SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 69
Baixar para ler offline
CIES
Centro Integrado de Existência Social
TFG - UNIGRANRIO - 2016 / 2
ARQUITETURA E URBANISMO
Abrigo de permanência continuada
Construtivismo Sociointeracionista
Parque Martinho -Belford Roxo -RJ
Aluno: Francisco dos Santos Júnior
Orientadora: Dra. Glaucineide Coelho
UNIGRANRIO
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
NOITE
CENTRO INTEGRADO DE EXISTÊNCIA SOCIAL (CIES)
Trabalho Final de Graduação, apresentado por Francisco dos Santos Júnior à
banca examinadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Unigranrio, como requisito
para obtenção do título Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob orientação da Professora
Dra. Glaucineide Coelho. Duque de Caxias - RJ 2016
DEZEMBRO 2016
“Conheça todas as teorias, domine todas técnicas, mas ao tocar uma
alma humana seja apena outra alma humana.” (C. G. Jung)
2
Agradeço primeiramente a Deus por ter me conduzido com
retidão nessa longa e linda jornada de aprendizado, ao apoio dos meus pais,
ao meu filho João Pedro, que dedicou os seus momentos livres para me
ajudar com os acabamentos gráficos do projeto, à minha filha Maria Clara
que sempre me orientava nas questões artísticas e subjetivas do projeto, a
minha esposa Francisca Alves, por me mostrar que tudo o que passamos
durante esses cinco anos foi por um objetivo maior, e a todos que sempre
me impulsionaram e me apoiaram em todos momentos. Agradeço ainda aos
meus grandes amigos, o parceiro nessa jornada estudantil, Elienai Carvalho,
ao meu grande amigo o engenheiro Carlos Henrique Villela, que me
concedeu as melhores oportunidades, que levarei para toda a minha vida.
Agradeço a todos os professores que contribuíram e me apoiaram em todos
os processos de aprendizado, em especial aos professores, Fábio Bruno, por
sempre manter o bom humor, ao professor Maurício, por sempre dizer a
verdade, e a professora Glauci Coelho, por me mostrar que a Arquitetura e o
Urbanismo não é simplesmente algo físico, mas que tudo está além das
coisas subjetivas. Agradeço também aos meus colegas, que sucessivamente
acrescentaram um novo aprendizado nas conversas durante todo o curso.
Dedico acima de tudo à minha família que sempre acreditou.
3
Sumário
5 37
6 38
8 39
14 40
15 41
16 43
17 44
17 45
18 46
19 50
21 51
22 54
22 56
23 60
27 61
27 62
29 63
31 64
32 65
33 66
34 67
35 68
36
O Projeto - O Anfiteatro
O Projeto - Plantas do CIES
Considerações finais
Referênciais Bibliográficas
O Projeto - Plantas do CIES
O Projeto - Plantas do CIES
O Projeto - A Escola Pública
O Projeto - O Restaurante
O Projeto - Os Espaços para as Crianças
O Projeto - Áreas de Lazer - Esportes
O Projeto - Ginásio
O Projeto - A realocação Residêncial
Vistas do Projeto - Sul
O Abrigo - Projeto
Setorização do Abrigo - Térreo
Setorização do Abrigo - Primeiro Pavimento
Setorização do Abrigo - Segundo Pavimento
O Projeto - O dormitório
A implantação
O Projeto - Parque Público
O Projeto - O CIES
O Projeto - Parque de Esportes
O Conjunto Arquitetônico
Vistas do Projeto - Norte
Partido e Conceito
Implantação e diretrizes
O local
Análise Morfológica
A Implantação - Plano Conceitual
Plano de Massas Esquemático
Objetivos específicos
Bases para o projeto arquitetônico
Referenciais projetuais
Referências Legais, Psicossociais e Projetuais
Referenciais Psicossociais
O projeto
Arquetípos dos laços afetivos dos abrigos
Introdução
Principais aspectos que o trabalho aborda
O argumento do construtivismo
O ambiente Construtivista
Justificativa para o trabalho acadêmico
Relevância do trabalho acadêmico
Tema do trabalho acadêmico
Objetivos gerais do trabalho acadêmico
CENTRO INTEGRADO DE EXISTÊNCIA SOCIAL (CIES)
Introdução:
Esse trabalho acadêmico tem como base as
minhas reflexões sobre os paradigmas e conflitos que
podem ocorrer dentro do ambiente de abrigos de
permanência continuada para crianças e adolescentes,
que hoje só podem ser chamados de acordo com as
novas regulamentações do Estatuto da Criança e
Adolescentes ECA, de abrigamentos, talvez essa nova
regulamentação nominal seja para perder a conotação
pejorativa que o nome orfanato pode reter e trazer para
vida de cada criança e adolescente que passa por alguma
medida de abrigamento provisório, mesmo assim, o termo
abrigo ou abrigamento ainda terá a condição de outro
lugar diferente da sua casa original, longe do núcleo
familiar.
5
Principais aspectos que o trabalho aborda:
O trabalho aborda os temas ligados as escolas e
centros de ensino instrucionais construtivista
interacionista, baseados nos conceitos teóricos do
construtivismo de Piaget, e nos conceitos de escola de
escola pública integral de Anísio Teixeira, que é visto
como o fundamental idealizador das grandes
transformações que marcaram a educação brasileira no
século passado, Anísio Teixeira foi pioneiro na
implantação das escolas públicas em todos os níveis, que
refletiam seu fim de oferecer educação gratuita para
todos. Tratará sobre a temática dos parques sociais e
empreendimentos que na sua primordial essência sejam
aglutinadores e transformadores sociais e que o ambiente
como um todo seja voltado espacialmente para a escala
das crianças. E o foco temático principal será a criação de
um abrigo de permanência continuada e as questões
arquetípicas e psicossociais intrínsecas, ainda que não
haja autores que tratem ou mesmo retratem com
referenciais acadêmicos sobre o tema dos abrigamentos
(orfanatos) como sujeito espacial e que seja de caráter
direta relacionado as questões arquitetônicas, o que
orienta fortemente esse trabalho acadêmico está balizado
nesses três itens temáticos principais: as questões
ligadas aos abrigos de permanência continuada, escolas
integrais e instrucionais e parques público sociais.
O projeto arquitetônico esta baseado nos conceitos
sóciointeracionismo construtivista, onde o ambiente é um
ponto primordial para o aprendizado e como esse
aprendizado e formulado e assimilado pelas crianças e
como tudo isso é transmitido para as crianças.
O sóciointeracionismo pondera que os elementos e
sociais biológicos não podem ser desconectados e
desempenham uma rede de influência recíproca. Na
interação sucessiva e constante com os outros seres
humanos, as crianças desenvolvem toda uma gama de
um vasto repertório de aptidões cognitivas. Passa assim,
a participar do mundo peculiar dos adultos, passa a se
6
comunicar das mais variadas formas de linguagem,
aprende, assimila e compartilha as histórias e sobre tudo
os hábitos de seu grupo interacional social.
Os aspectos do desenvolvimento das relações humanas
dão-se numa rede de relações interacionais em que os
diferentes papéis, atores e seus complementos são
assumidos e imputados pelos e para os vários
participantes desse meio comum. O que passa a definir
um ser completo são as relações que cada momento
estão ligados às interações que ele passa a estabelecer
com outros do seu meio, nos papéis que cada um assume
em relação aos outros e os outros assumem em relação a
ele próprio. São esses os papéis que são determinados e
determinantes segundo ideais e valores de pré
estabelecidos nos grupos em paralelo com outros grupos.
O construtivismo faz referência aos aspectos lógicos
envolvidos na aprendizagem de cada ser, com constantes
interações e questões que movimentam o ato de pensar.
O ato de lógico de pensar está diretamente ligado à
produção do conhecimento e o ato que determina
conhecimento é a ação de resolver os mais variados
problemas, sejam eles do cotidiano ou técnico com todos
os seus elementos e suas especificidades. Assim, temos
a noção básica que aprendemos sempre a todo tempo
numa constante evolução o aprendizado é constante e
intrínseco.
O nosso aprendizado está ligado às resoluções das
nossas problemáticas cotidianas sejam elas objetivas ou
subjetivas. O nosso aprendizado nos torna capazes de
elaborar um perfil meramente pessoal sobre os objetos da
realidade, sendo que este está em interação constante
com outros tantos objetos. Pela visão do construtivismo,
nada está finalizado e o conhecimento nunca estará
terminado. Ele está constituído pela interação do sujeito
com o meio social e o meio físico, com o mundo dos
objetos e das relações interacionais e sociais.
De maneira objetiva, o método de instrução com a
orientação ligadas no construtivismo tem como base que
7
o aprendizado, bem como ato de ensinar, tem o
significado de construir o novo conhecimento, desvendar
uma nova maneira para e o todo tenha um significado,
fundamentado nas experiências e nos conhecimentos
existentes no meio. O que diferencia o construtivismo e a
escola tradicional está ligado aos estímulos as formas de
pensar em que o aluno, ao invés de assimilar meramente
mais um conteúdo de forma passiva, interage e restaura o
conhecimento existente, criando um novo significado para
um novo conhecimento.
O que é perene no argumento do construtivismo:
A exigência de uma dinâmica raciocínio, dedução,
demonstração conectadas com momentos discursivos;
O entrosamento ligado ao novo aprendizado está
fundamentado no transpor e dá ao futuro uma nova
construção física do conhecimento;
O conhecimento em todos os seus aspectos encontram-
se em constante e indelével reconstrução. Essa maneira
de instrução pedagógica começa a ser usada nos
espaços educacionais brasileiros, quando os
fundamentos teóricos acadêmicos construtivistas,
começam a tomar corpo nesses ambientes. Desse
momento em diante, surgiu um movimento que com uma
visão de mundos diferentes das escolas tradicionais que
tratam os alunos como meros objetos que devem ser
educados nos modelos comportamentalistas.
Nos espaços construtivistas, a criança passa a ser o ator
principal da sua jornada de aprendizagem, ele participa
de forma plena de todo o processo. Diversos autores
compuseram suas obras tomando como base as teorias
do desenvolvimento e aprendizagem dos dois psicólogos
Piaget e Vygotsky. No entanto, não há aqui por não ser
razoável, nesse espaço, o tratamento da vida e obra mais
incisiva desses autores, todo o arcabouço fica vinculado
sobre qual foi a influência que eles tiveram com a
8
construção dos métodos psicopedagógicos
construtivistas.
Piaget é tido como o pioneiro da linha construtivista, em
face do que é sem dúvida o traço que o distingue de
forma inequívoca e epistemológica. Onde a explicação da
formação do pensamento fundamental e racional, que
culmina num resultado dentro de um processo de
construção na lógica de todas as ações do ator principal,
sujeito, sobre o ambiente e sobre os artefatos e tradições.
Podemos ter um vislumbre de que a teoria genética, e
particularmente, os princípios do funcionamento do
psiquismo do homem e que são competências e
capacidades das mais variadas aprendizagens e
atividades mentais e construtivas, o equilíbrio cognitivo
das estruturas intelectuais, que são pontos iniciais para
elaborar uma compreensão construtivista dentro do
ambiente construído.
Temos ainda, as contribuições de outros teóricos como
Vygotsky, e do mesmo modo, há outros teóricos do
desenvolvimento dos modelos de aprendizagem, que
figuram com contribuições importantes para o avanço das
linhas teóricas construtivistas e todas as afinidades com a
linguagem, e sobretudo, as condicionantes interativas que
cada ser humano pode estabelecer e contribuir para o seu
aprendizado.
Tendo em vista que a epistemologia genética do teórico
Piaget vem para explicar a linhagem e o modo do
desenvolvimento intelectual, que parte do ciência dos
fatos, em rota com os organismos sistemáticos feitos pelo
ser senciente.
Além disso, temos as epistemologias que vêm
fundamentar as posturas pedagógicas comprovadas no
ambiente educador e são pautadas, no transcorrer da
história humana, de diferentes formatos, que dão origem
às diferentes e distintas correntes epistemológicas onde
9
podemos evidenciar de maneira básica três correntes
teóricas fundamentais para as posturas pedagógicas no
ambiente de vivência social.
Apriorismo - Doutrina que confere importância aos
conhecimentos, conceitos ou pensamentos a priori, os
que independem da experiência ou da prática. Entende
que o ser humano possui o conhecimento nato, ou seja,
ele necessita, somente ser motivado para propagar o
conhecimento.
Empirismo – Não há nada no nosso intelecto que não
tenha entrado lá por intermédio dos nossos sentidos.
(Popper, 1991). O sujeito é considerado uma tabula rasa.
Interacionismo – Acredita que o sujeito é capaz de
construir o seu conhecimento por meio da interação com
o objeto do conhecimento.
A arquitetura do CIES está voltada para o Interacionismo,
no qual o conhecimento é o resultado da interação entre o
ambiente construído, o mediador e a criança. Com esse
juízo, o conhecimento passa de mera transmissão de
informações para construção do saber, possibilitando, à
criança, aprender a praticar, aprender a refletir, ser um
ator do seu processo intrínseco de aprendizagem.
Piaget promove que cada um tem os próprios planos de
absorção, organismos interiores para o aprendizado
sensorial. Todo sujeito tem o seu modo de perceber o
mundo, e transfere o seu mundo assimilado para a sua
vida cotidiana. A assimilação da informação, do
conhecimento, se dão nas interações de cada ator próprio
com ele mesmo, com os outros atores do seu meio
cotidiano e com o ambiente que ele absorve as
informações e o conhecimento.
Esta é a base elementar do construtivismo ser
fundamentalmente interacionista. É um estado de
interação livre e dinâmica, tendo em vista que, ao ponto
que o sujeito age e interage com o objeto e para o objeto
e para o ambiente construído, ele o modifica para que ele
se transforme em interações do seu cotidiano.
10
Diante das relações estabelecidas, o sujeito passa a ser
produtor, isto é, ele cria novos conceitos, novas
interpretações, reorganizando as que possui. É a
construção e a reconstrução do conhecimento, princípio
básico do construtivismo.
O ambiente proposto para o CIES, orienta e dá sentido às
praticas do construtivismo na psicopedagogia, engloba
uma grande soma de contribuições educacionais e
sóciointeracionais atuais orientadas na espacialidade que
possibilita, a cada sujeito, ator da sua própria caminhada,
a intuir, a atuar, a agir, a arquitetar a partir da sua mera
realidade fática da coletividade em que essa criança, em
um espaço de recitação e recriação.
Ambiente de aprendizagem construtivista
1 - Construtivismo - uma apresentação teórica
Atualmente, em muitos ambientes, as teorias da
pedagogia estavam divididas em duas linhagens: uma
apriorista e outra empirista.
Na visão dos aprioristas, toda a origem do conhecimento
está pronto em cada ser humano, ou seja, o seu intelecto
cultural e social está no gene de cada um armazenada
dentro dele, e torna a função do orientador mediador,
como estimulador para que este conhecimento surja.
E para os teóricos empiristas, onde o princípio remonta as
doutrinas de Aristóteles, base do conhecimento na sua
observação dos objetos. Segundo os empiristas, a criança
é um tipo de tabula rasa e a transferência do
conhecimento é algo natural, que é repassado em duas
vias ou pelo relação entre os entes, das mais variadas
formas e métodos de interação escrita, gestual, oral. E é
11
com base nessas teorias que estão baseadas grande
parte das linhagens pedagógicas atuais.
Com esses dois conceitos teóricos paradigmáticos
fundidos em um único conceito, temos um vislumbre das
as teorias de Piaget, que foi um dos primeiro a estudar e
pesquisar como o conhecimento era formado na mente de
um pesquisador. Piaget analisou de que forma um bebê
saía de um estado do não reconhecimento de qualquer
individualidade perante o seu mundo, chegando até a
idade adolescente, onde já podemos perceber as
intervenções de raciocínio e lógica muito mais intricadas.
Com todas essas observações, sistematizadas e com
uma metodologia analisada, que ele denominou o seu
Método Clínico, Piaget situou a sua base teórica,
chamada de Epistemologia Genética. Que está
fundamentada em um de seus livros, O Nascimento da
Inteligência na Criança (1982), onde Piaget propõe que
[...]as relações entre o sujeito e o seu meio consistem
numa interação radical, de modo tal que a consciência
não começa pelo conhecimento dos objetos nem pelo da
atividade do sujeito, mas por um estado diferenciado; e é
desse estado que derivam dois movimentos
complementares, um de incorporação das coisas ao
sujeito, o outro de acomodação às próprias coisas[...].
Com esse trecho, Piaget determina os três conceitos
principais para balizar a sua teoria:
Acomodação, assimilação e interação.
Os conceitos da Epistemologia Genética, como foi
mencionado antes, é uma composição das teorias
viventes, tendo em vista que Piaget, não acredita o
conhecimento seja, intrínseco do próprio sujeito que são
os fundamentos teóricos do apriorismo, e nem mesmo
que o conhecimento derive completamente das
observações do meio ambiente que o cerca, que são as
teorias do empirismo.
12
Conforme as suas teorias, Piaget, diz que o
conhecimento, em qualquer nível, é provocado sob uma
interação do sujeito com seu meio ambiente, a partir de
estruturas antecipadamente existentes de cada ator ou
sujeito. Isto posto, a obtenção de conhecimentos está
amarrado tanto de certos arcabouços cognitivos inerentes
ao próprio sujeito, evidenciando as sua relações com o
objeto e, não despreza de nenhuma delas.
Essas relações entre o sujeito e o objeto estão subdividas
em um processo de duas partes, assimilação e
acomodação. A assimilação são as ações que o indivíduo
irá tomar para poder absorver o objeto, e irá interpretá-lo
de forma a poder condicionar essa interpretação dentro
das suas estruturas de cognição. Já acomodação é o
momento em que o sujeito desvia suas arcabouços
cognitivos para envolver o objeto. E essas relações entre
assimilação e acomodação o sujeito adapta o meio
externo sobre um infindável procedimento
desenvolvimentista cognitivo. E como esse é um processo
constante e permanente, e está sempre em
desenvolvimento, assim essa teoria foi chamada de
Construtivismo, Parte-se da idéia de que níveis de
conhecimento estão indefinidamente sendo estabelecidos
através da influência mútua entre o sujeito e o meio.
