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A teoria psicossocial do
desenvolvimento humano
segundo Erik Erikson
Prof. Mestre Thiago de Almeida
Biografia
Erik Homburger Erikson nasceu na
Alemanha em 1902, mudou-se
para os Estados Unidos em 1933
por causa da ameaça do Nazismo
e veio a falecer em 1994.
Filho de pais Dinamarqueses, mas
abandonado à nascença pelo pai,
foi educado por Theodor
Homburger, um pediatra Judaico-
Alemão, que pensava ser o seu
verdadeiro pai.
Pressupostos teóricos
• Princípio Epigenético: A formulação de Erikson
fundamenta-se no conceito de epigênese, esse termo é
da embriologia. O principio epigenético sustenta que o
desenvolvimento ocorre em estádios sequenciais e
claramente definidos. Cada um desses estádios deve ser
satisfatoriamente resolvido, para que o desenvolvimento
avance sem problemas. De acordo com o modelo
epigenético, caso não ocorra a resolução eficaz de um
determinado estádio, todos os estádios subsequentes
refletirão este falha, na forma de um desajuste físico,
cognitivo, social ou emocional. Daí a grande importância
de conhecer esse assunto.
Erikson defende que a
energia ativadora do
comportamento é de
natureza psicossocial,
integrando não apenas
fatores pulsionais
biológicos e inatos,
como a libido, mas
também fatores sociais,
aprendidos em
contextos histórico-
culturais específicos.
Para Erikson o processo do desenvolvimento
humano da personalidade ocorre por meio do:
• Processo biológico: organização dos sistemas
orgânicos que constituem o corpo;
• Processo psíquico: organiza os traços da
experiência individual de síntese do ego.
• Processo social: organização cultural e
interdependência das pessoas.
O desenvolvimento
psicossocial para o autor é
sinônimo de
desenvolvimento da
personalidade e decorre
ao longo de oito estádios
que, no seu conjunto,
constituem o ciclo da
vida. Cada estádio
corresponde à formação
de um aspecto particular
da personalidade.
Um dos conceitos
fundamentais na teoria
de Erikson é o de crise ou
conflito que o indivíduo
vive ao longo dos
períodos por que vai
passando, desde o
nascimento até ao final
da vida. Cada conflito
tem de ser resolvido
positiva ou
negativamente pelo
indivíduo.
• Superar uma crise ajuda a determinar e a
promover forças para ser bem-sucedido no
estádio seguinte.
• A resolução positiva traduz-se numa virtude,
que é um ganho psicológico, emocional e
social: uma qualidade, um valor, um
sentimento, em suma, uma característica de
personalidade que lhe confere equilíbrio
mental e capacidade de um bom
relacionamento social.
• Se a resolução da crise for negativa, o indivíduo
sentir-se-á socialmente desajustado e tenderá
a desenvolver sentimentos de ansiedade e de
fracasso. Contudo, numa fase posterior, a
pessoa pode passar por vivências que lhe
refaçam o equilíbrio e o compensem,
reconstruindo-lhe o seu autoconceito.
1º Estádio – Confiança básica x desconfiança básica
Nesta idade a criança vai aprender o
que é ter ou não confiança, esta está
muito relacionada com a relação
entre o bebê e a mãe.
A confiança é demonstrada pelo
bebê na capacidade de dormir de
forma pacífica, alimentar-se
confortavelmente e de excretar de
forma relaxada.
Devido à confiança do bebê e à
familiaridade com mãe, que adquire
com situações de conforto por ela
proporcionadas, atinge uma
realização social, que consiste na
aceitação em que ela pode ausentar-
se e na certeza que ela voltará.
Características
• Ocorre aproximadamente durante o
primeiro ano de vida (0 - 18 meses);
• força que nasce nesta etapa é a
esperança;
• Vertente Positiva: Se esta identificação for
positiva, ou seja, se a mãe corresponder,
ele vai criar o seu primeiro e bom
conceito de si e do mundo (representado
pela mãe), o que Erikson chama de
ritualização da divindade;
• Vertente Negativa: Se a identificação for
negativa, temos o ritualismo do idolismo,
ou seja, o culto a um herói, onde o bebê
acha que nunca vai chegar ao nível de sua
mãe, que ela é demasiadamente capaz e
boa, e que ele não se identifica assim.
