SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
31 - O DOUTRINADOR RIGORISTA
Palavra vigorosa e inflamada, o pregador espiritista alongava-se na exposição de sempre:
- Nunca haverá acordo entre o mundo e nós outros. Fujamos desta Babilônia incendiada, onde a
perdição corrompe o caráter e perverte as melhores energias. Neste pântano terrível, as víboras
peçonhentas do crime rastejam em todas as direções. Salvaguardemo-nos, à distância, das
sombras densas do pecado. Observai o abismo sob vossos pés! Trevas por todos os lados... Nas
mais ínfimas estradas, a visão invariável de poeira e lama, pedras e espinhos, desencoraja o
viajor anteriormente dominado de idealismo e esperança; Revelemos nossa repugnância, diante
do mundo criminoso e perdido. Recordemos os santos magnânimos que iluminaram o quadro
das civilizações, nos dias mais escuros. Todos eles fugiram ao Planeta perverso! É que, neste
lamaçal imenso, as melhores aspirações do Espírito se perdem na borrasca do mal, longe de
Deus!...
Macário Barroso era, assim, rigorista e implacável.
Dirigindo considerável agrupamento espiritista, sua atitude desconcertante alcançava a
comunidade inteira, dilatando preocupações e tristezas e fazendo escassear alegrias. As jovens
colaboradoras, nos seus trabalhos de difusão doutrinária, não deveriam manifestar os júbilos
próprios da mocidade cheia de sonhos e as gargalhadas infantis, chilreios de pássaros felizes
nos galhos fartos da vida, considerados por Macário como impulsos inconvenientes da meninice,
requisitando repreensões ásperas.
- Não concordo com traço algum que nos recorde as perdições do mundo. Simplifiquemos tudo,
combatamos a falsidade de certos princípios que escancaram a porta aos pecados miseráveis.
Não reconhecia, porém, o orientador, que simplicidade não significa violência, e que os enganos de
concepção tanto podem permanecer naquele que se atira à irreflexão, como no homem que deseja
amadurecer o fruto quando a fronde verde apenas oferece flores tenras.
Macário, todavia, apresentava fenômeno singular. Extremista de opinião, impressionava
favoravelmente a quantos lhe ouvissem pareceres, porque, no fundo, era homem devotado e
sincero. Não concedia a si mesmo nenhum entretenimento, nenhum prazer. Sacrificara-se quase
totalmente aos princípios de que se tornara emérito pregador. Revelava gestos de profunda
nobreza aos companheiros na fé, e a sinceridade é sempre sedutora, onde quer que permaneça.
Por isso mesmo, a psicologia de sua individualidade brilhante apresentava situações de enorme
complexidade. É que o prestigioso orientador não sabia identificar as necessidades alheias
senão através dos prismas que lhe eram peculiares. No seu modo de observar, todos os casos
deveriam estar afinados pelas características do que lhe era próprio. Porque guardava
escabrosas impressões do passado individual, em virtude de experiências cruéis na luta humana,
criara padrão exclusivo e errôneo para julgar os outros. Pintava a negro qualquer paisagem do
mundo, condenava seu tempo, não tolerava os amigos que se decidissem ao trabalho da
coletividade em ambientes até agora estranhos à expressão religiosa, quais a Política, a Ciência,
a autoridade administrativa e o círculo das Finanças. Compreendia à sua maneira que Jesus não
poderia partilhar trabalhos diferentes da atividade puramente mística em si mesma, e se algum
companheiro manifestava propósitos de cooperar nesses setores, Macário exibia profunda
admiração e observava;
- Não concordo. Semelhante atitude é o escândalo da volta ao mundo, que deveremos detestar.
Se, em plena rua, alguém lhe mostrasse uma casa de esporte ou algum recanto de alegria
popular, Barroso afastava-se intencionalmente, baixava os olhos e tornava outro rumo,