Sob essa ótica é que está depositada o maior feito das
teorias de Piaget, que demonstrou de forma científica com
o olhar de um biólogo e não de um filósofo ou psicólogo,
de que forma o ser humano passa de uma ordem que
sequer sabe definir a sua espacialidade para outro ser
senciente que obtém equações intricadas que o
permitiriam viagens intergalácticas.
13
O ambiente Construtivista
Para que um ambiente ou o objeto para o sujeito seja
construtivista é essencial que o Mediador idealize o
conhecimento sob as bases teórica de Piaget, e que todo
e qualquer desenvolvimento de cognição somente será
eficaz se for aprimorado em uma influência mútua entre o
sujeito e o objeto. É imperativo saber que, sem um modo
pelo qual o objeto influencie as interações do sujeito, este
não tentará se encaixar à situação, e criará uma ruptura
no modo de absorção do objeto, que dão origem às
consecutivas adequações do sujeito ao meio, com o
constante desenvolvimento cognitivo.
Nesse mesmo seguimento, Piaget teorizou, que existem
diversas hipótese básicas em sua base teórica que não
podem ser abolido, se aspirarmos criar um ambiente
construtivista. Segundo Piaget, o ambiente deve permitir e
de certa maneira seja imperativo que haja alguma
interação da criança com o objeto. Esta interação, não
esta ligada ao simples apertar de botões ou escolher
opções, mas deve ir além dos simples modos de
interação e passar para um nível de integração da criança
com o ambiente ou objeto para a sua realidade cotidiana
do sujeito, dentro de suas qualidades, para que ele
estimulado e desafiado, mas que permita que novas
interações sejam permitidas e adaptadas às estruturas
cognitivas viventes, que virá para propiciar o seu
desenvolvimento intelectual próprio.
Dentro de um ambiente de convivência e aprendizagem
que ambicione ter uma comportamento de acordo com as
descobertas teóricas de Piaget, e é ainda preciso lidar
perfeitamente com o fator erro e os fatores de avaliação.
Dentro de uma abordagem construtivista, o erro torna-se
uma enorme fonte de aprendizagem, a criança ou o
aprendiz, deve sempre e a todo tempo ser estimulado a
questionar-se e questionar a figura do Mediador sobre
quais são as consequências de suas atividades e de suas
atitudes e com isso e a partir disso, seus erros e acertos,
14
passam a construir os conceitos fundamentais para o seu
aprendizado.
Podemos sinalizar que o requisito mais importante para a
construção de um ambiente construtivista é que o
mediador verdadeiramente tenha a consciência da
seriedade do educador e dos espaços educativos
pedagógicos, e que ainda assim, todos esses processos e
projetos de aprendizagem passam sempre e
necessariamente por um circuito de interações fortes e
vívidas entre o sujeito e o objeto, que agora está
simbolizado como objeto constante de toda a cadeia de
processos envolvidos, seja o mediador, professor, a
máquina, a casa ou os amigos. E tão somente, quando
partimos destes princípios de interação é que poderemos
ter um vislumbre mínimo de que estamos construindo
novos seres para novos exercícios de conhecimento,
tanto para a criança como para o mediador.
Justificativa para o trabalho acadêmico:
De forma geral, a finalidade da proposta do projeto
é que sejam criados espaços arquitetônicos que
incentivem as diversidades e as mais variadas formas de
integração com a comunidade e que esteja inserida no
espaço urbanístico, que acolha de forma plena os
parâmetros e necessidades dentro de um modelo livre de
imposições, diverso, sustentável e sociável.
Objetivos:
O objeto principal que orienta o meu trabalho é a
criação de um centro integrado instrucional que vem
definir critérios e diretrizes projetuais na concepção de
abrigos de permanência continuada, que garantam às
crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade
social, a apropriação espacial com aspectos psicossociais
e qualidade de vida, juntamente com um projeto de escola
parque de estudos instrucionais, será um integrador que
trará benefícios para a localidade como um todo.
15
Não há entretanto, nenhum movimento Projetual
arquitetônico acadêmico para que esse quadro que trata o
tema abrigamentos de permanência continuada para
crianças e adolescentes tenham a sua relevância devida
na sociedade. Evidenciar o tema principal proposto de
maneira objetiva e com princípios ideais psicossociais e
com conceitos fundamentais urbanísticos com o enfoque
com espaços sociáveis para as crianças, para a escala
visual das crianças, trará a luz para as questões
pautadas.
E como esses espaços de caráter integradores infantis e
comunitários, ladeados com diversas atividades que
estimulem a convivência e o compartilhamento das mais
diversas e heterogêneas experiências e noções variadas
de forma coletiva, é uma maneira de trazer o lado
humano-social para as relações de afetividade.
Relevância do trabalho acadêmico:
A criação desses novos locais integradores sociais
são infinitamente necessários, principalmente, nas
regiões mais segregadas tal como a baixada fluminense e
de forma específica para a implantação do projeto o
município de Belford Roxo, no Estado do Rio de Janeiro.
Os locais que existem desempenham a função de
integração, mas não atendem de forma plena
minimamente algumas necessidades imperativas
contemporâneas, como: espaços para musicalidades com
as linguagens atuais, atividades físicas programadas,
eventuais e coletivas, novas interações tecnológicas de
áudio, vídeo e danças.
"[...]é preciso modificar as relações
culturais do País e fortalecer os que
estão fora dos grandes centros. Falta
equipamento, falta teatro, falta centro
cultural[...] "(Juca Ferreira. ex ministro
da cultura. Mais Cultura para a Baixada
Fluminense. 2015)
16
A escolha do município de Belford Roxo, para mim, está
vinculada a questões afetivas de ligação e do meu
pertencimento ao local e por reconhecer principalmente
que o município de Belford Roxo é claramente um
município segregado como a maioria das cidades da
região metropolitana do Rio de Janeiro e carece seguir a
melhora da arquitetura e do urbanismo para que traga aos
imóveis e os espaços privados ou públicos à cumprir a
função primordial social das cidades.
Visivelmente a requalificação ou a readequação dos
lugares como o local proposto para a implantação do
projeto, não permitirá por si só que a cidade passe a ter
novas perspectivas ou referenciais arquitetônicos e
urbanísticos, mas por outro lado trará um vislumbre da
temática que será discutida.
Tema do trabalho acadêmico:
A Criação de um Centro integrado instrucional que
visa definir critérios e diretrizes projetuais na concepção
de abrigos de permanência continuada, que garantam às
crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade
social, a apropriação espacial com aspectos psicossociais
e qualidade de vida, juntamente com um projeto de escola
parque de estudos instrucionais, será um integrador que
trará benefícios para a localidade como um todo.
Objetivos gerais do trabalho acadêmico:
Trazer à tona o tema orfanatos e abrigamentos,
que é tratado como uma espécie de tabu e definir critérios
e diretrizes projetuais na concepção de abrigos de
permanência continuada, que garantam e permitam às
crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade
social e que estão passando por alguma medida de
abrigamento, a apropriação e a visão espacial e
17
harmônica sob os mais variados aspectos legais de um
lar provisório com ares psicossociais e com a qualidade
de vida desejada.
Objetivos específicos.
Para que sejam alcançados os objetivos gerais teremos
que integrar os seguintes objetivos específicos:
A criação de um centro de estudos integrais e
instrucionais.
O projeto de escola e centro de estudos integrais
será um ator integrador que trará benefícios para a
localidade, e juntamente com a proposta de escola
aberta, servirá para não manter no isolamento o abrigo
que possui uma função social básica e primordial e que
notadamente é tida como algo que vive a margem de
nossas consciências.
A filosofia da escola visa a oferecer
à criança um retrato da vida em
sociedade, com as suas atividades
diversificadas e o seu ritmo de
preparação e execução, dando-lhes
as experiências de estudo e de
ações responsáveis. [...](TEIXEIRA,
1962, p. 25)
18
A criação de um Parque Público integrado:
O projeto do parque público será um aglutinador
social e precedente de novas perspectivas tanto para as
crianças e adolescentes do abrigo, como para a
comunidade como um todo.
[...]a relação entre as partes pública e
privada, rua e casa, submetida às
normas culturais e construída no
processo histórico que consolida o
lugar[...] o entendimento do significado
e o elo de afetividade com o lugar
estabelecido pelas crianças nas
interações da brincadeira com o
espaço[...] proporcionem um arcabouço
de referências capazes de orientar
intervenções projetuais que primem
pela valorização dos espaços livres, [...],
orientando a identificação e inserção do
indivíduo no todo da
cidade[...](Coelho,2004, p.15, p161)
A junção desses três temas, tendo as questões
ligadas aos Abrigamentos de permanência continuada
como o foco principal, a Escola instrucional e um Parque
Público, integrarão de forma plena o ambiente construído
e a comunidade como um todo. Que formará espaços de
heterogeneidades sociais que permitiram aos cidadãos
desenvolverem de forma livre a identidade da sua
coletividade.
Bases elementares para o projeto arquitetônico:
Referenciais históricos e contemporâneos sobre os
orfanatos que balizam e orientam as premissas da
concepção do projeto e o trabalho acadêmico.
O Abrigo: A vertente histórica que trata sobre o
aparecimento dos orfanatos.
O Estatuto da Criança e Adolescentes ECA, traz
um apontamento de que o arquétipo de acolhimento em
regime de orfanato surge na Europa, perto do pós-
segunda guerra mundial, com um número enorme de
crianças que ficaram órfãs de pais e mães e das mulheres
que perderam seus filhos ou mulheres que perderam os
seus maridos durante a guerra. Outra vertente histórica
diz que o Papa Inocêncio III decidiu criar “A Roda”, por
19
volta do ano de 1198, porque teria ficado horrorizado com
a quantidade de cadáveres de crianças recém nascidas
boiando no rio Tibre em Roma. A roda, assim como era
conhecida foi utilizada nos conventos e depois instalada
nos orfanatos mundo a fora.
Números referenciais atuais:
Dados do CNJ.
Dados de 2011 mostrou que no Brasil havia 33.361
crianças e adolescentes vivendo em unidades de
acolhimento. É o que revela o Cadastro Nacional de
Crianças e Adolescentes Acolhidos (CNCA) Esses dados
são acessíveis somente a membros de entidades
governamentais.
Entretanto, esses dados não são consolidados sobre os
abrigos e as condições dos abrigados em Belford Roxo
onde será consolidada a proposta de implementação do
projeto arquitetônico.
Dados do IPEA.
Segundo as pesquisas do IPEA a pedido
Secretaria Especial dos Direitos Humanos, cerca de 80%
desse contingente, têm algum tipo de vínculo familiar, e
pelo menos um deles em cada quatro menores está lá
porque os parentes, pelas mínimas falta de condições
sociais ou financeiras, não conseguem manter esses
vínculos familiares ativos.
E todo esse cenário é tão somente a fase inicial de um
grande e vicioso ciclo que se reflete nas mais
elementares bases familiares e sociais dessas crianças
ou desses adolescentes que será refletido nas vidas
adulta desses indivíduos.
E com o cenário de políticas públicas de apoio a
essas famílias quando existem são no mínimo ineficazes
ou comumente inexistentes, os parentes, adolescentes e
as crianças podem ficar por mais de dez anos nas
unidades, mesmo que o ECA determine que essa
passagem seja excepcional e temporária, mesmo que
20
essa determinação esteja aquém das capacidades e da
realidade dos abrigos.
Os números básicos dentro de um horizonte nada
excitante:
Todas elas recebem verbas Federais
• 49,1% delas na região Sudeste
• 34,1% no Estado de São Paulo
• 14,9% das unidades não funcionam mais como os
antigos orfanatos onde as camas e escovas de
dentes e outros objetos pessoais são usados de
forma coletiva.
• 6% das instituições funcionam com o ínfimo ato de
tentar ressocializar a criança ou adolescente com
os seus vínculos.
• 6% de todos os municípios do Brasil é onde estão
20% dos abrigados, e fora desse circuito
catalogado não há o mínimo controle dessas
unidades que funcionam como abrigos.
• 65% São entidades não governamentais
• 67% tem um forte vinculo religioso
• 59% têm menos de quinze anos de existência
• 58% São mantidos com fundos
predominantemente privados.
• 24% A pobreza é o maior fator dos abrigamentos.
E ainda dentro de todo esse cenário estão as distorções
do sistema e os desvios de conduta por parte dos
responsáveis pelos abrigos e seus gestores externos.
Referenciais projetuais:
No Brasil, não há referências ou normas
constituídas específicas para concepção e construção de
abrigos de permanência continuada ou permanência
provisória, as normas referenciais são as mesmas
normatizações submetidas aos critérios de higiene e
saúde nos espaços construídos. Por não haver dados
referenciais sobre o estado geral dos orfanatos ou de
entidades sociais que constituem as organizações de
amparo às crianças e aos adolescentes, a proposta geral
do projeto tem como base preliminar e objetiva promover
21
o bem estar, a integração e o bom convívio social sem
mistificar ou estigmatizar o contexto criado
cinematograficamente, e abandonando esses
preconceitos, o objetivo oportuno é que sejam criados
espaços para as mais diversas atividades fundamentadas
no conceito de integração entre esporte e lazer simples,
estudos criativos e tecnológicos e formação de vivência
social, existencial e comunitária, um espaço de todos pra
todos.
Referências Legais, Psicossociais e Projetuais
Referenciais Legais:
Baseados nesses dois artigos da LEI Nº 8.069, DE 13 DE
JULHO DE 1990.
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os
direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei,
assegurando, por lei ou por outros meios, todas as
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social,
em condições de liberdade e de dignidade.
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade
em geral e do poder público assegurar, com absoluta
prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Referenciais Psicossociais:
A proteção e a visão humana:
O orfanato quando visto de forma simples e crua,
tem por objetivo principal refugiar ou abrigar por períodos
que podem variar em um único dia de forma provisória ou
pode ser por um tempo que pode chegar até o limiar da
sua vida adulta.
Uma criança ou um adolescente em condição de
vulnerabilidade ou de risco social ou risco de perder a sua
22
própria vida ou vivendo em condições sub-humanas em
abandono, desamparada, sofrendo maus tratos com os
seus direitos civis mais básicos violados e negligenciados,
tanto no seio de sua família ou o que restar dela ou
mesmo dos agentes governamentais de direito e proteção
da infância e adolescência e das pessoas vulneráveis.
Como poderemos questionar a existência ou não
de um orfanato, se sabemos das condições mais
adversas e extremas que poderiam justificar de forma
clara e inequívoca a separação de uma criança ou
adolescente do seio de sua ou daquilo que deveria ser
conhecido como família sejam eles pais ou parentes
biológicos ou não. O distanciamento e as separações
podem ser vistas como fatos normais e até mesmo
naturais da vida cotidiana e por outro lado um lado mais
social não utópico o ato de abrigar e acolher tem que ser
visto da mesma forma.
Será que poderíamos negar de alguma forma,
tamanha violência que essas crianças, adolescentes ou
pós adolescentes já entrando em sua vida adulta, não
importando nesse momento o gênero ou mesmo a cor da
sua pele, mas sim a sua condição de vulnerabilidade
latente que as transformam em meros números em
planilhas ou gráficos exponenciais. E quando essas vidas
são expostas ao ambiente de abrigamento, que mesmo
que tenha a melhor das propostas pedagógicas e
cognitivas e que tenha uma arquitetura composta com os
mais variados símbolos de plenitude e de bem estar,
ainda assim será um ambiente que trará consequências
nos seus desenvolvimentos psicossociais.
Visão arquetípica do paradigma dos laços afetivos dos
orfanatos:
Se olharmos de forma simples ou mesmo
pragmática os laços afetivos criados dentro do ambiente
do orfanato esse cenário poderá ser visto como uma
atmosfera social determinada por uma arcabouço de
23
relações afetivas formadas de maneira direta, e posta
entre os internos e os seus tutores meramente escalados
para as suas determinadas funções.
Assim, esses valores passados em vias sentimentais,
envolvem questões e expectativas, que estão ligadas a
esperança pessoal de cada interno para retornar ao seu
lar ou mesmo um novo lar.
Todo o peso dessa atmosfera social está ligada
diretamente aos regimentos e normatizações internas
reguladoras dos orfanatos, impedimentos e apoios, que
se novamente formos observar todo esse quadro, poderá
ser visto como o mesmo horizonte das perspectivas
familiares constituídas, ou seja poderá ser visto como
família, tanto para os funcionários, como para os internos,
e que mesmo assim não poderão criar laços de
afetividades de forma que seja qualificado de maneira
verdadeira como laços próprios num ambiente coletivo
com tarefas e horários hierarquizados, visto como um não
lugar.
Mesmo que de forma pura, os orfanatos tenham
como princípios básicos inerentes a causa, criar
condições adequadas de um frutuoso desenvolvimento
através dessa paradigmática família constituída dentro de
uma instituição de abrigo e formação, onde haverá
espaço dentro desse ambiente hierarquizado e impessoal,
para um ser humano em formação e caracterizado como
vulnerável, para realizar a sua jornada pessoal de
desenvolvimento sem padecer com todo a sua carga
histórica e familiar dentro de um ambiente aterrador de
uma instituição de abrigamento.
Simplesmente, os orfanatos existem, pois existem
crianças abandonadas.
As questões e significados dos arquétipos dos órfãos e
desabrigados e das temeridades do abandono e as
