'Rua França Pinto, 836
Fone:(011) 572·4473
Ceo 04016--V. Mariana
Cx. Postal 45329
São Paulo - SP
Rua Mari, e Barros. 39
conjs. 26131i
Fone : (021) 273·5944
Cep 20270- Ttiuca
Rio de Janeiro - R:1
'Rua Floriano PeixQiQ.149
Cenlro
Fone: (016)634-J?In
Ribeirão Preto-"
Sumário
Imrodução; 11'
Dedicatória. 13
Agradecimentos, 15
Prefácio. 17
PRIMEIRA PARTE: INTRODUÇÃO AO SHIN-SEN-DO:
APERFEIÇOAMENTO FÍSICO, MENTAL
E ESPIRITUAL
Capítulo 1: A Ordem do Universo e o Modo de Vida Macrobiótico, 21
1. Criação do Universo, 21
2. Materialização & Espiritualização, 26
3. A Eterna Jornada da Vida, 31
4. O Modo de Comer, 37
a. O alimento principal, 37
b. O alimento suplementar, 38
c. Bebidas, 39
5. Os Princípios da Respiração, 44
a. Velocidade, 45
b. Profundidade, 45
c. Extensão , 46
6. Vida Cotidiana , 50
Capítulo 2: Constituição Física e Espiritual do Homem, 55
L Estágios da Transformação Espiritual, 55
a. O espírito fisicalizado, 55
b. O espírito vibracional, 55
c. O espírito universal, 55
2. A Constituição Espirálica do Homem, 57
a. Período ambiental, 57
b. Período pré-concepção, 57
c. Período embrionário e fetal , 58
d. Período da Infãncia,19
e. Juventude , 59
f. Idade ad~, (J8
g. Maturidade, 61
h. Período pós-humano, 62
3. Constituição Humana do Ki - Energia. mpétÍQl,~
4. Tratamentos, 74
7
a. Acupuntura, 74
b. Moxabustão, 74
c. Shiatsu, ou massagem dos meridianos, 75
d. Cura pelas mãos, 75
e. Ioga, e outros exercícios físicos, 75
5. Os Chacras e o Canal Espiritual, 76
6. A Estrutura Antagônica - Complementar do Homem, 83
a. A relação entre frente e dorso, 83
b. A relação entre as áreas superior e inferior, 84
c. A relação entre esquerda e direita, 86
d. A relação entre periferia e centro, R7
e. A relação entre órgão e meridiano. 91
f. A relação entre a parte e o todo, 92
SEGUNDA PARTE: EXERCÍCIOS DE DO-IN, 101
Introdução aos Exercícios de Do-In, 103
Capítulo 1: Exercícios Especiais (EE), 105
Introdução, 105
EE I Ten-Dai: Alicerce do Céu, 108
a. Sei-za: Postura correta de sentar, 108
b. Chu-z á; Postura correta de sentar numa cadeira, 108
c. Ren-gue-zá : Postura da flor de lótus, 108
d . Han-ren-gue-zá: Postura da meia flor de lótus, 109
e. Ko-zá: Postura sentada circular, 109
EE2 Ai-W á: Amor e Harmonia, 110
EEJ Shô-Ten : Ascensão ao Céu, 1I1
EE4 Reí-Nô: Desenvolvimento da Força Espiritual, 113
EE5 Wá-Jun: Desenvolvimento da Suavidade, H4
EE6 Nai-Kan: Reflexão Interior, 116
EE7 Gaí-Kan: Reflexão Exterior, 117
EE8 Chin-Pai: Veneração Espiritual, 118
EE9 Tcn-Bú : Dança Celestial, 120
EE10 Rci-Shí: Visão Espiritual, 123
EE 1I Rei-Dô : Mo vimento Espiritual, 125
EE 12 Chi-Kô: Caminhar no Solo, 127
EEI3 Gô-M a: Dissipando as Ilusões, 129
EEI4 Koro-Darna: O Espírito das Pala vras, 131
CapítuJo 2: Exercícios Espirituais Diários (EED), 137
Introdução, 137
EED 1 Sei-Za: Postura Natural Correta e Respiração N-.lunri, 134l
EED 2 Mei-So-Ko-k iú: Meditação e Respiração, 140
EED J Chin-Kon: Oração da Un idade. 140
EE O 4 Haku-Shu: Purificação pela Batida de Palmas, 141
EEO 5 A-Um: Espiritualização pela Vibração Sonora, 142
EED 6 Ten-Ko: Batida do Tambor Celestial, 142
EEO 7 Ten-Ro: Beber do Orvalho Celestial, 143
EEO 8 Kan-Ro: Saborear o Néctar em Meditação, 144
EEO 9 Ten-Gaku: Aud ição da Música Celestial, 145
EEOIO Ko-Miô: Visão da Luz Interior, 145
EEOII Ua-On: Vocalização da Harmonização, 146
EEDI2 Hei-Ua: Pacificação do Mundo, 147
Capítulo 3: Exercícios Diários, 149
l. So-Sh ô-Shu-Hô: Exercícios Matutinos, 149
2. Kin-Sei-Shu-Hô: Exercícios Vespertinos, 161
3. Kei-Raku-Shô-Sei: Exercícios dos Meridianos, 170
4. Exercícios Adicionais, 174
Capítulo 4: Exercícios Gerais, 181
Introdução, 181 .
I. Preparação: Pacificação de Nossa Condição Física e Mental,
2. Face, Cabeça, Pescoço e Ombros, 183
a. Faces, 183
b. Olhos, 184
c. Nariz, 186
d. Boca e maxilar, 186
e. Orelhas, 187
f. Cabeça, 189
g. Pescoço, 191
h. Ombros, 193
3. Braços e Mãos, 194
4. Frente, Costas e Lados do Tronco, 199
5. Cintura, Pernas, Pés e Artelhos, 206
6. Completamento, 212
7. Exercícios Adicionais para a Beleza Facial, 213
8. Algumas Práticas Diárias de Saúde, 215
I) Dores de cabeça, inclusive enxaqueca, 215
2) Calvície , 215
3) Rosto vermelho e inchado, 215
4) Olhos, 215
5) Orelhas, 2 I6
6) Nariz, 216
7) Dentes, boca e ma~re&, 2f6
182
8) Congestão, 217
9) Constipação e diarréia, 217
10) Cãibras das nernas e pés, 217
12) Sardas, 217
13) Verrugas e pintas, 217
14) Cortes e cicatrização, 217
15) Queimaduras, 218
16) Fadiga, 218
Apêndice: Principais Pontos para Diagnóstico e Tratamento
Usados Neste Livro, 219
Introdução
J mportar filosofias e práticas de civilizações distantes no espaço e no tempo implica
sempre expô-Ias a forçadas adaptações aos valores culturais dominantes. E, quase
sempre, deturpá-Ias no que têm de essencial e puro.
Caso exemplar é a defasagem que envolve a popularização entre nós dos
métodos de iniciação gerados na tradição do Oriente, quando vulgarizada pelo
imediatismo consumista ocidental. Forçado pelos fatos a admitir os "incompreen-
síveis" sucessos dessas práticas, o Ocidente decide-se por recuperar as suas técnicas,
enquanto descarta a teoria que as sustenta, na tentativa vã de acomodá-las dentro
daquilo que se supõe cientificamente confiável. Essa contradição impede que se
receba o que essas disciplinas trazem de mais valioso: a percepção enriquecedora de
inimagináveis facetas do território da realidade, permitindo uma visão mais nítida
do mundo e de si mesmo.
O prejuízo é ainda maior quando a barganha se faz na aquisição de práticas
terapêuticas não oficialmente reconhecidas em nosso meio, como é o caso dos
métodos bioenergéticos de . origem ou inspiração ' oriental. Por intervirem em
aspectos do organismo negados ou simplesmente desconhecidos pela medicina
corrente - os sistemas de energia do corpo, já convincentemente retratados mas
não suficientemente explicados pelo saber ocidental -, essas práticas paralelas
terminam, muitas vezes, reduzidas a meros recursos coadjuvantes, destinadas a
eventuais utilizações paliativas. '
Isso apenas confirma o fato de que tais disciplinas não cabem conforta-
velmente nos escaninhos das especialidades médicas. Na realidade, compõem, até
certo ponto, uma outra medicina, com diferentes perspectivas e metas. Seu
principal objetivo é o equilíbrio energético, e seu objeto de intervenção é o corpo
sutil, a contraparte imaterial do corpo físico. Sua utilização adequada, portanto,
exige, em primeiro lugar, a compreensão dos conceitos explicativos que 'original-
mente nortearam sua prática.
Conduzido a partir da clarividente ótica oriental, o singelo gesto .de tocar o
corpo já detona uma sucessão de formidáveis descobertas. Por exemplo, a
revelação de que o corpo é uma obra aberta onde se inscrevem - em caracteres
indecifráveis para os não alfabetizados na fala corporal _ . todas as nossas
vivências. E é no toque, principalmente, que as energias inteligentes Que desenham
no corpo o modelo de comportamento psicossomático revelam sua condição de
equilíbrio ov desarranja.
Áreas contraídas e dolorosas ao toque sinalizam invariavelmente energias
estacionadas e funções impedidas: o corpo aí retrata uma situação mais próxima à
rigidez cadavérica que à fluidez da vida. Pela altura acurada dessas mensagens
corporificadas, os orientais antigos intuíram formas específicas de intervir nas
desordens funcionais, através de métodos apropriadamente não agressivos,
voltados para realçar no organismo seus intrínsecos poderes de autocura.
Entre as artes de massagem oriental, destaca-se o Do-In como o mais simples
e acessível método para a autoconsciência, a saúde e og-escimento pessoal. Através
dele, é o próprio sujeito que, pela conscientização do gesto espontâneo de se tocar,
desenvolve o autoconhecimento que lhe permite desfazer o "lay-out" da doença -
traçado, em linhas ainda tênues, ao longo do território corporal. E é ao lidar
conscientemente com suas energias em desequilíbrio, que o paciente aprende a
redirecioná-Ias ·~ suas fo:mas nat.urais de expressão, investindo-as em seu próprio
processo evolutivo, Avaliada, aSSIm, a importância dessa prática, pode-se calcular
o grande significado que assume esta importante obra, "O Livro de Do-In" de
Michio Kushi. Falar do autor é falar da obra; toda a profundidade empregada na
abordagem das várias possibilidades da técnica, e a simplicidade e clareza na expla-
nação de seus princípios filosóficos, procedem da perfeita harmonia entre o
pensamento e a prática.
Continuador do trabalho de George Ohsawa, Kushi fortalece o sonho do
mestre - construir um mundo de paz, curando a doença social pela regeneração
do indivíduo - ao nos presentear com a iluminante cosmovisão dos antigos sábios
do Oriente, embalada pelo cativante carisma que emana da sua personalidade
magnética. Quem já teve o privilégio de participar de suas palestras, certamente
soube reconhecer a qualidade refinada das vibrações criadas pelo ritmo dos seus
gestos, sua fala, su~ presença; enfim, o invisível ki preenchendo o ambiente e
contagiando os espectadores de entusiasmo e vontade de saber.
E é aparentemente infindável o saber que esse verdadeiro educador dissemina
com maestria a partir de seu santuário em Boston, de onde tem dirigido e
estimulado, nas duas últimas décadas, um intenso e crescente trabalho de conscien-
tizaç~o individual e social por meio de atividades que abrangem a educação, saúde,
publicação, intercâmbio cultural, a pesquisa e desenvolvimento de centros
agrícolas e educacionais. Seus vários livros e suas conferências ministradas incansa-
velmente por quase todo o mundo ocidental transpõem barreiras culturais sensi-
bilizando corações e mentes intelectualmente sofisticados para a simplicidade do
pensamento dialético que permitiu às civilizações orientais antigas uma percepção
mais lúcida dos processos da vida.
E, especialmente em momentos críticos como os que hoje nos envolvem,
quando percebemos que se torna simplesmente vital modificar nossos inconfiáveis
estilos de vida, somente o pensamento dialético, ou seja, a percepção da simul-
taneidade dos opostos, nos iniciará nos poderes alquirnicos para transformar
miséria em bem-estar, doença em saúde, guerra em paz. Esses poderes confirmam
práticas para a autoconsciência, como o Do-In e jazem em profundidade dentro de
cada um de nós.
JURACY CANÇADO
Rio , janeiro de 85
12
Com o nosso sonho infinito de um mundo pacifico e unido surgindo do oceano
infinito do universo, este livro é dedicado a todos os irmãos e irmãs que vieram a
esta Terra, manifestados como seres humanos neste tempo, compartilhando o
mesmo ambiente social e natural para nossa saúde efelicidade. bem como o desen-
volvimento físico, mental e espiritual.
Esta dedicatória é compartilhadapelo antigo povo macrobiótico espiritual que
desenvolveu e praticou os diversos caminhos do Do-In. e pelas muitas pessoas que
já passaram e devotaram suas vidas ao aperfeiçoamento humano, inclusive George e
Lima Ohsawa. Esta dedicatória é também partilhada por meus ancestrais efamília:
meus pais, Keizo e Teru Kushi, meu irmão Massao, e sua esposa Kaioko e seus
filhos; minha esposa, Aveline Tomoko Kushi e nossosfilhos: Lillian, Norio, Candy,
Haruo, Yoshio e Hisao;juntamente com todos os meus amigos pelo mundo. que se
dedicam ao aprendizado da ordem do universo e à sua realização na-terra, entre os
homens, num mundo pacifico e unido.
SOMOS UM, SEMPRE
Viemos do oceano infinito do universo.
Manifestamo-nos, da unidade sem-fim. em milhões e bilhões.
Realizamo-nos como seres humanos, neste planeta, neste tempo.
Brincamos, no sonho sem-fim. fruindo das vicissitudes das ondas relativas
sobre esta Terra.
Nossa vida humana é efêmera. mas nosso sonho é sem-fim.
Vivemos com o dia e a noite. saúde e doença. miséria e felicidade. tristeza e
alegria - ascensão e queda. continuamente;
Mas nosso MMho nunca muda. nossa origem universal nunca acaba.
Desfrutemos, todos juntos, deste planeta. enquanto estivermos aqui.
Quando voltarmos ao universo infinito. digamos uns aos outros:
SO'1?W5 tiJ,Mnamente um oceano infinuo.
E que nos encontremos-de novo
Quando nos manifestarmos neste mundo relativo.
M/CHIO KU5H/
MmÇl)-M J978
11
Agradecimentos
Na criação de O Livro do Do-In: Exercícios para o Desenvolvimento Físico e
Espiritual, gostaria de estender meu reconhecimento e gratidão àqueles cujos
estudos e ensinamentos contribuíram para certas partes de seu conteúdo:
I. Na Primeira Parte do livro, a introdução geral sobre a ordem do universo, a
vida macrobiótica, a constituição física e espiritual da humanidade, reconheço a
inspiração recebida de vários discursos, artigos, livros e ensinamentos da sabedoria
antiga, de muitas partes do mundo, inclusive Japão, Coréia, China, Índia e Egito,
bem corno da antiga Europa e América. Também reconheço a inspiração recebida,
nos muitos anos dedicados à prática da macrobiótica, do Universo Infinito - fonte
de memória e sonho, começo e fim de nossa vida.
2. Na Segunda Parte, os Exercícios de Do-In, deséjo dedicar meu reconhe-
cimento pelos seguintes ensinamentos:
A. Exercícios Especiais
Ensinamentos tradicionais e exercícios transmitidos há sécules Como herança
de antigos costumes da humanidade, inclusive as práticas religiosas e espirituais do
Shintoísmo, Budismo, Hinduísmo e Taoísmo, remanescentes principalmente nos
países orientais. Alguns destes ainda vigoram dentro de grupos comparativamente
pequenos de pesquisadores do aperfeiçoamento espiritual, em diversos lugares do
Oriente.
B. Exercícios Espirituais Diários
Ensinamentos e exercícios praticados principalmente no Sh into ísrno,
Hinduísmo e Taoísmo, bem corno outras práticas espirituais, ainda remanescentes
em alguns países orientais num círculo interno de treinamento religioso..
C. Exercícios Diários
l. Exercícios Matutinos e Vespertinos: Ensinamentos de exercícios básicos de
Do-In corno prática diária pela "Sen-Do-Ren" (Associação Para o Estudo do Tao
do Homem Livre, Tóquio, Japão). Para estudos ulteriores destas práticas é reco-
mendado entrar em contato com esta associação:
Sen-Do-Reft
1-27-12 Kaminoge
Setagaia-ku
Tóqmo 158
Japao
2. Exercícios dos Meridianos: Diversos exercícios relacionados com os me-
ridianos, desenvolvidos e praticados durante muitos séculos: dentre eles, especial-
mente aqueles introduzidos pelo sr. Shizuo Massunaga como Exercícios dos
Meridianos no livro Zen Shiatsu, publicado em Tóquio (Japão) pela "Japan
Publications, Inc., págs. 122 a 124. Para ulteriores estudos, é recomendado entrar
em contato com:
Prefácio
MICHIO KUSHI
3. Exercícios Adicionais: Vários ensinamentos e exercícios tradicionalmente
praticados em conexão com a respiração, desenvolvidos nos métodos para a saúde
no antigo treinamento físico do Shintoísmo e do Budismo.
D. Exercícios Gerais
Os grandes clássicos da medicina oriental de 3.000 anos atrás até o presente,
começando com o J Ching, ou Livro das Mutações e o Clássico do Imperador
Amarelo Sobre a Medicina Interna , e terminando com os livros modernos
relacionados com diagnóstico e fisiognomonia, meridianos e pontos, doenças e
tratamentos no campo da medicina oriental.
Shizuto Massunaga
5-9-8 Tokiwa, Urawa-shi
Saitama-ken 336
Japão
l-O-Kai Shiatsu Center
1-8-9 Higasi-Ueno, Taito-ku
Tóquio 110
Japão
Ao longo de minha vida de meio século, experimentei e observei as misérias da
guerra mundial, junto com a miséria da sociedade atual - as diversas doenças e a
pobreza, a cobiça e o egoísmo, o fracasso e as dificuldades, a ira e o ódio, a discrimi-
nação e o preconceito.
Em minha juventude, fui inspirado pelo sonho de realizar a paz mundial por
muitas medidas possíveis, inclusive o estabelecimento de uma Federação Mundial.
Entretanto, com o processo do amadurecimento, tornei-me iiPtO a ver que a paz
mundial só pode ser conseguida pela reconstrução da humanidade, ou a ressurrei-
ção do homem, a partir das tendências degenerativas correntes, que prevaleceram
por todo o mundo, aumentando com o desenvolvimento da civilização moderna.
Ao mesmo tempo, foi-me dado ter uma experiência iluminadora durante a
meditação, que revelou a vida universal e eterna. Também tive a oportunidade de
aprofundar minha compreensão das antigas filosofias e religiões orientais, que
deveriam ser combinadas com o pensamento ocidental moderno e nosso modo de
viver. Quanto a este aspecto, sou grato pelo ensinamento inspirado de George
Ohsawa e de muitos outros filósofos dos nossos dias, bem como a antigos
pensadores espirituais, filosóficos e científicos.
Todas as misérias dos negócios humanos derivam de nossa incompreensão
pessoal da ordem do universo, ou, poderíamos dizer, de nossa ignorância sobre nós
mesmos. A partir desta ignorância, extraviamos nossa vida cotidiana em nossa
prática dietária, nossas relações sociais, nossa atitude mental, bem como na
compreensão espiritual.
A vida é ela mesma um universo infinito, e nosso viver deveria ser simples e
prático, de acordo com a ordem do universo infinito. A realização da saúde e da
felicidade é o caminho mais fácil e simples. Tendo como base esta 'percepção,
comecei a difundir o modo de vida que qualquer um pode praticar a qualquer
momento como o meio mais simples para a consecução da saúde e felicidade,
liberdade e paz - o modo de vida conhecido como macrobiótico.
Juntamente com a difusão do modo de vida por um mundo pacífico e unido,
encorajei a adaptação de diversos métodos tradicionais para o aperfeiçoamento
físico, mental e espiritual, a saber: medicina oriental, acupuntura, moxabusião,
massagem shiatsu, cura.pelas mãos, meditação e exercícios mentais e espirituais.
Para reforçar nosso iKóprio desenvolvimento, também iniciei a introdução de urna
antiga prática macrobiótica, o Do-In, nos Estados Unidos, há cerca de dez anos:
Sou grato ao sr. Jacques De Langre e sr. Jean Bernard Rishi por seus respectivos
livros sobre Do-In, que introduziram parte destes exe.rct6t0s. Entretanto, o Do-In ·
que apresentei era um exercício parcial, principalmente relacionado com a energi-
.zação da nossa vitalidade física e mental e não explicava outros aspectos da técnica
'"
que são mais espiritualmente orientados. Vi-me obrigado, nesses últimos anos, .a
introduzir a escala geral de todo o âmbito dos exercícios de Do-In.
Foi necessário redescobrir e reconstruir os exercícios de Do-In, porque estes
antigos exercícios macrobióticos foram em grande parte, perdidos em muitas áreas,
muito embora algumas destas práticas tenham se preservado entre um limitado
grupo de iniciados no Extremo Oriente. A completa extensão dos exercícios de
Do-In, contudo, não fica limitada às várias séries de exercícios introduzidas nesta
obra. Estes antigos exercícios macrobióticos foram efetivamente a origem de todos
os exercícios físicos, mentais e espirituais que atualmente, estão diferenciados nas
diversas espécies de meditação, canto, exercícios de yoga, treinamento psicofísico,
artes marciais, bem como outros métodos de auto-aperfeiçoamento.
A origem do exercício de Do-In está simplesmente em nosso auto-ajuste
intuitivo para nos manter e nos desenvolver, dentro do oceano da vida universal, ou
o universo infinito. Portanto, o princípio histórico do exercício de Do-In é
desconhecido, mas sempre existiu com a vida humana, através de todas as gerações
da humanidade. Porém, foi há mais de 10.000 anos que os exercícios Do-In foram
ativamente adaptados como a forma ancestral de desenvolvimento físico, mental e
espiritual para produzir o homem livre - o Toa de Shin-Sen, o Caminho do
Homem Livre Espiritual.
Estes exercícios são singulares por permitirem a qualquer um praticá-los a
qualquer momento e sob circunstâncias ordinárias, sem requerer parceiro ou
técnica especial. Neste sentido, todas as raças, todas as eras, todos os homens e
mulheres podem praticá-los facilmente para obter saúde e felicidade. Alguns dos
exercícios introduzidos neste livro foram por mim adaptados, na esperança de que
possam beneficiar a todos.
Sinceramente tenho a esperança de que todo o mundo poderá praticar livre-
mente estes exercícios para sua saúde física, beleza, e alegria do espírito.
Desejo agradecer a todos que me ajudaram na elaboração deste livro e ainda a
todos os professores, veteranos, amigos e estudantes, que são alguns milhões por
todo mundo, que buscam comigo a realização l!eum sonho comum e perene - um
mundo pacífico e unido.
MICHIO KUSHI
te
Primeira Parte
Introdução ao Shin-Sen-Do:
Aperfeiçoamento Físico, Mental e
Espiritual
CAPÍTULO 1
A Ordem do Universo e o Modo de Vida
Macrobiótico
1. Criação do Universo
No começo sem-começo, o universo infinito não se manifestava como fenômeno.
Não havia tempo nem espaço, nem luz nem treva, nem forma nem dimensão. Desta
unidade, só havia movimento sem-fim com velocidade infinita em todas as direções.
Por causa desta velocidade infinita, não havia passado nem futuro, nem qualquer
fenômeno relativo.
Entretanto, semPr.e e quando o movimento infinito, omnidirecional, se
intercepta, movimentos espirais começam a formar-se num processo de diferen-
ciação. As forças que produzem espirais da periferia para o centro e as forças
decompondo as espirais de centro rumo à periferia são as duas forças primárias, do
mundo das espirais, o mundo de todos os fenômenos relativos,
Do movimento das galáxias ao das partículas subatômicas, do movimento
espiritual invisível às constituições físicas visíveis, todos são de conformação espiral
e governados por duas forças complementares antagonistas: yin, centrífuga e
expansiva; e yang centrípeta e contrativa.
Todos os fenômenos manifestados neste oceano infinito do universo são
governados, dirigidos e destinados por estas duas forças. Toda mudança e
movimento é mais yin, centrífugo, ou mais yang, centrípeto. Não há nada que não
seja governado por estas duas tendências e direções. Todos os fenômenos diferem
uns dos outros por causa dos diferentes graus destas duas forças operando dentro e
fora deles.
Correspondentemente, yin e yang manifestam-se em tudo - todo fenômeno no
universo, bem como na terra. A relação entre estas duas forças, tendências e
direções pode ser visualizada na Fig. 1.
