2. Mesmo vigiadas de perto, crianças podem surpreender e, em questão de segundos, se
envolver em alguma situação de risco. Cortes, quedas, engasgos e queimaduras são
alguns exemplos. Você saberia como prestar os primeiros socorros para uma criança?
Prestar os primeiros socorros é muito diferente de medicar. Estamos falando apenas da
primeira assistência a quem está precisando. O próximo passo é procurar um hospital
para se certificar que está tudo bem ou chamar o SAMU.
Confira orientações com os procedimentos mais adequados em algumas situações de
emergência comuns em crianças:
ATENÇÃO PAIS
3. O que fazer: A técnica indicada para crianças de até sete anos é a da tapotagem, que
consiste em inclinar o corpo da criança para frente e com as mãos em concha bater nas
costas até que o objeto seja expelido pela boca.
ENGASGO
4. Depois dessa idade, pode-se aplicar a manobra de Heimlich, também conhecida como
compressão abdominal. Essa técnica é parecida com abraçar uma pessoa pelas costas e
fazer compressão com a mão para dentro e para cima ao mesmo tempo.
Antes dos sete anos a manobra de Heimlich não é a primeira indicação porque é mais
agressiva. Se a pessoa que a fizer não souber aplicá-la corretamente poderá
comprometer as costelas da criança.
O que NÃO fazer: o reflexo imediato de muitas mães de tentar tirar o que estiver
obstruindo as vias respiratórias colocando o dedo na garganta da criança não é indicado
se o objeto não estiver visível e com fácil acesso. Isso pode fazer com que o problema
se agrave. .
ENGASGO
6. O que fazer: Queimaduras por líquido quente são bastante comuns em crianças. O mais
indicado, se for uma queimadura leve, é colocar a parte do corpo queimada debaixo de
água corrente por 15 minutos.
Se a queimadura for muito grave e a pessoa não estiver respirando, tem que fazer
respiração boca a boca. Nesse caso, chame o resgate imediatamente.
O que NÃO fazer: Ao contrário do que muitos acreditam, não é indicado passar pasta
de dente ou colocar pó de café.
QUEIMADURA
8. O que fazer: O melhor a se fazer é levar a criança até um hospital. Se possível, leve
junto a embalagem do produto ingerido para que os médicos possam recomendar
procedimentos mais eficazes.
O que NÃO fazer: Uma coisa que muitos fazem equivocadamente é dar leite para cortar
o efeito. Está errado. Da mesma forma, induzir a criança ao vômito também não pode.
INTOXICAÇÃO
10. O que fazer: A única maneira de ter certeza se houve ou não fratura, quando ela não é
visível, é através da radiografia. A indicação inicial é colocar gelo no local, observar o
inchaço e verificar se tem hematoma.Se o inchaço persistir e tiver muito hematoma, é
muito provável que tenha ocorrido algum tipo de comprometimento ósseo. Além de
diminuir o inchaço, o gelo tem um fator analgésico que é benéfico para acalmar a dor. Se
a dor persistir, procure um hospital.
FRATURA E TORÇÃO
12. O que fazer: Se bater a cabeça, a criança deve ser avaliada por um médico. Os pais
precisam ficar atentos a vômitos e ao estado da criança. Se ela estiver amuada, confusa
ou não dormir direito, o melhor a se fazer é levá-la ao hospital assim que possível.
O que NÃO fazer: não deixar a criança dormir se ela bater a cabeça é um mito. Isso foi
criado porque pensavam que ela poderia entrar em coma. Mas uma pessoa dormindo,
com respiração e batimentos cardíacos normais, é diferente de quem está em processo
de perda de consciência.
QUEDA
13. O que fazer: Chamar a ambulância, uma vez que transportar uma pessoa que tenha
passado por algum tipo de trauma é contraindicado. “Em casos de fratura, por exemplo,
o transporte deverá ser realizado com o membro fraturado sobre uma superfície plana.
Em casos de suspeita de trauma na coluna, deve-se evitar manipulações e solicitar
remoção por uma ambulância.
É um risco fazer o transporte por conta própria. Só o transporte feito por
profissionais treinados vai garantir a estabilidade da vítima.
TRANSPORTE DE VÍTIMAS
14. O que fazer: O local deve ser lavado com água e sabão. Depois, faça uma compressão
com gazes ou um pano limpo para tentar parar o sangramento.Se o corte não for
claramente superficial, o indicado é procurar um hospital para avaliar a necessidade de
dar ponto. Deixar para suturar depois pode inviabilizar o procedimento, porque em
poucas horas o risco de infecção aumenta e a sutura deixa de ser recomendada.