A importância da confiança
básica é devida, segundo
Erikson, ao fato de implicar a
ideia de que a criança “não
só aprendeu a confiar na
uniformidade e na
continuidade dos provedores
externos, mas também em si
próprio e na capacidade dos
próprios órgãos para fazer
frente ao seus impulsos e
anseios”
(Erikson, 1987, p. 102).
2º Estádio – Autonomia x Vergonha e dúvida
Fase corresponde ao estágio anal freudiano,
a criança já tem algum controle de seus
movimentos musculares, então direciona
sua energia às experiências ligadas à
atividade exploratória e à conquista da
autonomia. É geralmente onde se inicia a
educação para a higiene (treino ao vaso
sanitário).
O bebê ganha experiência no contato com
os adultos, aprendendo a confiar e a
depender deles, assim como a confiar em si
mesmo.
A desconfiança é a parte negativa deste
estágio, que é equilibrada com a segurança
proporcionada pela confiança.
Características
• Ocorre aproximadamente durante 18º. Mês
de vida até os 3 anos de idade;
• Força desse estádio: vontade;
• Vertente Positiva: A ritualização deste estágio
é o discernimento, isso é a criança torna-se
judiciosa, julga-se a si e aos outros,
diferenciando o certo do errado e as pessoas
ditas diferentes;
• Vertente Negativa: o legalismo, ou seja,
quando a criança começa a achar que a
punição tem que ser aplicada
incondicionalmente quando uma regra não
for respeitada. É quando a punição vence a
compaixão; se a criança se mobiliza com a
punição do colega que perdeu o controle de
uma regra, ou então se sente aliviado quando
é punido por algo.
Neste período a criança passa a ter controle de suas
necessidades fisiológicas e responder por sua higiene
pessoal, o que dá a ela grande autonomia, confiança e
liberdade para tentar novas coisas sem medo de errar.
Se, no entanto, for criticada ou ridicularizada
desenvolverá vergonha e dúvida quanto a sua
capacidade de ser autônoma, provocando uma volta
ao estágio anterior, ou seja, a dependência.
Logo, neste estádio, o principal cuidado que os pais
têm que tomar é dar o grau certo de autonomia à
criança. Se é exigida demais, ela verá que não
consegue da conta e sua autoestima vai baixar. Se ela
é pouco exigida, ela tem a sensação de abandono e de
dúvida sobre suas capacidades. Se a criança é
amparada ou protegida demais, ela vai se tornar frágil,
insegura e envergonhada. Se ela for pouco amparada,
ela se sentirá exigida além de suas capacidades.
Vemos, portanto, que os pais têm que dar à criança a
sensação de autonomia e, ao mesmo tempo, estar
sempre por perto, prontos a auxiliá-la nos momentos
em que a tarefa estiver além de suas capacidades.
“De um sentimento de
autocontrole sem perda de
auto-estima resulta um
sentimento constante de
boa vontade e orgulho; de
um sentimento de perda do
autocontrole e de
supercontrole exterior
resulta uma propensão
duradoura para a dúvida e a
vergonha” (Erikson, 1976,
p. 234)”
3º Estádio – Iniciativa x culpa
Nesta fase a criança encontra-se nitidamente mais
avançada e mais organizada tanto a nível físico como
mental. É a capacidade de planejar as suas tarefas e metas
a atingir que a define como autônoma e, por
consequência, a introduz nesta etapa.
No entanto este estádio define-se também como perigoso,
pois a criança busca exaustivamente e de uma forma
entusiasta atingir as suas metas que implicam fantasias
genitais e o uso de meios agressivos a manipulativos para
alcançar a essas metas.
Durante este período a criança passa a perceber as
diferenças sexuais, os papéis desempenhado por mulheres
e homens na sua cultura (conflito edipiano para Freud)
entendendo de forma diferente o mundo que a cerca. Se a
sua curiosidade “sexual ” e intelectual, natural, for
reprimida e castigada poderá desenvolver sentimento de
culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas situações
ou de buscar novos conhecimentos.
Características • aproximadamente entre os 3 aos 6
anos;
• Força desse estádio: o propósito;
• Vertente Positiva: formação do senso de
responsabilidade.
• Vertente Negativa: a personificação.
