1) O documento descreve a história da colonização e povoamento do Ceará desde a chegada dos europeus até o início do século XX. 2) Inicialmente, a ocupação do Ceará foi difícil devido às condições naturais adversas e à hostilidade indígena. 3) Ao longo dos séculos, os portugueses, holandeses e brasileiros gradualmente ocuparam e desenvolveram a economia local baseada na pecuária e culturas como algodão.
1. O CEARÁ COLÔNIA
• Os europeus, a
conquista da América e
o “Sonho do Eldorado”;
• O Plano “B”: A cana-
de-açúcar, a pecuária, o
algodão e o extrativismo
vegetal (pau-brasil e as
drogas do sertão);
• E o Ceará tinha o que
ê?
Nada,nada,nada,nada!!!
2. MODOS DE VIDA EM
CONFRONTO
1- A OCUPAÇÃO
TARDIA DO CEARÁ:
• As dificuldades
impostas pela natureza
(clima árido e ventos
muito fortes no litoral);
• A hostilidade indomável
dos nativos;
2- O SISTEMA DE
CAPITANIAS
HEREDITÁRIAS:
• Falta de investimentos
e falência;
• O “Siará Grande” e o
capitão Antônio
Cardoso de Barros;
• A necessidade de
ocupação portuguesa
devido a presença
francesa no Maranhão e
no Ceará;
3. A PRIMEIRA TENTATIVA DE ALDEAMENTO – 1607
A- SERRA DA IBIAPABA:
• Padres Francisco Pinto e
Luis Figueira;
• Os índios Tabajaras -
comércio com os franceses;
• A morte de Fco. Pinto e a
fuga de Luís Figueira;
• A Igreja Católica só
retomou a evangelização do
Ceará após a expulsão dos
holandeses em 1656.
4. A EXPEDIÇÃO DE PERO COELHO DE SOUSA:
A- Capitão-mor: expedição para explorar o rio
Jaguaribe, combater piratas estrangeiros, “oferecer”
a paz aos índios e descobrir minas;
B- Dois fortes: Forte de São Tiago(Rio Ceará ) e
outro as margens do rio Jaguaribe;
C- Foi expulso do Forte São Tiago devido o
comportamental brutal dos seus homens em relação
aos índios;
D- Vitória na Ibiapaba contra os índios tabajaras e
os franceses;
E- A seca, os ataques indígenas e a marcha da
morte;
5. A EXPEDIÇÃO DE MARTINS SOARES MORENO:
A- Segundo capitão-mor: participou da expedição
de Pero Coelho; amizade com chefe indígena,
Jacaúna; voltou ao Ceará com apenas seis soldados
e um padre;
B- Construção do Forte São Sebastião;
C- A luta constante contra os franceses;
D- Tentativas de desenvolver a economia local:
pecuária, cana-de-açúcar, pesquisas minerais;
E- Lutou contra os holandeses em Pernambuco;
F- Voltou para Portugal onde faleceu.
8. A PRESENÇA HOLANDESA NO CEARÁ:
A- Ocupação do Nordeste: Seus objetivos eram controlar a
região produtora de cana-de-açúcar e explorar outras riquezas
na região;
B- Ocupação do Ceará: explorar suas riquezas e servir de
apoio à manutenção de Pernambuco;
C- Alianças e desavenças com os nativos;
D- Consolidação da ocupação em 1649 sob o comando de
Matias Beck – quebra do acordo com Portugal após a
Restauração da coroa lusitana;
E- Retorno para Holanda após a derrota holandesa em
Pernambuco;
F- Ocupação do forte pelos portugueses; Fortaleza de Nossa
Senhora da Assunção;
10. O POVOAMENTO EFETIVO DO CEARÁ:
A- A ocupação do território cearense: litoral de Fortaleza; São
José do Ribamar de Aquiraz; Sertão via rios Jaguaribe e Acaraú.
11. B- Sertão de dentro:
dominada pelos baianos, que
teriam sido responsáveis pela
ocupação do Piauí e do Sul do
Ceará;
C- Sertão de fora: que
margeando a zona da mata,
seguia até o litoral cearense.