A força yang, o curso da contração e fisicalização é o caminho da materializa-
ção: ao passo que a força yin, o curso da expansão e desfisicalização, é o caminso da
espiritualização. Quando o curso yang acelera, a matéria é condensada. Part~s
pré-atômicas da matéria são comprimidas, e no seu extremo de compressão,
produzirão altas temperaturas (Curso A). Inversamente, o curso da espiritua-
lização expande e decompõe a matéria, reduzindo a velocidade 9tts partículas-pré-
atômicas e produzindo, assim, temperaturas mais baixas (CulW,B).
Quando a compressão da matéria produz uma temperatura elevada, a m*"-
passa a expandir-se, voltando seu curso da materialização para a espiritualização
(Curso C); e quando o curso da espiritualização produz uma temperatura mais fria,
21
Fig. I O Ciclo Eterno e Universal das Mutações
a matéria se contrai, voltando a uma maior condensação (Curso D). O curso yang
da contração se transforma num yin de expansão, e o yin da expansão se transforma
num yang de compressão, numa alternância perpétua.
A contração muda para expansão, e a expansão muda para contração; o físico
se dissolve em espírito, e o espírito se contrai em matéria; o movimento se
transforma em repouso, e o repouso, em mMimento; a solidificação se decompõe, e
a decomposição gera uma outra solidificação; a prosperidade termina com a
pobreza, e a pobreza se transforma em prosperidade; o sucesso leva ao fracasso, e o
fracasso leva ao sucesso; a alegria termina com a vinda da miséria, e a miséria
termina corna vinda da alegria; o amor torna-se ódio, e o ódio transforma-se em
amor; o prazer transforma-se em desgosto, e o desgosto se transforma em prazer. O
dia torna-se noite, a noite torna-se dia; o inverno transforma-se em verão, e o verão
torna-eeo.nvernü;.a escuridão em luz, a luz em escuridão, saúde em doença, doença
em saúde. A ascensão de uma civilização prepara o seu declínio. As dificuldades
Tempo
YANGf::j"
Força Centrípeta
Contração
Fusão
Ass~
Reunião
Organização
Mais rápido e ati vo
Ondas longas e de mais ba ixa freq.
Descendente e Horizontal
Ma is interior e central
Ma is pesado
Ma is quente
Ma is claro e brilhante
Mais seco
Mais espesso
Menor
Mais contratiea e resistente
Mais curta '
Mais dura
Próton
H, C, Na , As, Mg, etc...
... Água... Terra
Ma is frio
An imal
Masculino
Mais compactos
Mais centrais: parassirnp ático
Mais at iva, positiva, agressiva
Mais fisico e saeml
""ais específico
Ma is voltada para o passado
Ma is materialista
Espaço
Exemplos de Yin e Yang
Expansão
Difusão
Dispersão
Separação
Decomposição
Mais lento e inativo
Ondas curtas e de mais alta freq .
Ascendente e vert ical
Ma is exterior e periférico
Mais leve
Mais frio
Mais sombrio e escuro
Mais úmido
Menos espesso
Maior
Mais expansiva e frágil
Mais longa
Mais mole
Elétron
N, O, K, P, Ca, etc .
Vibração...Ar. ..
Tropical
Vegetal
Fem inino
Ma is ocos e expansivos
Mais periféricos: ortossimpático
Mais branda, negativa defensiva
Mais psicológico e mental
Mais universal
Mais voltada para o futuro
Ma is esp iritualizada
YIN'1
Força Centrífuga
Dimensão
Atributo
produzem força e alegria. Lágrimas levam a sorrisos. A guerra termina com a paz ;
vida torna-se morte; morte gera vida .
Todas as espirais formando os diversos mundos relativos aparecem e desapa-
recem constantemente no oceano do universo infinito, através do que o movimento
perpétuo de yin para yang e de volta para yin está operando em toda parte, em todo
tempo. Este movimento entre yin e yang é a própria infinidade, que podemos
chamar de única totalidade, Deus, ou a ordem do universo, que é eterna e
universal. Não há fenômeno natural que não se manifeste dentro desta ordem
universal, consoante yin e yang, e não há assunto humano que não represente esta
eterna e universal lei das mutações. O que quer e quem quer que não realize e
perceba esta ordem infinita vê sua existência neste universo apenas em seus mundos
relativos.
Tendência
Função
Movimento
Vibração
Direção
Posição
Peso
Temperatura
Luz i Luminosidade
Umidade
Densidade
Tamanho
Configuração
Forma
Textura
Partícula atômica
Elementos
Ambiente
Efeito do clima
Qualidade biológica
Sexo
Estrutura dos órgãos
Nervos
Atitudes, emoção
Trabalho
Consciência
Função mental
Cultura
Espaço
Expansão,
ne movimento infinito
Deformação
Decomposição
Diferenciação
Descompressão
Maior
Espiritualização
Desfisicalização
Mais mole
Mais leve
Ma is lento
Mais frio
'VYin-Trajetória Centrífuga
,
,
I
I
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,
I
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,,
,,
Mais duro
Mais pesado
Ma is rápido
Ma is quente,
Materialização
Fisicalização
Formação
Solidificação
Unificação
Compressão
Menor
Tempo
Contração
6 Yang-Trajetória Centrípeta
23
Há diversas leis fundamentais que regem o movimento do universo e todas as
variações dos fenômenos naturais neste mundo relativo:
l. A força e tendência yin, centrifuga e expansiva atrai aforça e tendência
yang, centrfpeta e contrativa, e vice-versa.
Para realizar e manter a harmonia de um universo único e infinito, as forças e
tendências opostas atraem-se mutuamente para atingir um estado harmonioso. A
criação e a dissolução do universo, continuamente se desenvolvendo em quase
infinitas dimensões de tempo e espaço, constantemente produz numerosa variedade
de fenômenos. Dentre estes, visíveis e invisíveis, pequenos e grandes, físicos e
espirituais, operam continuamente movimentos visando a consecução da
harmonia. Este movimento de atração universal entre diferentes forças e tendên-
cias é chamado, em nossa expressão humana, de "amor". O amor é portanto
universal e permanente, surgindo em todo ~po e lugar, entre homem e mulher,
carbono e oxigênio, elétron e próton, baixa e alta pressão, frio e quente, lento e
rápido, positivo (+) e negativo (-) na eletricidade e no magnetismo, treva e luz, Norte
e Sul, Leste e Oeste, espírito e matéria, ondas curtas e ondas longas - sempre, e
onde quer que todos os fenômenos relativos de tendências opostas se atraem para
produzir harmonia.
2. A força e tendência yin, centrifuga e expansiva, repele forças e tendên-
- cias yin similares, e a força e tendência yang, centripeta e contrativa,
repele forças e tendências yang similares.
Para manter a harmonia universal neste infinito oceano do universo, enquanto
tendências opostas se atraem, todas as forças e tendências similares se repelem umas
às outras. Para evitar uma possível desarmonia, fenômenos similares se e~purram
e permanecem à distância uns dos outros, evitando excessiva acumulação das
mesmas forças e tendências. Não ocorre casamento dentro do mesmo sexo;
nenhuma melodia é composta pela continuação do mesmo som; nenhuma
respiração ocorre só com a inalação ou exalação apenas; nenhum movimento
continua, sem repouso.
Pólos similares positivos (+) repelem-se, tal como os pólos negativos (-). O óleo
e a água, que têm tendências análogas num estado natural, não se misturam; dentre
partículas sólidas, como a areia, a condensação não ocorre a menos que um líquido
aja como agente agregador. Pessoas de caráter semelhante, agressivo e extrover-
tido freqüentemente criam brigas e incompreensões entre elas mesmas, assim como
pessoas de caráter suave e introvertido.
Este movimento de repulsão entre forças e tendências similares está operando
.universal e permanentemente em todos os fenômenos relativos. Em termos mais
analíticos, pode ser chamado "separação", e em termos mais emocionais, "ódio",
~, bem como amor e harmonia, são os princípios maiores deste universo
infinitamente mutável.
, .. ~
3. Uma condição excessiva daforça e tendência vin, centrifugo. ou daforça
e tendência yang, centripeta, produz e se transforma naforça e tendência
oposta, respectivamente: vang ou yin.
Todo fenômeno relativo que emerge no oceano do universo infinito desenvolve-se
até o pico, e então retorna ao curso oposto, declinante. Toda vida tem seu começo e
fim, passando por seu estado de clímax. Qualquer indivíduo que continua a crescer
após seu nascimento, começa a decair para a morte, depois de ter seu período mais
ativo na meia-idade. Toda civilização tem ascensão e queda; todos os países se
desenvolvem e declinam; todas as famílias prosperam e perecem. Pressões altas
contraem a matéria; pressões extremamente altas causam uma explosão da mesma
matéria; baixas temperaturas contraem a matéria; temperaturas extremamente
baixas podem causar sublimação (isto é, JiRtssagem direta do sólido para o gasoso).
A contração extrema gera a expansão.
O dia se transforma em noite e noite em dia; verão em inverno e inverno em
verão; paz em guerra e guerra em paz; tranqüilidade em excitação e excitação em
tranqüilidade; saúde em doença e doença em saúde; vida em morte e morte em vida;
espírito em matéria e matéria em espírito; matéria em energia e energia em matéria.
Neste oceano sem fim do universo, não há nada de estático. Todos os
fenômenos estão constantemente mudando de yin para yang e do yang para o yin,
do invisível para o visível e do visível para o invisível. Por causa desta universal e
permanente ordem de mudança, tudo neste universo é temporário e efêmero. Por
causa deste 'eterno ciclo de movimento de uma para outra tendência oposta, tudo
"reencarna" infinitamente.
Estes três grandes princípios governam em qualquer parte do universo. Em
todo lugar e tempo, toda coisa varia de acordo com estas leis. O destino desta Via
Láctea, de nosso sistema solar, e da Terra, onde vivemos, não são exceções. Todas
as designações humanas, pessoais e coletivas também estão variando segundo estes
princípios. Nossas manifestações físicas, mentais e espirituais, bem como nossa~
atividades sociais também estão mudando de acordo com esta ordenação.
Aqueles que conhecem esta ordem funcionando dentro e fora de nós, são
capazes de atingir a saúde e a paz. Por outro lado, aqueles que não entendem esta
ordem sofrem a confusão e o caos, o conflito e a miséria.
Aqueles que conhecem essa ordem e se transformam para se adaptar às circuns-
tâncias mutáveis, são capazes de atingir a felicidade; ao passo que aqueles que não
conhecem essa ordem são incapazes de se adaptarem e sofrem o desespero e desa-
pontamento, o descontentamento e a infelicidade.
Aqueles que conhecem essa ordem e tomam a iniciativa de liderar as circuns-
tâncias em mutação, são capazes de atingir a liberdade, ao passo que os outros,
incapazes de tomar a iniciativa em seu ambiente, perdem sua liberdade e se
escravizam, sofrendo com lutas sem fim.'
Para viver saudavelmente, com felicidade e liberdade, é absolutamente essen-
cial entender essa ordem eterna e universal do movimento infirnto.
'25
2. Materialização & Espiritualização
No oceano infinito do universo, espirais emergem, formando todo o mundo
fenomênico. A formação do mundo relativo é promovida pela força contrativa
yang, que forma um movimento espiralado da periferia rumo ao centro.
Este processo da criação do mundo relativo na escala maior geralmente assume sete
estágios orbitais:
Primeiro Estágio: Infinidade Una, sem começo e sem fim. Deus o Todo e
Absoluto, onipresente, onipotente e onisciente. O oceano infinito do
movimento sem-fim, que continuamente se expande em todas as direções com
velocidade infinita.
Segundo Estágio: O começo da polarização yin e yang. Todas as forças e
tendências antagonistas e complementares resultam da formação de movi-
mentos espiralados oriundos da interseção de forças se expandindo ao
infinito. O começo de tempo e espaço, direções e dimensões; a diferenciação de
velocidade, freqüência e forças. O princípio de todos os fenômenos relativos.
Terceiro Estágio: Movimento, energia e vibração, ondulando entre os pólos
que resultam da diferenciação do segundo estágio. Invisíveis, mas já
fenômenos. Parte infinitesimal deste mundo é perceptível na escala humana
como fenômenos espirituais e mentais, e uma parte ainda menor é perceptível
aos cinco sentidos. Este mundo inclui o comprimento infinito de todas as
vibrações, das ondas mais curtas às mais longas.
,
contração, que a terrã recebe do céu, do espaço sideral. Há cem mil espécies,
altamente carregadas de energia, produzindo movimento ativo independente.
Há duas categorias principais de espécies: animais da água e da terra. Seu
processo evolutivo é composto de 7 estágios de desenvolvimento: a partir do
organismo celular primitivo, passando pelos estágios de invertebrado, anfíbio:
réptil, pássaro, mamífero, até o homem. O ser humano é a última e mais
desenvolvida manifestação deste estágio.
Do oceano invisível do universo à aparição de seres humanos no planeta, sete
estágios orbitais de criação tomaram lugar. Este é o curso de fisicalização e materia-
lização, um curso de interiorização do movimento espiral da criação, que surgiu do
oceano infinito. Não há fronteiras marcadas entre estes estágios progressivos: cada
estágio precedente torna-se o meio ambiente do seguinte. O sétimo estágio, o reino
animal, é uma manifestação transformada de uma parte do sexto estágio, o reino
vegetal. O sexto estágio, o reino vegetal, é manifestação transformada de parte do
quinto estágio, o mundo dos elementos. O quinto estágio, o mundo dos elementos é
manifestação transformada de parte do quarto estágio, o mundo pré-atômico.
O quarto estágio, o mundo pré-atômico é manifestação transformada de parte do
terceiro estágio, mundo de vibração e energia. O terceiro estágio, o mundo da
vibração e da energia, é manifestação transformada da parte do segundo estágio, o
mundo da bipolaridade. O segundo estágio, mundo da polarização, é um aspecto da
Infinidade Una.
7.° Céu:
Totalidade
Quarto Estágio: Mundo do movimento pré-atômico, princípio do mundo
físico, material. Massa condensada do movimento espirálico da energia,
aparecendo como partículas. Umas poucas das numerosas variedades de
partículas são conhecidas' neste mundo como elétrons, nêutrons, etc.
Quinto Estágio: Mundo dos elementos, resultando da reunião em espiral das
partículas em moléculas. Constituindo o mundo da natureza - solo, água e ar
-, os componentes deste estágio incluem mais de cem elementos, dos mais
leves, como hidrogênio e hélio aos elementos pesados e radiativos, tanto
quanto concerne a esta Terra.
Sexto Estágio: Mundos dos organismos vegetais - o reino vegetal. Sua
química recebe uma energia, especial da força centrífuga, expansiva, da terra.
Milhares de espécies prevaleceram neste planeta, formadas a partir de terra,
água e ar, e alimentadas pela radiação do sol e do céu.
Sétimo Estágio: Mundo do reino animal, formado a partir do reino vegetal.
Seu desenvolvimento foi influenciado mais pelas forças centrípetas, de
26
Infinidade Una
Fig.2






~





Criação do Universo
Mundo Absoluto
e Eterno
Mundos Diferenciados,
Relativos
e Efêmeros
o mundo infinito do primeiro estágio é a origem de tudo, mas em si mesmo, não
tem manifestação. O mundo da polarização é o princípio de todo o movimento,
todo o mundo fenomênico, a ordem do universo. O mundo do terceiro estágio é o
mundo espiritual invisível do qual parte. infinitesimal é perceptível à nossa
experiência mental e sensorial. Os mundos do quarto ao sétimo estágios são os
mundos relativos fenomênicos, alguns dos quais são cada vez mais perceptíveis
através de nossas experiências diárias. Especificamente, o quarto e o quinto
mundos são os mundos naturais físico e químico, e o sexto e o sétimo estágios são os
mundos da vida orgânica.
À medida que esta imensa espiral de sete órbitas de criação progride para
dentro em sua trajetória de fisicalização e materialização, as variedades de
fenômenos e manifestações em cada estágio vão se tornando cada vez mais
numerosas. O primeiro estágio é o da unicidade. O segundo estágio é o da
dualidade: yin e yang. Desenvolvendo-se através dos estágios, o número de
variações cresce rapidamente no mundo dos elementos, cerca de cem; no mundo
vegetal, milhares de espécies; no mundo animal, milhões de espécies. No último
estágio - seres humanos - em nossa atual sociedade e neste século, mais de quatro
bilhões de manifestações diferentes atuam de maneira independente.
Este gigantesco movimento espirálico internalizante de criação, que se originou
no oceano do universo infinito, tem naturalmente como destino reverter seu
movimento espirálico internalizante para a direção oposta no sentido da dissolução
de toda a espiral. Em outras palavras, a trajetória internalizante centrípeta yang de
fisicalização e materialização volta sua direção, no centro da espiral, rumo à
periferia, o oceano infinito, através do curso centrífugo yin de decomposição.
Esta trajetória yin, de decomposição centrífuga de dissolução pelo movimento
espiral, retornando ao oceano infinito do universo, pode ser chamada de desfisica-
lização ou desmaterialização, ou a trajetória de espiritualização. Este curso da
desmaterialização progride em sete estágios orbitais, começando do centro e
deslocando-se para a periferia da espiral:
Primeiro Estágio: o mundo da vida orgânica, a manifestação mais condensa-
da de vibração e energia, altamente carregada com atividade energética,
vivendo ativa e independentemente. O reino animal, especialmente a
constituição física do ser humano é a manifestação mais alta deste mundo.
Segundo Estágio: o mundo das vibrações físicas e energia, descarregadas e
irradiadas da atividade e decomposição dos organismos celulares, a saber, o
corpo, ou constituição física. I Movimentos maciços de energia calórica,
evaporação de moléculas líquidas e movimento atmosférico entre o corpo e
suas vizinhanças. A maioria dos fenômenos móveis neste nível pode ser
identificada por nossas percepções sensoriais e emocionais.
Terceiro Estágio: mundo das vibrações e energia de ondas curtas. Mundo da
consciência, vibrando e manifestando-se em idéias e pensamentos diversos.
Manifestação maciça de pensamentos e idéias que, neste mundo, costuma ser
chamada de "corpo astral", no mundo que é chamado o "mundo astral" d
T . a
erra. As dimensões deste modo são mil vezes maiores que o mund
, I . operceptíve sensonalmente.
Quarto Est~~io:.mundo da atividade eletromagnética. Todos os movimentos
de alt~ freque.ncla formando correntes entre pólos diferenciados - positivo-
negativo ou ym-yang - através das dimensões do universo. Este mundo é mil
vezes mais amplo que o anterior, do qual toda consciência relativa
pensamentos e idéias provêm e no qual todas as manifestações físicas ~
fenô~e~os dos estágios prévios resultam. O universo visível é um mero ponto
geometnco deste mundo.
Quinto ~stá~io: mund? de radiação, propagando-se a alta velocidade pelo
oceano infinito do uruverso. Neste mundo nascem várias manifestações e
atividades espirituais. As dimensões deste mundo são mil vezes as do mundo
anterior.
Sexto Estágio: mundo da centripetalidade e centrifugalidade, forças primárias
de todas as manifestações espirituais, físicas e materiais, e dos fenô~
cobre todo o âmbito do oceano infinito do universo, produzindo e diminuindo
todos os universos e fenômenos nele contido. Este mundo é manifestado em
Fig. 3 Espiritualização do Universo
7.° Céu
Oceano Infinito da
Vontade e Consciência
Universais
Origem das Origens e
Fim dos Fins
Sem Tempo e Sem Espaço
Mundo do Nirvana
e Satori yin e yang
Mundos Relativos,
em Mutação Constante
Mundos Finitos e
Fenômenos Efêmeros
29
todo o movimento. além de tempo e espaço, como tendências antagonistas e
complementares em todo tempo lugar e coisa do universo.
3. A Eterna Jornada da Vida
Sétimo Estágio: Infinidade Una, eterna e sem limitação. O mundo da constante
expansão com velocidade infinita, omnidirecional. As dimensões deste mundo
são infinitamente maiores que os anteriores, relativos. A origem perpétua de
tudo, de todo lugar de Deus e suas manifestações em todos os seres. Terra
natal de toda vida e fenômeno, para sempre. O passado, presente e futuro de
todo mundo relativo. O mundo do Nirvana liberdade absoluta e justiça
absoluta, absoluto amor e absoluta paz. Tudo surgiu deste mundo, retorna a
este mundo, e ressurge desse mundo, continuamente.
Não existem fronteiras definidas entre estas etapas que compõem o curso yin
centrífugo de retorno do estágio infinitesimal devida ao oceano infinito da vida: h,á
uma variação contínua, progressiva, no processo de decomposição do universo em
espiral, que emergiu do oceano da infinidade. Cada mundo torna-se progressi-
vamente maior em comparação com o anterior, numa progressão logarítmica.
O corpo humano, nossa maciça manifestação física, é o começo deste caminho
de retorno rumo ao oceano infinito da vida. Viemos do infinito, vivemos dentro do
infinito e retornamos ao infinito. Estamos experimentando estajornada da vida por
bilhões de anos, estágio por estágio, mudando e adaptando nossa constituição à
natureza particular de cada estágio . A experiência da vida humana é um mero
piscar de olho em comparação com esta longa jornada da vida.
A vida humana é efêmera, e o que quer que façamos durante o tempo de nossa
vida é vão se considerarmos nossa vida humana existindo separadamente desta
longa jornada da vida como um todo. Entretanto, a vida humana neste pequeno
planeta, a terra, é um estágio entre o curso yang de fisicalização e materialização, e o
curso yin da desfisicalização, que tem lugar na escala do universo infinito, com uma
duração de tempo infinita e infinitas dimensões de fenômenos espirituais, mentais e
físicos. A vida humana éo resultado de uma jornada passada através de bilhões de
anos. A vida humana é o resultado de todas as experiências já sofridas neste
universo, e representa um desejo candente, uma esperança, um sonho para o infinito
futuro, de se tornar uma só com o infinito, com absoluta justiça e liberdade, com
absoluta paz e amor. Nossa vida diária é o processo pelo qual estamos acumulando
nosso desenvolvimento físico, mental e espiritual em preparação ao estágio futuro
na jornada da vida universal. O que quer que façamos, o que quer que pensemos,
terá resultados na nossa vida do estágio subseqüente, assim como nossa vida atual
foi influenciada por tudo aquilo que fizemos e pensamos na vida anterior.
Aqueles que entendem a jornada infinita da vida têm a sabedoria de projetar e
dirigir sua vida humana, dia a dia, a fim de desenvolver suas qualidades físicas,
mentais e espirituais, preparando-se para o estágio seguinte da jornada. Aqueles
que não entendem esta jornada da vida sem-fim, não são sábios na orientação de
sua vida cotidiana, desperdiçando suas vidas nesta Terra com assuntos mesquinhos.
e desprezíveis, buscando o contentamento e satisfação efêmeros.
30
Na longa jornada da vida, que tem dimensões temporais de bilhões de anos e
di~e~s?es espaciais de âmbito quase infinito, a vida humana é uma etapa que
pnncipia nosso curso de retorno ao oceano ilimitado da vida, a eterna terra natal de
todas as vidas e fenômenos. Através de nossas vidas, dia e noite, todos experi-
mentamos parte deste curso de retorno.
Diversos estágios deste trajeto são experimentados durante nossas atividades
físicas, mentais e espirituais, e permanecem em nossa memória. Falando de maneira
prática, geralmente experimentamos os diversos estágios da jornada de retorno
como segue:
Primeiro Período da Vida: O começo da jornada de volta começa com nossas
formas dos estágios anteriores se diferenciando em duas células antagonistas e
complementares - o óvulo da mãe o espermatozóide do pai. Ambos vieram das
células do sangue dos pais, que por sua vez vieram do reino vegetal. As células
reprodutoras que estão ativas no útero da mãe são oresultado de transmutações de.
vida de bilhões de anos, que começaram a partir do oceano infinito do universo em
tempos imemoriais. Atingiram o estado de. vida orgânica como a constituição
primária da vida animal, vibração energética altamente carregada. Quando estas
células reprodutoras antagonistas e complementares - o óvulo yang e o esperma-
tozóide yin - combinam-se e se fundem é o começo da trajetória de retorno de
bilhões de anos rumo ao oceano infinito da vida. Cada uma delas carrega suas
memórias passadas e a visão de seu futuro. Muito embora suas jornadas recentes as
tenham separado em diferentes espécies de vegetais, diferentes tipos de moléculas e
células sangüíneas do pai e da mãe, as lembranças da sua origem comum, a
infinidade una , e a visão do futuro quarido se tornarão uma infinidade una nunca
foram esquecidas. Quando se fundem uma com a outra, as memórias e as visões
tornam-se manifestas num organismo que as sucede num sonho imperecível para
cumprir a jornada de retorno da vida, para continuar a realizar a liberdade, justiça,
amor e paz absolutos. Fisicamente, o ovo fertilizado é uma réplica da Terra em
rotação, produzindo um campo de força à sua volta, e sofrendo deslocamentos
periódicos em seu eixo . Ademais, o ovo fertilizado é nutrido por correntes de.
energia que passam em espiral pelo canal espiritual do corpo da mãe: a força do céu
yang descendo do céu ao centro da terra; e outra energia, yin, vinda da terra
passando verticalmente pelo útero da mãe, ascendendo centrifugamente do centro
da terra rumo ao céu. Por estas duas forças - uma centrípeta,outracentrifuga.c.ovo
fertilizado está contiouamente equilibrado entre o mov~to celestial das ~
lações e o movimento da terra. A força descendente do céu passando pelo canal
espiritual da mãe, também é nutrida pelas -suas emoções, pensamentos, idéias,
imagens. Enquanto passa pelo cérebro da mãe, é reorientada e modificada por seus
vários pensamentos e imagens, Duma nova qualidade de força energisadora.
