Este documento discute as melhores práticas no tratamento da dependência química, enfatizando a importância de oferecer atendimento de crise imediata e um plano de tratamento de longo prazo que inclua diferentes abordagens, opções de tratamento e a família no processo. Recomenda abordagens como redução de danos, terapias cognitivo-comportamentais, grupos de apoio e estratégias motivacionais de acordo com a fase do tratamento.
3. Boas práticas no tratamento da dependência
química
A efetividade do tratamento se baseia na capacidade de se
organizar serviços que possam:
oferecer ao usuário um atendimento que trabalhe a crise
imediata
e ao mesmo tempo ofereça um plano de tratamento de longa
duração,
que dê ao usuário diferentes abordagens e opções de
tratamento e
inclua a família no processo terapêutico
4. Abordagens
É sabido que passar informações sobre a droga e seus efeitos
provoca uma sensação de empoderamento no usuário,
melhorando sua motivação e adesão ao tratamento
Abordagens de redução de danos e sessões de apoio e
informação são úteis nos estágios iniciais do tratamento
Intervenção breve, entrevista motivacional e terapias focadas na
solução são técnicas recomendadas com esta clientela.
É fundamental que o plano terapêutico inclua abordagens de
prevenção de recaída, bem como reabilitação psicossocial
(trabalho, estudo, etc)
5.
6. Diversas abordagens técnicas são
eficazes, como:
Técnicas motivacionais
Psicoterapia
Terapias cognitivo comportamentais
Intervenções breves
Grupos de auto ajuda
Programas de 12 Passos
Estratégias de redução de danos
8. Objetivos da avaliação inicial
Tratamento da emergência ou problema
agudo
Elaboração diagnostico precoce uso de
drogas
Identificação de complicações clínicas,
psicológicas ou sociais
9. Objetivos da avaliação inicial
Identificação de comorbidades psiquiátricas
Motivação do individuo para a mudança
Estabelecimento de vinculo
Determinar o nível de atenção especializada
necessária
10. Avaliação Inicial
TRIAGEM MINIMA USO DE SPAS NÃO USA PREVENÇÃO
PRIMÁRIA
EM REMISSÃO
USA NÃO QUER
INTERROMPER
PREVENÇÃO DE
RECAÍDA
ESTRATÉGIA
QUER MOTIVACIONAL
INTERROMPER
ACONSELHAMENTO INTERVENÇÃO BREVE TERAPIAS COMO A TCC
11. Indicações de internação hospitalar
Paciente ameaça de suicídio ou comportamento
autodestrutivo
Paciente que ativamente ameaça a integridade física de
outros
Paciente com sintomas psiquiátricos graves
Presença de complicações clínicas importantes
Necessidade de internação por dependência de outra
substância
Falhas recorrentes na promoção da abstinência em nível
ambulatorial
Não possuir suporte social, ou seja, seus relacionamentos
são exclusivamente com usuários
12. Hospital
É importante lembrar que a desintoxicação é
apenas uma etapa do tratamento;
A hospitalização não “resolve o problema”
Nem sempre é indicada a internação e nem
sempre o usuário se beneficia
13. Aconselhamento
Pode ser:
Mínimo: 3 minutos
Breve: 3 a 6 minutos
Intensivo: maior que 10 minutos
É uma estratégia motivacional!
15. Aconselhar é
Chamar à reflexão
Dar responsabilidade
Opinar com sinceridade
Dar opções de escolha
Demonstrar interesse
Facilitar o acesso
Evitar o confronto
17. Intervenção Breve
Uma Intervenção Breve
eficiente não consiste
somente em utilizar as
técnicas propostas, mas
também em criar um
ambiente de APOIO para o
paciente. Procure saber
quem pode ajudá-lo nesse
processo e incentive-o a
conversar com essa
pessoa.
18. Entrevista Motivacional
Técnica não confrontativa
Estratégias para lidar com a resistência e
ambivalência
Crítica ao modelo moral e baseado na empatia
Profecia auto-realizável
Toda mudança passa por estágios motivacionais
19. Modelo de Mudança (Prochaska &
DiClemente,1984)
Mudança de comportamento é um processo (envolve alguns estágios)
A motivação está relacionada ao estágio em que se encontra o indivíduo:
21. Pré contemplação
Não está consciente que seu comportamento está
causando problemas
Acredita estar imune as conseqüências adversas
Resiste ou nega as conseqüências trazidas por seu
comportamento
usuários felizes
não respondem a conselhos de mudança
fornecer informações para encorajá-los
para a mudança
22. Contemplação
Ambivalência em relação ao consumo
Percebem coisas boas e menos boas
Ajudar o paciente a reconhecer sua força e habilidade de mudança
Sugerir estratégias para parar ou diminuir (menu de opções)
23. Ação
Para atingir este estagio é necessário que :
Perceba que seus problemas têm solução
Acredite ser capaz de mudar
Negociar objetivos e metas para a mudança
Sugerir estratégias para a mudança
Ajudar a identificar situações de risco e desenvolver
plano de ação (reduzir/parar)
24. Manutenção
Estágio mais difícil
Reorganização do estilo de vida
Para manter a mudança é necessário :
Ter consciência da possibilidade da recaída
(com a recaída eles voltam a um dos estágios
anteriores)
Realizar a mudança passo a passo
25. Tratamento
O mais difícil não é atingir a abstinência,
mas sim mantê-la. Para isso, é preciso
promover mudanças de vida
Fundamental para o sucesso do
tratamento é um bom acolhimento com o
estabelecimento de vinculo terapêutico