vulnerabilidades das crianças nessas condições:
O autor C. G. Jung- Os arquétipos e o inconsciente
coletivo, no seu livro trata de forma plena o significado
24
dos arquétipos, Jung (1986) “Arquétipo significa a forma
imaterial à qual os fenômenos psíquicos tendem a se
moldar.” Jung usa o termo referindo se aos vários
padrões congênitos na observância das matrizes do
desenvolvimento dos moldes intrínsecos de cada
individuo.
O arquétipo da figura da mãe:
Jung (2000) diz que, o arquétipo da mãe está
diretamente conectado com as interações de
criatividades, o ato de fertilizar e dar provimento de vida e
amor está ligado as obscuridades desses sentimentos. O
arquétipo da mãe não está disposto excepcionalmente
quando a mulher traz à vida ou adota um ser humano,
mas também nas relações diárias de convivência e
valores gerados e adotados para a vida de cada ser.
O arquétipo da figura do pai:
Heinrich (1997) Diz que a função primordial do pai
é a de ensinar e passar aos seus descendentes e aos
seus filhos as leis e nuances da vida. E com estas
doutrinas que os seus filhos poderão obter o
desenvolvimento das suas capacidades para receber o
mundo da maneira que ele é, para de alguma maneira
poder assim se aparelhar ou mesmo ter alguma forma de
organização do seu exterior e que possa moldar o seu
exterior.
O julgo do complexo paternal se constrói em
concordância com o que a criança traz como
experimentação e da convivência paterna natural ou com
figura que possa vir para cumprir este papel. E é dentro
dessa coexistência que a forma paterna será
humanizada. As coexistências com o exemplar paternal
são organizados internamente em volta das imagens do
pai que as crianças criam para si, assentindo a esta
imagem, atributos e problemas essenciais a cada ser
humano.
Um pai ou a figura paterna transmitirá para os seus filhos
as suas leis de vida, e os estimulará para que esses
ensinamentos sejam devidamente vivenciados por eles e
que experimentem esses sentimentos por conta própria.
25
Os arquétipos dos irmãos e amigos:
Existe também a figura arquetípica dos irmãos, e o
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), tem uma
exigência imperativa de que os irmãos devem
permanecer juntos e não devem ser separados de
maneira nenhuma. entretanto, essas determinações
permanecem inalteradas tão somente na forma de lei
escrita e não nas formas da lei cumprida, o quadro que
podemos observar com uma maior facilidade é o de
irmãos em condições de abrigamento juntos mas vivendo
com outros irmãos filhos únicos nas mesmas condições.
O prevalecimento da convivência com os seus irmãos é
imperativo e de importância extrema para o incremento
das questões ligadas ao ambiente psicológico intrínseco
de cada criança, tendo em vista, que essa experiência
poderá suprir as demandas exigidas pelas coexistências
não vividas nos relacionamentos com os seus pais.
Downing (1991) Diz que as crianças em condições
de abrigamento e desde que seja mantida a proximidade
com os seus irmãos, essas crianças poderão manter em
algum grau a lembrança do significado de família. O que
nesse momento, será a única coisa remanescente e que
resistirá na prevalência do seu mundo. Permanecendo
juntos, os irmãos terão muito mais chances de se
compatibilizar com os novos ambientes, tendo em vista
que quando a dor é compartilhada ela tende a ser sentida
de maneira mais singela. Ao mantermos essas relações
entre os irmãos minimamente intactas podermos manter
vivas as memórias e alguns conceitos de família.
É razoável observar todas essas questões
arquetípicas ligadas aos abrigamentos podem ser vistas
como um caminho que deverá ser percorrido e que o
meio no sentido espacial possa influenciar de forma
positiva e integradora a vida de cada indivíduo, para que
essa passagem deixe de ser vista tão somente como
algum tipo de paradoxo mal necessário, mas sim, uma
nova fase ou mais uma fase na vida de cada indivíduo.
26
O projeto:
Partido e Conceito:
De forma geral a proposta Projetual busca atender
as mais variadas questões formais, de funcionalidades e
com algum significado lúdico. As formas não terão ou não
buscarão obter qualquer significado especifico, o lúdico o
formal e o abstrato são as bases elementares do projeto,
uma arquitetura geométrica e simples, a justaposição que
possam criar noções de harmonia.
Terá a função primordial de atender aos planos de
necessidades dos grupos individualizados ou não que em
sua maioria vem com uma carga viva e expressiva de
vulnerabilidade e que seja diversificado.
Terá um significado ambiental que imprimirá nos
usuários referenciais integradores e familiares.
A forma terá parâmetros de Geometria lógica com
o Lúdico Criativo ambientado na Arquitetura Fractal.
Haverá pontos de bom senso e equilíbrio e pontos de
conflito entretanto, e a espacialidade será interpretada de
forma intrínseca.
27
Referenciais psicossociais e projetuais.
Referencia Psicossocial:
C. G. Jung- Os arquétipos e o inconsciente coletivo:
A compreensão das estruturas e procedimentos de
atendimento às crianças e adolescentes em situação de
vulnerabilidade social influenciam nas decisões projetuais
A identificação do regime de institucionalização e
como isso afeta o desenvolvimento humano e
principalmente, o comportamento espacial das crianças e
dos adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
Como os conceitos da Psicologia Ambiental e quais
aspectos do ambiente físico podem interferir na
apropriação espacial nos abrigos de permanência
continuada por essas crianças e adolescentes.
Referencia Projetual:
Aldo van Eyck
• Estruturalismo
• Parques infantis
O arquiteto Aldo van Eyck projeta o Amsterdam Orphanage
em 1960. Eyck procura o balanço de forças que crie um lar
e uma pequena cidade no subúrbio de Amsterdã.
CCA Mellon Lectures
28
Implantação e diretrizes.
O Abrigo: Prédio principal
• O abrigo atenderá todas as faixas etárias definidas
no ECA para abrigamentos.
• O prédio principal do abrigo terá 3 pavimentos mais
um andar térreo.
• No térreo ficarão as crianças de 0 a 07 anos de
idade.
• No primeiro pavimento ficarão as crianças de 08 a
13 anos.
• No segundo pavimento ficarão as crianças e
adolescentes de 14 anos até a idade de saída da
instituição.
• Lembro entretanto, que o grupo familiar nunca
deverá ser separado dentro da instituição.
O Abrigo: Prédio anexo (Tutores)
• O abrigo contará com unidades de moradia para os
tutores conectado ao abrigo.
• Também terá 3 pavimentos.
• No térreo ficarão os tutores e cuidadores para as
crianças de 0 a 07 anos de idade.
• No primeiro pavimento ficarão os tutores para as
crianças de 08 a 13 anos.
• No segundo pavimento ficarão os tutores para as
crianças e adolescentes de 14 a até a idade de
saída delas.
• Em todos os andares terá uma área interna para
encontros sociais, entre as crianças e os seus
tutores, os seus pais e os seus possíveis adotandos
.
29
A Escola: – Centro de Ensino Integral
• Atenderá os residentes e as demandas especificas
do público local.
• Será consolidada com a mesma arquitetura do
Prédio principal e do Prédio anexo (tutores) do
abrigo e trará uma identidade visual arquitetônica
própria.
• Apresentará a ambiência de escola técnica.
• Servirá como ponte integradora com o local, terá
cursos para a comunidade e a envolverá em todo o
processo.
O Parque: – Parque Público
• Será item Projetual arquitetônico e paisagístico com
a maior relevância.
• O parque será o elo de ligação primária entre a
instituição de ensino o abrigo e a comunidade.
• Terá áreas de esportes locais como futebol e Skate,
circuitos de corridas e caminhadas.
• E áreas com potenciais privilegiados para o convívio
social em comunidade.
30
O Projeto - O local
O Terreno proposto para a
implementação do Projeto:
Não foi possível obter dados
referentes a zoneamentos e
as normas de construção que
são permitidas para o
terreno.
A obtenção de dados
referenciais no município de
Belford Roxo, é nesse
momento impossível, tendo
em vista que, o município de
Belford Roxo é considerado
como o município com o
índice de transparência zero
medido pelo portal da
transparência.
GLEBA= 190.000m²
Av. Joaquim da Costa Lima Av. Gov. Leonel Brizola
31
O Projeto - Análise Morfológica
32
A implantação – Plano Conceitual
O Estudo Conceitual
A realização do estudo conceitual tem como base a
reflexão direta sobre às práticas de projetar, e dentro do
processo do planejamento da malha urbana o pensar
sobre as problemáticas de um projeto desse porte com
intervenções drásticas, com isso surge o vislumbre sobre
as formas eficientes de distribuição dos investimentos
públicos e os investimentos de infraestrutura e de
conexões urbanas, aferi o subsídio da influência dessas
intervenções na escala local e vem com isso avaliar e
balizar a qualidade de uma arquitetura e do planejamento
urbano no conceito de bairro, dando ao projeto um ideal
de um mínimo equivalente de justiça social e ambiental.
33
Plano de Massas Esquemático
N
34
A implantação
Projeto do Abrigo
Na porção Sul da Gleba proposta.
Um bloco residencial para a realocação dos moradores
residentes na margem sul do terreno para o lado leste do terreno.
Um bloco de lojas e outros serviços junto ao bloco residencial de
modo a prover novos usos para o local e um modo de
subsistência para os moradores residentes.
Um Anfiteatro no lado oeste do parque do lado sul
E os jardins com conceitos de bosque que permeiam o parque
sul como um todo.
Na porção Norte do terreno.
Um Parque para a prática de esportes individuais e coletivos –
campos de futebol - quadras de basquete e vôlei - áreas para
churrasqueiras e vestiários.
E na porção central do parque.
Um ginásio poliesportivo coberto num recorte junto a elevação
Um restaurante que servirá ao público do abrigo e escola e
servirá para integrar o conjunto arquitetônico a comunidade por
meio de incentivos do programa escola aberta.
Uma escola no lado leste, com conceitos instrucionais que
atenderá tanto os usuários do abrigo bem como a comunidade
E o Abrigo no lado oeste
0 50 100
N
35
0 50 100
Parque Público
O parque será o elo de ligação primária entre a instituição de ensino o abrigo e a comunidade.
Terá áreas de esportes locais como futebol e Skate, circuitos de corridas e caminhadas.
E áreas com potenciais privilegiados para o convívio social em comunidade.
N
O Projeto - O Parque Público
36
O Projeto - O CIES
Na porção central do terreno, teremos O CIES que contempla o conjunto
arquitetônico do Abrigo público e a Escola pública, Jardins e espaços
multiusos.
N
0 50 100
37
O Projeto - O Parque de Esportes
Parque de Esportes
Na porção posterior do terreno, teremos um parque público para práticas
esportivas ao ar livre.
N
0 50 100 38
O Projeto - O Conjunto Arquitetônico
N
E a junção dessas três partes do projeto, formam o conjunto arquitetônico do Parque
Martinho, em uma área de 198,000m².
Permeada de muitas áreas verdes e uma pluralidade de elementos constituídos que por si
só, trará novas perspectivas de futuro, nunca antes experimentadas em Belford Roxo.
0 50 100
39
O Projeto - Vista Norte
40
O Projeto - Vista Sul
41
CIES
42
O Projeto
Projeto do Abrigo
E como o foco do nosso projeto são abrigos de permanência continuada, apresento o projeto da edificação, que
contempla o abrigo e os seus jardins, que são partes componentes do projeto do parque como um todo, que visa, para
além dos conceitos de abrigo, tem como objeto obter melhorias para a comunidade do Parque Martinho.
43
Setorização - Pavimento Térreo
PÁTIO ABERTO INTERNO
CORREDORES - CONEXÕES EXTERNAS
CORREDORES - CONEXÕES INTERNAS
BANHEIROS
LAVANDERIA
CRECHE, BERÇÁRIO - ESPAÇOS PARA A
PRIMEIRA INFÂNCIA
PÁTIO COBERTO - ACESSO PRINCIPAL
COZINHA - REFEITÓRIO INTERNO
N
44
Setorização - Primeiro Pavimento
PÁTIO ABERTO CONVIVÊNCIA INTERNA
DORMITÓRIOS - ALOJAMENTOS
DOS ABRIGADOS
CORREDORES - CONEXÕES INTERNAS
BANHEIROS
CLINICAS PSICOLOGIA / ENFERMARIA
ATENDIMENTO CIES
ADMINISTRAÇÃO - ATENDIMENTO CIES
PÁTIO COBERTO - ACESSO PRINCIPAL
VESTIÁRIO DE FUNCIONÁRIOS - CIES
N
45
Setorização - Segundo Pavimento
PÁTIO ABERTO CONVIVÊNCIA INTERNA
GRAMADO
DORMITÓRIOS - ALOJAMENTOS
DOS ABRIGADOS
CORREDORES - CONEXÕES INTERNAS
BANHEIROS
CLINICAS PSICOLOGIA / ENFERMARIA
ATENDIMENTO CIES
ADMINISTRAÇÃO - ATENDIMENTO CIES
PÁTIO COBERTO - ACESSO PRINCIPAL
ALOJAMENTO DE FUNCIONÁRIOS - CIES
N
46
CIES
O Conjunto
arquitetônico
compositivo do
prédio do abrigo é
composto por dois
volumes abertos
para um pátio
envolvente voltado
para o nascente.
A composição
volumétrica pautada
nos recortes dos
sólidos até chegar a
uma forma
compositiva lúdica,
agradável, lógica e
incomum.
0 5 10
47
A fachada principal:
O primeiro contato com
o novo
A simetria rebatida
compositiva da fachada
principal, e o modo de
como o pórtico do
acesso principal
direciona o nosso olhar
para uma
experimentação de uma
perspectiva visual
totalmente e incomum.
CIES
0 5 10
48
CIES
A Fachada sul está
voltada para o
jardins fractais.
A composição é
formada por painéis
de madeira móveis,
posicionados para
que não sejam
totalmente
devassados os
dormitórios e os
corredores.
E ainda criam a
cada novo olhar um
novo angulo de
visão e uma nova
perspectiva da
paisagem.
0 5 10
49
O projeto - O Dormitório
A flexibilidade compositiva do layout dos
dormitórios, permite uma infinidade de
organizações que podem atender a todas as
demandas possíveis dos abrigados e seus
parentes
50
CIES
O Projeto - O Conjunto Arquitetônico - CIES - Escola Pública
A ESCOLA
51
O Projeto - O Conjunto Arquitetônico - CIES - Escola Pública
Escola – Centro de Ensino Integral
-Atenderá os residentes e as demandas especificas do público
local.
-Será consolidada com a mesma temática arquitetônica do
abrigo e trará uma identidade visual arquitetônica própria.
-Apresentará a ambiência de escola estruturalista.
-Servirá como ponte integradora com o local, terá cursos para a
comunidade e a envolverá em todo o processo.
52
O projeto - A escola - Sala de Aula
As salas de aulas acompanham os conceitos
e ambiência de escolas estruturalista,
totalmente fora dos padrões parametrizados
pelo FNDE.
53
CIES
O restaurante
O restaurante, localizado na porção central do
terreno, entre a escola e o abrigo, atenderá
além do público normal da escola integral e do
abrigo, servirá ainda para a integração da
comunidade com os espaços do CIES.
Funcionará como um dos atores integradores
quando nos finais de semana houver
implementação de projetos baseados em
escola aberta para a comunidade.
O projeto - Restaurante
54
O Projeto
CIES 55
CIES
Creche, berçário e espaços multiusos.
O abrigo ainda conta com diversos espaços
multiusos no térreo.
Conta ainda com espaços para creche, berçários e
espaços infantis.
Todos esses espaços servirão para além dos usos
diários e comuns do abrigo, servirão para integrar a
comunidade, quase uma extensão de suas casas
O Projeto - Espaços para as crianças
O BERÇÁRIO
ESPAÇO MULTIUSO
ESPAÇO INFANTIL
56
CIES
O Projeto - Espaços integradores
57
CIES
O Projeto - Espaços integradores
58
CIES
O Projeto - Espaços integradores
59
O Projeto - O Conjunto Arquitetônico - Área de LazerPorçãoposteriordoconjuntoarquitetônico
Parque Público
O parque será o elo
de ligação primária
entre a instituição
de ensino o abrigo e
a comunidade.
Terá áreas de
esportes locais
como futebol e
Skate, circuitos de
corridas e
caminhadas.
E áreas com
potenciais
privilegiados para o
convívio social em
comunidade.
60
O projeto - O Ginásio
O Ginásio coberto
Um ginásio poliesportivo coberto num recorte
junto a elevação.
O ginásio além de servir para as práticas
esportivas diárias da escola, será um local
para reuniões e palestras para a comunidade.
61
As residências existentes serão realocadas para o
lado leste frontal do terreno
SITUAÇÃO ATUAL DAS RESIDÊNCIAS EXISTENTES NA
PARTE FRONTAL CENTRAL DO TERRENO
O Projeto - A Realocação Residêncial
A realocação respeitou o número de casas existentes,
são residências de dois pavimentos e dois quartos.
No plano do térreo estão dispostas de lojas comerciais
para a subsistência dos moradores e a alocação de
novos comércios de bairro.
62
O projeto - O Anfiteatro
O Anfiteatro será um novo marco referencial
na paisagem de Belford Roxo
63
O Projeto - Cortes
64
O Projeto - Elevações
65
O Projeto - Implantação - Recorte
66
Considerações finais.
O painel futuro almejado:
Todos esses conceitos referencias e
fundamentações tem por objeto transformar o espaço uma
vez historicamente segregado, em um aglutinador social,
não só para os residentes do abrigo mais também para os
funcionários e amigos do Centro de Integração e Existência
Social (CIES), e principalmente para toda a comunidade e
que se torne um marco referencial para a sociedade como
um todo.
Com esse projeto arquitetônico, teremos o vislumbre
para o incentivo devido do tratamento das problemáticas
envolvidas no tema proposto.
E que em uma região historicamente tão segregada
como a Baixada Fluminense e em especial o município de
Belford Roxo, tenhamos os atributos para o debate em
torno desses temas tão sensíveis, como a melhora do
ambiente urbano para essas comunidades, os ambientes
educacionais de qualidade, e o problema principal que é o
abandono de crianças e adolescentes vulneráveis
socialmente.
67
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
• C. G. Jung- Os arquétipos e o inconsciente coletivo.
• Christine - Downing ESPELHOS DO SELF.
• E.C.A - Estatuto da criança e do adolescente - leis específicas, abrigamentos.
• Zimmer Heinrich, Filosofias da Índia
• COELHO, Glaucineide do Nascimento. Espaço vivido favela: brincadeiras infantis nos espaços livres da Rocinha. Rio
de Janeiro: UFRJ, 2004.
• EYCK, Aldo van. The child, the city and the artist. [1962]. SUN.
• da Silva, Enid Rocha Andrade. O direito à convivência familiar e comunitária : os abrigos para crianças e adolescentes
no Brasil .2004
• Site www.ipea.gov.br – Dados de Crianças em abrigos
• Site www.cnj.jus.br - Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Acolhidos (CNCA)
• Site www.tranparencia.gov.br – Portal da transparência Brasil
Piaget
Construtivismo
Vygotsky
Construtivismo
68
AnísioTeixeira
Educação
Instrucionale
Escola Parque
AldoVanEyck
Estruturalismo
Parquesinfantis
Orfanatos
Carl GustavJung
Psicologia