31
Segundo Período da Vida: A vida que sucede a fertilização cobre um período
de cerca de sete dias. Durante este período, a nova vida viaja pela trompa de Falópio
no útero da mãe, seus organismos celulares multiplicando-se rapidamente pelo
movimento de constante rotação e freqüentes deslocamentos de eixo. Este período
é uma repetição do crescimento primário de vida rumo aos organismos pluricelu-
lares, na antiga condição gasosa. da Terra primitiva, há quase quatro bilhões de
anos. Neste período, a vida viaja rapidamente para longe da região ovariana rumo a
um pólo recém-desenvolvido pela carga intensiva das forças de céu e terra, nas
profundezas do útero, onde deve crescer a placenta. A consciência mecânica
primária governa e dirige esta vida. As memórias e visões que eram transportadas
pelas células reprodutoras dos pais e fundidas numa só pela fertilização, são
distribuídas a cada uma das células individuais em rápida multiplicação. Cada
célula transporta as mesmas memórias e visões, e todas as células coletivamente
transportam a mesma memória e a mesma visão. Durante este período, a vida é
nutrida pelo fluxo de energia invisível que se origina da força descendente do céu e
da força ascendente da terra; e também é nutrida pelas forças entre os dois pólos, o
ovário e o útero - a região conhecida como Hara - bem como pelas forças geradas
por sua própria rotação e deslocamento de eixo.
Terceiro Período da Vida: O terceiro estágio do processo do retorno à infinida-
de começa com a implantação no útero e o crescimento da placenta. Este período
continua até o parto, 'repetindo a evolução biológica na água. O saco amniótico,
dentro do qual o embrião flutua e recebe alimento da placenta através do cordão
umbilical, representa o oceano primitivo que cobria toda a superfície da Terra até a
completa formação do solo. Durante este período, o embrião se desenvolve com
seus sistemas, órgãos e glândulas, bem como todas as partes auxiliares do corpo.
Além do alimento recebido pela placenta e cordão umbilical, que é primariamente
o sangue materno, filtrado, o embrião continuamente recebe energia vibracional
invisível passando pelo canal espiritual da mãe as forças do céu e da terra junto com
a energia passando pelos meridianos situados ao longo da parede do útero. O
embrião gira e repete os deslocamentos de eixo, sua memória e visões tornando-se
mais diferenciadas e distribuídas pelas células em número cada vez maior. Neste
período, o embrião desenvolve-se quase três bilhões de vezes em peso, em
comparação com o peso original do ovo fertilizado.
Esta vida aquática é o estágio preparatório para o seguinte, a vida aérea.
Durante este período embrionário na água, os organismos celulares crescem
constantemente, e o alicerce físico para a vida seguinte no ar é constituído. Em
outras palavras, o principal propósito desta etapa da vida é a formação da
constituição física, preparando terreno para o desenvolvimento mental e espiritual
no estágio seguinte da vida. A vida embrionária na água procede por julgamento
mecânico, e quase nenhuma consciência objetiva participa no desenvolvimento até
o último período da gravidez. A constituição desenvolvida durante este tempo é um
alicerce para o destino do estágio seguinte, e portanto é de importância funda-
mental que qualidade de alimentação o embrião recebe, que tipo de energia ele
recebe da atividade da mãe, e que tipo de vibrações de consciência recebe dos
32
,f
p:ensamentos e imagens da mãe. Todas estas coisas em conjunto cumprem o desen-
volvimento embrionário e decidem que tipo de vida no período seguinte, o mundo
a1éreo, o recém-nascido experimentar á.
Quarto Período da Vida: A trajetória de volta ao infinito continua da vida
aHuática a um ambiente mais expandido: a vida aérea. Após uma média de 280
dias de vida na água, na escuridão, ocorre o nascimento, com repetidas contrações
do útero e um dilúvio de água. A nova vida começa numa atmosfera meio luminosa,
meio escura - dia e noite. O processo do nascimento é uma repetição das ocor-
rências na Terra há cerca de 400 milhões de anos: repetidas catástrofes na formação
das terras emersas e dilúvio em grande escala. Para se adaptar ao novo ambiente
atmosférico, expandido, o recém-nascido deve experimentar a contração, a
"yanguização" no parto, passando pela passagem estreita, expirando substâncias
excessivas e bebendo o líquido amarelo do seio da mãe antes de começar a tomar o
leite normal. Origina-se uma perda de peso alguns dias depois do nascimento.
A vida no ar sobre a terra é nossa vida humana, deixando para trás a placenta e
o umbigo, e todos os organismos celulares - o corpo - continuam o cami-
nho de volta ao infinito. O período inicial de cerca de um ano, porém; repete a
evolução biológica sobre a terra, desde o estágio dos anfíbios, passando pelos
répteis, mamíferos e primatas, atingindo finalmente o estágio humano. Este
processo é completado quando se atinge a postura ereta - de pé - juntamente com
o desenvolvimento da consciência sensorial e emocional, que evolui junto com o
físico, do nascimento até o tempo da posição ereta.
Com esta capacidade de ficar de pé, a verdadeira vida humana começa. Muito
embora o crescimento físico continue durante os primeiros vinte anos desta vida,
sucedendo o desenvolvimento cumprido na vida aquática, ou embrionária, a maior
parte de nossa vida humana é usada para o desenvolvimento da consciência. A
razão entre o período usado para o desenvolvimento físico e o mental e o período
usado para o desenvolvimento mental e espiritual é aproximadamente de um para
cinco, ou um para sete.
O principal objetivo da vida humana é o desenvolvimento' da consciência
mental e espiritual sobre o alicerce físico. Em outras palavras, a vida humana,
fisicamente falando, visa refinar continuamente sua qualidade para garantir a
capacidade máxima de aperfeiçoamento mental e espiritual; e espiritualmente
falando, atingir, até o fim da vida humana, a maior extensão possível de
compreensão e consciência universal.
O desenvolvimento da compreensão e consciência geralmente tem lugar
durante esta vida humana em sete estágios, que se desenvolvem numa espiral
logarítmica, centrífuga:
Primeiro Nível: Julgamento Mecânico e Espontâneo. A maior parte do
movimento físico, especialmente o g óver n àdo pelo sistema ' nervoso
autônomo, incluindo todas as funções físicas básicas assim como digestão,
respiração, circulação, excreção, reações nervosas, e outras.
33
34
Segundo Nível: Julgamento Sensorial. Com o desenvolvimento dos cinco
sentidos - tato, paladar, olfato, audição, visão - juntamente com o sentido
de direção e equilíbrio, este nível de discernimento cresce durante o tempo da
infância e juventude. Continua a ser refinado pelo aperfeiçoamento qualita-
tivo destes órgãos sensoriais bem como pela ampliação das experiências
através da vida.
Terceiro Nível: Julgamento Sentimental e Emocional. Logo depois do co-
meçoda função sensorial, o discernimento sentimental começa a crescer,
reconhecendo a alegria e a tristeza, conforto e desconforto, gosto e desgosto; e
continua a crescer rumo a maiores dimensões, que geralmente denominamos
atividade emocional, inclusive o reconhecimento de amor e ódio, beleza e
feiúra, excitação e tranqüilidade, agressividade e passividade, e outros
fenômenos mentais. Este discernimento sentimental e emocional continua a
crescer cada vez mais refinado, até o fim da vida humana.
Quarto Nível: Julgamento Intelectual. Por volta dos três anos, logo depois
do começo do discernimento sentimental, um novo discernimento intelectivo
começa a crescer. Aumenta a capacidade de identificar, contar, c~lcular, con~
formar, enumerar, organizar, analisar, dividir, sintetizar e outras ativida-
des conceptuais e mentais. Pelas experiências e treinamento, este julgamento
intelectual cresce, tornando-se capaz de usar a lógica e formular teorias,
avaliações e hipóteses. Continua a crescer pela experiência e treinamento até o
fim da vida humana.
Quinto Nível: Julgamento Social. Com o crescimento do julgamento inte-
lectual, a observação das relações familiares, sociais, políticas e mundiais,
começa a se desenvolver. A determinação de manter relações harmoniosas
com os outros, melhorar as condições sociais e vida comunitária, realizar o
bem-estar, amor e paz, começa a orientar o modo de viver e de se expressar. A
consciência social é o sinal da idade adulta, e inclui o respeito à tradição, bem
como o planejamento para o futuro. Este discernimento social também
continua a se desenvolver, com aperfeiçoamento constante, até o final da vida
humana.
Sexto Nível: Julgamento Ideológico. Com o desenvolvimento do julga-
mento social, com a experiência de vários conflitos que constantemente se
levantam entre as pessoas e dentro da sociedade, questões filosóficas e ideoló-
gicas começam a crescer para revelar o que é o homem, o que é a vida, como o
modo de viver deve ser conduzido,como a sociedade está mudando, por que a
humanidade está aqui, e com que propósito nossa vida deve ser dirigida. A
compreensão destas questões fundamentais da vida humana em última análise
nos inspira a descobrir a ordem sem fim do universo e seu mecanismo univer-
sal; a partir deste, o nível seguinte, e último, do discernimento, começa a
crescer.
Sétimo Nivel: "Julgamento Supremo. Cosmologico, Após terem sido expe-
rienciados,exercitados e treinados todos os estágios prévios de julgamento,
uma compreensão da vida, do homem e do universo começa a se desenvolver.
À medida que cresce, todos os fenômenos são entendidos como manifesta-
ções complementares do oceano infinito do universo. Percebemos que nada é
antagônico, que tudo está se movendo e mudando, de acordo com a ordem
universal, para cumprir e manter a infinita harmonia. Neste nível de cons-
ciência, todos os problemas de saúde, guerra e paz, pobreza e doença, felici-
dade e infelicidade, miséria e prosperidade, encontram sua solução enquanto
manifestações variáveis de uma mutação contínua do oceano do universo.
Tal desenvolvimento de compreensão e consciência que tem continuidade
durante o período .da vi.dahumana,nossa vida aérea é o preparo do alicerce de
nossa vida futura. Quando a morte desta vida humana ocorre descartamos o corpo
físico, o organismo celular, que se originou durante a vida aquática --a era
embrionária - e prosseguimos para a vida seguinte, com.nossa massa vibracional
de entendimento e consciência.
Quinto Período da Vida: A nova vida começa com a "mà'rte da vida humana,
que é o nascimento para o novo meioambiente. O ambiente da vida pré-humana era
a água; o ambiente da vida humana é o ar; o ambiente da nova vida nascida do ar é
o mundo da vibração. Enquanto que a escuridão era o ambiente da vida n~ água, e a
luz: e a treva alternantes (dia e noite), o ambiente da vida humana no ar, o novo
ambiente está repleto de luminosidade constante. Analogamente, enquanto o
espaço na vida embrionária era muito limitado e o espaço da vida humana passa a
ser centenas de bilhões de vezes maior, cobrindo toda a superfície da Terra, a nova
vida no mundo vibracional experimenta uma extensão muito maior - trilhões de
vezes maior que antes, cobrindo todo o âmbito do sistema solar.
Entretanto, nesta enorme amplidão, arecém-nascida vida da consciência --
pode chamá-Ia de "alma" - experimenta diversos níveis, de acordo com a"sua
qualidade. Aqueles que sãouma massa de vibrações pesadas, ilusórias; vagam no
nível inferior deste novo espaço, freqüentemente apegando-se à atmosfera circuns-
tante a um ser humano, e por-vezes mesmo tornando-se visível fisicamente a pessoas
de percepção incomumente aguda, sob certas condições. Aqueles cuja massa
vibracional é mais refinada, estabelecem-se na região média do grande mundo
vibracional, onde sua qualidade continua a aperfeiçoar-se. Deste nível, alguns
prosseguem para um nível mais alto da esfera vibracional, e outros descem ao nível
atmosférico, atingin-doo renascimento pela fusão com a matéria do mundo de água
e ar. Aqueles com massa vibracional altamente refinada gravitam para o nível mais
alto da "esfera vibracional, preparando-se para mais aperfeiçoamento para
adiantar-sé à próxima vida alterando sua massa vibracional para ondas e raios.
Neste mundo, todas as massas vibracionais, comumente çbj • ' 5 "almas"
apresentam entendimento e consciência diferentes "da percepção física, mas
análogos àqueles experimentados enquanto consciência mental e espiritual
durante a vida humana. Desta vida, a vida prévia pode ser observada, assim como
35
durante a vida humana podemos entender a vida embrionária prévia. A felicidade e
a infelicidade nesta vida vibracional dependem grandemente do grau de
compreensão e consciência desenvolvidos na vida ,humana prévia, assim como o
nosso destino na vida humana grandemente se deve ao período de desenvolvimento
embrionário. Se claro ou obscuro, elevado ou baixo, tudo dependerá de nosso nível
de discernimento e consciência desenvolvido d~rante a vida humana e da continui-
dade de seu àp~rfeiçoamento na vidavibracional, .'
Sexto Período da :Vida: A morte da vida vibracional ocorre com a dissolução
da massa de vibrações que é o nascimento para a vidaseguinte.corno entidade de
ondas e raios movendo-se a alta velocidade: O ambiente deste estágio seguinte da
vida é o mundo da radiação, que cobre todo espaço galáctico. O corpo vivo é trans-
ferido, no nascimento neste mundo de radiação, numa luz cintilante - pode-se
chamar "espírito" ,- conduzindo pensamentos e imagens, viajando por centenas de
milhares deanos-luz.
A partir deste mundo, algumas entidades descem à esfera vibracional de
diversos sistemas solares e planetas, retornando ao estado de massas vibracionais e
outras adiantam-se além para se dissolverem em movimento de velocidade infinita.
Dentre aquelas que desceram à esfera vibracional, algumas se transformam ulte-
riormente dentro da atmosfera e das esferas inferiores, tomando a trajetória da
materialização, rumo à manifestação física sobre o planeta.
Sé/imo Período da Vida: A vida é transformada edesenvolvida num movi-
mento de velocidade infinita cobrindo todas as dimensões, de além de tempo e
espaço. Este estágio da vida é término do processo de retorno ao lar, de origem à
infinidade. A vida torna-se uma com o oceano infinito; torna-se absoluta liber-
dade-onipresente, onipotente e onisciente: toda natureza relativa, que caracte-
rizou as' vidas prévias desaparece completamente e, neste sentido, a vida atinge o
estado sem fenômenos, sem aparências, sem manifestação. Entretanto, por se
mover com velocidade absoluta, diferenciando-se constantemente na correnteza e
expansão sem limites, que eventualmente forma de novo o mundo relativo pelo
movimento espiral, pode-se dizer que esta vida tem a Vontade Universal, ou
Consciência Universal: 'Deus.
Deste mundo infinito, o movimento espiral de novo emerge aqui e ali, e de novo
começa o curso da materialização e corporificação, com o aparecimento e desapa-
recimento das formas no amplo oceano do universo sem fim . A Vontade Universal
produz e manifesta imagens e pensamentos na esfera de radiação, o mundo
espiritual; transformando-se ainda mais em vários sonhos relativos e idéias no
mundo vibracional; e corporificando-se mais ainda nas esferas inferiores a esta.
Assim, a reencarnação entre cada nível tem lugar continuamente; e a reencarnação
na escala universal, nas infinitas dimensões do universo, processa-se incessante-
mente. A memória de cada nível prévio da vida é levada adiante bem como a visão
do futuro. A memória eterna e o sonho sem fim cobrindo toda a dimensão da
reencarnação universal são também conduzidos ao longo de cada etapa da vida
universal, muito embora muitas vezes sejam irreconhecíveis, especialmente
durante os estágios inferiores da vida.
36
Fig. 4 O Eterno Ciclo da Vida
Vontade e Espírito Universais
Movimentos de Velocidade Infinita ;i
................ ..................~ :
.•••.,. Reencarnação Universal -•••••J
~
6.Curso da Materialização
4. O Modo de Comer
A vida macrobiótica, recomendada pelos sábios da antigüidade e praticada ampla-
mente para o aperfeiçoamento físico, mental e espiritual consiste das seguintes
artes: comer, respirar e vida cotidiana. , .
Como um ser humano é parte de seu meio ambiente, tendo evoluído biologi-
camente por três bilhões de anos sobre este planeta, suas condições físicas, mentais e
~spirituais, estão baseadas naquilo que ele consome de seu ambiente natu~al e no
seu alimento. O modo de comer é o fator mais essencial para seu desenvolvimento.
A prática dietária macrobiótica recomendada e seguida tradicionalmente por
milhares de anos consiste do seguinte padrão, para um clima temperado, de quatro
estações ou clima subtropical:
a. O alimento principal
Pelo menos metade de nosso consumo diário de comida ou, se possível mais (de
50% a 60%) deve ser de grãos integrais ou seus produtos, assim como arroz integral,
37
38
trigo em grão, cevada, aveia e centeio. Milho e trigo sarraceno podem também
suplem:ntar os outros grãos, Vários. métodos de preparação podem ser aplicados a
cada grao - cozer, refogar, assar, e fazer farinha para pão, massas e outros. De
~cordo com. o clim~, vá~ios. tipos de feijões, favas, lentilhas e ervilhas podem
Integrar a alimentação principal . .
b, O alimento suplementar
o alimento suplementar consiste de todos os outros tipos de comida do reino
vegetal e animal, exceto carne de mamíferos:
I. Legumes e verduras. Dentre os alimentos suplementares, a maioria ou
pelo menos met~de,deve ser d~ verd uras e legumes da mesma região climática,
do mesmo ecossistema, ou analogo. Para este propósito a escolha de verduras
e outro~ ~rodutos agrícolas deveria ser feita num raio de aproximadamente
500 quilometros,._nas regiões vizinhas. As verduras cultivadas tradicio-
n~lmente na regiao são preferíveis àquelas importadas de regiões mais
distantes. *
Estes vegetais podem ser preparados de diversas maneiras: cozidos
refogados, assados rsaur é'', fritos, em conserva. Contudo, deve-se evitar o
consumo freqüente de grande quantidade de verduras cruas.
2. Leguminosas e sementes. Feijões, ervilhas e .várias sementes como as
sementes ~e gergelim, a_bóbora e girassol, bem como pequena qua~tidadede
n~~~s, amen.doas, etc . sao usados como alimento suplementar. O consumo de
feijões e ervilhas.deve ser proporcionalmente maior que o de sementes.
E~tas leguminosas e sementes são preparadas também de diversas
~an_elras, ~o~o cozer, refogar, fritar, assar emoer, Algurnas.icorno feijão so-
ja, sao tradicionalmenre processadas por fermentação natural, como cereais e
sal, resulta~do em condimentos como o (miso) e o molho de soja. Algumas
seme~tes sao usadas para a extração do óleo, e algumas usadas como
condimentos e lanches, com um pouco de sal. :
3. Plantas do mar. Algas e diversos outros vegetais marinhos tais como
Kombu, Wak~me,arome,h~ziki,mori, agar-agar, etc. podem ser usados como
~uplementoalimentar, especialmente pelas pessoas que vivem no litoral ou em
ilhas.
N. ~v R. - ~vnvém notar que a dieta padrão aqui sugerida está voltada para o
habitante de clima temperado. O clima trooical especialmente no verã.. . . .d. - . .r , , v. exigira uma
a aptaçao condizente, com utilização maior de alimentos vin - legume d
I ' 'd . s, ver uras,
lq~, os - e ~lenvs daqueles relativamente mais yang.como os alimentos do reino
animal, cereais e sal.
Esses vegetais do mar são cozinhados sozinhos ou com legumes e grãos.
Podem ser assados, torrados e moídos, depois de torrados. Alguns são usados
como condimentos, com ou sem a adição de sementes e sal.
4. Frutas. Dentre os alimentos vegetais, as frutas são consideradas secun-
dariamente em relação aos vegetais e algas po is os cereais são as "frutas"
apropriadas para o consumo humano. Frutas da região devem ser incluídas
como alimento suplementar, especialmente as da estação.
As frutas, além de comidas frescas podem ser cozidas, secas, ou conser-
vadas. São tradicionalmente consumidas como sobremesas, em pequena
quantidade. As pessoas que não consomem muita carne têm uma tendência
natural a usar frutas com freqüência.
5. Frutos do mar. Vertebrados e invertebrados, criaturas de água salgada
ou água doce, são alimentos suplementares mais esporádicos. Dentre os
peixes, recomendam-se os de carne branca. Os de carne vermelha bem como os
de pele azulada - mesmo que tenham carne branca - são tradicionalmente
evitados. Por serem facilmente deterioráveis, também os mariscos são geral-
mente evitados.
Na preparação dos frutos do mar pode-se cozinhar, refogar, fritar, secar e
defumar. São tradicionalmente consumidos com quantidades iguais ou
maiores de vegetais crus ou levemente cozidos. Para evitar intoxicação, é
também costume temperá-los com gengibre, mostarda, cebolinha verde e
rábanos silvestres.
6. Animais terrestres. Alguns animais são usados como alimento suple-
mentar, consumidos porém com menos freqüência que vegetais, e menos
ainda que os frutos do mar. Dá-se preferência a espécies mais primitivas, assim
como anfíbios, répteis e aves, evitando-se animais mais evoluídos biolo-
gicamente, como diversos mamíferos. Mamíferos herbívoros devem ser
preferidos aos carnívoros.
A preparação inclui diversos métodos: cozinhar, refogar, assar, secar,
defumar, conservar. A carne sempre exigiu mais cuidados na sua preparação
que os outros alimentos. Por exemplo: é costume tradicional colocá-Ia de
molho em salmoura ou tempero por várias horas, antes de cozinhá-la e ainda
cortar fora a camada de gordura. Para se evitar ainda seus efeitos tóxicos, a
carne pode ser cozida com vegetais e servida com molhos picantes e ve-
getais crus.
c. Bebidas
o líquido que se toma além daquele naturalmente contido no alimento ou usado no
processo do cozimento pode ser chamado de bebida. Água de boa qualidade, água
quente e chás de ervas como bancha, dente de leão, bardana e outros chás tradicio-
nais são recomendados. O volume de líquido tomado, porém, não deve exceder o
39
estritamente necessário para a saúde física mental e " I O b ~
d . , , . ,esplfltua . arometro para
escobnr quanto IIq,uido devemos tomar em média é beb " do ti
. d ~ er so quan o tIvermos sede
e urinar e tres a quatro vezes por dia.
Fig. 5 Exemplo de Dieta Orientada para o Desenvolviment F" (P _
o ISICO roporçoes Aproximadas)
A '- Cereais integrais, preparados em vários estilos e for-
mas.
B - Sop'a. principalmente de vegetais. ocasionalmente
incluindo produto animal.
C - V:getais. parte cozidos, parte crus, escolhidos na re-
giao e da estação.
O - Ali':lento animal, incluindo peixes, frutos do mar e
ocaSIOnalmente aves, mas excluindo os mamíferos.
E -, Feijões ou outras leguminosas e vegetais marinhos
preparados juntos ou separadamente. '
F - Frutas locais e sazonais frescas, cozidas ou secas, se-
mentes e nozes torradas ou não; picles e outros
suplementos vegetais, incluindo a sobremesa.
Fig. 8 "'7"' Exemplo de Dieta para o Desenvolvimento Ffsieo, Mental e Espiritual de Pessoas
'Vivendo em Altas Montanhas (Proporções Aproximadas)
A - Trigo sarraceno e outros cereais. Várias sementes e
Irutos.na forma de grãos, de árvores silvestres egra-
rnincas locais. cozidos. assados ou secos.
B - Sopa, contendo grãos silvestres, raízes e gramíneas.
c- Folhas, caules e raízes de gramíneas earbustos das
montanhas, cozidos, assados, secos ou em conserva.
o - Frutos das montanhas, de arbustos ou árvores: pás-
saros silvestres ocasionalmentee peixes dos riosdas
montanhas.
40
Os seguintes princípios' são essenciais para nossa prática dietética. ;
41
I. Deve ser feita uma clara distinção entre o alimento principal e o suplemen-
tar, sendo o principal sempre constituído de grãos integrais.
2. Como o homem e seu ambiente são um só, um ser humano é produto
natural de seu meio. ambiente. As espécies de comida queingeredevemser
.selecionadas a partir das espécies da mesma região climática. Quem vive
em região de clima temperado deve evitar alimentos cultivados em regiões
tropicais, semitropicais ou muito frias e vice-versa.
