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Dependência Química:
tratamento

   Gabriela Lanzetta Haack
   Psicóloga
Introdução
Boas práticas no tratamento da dependência
química
A efetividade do tratamento se baseia na capacidade de se
   organizar serviços que possam:

   oferecer ao usuário um atendimento que trabalhe a crise
    imediata

   e ao mesmo tempo ofereça um plano de tratamento de longa
    duração,

   que dê ao usuário diferentes abordagens e opções de
    tratamento e

   inclua a família no processo terapêutico
Abordagens
   É sabido que passar informações sobre a droga e seus efeitos
    provoca uma sensação de empoderamento no usuário,
    melhorando sua motivação e adesão ao tratamento

   Abordagens de redução de danos e sessões de apoio e
    informação são úteis nos estágios iniciais do tratamento

   Intervenção breve, entrevista motivacional e terapias focadas na
    solução são técnicas recomendadas com esta clientela.

   É fundamental que o plano terapêutico inclua abordagens de
    prevenção de recaída, bem como reabilitação psicossocial
    (trabalho, estudo, etc)
Diversas abordagens técnicas são
    eficazes, como:

   Técnicas motivacionais
   Psicoterapia
   Terapias cognitivo comportamentais
   Intervenções breves
   Grupos de auto ajuda
   Programas de 12 Passos
   Estratégias de redução de danos
Avaliação inicial



 Fundamental para o sucesso do tratamento é
        uma boa avaliação inicial.
Objetivos da avaliação inicial


   Tratamento da emergência ou problema
    agudo
   Elaboração diagnostico precoce uso de
    drogas
   Identificação de complicações clínicas,
    psicológicas ou sociais
Objetivos da avaliação inicial


   Identificação de comorbidades psiquiátricas
   Motivação do individuo para a mudança
   Estabelecimento de vinculo
   Determinar o nível de atenção especializada
    necessária
Avaliação Inicial
 TRIAGEM MINIMA USO DE SPAS               NÃO USA         PREVENÇÃO
                                                          PRIMÁRIA


                                                      EM REMISSÃO


    USA                  NÃO QUER
                         INTERROMPER
                                                             PREVENÇÃO DE
                                                             RECAÍDA
                              ESTRATÉGIA
   QUER                       MOTIVACIONAL
   INTERROMPER




ACONSELHAMENTO        INTERVENÇÃO BREVE        TERAPIAS COMO A TCC
Indicações de internação hospitalar

   Paciente ameaça de suicídio ou comportamento
    autodestrutivo
   Paciente que ativamente ameaça a integridade física de
    outros
   Paciente com sintomas psiquiátricos graves
   Presença de complicações clínicas importantes
   Necessidade de internação por dependência de outra
    substância
   Falhas recorrentes na promoção da abstinência em nível
    ambulatorial
   Não possuir suporte social, ou seja, seus relacionamentos
    são exclusivamente com usuários
Hospital

   É importante lembrar que a desintoxicação é
    apenas uma etapa do tratamento;

   A hospitalização não “resolve o problema”

   Nem sempre é indicada a internação e nem
    sempre o usuário se beneficia
Aconselhamento

   Pode ser:

   Mínimo: 3 minutos
   Breve: 3 a 6 minutos
   Intensivo: maior que 10 minutos

   É uma estratégia motivacional!
Aconselhamento



 O aconselhamento não é dizer o que deve
 ser feito. A mudança é do indivíduo!!!
Aconselhar é

   Chamar à reflexão
   Dar responsabilidade
   Opinar com sinceridade
   Dar opções de escolha
   Demonstrar interesse
   Facilitar o acesso
   Evitar o confronto
Intervenção Breve

 Feedback (devolutiva ou retorno)
 Responsibility (responsabilidade)
 Advice (aconselhamento)
 Menu of Option (menu de opções)
 Empathy (empatia)
 Self-efficacy (auto-eficácia)
Intervenção Breve