esclarecendo:
- São remanescentes de Sodoma e Gomorra, redutos do crime, que o fogo consumirá algum dia.
Furtava-se deliberadamente a toda palestra em que houvesse preocupação, embora correta,
pelos problemas da vida social, e fugia à conversação onde o bom humor estivesse amenizando as
agruras do caminho comum dos homens.
Apesar de bondoso e sincero, isolou-se aos poucos, afastando-se de amigos, de companheiros e
de afeições. Cheio de preocupações salvacionistas, era sempre fecundo em apelos, conselhos e
advertências, onde quer que estivesse, sem a necessária seleção de valores, lugares e
situações. O que definia, no entanto, como intenção regeneradora, não era mais que a imposição
das idéias próprias, com o esquecimento de que, para beneficiar com proveito, deveria dirigir-se
à esfera mental de cada um dos irmãos na luta, sem obrigá-los a procurar o plano em que se
mantinha.
Debalde a carinhosa mãe lhe observou os perigos da situação. Inutilmente os amigos solicitaramno
à transformação precisa. Macário foi implacável. Preferiu a solidão, a necessidade, o
abandono. Declarava-se amedrontado do mundo, onde a bagagem de seus erros se tornara
volumosa e exigia que todos os companheiros exteriorizassem receios iguais aos dele. Via
monstros em todos os recantos, perversão nas alegrias mais inocentes.
E foi assim, rígido e inflexível, sem ceder absolutamente a ninguém, que o bondoso doutrinador
regressou à esfera espiritual.
Desprendera-se da zona carnal, quase sozinho, como preferira viver, no radicalismo dos
princípios pessoais.
Muita gente passou a catalogá-lo na relação dos santos, tais os supostos sacrifícios que Barroso
revelara na existência terrestre, os quais, na realidade, não passavam de imposições de sua
personalidade intransigente. Todavia, enquanto reduzido grupo erigia ao desencarnado um
mundo de homenagens, o doutrinador passou às surpresas inesperadas na esfera diferente de
ação. Fundamente desapontado, não encontrou a paisagem que aguardava. Achou-se sem
ninguém, exclusivamente sozinho. Que região era aquela constituída de montanha gelada?
Contemplava a distância os vales que a neblina convertia em quadros cinzentos e indefiníveis.
Frio cortante dilacerava-lhe o coração. Como interpretar a novidade constrangedora? O pobre
amigo chorou amargamente, implorando elucidações da Providência Divina. Não fora
combatente implacável dos erros e mentiras de seu ambiente e de sua época?
Decorrido muito tempo na expectativa dolorosa, foi visitado por benevolente emissário que lhe
estendeu auxílios carinhosas.
- Ah! meu amigo! que fiz por merecer tamanhas flagelações? - perguntou Macário, após
agradecer-lhe a presença amorosa - cumpri meus deveres, não olvidei obrigações assumidas...
O mensageiro contemplou-o afetuosamente e falou, tomando-lhe as mãos num gesto paternal:
- Ó meu filho, quanto lastimo o teu desentendimento. Não posso negar-te o esforço e a
boavontade, entretanto...
- A que incompreensão vos referis? - interrogou o ex-doutrinador conturbado - acaso não me
afastei do mundo para servir a Deus?
A bondosa entidade fixou um gesto significativo e esclareceu:
- Esta simples afirmativa demonstra o teu engano fatal. Como poderia o servo atender ao senhor
que lhe contratou a atividade, abandonando a zona de serviço confiada ao seu esforço?
Reconhecendo a Terra integrada na criação de Deus, como cumprir os desígnios do Pai,
fugindo-lhe aos serviços?
Enquanto Macário denunciava intraduzível angústia no pranto que lhe borbulhava dos olhos, o
amigo continuava:
- Muitas vezes procurei restituir-te o coração ao verdadeiro caminho, falando-te através de
familiares e amigos prudentes, mas cristalizaste os raciocínios, cerrando as portas do plano
