Resumo das Revoltas coloniais brasileiras: Revolta de Beckman, Aclamação de Amador Bueno, Revolta de Felipe dos Santos, Guerra dos Mascates e dos Emboabas, além das Conjurações Mineiras e Baianas.
1. Revoltas coloniais no Brasil
Revolta de Beckman
Aclamação de Amador Bueno
Guerra dos Emboabas
Guerra dos Mascates
Revolta de Felipe dos Santos
Conjuração Mineira
Conjuração Baiana
2. Revoltas Coloniais
• Movimentos Nativistas ou de libração
colonial;
• Contexto e motivação gerais:
• Conspiração contra a Coroa;
• Novos ideais contra o poder absoluto da
monarquia;
• Revoltas regionais;
• Liberalismo econômico;
3. A Revolta de Beckman - 1684
• Local: Maranhão e Grão-Pará;
• Motivação: insatisfação popular
com o monopólio da Companhia
de Comércio do Maranhão;
• Ação Jesuíta contra a escravização
dos povos indígenas;
4. • Maranhão é criado durante a União Ibérica em
1621;
• Sobretudo com o intuito de expulsar a presença
estrangeira na região;
• Possuía um vasto território: do Ceará a Amazônia;
• Capitania pouco habitada;
• Atividades de subsistência (plantação de algodão,
tabaco e cacau);
• Drogas do Sertão (alecrim e canela);
• Poucos engenhos de açúcar;
• Dependência do trabalho escravo indígena.
5. Colonos x Jesuítas
• Os colonos defendiam a
escravização do indígena para
suprir a falta de mão-de-obra
escravizada africana;
• Enquanto os Jesuítas defendiam a
catequização dos indígenas, além
de sua educação e força de
trabalho nas Missões.
6. • Comércio em São Luís era monopólio da
Companhia de Comércio;
• Estanco: Os colonos só poderiam vender seus
produtos para a Companhia de Comércio e
somente a Companhia de Comércio tinha
autorização para vender produtos na Capitania;
• Além de que a Companhia ficava na
obrigatoriedade de enviar remessas de
escravizados africanos para a Capitania –
obrigação que não foi cumprida;
7. A Revolta
• Insatisfação com as medidas tomadas pela Coroa e pela Companhia de
Comércio;
• Preços muito baixos pelas mercadorias que vendiam;
• Preços exagerados pelos produtos comprados, além de serem de baixa
qualidade;
• 1º de Abril de 1641: proibição da escravização do indígena;
• União dos homens-bons (Manuel e Tomás Beckman);
• Tomada do poder em São Luís e criação do Governo Provisório: Junta Geral do
Governo;
• Medidas tomadas: deposição do governador, fechamento da Companhia de
Comércio, expulsão dos jesuítas...
• Demais localidades não aderiram ao movimento
8. Desfecho
• Manuel Beckman e Jorge de
Sampaio condenados a morte;
• Tomás Beckman condenado a 20
anos de prisão;
• Outros membros foram degredados
ou condenados a açoitamento
público;
9. Aclamação de Amador Bueno - 1641
• Contexto: enfraquecimento do poder colonial português
durante a União Ibérica;
• Bandeirantes escravizavam as populações indígenas,
sobretudo pela escassez de africanos escravizados;
• Os bandeirantes também estabeleceram todas
comerciais com os espanhóis na exploração da bacia do
Prata;
• Com o fim da União Ibérica em 1640; Portugal proíbe a
escravização indígena;
• Forço os colonos a comprarem escravos de origem
africana;
• A Coroa portuguesa interrompe as rotas comerciais dos
bandeirantes;
10. O levante
• Inconformismo bandeirante com as ações da
Coroa;
• Tinham por exigência a permissão de
escravizar as populações indígenas;
• Buscaram o apoio do fazendeiro Amador
Bueno para ser o governador da província
de São Paulo;
• Ele porém jurou fidelidade a Coroa
portuguesa e o movimento não foi adiante;
11. Guerra dos Emboabas - 1707
• Contexto:
• Expansão da economia colonial;
• Exploração do Ouro;
• Expansão territorial;
• Expedições bandeirantes;
• Disputas entre bandeirantes e
portugueses;
12. Concorrência na exploração aurífera
• Bandeirantes x Emboabas (forasteiros);
• Conflito armado entre os bandeirantes e portugueses;
• Vitória da Coroa portuguesa liderados por Manuel Nunes
Viana;
• Resultado: com isso os bandeirantes foram expulsos da
região das Minas e foram em busca de metais preciosos
na região do atual Goiás e Mato Grosso;
• Criação da Capitania de Minas Gerais, Rio de Janeiro e
São Paulo;
13. Guerra dos Mascates - 1710
• Contexto: expulsão dos holandeses do nordeste brasileiros no
século XVI e a grave crise econômica na produção açucareira;
• Decadente elite açucareira – Residente em Olinda contraíram
empréstimos com os comerciantes portugueses de Recife
(chamados de Mascates);
• Sem retorno financeiro na exploração do açúcar, pois não
conseguiam competir com o produto holandês das Antilhas;
• A dívida entre os senhores de engenho e os mascates corria sério
risco de não ser quitada;
• Pressão recifense para se tornar a capital da província;