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Intervervenções modernistas em edifícios e sítios históricos cronologia
Intervervenções modernistas em edifícios e sítios históricos   cronologiaIntervervenções modernistas em edifícios e sítios históricos   cronologia
Intervervenções modernistas em edifícios e sítios históricos cronologiaDaniela José
 
Modelo de TCC em arquitetura - Centro de Convivência do Idoso
Modelo de TCC em arquitetura - Centro de Convivência do IdosoModelo de TCC em arquitetura - Centro de Convivência do Idoso
Modelo de TCC em arquitetura - Centro de Convivência do IdosoTemas para TCC
 
TFG- Centro de tratamento e reintegração de animais abandonados
TFG- Centro de tratamento e reintegração de animais abandonadosTFG- Centro de tratamento e reintegração de animais abandonados
TFG- Centro de tratamento e reintegração de animais abandonadosmonisefag
 
Diretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanos
Diretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanosDiretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanos
Diretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanosJessicaHurbath
 
PRAÇA DAS ARTES | Centro - S.Paulo, SP
PRAÇA DAS ARTES | Centro - S.Paulo, SPPRAÇA DAS ARTES | Centro - S.Paulo, SP
PRAÇA DAS ARTES | Centro - S.Paulo, SPJuliana Carvalho
 
3º Apresentação TFG*
3º Apresentação TFG* 3º Apresentação TFG*
3º Apresentação TFG* CARLA RAISSA
 
Apresentação TCC - Arquitetura Sacra
Apresentação TCC - Arquitetura SacraApresentação TCC - Arquitetura Sacra
Apresentação TCC - Arquitetura SacraMaycon Del Piero
 
II - Pedregulho (Reidy) e Box House (Yuri Vital)
II - Pedregulho (Reidy) e Box House (Yuri Vital)II - Pedregulho (Reidy) e Box House (Yuri Vital)
II - Pedregulho (Reidy) e Box House (Yuri Vital)Ítalo Fernandes
 
Condomínio Residencial Heliópolis - SP
 Condomínio Residencial Heliópolis - SP Condomínio Residencial Heliópolis - SP
Condomínio Residencial Heliópolis - SPNicole Gomes
 
PROJETOS 02 [PROJETO CRECHE]
PROJETOS 02 [PROJETO CRECHE]PROJETOS 02 [PROJETO CRECHE]
PROJETOS 02 [PROJETO CRECHE]Luiz Dutra
 
Análise Urbana [Giovani Gustavo Rafael]
Análise Urbana [Giovani Gustavo Rafael]Análise Urbana [Giovani Gustavo Rafael]
Análise Urbana [Giovani Gustavo Rafael]Giovani Comin
 

Mais procurados (20)

Acessibilidade Urbana
Acessibilidade UrbanaAcessibilidade Urbana
Acessibilidade Urbana
 
Ldb nascente
Ldb nascenteLdb nascente
Ldb nascente
 
Intervervenções modernistas em edifícios e sítios históricos cronologia
Intervervenções modernistas em edifícios e sítios históricos   cronologiaIntervervenções modernistas em edifícios e sítios históricos   cronologia
Intervervenções modernistas em edifícios e sítios históricos cronologia
 
Analise de Projeto
Analise de ProjetoAnalise de Projeto
Analise de Projeto
 
Programa de necessidades
Programa de necessidadesPrograma de necessidades
Programa de necessidades
 
Laudo de reforma residencial
Laudo de reforma residencialLaudo de reforma residencial
Laudo de reforma residencial
 
Trabalho Final de Graduação
Trabalho Final de GraduaçãoTrabalho Final de Graduação
Trabalho Final de Graduação
 
Modelo de TCC em arquitetura - Centro de Convivência do Idoso
Modelo de TCC em arquitetura - Centro de Convivência do IdosoModelo de TCC em arquitetura - Centro de Convivência do Idoso
Modelo de TCC em arquitetura - Centro de Convivência do Idoso
 
TFG- Centro de tratamento e reintegração de animais abandonados
TFG- Centro de tratamento e reintegração de animais abandonadosTFG- Centro de tratamento e reintegração de animais abandonados
TFG- Centro de tratamento e reintegração de animais abandonados
 
Perspectiva 2010-1 - aula 03 - método dos arquitetos
Perspectiva   2010-1 - aula 03 - método dos arquitetosPerspectiva   2010-1 - aula 03 - método dos arquitetos
Perspectiva 2010-1 - aula 03 - método dos arquitetos
 
Diretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanos
Diretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanosDiretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanos
Diretrizes bioclimáticas para espaços arquitetônicos e urbanos
 
PRAÇA DAS ARTES | Centro - S.Paulo, SP
PRAÇA DAS ARTES | Centro - S.Paulo, SPPRAÇA DAS ARTES | Centro - S.Paulo, SP
PRAÇA DAS ARTES | Centro - S.Paulo, SP
 
CONJUNTO HABITACIONAL PEDREGULHO
CONJUNTO HABITACIONAL PEDREGULHOCONJUNTO HABITACIONAL PEDREGULHO
CONJUNTO HABITACIONAL PEDREGULHO
 
3º Apresentação TFG*
3º Apresentação TFG* 3º Apresentação TFG*
3º Apresentação TFG*
 
Af calcadas print
Af calcadas printAf calcadas print
Af calcadas print
 
Apresentação TCC - Arquitetura Sacra
Apresentação TCC - Arquitetura SacraApresentação TCC - Arquitetura Sacra
Apresentação TCC - Arquitetura Sacra
 
II - Pedregulho (Reidy) e Box House (Yuri Vital)
II - Pedregulho (Reidy) e Box House (Yuri Vital)II - Pedregulho (Reidy) e Box House (Yuri Vital)
II - Pedregulho (Reidy) e Box House (Yuri Vital)
 
Condomínio Residencial Heliópolis - SP
 Condomínio Residencial Heliópolis - SP Condomínio Residencial Heliópolis - SP
Condomínio Residencial Heliópolis - SP
 
PROJETOS 02 [PROJETO CRECHE]
PROJETOS 02 [PROJETO CRECHE]PROJETOS 02 [PROJETO CRECHE]
PROJETOS 02 [PROJETO CRECHE]
 
Análise Urbana [Giovani Gustavo Rafael]
Análise Urbana [Giovani Gustavo Rafael]Análise Urbana [Giovani Gustavo Rafael]
Análise Urbana [Giovani Gustavo Rafael]
 

Destaque

Trabalho de Conclusão de Curso - Arquitetura
Trabalho de Conclusão de Curso - ArquiteturaTrabalho de Conclusão de Curso - Arquitetura
Trabalho de Conclusão de Curso - ArquiteturaCaroline Paulino
 
Obras analogas
Obras analogasObras analogas
Obras analogasVinicius
 
3Com 2012-10 REV E
3Com 2012-10 REV E3Com 2012-10 REV E
3Com 2012-10 REV Esavomir
 
3Com 3C16976
3Com 3C169763Com 3C16976
3Com 3C16976savomir
 
3Com QS-200
3Com QS-2003Com QS-200
3Com QS-200savomir
 
Ganz schön überzeugend
Ganz schön überzeugendGanz schön überzeugend
Ganz schön überzeugendJingleT
 
Músculos del Abdomen
Músculos del AbdomenMúsculos del Abdomen
Músculos del AbdomenCarlos Parra
 
Conservacao alimentos 2015
Conservacao alimentos 2015Conservacao alimentos 2015
Conservacao alimentos 2015Ana Paula F
 
Trabajo medicion-del-desempeno-de-una-organizacion-lluvias-de-ideas
Trabajo medicion-del-desempeno-de-una-organizacion-lluvias-de-ideasTrabajo medicion-del-desempeno-de-una-organizacion-lluvias-de-ideas
Trabajo medicion-del-desempeno-de-una-organizacion-lluvias-de-ideasCinthya Jael Pena Mejia
 
Guia para elaborar un presupuesto familiar
Guia para elaborar un presupuesto familiarGuia para elaborar un presupuesto familiar
Guia para elaborar un presupuesto familiarHacienda de las Flores
 
Chapitre 2: I. Les origines de la séparation
Chapitre 2: I. Les origines de la séparationChapitre 2: I. Les origines de la séparation
Chapitre 2: I. Les origines de la séparationPierrot Caron
 