mental aos meus apelos.
- É que o mundo sempre me pareceu insondável abismo, de crimes sem conta... nunca pude
contemplá-lo sem mágoa e condenação - exprimiu-se o recém-desencarnado, lacrimoso.
- Procedeste qual homem tirânico que intenta violentar quantos lhe cruzam os caminhos,
obrigando-os a partilhar o resgate das dividas que lhe são próprias. Por estares endividado com
a Terra, pretendeste doutrinar orgulhosamente, impondo aos outros inquietações e pesares que
te pertencem ainda. Por que tamanha aversão à escola benfeitora? Acaso, meu filho, não te
alimentavas do mundo, não te vestias dele? Não foi o mundo que te ministrou os primeiros
conhecimentos, que te proporcionou a bênção do corpo, a possibilidade de renovação individual,
o reencontro de afeições divinas? Desejarias insultar a Terra, porque te concedeu a dedicação
dos pais, o templo da reencarnação, a tepidez do lar, o olhar amigo dos que te amam?
Recebeste com abundância as inspirações de ordem superior, mas preferiste a solidão com a
teimosia de quem não sabe renunciar aos caprichos próprios. Pregaste a palavra em nome de
Jesus, convocando os ouvintes a receberem imposições, olvidando que o Mestre Divino não
esperou pelas criaturas, na esfera de sua glória, mas veio até nós, ajudando-nos a cada um.
Valendo-se da pausa intencional que o mensageiro imprimira à alocução, clamou Barroso,
desalentado:
- Amedrontavam-me os antros de perdição!...
- Por que pavor e não piedade? - inquiriu o sábio, serenamente. - Não te interessavas pelos
enfermos do corpo? Como desprezar cheio de asco injusto os doentes da alma? Não te
aproximavas carinhosamente dos mutilados físicos? Por que a repugnância para com os
aleijados espirituais? Não há lugares desprezíveis para o cristão fiel, porque, em toda parte, é
possível praticar o bem com Jesus.
Macário, muito triste, arregalava os olhos. Começara a entender a amarga situação. Tentando,
porém, a derradeira justificativa, exclamou:
- Seduzia-me a lembrança dos santos...
No entanto, antes que se alongasse em considerações novas, o mensageiro acrescentou:
- Não conheces, todavia, os santos de Júpiter ou Saturno. Tens notícias apenas dos que se
glorificaram na Terra. Forçoso, pois, é reconhecer que, do mundo que detestaste, saíram os
Simão Pedro e os Paulo de Tarso que tanto admiras. Deste modo, claro está que o mundo
somente será perverso para quem o fixe nutrindo intenções ou reminiscências dessa natureza.
Macário Barroso experimentou tremendo choque. Entendera, enfim, o equívoco ruinoso de suas
antigas concepções, caindo em amargurado silêncio.
Daí a instantes, o emissário endereçava-lhe um gesto de adeus.
- Oh! amado benfeitor! - suplicou o infeliz, banhado em lágrimas - por quanto tempo ficarei aqui,
abandonado neste monte gelado?
- Esta montanha - esclareceu a generosa entidade - deve representar profundo símbolo ao teu
coração.
Não basta subir ao tope da cultura e do conhecimento intelectual; é preciso que haja sol de
compreensão e amor que ilumine e aqueça a culminância.
Emocionado, Barroso suplicou ainda:
- Abençoado amigo, mensageiro do Altíssimo, ensinai-me a reparar meus erros, para redenção de
minha pobre alma! Auxiliai-me, não me negueis vossas mãos!...
O benfeitor, prestes a partir, dirigiu-lhe significativo olhar e acrescentou:
- Tens bastante conhecimento para compreender a magnanimidade de Nosso Pai. Tua
questão, Macário, é com o mundo. Antigamente erraste, enlameando-lhe as estradas ;
presentemente renovaste o erro, fugindo-lhe aos serviços. Não tenho outro conselho para
teu coração além da fórmula de procurares o credor e conhecer a própria conta. Quanto
ao mais, meu irmão, confia na bondade do mundo e que Deus te conceda acréscimo de
misericórdia no resgate justo.
-