Em outras palavras, quando a criança,
tentando escapar da frustração de ser
incapaz para algumas coisas, exagera na
fantasia de ter outras personalidades,
de ser totalmente diferente do que é
várias vezes, ela pode se tornar
compulsiva por esconder seu
verdadeiro “eu”; nesse caso, pode
passar a sua vida desempenhando
“papéis”,e afastar-se cada vez mais do
contato consigo mesmo.
“O propósito, então, é a coragem de
imaginar e buscar metas valorizadas não
inibidas pela derrota das fantasias
infantis, pela culpa e pelo medo cortante
da punição” (Erikson, Apud., Calvin S.
Hall; Lindzey Gardner; John B. Campbell,
2000, p. 172)
4º Estádio – Diligência (empenho) x
Inferioridade
• Neste período a criança está sendo alfabetizada
e freqüentando escola(s), o que propicia o
convívio com pessoas que não são seus
familiares, o que exigirá maior sociabilização,
trabalho em conjunto, aprendizagens escolares,
a testar limites, a estabelecer os seus objetivos
e a fazer aprendizagens sociais, e a desenvolver
um senso de cooperatividade dentre outras
habilidades necessárias em nossa cultura.
• Caso tenha dificuldades o próprio grupo irá
criticá-la, passando a viver a inferioridade em
vez da construtividade. É nesta fase que ela
começa a dizer, com segurança aparente, o que
“quer ser quando crescer”, como uma iniciação
no campo das responsabilidades e dos
planejamentos.
Características • aproximadamente entre os 7 aos
11 anos;
• Força desse estádio: a
competência;
• Vertente Positiva: a socialização.
• Vertente Negativa: o formalismo,
ou seja, a repetição obsessiva de
formalidades sem sentido algum
para determinadas ocasiões, o que
empobrece a personalidade e
prejudica as relações sociais da
criança.
“A competência, então, é o
livre exercício da destreza
e da inteligência na
conclusão de tarefas,
não-prejudicado pela
inferioridade infantil”.
(Erik Erikson, citado por
Calvin S. Hall; Lindzey
Gardner; John B.
Campbell, 2000: p.172).
5º Estádio – Identidade x confusão de identidade
O jovem experimenta uma série de
desafios que envolve suas atitudes
para consigo, com seus amigos,
com pessoas do sexo oposto,
amores e a busca de uma carreira e
de profissionalização.
Na medida que as pessoas à sua
volta ajudam na resolução dessas
questões desenvolverá o
sentimento de identidade pessoal,
caso não encontre respostas para
suas questões pode se
desorganizar, perdendo seu senso
de referência.
Características
• marca o período da
adolescência;
• Ocorre aproximadamente
entre os 12 aos 18/20 anos;
• Força desse estádio: lealdade/
fidelidade
• Vertente Positiva: a
socialização.
• Vertente Negativa: o
fanatismo.
Características
Toda a preocupação do
adolescente em encontrar um
papel social provoca uma
confusão de identidade, afinal, a
preocupação com a opinião
alheia faz com que o
adolescente modifique o tempo
todo suas atitudes, remodelando
sua personalidade muitas vezes
em um período muito curto,
seguindo o mesmo ritmo das
transformações físicas que
acontecem com ele.
Erikson lembra que o se humano mantém
suas defesas para sobreviver. Ao sinal de
qualquer problema, uma delas pode ser
ativada. Nesta confusão de identidade, o
adolescente pode se sentir vazio, isolado,
ansioso, sentindo-se também, muitas vezes,
incapaz de se encaixar no mundo adulto, o
que pode muitas vezes levar a uma
regressão.
Também pode acontecer de o jovem projetar
suas tendências em outras pessoas, por ele
mesmo não suportar sua identidade. Aliás,
este é um dos mecanismos apontados por
Erikson como base para a formação de
preconceitos e discriminações.
Erik Erikson afirmava que um
indivíduo tinha de construir a sua
personalidade durante a
adolescência, porém essa construção
não era feita de um mesmo modo
para todos os adolescentes, ou seja,
não era feita de um modo
padronizado e linear. Durante esta
fase da vida há sempre procura de
algo mais, há crises, indecisões,
situações conflituosas que têm de
ser resolvidas de um modo ou de
outro.
O conceito de moratória social de Erikson
• Moratória social é um compasso de espera nos compromissos adultos. É
um período de pausa necessária a muitos jovens, de procura de
alternativas e de experimentação de papéis, que vai permitir um trabalho
de elaboração interna.
• As moratórias caracterizam-se pelas necessidades pessoais, mas também
por exigências socioculturais e institucionais.