3. Corno a constituição do sangue é equivalente e análoga à do solo, é aconse-
lhável consumir alimentos da mesma região geográfica em que se vive: num
raio de 500 quilômetros, em países de grande extensão territorial-como os
Estados Unidos (e o Brasil), ou cerca de 100 quilômetros em países peque-
nos como o Japão e a Inglaterra, onde há grande variação climática e geo-
gráfica de região para região.
4. O ser humano deve defender primariamente o reino vegetal como alimento,
especialmente nas regiões temperadas, semi tropicais e tropicais. As exce-
ções correm por conta de circunstâncias excepcionais tais corno durante um
inverno gélido na neve ou em altas montanhas. Nas regiões polaresé possí-
velconsumir mais carne e outros derivados de animais que em outras regiões
climáticas.
5. O alimento deve ser consumido, tanto quanto possível, inteiro, de forma a
preservar o seu equilíbrio natural. Isto é, evitar,se possÍVet,~"'~p&rtede
um organismo vegetal ou animal.
'6. O alimento é basicamente cozido. O alimento cru é suplemento do cozido,
PRINCÍPIOS PARA A PRÁTICA DIETÉTICA
j
E - Frutas locais e sazonais fres~as. cozidas ou secas
sementes torrada.s e nozes; picles e outros suple-
mentos vegetars, mclusive sobremesa.
C - Vegetais da região, parte cozidos, parte crus.
A - Cereais integrais, mais como grãos e menos como
fannha.
8 - Sopa vegetal, incluindo vegetais da terra e do mar.
B - Sopa vegetal, incluindo vegetais da terra e do mar.
C - Vegetais, parcialmente cozidos e parte crus, escolhi-
dos regional e sazonalmente.
O - Feijões ?U Outras leguminosas e vegetais do mar,
COZidos Juntos ou separados, ocasionalmente suple-
mentados Com peixes de carne branca ou frutos do
mar.
D - Feijões .ou outras legurrrrnosas e vegetais do mar
COZidos Juntos ou separadamente. '
Fig. 6 Exemplo de Dieta Or' tad '
ien a para o Desenvolvimento Mental (Proporções Aproximadas)
A - Cereais integrai~, cozidos em vários estilos, mas mais
na forma de grao que na de farinha.
E - Frutas frescas, cozidas ou secas, escolhidas local e
sazonalmente; sementes torradas e nozes; pickles e
outr?s suplementos de qualidade vegetal, incluindo
ocasronal sobremesa.
Fig. 7 Exemplo de Dieta Orientada para o Desenvolvimento Espiritual(Proporções Aproximadas)
7.
8.
9.
servindo especialmente para equilibrar o consumo de c .
seco e quente. ame, ou em clima
A.comida. deve reter sua energia vital até o momento da _
alimento Industrializado deve ser evitado ta t preparaçao. Todo
. . , n o quanto possível ' .
processamento artificial destrói sua vitalidade. ' ja que o
O tempero deve ser moderado e o mais natural possível
No processo de cozinhar em geral o I' .
. " a rrnenro deve ser . b I
possível entre todos os fatores antaaoni o mais a anceado
. . agonIstas e complem . '
mmerais versus carboidratos' ca b id entares, assim como
, r OI ratos versus ág .'
sal versus óleo; pressão versos . I . ua, agua versus fogo;
ar, ca or versus fno, etc.
I.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
lO.
I l.
Vida longa; mais de 100 anos.
Telepatia.
Transportar-se a grande velocidade, a pé, e por vezes levitando.
Visão clara de eventos futuros.
Poder de curar vários males.
Converter- vibrações e ar em matéria densa.
Controle do clima, assim como a chuva.
Ler a mente das pessoas, seu passado e futuro espiritual.
Recuperação de mortos.
Caminhar sobre as águas.
Conhecer as vidas anteriores e seu futuro espiritual.
4.
5.
6.
2.
3.
Sem uma dieta macrobiótica não é possível desenvolver a própria condição
física, mental e espiritual. Há pessoas, porém, que não praticam uma alimentação
ordenada, mas atingem grande aperfeiçoamento físico, mental e espiritual: foram
bem alimentadas na gestação, através de suas mães, bem como na infância e
juventude. Sua condição original foi boa, e a despeito de sua ignorância sobre a
influência da dieta e de sua alimentação desordenada na idade adulta, ainda
mantêm sua boa forma inicial. Entretanto, depois dos 50 ou 60 anos é quase certo
que decaiam de sua força original.
Todos os exercícios físicos, mentais e espirituais, tradicionais ou modernos.
devem basear-se na alimentação macrobiótica adequada. Todas os antigos
I. Libertação da fadiga, em geral.
2. Pensamento mais claro.
3. Recuperação gradual de flexibilidade e resistência física.
4. Libertação gradual de distúrbios físicos e mentais.
5. Aumento gradual de paz e tranqüilidade.
6. Desenvolvimento gradual de amor pelos outros.
7. Recuperação da autoconfiança, resultando no desenvolvimento da ho-
nestidade.
8. Maior adaptabilidade ao ambiente mutável.
9. Liberação de confusão, cobiça e egoísmo; dissolução da arrogância
egocêntrica.
10. Desabrochar do espírito de aventura.
lI. Melhor discernimento.
12. Desenvolvimento do espírito ordeiro em todos os aspectos da vida.
43
No mundo atual há algumas pessoas que treinam este caminho, o "Shin-Sen,
Dô", ou o "Caminho dos Homens Livres", especialmente no Oriente. Sua exis-
tência e estas práticas não são amplamente difundidas na sociedade civilizada.
Porém, os princípios alimentares descritos acima são o alicerce biológico e psico-
lógico para o desenvolvimento da liberdade física, mental e espiritual. Por esta
prática alimentar diária, depois de uns lO dias, experimentamos as primeiras
alterações positivas em nossas condições físicas, mentais e espirituais, tais como:
r
i~,
I
)
i
I
I.
7.
SERVIR E COMER
O modo de servir e comer as refeições tem os seguintes pri .. '
nncipros.
A mesa deve estar bem arrani d
fica. ja a e atraente, para criar uma atmosfera pací-
O ruído exce~sivo deve se: evitado durante a refeição. '
Deve-se mastigar bem o alimento no mí .
rando ao máximo a comida e a ' I' rrurno 50 vezes por bocado, rnistu-
- . sa Iva.
E Importante desenvolver a atitude mental d . _ .
reza, plantas e animais..e por aqueles ue e grat~dao pelo uruverso, natu-
nhararn e serviram a refeição. q produzIram, processaram, cozi-
As refeições podem ser uma duas ou trê . _ '
horas de ir dormir. ' s por dia, mas nao a menos de três
O alim~nto principal, os cereais, deve ser con . .
da refeição, e o alimento suplementar deve sumido d~ começo ao fim
principal na ordem: sopa, vegetais e al as c . ser. consun.udo Junto com o
de frutas. g ozidos; vegetaIS crus, sobremesa
Em cada refeição, o volume de alimento consumi . .
ralmente a não mais de 70Cf( d id sumido deve ser limItado natu-
o a capaci ade do estômago.
O padrão de alimentação acima descrito f . ._
ecossistema:clima estação sexo id d di s..? rera .v~na~oes de acordo com o
id d ' " I a e, con rçoes SOCIaIS upo d t b Ih
SI a, es pessoais especiais Na ti üid d . ' e ra a o, neces-
d . an rgui a e havia pes .
esenvolvimento físico , mental e es iritual hab: soas. que tremavam o
. nas montanhas. Em tais casos é: ' . itando em I?callsolado, geralmente
daqueles que viviam nas Planí~ie~ ;co provavel qu~ s~a dieta tenha sido a mesma
tres, frutas, raízes e cascas Sua di~t eu a lmdento teria Incluído mais plantas silves-
. . . . a, contu o era certamente id 1 .
pIOS tradiCIOnais de preparação e co d 'I' regr a pe os princí-
. . nsumo e a imentos Dentre t
pratIcas levaram ao desenvolvimento d ' A ' . • • es as pessoas, suas
e longevidade, e eram freqüentemente ehconscdlen~lacos~lcauniversal, saúde física
idê . c ama os Sen Nin' ou Uh lievr encra em lendas e escritos sob . - ornens ivres". Há
42 re sua capaCIdade excepcional, que incluía:
Velocidadefilósofos, pensadores, líderes espirituais, artistas, líderes políticos e fundadores de
artes e ciências par~ o aperfeiçoamento de saúde, mente e espírito pela felicidade
total observam .efet iva rnente uma nutrição macrobi:ótica. . '
É altam~nte recomendável que todas as pessoas de nossos dias, especialmente
as que anseiam recuperar sua saúde física e mental, e aqueles que querem desen-
volver seu bem-estar e beleza corno ,Um -todo, junto' com uma 'com -' A • '1' . . ' preensao e
consciencia 1 Imitadas, pratiquem; antes de mais.nada uma alimenta - . ,-. ,. ' ., . " çao correta,
segundo pnnclplOs:macrobióticos.
5. Os Princípios da Respiração
I.
2.
3.
o metabolismo físico desacelera, incluindo o batimento cardíaco, a circu-
lação sangüínea e a circulação de outros fluidos corporais. A temperatura
do corpo tende a se tornar ligeiramente mais baixa.
Mentalmente, produzindo um estado mais tranqüilo e pacífico, pensamento
mais claro e compreensão objetiva, bem como respostas mais sensíveis ao
ambiente.
Espiritualmente, produzindo uma percepção mais ampla, intuição mais
profunda e levando a uma consciência mais universal.
Respiração mais ~ápiâa (produZindo efeitos mais yang):
I. Fisicarnente, resultando no metabolismo mais rápido de 'diversas funções
corporais. O batimento cardíaco, bem como a circulação sangüínea e fluidos
corporais são acelerados. A temperatura do corpo tende a aumentar. '
2~' Mentàrmente, produzindo uma condição mais instável e excitável e alte-
rações emocionais análogas. A atitude tende a se tornar extremada:' defen- .
siva ou ofensiva.
3. Espiritualmente, desenvolvendo observação e avaliação das condições am-
bientais de forma mais subjetiva e egocêntrica, com mais apego a interesses
•fr'agtrientários e: parciais do que percepçõesamplás e universais. ' '
b. Profundidade
Respiração 'mais profunda (produzindo efeito6 mais yang):
Fisicamente,resultárldo em metab'ôlismo mais ativo e profundó, ;e;~ar~o;;'
nia entre os sistemas e órgãos. A temperatura docorpo tende' ~ estabIlidade:
Mentálmente, produzindo uma profunda satisfação, estabilidade ernocio-
45
; • - r . ~
1. FisicarrÍ~Ate~ r'esuftandonum metabolisrno mais inativo, bem como descoor-
denação e desarmonia entre diversas funções físicas. A ' remperarura do
corpo tende a variar irregularmente. . .
2. Mentalmente, produzindo uma tendência à ansiedade, instabilIdade, frus-
tração e descontentamento, resultando freqüentemente nóde'senvolviinento
'do medo. ' , " . " ,
3. Espiritualmente,'desenvolvendo uma tendência à percepção superficial,fre-
q üentes mudanças de opinião, perda de autoconfiança,' falta de coragem,
. bem como perda da memória 'e da visão do futuro .
Respiração mdis sup~rfit:ia{(pro;duzindo efeitos mais vin):
2.'
1.
I
Logodepoisdo que se come e bebe, a segundafunçãó'impottanteentre o homem e
se~,af!lble~te ,é' a resplraçã.o~ O ~limento é parte do ambiente animal, vegetal e
mineral do homem, seu meio geogr áficoebiológico. O 'modo de se alimentar é o
m?do ~~ n~~ ad~ptarmosha:moniosamerité ao nosso ecossistema.'Beber é adaptar-
s~ ,rela unificação do organismo com o mundo líquido, parte de nosso ambiente
éxter~o.Exercitando o modo de beber corretamente, harmonizamo-nos com o
ecossistemaliquido: oceanos, rios ; chuva; umidade-do solo, do ·ar. , '
Analogamente, a respiração é o intercâmbio entre nós e o ecossistema aéreo: o
ar. °m?do de respi.rar visa cumprir, com o máximo de eficácia, nossa adaptação
harrnoruosa ao ambiente at~osféricocomo parte de um todo.xío mesmo modo que
o comer e o. b.eberapropnaQlJs são essenciais ao nosso aperfeiçoamento físico,
mental e ,espmtual: ~ man~ira ,apropriada de respirar -tambérn é essencial .para
nossa saude e felicidade, Juntamente com nossa compreensão e consciência
universais. '
Respir~r:é a manifestação da fu?ção yin, centrífuga e expa,n~iv~,'e ~~ função
y~ng cent~lp~tae contrauva, alternativamente exercitadas num movimento harmo-
~IO:O, pnn~lpal,~ente por nossos. órgãos respiratórios.' Entretanto, não só os
orgaq.s. resp~ra:'ono~ com~ ,~s, caYldades nasais e., bronq uia~s e OS pulmões, mas
tambe~ o: orgao~ circulatórios e suas funções estão diretamente relacionados com
a resFlraçao. 0 . sistema nervoso, incluindo as reações nervosas ,autônomas e as
funçoes cerebr~ls, também está.relacionado diretamente com a função de respirar.
Fala.ndo_gen~ncamente,o funcionamento .ativo destes sistemas e órgãos .acelera a
resplraç.ao auva, e a respiração ativa por sua vez, acelera o funcionamento ativo
d7s~~s sl~t~maseór~ão~. Por outrolado suas funçõeslentas e inativas resultam em
respiraçao lenta e mativa; e .respiração lenta e inativa resulta, eventualmente na
função lenta e in~tiva ~eles. Concomitantemente, nosso controlede respiração,~ 9
volume dear na inalação e exalação, a duração de ambas bem como a velocidade
da re~p~raç~p têm diferentes ~~ei~ossobretodas as fu~çõe~e órgãos 9igestiv'os, cir-
culatórios, n.ervosos e excretorios. Isto também, direta ou indiretamente infl ' .:
nos d - . 1" ' , uenCla
, . sas :onlç.oes pSlCO ogicas e.espirituais, mudando.a espécie.idireção, volume e
dimensão de Imagens e pensamento. " . . .
São exe~~10s~r.incipaisdas~di.ferentesman~ira~derespirar,:e seusefei~ossobre '
nossas, condições Iísicas, mentais e espirituais:
44
c. Extensão
Respiração mais longa (produzindo efeitos mais yin):
Respiração mais curta (produzindo efeitos mais yang):
Del~~ordo com as diferenças quanto à eficácia dos vários tipos de respiração é
~conse a~el ~ue m~n~enhamos um padrão de respiração mais lento, am lo' e
on~~, ao ~nves de rápido, superficial e curto. O aperfeiçoamento físico me~tal e
espir~tual e par~lelo ao grau de respiração pelo ajuste destas variáveis. Entretanto
d
um ajuste .consciente da velocidade, profundidade e extensão da respiração deve se;
esenvolvido rumo a um . .. .f . respirar mais natural, que opera sem intenção artificial ou
~s orço ts.peClal. Uma. respiração lenta, profunda e longa pode com efeito ser
esenvo vld~ auto~atlcamentepela prática macrobiótica, no m'odo de com~r e
com um regime ~als ve~e~ariano.; centrado em cereais integrais, suplementado
~orl?ut~;svegetais e o mIOlr:n0 de alimento animal. A ingestão de uma quantidade
e iqui os, bem como a ingestão de açúcar refinado e produtos açucarados
46
3.
I.
2.
3.
l.
2.
3.
nal, ~orte autoconfiança,e manutenção de urna forma de pressão constante
e estavel.
E~piritualmente, desenvolvendo a tendência à meditação e uma fé inaba-
lavei, bem corno a tendência à abrangência, e uma personalidade cheia de
amor.
F.isicamente, ~esultando em melhor coordenação entre o metabolismo de
diver.s~s funçoes. A tempe~at~ra do corpo tende a ficar estável e, em geral,
as atividades de todos os orgaos e glândulas tende a desacelerar.
~e~talmen.:e, ~roduzi?do uma sensação de satisfação e paz. Mais persis-
tenci~, pacrencia e quietude, bem como menos excitação e irritabilidade
emocional.
Espiritualmente, desenvolvendo percepção mais objetiva e ampla, bem
como compreensão mais profunda. As memórias do passado e do futuro
tendem a tornar-se mais extensas.
Fisicamente, resultando numa tendência ao metabolismo rá pido e i I, . f _ e irregu ar
el.m .vanas unçoes do corpo. A temperatura do corpo tende a aumentar
rgeirarnente.
Mentalmente, produzindo alterações freqüentes de imagem e pens t
bem co freoü d . amen omo requente mu ança de Idéia. As tendências à impaciênci '. ~ . Cla, a me-
nor .p~rslstencla e explosões de irritação são todas aceleradas
ESpI~ltualmen.te, desenvolvendo a desarmonia com o ambiente. São desen-
volvId?s .sentimentos antagônicos e conflitantes com uma . - .
mesquinha e subjetiva. ' visao mais
também força uma respiração rápida, superficial e curta. Comer e beber em grandes
quantidades tamb ém tende a acelerar. a respiração, tornando-a superficial e curta.
portanto, para desenvolver paz e harmonia física, mental e espiritual, a ingestão
diária de um volume modesto de alimento é mais aconselhável.
CINCO PADRÕES DE RESPIRAÇÃO
Como prática normal para o aperfeiçoamento físico, mental e espiritual, a
respiração pode ser usada ele cinco maneiras diferentes, de acordo com o grau de
intensidade:
I. Muito Lenta. Tranqüila e Longo: Respiração do Não-Eguísmo. Esta res-
piração é executada pelo nariz, para inalar e exalar, muito quietamente, a ponto de
uma folha de papel de seda na frente do nariz não se mover. A duração da exalação
deve ser de duas a três vezes mais-Ionga que a inalação.O efeito desta respiração é
acalmar todas as atividades físicas , mentais e espirituais, de modo a entrarmos em
meditação profunda e desenvolver a visão interior, atingindo o máximo grau de
adaptação ao ambiente. Esta respiração também produz o efeito de minimizar a
ilusão egocêntrica.
2. Lenta Nurma'l. 'Tranqüila: Respiraçiio da Harmonia- Esta respiração
também é executada através do nariz, mas levemente mais forte que descrita acima
(N." I). É a respiração tranqüila usual de um momento de quietude. De novo, a
duração da exalação deve ser duas ou três vezes maior que a inalação. O efeito desta
respiração é manter relações pacíficas e harmoniosas com o ambiente em
movimento ativo, mantendo a si mesmo em posição central, o que aumenta nossa
percepção do ambiente.
3. Lenta e Tranqüila, mas Mais Furte : Respiraçãu da Cunjlança. Esta res-
piração é inalada pelo nariz e exalada-pela boca, ligeiramente aberta. A exalação é
de três a cinco vezes mais longa que a i.nalação. Esta respiração é mais forte que as
duas' maneiras imediatamente acima. Seu efeito é acelerar a harmonia ativa entre
todas as funções físicas, mentais e espirituais, desenvolvendo a confiança interior,
preparando para qualquer movimento ativo que possa ser necessário, a qualquer
tempo, para se adaptar a condições ambientais em rápida mudança.
4. Longa, Profunda e Forte: Respiração da Ação. Esta respiração é feita
através da boca ligeiramente aberta, tanto para inalar quanto para exalar. A
duração da exalação deve ser de três a cinco vezes a da inalação. O efeito desta
respiração é ativar todos os poderes físicos, mentais e espirituais, sem perder a
observação objetiva. Esta respiração pode também ~ jisada para se li~ da
estagnação física e mental, produzindo o relaxamento.
47
5. Longa. Profunda. Forte e Intensa. com Emissão de Som: Respiração da'
Espiritualidade. Esta respiração éfeita pelaboca, para.inalar e exalar. A exalação
deve ser de três a cinco vezes mais longa que a inalação. Ao inalar, o som agudo
"H F' ocorre naturalmente, por causa da intensa inalação feita entre os dentes entre:';
abertos, com a língua levemente tensionada. Durante a exalação, um som longo e
natural de "FU" é feito continuamente. O efeito desta respiração, é ativamente
energizar o metabolismo físico e mental, ê eS''t>ihtuaÜzar toda' a personalidade. Ó
som "HI" tem o significado de "espírito", "fogo" e "Sol", numa pronúncia pré-his-
tórica universal, intuitivamente usada em todo o mundo da antigüidade. o SOm
"FU'~ tem o significado de "vento", "diferenciação" e"expansão", na pronúncia
antiga. Naquele tempo, HI e FU também tinham os significados respectivos de
"um" e "dois".
CINCO MÉTODOS ESPECIAIS DE RESPIRAR
Como práticas respiratórias especiais para o aperfeiçoamento físico, mental e
espiritual, os, seguintes cinco métodos podem ser usados, cada' um para seu
propósito especial:
I. Respirar com o Centrodo Abdômen (Tan-Den, ou Hara): Respiração da
Fisicalização. Esta respiração é feita profunda e lentamente como o movimento
natural do abdômen. No momento de uma inalação lenta e profunda, as profun-
dezas da região abdominal ficam cheias de energia e o baixo abdômen natural-
mente se expande para a frente.. No momento da exalação, lenta e mais longa, a
mesma região contrai-se.
Entre o inalar e o exalar, o fôlego deve sei retido por váriossegundos. A exa-
lação deve ser de duas a três vezes mais longa que a inalação. Aeficáciadestaresji],
ração é gerar energia física, estabilidade mental e autoconfiança espiritual. Resulta
no alicerçamento firme de si mesmo neste mundo e a capacidade de não ser influen-
ciado por um ambiente mutável. Produz um aumento na temperatura do corpo.
Esta respiração também acelera as funções digestivas e circulatórias ativas em todo
o organismo, resultando no desenvolvimento de saúde e longevidade totais.
2. Respiração com o Cent;o do Estômago: Respiração do Poder. Esta res-
piração é feita com o movimento natural da região do estômago. N~ momento da
inalação, a região do estômago (Chu/ Kan) naturalmente se expande para fora, e no
momento da exalação, contrai-se. Entre a inalação e a exalação, o fôlego deve ser
retido por vários segundos. A exalação é levemente maior que a inalação..
O efeito desta respiração é o desenvolvimento da persistência, paciência e
tole.rância e, quando o fôlego é retido por um tempo maior entre a inspiração e a
exptração, produz a intensificação da energização.interna de L~.-«KpO,
preenchendo-o com o que podemos chamar de poder espiritual -'-- energia'
48
,
eletromagnénca. Com a prática, esta respiração resulta no aprimoramento de
várias habilidades físicas e mentais.
3. Respiração CU/1/ a Região do Coração, ou Região Superiordo Tórax: Res-
piração do Amor. Nesta respiração, a inalação e a exalação são lentas elongas;
concentrando-se na região do coração, ou região central superior do tórax. A
duração da inalação é quase igual à exalação, e o fôlego não é retido entre uma e
outra - ambos se interligam natural e suavemente; em movimentos lentos e longos.
O efeito desta respiração é harmonizar Ü' batimento cardíaco .e gerar uma
circulação suave do sangue e fluidos do corpo. Mentalmente, gera um sentimento
de harmonia e amor ,com todos os aspectos do ambiente bem como as pessoas
próximas. Também desenvolve sensibilidade, simpatia, compreensão e compaixão,
4. Respiração com a Região da Garganta e Raiz da Língua: Respiração da
Inteligência. Esta respiração é executada na região da garganta e raiz da língua,
com inalação mais forte e exalação mais fraca. No momento da inalação, o fôlego é
concentrado e retido na região da garganta e raiz da língua por vários segundos, e
então é liberado.
O efeito desta respiração é desenvolver sentidos apurados, para li concentração
física e mental rumo a um certo objetivo, Desenvolve também a observação clara e
intuição penetrante num problema que se considere. A concentração espiritual é
acelerada e a compreensão intelectual é estimulada.
5. Respiração C0I11:a Região Central do Cérebro: Respiração'da Espirituali-
zação., Esta respiração é feita na região mediana do cérebro, O centro da cabeça. A
inalação é feita lenta 'mas intensa, como respirando 'em direção ao zênite da cabe~a,
com a sensação de impulsionar o corpo para cima. Esta inalação deve ser feita
suave e continuamente, tão longa quanto possível, e em seu ponto extremo, o fôlego
é súbita mas suavemente liberado, A exalação deve ser feita para baixo, rumo à
boca.
O efeito desta respiração é espiritualizar nossa consciência relativa, rumo a um
âmbito mais universal, possibilitando ainda a liberação da percepção para outras
dimensões incluindo a compreensão de eventos que estejam ocorrendo à distância.
