1) Acidentes são a principal causa de morte entre crianças de 0 a 14 anos no Brasil, com 140 mil hospitalizações e 7 mil mortes anualmente. 2) 90% dos acidentes podem ser evitados com ações educativas, modificações ambientais e de arquitetura, e cumprimento de regulamentações. 3) As principais causas de acidentes na infância são quedas, queimaduras, afogamentos, intoxicações e atropelamentos.
2. O que são Acidentes ?
São lesões não-intencionais, leves ou graves, provocadas por ações sem a prévia intenção de
causar o ferimento
Tem como possíveis conseqüências :
Seqüelas
Morte
3. Prevenção de Acidentes na Infância
Acidentes são a maior causa de morte ou seqüelas entre crianças de 0 a 14 anos no Brasil.
A alta incidência dos acidentes na infância ocorre por 2
principais motivos:
•lapso de supervisão
•mecanismo de segurança não utilizado
4. Prevenção de Acidentes na Infância
Dados do Ministério da Saúde brasileiro – Média anual 0-14 anos:
• 140 mil são hospitalizadas
• 40 mil ficam com seqüelas permanentes
• 7 mil morrem
90% dos acidentes podem ser evitados com:
*Ações Educativas
*Alterações no Meio Ambiente
*Modificações de Arquitetura
*Cumprimento de Regulamentação Específicas
5. Acidentes acontecem:
Independente da vontade humana
Desencadeado pela ação repentina e rápida de uma causa externa:
lesão corporal ou mental
Cadeia de eventos:
período curto de tempo (geralmente segundos ou minutos)
indesejado conscientemente
começa com a perda de controle do equilíbrio entre um indivíduo e seu
sistema (vítima x ambiente)
termina com a transferência de energia (cinética, química, térmica,
elétrica ou radiação ionizante) do sistema para o indivíduo
6. Fatalidade x Evento Previsível
(prevenção)
Ministério de Saúde (2001): “Política Nacional de Redução de Mortalidade
por Acidentes e Violência”
Diretrizes:
promover comportamentos e ambientes seguros e saudáveis
monitoramento da ocorrência de acidentes e de violências
sistematização, ampliação e consolidação do atendimento pré-hospitalar
assistência interdisciplinar e intersetorial às vítimas de acidentes e de violências
estruturação e consolidação do atendimento
voltado à recuperação e à reabilitação
capacitação de recursos humanos
apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas
7. Fases do Acidente (evento)
Em todas essas fases pode ocorrer a prevenção, com o objetivo de eliminar, diminuir ou recuperar a
transferência de energia
Fase pré-evento: as condições do ambiente e fatores de
risco são (situações de
risco domiciliar, grades, cinto de segurança, capacete, álcool x volante e,
quando em via pública, adulto por perto)
Fase do evento: acidente com a liberação de energia
(limites de velocidade, sinalização, carros “deformáveis”, álcool diluído,
protetores de tomada)
Fase pós acidente: relacionada aos acontecimentos após
a liberação de energia
(Suporte Básico de vida, “Hora de Ouro”, transporte rápido)
8. Principais causas de morte – Brasil
2000Mortes / 100.000 hab
< 1 ano 1 a 4 anos 5 a 9 anos 10 a 14 anos 15 a 19 anos
Doenças infecto-parasitárias 166.5 12.8 2.6 2.0 3.2
Neoplasias 4.9 5.1 3.9 3.7 5.2
Doenças respiratórias 146.5 15.8 2.7 2.2 3.5
Afecções do período perinatal 1136.4 0.2 0 0 0
Causas externas 38.5 16.3 12.4 17.4 75.2
Acidentes de transporte 2.8 4.5 5.3 5.6 14.7
Quedas 1.2 0.7 0.5 0.4 0.6
Submersões 0.8 4.2 2.9 3.7 5.4
Queimaduras 1.4 1.1 0.4 0.1 0.2
Intoxicação 0.3 0.2 0 0 0.1
Suicídios 0 0 0 0.5 2.9
Homicídios 2.4 0.8 0.7 3.2 40.5
Intenção determinada 5.8 1.5 0.8 1.5 5.8
16. Queimaduras
O fogo exerce uma atração quase mágica na infância. As crianças mais novas correm um
risco ainda maior
Não deixe fósforos, isqueiros e outras fontes de energia ao alcance das crianças
17. Queimaduras
Durante as festas juninas, dobram os atendimentos a pessoas nas emergências dos
hospitais. Mais de 80% das vítimas são crianças.
Não existem fogos de artifício inofensivos. Podem explodir nas mãos, mutilando o
manipulador
18. Queimaduras
Muito cuidado com álcool. Prefira o álcool em gel em porcentagens menores que 90%
de alcool em sua constituição, pelo menor poder de explosão
Substitua as fiações antigas e desencapadas e não as deixe
embaixo do tapete
19. Queimaduras
Brincadeiras com pipa só devem ocorrer longe dos fios de alta tensão
Cozinhe nas bocas de trás do fogão
Mantenha os cabos das panelas sempre virados para dentro do fogão
22. Orientações para os pais
0 - 1 ano
Nunca deixar a criança sozinha.