• São as diversas sociedades e culturas que institucionalizam uma certa
moratória para a maioria dos jovens. Por exemplo, a idade em que se
atingia a maioridade há alguns anos atrás era de 21 anos, enquanto, hoje,
é de 18 anos.
• Concluímos, assim, que a moratória psicossocial é essencial para permitir
que ocorra no jovem o seu amadurecimento interior. Muitos adolescentes
entram na vida adulta demasiado cedo, o que se irá refletir,
negativamente, no seu processo de evolução futuro.
“A fidelidade é a capacidade de manter
lealdades livremente empenhadas, apesar das
inevitáveis contradições dos sistemas de valor”
(Eikson citado por Calvin S. Hall; Gardner
Lindzey; John B. Campbell, 2000, p.173),
6º Estádio – Intimidade x isolamento
Nesse momento o
interesse, além de
profissional, gravita em
torno da construção de
relações profundas e
duradouras, podendo
vivenciar momentos de
grande intimidade e
entrega afetiva. Caso ocorra
uma decepção a tendência
será o isolamento
temporário ou duradouro.
Características • ocorre entre os 20 e os 35
anos, aproximadamente;
• Força desse estádio: amor/
afiliação.
• Vertente Positiva:
“encontrar-se”
• Vertente Negativa: o
elitismo.
7º Estádio – Produtividade x estagnação
• Neste período, as pessoas
procuram definir objetivos e
motivações para o que
querem produzir nas suas
vidas.
• Pode aparecer uma
dedicação a sociedade à sua
volta e realização de valiosas
contribuições, ou grande
preocupação com o conforto
físico e material.
Características • Ocorre aproximadamente
entre os 35 e 60 anos;
• Força desse estádio:
• Vertente Positiva:
transmissão de valores e
ensinamentos;
• Vertente Negativa: o
autoritarismo.
8º Estádio – Integridade x desesperança
É nesta fase que as pessoas
fazem um balanço do seu
percurso de vida. Então, no
estádio final da vida, a
questão chave: ”Teve a
minha vida sentido ou
falhei?” assinala que chegou
a hora do balanço, da
avaliação do que se fez na
vida e sobretudo do que se
fez da vida.
Características • a partir dos 60 anos;
• Força desse estádio: a esperança.
• Na dualidade emocional ”integridade versus
desespero”, a integridade significa que o
indivíduo avalia positivamente o seu
percurso vital mesmo que nem todos os seus
desejos e sonhos se tenham realizado e esta
satisfação prepara-o para aceitar a
deterioração física e a inevitável morte como
termo de algo que valeu a pena. As pessoas
que consideram a sua vida mal sucedida,
demasiado centrada em si mesma, pouco
produtiva, que lamentam as oportunidades
perdidas e sentem ser já demasiado tarde
para se reconciliarem consigo próprias
corrigindo erros cometidos, podem ceder á
angústia e ao desespero. A virtude a
desenvolver neste estádio é a sabedoria, a
consciência de que, dadas as circunstâncias e
as nossas potencialidades, não vivemos em
vão.
Importância das contribuições téoricas de Erikson
• Desviou-se o foco fundamental da
sexualidade para as relações
sociais;
•A proposta dos estádios
psicossociais envolvem outras
artes do ciclo vital além da
infância, ampliando a proposta de
Freud. Não existe uma negação da
importância dos estágios infantil;
• A cada etapa, o indivíduo cresce a
partir das exigências internas de
seu ego, mas também das
exigências do meio em que vive,
sendo portanto essencial a análise
da cultura e da sociedade em que
vive o sujeito em questão;
• Em cada estádio o ego passa por
uma crise (que dá nome ao
estágio). Esta crise pode ter um
desfecho positivo (denominada de
ritualização) ou negativo
(ritualismo);
• Da solução positiva, da crise, surge um ego mais rico
e forte; da solução negativa temos um ego mais
fragilizado;
• A cada crise, a personalidade vai se reestruturando e
se reformulando de acordo com as experiências
vividas, enquanto o ego vai se adaptando a seus
sucessos e fracassso.
• Não obstante, os contextos sociais podem estimular
ou inibir a construção da personalidade - o meio
psicossocial, as inferências educativas vão interferir
no processo de desenvolvimento.