Destaque (17)

Trabalho de Conclusão de Curso - Arquitetura
Trabalho de Conclusão de Curso - ArquiteturaTrabalho de Conclusão de Curso - Arquitetura
Trabalho de Conclusão de Curso - Arquitetura
 
Obras analogas
Obras analogasObras analogas
Obras analogas
 
3Com 2012-10 REV E
3Com 2012-10 REV E3Com 2012-10 REV E
3Com 2012-10 REV E
 
3Com 3C16976
3Com 3C169763Com 3C16976
3Com 3C16976
 
3Com QS-200
3Com QS-2003Com QS-200
3Com QS-200
 
Umdsd2017 kickoff 3
Umdsd2017 kickoff 3Umdsd2017 kickoff 3
Umdsd2017 kickoff 3
 
Ganz schön überzeugend
Ganz schön überzeugendGanz schön überzeugend
Ganz schön überzeugend
 
Los correos electrónicos roglys
Los correos electrónicos roglysLos correos electrónicos roglys
Los correos electrónicos roglys
 
DC-10
DC-10DC-10
DC-10
 
Phillip king
Phillip kingPhillip king
Phillip king
 
Músculos del Abdomen
Músculos del AbdomenMúsculos del Abdomen
Músculos del Abdomen
 
020530 pulpitis
020530 pulpitis020530 pulpitis
020530 pulpitis
 
Conservacao alimentos 2015
Conservacao alimentos 2015Conservacao alimentos 2015
Conservacao alimentos 2015
 
Trabajo medicion-del-desempeno-de-una-organizacion-lluvias-de-ideas
Trabajo medicion-del-desempeno-de-una-organizacion-lluvias-de-ideasTrabajo medicion-del-desempeno-de-una-organizacion-lluvias-de-ideas
Trabajo medicion-del-desempeno-de-una-organizacion-lluvias-de-ideas
 
Guia para elaborar un presupuesto familiar
Guia para elaborar un presupuesto familiarGuia para elaborar un presupuesto familiar
Guia para elaborar un presupuesto familiar
 
Globalworth media
Globalworth mediaGlobalworth media
Globalworth media
 
Chapitre 2: I. Les origines de la séparation
Chapitre 2: I. Les origines de la séparationChapitre 2: I. Les origines de la séparation
Chapitre 2: I. Les origines de la séparation
 

Semelhante a Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

BicasTiradentes_EticaI_ConvívioSocialFamíliaeEscola
BicasTiradentes_EticaI_ConvívioSocialFamíliaeEscolaBicasTiradentes_EticaI_ConvívioSocialFamíliaeEscola
BicasTiradentes_EticaI_ConvívioSocialFamíliaeEscolatemastransversais
 
Aprendizagem significativa da psicologia humanistica
Aprendizagem significativa da psicologia humanisticaAprendizagem significativa da psicologia humanistica
Aprendizagem significativa da psicologia humanisticaEvonaldo Gonçalves Vanny
 
Aprendizagem significativa, sob o enfoque da psicologia
Aprendizagem significativa, sob o enfoque da psicologiaAprendizagem significativa, sob o enfoque da psicologia
Aprendizagem significativa, sob o enfoque da psicologiapibidbio
 
Plano de ensino biologia
Plano de ensino biologiaPlano de ensino biologia
Plano de ensino biologiaGeano Lucena
 
Compartilhamos filosofia com crianças uma possibilidade para o pensamento tra...
Compartilhamos filosofia com crianças uma possibilidade para o pensamento tra...Compartilhamos filosofia com crianças uma possibilidade para o pensamento tra...
Compartilhamos filosofia com crianças uma possibilidade para o pensamento tra...compartilhamos
 
OS DESAFIOS DA RELAÇÃO ENTRE GESTÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA - CAMINHOS PE...
OS DESAFIOS DA RELAÇÃO ENTRE GESTÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA - CAMINHOS PE...OS DESAFIOS DA RELAÇÃO ENTRE GESTÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA - CAMINHOS PE...
OS DESAFIOS DA RELAÇÃO ENTRE GESTÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA - CAMINHOS PE...ProfessorPrincipiante
 
Os desafios da interdisciplinaridade: a busca da organização de uma proposta ...
Os desafios da interdisciplinaridade: a busca da organização de uma proposta ...Os desafios da interdisciplinaridade: a busca da organização de uma proposta ...
Os desafios da interdisciplinaridade: a busca da organização de uma proposta ...Inge Suhr
 
Projeto Formação no ambiente escolar - uma busca pela integração prática e te...
Projeto Formação no ambiente escolar - uma busca pela integração prática e te...Projeto Formação no ambiente escolar - uma busca pela integração prática e te...
Projeto Formação no ambiente escolar - uma busca pela integração prática e te...Carina
 
Projeto "Formação no ambiente escolar" - 2011
Projeto "Formação no ambiente escolar" - 2011Projeto "Formação no ambiente escolar" - 2011
Projeto "Formação no ambiente escolar" - 2011Carina
 
Aprendizagem significativa fabiano antunes
Aprendizagem significativa fabiano antunesAprendizagem significativa fabiano antunes
Aprendizagem significativa fabiano antunesFabiano Antunes
 
Aprendizagem significativa
Aprendizagem significativaAprendizagem significativa
Aprendizagem significativaFabiano Antunes
 
Educomunicação e pedagogia de projetos
Educomunicação e pedagogia de projetosEducomunicação e pedagogia de projetos
Educomunicação e pedagogia de projetosFatima Costa
 
RELAÇÕES SOCIAIS DE RECONHECIMENTO INTERSUBJETIVO VIRTUAL NA FORMAÇÃO DE PROF...
RELAÇÕES SOCIAIS DE RECONHECIMENTO INTERSUBJETIVO VIRTUAL NA FORMAÇÃO DE PROF...RELAÇÕES SOCIAIS DE RECONHECIMENTO INTERSUBJETIVO VIRTUAL NA FORMAÇÃO DE PROF...
RELAÇÕES SOCIAIS DE RECONHECIMENTO INTERSUBJETIVO VIRTUAL NA FORMAÇÃO DE PROF...Vanessa Nogueira
 

Semelhante a Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos (20)

Dicas interdisciplinaridade[1]
Dicas interdisciplinaridade[1]Dicas interdisciplinaridade[1]
Dicas interdisciplinaridade[1]
 
Didaticgeoaula6
Didaticgeoaula6Didaticgeoaula6
Didaticgeoaula6
 
BicasTiradentes_EticaI_ConvívioSocialFamíliaeEscola
BicasTiradentes_EticaI_ConvívioSocialFamíliaeEscolaBicasTiradentes_EticaI_ConvívioSocialFamíliaeEscola
BicasTiradentes_EticaI_ConvívioSocialFamíliaeEscola
 
Aprendizagem significativa da psicologia humanistica
Aprendizagem significativa da psicologia humanisticaAprendizagem significativa da psicologia humanistica
Aprendizagem significativa da psicologia humanistica
 
Aprendizagem significativa, sob o enfoque da psicologia
Aprendizagem significativa, sob o enfoque da psicologiaAprendizagem significativa, sob o enfoque da psicologia
Aprendizagem significativa, sob o enfoque da psicologia
 
Plano de ensino biologia
Plano de ensino biologiaPlano de ensino biologia
Plano de ensino biologia
 
Compartilhamos filosofia com crianças uma possibilidade para o pensamento tra...
Compartilhamos filosofia com crianças uma possibilidade para o pensamento tra...Compartilhamos filosofia com crianças uma possibilidade para o pensamento tra...
Compartilhamos filosofia com crianças uma possibilidade para o pensamento tra...
 
OS DESAFIOS DA RELAÇÃO ENTRE GESTÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA - CAMINHOS PE...
OS DESAFIOS DA RELAÇÃO ENTRE GESTÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA - CAMINHOS PE...OS DESAFIOS DA RELAÇÃO ENTRE GESTÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA - CAMINHOS PE...
OS DESAFIOS DA RELAÇÃO ENTRE GESTÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA - CAMINHOS PE...
 
Os desafios da interdisciplinaridade: a busca da organização de uma proposta ...
Os desafios da interdisciplinaridade: a busca da organização de uma proposta ...Os desafios da interdisciplinaridade: a busca da organização de uma proposta ...
Os desafios da interdisciplinaridade: a busca da organização de uma proposta ...
 
Ctsa Eja 4
Ctsa Eja 4Ctsa Eja 4
Ctsa Eja 4
 
Projeto Formação no ambiente escolar - uma busca pela integração prática e te...
Projeto Formação no ambiente escolar - uma busca pela integração prática e te...Projeto Formação no ambiente escolar - uma busca pela integração prática e te...
Projeto Formação no ambiente escolar - uma busca pela integração prática e te...
 
Projeto "Formação no ambiente escolar" - 2011
Projeto "Formação no ambiente escolar" - 2011Projeto "Formação no ambiente escolar" - 2011
Projeto "Formação no ambiente escolar" - 2011
 
Aprendizagem significativa fabiano antunes
Aprendizagem significativa fabiano antunesAprendizagem significativa fabiano antunes
Aprendizagem significativa fabiano antunes
 
Aprendizagem significativa
Aprendizagem significativaAprendizagem significativa
Aprendizagem significativa
 
Educomunicação e pedagogia de projetos
Educomunicação e pedagogia de projetosEducomunicação e pedagogia de projetos
Educomunicação e pedagogia de projetos
 
RELAÇÕES SOCIAIS DE RECONHECIMENTO INTERSUBJETIVO VIRTUAL NA FORMAÇÃO DE PROF...
RELAÇÕES SOCIAIS DE RECONHECIMENTO INTERSUBJETIVO VIRTUAL NA FORMAÇÃO DE PROF...RELAÇÕES SOCIAIS DE RECONHECIMENTO INTERSUBJETIVO VIRTUAL NA FORMAÇÃO DE PROF...
RELAÇÕES SOCIAIS DE RECONHECIMENTO INTERSUBJETIVO VIRTUAL NA FORMAÇÃO DE PROF...
 
Aprendizagem significativa
Aprendizagem significativaAprendizagem significativa
Aprendizagem significativa
 
Reflexões sobre a escola da ponte
Reflexões sobre a escola da ponteReflexões sobre a escola da ponte
Reflexões sobre a escola da ponte
 
Projeto konrado 2009
Projeto konrado 2009Projeto konrado 2009
Projeto konrado 2009
 
ENSOC/Tcc
ENSOC/TccENSOC/Tcc
ENSOC/Tcc
 

Último

Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxLusGlissonGud
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfRavenaSales1
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 

Último (20)

Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 

Caderno tfg de Francisco Júnior CIES Abrigos e orfanatos

  • 1. CIES Centro Integrado de Existência Social TFG - UNIGRANRIO - 2016 / 2 ARQUITETURA E URBANISMO Abrigo de permanência continuada Construtivismo Sociointeracionista Parque Martinho -Belford Roxo -RJ Aluno: Francisco dos Santos Júnior Orientadora: Dra. Glaucineide Coelho
  • 2. UNIGRANRIO UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO NOITE CENTRO INTEGRADO DE EXISTÊNCIA SOCIAL (CIES) Trabalho Final de Graduação, apresentado por Francisco dos Santos Júnior à banca examinadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Unigranrio, como requisito para obtenção do título Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob orientação da Professora Dra. Glaucineide Coelho. Duque de Caxias - RJ 2016 DEZEMBRO 2016
  • 3. “Conheça todas as teorias, domine todas técnicas, mas ao tocar uma alma humana seja apena outra alma humana.” (C. G. Jung) 2
  • 4. Agradeço primeiramente a Deus por ter me conduzido com retidão nessa longa e linda jornada de aprendizado, ao apoio dos meus pais, ao meu filho João Pedro, que dedicou os seus momentos livres para me ajudar com os acabamentos gráficos do projeto, à minha filha Maria Clara que sempre me orientava nas questões artísticas e subjetivas do projeto, a minha esposa Francisca Alves, por me mostrar que tudo o que passamos durante esses cinco anos foi por um objetivo maior, e a todos que sempre me impulsionaram e me apoiaram em todos momentos. Agradeço ainda aos meus grandes amigos, o parceiro nessa jornada estudantil, Elienai Carvalho, ao meu grande amigo o engenheiro Carlos Henrique Villela, que me concedeu as melhores oportunidades, que levarei para toda a minha vida. Agradeço a todos os professores que contribuíram e me apoiaram em todos os processos de aprendizado, em especial aos professores, Fábio Bruno, por sempre manter o bom humor, ao professor Maurício, por sempre dizer a verdade, e a professora Glauci Coelho, por me mostrar que a Arquitetura e o Urbanismo não é simplesmente algo físico, mas que tudo está além das coisas subjetivas. Agradeço também aos meus colegas, que sucessivamente acrescentaram um novo aprendizado nas conversas durante todo o curso. Dedico acima de tudo à minha família que sempre acreditou. 3
  • 5. Sumário 5 37 6 38 8 39 14 40 15 41 16 43 17 44 17 45 18 46 19 50 21 51 22 54 22 56 23 60 27 61 27 62 29 63 31 64 32 65 33 66 34 67 35 68 36 O Projeto - O Anfiteatro O Projeto - Plantas do CIES Considerações finais Referênciais Bibliográficas O Projeto - Plantas do CIES O Projeto - Plantas do CIES O Projeto - A Escola Pública O Projeto - O Restaurante O Projeto - Os Espaços para as Crianças O Projeto - Áreas de Lazer - Esportes O Projeto - Ginásio O Projeto - A realocação Residêncial Vistas do Projeto - Sul O Abrigo - Projeto Setorização do Abrigo - Térreo Setorização do Abrigo - Primeiro Pavimento Setorização do Abrigo - Segundo Pavimento O Projeto - O dormitório A implantação O Projeto - Parque Público O Projeto - O CIES O Projeto - Parque de Esportes O Conjunto Arquitetônico Vistas do Projeto - Norte Partido e Conceito Implantação e diretrizes O local Análise Morfológica A Implantação - Plano Conceitual Plano de Massas Esquemático Objetivos específicos Bases para o projeto arquitetônico Referenciais projetuais Referências Legais, Psicossociais e Projetuais Referenciais Psicossociais O projeto Arquetípos dos laços afetivos dos abrigos Introdução Principais aspectos que o trabalho aborda O argumento do construtivismo O ambiente Construtivista Justificativa para o trabalho acadêmico Relevância do trabalho acadêmico Tema do trabalho acadêmico Objetivos gerais do trabalho acadêmico
  • 6. CENTRO INTEGRADO DE EXISTÊNCIA SOCIAL (CIES) Introdução: Esse trabalho acadêmico tem como base as minhas reflexões sobre os paradigmas e conflitos que podem ocorrer dentro do ambiente de abrigos de permanência continuada para crianças e adolescentes, que hoje só podem ser chamados de acordo com as novas regulamentações do Estatuto da Criança e Adolescentes ECA, de abrigamentos, talvez essa nova regulamentação nominal seja para perder a conotação pejorativa que o nome orfanato pode reter e trazer para vida de cada criança e adolescente que passa por alguma medida de abrigamento provisório, mesmo assim, o termo abrigo ou abrigamento ainda terá a condição de outro lugar diferente da sua casa original, longe do núcleo familiar. 5
  • 7. Principais aspectos que o trabalho aborda: O trabalho aborda os temas ligados as escolas e centros de ensino instrucionais construtivista interacionista, baseados nos conceitos teóricos do construtivismo de Piaget, e nos conceitos de escola de escola pública integral de Anísio Teixeira, que é visto como o fundamental idealizador das grandes transformações que marcaram a educação brasileira no século passado, Anísio Teixeira foi pioneiro na implantação das escolas públicas em todos os níveis, que refletiam seu fim de oferecer educação gratuita para todos. Tratará sobre a temática dos parques sociais e empreendimentos que na sua primordial essência sejam aglutinadores e transformadores sociais e que o ambiente como um todo seja voltado espacialmente para a escala das crianças. E o foco temático principal será a criação de um abrigo de permanência continuada e as questões arquetípicas e psicossociais intrínsecas, ainda que não haja autores que tratem ou mesmo retratem com referenciais acadêmicos sobre o tema dos abrigamentos (orfanatos) como sujeito espacial e que seja de caráter direta relacionado as questões arquitetônicas, o que orienta fortemente esse trabalho acadêmico está balizado nesses três itens temáticos principais: as questões ligadas aos abrigos de permanência continuada, escolas integrais e instrucionais e parques público sociais. O projeto arquitetônico esta baseado nos conceitos sóciointeracionismo construtivista, onde o ambiente é um ponto primordial para o aprendizado e como esse aprendizado e formulado e assimilado pelas crianças e como tudo isso é transmitido para as crianças. O sóciointeracionismo pondera que os elementos e sociais biológicos não podem ser desconectados e desempenham uma rede de influência recíproca. Na interação sucessiva e constante com os outros seres humanos, as crianças desenvolvem toda uma gama de um vasto repertório de aptidões cognitivas. Passa assim, a participar do mundo peculiar dos adultos, passa a se 6
  • 8. comunicar das mais variadas formas de linguagem, aprende, assimila e compartilha as histórias e sobre tudo os hábitos de seu grupo interacional social. Os aspectos do desenvolvimento das relações humanas dão-se numa rede de relações interacionais em que os diferentes papéis, atores e seus complementos são assumidos e imputados pelos e para os vários participantes desse meio comum. O que passa a definir um ser completo são as relações que cada momento estão ligados às interações que ele passa a estabelecer com outros do seu meio, nos papéis que cada um assume em relação aos outros e os outros assumem em relação a ele próprio. São esses os papéis que são determinados e determinantes segundo ideais e valores de pré estabelecidos nos grupos em paralelo com outros grupos. O construtivismo faz referência aos aspectos lógicos envolvidos na aprendizagem de cada ser, com constantes interações e questões que movimentam o ato de pensar. O ato de lógico de pensar está diretamente ligado à produção do conhecimento e o ato que determina conhecimento é a ação de resolver os mais variados problemas, sejam eles do cotidiano ou técnico com todos os seus elementos e suas especificidades. Assim, temos a noção básica que aprendemos sempre a todo tempo numa constante evolução o aprendizado é constante e intrínseco. O nosso aprendizado está ligado às resoluções das nossas problemáticas cotidianas sejam elas objetivas ou subjetivas. O nosso aprendizado nos torna capazes de elaborar um perfil meramente pessoal sobre os objetos da realidade, sendo que este está em interação constante com outros tantos objetos. Pela visão do construtivismo, nada está finalizado e o conhecimento nunca estará terminado. Ele está constituído pela interação do sujeito com o meio social e o meio físico, com o mundo dos objetos e das relações interacionais e sociais. De maneira objetiva, o método de instrução com a orientação ligadas no construtivismo tem como base que 7
  • 9. o aprendizado, bem como ato de ensinar, tem o significado de construir o novo conhecimento, desvendar uma nova maneira para e o todo tenha um significado, fundamentado nas experiências e nos conhecimentos existentes no meio. O que diferencia o construtivismo e a escola tradicional está ligado aos estímulos as formas de pensar em que o aluno, ao invés de assimilar meramente mais um conteúdo de forma passiva, interage e restaura o conhecimento existente, criando um novo significado para um novo conhecimento. O que é perene no argumento do construtivismo: A exigência de uma dinâmica raciocínio, dedução, demonstração conectadas com momentos discursivos; O entrosamento ligado ao novo aprendizado está fundamentado no transpor e dá ao futuro uma nova construção física do conhecimento; O conhecimento em todos os seus aspectos encontram- se em constante e indelével reconstrução. Essa maneira de instrução pedagógica começa a ser usada nos espaços educacionais brasileiros, quando os fundamentos teóricos acadêmicos construtivistas, começam a tomar corpo nesses ambientes. Desse momento em diante, surgiu um movimento que com uma visão de mundos diferentes das escolas tradicionais que tratam os alunos como meros objetos que devem ser educados nos modelos comportamentalistas. Nos espaços construtivistas, a criança passa a ser o ator principal da sua jornada de aprendizagem, ele participa de forma plena de todo o processo. Diversos autores compuseram suas obras tomando como base as teorias do desenvolvimento e aprendizagem dos dois psicólogos Piaget e Vygotsky. No entanto, não há aqui por não ser razoável, nesse espaço, o tratamento da vida e obra mais incisiva desses autores, todo o arcabouço fica vinculado sobre qual foi a influência que eles tiveram com a 8
  • 10. construção dos métodos psicopedagógicos construtivistas. Piaget é tido como o pioneiro da linha construtivista, em face do que é sem dúvida o traço que o distingue de forma inequívoca e epistemológica. Onde a explicação da formação do pensamento fundamental e racional, que culmina num resultado dentro de um processo de construção na lógica de todas as ações do ator principal, sujeito, sobre o ambiente e sobre os artefatos e tradições. Podemos ter um vislumbre de que a teoria genética, e particularmente, os princípios do funcionamento do psiquismo do homem e que são competências e capacidades das mais variadas aprendizagens e atividades mentais e construtivas, o equilíbrio cognitivo das estruturas intelectuais, que são pontos iniciais para elaborar uma compreensão construtivista dentro do ambiente construído. Temos ainda, as contribuições de outros teóricos como Vygotsky, e do mesmo modo, há outros teóricos do desenvolvimento dos modelos de aprendizagem, que figuram com contribuições importantes para o avanço das linhas teóricas construtivistas e todas as afinidades com a linguagem, e sobretudo, as condicionantes interativas que cada ser humano pode estabelecer e contribuir para o seu aprendizado. Tendo em vista que a epistemologia genética do teórico Piaget vem para explicar a linhagem e o modo do desenvolvimento intelectual, que parte do ciência dos fatos, em rota com os organismos sistemáticos feitos pelo ser senciente. Além disso, temos as epistemologias que vêm fundamentar as posturas pedagógicas comprovadas no ambiente educador e são pautadas, no transcorrer da história humana, de diferentes formatos, que dão origem às diferentes e distintas correntes epistemológicas onde 9
  • 11. podemos evidenciar de maneira básica três correntes teóricas fundamentais para as posturas pedagógicas no ambiente de vivência social. Apriorismo - Doutrina que confere importância aos conhecimentos, conceitos ou pensamentos a priori, os que independem da experiência ou da prática. Entende que o ser humano possui o conhecimento nato, ou seja, ele necessita, somente ser motivado para propagar o conhecimento. Empirismo – Não há nada no nosso intelecto que não tenha entrado lá por intermédio dos nossos sentidos. (Popper, 1991). O sujeito é considerado uma tabula rasa. Interacionismo – Acredita que o sujeito é capaz de construir o seu conhecimento por meio da interação com o objeto do conhecimento. A arquitetura do CIES está voltada para o Interacionismo, no qual o conhecimento é o resultado da interação entre o ambiente construído, o mediador e a criança. Com esse juízo, o conhecimento passa de mera transmissão de informações para construção do saber, possibilitando, à criança, aprender a praticar, aprender a refletir, ser um ator do seu processo intrínseco de aprendizagem. Piaget promove que cada um tem os próprios planos de absorção, organismos interiores para o aprendizado sensorial. Todo sujeito tem o seu modo de perceber o mundo, e transfere o seu mundo assimilado para a sua vida cotidiana. A assimilação da informação, do conhecimento, se dão nas interações de cada ator próprio com ele mesmo, com os outros atores do seu meio cotidiano e com o ambiente que ele absorve as informações e o conhecimento. Esta é a base elementar do construtivismo ser fundamentalmente interacionista. É um estado de interação livre e dinâmica, tendo em vista que, ao ponto que o sujeito age e interage com o objeto e para o objeto e para o ambiente construído, ele o modifica para que ele se transforme em interações do seu cotidiano. 10
  • 12. Diante das relações estabelecidas, o sujeito passa a ser produtor, isto é, ele cria novos conceitos, novas interpretações, reorganizando as que possui. É a construção e a reconstrução do conhecimento, princípio básico do construtivismo. O ambiente proposto para o CIES, orienta e dá sentido às praticas do construtivismo na psicopedagogia, engloba uma grande soma de contribuições educacionais e sóciointeracionais atuais orientadas na espacialidade que possibilita, a cada sujeito, ator da sua própria caminhada, a intuir, a atuar, a agir, a arquitetar a partir da sua mera realidade fática da coletividade em que essa criança, em um espaço de recitação e recriação. Ambiente de aprendizagem construtivista 1 - Construtivismo - uma apresentação teórica Atualmente, em muitos ambientes, as teorias da pedagogia estavam divididas em duas linhagens: uma apriorista e outra empirista. Na visão dos aprioristas, toda a origem do conhecimento está pronto em cada ser humano, ou seja, o seu intelecto cultural e social está no gene de cada um armazenada dentro dele, e torna a função do orientador mediador, como estimulador para que este conhecimento surja. E para os teóricos empiristas, onde o princípio remonta as doutrinas de Aristóteles, base do conhecimento na sua observação dos objetos. Segundo os empiristas, a criança é um tipo de tabula rasa e a transferência do conhecimento é algo natural, que é repassado em duas vias ou pelo relação entre os entes, das mais variadas formas e métodos de interação escrita, gestual, oral. E é 11
  • 13. com base nessas teorias que estão baseadas grande parte das linhagens pedagógicas atuais. Com esses dois conceitos teóricos paradigmáticos fundidos em um único conceito, temos um vislumbre das as teorias de Piaget, que foi um dos primeiro a estudar e pesquisar como o conhecimento era formado na mente de um pesquisador. Piaget analisou de que forma um bebê saía de um estado do não reconhecimento de qualquer individualidade perante o seu mundo, chegando até a idade adolescente, onde já podemos perceber as intervenções de raciocínio e lógica muito mais intricadas. Com todas essas observações, sistematizadas e com uma metodologia analisada, que ele denominou o seu Método Clínico, Piaget situou a sua base teórica, chamada de Epistemologia Genética. Que está fundamentada em um de seus livros, O Nascimento da Inteligência na Criança (1982), onde Piaget propõe que [...]as relações entre o sujeito e o seu meio consistem numa interação radical, de modo tal que a consciência não começa pelo conhecimento dos objetos nem pelo da atividade do sujeito, mas por um estado diferenciado; e é desse estado que derivam dois movimentos complementares, um de incorporação das coisas ao sujeito, o outro de acomodação às próprias coisas[...]. Com esse trecho, Piaget determina os três conceitos principais para balizar a sua teoria: Acomodação, assimilação e interação. Os conceitos da Epistemologia Genética, como foi mencionado antes, é uma composição das teorias viventes, tendo em vista que Piaget, não acredita o conhecimento seja, intrínseco do próprio sujeito que são os fundamentos teóricos do apriorismo, e nem mesmo que o conhecimento derive completamente das observações do meio ambiente que o cerca, que são as teorias do empirismo. 12
  • 14. Conforme as suas teorias, Piaget, diz que o conhecimento, em qualquer nível, é provocado sob uma interação do sujeito com seu meio ambiente, a partir de estruturas antecipadamente existentes de cada ator ou sujeito. Isto posto, a obtenção de conhecimentos está amarrado tanto de certos arcabouços cognitivos inerentes ao próprio sujeito, evidenciando as sua relações com o objeto e, não despreza de nenhuma delas. Essas relações entre o sujeito e o objeto estão subdividas em um processo de duas partes, assimilação e acomodação. A assimilação são as ações que o indivíduo irá tomar para poder absorver o objeto, e irá interpretá-lo de forma a poder condicionar essa interpretação dentro das suas estruturas de cognição. Já acomodação é o momento em que o sujeito desvia suas arcabouços cognitivos para envolver o objeto. E essas relações entre assimilação e acomodação o sujeito adapta o meio externo sobre um infindável procedimento desenvolvimentista cognitivo. E como esse é um processo constante e permanente, e está sempre em desenvolvimento, assim essa teoria foi chamada de Construtivismo, Parte-se da idéia de que níveis de conhecimento estão indefinidamente sendo estabelecidos através da influência mútua entre o sujeito e o meio. Sob essa ótica é que está depositada o maior feito das teorias de Piaget, que demonstrou de forma científica com o olhar de um biólogo e não de um filósofo ou psicólogo, de que forma o ser humano passa de uma ordem que sequer sabe definir a sua espacialidade para outro ser senciente que obtém equações intricadas que o permitiriam viagens intergalácticas. 13