Uma  Intervenção  Breve 
eficiente  não  consiste 
somente  em  utilizar  as 
técnicas  propostas,  mas 
também  em  criar  um 
ambiente de APOIO para o 
paciente.  Procure  saber 
quem  pode  ajudá-lo  nesse 
processo  e  incentive-o  a 
conversar     com      essa 
pessoa.
Entrevista Motivacional


   Técnica não confrontativa
   Estratégias para lidar com a resistência e
    ambivalência
   Crítica ao modelo moral e baseado na empatia
   Profecia auto-realizável
   Toda mudança passa por estágios motivacionais
Modelo de Mudança (Prochaska &
DiClemente,1984)
Mudança de comportamento é um processo (envolve alguns estágios)
A motivação está relacionada ao estágio em que se encontra o indivíduo:
Espiral da Mudança
Pré contemplação
 Não está consciente que seu comportamento está
  causando problemas
 Acredita estar imune as conseqüências adversas
 Resiste ou nega as conseqüências trazidas por seu
  comportamento
 usuários felizes
 não respondem a conselhos de mudança
 fornecer informações para encorajá-los

para a mudança
Contemplação




   Ambivalência em relação ao consumo
   Percebem coisas boas e menos boas
   Ajudar o paciente a reconhecer sua força e habilidade de mudança
   Sugerir estratégias para parar ou diminuir (menu de opções)
Ação

Para atingir este estagio é necessário que :
 Perceba que seus problemas têm solução

 Acredite ser capaz de mudar

 Negociar objetivos e metas para a mudança

 Sugerir estratégias para a mudança

 Ajudar a identificar situações de risco e desenvolver

  plano de ação (reduzir/parar)
Manutenção
   Estágio mais difícil
   Reorganização do estilo de vida

Para manter a mudança é necessário :
 Ter consciência da possibilidade da recaída

(com a recaída eles voltam a um dos estágios
  anteriores)
 Realizar a mudança passo a passo
Tratamento

     O mais difícil não é atingir a abstinência,
      mas sim mantê-la. Para isso, é preciso
      promover mudanças de vida
     Fundamental para o sucesso do
      tratamento é um bom acolhimento com o
      estabelecimento de vinculo terapêutico
Obrigada!!!



        Gabriela Haack – Psicóloga
         gabrielahaack@gmail.com

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Dependência química tratamento mini curso