Considerações finais
• Como cada criança tem um ritmo cronológico
específico, não se deve atribuir uma duração
exata a cada estádio.
• O núcleo de cada estádio é uma crise básica,
que existe não só durante aquele estádio
específico, nesse será mais proeminente, mas
também nos posteriores em se tratando de
consequências, tendo raízes prévias nos
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Teoria Psicossocial de Erikson

  • 1. A teoria psicossocial do desenvolvimento humano segundo Erik Erikson Prof. Mestre Thiago de Almeida
  • 2. Biografia Erik Homburger Erikson nasceu na Alemanha em 1902, mudou-se para os Estados Unidos em 1933 por causa da ameaça do Nazismo e veio a falecer em 1994. Filho de pais Dinamarqueses, mas abandonado à nascença pelo pai, foi educado por Theodor Homburger, um pediatra Judaico- Alemão, que pensava ser o seu verdadeiro pai.
  • 3. Pressupostos teóricos • Princípio Epigenético: A formulação de Erikson fundamenta-se no conceito de epigênese, esse termo é da embriologia. O principio epigenético sustenta que o desenvolvimento ocorre em estádios sequenciais e claramente definidos. Cada um desses estádios deve ser satisfatoriamente resolvido, para que o desenvolvimento avance sem problemas. De acordo com o modelo epigenético, caso não ocorra a resolução eficaz de um determinado estádio, todos os estádios subsequentes refletirão este falha, na forma de um desajuste físico, cognitivo, social ou emocional. Daí a grande importância de conhecer esse assunto.
  • 4. Erikson defende que a energia ativadora do comportamento é de natureza psicossocial, integrando não apenas fatores pulsionais biológicos e inatos, como a libido, mas também fatores sociais, aprendidos em contextos histórico- culturais específicos.
  • 5. Para Erikson o processo do desenvolvimento humano da personalidade ocorre por meio do: • Processo biológico: organização dos sistemas orgânicos que constituem o corpo; • Processo psíquico: organiza os traços da experiência individual de síntese do ego. • Processo social: organização cultural e interdependência das pessoas.
  • 6. O desenvolvimento psicossocial para o autor é sinônimo de desenvolvimento da personalidade e decorre ao longo de oito estádios que, no seu conjunto, constituem o ciclo da vida. Cada estádio corresponde à formação de um aspecto particular da personalidade.
  • 7. Um dos conceitos fundamentais na teoria de Erikson é o de crise ou conflito que o indivíduo vive ao longo dos períodos por que vai passando, desde o nascimento até ao final da vida. Cada conflito tem de ser resolvido positiva ou negativamente pelo indivíduo.
  • 8. • Superar uma crise ajuda a determinar e a promover forças para ser bem-sucedido no estádio seguinte. • A resolução positiva traduz-se numa virtude, que é um ganho psicológico, emocional e social: uma qualidade, um valor, um sentimento, em suma, uma característica de personalidade que lhe confere equilíbrio mental e capacidade de um bom relacionamento social. • Se a resolução da crise for negativa, o indivíduo sentir-se-á socialmente desajustado e tenderá a desenvolver sentimentos de ansiedade e de fracasso. Contudo, numa fase posterior, a pessoa pode passar por vivências que lhe refaçam o equilíbrio e o compensem, reconstruindo-lhe o seu autoconceito.
  • 9.
  • 10. 1º Estádio – Confiança básica x desconfiança básica Nesta idade a criança vai aprender o que é ter ou não confiança, esta está muito relacionada com a relação entre o bebê e a mãe. A confiança é demonstrada pelo bebê na capacidade de dormir de forma pacífica, alimentar-se confortavelmente e de excretar de forma relaxada. Devido à confiança do bebê e à familiaridade com mãe, que adquire com situações de conforto por ela proporcionadas, atinge uma realização social, que consiste na aceitação em que ela pode ausentar- se e na certeza que ela voltará.
  • 11. Características • Ocorre aproximadamente durante o primeiro ano de vida (0 - 18 meses); • força que nasce nesta etapa é a esperança; • Vertente Positiva: Se esta identificação for positiva, ou seja, se a mãe corresponder, ele vai criar o seu primeiro e bom conceito de si e do mundo (representado pela mãe), o que Erikson chama de ritualização da divindade; • Vertente Negativa: Se a identificação for negativa, temos o ritualismo do idolismo, ou seja, o culto a um herói, onde o bebê acha que nunca vai chegar ao nível de sua mãe, que ela é demasiadamente capaz e boa, e que ele não se identifica assim.