Todo o metabolismo físico rapidamente é retardado à medida em que esta respi-
ração é continuadamente exercitada e a temperatura do corpo cai, como se aproxi-
mando da morte. As cinco maneiras de respiração para o desenvolvimento geral de
nossa condição física, mental e espiritual e as cinco maneiras de respirar para
finalidades específicas do desenvolvimento físico, mental e espiritual podem ser
usadas livremente na vida cotidiana: enquanto sentados, trabalhando, agindo, em
reuniões ou no trabalho com outras pessoas. Há muitas outras variações da respi-
ração para manter a saúde geral e o bem-estar, bem como para desenvolver capa-
cidades físicas, mentais e espirituais especiais, mas estes dez tipos de respiração
apresentados acima são os métodos fundamentais para todos os outrcs mtJdos de
--:'-49
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O Livro do Do-In: exercícios para saúde e crescimento interior

  • 3. ~ .... Copyright © 1979 in lapan by Michio aod Avelioe Tomoyo Kushi. 1 ~ edição em líogua inglesa - Fevereiro de 1979 pela Japan Publications, Inc., . Tokyo, lapan. Título original em inglês: The Book of 00-lo. Exercise for Physical aod Spiritual Development. 1 ~ edição brasileira - 1985 - Editora Ground, uma divisão da Global Editora 2~ edição brasileira - 1986 Capa: Viviane Malhame (ilustração) Levi Leonel (arte-lWMW) Tradução: Norberto de Paula Lima 1uracy Cançado Revisão: Equipe Ground CIP-Brasil. Catalogação-na-Publicação Câmara Brasileira do Livro, SP Kushi, Michio. K98L O livro do Do-In: exercícios para o desen volvi- mento físico e espiritual I Michio Kushi ; tradução Nor- berto de Paula Lima. Juracy Cançado. - São Paulo : Ground , 1985. o LIVRO DO I. Do-In 2. Exercícios I. Título. 11. Título: Exer- cícios para o desenvolvimento físico e esp iritual. ISBN 85-260-0015-2 85-0364 COO-615.822 -615.82 NLM-WB 531 MICHIO KUSHI Índices para catálogo sistemático: I. Do-In: Massagem : Terapêutica 615.822 2. Exercícios terapêuticos : Medicina 615.82 N'!de catálogo: 2133 Direitos rese rvados : EDITORA GROUND LTDA. (Uma divisão da eJobG) editoro e did ribuidorG lida.) 'Rua França Pinto, 836 Fone:(011) 572·4473 Ceo 04016--V. Mariana Cx. Postal 45329 São Paulo - SP Rua Mari, e Barros. 39 conjs. 26131i Fone : (021) 273·5944 Cep 20270- Ttiuca Rio de Janeiro - R:1 'Rua Floriano PeixQiQ.149 Cenlro Fone: (016)634-J?In Ribeirão Preto-"
  • 4. Sumário Imrodução; 11' Dedicatória. 13 Agradecimentos, 15 Prefácio. 17 PRIMEIRA PARTE: INTRODUÇÃO AO SHIN-SEN-DO: APERFEIÇOAMENTO FÍSICO, MENTAL E ESPIRITUAL Capítulo 1: A Ordem do Universo e o Modo de Vida Macrobiótico, 21 1. Criação do Universo, 21 2. Materialização & Espiritualização, 26 3. A Eterna Jornada da Vida, 31 4. O Modo de Comer, 37 a. O alimento principal, 37 b. O alimento suplementar, 38 c. Bebidas, 39 5. Os Princípios da Respiração, 44 a. Velocidade, 45 b. Profundidade, 45 c. Extensão , 46 6. Vida Cotidiana , 50 Capítulo 2: Constituição Física e Espiritual do Homem, 55 L Estágios da Transformação Espiritual, 55 a. O espírito fisicalizado, 55 b. O espírito vibracional, 55 c. O espírito universal, 55 2. A Constituição Espirálica do Homem, 57 a. Período ambiental, 57 b. Período pré-concepção, 57 c. Período embrionário e fetal , 58 d. Período da Infãncia,19 e. Juventude , 59 f. Idade ad~, (J8 g. Maturidade, 61 h. Período pós-humano, 62 3. Constituição Humana do Ki - Energia. mpétÍQl,~ 4. Tratamentos, 74 7
  • 5. a. Acupuntura, 74 b. Moxabustão, 74 c. Shiatsu, ou massagem dos meridianos, 75 d. Cura pelas mãos, 75 e. Ioga, e outros exercícios físicos, 75 5. Os Chacras e o Canal Espiritual, 76 6. A Estrutura Antagônica - Complementar do Homem, 83 a. A relação entre frente e dorso, 83 b. A relação entre as áreas superior e inferior, 84 c. A relação entre esquerda e direita, 86 d. A relação entre periferia e centro, R7 e. A relação entre órgão e meridiano. 91 f. A relação entre a parte e o todo, 92 SEGUNDA PARTE: EXERCÍCIOS DE DO-IN, 101 Introdução aos Exercícios de Do-In, 103 Capítulo 1: Exercícios Especiais (EE), 105 Introdução, 105 EE I Ten-Dai: Alicerce do Céu, 108 a. Sei-za: Postura correta de sentar, 108 b. Chu-z á; Postura correta de sentar numa cadeira, 108 c. Ren-gue-zá : Postura da flor de lótus, 108 d . Han-ren-gue-zá: Postura da meia flor de lótus, 109 e. Ko-zá: Postura sentada circular, 109 EE2 Ai-W á: Amor e Harmonia, 110 EEJ Shô-Ten : Ascensão ao Céu, 1I1 EE4 Reí-Nô: Desenvolvimento da Força Espiritual, 113 EE5 Wá-Jun: Desenvolvimento da Suavidade, H4 EE6 Nai-Kan: Reflexão Interior, 116 EE7 Gaí-Kan: Reflexão Exterior, 117 EE8 Chin-Pai: Veneração Espiritual, 118 EE9 Tcn-Bú : Dança Celestial, 120 EE10 Rci-Shí: Visão Espiritual, 123 EE 1I Rei-Dô : Mo vimento Espiritual, 125 EE 12 Chi-Kô: Caminhar no Solo, 127 EEI3 Gô-M a: Dissipando as Ilusões, 129 EEI4 Koro-Darna: O Espírito das Pala vras, 131 CapítuJo 2: Exercícios Espirituais Diários (EED), 137 Introdução, 137 EED 1 Sei-Za: Postura Natural Correta e Respiração N-.lunri, 134l EED 2 Mei-So-Ko-k iú: Meditação e Respiração, 140 EED J Chin-Kon: Oração da Un idade. 140 EE O 4 Haku-Shu: Purificação pela Batida de Palmas, 141 EEO 5 A-Um: Espiritualização pela Vibração Sonora, 142 EED 6 Ten-Ko: Batida do Tambor Celestial, 142 EEO 7 Ten-Ro: Beber do Orvalho Celestial, 143 EEO 8 Kan-Ro: Saborear o Néctar em Meditação, 144 EEO 9 Ten-Gaku: Aud ição da Música Celestial, 145 EEOIO Ko-Miô: Visão da Luz Interior, 145 EEOII Ua-On: Vocalização da Harmonização, 146 EEDI2 Hei-Ua: Pacificação do Mundo, 147 Capítulo 3: Exercícios Diários, 149 l. So-Sh ô-Shu-Hô: Exercícios Matutinos, 149 2. Kin-Sei-Shu-Hô: Exercícios Vespertinos, 161 3. Kei-Raku-Shô-Sei: Exercícios dos Meridianos, 170 4. Exercícios Adicionais, 174 Capítulo 4: Exercícios Gerais, 181 Introdução, 181 . I. Preparação: Pacificação de Nossa Condição Física e Mental, 2. Face, Cabeça, Pescoço e Ombros, 183 a. Faces, 183 b. Olhos, 184 c. Nariz, 186 d. Boca e maxilar, 186 e. Orelhas, 187 f. Cabeça, 189 g. Pescoço, 191 h. Ombros, 193 3. Braços e Mãos, 194 4. Frente, Costas e Lados do Tronco, 199 5. Cintura, Pernas, Pés e Artelhos, 206 6. Completamento, 212 7. Exercícios Adicionais para a Beleza Facial, 213 8. Algumas Práticas Diárias de Saúde, 215 I) Dores de cabeça, inclusive enxaqueca, 215 2) Calvície , 215 3) Rosto vermelho e inchado, 215 4) Olhos, 215 5) Orelhas, 2 I6 6) Nariz, 216 7) Dentes, boca e ma~re&, 2f6 182
  • 6. 8) Congestão, 217 9) Constipação e diarréia, 217 10) Cãibras das nernas e pés, 217 12) Sardas, 217 13) Verrugas e pintas, 217 14) Cortes e cicatrização, 217 15) Queimaduras, 218 16) Fadiga, 218 Apêndice: Principais Pontos para Diagnóstico e Tratamento Usados Neste Livro, 219 Introdução J mportar filosofias e práticas de civilizações distantes no espaço e no tempo implica sempre expô-Ias a forçadas adaptações aos valores culturais dominantes. E, quase sempre, deturpá-Ias no que têm de essencial e puro. Caso exemplar é a defasagem que envolve a popularização entre nós dos métodos de iniciação gerados na tradição do Oriente, quando vulgarizada pelo imediatismo consumista ocidental. Forçado pelos fatos a admitir os "incompreen- síveis" sucessos dessas práticas, o Ocidente decide-se por recuperar as suas técnicas, enquanto descarta a teoria que as sustenta, na tentativa vã de acomodá-las dentro daquilo que se supõe cientificamente confiável. Essa contradição impede que se receba o que essas disciplinas trazem de mais valioso: a percepção enriquecedora de inimagináveis facetas do território da realidade, permitindo uma visão mais nítida do mundo e de si mesmo. O prejuízo é ainda maior quando a barganha se faz na aquisição de práticas terapêuticas não oficialmente reconhecidas em nosso meio, como é o caso dos métodos bioenergéticos de . origem ou inspiração ' oriental. Por intervirem em aspectos do organismo negados ou simplesmente desconhecidos pela medicina corrente - os sistemas de energia do corpo, já convincentemente retratados mas não suficientemente explicados pelo saber ocidental -, essas práticas paralelas terminam, muitas vezes, reduzidas a meros recursos coadjuvantes, destinadas a eventuais utilizações paliativas. ' Isso apenas confirma o fato de que tais disciplinas não cabem conforta- velmente nos escaninhos das especialidades médicas. Na realidade, compõem, até certo ponto, uma outra medicina, com diferentes perspectivas e metas. Seu principal objetivo é o equilíbrio energético, e seu objeto de intervenção é o corpo sutil, a contraparte imaterial do corpo físico. Sua utilização adequada, portanto, exige, em primeiro lugar, a compreensão dos conceitos explicativos que 'original- mente nortearam sua prática. Conduzido a partir da clarividente ótica oriental, o singelo gesto .de tocar o corpo já detona uma sucessão de formidáveis descobertas. Por exemplo, a revelação de que o corpo é uma obra aberta onde se inscrevem - em caracteres indecifráveis para os não alfabetizados na fala corporal _ . todas as nossas vivências. E é no toque, principalmente, que as energias inteligentes Que desenham no corpo o modelo de comportamento psicossomático revelam sua condição de equilíbrio ov desarranja. Áreas contraídas e dolorosas ao toque sinalizam invariavelmente energias estacionadas e funções impedidas: o corpo aí retrata uma situação mais próxima à rigidez cadavérica que à fluidez da vida. Pela altura acurada dessas mensagens corporificadas, os orientais antigos intuíram formas específicas de intervir nas
  • 7. desordens funcionais, através de métodos apropriadamente não agressivos, voltados para realçar no organismo seus intrínsecos poderes de autocura. Entre as artes de massagem oriental, destaca-se o Do-In como o mais simples e acessível método para a autoconsciência, a saúde e og-escimento pessoal. Através dele, é o próprio sujeito que, pela conscientização do gesto espontâneo de se tocar, desenvolve o autoconhecimento que lhe permite desfazer o "lay-out" da doença - traçado, em linhas ainda tênues, ao longo do território corporal. E é ao lidar conscientemente com suas energias em desequilíbrio, que o paciente aprende a redirecioná-Ias ·~ suas fo:mas nat.urais de expressão, investindo-as em seu próprio processo evolutivo, Avaliada, aSSIm, a importância dessa prática, pode-se calcular o grande significado que assume esta importante obra, "O Livro de Do-In" de Michio Kushi. Falar do autor é falar da obra; toda a profundidade empregada na abordagem das várias possibilidades da técnica, e a simplicidade e clareza na expla- nação de seus princípios filosóficos, procedem da perfeita harmonia entre o pensamento e a prática. Continuador do trabalho de George Ohsawa, Kushi fortalece o sonho do mestre - construir um mundo de paz, curando a doença social pela regeneração do indivíduo - ao nos presentear com a iluminante cosmovisão dos antigos sábios do Oriente, embalada pelo cativante carisma que emana da sua personalidade magnética. Quem já teve o privilégio de participar de suas palestras, certamente soube reconhecer a qualidade refinada das vibrações criadas pelo ritmo dos seus gestos, sua fala, su~ presença; enfim, o invisível ki preenchendo o ambiente e contagiando os espectadores de entusiasmo e vontade de saber. E é aparentemente infindável o saber que esse verdadeiro educador dissemina com maestria a partir de seu santuário em Boston, de onde tem dirigido e estimulado, nas duas últimas décadas, um intenso e crescente trabalho de conscien- tizaç~o individual e social por meio de atividades que abrangem a educação, saúde, publicação, intercâmbio cultural, a pesquisa e desenvolvimento de centros agrícolas e educacionais. Seus vários livros e suas conferências ministradas incansa- velmente por quase todo o mundo ocidental transpõem barreiras culturais sensi- bilizando corações e mentes intelectualmente sofisticados para a simplicidade do pensamento dialético que permitiu às civilizações orientais antigas uma percepção mais lúcida dos processos da vida. E, especialmente em momentos críticos como os que hoje nos envolvem, quando percebemos que se torna simplesmente vital modificar nossos inconfiáveis estilos de vida, somente o pensamento dialético, ou seja, a percepção da simul- taneidade dos opostos, nos iniciará nos poderes alquirnicos para transformar miséria em bem-estar, doença em saúde, guerra em paz. Esses poderes confirmam práticas para a autoconsciência, como o Do-In e jazem em profundidade dentro de cada um de nós. JURACY CANÇADO Rio , janeiro de 85 12 Com o nosso sonho infinito de um mundo pacifico e unido surgindo do oceano infinito do universo, este livro é dedicado a todos os irmãos e irmãs que vieram a esta Terra, manifestados como seres humanos neste tempo, compartilhando o mesmo ambiente social e natural para nossa saúde efelicidade. bem como o desen- volvimento físico, mental e espiritual. Esta dedicatória é compartilhadapelo antigo povo macrobiótico espiritual que desenvolveu e praticou os diversos caminhos do Do-In. e pelas muitas pessoas que já passaram e devotaram suas vidas ao aperfeiçoamento humano, inclusive George e Lima Ohsawa. Esta dedicatória é também partilhada por meus ancestrais efamília: meus pais, Keizo e Teru Kushi, meu irmão Massao, e sua esposa Kaioko e seus filhos; minha esposa, Aveline Tomoko Kushi e nossosfilhos: Lillian, Norio, Candy, Haruo, Yoshio e Hisao;juntamente com todos os meus amigos pelo mundo. que se dedicam ao aprendizado da ordem do universo e à sua realização na-terra, entre os homens, num mundo pacifico e unido. SOMOS UM, SEMPRE Viemos do oceano infinito do universo. Manifestamo-nos, da unidade sem-fim. em milhões e bilhões. Realizamo-nos como seres humanos, neste planeta, neste tempo. Brincamos, no sonho sem-fim. fruindo das vicissitudes das ondas relativas sobre esta Terra. Nossa vida humana é efêmera. mas nosso sonho é sem-fim. Vivemos com o dia e a noite. saúde e doença. miséria e felicidade. tristeza e alegria - ascensão e queda. continuamente; Mas nosso MMho nunca muda. nossa origem universal nunca acaba. Desfrutemos, todos juntos, deste planeta. enquanto estivermos aqui. Quando voltarmos ao universo infinito. digamos uns aos outros: SO'1?W5 tiJ,Mnamente um oceano infinuo. E que nos encontremos-de novo Quando nos manifestarmos neste mundo relativo. M/CHIO KU5H/ MmÇl)-M J978 11
  • 8. Agradecimentos Na criação de O Livro do Do-In: Exercícios para o Desenvolvimento Físico e Espiritual, gostaria de estender meu reconhecimento e gratidão àqueles cujos estudos e ensinamentos contribuíram para certas partes de seu conteúdo: I. Na Primeira Parte do livro, a introdução geral sobre a ordem do universo, a vida macrobiótica, a constituição física e espiritual da humanidade, reconheço a inspiração recebida de vários discursos, artigos, livros e ensinamentos da sabedoria antiga, de muitas partes do mundo, inclusive Japão, Coréia, China, Índia e Egito, bem corno da antiga Europa e América. Também reconheço a inspiração recebida, nos muitos anos dedicados à prática da macrobiótica, do Universo Infinito - fonte de memória e sonho, começo e fim de nossa vida. 2. Na Segunda Parte, os Exercícios de Do-In, deséjo dedicar meu reconhe- cimento pelos seguintes ensinamentos: A. Exercícios Especiais Ensinamentos tradicionais e exercícios transmitidos há sécules Como herança de antigos costumes da humanidade, inclusive as práticas religiosas e espirituais do Shintoísmo, Budismo, Hinduísmo e Taoísmo, remanescentes principalmente nos países orientais. Alguns destes ainda vigoram dentro de grupos comparativamente pequenos de pesquisadores do aperfeiçoamento espiritual, em diversos lugares do Oriente. B. Exercícios Espirituais Diários Ensinamentos e exercícios praticados principalmente no Sh into ísrno, Hinduísmo e Taoísmo, bem corno outras práticas espirituais, ainda remanescentes em alguns países orientais num círculo interno de treinamento religioso.. C. Exercícios Diários l. Exercícios Matutinos e Vespertinos: Ensinamentos de exercícios básicos de Do-In corno prática diária pela "Sen-Do-Ren" (Associação Para o Estudo do Tao do Homem Livre, Tóquio, Japão). Para estudos ulteriores destas práticas é reco- mendado entrar em contato com esta associação: Sen-Do-Reft 1-27-12 Kaminoge Setagaia-ku Tóqmo 158 Japao
  • 9. 2. Exercícios dos Meridianos: Diversos exercícios relacionados com os me- ridianos, desenvolvidos e praticados durante muitos séculos: dentre eles, especial- mente aqueles introduzidos pelo sr. Shizuo Massunaga como Exercícios dos Meridianos no livro Zen Shiatsu, publicado em Tóquio (Japão) pela "Japan Publications, Inc., págs. 122 a 124. Para ulteriores estudos, é recomendado entrar em contato com: Prefácio MICHIO KUSHI 3. Exercícios Adicionais: Vários ensinamentos e exercícios tradicionalmente praticados em conexão com a respiração, desenvolvidos nos métodos para a saúde no antigo treinamento físico do Shintoísmo e do Budismo. D. Exercícios Gerais Os grandes clássicos da medicina oriental de 3.000 anos atrás até o presente, começando com o J Ching, ou Livro das Mutações e o Clássico do Imperador Amarelo Sobre a Medicina Interna , e terminando com os livros modernos relacionados com diagnóstico e fisiognomonia, meridianos e pontos, doenças e tratamentos no campo da medicina oriental. Shizuto Massunaga 5-9-8 Tokiwa, Urawa-shi Saitama-ken 336 Japão l-O-Kai Shiatsu Center 1-8-9 Higasi-Ueno, Taito-ku Tóquio 110 Japão Ao longo de minha vida de meio século, experimentei e observei as misérias da guerra mundial, junto com a miséria da sociedade atual - as diversas doenças e a pobreza, a cobiça e o egoísmo, o fracasso e as dificuldades, a ira e o ódio, a discrimi- nação e o preconceito. Em minha juventude, fui inspirado pelo sonho de realizar a paz mundial por muitas medidas possíveis, inclusive o estabelecimento de uma Federação Mundial. Entretanto, com o processo do amadurecimento, tornei-me iiPtO a ver que a paz mundial só pode ser conseguida pela reconstrução da humanidade, ou a ressurrei- ção do homem, a partir das tendências degenerativas correntes, que prevaleceram por todo o mundo, aumentando com o desenvolvimento da civilização moderna. Ao mesmo tempo, foi-me dado ter uma experiência iluminadora durante a meditação, que revelou a vida universal e eterna. Também tive a oportunidade de aprofundar minha compreensão das antigas filosofias e religiões orientais, que deveriam ser combinadas com o pensamento ocidental moderno e nosso modo de viver. Quanto a este aspecto, sou grato pelo ensinamento inspirado de George Ohsawa e de muitos outros filósofos dos nossos dias, bem como a antigos pensadores espirituais, filosóficos e científicos. Todas as misérias dos negócios humanos derivam de nossa incompreensão pessoal da ordem do universo, ou, poderíamos dizer, de nossa ignorância sobre nós mesmos. A partir desta ignorância, extraviamos nossa vida cotidiana em nossa prática dietária, nossas relações sociais, nossa atitude mental, bem como na compreensão espiritual. A vida é ela mesma um universo infinito, e nosso viver deveria ser simples e prático, de acordo com a ordem do universo infinito. A realização da saúde e da felicidade é o caminho mais fácil e simples. Tendo como base esta 'percepção, comecei a difundir o modo de vida que qualquer um pode praticar a qualquer momento como o meio mais simples para a consecução da saúde e felicidade, liberdade e paz - o modo de vida conhecido como macrobiótico. Juntamente com a difusão do modo de vida por um mundo pacífico e unido, encorajei a adaptação de diversos métodos tradicionais para o aperfeiçoamento físico, mental e espiritual, a saber: medicina oriental, acupuntura, moxabusião, massagem shiatsu, cura.pelas mãos, meditação e exercícios mentais e espirituais. Para reforçar nosso iKóprio desenvolvimento, também iniciei a introdução de urna antiga prática macrobiótica, o Do-In, nos Estados Unidos, há cerca de dez anos: Sou grato ao sr. Jacques De Langre e sr. Jean Bernard Rishi por seus respectivos livros sobre Do-In, que introduziram parte destes exe.rct6t0s. Entretanto, o Do-In · que apresentei era um exercício parcial, principalmente relacionado com a energi- .zação da nossa vitalidade física e mental e não explicava outros aspectos da técnica '"
  • 10. que são mais espiritualmente orientados. Vi-me obrigado, nesses últimos anos, .a introduzir a escala geral de todo o âmbito dos exercícios de Do-In. Foi necessário redescobrir e reconstruir os exercícios de Do-In, porque estes antigos exercícios macrobióticos foram em grande parte, perdidos em muitas áreas, muito embora algumas destas práticas tenham se preservado entre um limitado grupo de iniciados no Extremo Oriente. A completa extensão dos exercícios de Do-In, contudo, não fica limitada às várias séries de exercícios introduzidas nesta obra. Estes antigos exercícios macrobióticos foram efetivamente a origem de todos os exercícios físicos, mentais e espirituais que atualmente, estão diferenciados nas diversas espécies de meditação, canto, exercícios de yoga, treinamento psicofísico, artes marciais, bem como outros métodos de auto-aperfeiçoamento. A origem do exercício de Do-In está simplesmente em nosso auto-ajuste intuitivo para nos manter e nos desenvolver, dentro do oceano da vida universal, ou o universo infinito. Portanto, o princípio histórico do exercício de Do-In é desconhecido, mas sempre existiu com a vida humana, através de todas as gerações da humanidade. Porém, foi há mais de 10.000 anos que os exercícios Do-In foram ativamente adaptados como a forma ancestral de desenvolvimento físico, mental e espiritual para produzir o homem livre - o Toa de Shin-Sen, o Caminho do Homem Livre Espiritual. Estes exercícios são singulares por permitirem a qualquer um praticá-los a qualquer momento e sob circunstâncias ordinárias, sem requerer parceiro ou técnica especial. Neste sentido, todas as raças, todas as eras, todos os homens e mulheres podem praticá-los facilmente para obter saúde e felicidade. Alguns dos exercícios introduzidos neste livro foram por mim adaptados, na esperança de que possam beneficiar a todos. Sinceramente tenho a esperança de que todo o mundo poderá praticar livre- mente estes exercícios para sua saúde física, beleza, e alegria do espírito. Desejo agradecer a todos que me ajudaram na elaboração deste livro e ainda a todos os professores, veteranos, amigos e estudantes, que são alguns milhões por todo mundo, que buscam comigo a realização l!eum sonho comum e perene - um mundo pacífico e unido. MICHIO KUSHI te Primeira Parte Introdução ao Shin-Sen-Do: Aperfeiçoamento Físico, Mental e Espiritual
  • 11. CAPÍTULO 1 A Ordem do Universo e o Modo de Vida Macrobiótico 1. Criação do Universo No começo sem-começo, o universo infinito não se manifestava como fenômeno. Não havia tempo nem espaço, nem luz nem treva, nem forma nem dimensão. Desta unidade, só havia movimento sem-fim com velocidade infinita em todas as direções. Por causa desta velocidade infinita, não havia passado nem futuro, nem qualquer fenômeno relativo. Entretanto, semPr.e e quando o movimento infinito, omnidirecional, se intercepta, movimentos espirais começam a formar-se num processo de diferen- ciação. As forças que produzem espirais da periferia para o centro e as forças decompondo as espirais de centro rumo à periferia são as duas forças primárias, do mundo das espirais, o mundo de todos os fenômenos relativos, Do movimento das galáxias ao das partículas subatômicas, do movimento espiritual invisível às constituições físicas visíveis, todos são de conformação espiral e governados por duas forças complementares antagonistas: yin, centrífuga e expansiva; e yang centrípeta e contrativa. Todos os fenômenos manifestados neste oceano infinito do universo são governados, dirigidos e destinados por estas duas forças. Toda mudança e movimento é mais yin, centrífugo, ou mais yang, centrípeto. Não há nada que não seja governado por estas duas tendências e direções. Todos os fenômenos diferem uns dos outros por causa dos diferentes graus destas duas forças operando dentro e fora deles. Correspondentemente, yin e yang manifestam-se em tudo - todo fenômeno no universo, bem como na terra. A relação entre estas duas forças, tendências e direções pode ser visualizada na Fig. 1. A força yang, o curso da contração e fisicalização é o caminho da materializa- ção: ao passo que a força yin, o curso da expansão e desfisicalização, é o caminso da espiritualização. Quando o curso yang acelera, a matéria é condensada. Part~s pré-atômicas da matéria são comprimidas, e no seu extremo de compressão, produzirão altas temperaturas (Curso A). Inversamente, o curso da espiritua- lização expande e decompõe a matéria, reduzindo a velocidade 9tts partículas-pré- atômicas e produzindo, assim, temperaturas mais baixas (CulW,B). Quando a compressão da matéria produz uma temperatura elevada, a m*"- passa a expandir-se, voltando seu curso da materialização para a espiritualização (Curso C); e quando o curso da espiritualização produz uma temperatura mais fria, 21