D- A “Guerra dos Bárbaros”:
portugueses vs. nativos
A terra: visão utilitarista e
mercantilistas vs. espaço de
sobrevivência e de liberdade;
12. A PECUÁRIA
A- A MÃO-DE-OBRA:
• Pobres brancos, mestiços e negros
(libertos e escravos);
•Na maioria das vezes não tinham um
salário fixo; recebiam o pagamento através
da quartiação;
• Rara possibilidade de ascensão social no
Brasil colônia
B- A “Civilização do Couro” :
lucratividade independente do
açúcar; charque (pobres e
escravos); casas/fortaleza;
C- As feiras e o surgimento de algumas
cidades - Quixeramobim, Quixadá, Icó,
Iguatu, Sobral e Aracati
13. D- A DECADÊNCIA DA PECUÁRIA:
• As constantes secas e a dizimação do gado - final do século
XVIII;
• A substituição da atividade pecuarista pelo cultivo do
algodão – lucratividade- Guerra de Secessão;
• A concorrência do charque gaúcho.
14. O CEARÁ REVOLUCIONÁRIO
1. REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817:
A- Liberal republicano e de caráter emancipacionista;
B- Insatisfação generalizada nas províncias
nordestinas:
• Crise econômica: queda no preço internacional do
açúcar e do algodão;
• A seca de 1816; perda da lavoura; fome;
• Pagamento de altos impostos à Corte;
• Controle do comércio pelo portugueses;
• Influência das ideias liberais.
15. C- A eclosão do movimento: a prisão de algumas lideranças
políticas (latifundiários) acusadas de traição por conspiração;
D- Os revolucionários queriam de imediato:
• A independência;
• A proclamação de uma república;
• A liberdade de comércio;
• As questões sociais não eram contempladas.
E- A participação cearense: A família Alencar e
a cidade do Crato;
16. F- Podemos apontar como fatores decisivos para o
fracasso do movimento no Ceará os seguintes pontos:
• Pouca mobilização das camadas populares que
ligadas e dependentes dos grandes latifundiários se
ausentaram do movimento.
• A falta de articulação dentro da Igreja Católica, que
era o único “veículo de comunicação” da época, e pelo
fato dos padres estarem em paróquias muito distantes
não conseguiram se organizar para o movimento.
• A forte presença do governador Inácio de Sampaio
fiel servo do rei, que se preveniu contra os rebeldes
antes mesmos deles entrarem na província.
17. CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR:
1.CONTEXTO HISTÓRICO:
• Brasil independente;
• Continuidade da crise econômica (algodão e
açúcar);
• Domínio português no comércio;
• Autoritarismo e centralismo de D.Pedro I;
• Dissolução da Assembleia Nacional
Constituinte; a nomeação de um aliado de
D.Pedro I para o governo de PE.
18. 2. Por quê o CEARÁ participou?
Interesses políticos da família Alencar; descontentamento
em relação ao centralismo e ao autoritarismo.
3. As ações rebeldes:
• Insatisfação generalizada das camadas populares;
• Aliança militar: PE,CE,RN, PB; compra de armas aos EUA;
• Formação do Grande Conselho no Ceará-445 pessoas;
• Tristão Gonçalves foi confirmado na presidência da
província
19. 4. A derrota:
• Na tentativa de ajudar aos pernambucanos
Pereira Filgueiras e Tristão Gonçalves partiram
para o Estado vizinho, e ambos forma mortos em
combate;
• Os demais revolucionários acabaram se
rendendo, sem luta, para o Lord Cochrane.
• As punições do Padre Alencar e do Padre
Mororó: crimes e grupos sociais.
20. OS NEGROS NO CEARÁ:
1) Os negros constituíam, em média 60% da população
cearense no século XIX, segundo os censos oficiais.
2) Negro não é a mesma que escravo.
3) A “coisificação” do negro.
4) O mito da “boa” convivência entre senhores e escravos no
Ceará,como motivação para a abolição precoce.
