O documento discute o uso de rótulos e embalagens de produtos como ferramentas no ensino de Ciências/Química. Ele descreve uma atividade com alunos do ensino médio na qual eles analisaram e interpretaram rótulos de alimentos para entender melhor os principais nutrientes e a composição dos alimentos. A atividade contextualizou conceitos químicos e desenvolveu habilidades para formação de cidadãos críticos.
2. Dentro ou fora da escola os estudantes estão sempre em
contato com a Química, seja na cozinha da sua casa ou por meio dos
diversos produtos industrializados que consomem. Os rótulos desses
produtos, além de dados básicos sobre sua fabricação e
comercialização, bem como os potenciais malefícios que apresentam à
saúde e segurança, fornecem também importantes informações sobre
suas características, qualidade, quantidade, origem e composição.
Informações estas que podem ser usadas como ferramentas de
contextualização de diversos conteúdos químicos e que explicitam a
materialidade da presença da Química em todos os cotidianos.
INTRODUÇÃO
3. Para Marcondes, Menezes e
Toshimitsu (2003) a representação do
cidadão pode ser verificada quando há
correta leitura e interpretação, por
exemplo, de dados fornecidos nos
rótulos de alimentos.
Este fato demonstra a formação de
consumidores responsáveis, críticos e
exigentes para lidar com a carga de
informações que nos é transmitida
pelos anúncios publicitários, muitas
vezes tendenciosos.
INTRODUÇÃO
4. Diante desse cenário, o professor de
Química pode então utilizar-se deste
pressuposto para trabalhar rótulos que
apresentem termos científicos em sala
de aula, pois é necessário que o
estudante consiga distinguir o que é
verídico ou apenas marketing,
questionar as informações trazidas nos
rótulos, não mais se utilizando de
informações e sim do conhecimento
trazido em sala de aula com a
orientação adequada por parte do
professor.
INTRODUÇÃO
5. De acordo com Santana e Wartha (2008) e Fonseca (2006) quando o
professor parte da realidade do aluno o processo de ensino e
aprendizagem de conteúdos de Ciências torna-se mais significado. Nesta
perspectiva, consideramos que utilizar rótulos de produtos
industrializados, explorando a leitura e a discussão de termos científicos
contidos nestes, pode ser um recurso didático interessante para trabalhar
conteúdos de Química. Acredita-se que o uso deste tipo de abordagem
estimule o raciocínio e a inter-relação dos mesmos com as situações do
cotidiano, tornando o aluno um consumidor mais crítico.
INTRODUÇÃO
6. Muitos professores se atêm apenas a
conceitos que não contribuem para
uma aprendizagem significativa, tal
como defendem Moreira e Masini
(2011), pautados na Teoria de David
Ausubel, que afirma que a essência
do processo de ensino e
aprendizagem significativo está
intimamente ligado ao que o aprendiz
já sabe, ou seja, a algum aspecto
relevante da sua estrutura de
conhecimento.
INTRODUÇÃO
7. Que contribuições o emprego da
análise de rótulos e embalagens
de produtos em aulas de
Ciências/Química podem trazer
a formação dos alunos ?
9. A importância dos temas químicos sociais
• Efetivar a contextualização dos conteúdos programáticos
• Propiciar por meio da compreensão de conceitos científicos que
envolvem a temática proposta o desenvolvimento de habilidades
básicas que estão ligadas à formação do cidadão.
• Elemento de estudo motivador.
10. •“Os alimentos devem conter, em sua composição, nutrientes
capazes de suprir as necessidades básicas no organismo: plástica,
energética e reguladora” .
•Nutrientes plásticos: proteínas, sais minerais e vitaminas.
•Fontes de energia: glicídios, lipídios e proteínas.
•Nutrientes reguladores: proteínas, sais minerais e vitaminas.
11. Resolução nº 360 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
12.
13.
14. • Escola: Colégio de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (CAp-
UERJ)
• Turma: 2º ano do Ensino Médio
• 23 alunos com média de 16 anos
• Tema contextualizador: rotulagem nutricional
Atividade desenvolvida
15. Atividade desenvolvida
Primeira aula
• “Relacionar os compostos orgânicos com os principais nutrientes
presentes nos alimentos”: que são os glicídios, proteínas e lipídios.
• Mostrar como deve ser constituído os rótulos dos alimentos de acordo
com as especificações da ANVISA.
• Pedir aos alunos para pesquisar ,em grupo, rótulos de determinados
alimentos em suas casas ou supermercados.
16. Atividade desenvolvida
Segunda aula
• Análise e interpretação dos rótulos de alimentos apresentados pelos
grupos.
• Quatro questões para serem respondidas em grupo.
• A avaliação foi feita pela participação dos alunos (comentários,
questionamentos e críticas) e pelas questões.
17. Atividade desenvolvida
Alguns pontos abordados nas aulas
•A identificação dos grupamentos funcionais nas estruturas químicas dos
alimentos e uma breve introdução sobre a composição dos alimentos.
•A importância de uma dieta balanceada, favorecendo o consumo de
alimentos mais saudáveis.
•Alimentos ricos em proteínas, carboidratos (glicídios) e lipídios.
•Leite integral, semidesnatado e desnatado.
•Refrigerantes dos tipos tradicional, diet e/ou light.
18. Questões propostas aos alunos
1ª questão - Visou a pesquisa de alimentos ricos em cada um dos
principais grupos nutricionais (proteínas, glicídios e lipídios).
2ª questão - Abordou a diferença entre os três tipos de leite: integral,
desnatado e semi desnatado.
3ª questão - Abordou a diferença entre refrigerantes tradicionais, diet e
light. (Mesmo raciocínio da segunda questão)
4ª questão - Relacionar o aumento do teor de sódio nos refrigerantes diet
e light.
Atividade desenvolvida
19. A atividade contextualizada mostra que é um recurso importante na busca
de um ensino de química significativo para a formação crítica de
cidadãos. A atividade de análise dos rótulos de alimentos, realizada em
grupo, além de ser motivadora é, também, importante para a socialização
de atividades.