  • 12. Fig. I O Ciclo Eterno e Universal das Mutações a matéria se contrai, voltando a uma maior condensação (Curso D). O curso yang da contração se transforma num yin de expansão, e o yin da expansão se transforma num yang de compressão, numa alternância perpétua. A contração muda para expansão, e a expansão muda para contração; o físico se dissolve em espírito, e o espírito se contrai em matéria; o movimento se transforma em repouso, e o repouso, em mMimento; a solidificação se decompõe, e a decomposição gera uma outra solidificação; a prosperidade termina com a pobreza, e a pobreza se transforma em prosperidade; o sucesso leva ao fracasso, e o fracasso leva ao sucesso; a alegria termina com a vinda da miséria, e a miséria termina corna vinda da alegria; o amor torna-se ódio, e o ódio transforma-se em amor; o prazer transforma-se em desgosto, e o desgosto se transforma em prazer. O dia torna-se noite, a noite torna-se dia; o inverno transforma-se em verão, e o verão torna-eeo.nvernü;.a escuridão em luz, a luz em escuridão, saúde em doença, doença em saúde. A ascensão de uma civilização prepara o seu declínio. As dificuldades Tempo YANGf::j" Força Centrípeta Contração Fusão Ass~ Reunião Organização Mais rápido e ati vo Ondas longas e de mais ba ixa freq. Descendente e Horizontal Ma is interior e central Ma is pesado Ma is quente Ma is claro e brilhante Mais seco Mais espesso Menor Mais contratiea e resistente Mais curta ' Mais dura Próton H, C, Na , As, Mg, etc... ... Água... Terra Ma is frio An imal Masculino Mais compactos Mais centrais: parassirnp ático Mais at iva, positiva, agressiva Mais fisico e saeml ""ais específico Ma is voltada para o passado Ma is materialista Espaço Exemplos de Yin e Yang Expansão Difusão Dispersão Separação Decomposição Mais lento e inativo Ondas curtas e de mais alta freq . Ascendente e vert ical Ma is exterior e periférico Mais leve Mais frio Mais sombrio e escuro Mais úmido Menos espesso Maior Mais expansiva e frágil Mais longa Mais mole Elétron N, O, K, P, Ca, etc . Vibração...Ar. .. Tropical Vegetal Fem inino Ma is ocos e expansivos Mais periféricos: ortossimpático Mais branda, negativa defensiva Mais psicológico e mental Mais universal Mais voltada para o futuro Ma is esp iritualizada YIN'1 Força Centrífuga Dimensão Atributo produzem força e alegria. Lágrimas levam a sorrisos. A guerra termina com a paz ; vida torna-se morte; morte gera vida . Todas as espirais formando os diversos mundos relativos aparecem e desapa- recem constantemente no oceano do universo infinito, através do que o movimento perpétuo de yin para yang e de volta para yin está operando em toda parte, em todo tempo. Este movimento entre yin e yang é a própria infinidade, que podemos chamar de única totalidade, Deus, ou a ordem do universo, que é eterna e universal. Não há fenômeno natural que não se manifeste dentro desta ordem universal, consoante yin e yang, e não há assunto humano que não represente esta eterna e universal lei das mutações. O que quer e quem quer que não realize e perceba esta ordem infinita vê sua existência neste universo apenas em seus mundos relativos. Tendência Função Movimento Vibração Direção Posição Peso Temperatura Luz i Luminosidade Umidade Densidade Tamanho Configuração Forma Textura Partícula atômica Elementos Ambiente Efeito do clima Qualidade biológica Sexo Estrutura dos órgãos Nervos Atitudes, emoção Trabalho Consciência Função mental Cultura Espaço Expansão, ne movimento infinito Deformação Decomposição Diferenciação Descompressão Maior Espiritualização Desfisicalização Mais mole Mais leve Ma is lento Mais frio 'VYin-Trajetória Centrífuga , , I I , I , I , A : .1-....... ,,~~... " ~ # "o c",/.., ' ,, , . I '" : " I .: ,I " " .'I, • I • I , ,, ,, Mais duro Mais pesado Ma is rápido Ma is quente, Materialização Fisicalização Formação Solidificação Unificação Compressão Menor Tempo Contração 6 Yang-Trajetória Centrípeta 23
  • 13. Há diversas leis fundamentais que regem o movimento do universo e todas as variações dos fenômenos naturais neste mundo relativo: l. A força e tendência yin, centrifuga e expansiva atrai aforça e tendência yang, centrfpeta e contrativa, e vice-versa. Para realizar e manter a harmonia de um universo único e infinito, as forças e tendências opostas atraem-se mutuamente para atingir um estado harmonioso. A criação e a dissolução do universo, continuamente se desenvolvendo em quase infinitas dimensões de tempo e espaço, constantemente produz numerosa variedade de fenômenos. Dentre estes, visíveis e invisíveis, pequenos e grandes, físicos e espirituais, operam continuamente movimentos visando a consecução da harmonia. Este movimento de atração universal entre diferentes forças e tendên- cias é chamado, em nossa expressão humana, de "amor". O amor é portanto universal e permanente, surgindo em todo ~po e lugar, entre homem e mulher, carbono e oxigênio, elétron e próton, baixa e alta pressão, frio e quente, lento e rápido, positivo (+) e negativo (-) na eletricidade e no magnetismo, treva e luz, Norte e Sul, Leste e Oeste, espírito e matéria, ondas curtas e ondas longas - sempre, e onde quer que todos os fenômenos relativos de tendências opostas se atraem para produzir harmonia. 2. A força e tendência yin, centrifuga e expansiva, repele forças e tendên- - cias yin similares, e a força e tendência yang, centripeta e contrativa, repele forças e tendências yang similares. Para manter a harmonia universal neste infinito oceano do universo, enquanto tendências opostas se atraem, todas as forças e tendências similares se repelem umas às outras. Para evitar uma possível desarmonia, fenômenos similares se e~purram e permanecem à distância uns dos outros, evitando excessiva acumulação das mesmas forças e tendências. Não ocorre casamento dentro do mesmo sexo; nenhuma melodia é composta pela continuação do mesmo som; nenhuma respiração ocorre só com a inalação ou exalação apenas; nenhum movimento continua, sem repouso. Pólos similares positivos (+) repelem-se, tal como os pólos negativos (-). O óleo e a água, que têm tendências análogas num estado natural, não se misturam; dentre partículas sólidas, como a areia, a condensação não ocorre a menos que um líquido aja como agente agregador. Pessoas de caráter semelhante, agressivo e extrover- tido freqüentemente criam brigas e incompreensões entre elas mesmas, assim como pessoas de caráter suave e introvertido. Este movimento de repulsão entre forças e tendências similares está operando .universal e permanentemente em todos os fenômenos relativos. Em termos mais analíticos, pode ser chamado "separação", e em termos mais emocionais, "ódio", ~, bem como amor e harmonia, são os princípios maiores deste universo infinitamente mutável. , .. ~ 3. Uma condição excessiva daforça e tendência vin, centrifugo. ou daforça e tendência yang, centripeta, produz e se transforma naforça e tendência oposta, respectivamente: vang ou yin. Todo fenômeno relativo que emerge no oceano do universo infinito desenvolve-se até o pico, e então retorna ao curso oposto, declinante. Toda vida tem seu começo e fim, passando por seu estado de clímax. Qualquer indivíduo que continua a crescer após seu nascimento, começa a decair para a morte, depois de ter seu período mais ativo na meia-idade. Toda civilização tem ascensão e queda; todos os países se desenvolvem e declinam; todas as famílias prosperam e perecem. Pressões altas contraem a matéria; pressões extremamente altas causam uma explosão da mesma matéria; baixas temperaturas contraem a matéria; temperaturas extremamente baixas podem causar sublimação (isto é, JiRtssagem direta do sólido para o gasoso). A contração extrema gera a expansão. O dia se transforma em noite e noite em dia; verão em inverno e inverno em verão; paz em guerra e guerra em paz; tranqüilidade em excitação e excitação em tranqüilidade; saúde em doença e doença em saúde; vida em morte e morte em vida; espírito em matéria e matéria em espírito; matéria em energia e energia em matéria. Neste oceano sem fim do universo, não há nada de estático. Todos os fenômenos estão constantemente mudando de yin para yang e do yang para o yin, do invisível para o visível e do visível para o invisível. Por causa desta universal e permanente ordem de mudança, tudo neste universo é temporário e efêmero. Por causa deste 'eterno ciclo de movimento de uma para outra tendência oposta, tudo "reencarna" infinitamente. Estes três grandes princípios governam em qualquer parte do universo. Em todo lugar e tempo, toda coisa varia de acordo com estas leis. O destino desta Via Láctea, de nosso sistema solar, e da Terra, onde vivemos, não são exceções. Todas as designações humanas, pessoais e coletivas também estão variando segundo estes princípios. Nossas manifestações físicas, mentais e espirituais, bem como nossa~ atividades sociais também estão mudando de acordo com esta ordenação. Aqueles que conhecem esta ordem funcionando dentro e fora de nós, são capazes de atingir a saúde e a paz. Por outro lado, aqueles que não entendem esta ordem sofrem a confusão e o caos, o conflito e a miséria. Aqueles que conhecem essa ordem e se transformam para se adaptar às circuns- tâncias mutáveis, são capazes de atingir a felicidade; ao passo que aqueles que não conhecem essa ordem são incapazes de se adaptarem e sofrem o desespero e desa- pontamento, o descontentamento e a infelicidade. Aqueles que conhecem essa ordem e tomam a iniciativa de liderar as circuns- tâncias em mutação, são capazes de atingir a liberdade, ao passo que os outros, incapazes de tomar a iniciativa em seu ambiente, perdem sua liberdade e se escravizam, sofrendo com lutas sem fim.' Para viver saudavelmente, com felicidade e liberdade, é absolutamente essen- cial entender essa ordem eterna e universal do movimento infirnto. '25
  • 14. 2. Materialização & Espiritualização No oceano infinito do universo, espirais emergem, formando todo o mundo fenomênico. A formação do mundo relativo é promovida pela força contrativa yang, que forma um movimento espiralado da periferia rumo ao centro. Este processo da criação do mundo relativo na escala maior geralmente assume sete estágios orbitais: Primeiro Estágio: Infinidade Una, sem começo e sem fim. Deus o Todo e Absoluto, onipresente, onipotente e onisciente. O oceano infinito do movimento sem-fim, que continuamente se expande em todas as direções com velocidade infinita. Segundo Estágio: O começo da polarização yin e yang. Todas as forças e tendências antagonistas e complementares resultam da formação de movi- mentos espiralados oriundos da interseção de forças se expandindo ao infinito. O começo de tempo e espaço, direções e dimensões; a diferenciação de velocidade, freqüência e forças. O princípio de todos os fenômenos relativos. Terceiro Estágio: Movimento, energia e vibração, ondulando entre os pólos que resultam da diferenciação do segundo estágio. Invisíveis, mas já fenômenos. Parte infinitesimal deste mundo é perceptível na escala humana como fenômenos espirituais e mentais, e uma parte ainda menor é perceptível aos cinco sentidos. Este mundo inclui o comprimento infinito de todas as vibrações, das ondas mais curtas às mais longas. , contração, que a terrã recebe do céu, do espaço sideral. Há cem mil espécies, altamente carregadas de energia, produzindo movimento ativo independente. Há duas categorias principais de espécies: animais da água e da terra. Seu processo evolutivo é composto de 7 estágios de desenvolvimento: a partir do organismo celular primitivo, passando pelos estágios de invertebrado, anfíbio: réptil, pássaro, mamífero, até o homem. O ser humano é a última e mais desenvolvida manifestação deste estágio. Do oceano invisível do universo à aparição de seres humanos no planeta, sete estágios orbitais de criação tomaram lugar. Este é o curso de fisicalização e materia- lização, um curso de interiorização do movimento espiral da criação, que surgiu do oceano infinito. Não há fronteiras marcadas entre estes estágios progressivos: cada estágio precedente torna-se o meio ambiente do seguinte. O sétimo estágio, o reino animal, é uma manifestação transformada de uma parte do sexto estágio, o reino vegetal. O sexto estágio, o reino vegetal, é manifestação transformada de parte do quinto estágio, o mundo dos elementos. O quinto estágio, o mundo dos elementos é manifestação transformada de parte do quarto estágio, o mundo pré-atômico. O quarto estágio, o mundo pré-atômico é manifestação transformada de parte do terceiro estágio, mundo de vibração e energia. O terceiro estágio, o mundo da vibração e da energia, é manifestação transformada da parte do segundo estágio, o mundo da bipolaridade. O segundo estágio, mundo da polarização, é um aspecto da Infinidade Una. 7.° Céu: Totalidade Quarto Estágio: Mundo do movimento pré-atômico, princípio do mundo físico, material. Massa condensada do movimento espirálico da energia, aparecendo como partículas. Umas poucas das numerosas variedades de partículas são conhecidas' neste mundo como elétrons, nêutrons, etc. Quinto Estágio: Mundo dos elementos, resultando da reunião em espiral das partículas em moléculas. Constituindo o mundo da natureza - solo, água e ar -, os componentes deste estágio incluem mais de cem elementos, dos mais leves, como hidrogênio e hélio aos elementos pesados e radiativos, tanto quanto concerne a esta Terra. Sexto Estágio: Mundos dos organismos vegetais - o reino vegetal. Sua química recebe uma energia, especial da força centrífuga, expansiva, da terra. Milhares de espécies prevaleceram neste planeta, formadas a partir de terra, água e ar, e alimentadas pela radiação do sol e do céu. Sétimo Estágio: Mundo do reino animal, formado a partir do reino vegetal. Seu desenvolvimento foi influenciado mais pelas forças centrípetas, de 26 Infinidade Una Fig.2 ~ Criação do Universo Mundo Absoluto e Eterno Mundos Diferenciados, Relativos e Efêmeros
  • 15. o mundo infinito do primeiro estágio é a origem de tudo, mas em si mesmo, não tem manifestação. O mundo da polarização é o princípio de todo o movimento, todo o mundo fenomênico, a ordem do universo. O mundo do terceiro estágio é o mundo espiritual invisível do qual parte. infinitesimal é perceptível à nossa experiência mental e sensorial. Os mundos do quarto ao sétimo estágios são os mundos relativos fenomênicos, alguns dos quais são cada vez mais perceptíveis através de nossas experiências diárias. Especificamente, o quarto e o quinto mundos são os mundos naturais físico e químico, e o sexto e o sétimo estágios são os mundos da vida orgânica. À medida que esta imensa espiral de sete órbitas de criação progride para dentro em sua trajetória de fisicalização e materialização, as variedades de fenômenos e manifestações em cada estágio vão se tornando cada vez mais numerosas. O primeiro estágio é o da unicidade. O segundo estágio é o da dualidade: yin e yang. Desenvolvendo-se através dos estágios, o número de variações cresce rapidamente no mundo dos elementos, cerca de cem; no mundo vegetal, milhares de espécies; no mundo animal, milhões de espécies. No último estágio - seres humanos - em nossa atual sociedade e neste século, mais de quatro bilhões de manifestações diferentes atuam de maneira independente. Este gigantesco movimento espirálico internalizante de criação, que se originou no oceano do universo infinito, tem naturalmente como destino reverter seu movimento espirálico internalizante para a direção oposta no sentido da dissolução de toda a espiral. Em outras palavras, a trajetória internalizante centrípeta yang de fisicalização e materialização volta sua direção, no centro da espiral, rumo à periferia, o oceano infinito, através do curso centrífugo yin de decomposição. Esta trajetória yin, de decomposição centrífuga de dissolução pelo movimento espiral, retornando ao oceano infinito do universo, pode ser chamada de desfisica- lização ou desmaterialização, ou a trajetória de espiritualização. Este curso da desmaterialização progride em sete estágios orbitais, começando do centro e deslocando-se para a periferia da espiral: Primeiro Estágio: o mundo da vida orgânica, a manifestação mais condensa- da de vibração e energia, altamente carregada com atividade energética, vivendo ativa e independentemente. O reino animal, especialmente a constituição física do ser humano é a manifestação mais alta deste mundo. Segundo Estágio: o mundo das vibrações físicas e energia, descarregadas e irradiadas da atividade e decomposição dos organismos celulares, a saber, o corpo, ou constituição física. I Movimentos maciços de energia calórica, evaporação de moléculas líquidas e movimento atmosférico entre o corpo e suas vizinhanças. A maioria dos fenômenos móveis neste nível pode ser identificada por nossas percepções sensoriais e emocionais. Terceiro Estágio: mundo das vibrações e energia de ondas curtas. Mundo da consciência, vibrando e manifestando-se em idéias e pensamentos diversos. Manifestação maciça de pensamentos e idéias que, neste mundo, costuma ser chamada de "corpo astral", no mundo que é chamado o "mundo astral" d T . a erra. As dimensões deste modo são mil vezes maiores que o mund , I . operceptíve sensonalmente. Quarto Est~~io:.mundo da atividade eletromagnética. Todos os movimentos de alt~ freque.ncla formando correntes entre pólos diferenciados - positivo- negativo ou ym-yang - através das dimensões do universo. Este mundo é mil vezes mais amplo que o anterior, do qual toda consciência relativa pensamentos e idéias provêm e no qual todas as manifestações físicas ~ fenô~e~os dos estágios prévios resultam. O universo visível é um mero ponto geometnco deste mundo. Quinto ~stá~io: mund? de radiação, propagando-se a alta velocidade pelo oceano infinito do uruverso. Neste mundo nascem várias manifestações e atividades espirituais. As dimensões deste mundo são mil vezes as do mundo anterior. Sexto Estágio: mundo da centripetalidade e centrifugalidade, forças primárias de todas as manifestações espirituais, físicas e materiais, e dos fenô~ cobre todo o âmbito do oceano infinito do universo, produzindo e diminuindo todos os universos e fenômenos nele contido. Este mundo é manifestado em Fig. 3 Espiritualização do Universo 7.° Céu Oceano Infinito da Vontade e Consciência Universais Origem das Origens e Fim dos Fins Sem Tempo e Sem Espaço Mundo do Nirvana e Satori yin e yang Mundos Relativos, em Mutação Constante Mundos Finitos e Fenômenos Efêmeros 29
  • 16. todo o movimento. além de tempo e espaço, como tendências antagonistas e complementares em todo tempo lugar e coisa do universo. 3. A Eterna Jornada da Vida Sétimo Estágio: Infinidade Una, eterna e sem limitação. O mundo da constante expansão com velocidade infinita, omnidirecional. As dimensões deste mundo são infinitamente maiores que os anteriores, relativos. A origem perpétua de tudo, de todo lugar de Deus e suas manifestações em todos os seres. Terra natal de toda vida e fenômeno, para sempre. O passado, presente e futuro de todo mundo relativo. O mundo do Nirvana liberdade absoluta e justiça absoluta, absoluto amor e absoluta paz. Tudo surgiu deste mundo, retorna a este mundo, e ressurge desse mundo, continuamente. Não existem fronteiras definidas entre estas etapas que compõem o curso yin centrífugo de retorno do estágio infinitesimal devida ao oceano infinito da vida: h,á uma variação contínua, progressiva, no processo de decomposição do universo em espiral, que emergiu do oceano da infinidade. Cada mundo torna-se progressi- vamente maior em comparação com o anterior, numa progressão logarítmica. O corpo humano, nossa maciça manifestação física, é o começo deste caminho de retorno rumo ao oceano infinito da vida. Viemos do infinito, vivemos dentro do infinito e retornamos ao infinito. Estamos experimentando estajornada da vida por bilhões de anos, estágio por estágio, mudando e adaptando nossa constituição à natureza particular de cada estágio . A experiência da vida humana é um mero piscar de olho em comparação com esta longa jornada da vida. A vida humana é efêmera, e o que quer que façamos durante o tempo de nossa vida é vão se considerarmos nossa vida humana existindo separadamente desta longa jornada da vida como um todo. Entretanto, a vida humana neste pequeno planeta, a terra, é um estágio entre o curso yang de fisicalização e materialização, e o curso yin da desfisicalização, que tem lugar na escala do universo infinito, com uma duração de tempo infinita e infinitas dimensões de fenômenos espirituais, mentais e físicos. A vida humana éo resultado de uma jornada passada através de bilhões de anos. A vida humana é o resultado de todas as experiências já sofridas neste universo, e representa um desejo candente, uma esperança, um sonho para o infinito futuro, de se tornar uma só com o infinito, com absoluta justiça e liberdade, com absoluta paz e amor. Nossa vida diária é o processo pelo qual estamos acumulando nosso desenvolvimento físico, mental e espiritual em preparação ao estágio futuro na jornada da vida universal. O que quer que façamos, o que quer que pensemos, terá resultados na nossa vida do estágio subseqüente, assim como nossa vida atual foi influenciada por tudo aquilo que fizemos e pensamos na vida anterior. Aqueles que entendem a jornada infinita da vida têm a sabedoria de projetar e dirigir sua vida humana, dia a dia, a fim de desenvolver suas qualidades físicas, mentais e espirituais, preparando-se para o estágio seguinte da jornada. Aqueles que não entendem esta jornada da vida sem-fim, não são sábios na orientação de sua vida cotidiana, desperdiçando suas vidas nesta Terra com assuntos mesquinhos. e desprezíveis, buscando o contentamento e satisfação efêmeros. 30 Na longa jornada da vida, que tem dimensões temporais de bilhões de anos e di~e~s?es espaciais de âmbito quase infinito, a vida humana é uma etapa que pnncipia nosso curso de retorno ao oceano ilimitado da vida, a eterna terra natal de todas as vidas e fenômenos. Através de nossas vidas, dia e noite, todos experi- mentamos parte deste curso de retorno. Diversos estágios deste trajeto são experimentados durante nossas atividades físicas, mentais e espirituais, e permanecem em nossa memória. Falando de maneira prática, geralmente experimentamos os diversos estágios da jornada de retorno como segue: Primeiro Período da Vida: O começo da jornada de volta começa com nossas formas dos estágios anteriores se diferenciando em duas células antagonistas e complementares - o óvulo da mãe o espermatozóide do pai. Ambos vieram das células do sangue dos pais, que por sua vez vieram do reino vegetal. As células reprodutoras que estão ativas no útero da mãe são oresultado de transmutações de. vida de bilhões de anos, que começaram a partir do oceano infinito do universo em tempos imemoriais. Atingiram o estado de. vida orgânica como a constituição primária da vida animal, vibração energética altamente carregada. Quando estas células reprodutoras antagonistas e complementares - o óvulo yang e o esperma- tozóide yin - combinam-se e se fundem é o começo da trajetória de retorno de bilhões de anos rumo ao oceano infinito da vida. Cada uma delas carrega suas memórias passadas e a visão de seu futuro. Muito embora suas jornadas recentes as tenham separado em diferentes espécies de vegetais, diferentes tipos de moléculas e células sangüíneas do pai e da mãe, as lembranças da sua origem comum, a infinidade una , e a visão do futuro quarido se tornarão uma infinidade una nunca foram esquecidas. Quando se fundem uma com a outra, as memórias e as visões tornam-se manifestas num organismo que as sucede num sonho imperecível para cumprir a jornada de retorno da vida, para continuar a realizar a liberdade, justiça, amor e paz absolutos. Fisicamente, o ovo fertilizado é uma réplica da Terra em rotação, produzindo um campo de força à sua volta, e sofrendo deslocamentos periódicos em seu eixo . Ademais, o ovo fertilizado é nutrido por correntes de. energia que passam em espiral pelo canal espiritual do corpo da mãe: a força do céu yang descendo do céu ao centro da terra; e outra energia, yin, vinda da terra passando verticalmente pelo útero da mãe, ascendendo centrifugamente do centro da terra rumo ao céu. Por estas duas forças - uma centrípeta,outracentrifuga.c.ovo fertilizado está contiouamente equilibrado entre o mov~to celestial das ~ lações e o movimento da terra. A força descendente do céu passando pelo canal espiritual da mãe, também é nutrida pelas -suas emoções, pensamentos, idéias, imagens. Enquanto passa pelo cérebro da mãe, é reorientada e modificada por seus vários pensamentos e imagens, Duma nova qualidade de força energisadora. 31