5) A resistência “não-violenta”: Agente da história; negociava
com o senhor.
6) Dentre os espaços de autonomia conquistados, destacam-
se a brecha camponesa, a família, o lazer e a religião.
7) A resistência violenta: fugas, assassinatos, formação de
quilombos, suicídio, rebeliões,etc.
21. 8) O FIM DA ESCRAVIDÃO – 25 de março de 1884:
As mudanças no conceito de trabalho na
modernidade;
O movimento abolicionista: jornal “O Libertador”;
Sociedade Libertadora Cearense;
Não houve grandes atritos entre escravistas e
abolicionistas; indenizações; paternalismo;
A ação épica de Chico da Matilde; Francisco
Nascimento; “Dragão do Mar”;
• Ceará “Terra da Luz”.
22.
23. O CEARÁ NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX E INÍCIO
DO SÉCULO XX:
1- CONTEXTO HISTÓRICO:
a) “... o século XIX é, por excelência, o século de afirmação do
Ceará” (Saraiva Câmara apud Pinto Paiva, 1979:39);
b) A formação de um governo próprio, após a emancipação de
Pernambuco em 1799;
c) Produziu movimentos políticos de envergadura nacional:
• Abolicionismo;
• Políticos como os senadores Alencar e Pompeu;
• Intelectuais: Capistrano de Abreu e Rocha Lima;
• Padaria Espiritual e a Academia Francesa de Letras
24. 2- Fortaleza consolidou-se enquanto principal cidade do
Ceará por vários motivos, dentre os quais podemos
destacar:
a) Acúmulo de capitais decorrentes do comércio exportador do
algodão, do café, da borracha e do couro.
b) Centralização política e tributária no Segundo Reinado;
c) A condição de capital que acabava privilegiando-a no que
concerne a realização de obras públicas
d) Intensa migração rural-urbana; períodos de seca; reserva de
mão de obra.
25. 3- ECONOMIA:
a) Algodão:
• A divisão internacional do trabalho ;a Independência dos EUA e a Guerra
de Secessão;
• O “ouro branco” e a fome;
• A modernização da cidade de Fortaleza.
b) Café:
• Mercado interno (RN; PI; PB) e externo (Europa);
• Maciço de Baturité;
c) As primeiras indústrias:
• Têxteis: disponibilidade de matéria-prima;
• Sabão, calçados, cigarros e bebidas;
• Manutenção da estrutura agropecuária;
26. 4- SÍMBOLOS DA “BELLE ÉPOQUE”:
a) Nossas elites políticas, econômicas e intelectuais viram a
“necessidade” de “civilizar” e “domesticar” a população,
sobretudo os pobres.
b) Calçamento em algumas ruas do centro da cidade. (1856);
c) Linha de vapor para Europa e Rio de Janeiro. (1856);
d) Telégrafos (1881);
e) Novo porto (1891);
f) Telefonia (1893);
g)Academia Francesa -1872;
h) Instituto do Ceará- 1887;
i) Biblioteca pública -1867;
j) Liceu do Ceará- 1845;
l)Colégio da Imaculada
Conceição -1864;
27.
28.
29.
30. O símbolo máximo desse processo de
modernização da cidade foi a implantação
de um novo plano urbanístico em 1875.
Adolfo
Herbster
31. Escolas, instituições cientificas e grupos literários,
1. Da Academia Francesa -1872
2. Do Instituto do Ceará- 1887
3. Da biblioteca pública -1867
4. Da Padaria espiritual-1892
5. Do Liceu do Ceará- 1845
6. Do Colégio da Imaculada Conceição -1864
7. Jornais populares: “O Vadio”, O Bilontra, O
Moleque, Ceará Moleque, O Diabo, O Frivolino,
37. “Por oligarquia acciolina entendemos o
grupo político liderado por Nogueira
Accioly, que administrou de forma
autoritária, nepótica, despótica,
corrupta e monolítica o estado do
Ceará entre 1896 e 1912”
(FARIAS, Aírton de, História do Ceará:
dos índios a Geração Cambeba;
Tropical ,1997.