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Contos e apólogos irmão x
Contos e apólogos   irmão xContos e apólogos   irmão x
Contos e apólogos irmão xAntonio SSantos
 
Humberto de campos boa nova - psicografia de francisco cândido xavier
Humberto de campos   boa nova - psicografia de francisco cândido xavierHumberto de campos   boa nova - psicografia de francisco cândido xavier
Humberto de campos boa nova - psicografia de francisco cândido xavierLevi Antonio Amancio
 
15 a grande surpresa
15   a grande surpresa15   a grande surpresa
15 a grande surpresaFatoze
 
Seminario Memórias de Um Suicida - Capítulo V - O Reconhecimento - 21-03-2016
Seminario Memórias de Um Suicida - Capítulo V - O Reconhecimento - 21-03-2016Seminario Memórias de Um Suicida - Capítulo V - O Reconhecimento - 21-03-2016
Seminario Memórias de Um Suicida - Capítulo V - O Reconhecimento - 21-03-2016Cynthia Castro
 
8 o livre pensador
8   o livre pensador8   o livre pensador
8 o livre pensadorFatoze
 
3 a vidência esquecida
3   a vidência esquecida3   a vidência esquecida
3 a vidência esquecidaFatoze
 
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016Cynthia Castro
 
Estudo André Luiz - Capítulos 1 e 2
Estudo André Luiz - Capítulos 1 e 2Estudo André Luiz - Capítulos 1 e 2
Estudo André Luiz - Capítulos 1 e 2CEENA_SS
 
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo V - A Causa de M...
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo V - A Causa de M...Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo V - A Causa de M...
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo V - A Causa de M...Cynthia Castro
 
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo IV - O Homem Vel...
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo IV - O Homem Vel...Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo IV - O Homem Vel...
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo IV - O Homem Vel...Cynthia Castro
 
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo I - A Mansão da ...
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo I - A Mansão da ...Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo I - A Mansão da ...
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo I - A Mansão da ...Cynthia Castro
 
9 desapontamento de um suicida
9   desapontamento de um suicida9   desapontamento de um suicida
9 desapontamento de um suicidaFatoze
 
A escolha de companheiros - livro
A escolha de companheiros - livroA escolha de companheiros - livro
A escolha de companheiros - livroSilvio Dutra
 
Série Evangelho no Lar - Cap. 56 - Perdoar e Compreender
Série Evangelho no Lar - Cap. 56 - Perdoar e CompreenderSérie Evangelho no Lar - Cap. 56 - Perdoar e Compreender
Série Evangelho no Lar - Cap. 56 - Perdoar e CompreenderRicardo Azevedo
 
Seminário Memórias de um Suicida - Segunda Parte - Capítulo I - A Torre de Vi...
Seminário Memórias de um Suicida - Segunda Parte - Capítulo I - A Torre de Vi...Seminário Memórias de um Suicida - Segunda Parte - Capítulo I - A Torre de Vi...
Seminário Memórias de um Suicida - Segunda Parte - Capítulo I - A Torre de Vi...Cynthia Castro
 

Mais procurados (20)

Contos e apólogos irmão x
Contos e apólogos   irmão xContos e apólogos   irmão x
Contos e apólogos irmão x
 
Humberto de campos boa nova - psicografia de francisco cândido xavier
Humberto de campos   boa nova - psicografia de francisco cândido xavierHumberto de campos   boa nova - psicografia de francisco cândido xavier
Humberto de campos boa nova - psicografia de francisco cândido xavier
 
15 a grande surpresa
15   a grande surpresa15   a grande surpresa
15 a grande surpresa
 