  • 17. Segundo Período da Vida: A vida que sucede a fertilização cobre um período de cerca de sete dias. Durante este período, a nova vida viaja pela trompa de Falópio no útero da mãe, seus organismos celulares multiplicando-se rapidamente pelo movimento de constante rotação e freqüentes deslocamentos de eixo. Este período é uma repetição do crescimento primário de vida rumo aos organismos pluricelu- lares, na antiga condição gasosa. da Terra primitiva, há quase quatro bilhões de anos. Neste período, a vida viaja rapidamente para longe da região ovariana rumo a um pólo recém-desenvolvido pela carga intensiva das forças de céu e terra, nas profundezas do útero, onde deve crescer a placenta. A consciência mecânica primária governa e dirige esta vida. As memórias e visões que eram transportadas pelas células reprodutoras dos pais e fundidas numa só pela fertilização, são distribuídas a cada uma das células individuais em rápida multiplicação. Cada célula transporta as mesmas memórias e visões, e todas as células coletivamente transportam a mesma memória e a mesma visão. Durante este período, a vida é nutrida pelo fluxo de energia invisível que se origina da força descendente do céu e da força ascendente da terra; e também é nutrida pelas forças entre os dois pólos, o ovário e o útero - a região conhecida como Hara - bem como pelas forças geradas por sua própria rotação e deslocamento de eixo. Terceiro Período da Vida: O terceiro estágio do processo do retorno à infinida- de começa com a implantação no útero e o crescimento da placenta. Este período continua até o parto, 'repetindo a evolução biológica na água. O saco amniótico, dentro do qual o embrião flutua e recebe alimento da placenta através do cordão umbilical, representa o oceano primitivo que cobria toda a superfície da Terra até a completa formação do solo. Durante este período, o embrião se desenvolve com seus sistemas, órgãos e glândulas, bem como todas as partes auxiliares do corpo. Além do alimento recebido pela placenta e cordão umbilical, que é primariamente o sangue materno, filtrado, o embrião continuamente recebe energia vibracional invisível passando pelo canal espiritual da mãe as forças do céu e da terra junto com a energia passando pelos meridianos situados ao longo da parede do útero. O embrião gira e repete os deslocamentos de eixo, sua memória e visões tornando-se mais diferenciadas e distribuídas pelas células em número cada vez maior. Neste período, o embrião desenvolve-se quase três bilhões de vezes em peso, em comparação com o peso original do ovo fertilizado. Esta vida aquática é o estágio preparatório para o seguinte, a vida aérea. Durante este período embrionário na água, os organismos celulares crescem constantemente, e o alicerce físico para a vida seguinte no ar é constituído. Em outras palavras, o principal propósito desta etapa da vida é a formação da constituição física, preparando terreno para o desenvolvimento mental e espiritual no estágio seguinte da vida. A vida embrionária na água procede por julgamento mecânico, e quase nenhuma consciência objetiva participa no desenvolvimento até o último período da gravidez. A constituição desenvolvida durante este tempo é um alicerce para o destino do estágio seguinte, e portanto é de importância funda- mental que qualidade de alimentação o embrião recebe, que tipo de energia ele recebe da atividade da mãe, e que tipo de vibrações de consciência recebe dos 32 ,f p:ensamentos e imagens da mãe. Todas estas coisas em conjunto cumprem o desen- volvimento embrionário e decidem que tipo de vida no período seguinte, o mundo a1éreo, o recém-nascido experimentar á. Quarto Período da Vida: A trajetória de volta ao infinito continua da vida aHuática a um ambiente mais expandido: a vida aérea. Após uma média de 280 dias de vida na água, na escuridão, ocorre o nascimento, com repetidas contrações do útero e um dilúvio de água. A nova vida começa numa atmosfera meio luminosa, meio escura - dia e noite. O processo do nascimento é uma repetição das ocor- rências na Terra há cerca de 400 milhões de anos: repetidas catástrofes na formação das terras emersas e dilúvio em grande escala. Para se adaptar ao novo ambiente atmosférico, expandido, o recém-nascido deve experimentar a contração, a "yanguização" no parto, passando pela passagem estreita, expirando substâncias excessivas e bebendo o líquido amarelo do seio da mãe antes de começar a tomar o leite normal. Origina-se uma perda de peso alguns dias depois do nascimento. A vida no ar sobre a terra é nossa vida humana, deixando para trás a placenta e o umbigo, e todos os organismos celulares - o corpo - continuam o cami- nho de volta ao infinito. O período inicial de cerca de um ano, porém; repete a evolução biológica sobre a terra, desde o estágio dos anfíbios, passando pelos répteis, mamíferos e primatas, atingindo finalmente o estágio humano. Este processo é completado quando se atinge a postura ereta - de pé - juntamente com o desenvolvimento da consciência sensorial e emocional, que evolui junto com o físico, do nascimento até o tempo da posição ereta. Com esta capacidade de ficar de pé, a verdadeira vida humana começa. Muito embora o crescimento físico continue durante os primeiros vinte anos desta vida, sucedendo o desenvolvimento cumprido na vida aquática, ou embrionária, a maior parte de nossa vida humana é usada para o desenvolvimento da consciência. A razão entre o período usado para o desenvolvimento físico e o mental e o período usado para o desenvolvimento mental e espiritual é aproximadamente de um para cinco, ou um para sete. O principal objetivo da vida humana é o desenvolvimento' da consciência mental e espiritual sobre o alicerce físico. Em outras palavras, a vida humana, fisicamente falando, visa refinar continuamente sua qualidade para garantir a capacidade máxima de aperfeiçoamento mental e espiritual; e espiritualmente falando, atingir, até o fim da vida humana, a maior extensão possível de compreensão e consciência universal. O desenvolvimento da compreensão e consciência geralmente tem lugar durante esta vida humana em sete estágios, que se desenvolvem numa espiral logarítmica, centrífuga: Primeiro Nível: Julgamento Mecânico e Espontâneo. A maior parte do movimento físico, especialmente o g óver n àdo pelo sistema ' nervoso autônomo, incluindo todas as funções físicas básicas assim como digestão, respiração, circulação, excreção, reações nervosas, e outras. 33
  • 18. 34 Segundo Nível: Julgamento Sensorial. Com o desenvolvimento dos cinco sentidos - tato, paladar, olfato, audição, visão - juntamente com o sentido de direção e equilíbrio, este nível de discernimento cresce durante o tempo da infância e juventude. Continua a ser refinado pelo aperfeiçoamento qualita- tivo destes órgãos sensoriais bem como pela ampliação das experiências através da vida. Terceiro Nível: Julgamento Sentimental e Emocional. Logo depois do co- meçoda função sensorial, o discernimento sentimental começa a crescer, reconhecendo a alegria e a tristeza, conforto e desconforto, gosto e desgosto; e continua a crescer rumo a maiores dimensões, que geralmente denominamos atividade emocional, inclusive o reconhecimento de amor e ódio, beleza e feiúra, excitação e tranqüilidade, agressividade e passividade, e outros fenômenos mentais. Este discernimento sentimental e emocional continua a crescer cada vez mais refinado, até o fim da vida humana. Quarto Nível: Julgamento Intelectual. Por volta dos três anos, logo depois do começo do discernimento sentimental, um novo discernimento intelectivo começa a crescer. Aumenta a capacidade de identificar, contar, c~lcular, con~ formar, enumerar, organizar, analisar, dividir, sintetizar e outras ativida- des conceptuais e mentais. Pelas experiências e treinamento, este julgamento intelectual cresce, tornando-se capaz de usar a lógica e formular teorias, avaliações e hipóteses. Continua a crescer pela experiência e treinamento até o fim da vida humana. Quinto Nível: Julgamento Social. Com o crescimento do julgamento inte- lectual, a observação das relações familiares, sociais, políticas e mundiais, começa a se desenvolver. A determinação de manter relações harmoniosas com os outros, melhorar as condições sociais e vida comunitária, realizar o bem-estar, amor e paz, começa a orientar o modo de viver e de se expressar. A consciência social é o sinal da idade adulta, e inclui o respeito à tradição, bem como o planejamento para o futuro. Este discernimento social também continua a se desenvolver, com aperfeiçoamento constante, até o final da vida humana. Sexto Nível: Julgamento Ideológico. Com o desenvolvimento do julga- mento social, com a experiência de vários conflitos que constantemente se levantam entre as pessoas e dentro da sociedade, questões filosóficas e ideoló- gicas começam a crescer para revelar o que é o homem, o que é a vida, como o modo de viver deve ser conduzido,como a sociedade está mudando, por que a humanidade está aqui, e com que propósito nossa vida deve ser dirigida. A compreensão destas questões fundamentais da vida humana em última análise nos inspira a descobrir a ordem sem fim do universo e seu mecanismo univer- sal; a partir deste, o nível seguinte, e último, do discernimento, começa a crescer. Sétimo Nivel: "Julgamento Supremo. Cosmologico, Após terem sido expe- rienciados,exercitados e treinados todos os estágios prévios de julgamento, uma compreensão da vida, do homem e do universo começa a se desenvolver. À medida que cresce, todos os fenômenos são entendidos como manifesta- ções complementares do oceano infinito do universo. Percebemos que nada é antagônico, que tudo está se movendo e mudando, de acordo com a ordem universal, para cumprir e manter a infinita harmonia. Neste nível de cons- ciência, todos os problemas de saúde, guerra e paz, pobreza e doença, felici- dade e infelicidade, miséria e prosperidade, encontram sua solução enquanto manifestações variáveis de uma mutação contínua do oceano do universo. Tal desenvolvimento de compreensão e consciência que tem continuidade durante o período .da vi.dahumana,nossa vida aérea é o preparo do alicerce de nossa vida futura. Quando a morte desta vida humana ocorre descartamos o corpo físico, o organismo celular, que se originou durante a vida aquática --a era embrionária - e prosseguimos para a vida seguinte, com.nossa massa vibracional de entendimento e consciência. Quinto Período da Vida: A nova vida começa com a "mà'rte da vida humana, que é o nascimento para o novo meioambiente. O ambiente da vida pré-humana era a água; o ambiente da vida humana é o ar; o ambiente da nova vida nascida do ar é o mundo da vibração. Enquanto que a escuridão era o ambiente da vida n~ água, e a luz: e a treva alternantes (dia e noite), o ambiente da vida humana no ar, o novo ambiente está repleto de luminosidade constante. Analogamente, enquanto o espaço na vida embrionária era muito limitado e o espaço da vida humana passa a ser centenas de bilhões de vezes maior, cobrindo toda a superfície da Terra, a nova vida no mundo vibracional experimenta uma extensão muito maior - trilhões de vezes maior que antes, cobrindo todo o âmbito do sistema solar. Entretanto, nesta enorme amplidão, arecém-nascida vida da consciência -- pode chamá-Ia de "alma" - experimenta diversos níveis, de acordo com a"sua qualidade. Aqueles que sãouma massa de vibrações pesadas, ilusórias; vagam no nível inferior deste novo espaço, freqüentemente apegando-se à atmosfera circuns- tante a um ser humano, e por-vezes mesmo tornando-se visível fisicamente a pessoas de percepção incomumente aguda, sob certas condições. Aqueles cuja massa vibracional é mais refinada, estabelecem-se na região média do grande mundo vibracional, onde sua qualidade continua a aperfeiçoar-se. Deste nível, alguns prosseguem para um nível mais alto da esfera vibracional, e outros descem ao nível atmosférico, atingin-doo renascimento pela fusão com a matéria do mundo de água e ar. Aqueles com massa vibracional altamente refinada gravitam para o nível mais alto da "esfera vibracional, preparando-se para mais aperfeiçoamento para adiantar-sé à próxima vida alterando sua massa vibracional para ondas e raios. Neste mundo, todas as massas vibracionais, comumente çbj • ' 5 "almas" apresentam entendimento e consciência diferentes "da percepção física, mas análogos àqueles experimentados enquanto consciência mental e espiritual durante a vida humana. Desta vida, a vida prévia pode ser observada, assim como 35
  • 19. durante a vida humana podemos entender a vida embrionária prévia. A felicidade e a infelicidade nesta vida vibracional dependem grandemente do grau de compreensão e consciência desenvolvidos na vida ,humana prévia, assim como o nosso destino na vida humana grandemente se deve ao período de desenvolvimento embrionário. Se claro ou obscuro, elevado ou baixo, tudo dependerá de nosso nível de discernimento e consciência desenvolvido d~rante a vida humana e da continui- dade de seu àp~rfeiçoamento na vidavibracional, .' Sexto Período da :Vida: A morte da vida vibracional ocorre com a dissolução da massa de vibrações que é o nascimento para a vidaseguinte.corno entidade de ondas e raios movendo-se a alta velocidade: O ambiente deste estágio seguinte da vida é o mundo da radiação, que cobre todo espaço galáctico. O corpo vivo é trans- ferido, no nascimento neste mundo de radiação, numa luz cintilante - pode-se chamar "espírito" ,- conduzindo pensamentos e imagens, viajando por centenas de milhares deanos-luz. A partir deste mundo, algumas entidades descem à esfera vibracional de diversos sistemas solares e planetas, retornando ao estado de massas vibracionais e outras adiantam-se além para se dissolverem em movimento de velocidade infinita. Dentre aquelas que desceram à esfera vibracional, algumas se transformam ulte- riormente dentro da atmosfera e das esferas inferiores, tomando a trajetória da materialização, rumo à manifestação física sobre o planeta. Sé/imo Período da Vida: A vida é transformada edesenvolvida num movi- mento de velocidade infinita cobrindo todas as dimensões, de além de tempo e espaço. Este estágio da vida é término do processo de retorno ao lar, de origem à infinidade. A vida torna-se uma com o oceano infinito; torna-se absoluta liber- dade-onipresente, onipotente e onisciente: toda natureza relativa, que caracte- rizou as' vidas prévias desaparece completamente e, neste sentido, a vida atinge o estado sem fenômenos, sem aparências, sem manifestação. Entretanto, por se mover com velocidade absoluta, diferenciando-se constantemente na correnteza e expansão sem limites, que eventualmente forma de novo o mundo relativo pelo movimento espiral, pode-se dizer que esta vida tem a Vontade Universal, ou Consciência Universal: 'Deus. Deste mundo infinito, o movimento espiral de novo emerge aqui e ali, e de novo começa o curso da materialização e corporificação, com o aparecimento e desapa- recimento das formas no amplo oceano do universo sem fim . A Vontade Universal produz e manifesta imagens e pensamentos na esfera de radiação, o mundo espiritual; transformando-se ainda mais em vários sonhos relativos e idéias no mundo vibracional; e corporificando-se mais ainda nas esferas inferiores a esta. Assim, a reencarnação entre cada nível tem lugar continuamente; e a reencarnação na escala universal, nas infinitas dimensões do universo, processa-se incessante- mente. A memória de cada nível prévio da vida é levada adiante bem como a visão do futuro. A memória eterna e o sonho sem fim cobrindo toda a dimensão da reencarnação universal são também conduzidos ao longo de cada etapa da vida universal, muito embora muitas vezes sejam irreconhecíveis, especialmente durante os estágios inferiores da vida. 36 Fig. 4 O Eterno Ciclo da Vida Vontade e Espírito Universais Movimentos de Velocidade Infinita ;i ................ ..................~ : .•••.,. Reencarnação Universal -•••••J ~ 6.Curso da Materialização 4. O Modo de Comer A vida macrobiótica, recomendada pelos sábios da antigüidade e praticada ampla- mente para o aperfeiçoamento físico, mental e espiritual consiste das seguintes artes: comer, respirar e vida cotidiana. , . Como um ser humano é parte de seu meio ambiente, tendo evoluído biologi- camente por três bilhões de anos sobre este planeta, suas condições físicas, mentais e ~spirituais, estão baseadas naquilo que ele consome de seu ambiente natu~al e no seu alimento. O modo de comer é o fator mais essencial para seu desenvolvimento. A prática dietária macrobiótica recomendada e seguida tradicionalmente por milhares de anos consiste do seguinte padrão, para um clima temperado, de quatro estações ou clima subtropical: a. O alimento principal Pelo menos metade de nosso consumo diário de comida ou, se possível mais (de 50% a 60%) deve ser de grãos integrais ou seus produtos, assim como arroz integral, 37
  • 20. 38 trigo em grão, cevada, aveia e centeio. Milho e trigo sarraceno podem também suplem:ntar os outros grãos, Vários. métodos de preparação podem ser aplicados a cada grao - cozer, refogar, assar, e fazer farinha para pão, massas e outros. De ~cordo com. o clim~, vá~ios. tipos de feijões, favas, lentilhas e ervilhas podem Integrar a alimentação principal . . b, O alimento suplementar o alimento suplementar consiste de todos os outros tipos de comida do reino vegetal e animal, exceto carne de mamíferos: I. Legumes e verduras. Dentre os alimentos suplementares, a maioria ou pelo menos met~de,deve ser d~ verd uras e legumes da mesma região climática, do mesmo ecossistema, ou analogo. Para este propósito a escolha de verduras e outro~ ~rodutos agrícolas deveria ser feita num raio de aproximadamente 500 quilometros,._nas regiões vizinhas. As verduras cultivadas tradicio- n~lmente na regiao são preferíveis àquelas importadas de regiões mais distantes. * Estes vegetais podem ser preparados de diversas maneiras: cozidos refogados, assados rsaur é'', fritos, em conserva. Contudo, deve-se evitar o consumo freqüente de grande quantidade de verduras cruas. 2. Leguminosas e sementes. Feijões, ervilhas e .várias sementes como as sementes ~e gergelim, a_bóbora e girassol, bem como pequena qua~tidadede n~~~s, amen.doas, etc . sao usados como alimento suplementar. O consumo de feijões e ervilhas.deve ser proporcionalmente maior que o de sementes. E~tas leguminosas e sementes são preparadas também de diversas ~an_elras, ~o~o cozer, refogar, fritar, assar emoer, Algurnas.icorno feijão so- ja, sao tradicionalmenre processadas por fermentação natural, como cereais e sal, resulta~do em condimentos como o (miso) e o molho de soja. Algumas seme~tes sao usadas para a extração do óleo, e algumas usadas como condimentos e lanches, com um pouco de sal. : 3. Plantas do mar. Algas e diversos outros vegetais marinhos tais como Kombu, Wak~me,arome,h~ziki,mori, agar-agar, etc. podem ser usados como ~uplementoalimentar, especialmente pelas pessoas que vivem no litoral ou em ilhas. N. ~v R. - ~vnvém notar que a dieta padrão aqui sugerida está voltada para o habitante de clima temperado. O clima trooical especialmente no verã.. . . .d. - . .r , , v. exigira uma a aptaçao condizente, com utilização maior de alimentos vin - legume d I ' 'd . s, ver uras, lq~, os - e ~lenvs daqueles relativamente mais yang.como os alimentos do reino animal, cereais e sal. Esses vegetais do mar são cozinhados sozinhos ou com legumes e grãos. Podem ser assados, torrados e moídos, depois de torrados. Alguns são usados como condimentos, com ou sem a adição de sementes e sal. 4. Frutas. Dentre os alimentos vegetais, as frutas são consideradas secun- dariamente em relação aos vegetais e algas po is os cereais são as "frutas" apropriadas para o consumo humano. Frutas da região devem ser incluídas como alimento suplementar, especialmente as da estação. As frutas, além de comidas frescas podem ser cozidas, secas, ou conser- vadas. São tradicionalmente consumidas como sobremesas, em pequena quantidade. As pessoas que não consomem muita carne têm uma tendência natural a usar frutas com freqüência. 5. Frutos do mar. Vertebrados e invertebrados, criaturas de água salgada ou água doce, são alimentos suplementares mais esporádicos. Dentre os peixes, recomendam-se os de carne branca. Os de carne vermelha bem como os de pele azulada - mesmo que tenham carne branca - são tradicionalmente evitados. Por serem facilmente deterioráveis, também os mariscos são geral- mente evitados. Na preparação dos frutos do mar pode-se cozinhar, refogar, fritar, secar e defumar. São tradicionalmente consumidos com quantidades iguais ou maiores de vegetais crus ou levemente cozidos. Para evitar intoxicação, é também costume temperá-los com gengibre, mostarda, cebolinha verde e rábanos silvestres. 6. Animais terrestres. Alguns animais são usados como alimento suple- mentar, consumidos porém com menos freqüência que vegetais, e menos ainda que os frutos do mar. Dá-se preferência a espécies mais primitivas, assim como anfíbios, répteis e aves, evitando-se animais mais evoluídos biolo- gicamente, como diversos mamíferos. Mamíferos herbívoros devem ser preferidos aos carnívoros. A preparação inclui diversos métodos: cozinhar, refogar, assar, secar, defumar, conservar. A carne sempre exigiu mais cuidados na sua preparação que os outros alimentos. Por exemplo: é costume tradicional colocá-Ia de molho em salmoura ou tempero por várias horas, antes de cozinhá-la e ainda cortar fora a camada de gordura. Para se evitar ainda seus efeitos tóxicos, a carne pode ser cozida com vegetais e servida com molhos picantes e ve- getais crus. c. Bebidas o líquido que se toma além daquele naturalmente contido no alimento ou usado no processo do cozimento pode ser chamado de bebida. Água de boa qualidade, água quente e chás de ervas como bancha, dente de leão, bardana e outros chás tradicio- nais são recomendados. O volume de líquido tomado, porém, não deve exceder o 39