  • 1. Dependência Química: tratamento Gabriela Lanzetta Haack Psicóloga
  • 3. Boas práticas no tratamento da dependência química A efetividade do tratamento se baseia na capacidade de se organizar serviços que possam:  oferecer ao usuário um atendimento que trabalhe a crise imediata  e ao mesmo tempo ofereça um plano de tratamento de longa duração,  que dê ao usuário diferentes abordagens e opções de tratamento e  inclua a família no processo terapêutico
  • 4. Abordagens  É sabido que passar informações sobre a droga e seus efeitos provoca uma sensação de empoderamento no usuário, melhorando sua motivação e adesão ao tratamento  Abordagens de redução de danos e sessões de apoio e informação são úteis nos estágios iniciais do tratamento  Intervenção breve, entrevista motivacional e terapias focadas na solução são técnicas recomendadas com esta clientela.  É fundamental que o plano terapêutico inclua abordagens de prevenção de recaída, bem como reabilitação psicossocial (trabalho, estudo, etc)
  • 5.
  • 6. Diversas abordagens técnicas são eficazes, como:  Técnicas motivacionais  Psicoterapia  Terapias cognitivo comportamentais  Intervenções breves  Grupos de auto ajuda  Programas de 12 Passos  Estratégias de redução de danos
  • 7. Avaliação inicial Fundamental para o sucesso do tratamento é uma boa avaliação inicial.
  • 8. Objetivos da avaliação inicial  Tratamento da emergência ou problema agudo  Elaboração diagnostico precoce uso de drogas  Identificação de complicações clínicas, psicológicas ou sociais
  • 9. Objetivos da avaliação inicial  Identificação de comorbidades psiquiátricas  Motivação do individuo para a mudança  Estabelecimento de vinculo  Determinar o nível de atenção especializada necessária
  • 10. Avaliação Inicial TRIAGEM MINIMA USO DE SPAS NÃO USA PREVENÇÃO PRIMÁRIA EM REMISSÃO USA NÃO QUER INTERROMPER PREVENÇÃO DE RECAÍDA ESTRATÉGIA QUER MOTIVACIONAL INTERROMPER ACONSELHAMENTO INTERVENÇÃO BREVE TERAPIAS COMO A TCC
  • 11. Indicações de internação hospitalar  Paciente ameaça de suicídio ou comportamento autodestrutivo  Paciente que ativamente ameaça a integridade física de outros  Paciente com sintomas psiquiátricos graves  Presença de complicações clínicas importantes  Necessidade de internação por dependência de outra substância  Falhas recorrentes na promoção da abstinência em nível ambulatorial  Não possuir suporte social, ou seja, seus relacionamentos são exclusivamente com usuários
  • 12. Hospital  É importante lembrar que a desintoxicação é apenas uma etapa do tratamento;  A hospitalização não “resolve o problema”  Nem sempre é indicada a internação e nem sempre o usuário se beneficia
  • 13. Aconselhamento  Pode ser:  Mínimo: 3 minutos  Breve: 3 a 6 minutos  Intensivo: maior que 10 minutos  É uma estratégia motivacional!
  • 14. Aconselhamento O aconselhamento não é dizer o que deve ser feito. A mudança é do indivíduo!!!
  • 15. Aconselhar é  Chamar à reflexão  Dar responsabilidade  Opinar com sinceridade  Dar opções de escolha  Demonstrar interesse  Facilitar o acesso  Evitar o confronto
  • 16. Intervenção Breve Feedback (devolutiva ou retorno) Responsibility (responsabilidade) Advice (aconselhamento) Menu of Option (menu de opções) Empathy (empatia) Self-efficacy (auto-eficácia)
  • 17. Intervenção Breve Uma  Intervenção  Breve  eficiente  não  consiste  somente  em  utilizar  as  técnicas  propostas,  mas  também  em  criar  um  ambiente de APOIO para o  paciente.  Procure  saber  quem  pode  ajudá-lo  nesse  processo  e  incentive-o  a  conversar  com  essa  pessoa.
  • 18. Entrevista Motivacional  Técnica não confrontativa  Estratégias para lidar com a resistência e ambivalência  Crítica ao modelo moral e baseado na empatia  Profecia auto-realizável  Toda mudança passa por estágios motivacionais
  • 19. Modelo de Mudança (Prochaska & DiClemente,1984) Mudança de comportamento é um processo (envolve alguns estágios) A motivação está relacionada ao estágio em que se encontra o indivíduo:
  • 21. Pré contemplação  Não está consciente que seu comportamento está causando problemas  Acredita estar imune as conseqüências adversas  Resiste ou nega as conseqüências trazidas por seu comportamento  usuários felizes  não respondem a conselhos de mudança  fornecer informações para encorajá-los para a mudança
  • 22. Contemplação  Ambivalência em relação ao consumo  Percebem coisas boas e menos boas  Ajudar o paciente a reconhecer sua força e habilidade de mudança  Sugerir estratégias para parar ou diminuir (menu de opções)
  • 23. Ação Para atingir este estagio é necessário que :  Perceba que seus problemas têm solução  Acredite ser capaz de mudar  Negociar objetivos e metas para a mudança  Sugerir estratégias para a mudança  Ajudar a identificar situações de risco e desenvolver plano de ação (reduzir/parar)
  • 24. Manutenção  Estágio mais difícil  Reorganização do estilo de vida Para manter a mudança é necessário :  Ter consciência da possibilidade da recaída (com a recaída eles voltam a um dos estágios anteriores)  Realizar a mudança passo a passo
  • 25. Tratamento  O mais difícil não é atingir a abstinência, mas sim mantê-la. Para isso, é preciso promover mudanças de vida  Fundamental para o sucesso do tratamento é um bom acolhimento com o estabelecimento de vinculo terapêutico
  • 26.
  • 27. Obrigada!!! Gabriela Haack – Psicóloga gabrielahaack@gmail.com