Seminario Memórias de Um Suicida - Capítulo V - O Reconhecimento - 21-03-2016
Seminario Memórias de Um Suicida - Capítulo V - O Reconhecimento - 21-03-2016Seminario Memórias de Um Suicida - Capítulo V - O Reconhecimento - 21-03-2016
Seminario Memórias de Um Suicida - Capítulo V - O Reconhecimento - 21-03-2016
 
8 o livre pensador
8   o livre pensador8   o livre pensador
8 o livre pensador
 
3 a vidência esquecida
3   a vidência esquecida3   a vidência esquecida
3 a vidência esquecida
 
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016
 
Estudo André Luiz - Capítulos 1 e 2
Estudo André Luiz - Capítulos 1 e 2Estudo André Luiz - Capítulos 1 e 2
Estudo André Luiz - Capítulos 1 e 2
 
Renúncia
RenúnciaRenúncia
Renúncia
 
Toque por amor
Toque por amorToque por amor
Toque por amor
 
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo V - A Causa de M...
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo V - A Causa de M...Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo V - A Causa de M...
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo V - A Causa de M...
 
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo IV - O Homem Vel...
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo IV - O Homem Vel...Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo IV - O Homem Vel...
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo IV - O Homem Vel...
 
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo I - A Mansão da ...
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo I - A Mansão da ...Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo I - A Mansão da ...
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo I - A Mansão da ...
 
090819 das penas e gozos terrenos–livro iv, cap. i
090819 das penas e gozos terrenos–livro iv, cap. i090819 das penas e gozos terrenos–livro iv, cap. i
090819 das penas e gozos terrenos–livro iv, cap. i
 
Edição n. 29 do CH Notícias - novembro/2017
Edição n. 29 do CH Notícias -  novembro/2017Edição n. 29 do CH Notícias -  novembro/2017
Edição n. 29 do CH Notícias - novembro/2017
 
9 desapontamento de um suicida
9   desapontamento de um suicida9   desapontamento de um suicida
9 desapontamento de um suicida
 
A escolha de companheiros - livro
A escolha de companheiros - livroA escolha de companheiros - livro
A escolha de companheiros - livro
 
Série Evangelho no Lar - Cap. 56 - Perdoar e Compreender
Série Evangelho no Lar - Cap. 56 - Perdoar e CompreenderSérie Evangelho no Lar - Cap. 56 - Perdoar e Compreender
Série Evangelho no Lar - Cap. 56 - Perdoar e Compreender
 
Seminário Memórias de um Suicida - Segunda Parte - Capítulo I - A Torre de Vi...
Seminário Memórias de um Suicida - Segunda Parte - Capítulo I - A Torre de Vi...Seminário Memórias de um Suicida - Segunda Parte - Capítulo I - A Torre de Vi...
Seminário Memórias de um Suicida - Segunda Parte - Capítulo I - A Torre de Vi...
 
Convites da vida...........leitura
Convites da vida...........leituraConvites da vida...........leitura
Convites da vida...........leitura
 

Destaque

30 mania de enfermidade
30   mania de enfermidade30   mania de enfermidade
30 mania de enfermidadeFatoze
 
32 a crente interessada
32   a crente interessada32   a crente interessada
32 a crente interessadaFatoze
 
Evangelho no lar com crianças (66)
Evangelho no lar com crianças (66)Evangelho no lar com crianças (66)
Evangelho no lar com crianças (66)Fatoze
 
Evangelho animais 88
Evangelho animais 88Evangelho animais 88
Evangelho animais 88Fatoze
 
Evangelho animais 93
Evangelho animais 93Evangelho animais 93
Evangelho animais 93Fatoze
 
Evangeliz apostila feb
Evangeliz apostila febEvangeliz apostila feb
Evangeliz apostila febAlice Lirio
 