Grades protetoras no berço;
Baixar o estrado e o colchão do berço, assim que o bebê estiver
sentando sem apoio;
Não deixar travesseiros, brinquedos ou objetos soltos no berço;
Espaço entre as grades não deve ser maior do que 8 – 9 cm;
Andadores não devem ser estimulados.
1 – 4 anos:
Proteção nas janelas, escadas, travas;
Manter portas trancadas, com acesso à cozinha e lavandeira restrito
23. Orientações para os pais
5 – 9 anos:
Prestar atenção onde anda e/ou corre
Cuidado com trânsito.
Acima de 9 anos
Desencorajar brincadeiras e jogos em varandas ou terraços;
Equipamentos de segurança nas atividades de esporte e lazer;
Evitar atividades sobre efeito de medicamentos que produzam
sonolência.
29. Envenenamentos
As crianças mais novas estão naturalmente em maior risco de envenenamento, e a
maior freqüência de casos ocorre entre as crianças até 4 anos, no ambiente de
casa;
Crianças podem ser envenenadas por
Produtos de Limpeza
Cosméticos
Plantas
Corpos estranhos / Brinquedos
Pesticidas
Tintas
medicamentos
30. Envenenamentos
Mantenha os produtos em suas embalagens originais e fora da vista e do alcance das
crianças. Use cadeados para produtos tóxicos
31. Envenenamentos
Hospital das Clínicas – UNICAMP
Telefones: (19) 3521-6700 / 3521-7555
E-mail: cci@fcm.unicamp.br
O que fazer em emergências de envenenamento?
Tenha sempre à mão o telefone de um Centro de Controle de Toxologia.
· Idade e Peso da vítima;
· Condições de saúde e problemas existentes;
· O tipo de substância e modo de contato;
32. Situações de Risco: Asfixia
A criança pode introduzir objetos pequenos em
qualquer orifício do corpo, não entendendo os reais
iscos de fazê-lo!
Locais de difícil retirada requerem anestesia geral
para manipulação e as vezes até grandes cirurgias
como broncoscopia e toracotomia por exemplo.
Ouvido, vagina, uretra, ânus, boca e narinas são
locais que a criança tem curiosidade e podem evoluir
com aprisionamento do objeto.
36. Afogamentos
•Ao deixar a criança na banheira para pegar uma toalha: cerca de 10
segundos são suficientes para que a criança fique submersa
•Ao atender ao telefone: apenas 2 minutos são suficientes para que a
criança submersa na banheira perca a consciência
•Sair para atender a porta da frente: uma criança submersa na banheira
ou na piscina entre 4 a 6 minutos pode ficar com danos permanentes no
cérebro
37. Afogamentos
Supervisão constante: não permita que a criança nade sozinha e nunca deixe-a dentro ou
próxima da água, mesmo em lugares considerados rasos
Feche sempre a tampa do vaso sanitário e tranque a porta do banheiro
38. Afogamentos
Em mares e rios fique alerta as mudanças de ondas e correntes. Vista colete de
segurança
Matricule as crianças em aulas de natação. A idade ideal é partir de 7 meses após iniciar
a ficar de pé. Se você não sabe nadar, matricule-se também (seu filho pode precisar de
voce!)
http://www.youtube.com/watch?v=aseQsDBJS6c
42. Acidentes de Trânsito
A partir do 1º ano de vida o trauma é a maior causa de
morbimortalidade na infância
Trânsito ocasiona a cada ano mais de um milhão de mortes e
cerca de 10 milhões de lesões incapacitantes
Locais mais vulneráveis:
Cabeça e pescoço
43. Controle dos atropelamentos
Atravessar uma rua: série complexa de até 26 ações
Estudos demonstram
Criança não tem maturidade suficiente para entender os sinais de trânsito
e principalmente os mecanismos que disciplinam o fluxo de veículos antes
dos 12 anos
Não deveria permitir
Nenhuma criança andasse na rua desacompanhada de um adulto antes
dos 12 anos
44. Regras de segurança para o pedestre
no trânsito Atravessando a rua
Pensar: achar o lugar mais seguro; (passarelas e semáforos)
Parar: sobre a calçada perto do meio fio em local visível;
Olhar e ouvir
Esperar
Olhar e ouvir novamente
Chegar vivo
Andando na rua
Caminhar sempre na calçada, longe do meio fio
Estar atento para locais de saída de veículos
Ao descer do veículo, sempre fazer pelo lado da calçada
45. Segurança no trânsito - Orientações
para os pais
Os pais devem dar o exemplo:
Respeitar normas do trânsito, não dirigir alcoolizado, usar cinto
de segurança
Toda criança deve viajar sempre no banco traseiro do
automóvel até os 12 anos (orientação da SBP)
Crianças devem usar o assento de segurança adequado
para sua faixa etária
Ciclistas devem sempre usar o capacete de proteção