  • 15. O ambiente Construtivista Para que um ambiente ou o objeto para o sujeito seja construtivista é essencial que o Mediador idealize o conhecimento sob as bases teórica de Piaget, e que todo e qualquer desenvolvimento de cognição somente será eficaz se for aprimorado em uma influência mútua entre o sujeito e o objeto. É imperativo saber que, sem um modo pelo qual o objeto influencie as interações do sujeito, este não tentará se encaixar à situação, e criará uma ruptura no modo de absorção do objeto, que dão origem às consecutivas adequações do sujeito ao meio, com o constante desenvolvimento cognitivo. Nesse mesmo seguimento, Piaget teorizou, que existem diversas hipótese básicas em sua base teórica que não podem ser abolido, se aspirarmos criar um ambiente construtivista. Segundo Piaget, o ambiente deve permitir e de certa maneira seja imperativo que haja alguma interação da criança com o objeto. Esta interação, não esta ligada ao simples apertar de botões ou escolher opções, mas deve ir além dos simples modos de interação e passar para um nível de integração da criança com o ambiente ou objeto para a sua realidade cotidiana do sujeito, dentro de suas qualidades, para que ele estimulado e desafiado, mas que permita que novas interações sejam permitidas e adaptadas às estruturas cognitivas viventes, que virá para propiciar o seu desenvolvimento intelectual próprio. Dentro de um ambiente de convivência e aprendizagem que ambicione ter uma comportamento de acordo com as descobertas teóricas de Piaget, e é ainda preciso lidar perfeitamente com o fator erro e os fatores de avaliação. Dentro de uma abordagem construtivista, o erro torna-se uma enorme fonte de aprendizagem, a criança ou o aprendiz, deve sempre e a todo tempo ser estimulado a questionar-se e questionar a figura do Mediador sobre quais são as consequências de suas atividades e de suas atitudes e com isso e a partir disso, seus erros e acertos, 14
  • 16. passam a construir os conceitos fundamentais para o seu aprendizado. Podemos sinalizar que o requisito mais importante para a construção de um ambiente construtivista é que o mediador verdadeiramente tenha a consciência da seriedade do educador e dos espaços educativos pedagógicos, e que ainda assim, todos esses processos e projetos de aprendizagem passam sempre e necessariamente por um circuito de interações fortes e vívidas entre o sujeito e o objeto, que agora está simbolizado como objeto constante de toda a cadeia de processos envolvidos, seja o mediador, professor, a máquina, a casa ou os amigos. E tão somente, quando partimos destes princípios de interação é que poderemos ter um vislumbre mínimo de que estamos construindo novos seres para novos exercícios de conhecimento, tanto para a criança como para o mediador. Justificativa para o trabalho acadêmico: De forma geral, a finalidade da proposta do projeto é que sejam criados espaços arquitetônicos que incentivem as diversidades e as mais variadas formas de integração com a comunidade e que esteja inserida no espaço urbanístico, que acolha de forma plena os parâmetros e necessidades dentro de um modelo livre de imposições, diverso, sustentável e sociável. Objetivos: O objeto principal que orienta o meu trabalho é a criação de um centro integrado instrucional que vem definir critérios e diretrizes projetuais na concepção de abrigos de permanência continuada, que garantam às crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, a apropriação espacial com aspectos psicossociais e qualidade de vida, juntamente com um projeto de escola parque de estudos instrucionais, será um integrador que trará benefícios para a localidade como um todo. 15
  • 17. Não há entretanto, nenhum movimento Projetual arquitetônico acadêmico para que esse quadro que trata o tema abrigamentos de permanência continuada para crianças e adolescentes tenham a sua relevância devida na sociedade. Evidenciar o tema principal proposto de maneira objetiva e com princípios ideais psicossociais e com conceitos fundamentais urbanísticos com o enfoque com espaços sociáveis para as crianças, para a escala visual das crianças, trará a luz para as questões pautadas. E como esses espaços de caráter integradores infantis e comunitários, ladeados com diversas atividades que estimulem a convivência e o compartilhamento das mais diversas e heterogêneas experiências e noções variadas de forma coletiva, é uma maneira de trazer o lado humano-social para as relações de afetividade. Relevância do trabalho acadêmico: A criação desses novos locais integradores sociais são infinitamente necessários, principalmente, nas regiões mais segregadas tal como a baixada fluminense e de forma específica para a implantação do projeto o município de Belford Roxo, no Estado do Rio de Janeiro. Os locais que existem desempenham a função de integração, mas não atendem de forma plena minimamente algumas necessidades imperativas contemporâneas, como: espaços para musicalidades com as linguagens atuais, atividades físicas programadas, eventuais e coletivas, novas interações tecnológicas de áudio, vídeo e danças. "[...]é preciso modificar as relações culturais do País e fortalecer os que estão fora dos grandes centros. Falta equipamento, falta teatro, falta centro cultural[...] "(Juca Ferreira. ex ministro da cultura. Mais Cultura para a Baixada Fluminense. 2015) 16
  • 18. A escolha do município de Belford Roxo, para mim, está vinculada a questões afetivas de ligação e do meu pertencimento ao local e por reconhecer principalmente que o município de Belford Roxo é claramente um município segregado como a maioria das cidades da região metropolitana do Rio de Janeiro e carece seguir a melhora da arquitetura e do urbanismo para que traga aos imóveis e os espaços privados ou públicos à cumprir a função primordial social das cidades. Visivelmente a requalificação ou a readequação dos lugares como o local proposto para a implantação do projeto, não permitirá por si só que a cidade passe a ter novas perspectivas ou referenciais arquitetônicos e urbanísticos, mas por outro lado trará um vislumbre da temática que será discutida. Tema do trabalho acadêmico: A Criação de um Centro integrado instrucional que visa definir critérios e diretrizes projetuais na concepção de abrigos de permanência continuada, que garantam às crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, a apropriação espacial com aspectos psicossociais e qualidade de vida, juntamente com um projeto de escola parque de estudos instrucionais, será um integrador que trará benefícios para a localidade como um todo. Objetivos gerais do trabalho acadêmico: Trazer à tona o tema orfanatos e abrigamentos, que é tratado como uma espécie de tabu e definir critérios e diretrizes projetuais na concepção de abrigos de permanência continuada, que garantam e permitam às crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e que estão passando por alguma medida de abrigamento, a apropriação e a visão espacial e 17
  • 19. harmônica sob os mais variados aspectos legais de um lar provisório com ares psicossociais e com a qualidade de vida desejada. Objetivos específicos. Para que sejam alcançados os objetivos gerais teremos que integrar os seguintes objetivos específicos: A criação de um centro de estudos integrais e instrucionais. O projeto de escola e centro de estudos integrais será um ator integrador que trará benefícios para a localidade, e juntamente com a proposta de escola aberta, servirá para não manter no isolamento o abrigo que possui uma função social básica e primordial e que notadamente é tida como algo que vive a margem de nossas consciências. A filosofia da escola visa a oferecer à criança um retrato da vida em sociedade, com as suas atividades diversificadas e o seu ritmo de preparação e execução, dando-lhes as experiências de estudo e de ações responsáveis. [...](TEIXEIRA, 1962, p. 25) 18
  • 20. A criação de um Parque Público integrado: O projeto do parque público será um aglutinador social e precedente de novas perspectivas tanto para as crianças e adolescentes do abrigo, como para a comunidade como um todo. [...]a relação entre as partes pública e privada, rua e casa, submetida às normas culturais e construída no processo histórico que consolida o lugar[...] o entendimento do significado e o elo de afetividade com o lugar estabelecido pelas crianças nas interações da brincadeira com o espaço[...] proporcionem um arcabouço de referências capazes de orientar intervenções projetuais que primem pela valorização dos espaços livres, [...], orientando a identificação e inserção do indivíduo no todo da cidade[...](Coelho,2004, p.15, p161) A junção desses três temas, tendo as questões ligadas aos Abrigamentos de permanência continuada como o foco principal, a Escola instrucional e um Parque Público, integrarão de forma plena o ambiente construído e a comunidade como um todo. Que formará espaços de heterogeneidades sociais que permitiram aos cidadãos desenvolverem de forma livre a identidade da sua coletividade. Bases elementares para o projeto arquitetônico: Referenciais históricos e contemporâneos sobre os orfanatos que balizam e orientam as premissas da concepção do projeto e o trabalho acadêmico. O Abrigo: A vertente histórica que trata sobre o aparecimento dos orfanatos. O Estatuto da Criança e Adolescentes ECA, traz um apontamento de que o arquétipo de acolhimento em regime de orfanato surge na Europa, perto do pós- segunda guerra mundial, com um número enorme de crianças que ficaram órfãs de pais e mães e das mulheres que perderam seus filhos ou mulheres que perderam os seus maridos durante a guerra. Outra vertente histórica diz que o Papa Inocêncio III decidiu criar “A Roda”, por 19
  • 21. volta do ano de 1198, porque teria ficado horrorizado com a quantidade de cadáveres de crianças recém nascidas boiando no rio Tibre em Roma. A roda, assim como era conhecida foi utilizada nos conventos e depois instalada nos orfanatos mundo a fora. Números referenciais atuais: Dados do CNJ. Dados de 2011 mostrou que no Brasil havia 33.361 crianças e adolescentes vivendo em unidades de acolhimento. É o que revela o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Acolhidos (CNCA) Esses dados são acessíveis somente a membros de entidades governamentais. Entretanto, esses dados não são consolidados sobre os abrigos e as condições dos abrigados em Belford Roxo onde será consolidada a proposta de implementação do projeto arquitetônico. Dados do IPEA. Segundo as pesquisas do IPEA a pedido Secretaria Especial dos Direitos Humanos, cerca de 80% desse contingente, têm algum tipo de vínculo familiar, e pelo menos um deles em cada quatro menores está lá porque os parentes, pelas mínimas falta de condições sociais ou financeiras, não conseguem manter esses vínculos familiares ativos. E todo esse cenário é tão somente a fase inicial de um grande e vicioso ciclo que se reflete nas mais elementares bases familiares e sociais dessas crianças ou desses adolescentes que será refletido nas vidas adulta desses indivíduos. E com o cenário de políticas públicas de apoio a essas famílias quando existem são no mínimo ineficazes ou comumente inexistentes, os parentes, adolescentes e as crianças podem ficar por mais de dez anos nas unidades, mesmo que o ECA determine que essa passagem seja excepcional e temporária, mesmo que 20
  • 22. essa determinação esteja aquém das capacidades e da realidade dos abrigos. Os números básicos dentro de um horizonte nada excitante: Todas elas recebem verbas Federais • 49,1% delas na região Sudeste • 34,1% no Estado de São Paulo • 14,9% das unidades não funcionam mais como os antigos orfanatos onde as camas e escovas de dentes e outros objetos pessoais são usados de forma coletiva. • 6% das instituições funcionam com o ínfimo ato de tentar ressocializar a criança ou adolescente com os seus vínculos. • 6% de todos os municípios do Brasil é onde estão 20% dos abrigados, e fora desse circuito catalogado não há o mínimo controle dessas unidades que funcionam como abrigos. • 65% São entidades não governamentais • 67% tem um forte vinculo religioso • 59% têm menos de quinze anos de existência • 58% São mantidos com fundos predominantemente privados. • 24% A pobreza é o maior fator dos abrigamentos. E ainda dentro de todo esse cenário estão as distorções do sistema e os desvios de conduta por parte dos responsáveis pelos abrigos e seus gestores externos. Referenciais projetuais: No Brasil, não há referências ou normas constituídas específicas para concepção e construção de abrigos de permanência continuada ou permanência provisória, as normas referenciais são as mesmas normatizações submetidas aos critérios de higiene e saúde nos espaços construídos. Por não haver dados referenciais sobre o estado geral dos orfanatos ou de entidades sociais que constituem as organizações de amparo às crianças e aos adolescentes, a proposta geral do projeto tem como base preliminar e objetiva promover 21
  • 23. o bem estar, a integração e o bom convívio social sem mistificar ou estigmatizar o contexto criado cinematograficamente, e abandonando esses preconceitos, o objetivo oportuno é que sejam criados espaços para as mais diversas atividades fundamentadas no conceito de integração entre esporte e lazer simples, estudos criativos e tecnológicos e formação de vivência social, existencial e comunitária, um espaço de todos pra todos. Referências Legais, Psicossociais e Projetuais Referenciais Legais: Baseados nesses dois artigos da LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Referenciais Psicossociais: A proteção e a visão humana: O orfanato quando visto de forma simples e crua, tem por objetivo principal refugiar ou abrigar por períodos que podem variar em um único dia de forma provisória ou pode ser por um tempo que pode chegar até o limiar da sua vida adulta. Uma criança ou um adolescente em condição de vulnerabilidade ou de risco social ou risco de perder a sua 22
  • 24. própria vida ou vivendo em condições sub-humanas em abandono, desamparada, sofrendo maus tratos com os seus direitos civis mais básicos violados e negligenciados, tanto no seio de sua família ou o que restar dela ou mesmo dos agentes governamentais de direito e proteção da infância e adolescência e das pessoas vulneráveis. Como poderemos questionar a existência ou não de um orfanato, se sabemos das condições mais adversas e extremas que poderiam justificar de forma clara e inequívoca a separação de uma criança ou adolescente do seio de sua ou daquilo que deveria ser conhecido como família sejam eles pais ou parentes biológicos ou não. O distanciamento e as separações podem ser vistas como fatos normais e até mesmo naturais da vida cotidiana e por outro lado um lado mais social não utópico o ato de abrigar e acolher tem que ser visto da mesma forma. Será que poderíamos negar de alguma forma, tamanha violência que essas crianças, adolescentes ou pós adolescentes já entrando em sua vida adulta, não importando nesse momento o gênero ou mesmo a cor da sua pele, mas sim a sua condição de vulnerabilidade latente que as transformam em meros números em planilhas ou gráficos exponenciais. E quando essas vidas são expostas ao ambiente de abrigamento, que mesmo que tenha a melhor das propostas pedagógicas e cognitivas e que tenha uma arquitetura composta com os mais variados símbolos de plenitude e de bem estar, ainda assim será um ambiente que trará consequências nos seus desenvolvimentos psicossociais. Visão arquetípica do paradigma dos laços afetivos dos orfanatos: Se olharmos de forma simples ou mesmo pragmática os laços afetivos criados dentro do ambiente do orfanato esse cenário poderá ser visto como uma atmosfera social determinada por uma arcabouço de 23
  • 25. relações afetivas formadas de maneira direta, e posta entre os internos e os seus tutores meramente escalados para as suas determinadas funções. Assim, esses valores passados em vias sentimentais, envolvem questões e expectativas, que estão ligadas a esperança pessoal de cada interno para retornar ao seu lar ou mesmo um novo lar. Todo o peso dessa atmosfera social está ligada diretamente aos regimentos e normatizações internas reguladoras dos orfanatos, impedimentos e apoios, que se novamente formos observar todo esse quadro, poderá ser visto como o mesmo horizonte das perspectivas familiares constituídas, ou seja poderá ser visto como família, tanto para os funcionários, como para os internos, e que mesmo assim não poderão criar laços de afetividades de forma que seja qualificado de maneira verdadeira como laços próprios num ambiente coletivo com tarefas e horários hierarquizados, visto como um não lugar. Mesmo que de forma pura, os orfanatos tenham como princípios básicos inerentes a causa, criar condições adequadas de um frutuoso desenvolvimento através dessa paradigmática família constituída dentro de uma instituição de abrigo e formação, onde haverá espaço dentro desse ambiente hierarquizado e impessoal, para um ser humano em formação e caracterizado como vulnerável, para realizar a sua jornada pessoal de desenvolvimento sem padecer com todo a sua carga histórica e familiar dentro de um ambiente aterrador de uma instituição de abrigamento. Simplesmente, os orfanatos existem, pois existem crianças abandonadas. As questões e significados dos arquétipos dos órfãos e desabrigados e das temeridades do abandono e as vulnerabilidades das crianças nessas condições: O autor C. G. Jung- Os arquétipos e o inconsciente coletivo, no seu livro trata de forma plena o significado 24