38. 1- Presidente Hermes
da Fonseca; a
Campanha Civilista;
Política das
Salvações;1912;
2- Franco Rabelo vs.
Accioly;
47. CEARÁ REPÚBLICA 2
1- O CEARÁ GETULISTA -1930-1945
1. Os primeiros interventores foram Fernandes Távora e o
capitão Carneiro de Mendonça ; dificuldades de
“acomodação” das diferentes forças políticas.
2- A constante e implacável perseguição estatal aos grupos
políticos comunistas, populares e independentes do Estado
abriu espaço para movimentos conservadores como a Legião
Cearense do Trabalho (LCT) e Círculos Operários Católicos
(COC)
48. 3- A professora Simone de Sousa, da Universidade
Federal do Ceará, define a atuação da Liga Eleitoral
Católica, dos Círculos Operários Católicos e da Legião
Cearense do Trabalho da seguinte forma:
“... colaboram (...) na montagem de um projeto
político para o operariado cearense, educando-o
para, juntamente como os patrões, fundarem uma
sociedade em que a organização corporativista das
classes impede as manifestações dos conflitos
sociais.”
49. 4- O Estado Novo no Ceará:
4.1- O governador Menezes Pimentel – 1934/1945
A- Lei de Segurança Nacional – fechamento da ANL
B- O Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda
(DEIP) - Ceará Rádio Club
C- O autoritarismo, a repressão e as perseguições aos
opositores do regime varguista
D- Delegacia de Ordem Política e Social (DEOPS)
E- Perseguições e prisões:Jader de Carvalho, Rachel de Queiroz ; morte
de lideres comunistas, como Miguel Pereira Lima (o “Amaral”) e Luís
Miguel dos Santos (“Luis Pretinho”).
51. O CEARÁ NA DEMOCRACIA “POPULISTA” (1945 A
1964):
1- A grande novidade desse período foi o surgimento e
organização dos primeiros partidos nacionais, tais como o
Partido Social Democrático (PSD), o Partido Trabalhista
Brasileiro (PTB), a União Democrática Nacional (UDN) e o
Partido Social Progressista (PSP)
A- Fernandes Távora (UDN), Olavo Oliveira (PSP), Carlos Jereissati
(PTB) e Menezes Pimentel (PSD)
B- Na capital, Fortaleza, destacou-se a liderança de Acrísio Moreira da
Rocha
C- Entre 1945 e 1964 houve uma alternância no poder entre os partidos políticos e lideranças
oligárquicas que migravam de um partido para outro de acordo com os seus interesses pessoais.
52. 2- “A União pelo Ceará e a consolidação das lideranças de
Carlos Jereissati e Virgílio Távora”
2.1- A oposição sempre serviu como “fiel da balança”
2.2- Construção de um eleitorado independente, ou seja, longe
do domínio dos “coronéis” do sertão.
53. O CEARÁ DOS CORONÉIS (1963 – 1982):
1. CORONÉIS: Virgílio Távora, César Cals e Adauto
Bezerra.
2. Política modernizadora voltada para os incentivos à
industrialização:
A- Administradores-técnicos: BNB e SUDENE;
B- Concessão de financiamento para novas indústrias;
C- Montagem de uma infra-estrutura: energia, porto e
estradas.
54.
55. A ERA DAS MUDANÇAS
1- A “Era das Mudanças” ou “Geração Cambeba” é o nome
dado ao grupo político, liderado por Tasso Jereissati, que
assumiu o controle político do Ceará, em 1987:
A- Tasso, Ciro, Tasso, Tasso, Lúcio Alcântara e Cid Gomes
(?).
56. O modelo político econômico da geração Cambeba:
1- Demissão de 50 mil funcionários públicos, sendo 20 mil
deles fantasmas.
2- Combate real a corrupção e promoção no aumento da
arrecadação tributária.
3- Corte nos gastos públicos, inclusive na educação e saúde.
4- Incentivo a indústrias e ao turismo.
5- Autoritarismo do jovem governador.
6- Forte estrutura publicitária de apoio ao governo.