  • 21. estritamente necessário para a saúde física mental e " I O b ~ d . , , . ,esplfltua . arometro para escobnr quanto IIq,uido devemos tomar em média é beb " do ti . d ~ er so quan o tIvermos sede e urinar e tres a quatro vezes por dia. Fig. 5 Exemplo de Dieta Orientada para o Desenvolviment F" (P _ o ISICO roporçoes Aproximadas) A '- Cereais integrais, preparados em vários estilos e for- mas. B - Sop'a. principalmente de vegetais. ocasionalmente incluindo produto animal. C - V:getais. parte cozidos, parte crus, escolhidos na re- giao e da estação. O - Ali':lento animal, incluindo peixes, frutos do mar e ocaSIOnalmente aves, mas excluindo os mamíferos. E -, Feijões ou outras leguminosas e vegetais marinhos preparados juntos ou separadamente. ' F - Frutas locais e sazonais frescas, cozidas ou secas, se- mentes e nozes torradas ou não; picles e outros suplementos vegetais, incluindo a sobremesa. Fig. 8 "'7"' Exemplo de Dieta para o Desenvolvimento Ffsieo, Mental e Espiritual de Pessoas 'Vivendo em Altas Montanhas (Proporções Aproximadas) A - Trigo sarraceno e outros cereais. Várias sementes e Irutos.na forma de grãos, de árvores silvestres egra- rnincas locais. cozidos. assados ou secos. B - Sopa, contendo grãos silvestres, raízes e gramíneas. c- Folhas, caules e raízes de gramíneas earbustos das montanhas, cozidos, assados, secos ou em conserva. o - Frutos das montanhas, de arbustos ou árvores: pás- saros silvestres ocasionalmentee peixes dos riosdas montanhas. 40 Os seguintes princípios' são essenciais para nossa prática dietética. ; 41 I. Deve ser feita uma clara distinção entre o alimento principal e o suplemen- tar, sendo o principal sempre constituído de grãos integrais. 2. Como o homem e seu ambiente são um só, um ser humano é produto natural de seu meio. ambiente. As espécies de comida queingeredevemser .selecionadas a partir das espécies da mesma região climática. Quem vive em região de clima temperado deve evitar alimentos cultivados em regiões tropicais, semitropicais ou muito frias e vice-versa. 3. Corno a constituição do sangue é equivalente e análoga à do solo, é aconse- lhável consumir alimentos da mesma região geográfica em que se vive: num raio de 500 quilômetros, em países de grande extensão territorial-como os Estados Unidos (e o Brasil), ou cerca de 100 quilômetros em países peque- nos como o Japão e a Inglaterra, onde há grande variação climática e geo- gráfica de região para região. 4. O ser humano deve defender primariamente o reino vegetal como alimento, especialmente nas regiões temperadas, semi tropicais e tropicais. As exce- ções correm por conta de circunstâncias excepcionais tais corno durante um inverno gélido na neve ou em altas montanhas. Nas regiões polaresé possí- velconsumir mais carne e outros derivados de animais que em outras regiões climáticas. 5. O alimento deve ser consumido, tanto quanto possível, inteiro, de forma a preservar o seu equilíbrio natural. Isto é, evitar,se possÍVet,~"'~p&rtede um organismo vegetal ou animal. '6. O alimento é basicamente cozido. O alimento cru é suplemento do cozido, PRINCÍPIOS PARA A PRÁTICA DIETÉTICA j E - Frutas locais e sazonais fres~as. cozidas ou secas sementes torrada.s e nozes; picles e outros suple- mentos vegetars, mclusive sobremesa. C - Vegetais da região, parte cozidos, parte crus. A - Cereais integrais, mais como grãos e menos como fannha. 8 - Sopa vegetal, incluindo vegetais da terra e do mar. B - Sopa vegetal, incluindo vegetais da terra e do mar. C - Vegetais, parcialmente cozidos e parte crus, escolhi- dos regional e sazonalmente. O - Feijões ?U Outras leguminosas e vegetais do mar, COZidos Juntos ou separados, ocasionalmente suple- mentados Com peixes de carne branca ou frutos do mar. D - Feijões .ou outras legurrrrnosas e vegetais do mar COZidos Juntos ou separadamente. ' Fig. 6 Exemplo de Dieta Or' tad ' ien a para o Desenvolvimento Mental (Proporções Aproximadas) A - Cereais integrai~, cozidos em vários estilos, mas mais na forma de grao que na de farinha. E - Frutas frescas, cozidas ou secas, escolhidas local e sazonalmente; sementes torradas e nozes; pickles e outr?s suplementos de qualidade vegetal, incluindo ocasronal sobremesa. Fig. 7 Exemplo de Dieta Orientada para o Desenvolvimento Espiritual(Proporções Aproximadas)
  • 22. 7. 8. 9. servindo especialmente para equilibrar o consumo de c . seco e quente. ame, ou em clima A.comida. deve reter sua energia vital até o momento da _ alimento Industrializado deve ser evitado ta t preparaçao. Todo . . , n o quanto possível ' . processamento artificial destrói sua vitalidade. ' ja que o O tempero deve ser moderado e o mais natural possível No processo de cozinhar em geral o I' . . " a rrnenro deve ser . b I possível entre todos os fatores antaaoni o mais a anceado . . agonIstas e complem . ' mmerais versus carboidratos' ca b id entares, assim como , r OI ratos versus ág .' sal versus óleo; pressão versos . I . ua, agua versus fogo; ar, ca or versus fno, etc. I. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. lO. I l. Vida longa; mais de 100 anos. Telepatia. Transportar-se a grande velocidade, a pé, e por vezes levitando. Visão clara de eventos futuros. Poder de curar vários males. Converter- vibrações e ar em matéria densa. Controle do clima, assim como a chuva. Ler a mente das pessoas, seu passado e futuro espiritual. Recuperação de mortos. Caminhar sobre as águas. Conhecer as vidas anteriores e seu futuro espiritual. 4. 5. 6. 2. 3. Sem uma dieta macrobiótica não é possível desenvolver a própria condição física, mental e espiritual. Há pessoas, porém, que não praticam uma alimentação ordenada, mas atingem grande aperfeiçoamento físico, mental e espiritual: foram bem alimentadas na gestação, através de suas mães, bem como na infância e juventude. Sua condição original foi boa, e a despeito de sua ignorância sobre a influência da dieta e de sua alimentação desordenada na idade adulta, ainda mantêm sua boa forma inicial. Entretanto, depois dos 50 ou 60 anos é quase certo que decaiam de sua força original. Todos os exercícios físicos, mentais e espirituais, tradicionais ou modernos. devem basear-se na alimentação macrobiótica adequada. Todas os antigos I. Libertação da fadiga, em geral. 2. Pensamento mais claro. 3. Recuperação gradual de flexibilidade e resistência física. 4. Libertação gradual de distúrbios físicos e mentais. 5. Aumento gradual de paz e tranqüilidade. 6. Desenvolvimento gradual de amor pelos outros. 7. Recuperação da autoconfiança, resultando no desenvolvimento da ho- nestidade. 8. Maior adaptabilidade ao ambiente mutável. 9. Liberação de confusão, cobiça e egoísmo; dissolução da arrogância egocêntrica. 10. Desabrochar do espírito de aventura. lI. Melhor discernimento. 12. Desenvolvimento do espírito ordeiro em todos os aspectos da vida. 43 No mundo atual há algumas pessoas que treinam este caminho, o "Shin-Sen, Dô", ou o "Caminho dos Homens Livres", especialmente no Oriente. Sua exis- tência e estas práticas não são amplamente difundidas na sociedade civilizada. Porém, os princípios alimentares descritos acima são o alicerce biológico e psico- lógico para o desenvolvimento da liberdade física, mental e espiritual. Por esta prática alimentar diária, depois de uns lO dias, experimentamos as primeiras alterações positivas em nossas condições físicas, mentais e espirituais, tais como: r i~, I ) i I I. 7. SERVIR E COMER O modo de servir e comer as refeições tem os seguintes pri .. ' nncipros. A mesa deve estar bem arrani d fica. ja a e atraente, para criar uma atmosfera pací- O ruído exce~sivo deve se: evitado durante a refeição. ' Deve-se mastigar bem o alimento no mí . rando ao máximo a comida e a ' I' rrurno 50 vezes por bocado, rnistu- - . sa Iva. E Importante desenvolver a atitude mental d . _ . reza, plantas e animais..e por aqueles ue e grat~dao pelo uruverso, natu- nhararn e serviram a refeição. q produzIram, processaram, cozi- As refeições podem ser uma duas ou trê . _ ' horas de ir dormir. ' s por dia, mas nao a menos de três O alim~nto principal, os cereais, deve ser con . . da refeição, e o alimento suplementar deve sumido d~ começo ao fim principal na ordem: sopa, vegetais e al as c . ser. consun.udo Junto com o de frutas. g ozidos; vegetaIS crus, sobremesa Em cada refeição, o volume de alimento consumi . . ralmente a não mais de 70Cf( d id sumido deve ser limItado natu- o a capaci ade do estômago. O padrão de alimentação acima descrito f . ._ ecossistema:clima estação sexo id d di s..? rera .v~na~oes de acordo com o id d ' " I a e, con rçoes SOCIaIS upo d t b Ih SI a, es pessoais especiais Na ti üid d . ' e ra a o, neces- d . an rgui a e havia pes . esenvolvimento físico , mental e es iritual hab: soas. que tremavam o . nas montanhas. Em tais casos é: ' . itando em I?callsolado, geralmente daqueles que viviam nas Planí~ie~ ;co provavel qu~ s~a dieta tenha sido a mesma tres, frutas, raízes e cascas Sua di~t eu a lmdento teria Incluído mais plantas silves- . . . . a, contu o era certamente id 1 . pIOS tradiCIOnais de preparação e co d 'I' regr a pe os princí- . . nsumo e a imentos Dentre t pratIcas levaram ao desenvolvimento d ' A ' . • • es as pessoas, suas e longevidade, e eram freqüentemente ehconscdlen~lacos~lcauniversal, saúde física idê . c ama os Sen Nin' ou Uh lievr encra em lendas e escritos sob . - ornens ivres". Há 42 re sua capaCIdade excepcional, que incluía:
  • 23. Velocidadefilósofos, pensadores, líderes espirituais, artistas, líderes políticos e fundadores de artes e ciências par~ o aperfeiçoamento de saúde, mente e espírito pela felicidade total observam .efet iva rnente uma nutrição macrobi:ótica. . ' É altam~nte recomendável que todas as pessoas de nossos dias, especialmente as que anseiam recuperar sua saúde física e mental, e aqueles que querem desen- volver seu bem-estar e beleza corno ,Um -todo, junto' com uma 'com -' A • '1' . . ' preensao e consciencia 1 Imitadas, pratiquem; antes de mais.nada uma alimenta - . ,-. ,. ' ., . " çao correta, segundo pnnclplOs:macrobióticos. 5. Os Princípios da Respiração I. 2. 3. o metabolismo físico desacelera, incluindo o batimento cardíaco, a circu- lação sangüínea e a circulação de outros fluidos corporais. A temperatura do corpo tende a se tornar ligeiramente mais baixa. Mentalmente, produzindo um estado mais tranqüilo e pacífico, pensamento mais claro e compreensão objetiva, bem como respostas mais sensíveis ao ambiente. Espiritualmente, produzindo uma percepção mais ampla, intuição mais profunda e levando a uma consciência mais universal. Respiração mais ~ápiâa (produZindo efeitos mais yang): I. Fisicarnente, resultando no metabolismo mais rápido de 'diversas funções corporais. O batimento cardíaco, bem como a circulação sangüínea e fluidos corporais são acelerados. A temperatura do corpo tende a aumentar. ' 2~' Mentàrmente, produzindo uma condição mais instável e excitável e alte- rações emocionais análogas. A atitude tende a se tornar extremada:' defen- . siva ou ofensiva. 3. Espiritualmente, desenvolvendo observação e avaliação das condições am- bientais de forma mais subjetiva e egocêntrica, com mais apego a interesses •fr'agtrientários e: parciais do que percepçõesamplás e universais. ' ' b. Profundidade Respiração 'mais profunda (produzindo efeito6 mais yang): Fisicamente,resultárldo em metab'ôlismo mais ativo e profundó, ;e;~ar~o;;' nia entre os sistemas e órgãos. A temperatura docorpo tende' ~ estabIlidade: Mentálmente, produzindo uma profunda satisfação, estabilidade ernocio- 45 ; • - r . ~ 1. FisicarrÍ~Ate~ r'esuftandonum metabolisrno mais inativo, bem como descoor- denação e desarmonia entre diversas funções físicas. A ' remperarura do corpo tende a variar irregularmente. . . 2. Mentalmente, produzindo uma tendência à ansiedade, instabilIdade, frus- tração e descontentamento, resultando freqüentemente nóde'senvolviinento 'do medo. ' , " . " , 3. Espiritualmente,'desenvolvendo uma tendência à percepção superficial,fre- q üentes mudanças de opinião, perda de autoconfiança,' falta de coragem, . bem como perda da memória 'e da visão do futuro . Respiração mdis sup~rfit:ia{(pro;duzindo efeitos mais vin): 2.' 1. I Logodepoisdo que se come e bebe, a segundafunçãó'impottanteentre o homem e se~,af!lble~te ,é' a resplraçã.o~ O ~limento é parte do ambiente animal, vegetal e mineral do homem, seu meio geogr áficoebiológico. O 'modo de se alimentar é o m?do ~~ n~~ ad~ptarmosha:moniosamerité ao nosso ecossistema.'Beber é adaptar- s~ ,rela unificação do organismo com o mundo líquido, parte de nosso ambiente éxter~o.Exercitando o modo de beber corretamente, harmonizamo-nos com o ecossistemaliquido: oceanos, rios ; chuva; umidade-do solo, do ·ar. , ' Analogamente, a respiração é o intercâmbio entre nós e o ecossistema aéreo: o ar. °m?do de respi.rar visa cumprir, com o máximo de eficácia, nossa adaptação harrnoruosa ao ambiente at~osféricocomo parte de um todo.xío mesmo modo que o comer e o. b.eberapropnaQlJs são essenciais ao nosso aperfeiçoamento físico, mental e ,espmtual: ~ man~ira ,apropriada de respirar -tambérn é essencial .para nossa saude e felicidade, Juntamente com nossa compreensão e consciência universais. ' Respir~r:é a manifestação da fu?ção yin, centrífuga e expa,n~iv~,'e ~~ função y~ng cent~lp~tae contrauva, alternativamente exercitadas num movimento harmo- ~IO:O, pnn~lpal,~ente por nossos. órgãos respiratórios.' Entretanto, não só os orgaq.s. resp~ra:'ono~ com~ ,~s, caYldades nasais e., bronq uia~s e OS pulmões, mas tambe~ o: orgao~ circulatórios e suas funções estão diretamente relacionados com a resFlraçao. 0 . sistema nervoso, incluindo as reações nervosas ,autônomas e as funçoes cerebr~ls, também está.relacionado diretamente com a função de respirar. Fala.ndo_gen~ncamente,o funcionamento .ativo destes sistemas e órgãos .acelera a resplraç.ao auva, e a respiração ativa por sua vez, acelera o funcionamento ativo d7s~~s sl~t~maseór~ão~. Por outrolado suas funçõeslentas e inativas resultam em respiraçao lenta e mativa; e .respiração lenta e inativa resulta, eventualmente na função lenta e in~tiva ~eles. Concomitantemente, nosso controlede respiração,~ 9 volume dear na inalação e exalação, a duração de ambas bem como a velocidade da re~p~raç~p têm diferentes ~~ei~ossobretodas as fu~çõe~e órgãos 9igestiv'os, cir- culatórios, n.ervosos e excretorios. Isto também, direta ou indiretamente infl ' .: nos d - . 1" ' , uenCla , . sas :onlç.oes pSlCO ogicas e.espirituais, mudando.a espécie.idireção, volume e dimensão de Imagens e pensamento. " . . . São exe~~10s~r.incipaisdas~di.ferentesman~ira~derespirar,:e seusefei~ossobre ' nossas, condições Iísicas, mentais e espirituais: 44
  • 24. c. Extensão Respiração mais longa (produzindo efeitos mais yin): Respiração mais curta (produzindo efeitos mais yang): Del~~ordo com as diferenças quanto à eficácia dos vários tipos de respiração é ~conse a~el ~ue m~n~enhamos um padrão de respiração mais lento, am lo' e on~~, ao ~nves de rápido, superficial e curto. O aperfeiçoamento físico me~tal e espir~tual e par~lelo ao grau de respiração pelo ajuste destas variáveis. Entretanto d um ajuste .consciente da velocidade, profundidade e extensão da respiração deve se; esenvolvido rumo a um . .. .f . respirar mais natural, que opera sem intenção artificial ou ~s orço ts.peClal. Uma. respiração lenta, profunda e longa pode com efeito ser esenvo vld~ auto~atlcamentepela prática macrobiótica, no m'odo de com~r e com um regime ~als ve~e~ariano.; centrado em cereais integrais, suplementado ~orl?ut~;svegetais e o mIOlr:n0 de alimento animal. A ingestão de uma quantidade e iqui os, bem como a ingestão de açúcar refinado e produtos açucarados 46 3. I. 2. 3. l. 2. 3. nal, ~orte autoconfiança,e manutenção de urna forma de pressão constante e estavel. E~piritualmente, desenvolvendo a tendência à meditação e uma fé inaba- lavei, bem corno a tendência à abrangência, e uma personalidade cheia de amor. F.isicamente, ~esultando em melhor coordenação entre o metabolismo de diver.s~s funçoes. A tempe~at~ra do corpo tende a ficar estável e, em geral, as atividades de todos os orgaos e glândulas tende a desacelerar. ~e~talmen.:e, ~roduzi?do uma sensação de satisfação e paz. Mais persis- tenci~, pacrencia e quietude, bem como menos excitação e irritabilidade emocional. Espiritualmente, desenvolvendo percepção mais objetiva e ampla, bem como compreensão mais profunda. As memórias do passado e do futuro tendem a tornar-se mais extensas. Fisicamente, resultando numa tendência ao metabolismo rá pido e i I, . f _ e irregu ar el.m .vanas unçoes do corpo. A temperatura do corpo tende a aumentar rgeirarnente. Mentalmente, produzindo alterações freqüentes de imagem e pens t bem co freoü d . amen omo requente mu ança de Idéia. As tendências à impaciênci '. ~ . Cla, a me- nor .p~rslstencla e explosões de irritação são todas aceleradas ESpI~ltualmen.te, desenvolvendo a desarmonia com o ambiente. São desen- volvId?s .sentimentos antagônicos e conflitantes com uma . - . mesquinha e subjetiva. ' visao mais também força uma respiração rápida, superficial e curta. Comer e beber em grandes quantidades tamb ém tende a acelerar. a respiração, tornando-a superficial e curta. portanto, para desenvolver paz e harmonia física, mental e espiritual, a ingestão diária de um volume modesto de alimento é mais aconselhável. CINCO PADRÕES DE RESPIRAÇÃO Como prática normal para o aperfeiçoamento físico, mental e espiritual, a respiração pode ser usada ele cinco maneiras diferentes, de acordo com o grau de intensidade: I. Muito Lenta. Tranqüila e Longo: Respiração do Não-Eguísmo. Esta res- piração é executada pelo nariz, para inalar e exalar, muito quietamente, a ponto de uma folha de papel de seda na frente do nariz não se mover. A duração da exalação deve ser de duas a três vezes mais-Ionga que a inalação.O efeito desta respiração é acalmar todas as atividades físicas , mentais e espirituais, de modo a entrarmos em meditação profunda e desenvolver a visão interior, atingindo o máximo grau de adaptação ao ambiente. Esta respiração também produz o efeito de minimizar a ilusão egocêntrica. 2. Lenta Nurma'l. 'Tranqüila: Respiraçiio da Harmonia- Esta respiração também é executada através do nariz, mas levemente mais forte que descrita acima (N." I). É a respiração tranqüila usual de um momento de quietude. De novo, a duração da exalação deve ser duas ou três vezes maior que a inalação. O efeito desta respiração é manter relações pacíficas e harmoniosas com o ambiente em movimento ativo, mantendo a si mesmo em posição central, o que aumenta nossa percepção do ambiente. 3. Lenta e Tranqüila, mas Mais Furte : Respiraçãu da Cunjlança. Esta res- piração é inalada pelo nariz e exalada-pela boca, ligeiramente aberta. A exalação é de três a cinco vezes mais longa que a i.nalação. Esta respiração é mais forte que as duas' maneiras imediatamente acima. Seu efeito é acelerar a harmonia ativa entre todas as funções físicas, mentais e espirituais, desenvolvendo a confiança interior, preparando para qualquer movimento ativo que possa ser necessário, a qualquer tempo, para se adaptar a condições ambientais em rápida mudança. 4. Longa, Profunda e Forte: Respiração da Ação. Esta respiração é feita através da boca ligeiramente aberta, tanto para inalar quanto para exalar. A duração da exalação deve ser de três a cinco vezes a da inalação. O efeito desta respiração é ativar todos os poderes físicos, mentais e espirituais, sem perder a observação objetiva. Esta respiração pode também ~ jisada para se li~ da estagnação física e mental, produzindo o relaxamento. 47
  • 25. 5. Longa. Profunda. Forte e Intensa. com Emissão de Som: Respiração da' Espiritualidade. Esta respiração éfeita pelaboca, para.inalar e exalar. A exalação deve ser de três a cinco vezes mais longa que a inalação. Ao inalar, o som agudo "H F' ocorre naturalmente, por causa da intensa inalação feita entre os dentes entre:'; abertos, com a língua levemente tensionada. Durante a exalação, um som longo e natural de "FU" é feito continuamente. O efeito desta respiração, é ativamente energizar o metabolismo físico e mental, ê eS''t>ihtuaÜzar toda' a personalidade. Ó som "HI" tem o significado de "espírito", "fogo" e "Sol", numa pronúncia pré-his- tórica universal, intuitivamente usada em todo o mundo da antigüidade. o SOm "FU'~ tem o significado de "vento", "diferenciação" e"expansão", na pronúncia antiga. Naquele tempo, HI e FU também tinham os significados respectivos de "um" e "dois". CINCO MÉTODOS ESPECIAIS DE RESPIRAR Como práticas respiratórias especiais para o aperfeiçoamento físico, mental e espiritual, os, seguintes cinco métodos podem ser usados, cada' um para seu propósito especial: I. Respirar com o Centrodo Abdômen (Tan-Den, ou Hara): Respiração da Fisicalização. Esta respiração é feita profunda e lentamente como o movimento natural do abdômen. No momento de uma inalação lenta e profunda, as profun- dezas da região abdominal ficam cheias de energia e o baixo abdômen natural- mente se expande para a frente.. No momento da exalação, lenta e mais longa, a mesma região contrai-se. Entre o inalar e o exalar, o fôlego deve sei retido por váriossegundos. A exa- lação deve ser de duas a três vezes mais longa que a inalação. Aeficáciadestaresji], ração é gerar energia física, estabilidade mental e autoconfiança espiritual. Resulta no alicerçamento firme de si mesmo neste mundo e a capacidade de não ser influen- ciado por um ambiente mutável. Produz um aumento na temperatura do corpo. Esta respiração também acelera as funções digestivas e circulatórias ativas em todo o organismo, resultando no desenvolvimento de saúde e longevidade totais. 2. Respiração com o Cent;o do Estômago: Respiração do Poder. Esta res- piração é feita com o movimento natural da região do estômago. N~ momento da inalação, a região do estômago (Chu/ Kan) naturalmente se expande para fora, e no momento da exalação, contrai-se. Entre a inalação e a exalação, o fôlego deve ser retido por vários segundos. A exalação é levemente maior que a inalação.. O efeito desta respiração é o desenvolvimento da persistência, paciência e tole.rância e, quando o fôlego é retido por um tempo maior entre a inspiração e a exptração, produz a intensificação da energização.interna de L~.-«KpO, preenchendo-o com o que podemos chamar de poder espiritual -'-- energia' 48 , eletromagnénca. Com a prática, esta respiração resulta no aprimoramento de várias habilidades físicas e mentais. 3. Respiração CU/1/ a Região do Coração, ou Região Superiordo Tórax: Res- piração do Amor. Nesta respiração, a inalação e a exalação são lentas elongas; concentrando-se na região do coração, ou região central superior do tórax. A duração da inalação é quase igual à exalação, e o fôlego não é retido entre uma e outra - ambos se interligam natural e suavemente; em movimentos lentos e longos. O efeito desta respiração é harmonizar Ü' batimento cardíaco .e gerar uma circulação suave do sangue e fluidos do corpo. Mentalmente, gera um sentimento de harmonia e amor ,com todos os aspectos do ambiente bem como as pessoas próximas. Também desenvolve sensibilidade, simpatia, compreensão e compaixão, 4. Respiração com a Região da Garganta e Raiz da Língua: Respiração da Inteligência. Esta respiração é executada na região da garganta e raiz da língua, com inalação mais forte e exalação mais fraca. No momento da inalação, o fôlego é concentrado e retido na região da garganta e raiz da língua por vários segundos, e então é liberado. O efeito desta respiração é desenvolver sentidos apurados, para li concentração física e mental rumo a um certo objetivo, Desenvolve também a observação clara e intuição penetrante num problema que se considere. A concentração espiritual é acelerada e a compreensão intelectual é estimulada. 5. Respiração C0I11:a Região Central do Cérebro: Respiração'da Espirituali- zação., Esta respiração é feita na região mediana do cérebro, O centro da cabeça. A inalação é feita lenta 'mas intensa, como respirando 'em direção ao zênite da cabe~a, com a sensação de impulsionar o corpo para cima. Esta inalação deve ser feita suave e continuamente, tão longa quanto possível, e em seu ponto extremo, o fôlego é súbita mas suavemente liberado, A exalação deve ser feita para baixo, rumo à boca. O efeito desta respiração é espiritualizar nossa consciência relativa, rumo a um âmbito mais universal, possibilitando ainda a liberação da percepção para outras dimensões incluindo a compreensão de eventos que estejam ocorrendo à distância. Todo o metabolismo físico rapidamente é retardado à medida em que esta respi- ração é continuadamente exercitada e a temperatura do corpo cai, como se aproxi- mando da morte. As cinco maneiras de respiração para o desenvolvimento geral de nossa condição física, mental e espiritual e as cinco maneiras de respirar para finalidades específicas do desenvolvimento físico, mental e espiritual podem ser usadas livremente na vida cotidiana: enquanto sentados, trabalhando, agindo, em reuniões ou no trabalho com outras pessoas. Há muitas outras variações da respi- ração para manter a saúde geral e o bem-estar, bem como para desenvolver capa- cidades físicas, mentais e espirituais especiais, mas estes dez tipos de respiração apresentados acima são os métodos fundamentais para todos os outrcs mtJdos de --:'-49