CORTE
15. O que fazer: Nestes casos, o primeiro passo é checar se a pessoa está respirando. Se
não estiver, deve-se iniciar um procedimento conhecido como Reanimação
Cardiopulmonar (RCP). Essa técnica é complexa e o ideal seria aprendê-la através de
um treinamento específico.Se ninguém souber e não houver tempo de chamar socorro,
a respiração boca a boca é mais simples: ventila-se duas vezes dentro da boca da
vítima, mantendo as narinas fechadas.
AFOGAMENTO
16. Crise convulsiva é o resultado de uma alteração elétrica do cérebro, onde as mensagens
cerebrais são temporariamente interrompidas ou trocadas. Normalmente, duram alguns
segundos ou minutos e depois retomam à sua atividade normal.
Nas crianças e adolescentes, o cérebro está em constante desenvolvimento e por isso
tem uma maior dificuldade no seu controle.
O cérebro é responsável pela maioria das funções corporais, e como tal, aquilo que uma
pessoa sente durante a crise, depende da parte do cérebro que foi afetada e da forma de
velocidade que se propaga.
CONVULSÃO
17. Tipos de crises convulsivas
As crises podem ser parciais ou generalizadas. Nas crises parciais há um envolvimento
de apenas uma parte do cérebro e podem progredir para generalizadas. Não há perda de
consciência e apenas afeta o órgão controlado por essa parte do cérebro afetado.
Poderá haver um período de alteração de comportamento, uma amnésia ou
incapacidade de responder a um evento. Poderá haver uma interrupção de atividade,
fixação do olhar, desvio dos olhos e da cabeça para um lado ou um comportamento
motor repetitivo (p. ex: do polegar, do canto da boca etc.) pode evoluir para uma crise
generalizada.
Nas crises generalizadas, envolve a totalidade ou quase totalidade do cérebro. Surgem
espasmos no corpo ou membros, seguidos de perda da força muscular e da consciência,
fazendo com que a pessoa caia.
Pode ainda, nestes casos. acontecer que durante a crise generalizada, devido aos
tremores intensos e queda da língua, a criança apresente cianose (um tom arroxeado da
pele). Isto normalmente acontece se for uma crise mais longa (superior a 5 minutos).
CONVULSÃO
18. Mesmo que não haja uma situação patológica, as temperaturas elevadas podem ser
responsáveis por episódios de crises generalizadas. Como prevenção é fundamental
ter sempre um adequado controlo da febre nas crianças, sobretudo em crianças até
aos 5 anos de idade que é a idade mais frequente para convulsões febris.
Crianças com historico de crises, poderão ser fatores desencadeantes determinados
estímulos ambientais. Logo, é importante ter conhecimento desses estímulos de forma
a evitá-los. Por ex. como ruídos intensos, luminosidade muito intensos etc.. É
importante manter a escola informada
CONVULSÃO
19. Como intervir numa situação de crise generalizada?
Algumas medidas protetoras devem ser tomadas no momento da crise:
Deitar a criança (caso ela esteja de pé ou sentada), evitando quedas e traumas;
Afastar a vítima de lugares perigosos, como áreas com piscina e próximo de objetos cortantes.
Mantenha-se calmo e acalme quem assiste à crise
Retirar objetos pessoais como óculos, anéis ou colares
Alargar as roupas se necessário, em especial as que estão próximas do pescoço
Manter a vítima de lado, com a cabeça baixa, para evitar engasgos
Colocar qualquer coisa macia debaixo da cabeça, ou ampará-la com a sua mão,
impedindo-a de bater no chão ou contra objetos
Proteger a boca, observando se a língua não está sendo mordida. Se a criança estiver se
sufocando com a própria língua, NUNCA ponha a mão dentro da boca para tentar ajudá-
la. Ela pode subitamente contrair violentamente a mandíbula, e feri-lo. O simples ato de
girar a cabeça para o lado é suficiente para a língua cair e desobstruir as vias aéreas,
além de impedir que a criança se afogue na própria saliva.
Não deixe a vítima sozinha, até que volte a respirar normalmente e esteja bem acordada
Limpar as secreções salivares, com um pano ou papel, para facilitar a respiração;
Observar se a criança consegue respirar;
Reduzir a estimulação sensorial (diminuir luz, evitar barulho);
Permitir que a criança descanse ou até mesmo durma após a crise;
Depois de terminada a crise, procurar apoio num serviço de saúde.
CONVULSÃO
20. Se possível, após tomar as medidas acima referidas, devem-se anotar os
acontecimentos relacionados com a crise, tais como:
Início da crise;
Duração da crise;
Eventos significativos anteriores à crise;
Se há incontinência urinária ou fecal (eliminação de fezes ou urina nas roupas);
Como são as contrações musculares;
Forma de término da crise;
Nível de consciência após a crise.