14. Mas por quê?
• Status social;
• Privilégios políticos;
• Poder legal para a cobrança dos empréstimos
contraídos pelos senhores de engenho de Olinda;
• Após aproximadamente dois anos de conflito o Rei
Dom João V anistia todos os envolvidos, manteve as
prerrogativas políticas em Recife, tornando-a
posteriormente a capital da província;
15. Revolta de Felipe dos Santos - 1720
• Contexto:
• Exploração do ouro;
• Criação das Casas de Fundição;
• Combate português ao
comércio ilegal;
• Vigência do pacto colonial;
• Insatisfação colonial com a
exploração;
16. A Revolta
• Aproximadamente 2000 de Vila Rica (Atual
Ouro Preto) arrombaram a casa do ouvidor-
mor e seguiram até Vila do Carmo (atual
Mariana) e exigiram o fim das casas de
fundição;
• Governador, Conde de Assumar, promete
atender a todas a exigências dos revoltosos;
• 14 de junho de 1720: tropas portugueses
prendem diversos mineiros;
• Felipe dos Santos é condenado a morte;
• E é criada a Capitania de Minas Gerais,
separada da Capitania de São Paulo;
17. Conjuração Mineira - 1789
• Contexto:
• Minas Gerais é a Capitania mais próspera do Brasil
Colonial;
• Vila Rica: aproximadamente 80 mil habitantes;
• Altos impostos;
• Participantes: elite socioeconômica, com exceção
de Tiradentes que era militar, os demais eram
padres, comerciantes, fazendeiros médicos, etc;
18. Os “Inconfidentes”
• Padre José da Silva de Oliveira Rolim, prejudicado em seus negócios com
diamantes;
• O padre Carlos Corrêa de Toledo, contra o qual corria um processo em Lisboa;
• Inácio José de Alvarenga Peixoto, fazendeiro endividado;
• José Álvares Maciel, jovem recém-chegado da Europa, que trazia em sua formação
ideias contrárias ao absolutismo;
• O alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, encarregado de patrulhar as
cargas de ouro e diamantes que saíam das minas em direção ao porto do Rio de
Janeiro, o que o colocava na possível condição de contrabandista.
• Tomás Antônio Gonzaga, que já havia sido ouvidor de Vila Rica;
• Cláudio Manuel da Costa e o cônego Luís Vieira da Silva. Esses homens aderiram ao
movimento pela influência das ideias iluministas.
• Grandes dívidas fiscais e viam na conjuração uma forma de não ter de pagá-las. Era
formado por Domingos de Abreu Vieira, Joaquim Silvério dos Reis e João Rodrigues
de Macedo.
19. Causas
• Insatisfeitos com a política fiscal;
• Pensamento de autossuficiência da
capitania em relação a Coroa;
• Luís da Cunha Meneses: corrupção e
abuso de poder;
• Visconde de Barbacena: imposição das
100 arrobas anuais de ouro e a cobrança
da Derrama;
20. Quais os planos?
• Iniciar a rebelião no dia da cobrança da Derrama;
• Proclamar uma República em Minas Gerais;
• Eleições anuais;
• Diversificação econômica e manufaturas;
• Milícia nacional;
• Perdoar as dívidas dos conjurados;
• Sem consenso em relação a manutenção ou libertação dos escravos;
• Buscaram apoio internacional: França se recusou e EUA sem apoio efetivo;
• Buscaram inspiração nos ideais iluministas;
• Vila Rica como centro cultural;
21. Resultado
• Delator: Joaquim Silvério dos Reis;
• Visconde de Barbacena suspende a cobrança da
derrama;
• Todos os envolvidos são presos:
• Penas variam entre degredo na África, prisão perpétua
e enforcamento;
• Após alguns anos Dona Maria I concede o perdão real,
exceto a Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes;
• Foi esquartejado em 21 de abril de 1792 e sua cabeça
exposta na praça central de Vila Rica.
22. Conjuração Baiana - 1798
• Também conhecida como Conjuração dos Alfaiates;
• Descontentamento com o domínio metropolitano;
• Escassez de alimentos;
• Elite colonial insatisfeita com a política econômica;
• Altas nos preços dos alimentos;
• População local sem acesso a carne;
• 1797: um grupo de colonos atacam escravos do comandante de
salvador e roubam a carga de carne;
• É uma revolta com caráter popular;
• Tem inspiração iluminista;
23. A conspiração
• Adesão popular;
• Elite colonial: a exemplo de Cipriano Barata (foi um
cirurgião, filósofo e político brasileiro);
• A elite temia uma revolta nos moldes da revolta de
escravos no Haiti, anos antes, ou seja, temiam a
tomada do poder pelos negros;
• Os “pasquins”, folhetos com mensagens para os
colonos se revoltarem contra a Coroa era, distribuídos
por toda Salvador;
24. O que defendiam?
• Defendiam uma República
Bahinense;
• Fim do Trabalho escravo;
• Implantação do livre
comércio;
25. Desfecho
• As investigações por meio dos folhetos
(“pasquins”) levaram a prisão de
aproximadamente 47 pessoas;
• Lucas Dantas de Amorim Torres;
• Manuel Faustino dos Santos Lira;
• Luís Gonzaga das Virgens;
• João de Deus Nascimento;
• Somente esses foram executados pela
coroa portuguesa;