  • 12. A importância da confiança básica é devida, segundo Erikson, ao fato de implicar a ideia de que a criança “não só aprendeu a confiar na uniformidade e na continuidade dos provedores externos, mas também em si próprio e na capacidade dos próprios órgãos para fazer frente ao seus impulsos e anseios” (Erikson, 1987, p. 102).
  • 13. 2º Estádio – Autonomia x Vergonha e dúvida Fase corresponde ao estágio anal freudiano, a criança já tem algum controle de seus movimentos musculares, então direciona sua energia às experiências ligadas à atividade exploratória e à conquista da autonomia. É geralmente onde se inicia a educação para a higiene (treino ao vaso sanitário). O bebê ganha experiência no contato com os adultos, aprendendo a confiar e a depender deles, assim como a confiar em si mesmo. A desconfiança é a parte negativa deste estágio, que é equilibrada com a segurança proporcionada pela confiança.
  • 14. Características • Ocorre aproximadamente durante 18º. Mês de vida até os 3 anos de idade; • Força desse estádio: vontade; • Vertente Positiva: A ritualização deste estágio é o discernimento, isso é a criança torna-se judiciosa, julga-se a si e aos outros, diferenciando o certo do errado e as pessoas ditas diferentes; • Vertente Negativa: o legalismo, ou seja, quando a criança começa a achar que a punição tem que ser aplicada incondicionalmente quando uma regra não for respeitada. É quando a punição vence a compaixão; se a criança se mobiliza com a punição do colega que perdeu o controle de uma regra, ou então se sente aliviado quando é punido por algo.
  • 15. Neste período a criança passa a ter controle de suas necessidades fisiológicas e responder por sua higiene pessoal, o que dá a ela grande autonomia, confiança e liberdade para tentar novas coisas sem medo de errar. Se, no entanto, for criticada ou ridicularizada desenvolverá vergonha e dúvida quanto a sua capacidade de ser autônoma, provocando uma volta ao estágio anterior, ou seja, a dependência. Logo, neste estádio, o principal cuidado que os pais têm que tomar é dar o grau certo de autonomia à criança. Se é exigida demais, ela verá que não consegue da conta e sua autoestima vai baixar. Se ela é pouco exigida, ela tem a sensação de abandono e de dúvida sobre suas capacidades. Se a criança é amparada ou protegida demais, ela vai se tornar frágil, insegura e envergonhada. Se ela for pouco amparada, ela se sentirá exigida além de suas capacidades. Vemos, portanto, que os pais têm que dar à criança a sensação de autonomia e, ao mesmo tempo, estar sempre por perto, prontos a auxiliá-la nos momentos em que a tarefa estiver além de suas capacidades.
  • 16. “De um sentimento de autocontrole sem perda de auto-estima resulta um sentimento constante de boa vontade e orgulho; de um sentimento de perda do autocontrole e de supercontrole exterior resulta uma propensão duradoura para a dúvida e a vergonha” (Erikson, 1976, p. 234)”
  • 17. 3º Estádio – Iniciativa x culpa Nesta fase a criança encontra-se nitidamente mais avançada e mais organizada tanto a nível físico como mental. É a capacidade de planejar as suas tarefas e metas a atingir que a define como autônoma e, por consequência, a introduz nesta etapa. No entanto este estádio define-se também como perigoso, pois a criança busca exaustivamente e de uma forma entusiasta atingir as suas metas que implicam fantasias genitais e o uso de meios agressivos a manipulativos para alcançar a essas metas. Durante este período a criança passa a perceber as diferenças sexuais, os papéis desempenhado por mulheres e homens na sua cultura (conflito edipiano para Freud) entendendo de forma diferente o mundo que a cerca. Se a sua curiosidade “sexual ” e intelectual, natural, for reprimida e castigada poderá desenvolver sentimento de culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas situações ou de buscar novos conhecimentos.
  • 18. Características • aproximadamente entre os 3 aos 6 anos; • Força desse estádio: o propósito; • Vertente Positiva: formação do senso de responsabilidade. • Vertente Negativa: a personificação. Em outras palavras, quando a criança, tentando escapar da frustração de ser incapaz para algumas coisas, exagera na fantasia de ter outras personalidades, de ser totalmente diferente do que é várias vezes, ela pode se tornar compulsiva por esconder seu verdadeiro “eu”; nesse caso, pode passar a sua vida desempenhando “papéis”,e afastar-se cada vez mais do contato consigo mesmo.