Evangelho no lar com crianças (61)
Evangelho no lar com crianças (61)Evangelho no lar com crianças (61)
Evangelho no lar com crianças (61)Fatoze
 
64 oitava categoria - caso 06 e caso 07
64   oitava categoria - caso 06 e caso 0764   oitava categoria - caso 06 e caso 07
64 oitava categoria - caso 06 e caso 07Fatoze
 
Evangelho animais 86
Evangelho animais 86Evangelho animais 86
Evangelho animais 86Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (59)
Evangelho no lar com crianças (59)Evangelho no lar com crianças (59)
Evangelho no lar com crianças (59)Fatoze
 
Evangelho animais 92
Evangelho animais 92Evangelho animais 92
Evangelho animais 92Fatoze
 
Aula 13 reino animal - animais das águas - princípio inteligente
Aula 13   reino animal - animais das águas - princípio inteligenteAula 13   reino animal - animais das águas - princípio inteligente
Aula 13 reino animal - animais das águas - princípio inteligenteFatoze
 
Aula 14 pai alcoolatra
Aula 14   pai alcoolatraAula 14   pai alcoolatra
Aula 14 pai alcoolatraFatoze
 
Evangelho animais 94
Evangelho animais 94Evangelho animais 94
Evangelho animais 94Fatoze
 
Evangelho animais 95
Evangelho animais 95Evangelho animais 95
Evangelho animais 95Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (64)
Evangelho no lar com crianças (64)Evangelho no lar com crianças (64)
Evangelho no lar com crianças (64)Fatoze
 
Apresentaçao jesus sorrindo_definitiva_2 (2)
Apresentaçao jesus sorrindo_definitiva_2 (2)Apresentaçao jesus sorrindo_definitiva_2 (2)
Apresentaçao jesus sorrindo_definitiva_2 (2)Alice Lirio
 

Destaque (17)

30 mania de enfermidade
30   mania de enfermidade30   mania de enfermidade
30 mania de enfermidade
 
32 a crente interessada
32   a crente interessada32   a crente interessada
32 a crente interessada
 
Evangelho no lar com crianças (66)
Evangelho no lar com crianças (66)Evangelho no lar com crianças (66)
Evangelho no lar com crianças (66)
 
Evangelho animais 88
Evangelho animais 88Evangelho animais 88
Evangelho animais 88
 
Evangelho animais 93
Evangelho animais 93Evangelho animais 93
Evangelho animais 93
 
Evangeliz apostila feb
Evangeliz apostila febEvangeliz apostila feb
Evangeliz apostila feb
 
Evangelho no lar com crianças (61)
Evangelho no lar com crianças (61)Evangelho no lar com crianças (61)
Evangelho no lar com crianças (61)
 
64 oitava categoria - caso 06 e caso 07
64   oitava categoria - caso 06 e caso 0764   oitava categoria - caso 06 e caso 07
64 oitava categoria - caso 06 e caso 07
 
Evangelho animais 86
Evangelho animais 86Evangelho animais 86
Evangelho animais 86
 
Evangelho no lar com crianças (59)
Evangelho no lar com crianças (59)Evangelho no lar com crianças (59)
Evangelho no lar com crianças (59)
 
Evangelho animais 92
Evangelho animais 92Evangelho animais 92
Evangelho animais 92
 
Aula 13 reino animal - animais das águas - princípio inteligente
Aula 13   reino animal - animais das águas - princípio inteligenteAula 13   reino animal - animais das águas - princípio inteligente
Aula 13 reino animal - animais das águas - princípio inteligente
 
Aula 14 pai alcoolatra
Aula 14   pai alcoolatraAula 14   pai alcoolatra
Aula 14 pai alcoolatra
 
Evangelho animais 94
Evangelho animais 94Evangelho animais 94
Evangelho animais 94
 
Evangelho animais 95
Evangelho animais 95Evangelho animais 95
Evangelho animais 95
 