  • 26. dos arquétipos, Jung (1986) “Arquétipo significa a forma imaterial à qual os fenômenos psíquicos tendem a se moldar.” Jung usa o termo referindo se aos vários padrões congênitos na observância das matrizes do desenvolvimento dos moldes intrínsecos de cada individuo. O arquétipo da figura da mãe: Jung (2000) diz que, o arquétipo da mãe está diretamente conectado com as interações de criatividades, o ato de fertilizar e dar provimento de vida e amor está ligado as obscuridades desses sentimentos. O arquétipo da mãe não está disposto excepcionalmente quando a mulher traz à vida ou adota um ser humano, mas também nas relações diárias de convivência e valores gerados e adotados para a vida de cada ser. O arquétipo da figura do pai: Heinrich (1997) Diz que a função primordial do pai é a de ensinar e passar aos seus descendentes e aos seus filhos as leis e nuances da vida. E com estas doutrinas que os seus filhos poderão obter o desenvolvimento das suas capacidades para receber o mundo da maneira que ele é, para de alguma maneira poder assim se aparelhar ou mesmo ter alguma forma de organização do seu exterior e que possa moldar o seu exterior. O julgo do complexo paternal se constrói em concordância com o que a criança traz como experimentação e da convivência paterna natural ou com figura que possa vir para cumprir este papel. E é dentro dessa coexistência que a forma paterna será humanizada. As coexistências com o exemplar paternal são organizados internamente em volta das imagens do pai que as crianças criam para si, assentindo a esta imagem, atributos e problemas essenciais a cada ser humano. Um pai ou a figura paterna transmitirá para os seus filhos as suas leis de vida, e os estimulará para que esses ensinamentos sejam devidamente vivenciados por eles e que experimentem esses sentimentos por conta própria. 25
  • 27. Os arquétipos dos irmãos e amigos: Existe também a figura arquetípica dos irmãos, e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), tem uma exigência imperativa de que os irmãos devem permanecer juntos e não devem ser separados de maneira nenhuma. entretanto, essas determinações permanecem inalteradas tão somente na forma de lei escrita e não nas formas da lei cumprida, o quadro que podemos observar com uma maior facilidade é o de irmãos em condições de abrigamento juntos mas vivendo com outros irmãos filhos únicos nas mesmas condições. O prevalecimento da convivência com os seus irmãos é imperativo e de importância extrema para o incremento das questões ligadas ao ambiente psicológico intrínseco de cada criança, tendo em vista, que essa experiência poderá suprir as demandas exigidas pelas coexistências não vividas nos relacionamentos com os seus pais. Downing (1991) Diz que as crianças em condições de abrigamento e desde que seja mantida a proximidade com os seus irmãos, essas crianças poderão manter em algum grau a lembrança do significado de família. O que nesse momento, será a única coisa remanescente e que resistirá na prevalência do seu mundo. Permanecendo juntos, os irmãos terão muito mais chances de se compatibilizar com os novos ambientes, tendo em vista que quando a dor é compartilhada ela tende a ser sentida de maneira mais singela. Ao mantermos essas relações entre os irmãos minimamente intactas podermos manter vivas as memórias e alguns conceitos de família. É razoável observar todas essas questões arquetípicas ligadas aos abrigamentos podem ser vistas como um caminho que deverá ser percorrido e que o meio no sentido espacial possa influenciar de forma positiva e integradora a vida de cada indivíduo, para que essa passagem deixe de ser vista tão somente como algum tipo de paradoxo mal necessário, mas sim, uma nova fase ou mais uma fase na vida de cada indivíduo. 26
  • 28. O projeto: Partido e Conceito: De forma geral a proposta Projetual busca atender as mais variadas questões formais, de funcionalidades e com algum significado lúdico. As formas não terão ou não buscarão obter qualquer significado especifico, o lúdico o formal e o abstrato são as bases elementares do projeto, uma arquitetura geométrica e simples, a justaposição que possam criar noções de harmonia. Terá a função primordial de atender aos planos de necessidades dos grupos individualizados ou não que em sua maioria vem com uma carga viva e expressiva de vulnerabilidade e que seja diversificado. Terá um significado ambiental que imprimirá nos usuários referenciais integradores e familiares. A forma terá parâmetros de Geometria lógica com o Lúdico Criativo ambientado na Arquitetura Fractal. Haverá pontos de bom senso e equilíbrio e pontos de conflito entretanto, e a espacialidade será interpretada de forma intrínseca. 27
  • 29. Referenciais psicossociais e projetuais. Referencia Psicossocial: C. G. Jung- Os arquétipos e o inconsciente coletivo: A compreensão das estruturas e procedimentos de atendimento às crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social influenciam nas decisões projetuais A identificação do regime de institucionalização e como isso afeta o desenvolvimento humano e principalmente, o comportamento espacial das crianças e dos adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Como os conceitos da Psicologia Ambiental e quais aspectos do ambiente físico podem interferir na apropriação espacial nos abrigos de permanência continuada por essas crianças e adolescentes. Referencia Projetual: Aldo van Eyck • Estruturalismo • Parques infantis O arquiteto Aldo van Eyck projeta o Amsterdam Orphanage em 1960. Eyck procura o balanço de forças que crie um lar e uma pequena cidade no subúrbio de Amsterdã. CCA Mellon Lectures 28
  • 30. Implantação e diretrizes. O Abrigo: Prédio principal • O abrigo atenderá todas as faixas etárias definidas no ECA para abrigamentos. • O prédio principal do abrigo terá 3 pavimentos mais um andar térreo. • No térreo ficarão as crianças de 0 a 07 anos de idade. • No primeiro pavimento ficarão as crianças de 08 a 13 anos. • No segundo pavimento ficarão as crianças e adolescentes de 14 anos até a idade de saída da instituição. • Lembro entretanto, que o grupo familiar nunca deverá ser separado dentro da instituição. O Abrigo: Prédio anexo (Tutores) • O abrigo contará com unidades de moradia para os tutores conectado ao abrigo. • Também terá 3 pavimentos. • No térreo ficarão os tutores e cuidadores para as crianças de 0 a 07 anos de idade. • No primeiro pavimento ficarão os tutores para as crianças de 08 a 13 anos. • No segundo pavimento ficarão os tutores para as crianças e adolescentes de 14 a até a idade de saída delas. • Em todos os andares terá uma área interna para encontros sociais, entre as crianças e os seus tutores, os seus pais e os seus possíveis adotandos . 29
  • 31. A Escola: – Centro de Ensino Integral • Atenderá os residentes e as demandas especificas do público local. • Será consolidada com a mesma arquitetura do Prédio principal e do Prédio anexo (tutores) do abrigo e trará uma identidade visual arquitetônica própria. • Apresentará a ambiência de escola técnica. • Servirá como ponte integradora com o local, terá cursos para a comunidade e a envolverá em todo o processo. O Parque: – Parque Público • Será item Projetual arquitetônico e paisagístico com a maior relevância. • O parque será o elo de ligação primária entre a instituição de ensino o abrigo e a comunidade. • Terá áreas de esportes locais como futebol e Skate, circuitos de corridas e caminhadas. • E áreas com potenciais privilegiados para o convívio social em comunidade. 30
  • 32. O Projeto - O local O Terreno proposto para a implementação do Projeto: Não foi possível obter dados referentes a zoneamentos e as normas de construção que são permitidas para o terreno. A obtenção de dados referenciais no município de Belford Roxo, é nesse momento impossível, tendo em vista que, o município de Belford Roxo é considerado como o município com o índice de transparência zero medido pelo portal da transparência. GLEBA= 190.000m² Av. Joaquim da Costa Lima Av. Gov. Leonel Brizola 31
  • 33. O Projeto - Análise Morfológica 32
  • 34. A implantação – Plano Conceitual O Estudo Conceitual A realização do estudo conceitual tem como base a reflexão direta sobre às práticas de projetar, e dentro do processo do planejamento da malha urbana o pensar sobre as problemáticas de um projeto desse porte com intervenções drásticas, com isso surge o vislumbre sobre as formas eficientes de distribuição dos investimentos públicos e os investimentos de infraestrutura e de conexões urbanas, aferi o subsídio da influência dessas intervenções na escala local e vem com isso avaliar e balizar a qualidade de uma arquitetura e do planejamento urbano no conceito de bairro, dando ao projeto um ideal de um mínimo equivalente de justiça social e ambiental. 33
  • 35. Plano de Massas Esquemático N 34
  • 36. A implantação Projeto do Abrigo Na porção Sul da Gleba proposta. Um bloco residencial para a realocação dos moradores residentes na margem sul do terreno para o lado leste do terreno. Um bloco de lojas e outros serviços junto ao bloco residencial de modo a prover novos usos para o local e um modo de subsistência para os moradores residentes. Um Anfiteatro no lado oeste do parque do lado sul E os jardins com conceitos de bosque que permeiam o parque sul como um todo. Na porção Norte do terreno. Um Parque para a prática de esportes individuais e coletivos – campos de futebol - quadras de basquete e vôlei - áreas para churrasqueiras e vestiários. E na porção central do parque. Um ginásio poliesportivo coberto num recorte junto a elevação Um restaurante que servirá ao público do abrigo e escola e servirá para integrar o conjunto arquitetônico a comunidade por meio de incentivos do programa escola aberta. Uma escola no lado leste, com conceitos instrucionais que atenderá tanto os usuários do abrigo bem como a comunidade E o Abrigo no lado oeste 0 50 100 N 35
  • 37. 0 50 100 Parque Público O parque será o elo de ligação primária entre a instituição de ensino o abrigo e a comunidade. Terá áreas de esportes locais como futebol e Skate, circuitos de corridas e caminhadas. E áreas com potenciais privilegiados para o convívio social em comunidade. N O Projeto - O Parque Público 36
  • 38. O Projeto - O CIES Na porção central do terreno, teremos O CIES que contempla o conjunto arquitetônico do Abrigo público e a Escola pública, Jardins e espaços multiusos. N 0 50 100 37
  • 39. O Projeto - O Parque de Esportes Parque de Esportes Na porção posterior do terreno, teremos um parque público para práticas esportivas ao ar livre. N 0 50 100 38
  • 40. O Projeto - O Conjunto Arquitetônico N E a junção dessas três partes do projeto, formam o conjunto arquitetônico do Parque Martinho, em uma área de 198,000m². Permeada de muitas áreas verdes e uma pluralidade de elementos constituídos que por si só, trará novas perspectivas de futuro, nunca antes experimentadas em Belford Roxo. 0 50 100 39
  • 41. O Projeto - Vista Norte 40
  • 42. O Projeto - Vista Sul 41
  • 44. O Projeto Projeto do Abrigo E como o foco do nosso projeto são abrigos de permanência continuada, apresento o projeto da edificação, que contempla o abrigo e os seus jardins, que são partes componentes do projeto do parque como um todo, que visa, para além dos conceitos de abrigo, tem como objeto obter melhorias para a comunidade do Parque Martinho. 43
  • 45. Setorização - Pavimento Térreo PÁTIO ABERTO INTERNO CORREDORES - CONEXÕES EXTERNAS CORREDORES - CONEXÕES INTERNAS BANHEIROS LAVANDERIA CRECHE, BERÇÁRIO - ESPAÇOS PARA A PRIMEIRA INFÂNCIA PÁTIO COBERTO - ACESSO PRINCIPAL COZINHA - REFEITÓRIO INTERNO N 44
  • 46. Setorização - Primeiro Pavimento PÁTIO ABERTO CONVIVÊNCIA INTERNA DORMITÓRIOS - ALOJAMENTOS DOS ABRIGADOS CORREDORES - CONEXÕES INTERNAS BANHEIROS CLINICAS PSICOLOGIA / ENFERMARIA ATENDIMENTO CIES ADMINISTRAÇÃO - ATENDIMENTO CIES PÁTIO COBERTO - ACESSO PRINCIPAL VESTIÁRIO DE FUNCIONÁRIOS - CIES N 45
  • 47. Setorização - Segundo Pavimento PÁTIO ABERTO CONVIVÊNCIA INTERNA GRAMADO DORMITÓRIOS - ALOJAMENTOS DOS ABRIGADOS CORREDORES - CONEXÕES INTERNAS BANHEIROS CLINICAS PSICOLOGIA / ENFERMARIA ATENDIMENTO CIES ADMINISTRAÇÃO - ATENDIMENTO CIES PÁTIO COBERTO - ACESSO PRINCIPAL ALOJAMENTO DE FUNCIONÁRIOS - CIES N 46
  • 48. CIES O Conjunto arquitetônico compositivo do prédio do abrigo é composto por dois volumes abertos para um pátio envolvente voltado para o nascente. A composição volumétrica pautada nos recortes dos sólidos até chegar a uma forma compositiva lúdica, agradável, lógica e incomum. 0 5 10 47
  • 49. A fachada principal: O primeiro contato com o novo A simetria rebatida compositiva da fachada principal, e o modo de como o pórtico do acesso principal direciona o nosso olhar para uma experimentação de uma perspectiva visual totalmente e incomum. CIES 0 5 10 48
  • 50. CIES A Fachada sul está voltada para o jardins fractais. A composição é formada por painéis de madeira móveis, posicionados para que não sejam totalmente devassados os dormitórios e os corredores. E ainda criam a cada novo olhar um novo angulo de visão e uma nova perspectiva da paisagem. 0 5 10 49
  • 51. O projeto - O Dormitório A flexibilidade compositiva do layout dos dormitórios, permite uma infinidade de organizações que podem atender a todas as demandas possíveis dos abrigados e seus parentes 50
  • 52. CIES O Projeto - O Conjunto Arquitetônico - CIES - Escola Pública A ESCOLA 51
  • 53. O Projeto - O Conjunto Arquitetônico - CIES - Escola Pública Escola – Centro de Ensino Integral -Atenderá os residentes e as demandas especificas do público local. -Será consolidada com a mesma temática arquitetônica do abrigo e trará uma identidade visual arquitetônica própria. -Apresentará a ambiência de escola estruturalista. -Servirá como ponte integradora com o local, terá cursos para a comunidade e a envolverá em todo o processo. 52
  • 54. O projeto - A escola - Sala de Aula As salas de aulas acompanham os conceitos e ambiência de escolas estruturalista, totalmente fora dos padrões parametrizados pelo FNDE. 53
  • 55. CIES O restaurante O restaurante, localizado na porção central do terreno, entre a escola e o abrigo, atenderá além do público normal da escola integral e do abrigo, servirá ainda para a integração da comunidade com os espaços do CIES. Funcionará como um dos atores integradores quando nos finais de semana houver implementação de projetos baseados em escola aberta para a comunidade. O projeto - Restaurante 54
  • 57. CIES Creche, berçário e espaços multiusos. O abrigo ainda conta com diversos espaços multiusos no térreo. Conta ainda com espaços para creche, berçários e espaços infantis. Todos esses espaços servirão para além dos usos diários e comuns do abrigo, servirão para integrar a comunidade, quase uma extensão de suas casas O Projeto - Espaços para as crianças O BERÇÁRIO ESPAÇO MULTIUSO ESPAÇO INFANTIL 56
  • 58. CIES O Projeto - Espaços integradores 57
  • 59. CIES O Projeto - Espaços integradores 58
  • 60. CIES O Projeto - Espaços integradores 59
  • 61. O Projeto - O Conjunto Arquitetônico - Área de LazerPorçãoposteriordoconjuntoarquitetônico Parque Público O parque será o elo de ligação primária entre a instituição de ensino o abrigo e a comunidade. Terá áreas de esportes locais como futebol e Skate, circuitos de corridas e caminhadas. E áreas com potenciais privilegiados para o convívio social em comunidade. 60
  • 62. O projeto - O Ginásio O Ginásio coberto Um ginásio poliesportivo coberto num recorte junto a elevação. O ginásio além de servir para as práticas esportivas diárias da escola, será um local para reuniões e palestras para a comunidade. 61
  • 63. As residências existentes serão realocadas para o lado leste frontal do terreno SITUAÇÃO ATUAL DAS RESIDÊNCIAS EXISTENTES NA PARTE FRONTAL CENTRAL DO TERRENO O Projeto - A Realocação Residêncial A realocação respeitou o número de casas existentes, são residências de dois pavimentos e dois quartos. No plano do térreo estão dispostas de lojas comerciais para a subsistência dos moradores e a alocação de novos comércios de bairro. 62
  • 64. O projeto - O Anfiteatro O Anfiteatro será um novo marco referencial na paisagem de Belford Roxo 63
  • 65. O Projeto - Cortes 64
  • 66. O Projeto - Elevações 65
  • 67. O Projeto - Implantação - Recorte 66
  • 68. Considerações finais. O painel futuro almejado: Todos esses conceitos referencias e fundamentações tem por objeto transformar o espaço uma vez historicamente segregado, em um aglutinador social, não só para os residentes do abrigo mais também para os funcionários e amigos do Centro de Integração e Existência Social (CIES), e principalmente para toda a comunidade e que se torne um marco referencial para a sociedade como um todo. Com esse projeto arquitetônico, teremos o vislumbre para o incentivo devido do tratamento das problemáticas envolvidas no tema proposto. E que em uma região historicamente tão segregada como a Baixada Fluminense e em especial o município de Belford Roxo, tenhamos os atributos para o debate em torno desses temas tão sensíveis, como a melhora do ambiente urbano para essas comunidades, os ambientes educacionais de qualidade, e o problema principal que é o abandono de crianças e adolescentes vulneráveis socialmente. 67
  • 69. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. • C. G. Jung- Os arquétipos e o inconsciente coletivo. • Christine - Downing ESPELHOS DO SELF. • E.C.A - Estatuto da criança e do adolescente - leis específicas, abrigamentos. • Zimmer Heinrich, Filosofias da Índia • COELHO, Glaucineide do Nascimento. Espaço vivido favela: brincadeiras infantis nos espaços livres da Rocinha. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004. • EYCK, Aldo van. The child, the city and the artist. [1962]. SUN. • da Silva, Enid Rocha Andrade. O direito à convivência familiar e comunitária : os abrigos para crianças e adolescentes no Brasil .2004 • Site www.ipea.gov.br – Dados de Crianças em abrigos • Site www.cnj.jus.br - Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Acolhidos (CNCA) • Site www.tranparencia.gov.br – Portal da transparência Brasil Piaget Construtivismo Vygotsky Construtivismo 68 AnísioTeixeira Educação Instrucionale Escola Parque AldoVanEyck Estruturalismo Parquesinfantis Orfanatos Carl GustavJung Psicologia