  • 19. “O propósito, então, é a coragem de imaginar e buscar metas valorizadas não inibidas pela derrota das fantasias infantis, pela culpa e pelo medo cortante da punição” (Erikson, Apud., Calvin S. Hall; Lindzey Gardner; John B. Campbell, 2000, p. 172)
  • 20. 4º Estádio – Diligência (empenho) x Inferioridade • Neste período a criança está sendo alfabetizada e freqüentando escola(s), o que propicia o convívio com pessoas que não são seus familiares, o que exigirá maior sociabilização, trabalho em conjunto, aprendizagens escolares, a testar limites, a estabelecer os seus objetivos e a fazer aprendizagens sociais, e a desenvolver um senso de cooperatividade dentre outras habilidades necessárias em nossa cultura. • Caso tenha dificuldades o próprio grupo irá criticá-la, passando a viver a inferioridade em vez da construtividade. É nesta fase que ela começa a dizer, com segurança aparente, o que “quer ser quando crescer”, como uma iniciação no campo das responsabilidades e dos planejamentos.
  • 21. Características • aproximadamente entre os 7 aos 11 anos; • Força desse estádio: a competência; • Vertente Positiva: a socialização. • Vertente Negativa: o formalismo, ou seja, a repetição obsessiva de formalidades sem sentido algum para determinadas ocasiões, o que empobrece a personalidade e prejudica as relações sociais da criança.
  • 22. “A competência, então, é o livre exercício da destreza e da inteligência na conclusão de tarefas, não-prejudicado pela inferioridade infantil”. (Erik Erikson, citado por Calvin S. Hall; Lindzey Gardner; John B. Campbell, 2000: p.172).
  • 23. 5º Estádio – Identidade x confusão de identidade O jovem experimenta uma série de desafios que envolve suas atitudes para consigo, com seus amigos, com pessoas do sexo oposto, amores e a busca de uma carreira e de profissionalização. Na medida que as pessoas à sua volta ajudam na resolução dessas questões desenvolverá o sentimento de identidade pessoal, caso não encontre respostas para suas questões pode se desorganizar, perdendo seu senso de referência.
  • 24. Características • marca o período da adolescência; • Ocorre aproximadamente entre os 12 aos 18/20 anos; • Força desse estádio: lealdade/ fidelidade • Vertente Positiva: a socialização. • Vertente Negativa: o fanatismo.
  • 25. Características Toda a preocupação do adolescente em encontrar um papel social provoca uma confusão de identidade, afinal, a preocupação com a opinião alheia faz com que o adolescente modifique o tempo todo suas atitudes, remodelando sua personalidade muitas vezes em um período muito curto, seguindo o mesmo ritmo das transformações físicas que acontecem com ele.
  • 26. Erikson lembra que o se humano mantém suas defesas para sobreviver. Ao sinal de qualquer problema, uma delas pode ser ativada. Nesta confusão de identidade, o adolescente pode se sentir vazio, isolado, ansioso, sentindo-se também, muitas vezes, incapaz de se encaixar no mundo adulto, o que pode muitas vezes levar a uma regressão. Também pode acontecer de o jovem projetar suas tendências em outras pessoas, por ele mesmo não suportar sua identidade. Aliás, este é um dos mecanismos apontados por Erikson como base para a formação de preconceitos e discriminações.
  • 27. Erik Erikson afirmava que um indivíduo tinha de construir a sua personalidade durante a adolescência, porém essa construção não era feita de um mesmo modo para todos os adolescentes, ou seja, não era feita de um modo padronizado e linear. Durante esta fase da vida há sempre procura de algo mais, há crises, indecisões, situações conflituosas que têm de ser resolvidas de um modo ou de outro.
  • 28. O conceito de moratória social de Erikson • Moratória social é um compasso de espera nos compromissos adultos. É um período de pausa necessária a muitos jovens, de procura de alternativas e de experimentação de papéis, que vai permitir um trabalho de elaboração interna. • As moratórias caracterizam-se pelas necessidades pessoais, mas também por exigências socioculturais e institucionais. • São as diversas sociedades e culturas que institucionalizam uma certa moratória para a maioria dos jovens. Por exemplo, a idade em que se atingia a maioridade há alguns anos atrás era de 21 anos, enquanto, hoje, é de 18 anos. • Concluímos, assim, que a moratória psicossocial é essencial para permitir que ocorra no jovem o seu amadurecimento interior. Muitos adolescentes entram na vida adulta demasiado cedo, o que se irá refletir, negativamente, no seu processo de evolução futuro.