Tudo isso deverá ser informado ao médico da criança.
CONVULSÃO
21. Várias medidas erradas são comumente realizadas no socorro de uma criança com crise
convulsiva. NÃO DEVE SER FEITO:
NÃO se deve imobilizar os membros (braços e pernas); deve-se deixá-los livres;
NÃO tentar balançar a criança;
NAO colocar os dedos dentro da boca da criança; involuntariamente ela pode feri-lo;
NÃO dar banhos nem usar compressas com álcool, caso haja febre pois há risco de
afogamento ou lesão ocular pelo álcool;
NÃO medicar, mesmo que tenha os medicamentos, na hora da crise, pela boca. Os
reflexos não estão totalmente recuperados, e pode-se afogar ao engolir o comprimido e a
água;
Nunca jogar água no rosto, nem oferecer nenhum tipo de produto para cheirar
Depois de terminada a crise, é normal haver sonolência, confusão mental e dores de
cabeça. Não dar líquidos ou alimentos sólidos, pois os movimentos podem ainda estar
descoordenados.
Procurar um serviço de saúde se a crise durar mais de 5 minutos.
CONVULSÃO
22. Epistaxis é a hemorragia nasal provocada pela ruptura de vasos sanguíneos da mucosa
do nariz. Caracteriza-se pela saída de sangue pelo nariz, por vezes abundante e
persistente.
Se a hemorragia é grande. o sangue pode sair também pela boca.
Por que acontece?
O revestimento interno do nariz tem uma mucosa muito fina e delicada, que apresenta
uma enorme rede de vasos sanguíneos, o que a torna mais suscetível a hemorragias.
As principais causas são devido a traumatismos e a irritação nasal (ex.: sinusite, rinite).
Temperaturas elevadas, exposição ao sol e ar quente e seco também podem
potencializar o sangramento quando associado às causas anteriores
SANGRAMENTO NASAL
23. O que fazer?
Sentar a criança com o tronco ligeiramente inclinado para a frente para evitar que o
sangue escorra para a garganta e seja engolido;
Pedir para ela respirar através da boca;
(antigamente existia a crença de que, para parar uma hemorragia nasal, se devia inclinar
a cabeça para trás e elevar um braço. Contudo, não há qualquer fundamento em relação
a isso sendo que até pode ser prejudicial)
Comprimir com o dedo a narina que sangra durante uns cinco minutos;
SANGRAMENTO NASAL
24. Aplicar gelo exteriormente ou compressas frias para reduzir o fluxo sanguíneo. Pode-se
também colocar um pouco de gelo na base do pescoço.
(o gelo deve estar devidamente envolvido numa toalha ou pano, e deve ser aplicado no
nariz abrangendo um pouco a região da face ao lado do nariz que se chama - malares)
Se a hemorragia não parar, introduzir na narina que sangra um tampão coagulante,
fazendo pressão para que a cavidade nasal fique bem preenchida. Pode enrolar um
pouco de papel higiénico e comprima-o firmemente sobre o lábio superior, de forma a
que ele faça pressão sobre o septo (a parede divisória do nariz).
Depois de alguns minutos, solte o nariz vagarosamente, mas não assoe.
Após a hemorragia ter parado. a criança deverá repousar e evitar esforços, como por
exemplo assoar-se.
Depois de todas estas manobras e se a hemorragia persistir mais que dez minutos,
transportar a criança para o hospital
SANGRAMENTO NASAL
25. As diarreias nas crianças podem ter várias causas sendo a causa viral a mais frequente
Como sabe que o seu filho tem diarreia?
A criança está com diarreia quando apresenta um aumento do número de vezes de
defecações, havendo uma diminuição da consistência dessas fezes, que quando
diarreicas são moles ou líquidas.
Que tipos de diarreia existem?
Existem 3 tipos de diarreia: LEVE, MODERADA ou GRAVE:
A diarreia leve é quando a criança tem fezes moles ainda que várias vezes ao dia, mas
sem outros sinais de doença. A diarreia moderada é quando a criança tem várias
defecações diárias de fezes moles ou líquidas, e pode ter febre e vómitos.
Na diarreia grave, a criança tem várias defecações líquidas ao longo do dia e em grande
quantidade com sinais de desidratação o que requer encaminhamento imediato para um
hospital.
DIARREIA
26. Quais os riscos da diarreia?
O problema quando as fezes são líquidas é a perda de água, pelo risco de
desidratação principalmente nos bebés.