  • 29. “A fidelidade é a capacidade de manter lealdades livremente empenhadas, apesar das inevitáveis contradições dos sistemas de valor” (Eikson citado por Calvin S. Hall; Gardner Lindzey; John B. Campbell, 2000, p.173),
  • 30. 6º Estádio – Intimidade x isolamento Nesse momento o interesse, além de profissional, gravita em torno da construção de relações profundas e duradouras, podendo vivenciar momentos de grande intimidade e entrega afetiva. Caso ocorra uma decepção a tendência será o isolamento temporário ou duradouro.
  • 31. Características • ocorre entre os 20 e os 35 anos, aproximadamente; • Força desse estádio: amor/ afiliação. • Vertente Positiva: “encontrar-se” • Vertente Negativa: o elitismo.
  • 32. 7º Estádio – Produtividade x estagnação • Neste período, as pessoas procuram definir objetivos e motivações para o que querem produzir nas suas vidas. • Pode aparecer uma dedicação a sociedade à sua volta e realização de valiosas contribuições, ou grande preocupação com o conforto físico e material.
  • 33. Características • Ocorre aproximadamente entre os 35 e 60 anos; • Força desse estádio: • Vertente Positiva: transmissão de valores e ensinamentos; • Vertente Negativa: o autoritarismo.
  • 34. 8º Estádio – Integridade x desesperança É nesta fase que as pessoas fazem um balanço do seu percurso de vida. Então, no estádio final da vida, a questão chave: ”Teve a minha vida sentido ou falhei?” assinala que chegou a hora do balanço, da avaliação do que se fez na vida e sobretudo do que se fez da vida.
  • 35. Características • a partir dos 60 anos; • Força desse estádio: a esperança. • Na dualidade emocional ”integridade versus desespero”, a integridade significa que o indivíduo avalia positivamente o seu percurso vital mesmo que nem todos os seus desejos e sonhos se tenham realizado e esta satisfação prepara-o para aceitar a deterioração física e a inevitável morte como termo de algo que valeu a pena. As pessoas que consideram a sua vida mal sucedida, demasiado centrada em si mesma, pouco produtiva, que lamentam as oportunidades perdidas e sentem ser já demasiado tarde para se reconciliarem consigo próprias corrigindo erros cometidos, podem ceder á angústia e ao desespero. A virtude a desenvolver neste estádio é a sabedoria, a consciência de que, dadas as circunstâncias e as nossas potencialidades, não vivemos em vão.
  • 36.
  • 37. Importância das contribuições téoricas de Erikson • Desviou-se o foco fundamental da sexualidade para as relações sociais; •A proposta dos estádios psicossociais envolvem outras artes do ciclo vital além da infância, ampliando a proposta de Freud. Não existe uma negação da importância dos estágios infantil;
  • 38. • A cada etapa, o indivíduo cresce a partir das exigências internas de seu ego, mas também das exigências do meio em que vive, sendo portanto essencial a análise da cultura e da sociedade em que vive o sujeito em questão; • Em cada estádio o ego passa por uma crise (que dá nome ao estágio). Esta crise pode ter um desfecho positivo (denominada de ritualização) ou negativo (ritualismo);
  • 39. • Da solução positiva, da crise, surge um ego mais rico e forte; da solução negativa temos um ego mais fragilizado; • A cada crise, a personalidade vai se reestruturando e se reformulando de acordo com as experiências vividas, enquanto o ego vai se adaptando a seus sucessos e fracassso. • Não obstante, os contextos sociais podem estimular ou inibir a construção da personalidade - o meio psicossocial, as inferências educativas vão interferir no processo de desenvolvimento.
  • 40. Considerações finais • Como cada criança tem um ritmo cronológico específico, não se deve atribuir uma duração exata a cada estádio. • O núcleo de cada estádio é uma crise básica, que existe não só durante aquele estádio específico, nesse será mais proeminente, mas também nos posteriores em se tratando de consequências, tendo raízes prévias nos anteriores.