Regra geral: quanto menor for a criança maior o risco.
O que fazer para ajudar o seu filho?
Quando a criança está com diarreia é importante que beba água (desde logo, na
diarreia leve), ou através de solução salina de rehidratação, a fim de evitar a
desidratação.
Também pode oferecer água de arroz a beber, ou se for um bebé a fazer leite
artificial, diluir o leite em água de arroz. Se for um bebé amamentado deve-se
continuar a amamentar, ainda que mais vezes ao dia.
Como fazer água de arroz?
Ponha 1 litro de água a ferver e junte duas colheres de sopa de arroz;
Deixe a água evaporar até metade e junte novamente água até perfazer a
quantidade inicial;
Deixe ferver novamente durante trinta minutos e coe.
DIARREIA
27. O que são soluções de reidratação oral?
As soluções de reidratação oral são compostas por eletrólitos (essencialmente sódio e
potássio), associados à água os quais promovem a reidratação de forma mais eficiente,
tendo em conta que as perdas ao longo das defecações diarreicas não são compostas
apenas por água.
Por vezes os pais interrogam-se acerca do número de defecações como referência a ter
para saberem se a criança está com diarreia, contudo isso pode ser um risco pois as
características como a consistência das fezes e a quantidade em cada defecação devem
de ser tidas em conta.
Pode também ser confuso ou inseguro para os pais avaliarem a diarreia da criança
sobretudo se for bebê, sendo importante procurar um serviço de saúde.
DIARREIA
28. A febre é a manifestação mais comum de doença na idade pediátrica e define-se como
um aumento da temperatura do corpo acima dos 37,8-38ºC.
A FEBRE É UM SINAL DE DOENÇA E NÃO UMA DOENÇA EM SI, MAS É APENAS A
RESPOSTA A DIVERSOS ESTÍMULOS, SENDO O PRINCIPAL A INFECÇÃO.
O uso de anti-térmicos deve ser moderado, pois a febre tem um papel de defesa contra a
infecção, recomendando o seu uso quando a temperatura for superior a 38-38,5ºC.
Excepto se o bebé estiver com muita irritabilidade.
O ARREFECIMENTO POR MEIOS FÍSICOS (banho, toalhas), é discutível. A sua
finalidade é facilitar a mais rápida redução da temperatura corporal em alguns graus.
Logo, o banho é a temperatura normal (37 graus) e não deve ser superior a 10 minutos,
para impedir que a evaporação faça baixar mais ainda a temperatura periférica. Esta
medida de arrefecimento, deve ser sempre associada á terapia medicamentosa, pois
isoladas, aumentam a conservação e produção de calor, pela constrição dos vasos
reativa e pelos tremores que provocam.
Fique atento!!
FEBRE
29. Durante a subida da febre, quando a criança está com arrepios de frios e com
as mãos e os pés frios, deve-se abafar após ter dado o antipirético. Assim que
a criança já não apresente arrepios de frios devemos retirar a sua roupa para
permitir a libertação do calor, respeitando o que o organismo “pede”
Associado à febre existe também o risco de desidratação (devido à transpiração) sendo
importante oferecer líquidos à criança regularmente.
FEBRE
30. Os vómitos podem ter várias causas e são motivo de grande aflição para a maior parte
das crianças. O ato de vomitar divide-se em três fases: náuseas, ânsia de vomitar e
vômito. Nas crianças, a causa mais frequente de vômito é a gastroenterite aguda
(inflamação que acomete estômago e intestino causada por vírus).
Quais os riscos dos vómitos?
Se persistentes os vómitos podem levar a desidratação, o que é grave, principalmente se
associado a diarreia, pois aumenta a perda de água. Esta situação requer ida aos
Serviços de Saúde.
O que deve ser feito?
Regra geral: os pais são orientados a fazerem uma pausa alimentar e oferecerem na
colher, líquidos açucarados, frios e sem gás ou uma solução de rehidratação oral (soro
oral), inicialmente pouco de cada vez (cerca de 5ml), em intervalos regulares, e ir
aumentando a quantidade conforme a tolerância.
O início da reidratação oral, deverá ser feita meia hora após o vómito, a fim de
estabilização das paredes gástricas e a alimentação (com características
dietéticas de a criança já tiver iniciado alimentação diversificada) após duas
Horas.
VÔMITOS
31. FONTES
Fontes:
Enfermeiro Ricardo Leocádio Nunes - Coren SP 300.020
Enfermeito Luciana Marth Leocádio - Coren SP 300.021
http://delas.ig.com.br/filhos/guia-basico-de-primeiros-socorros-em-criancas
http://www.cuidarcrianca.com/
GRANKIDS
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