Evangelho no lar com crianças (64)
Evangelho no lar com crianças (64)Evangelho no lar com crianças (64)
Evangelho no lar com crianças (64)
 
Apresentaçao jesus sorrindo_definitiva_2 (2)
Apresentaçao jesus sorrindo_definitiva_2 (2)Apresentaçao jesus sorrindo_definitiva_2 (2)
Apresentaçao jesus sorrindo_definitiva_2 (2)
 

Semelhante a 31 o doutrinador rigorista

O bom ladrão
O bom ladrãoO bom ladrão
O bom ladrãoFatoze
 
19 quando felisberto voltou
19   quando felisberto voltou19   quando felisberto voltou
19 quando felisberto voltouFatoze
 
O que se deve entender por pobre de espírito
O que se deve entender por pobre de espíritoO que se deve entender por pobre de espírito
O que se deve entender por pobre de espíritoHelio Cruz
 
A ilusão do discípulo
A ilusão do discípuloA ilusão do discípulo
A ilusão do discípuloFatoze
 
1 amarguras de um santo
1   amarguras de um santo1   amarguras de um santo
1 amarguras de um santoFatoze
 
Perdao - Não Julgamento
Perdao - Não JulgamentoPerdao - Não Julgamento
Perdao - Não JulgamentoRicardo Azevedo
 
14 invocações diretas
14   invocações diretas14   invocações diretas
14 invocações diretasFatoze
 
O testemunho de Tomé
O testemunho de ToméO testemunho de Tomé
O testemunho de ToméFatoze
 
12 um céptico
12   um céptico12   um céptico
12 um cépticoFatoze
 
Benevolência para com todos
Benevolência para com todosBenevolência para com todos
Benevolência para com todosHelio Cruz
 
Cartas e crônicas irmão x
Cartas e crônicas   irmão xCartas e crônicas   irmão x
Cartas e crônicas irmão xAntonio SSantos
 
31 andre luiz-nomundomaior(chicoxavier)
31 andre luiz-nomundomaior(chicoxavier)31 andre luiz-nomundomaior(chicoxavier)
31 andre luiz-nomundomaior(chicoxavier)centrodeestudos1987
 
Jesus - Amanhecer da Ressurreição
Jesus - Amanhecer da RessurreiçãoJesus - Amanhecer da Ressurreição
Jesus - Amanhecer da RessurreiçãoAntonino Silva
 
Resenha espirita on line 127
Resenha espirita on line 127Resenha espirita on line 127
Resenha espirita on line 127MRS
 
28 a queixosa
28   a queixosa28   a queixosa
28 a queixosaFatoze
 
A incompreensão dos homens
A incompreensão dos homensA incompreensão dos homens
A incompreensão dos homensHelio Cruz
 

Semelhante a 31 o doutrinador rigorista (20)

O bom ladrão
O bom ladrãoO bom ladrão
O bom ladrão
 
19 quando felisberto voltou
19   quando felisberto voltou19   quando felisberto voltou
19 quando felisberto voltou
 
O que se deve entender por pobre de espírito
O que se deve entender por pobre de espíritoO que se deve entender por pobre de espírito
O que se deve entender por pobre de espírito
 
Boletim 220613
Boletim   220613Boletim   220613
Boletim 220613
 
A ilusão do discípulo
A ilusão do discípuloA ilusão do discípulo
A ilusão do discípulo
 
1 amarguras de um santo
1   amarguras de um santo1   amarguras de um santo
1 amarguras de um santo
 
Perdao - Não Julgamento
Perdao - Não JulgamentoPerdao - Não Julgamento
Perdao - Não Julgamento
 
14 invocações diretas
14   invocações diretas14   invocações diretas
14 invocações diretas
 
O testemunho de Tomé
O testemunho de ToméO testemunho de Tomé
O testemunho de Tomé
 
12 um céptico
12   um céptico12   um céptico
12 um céptico
 
Benevolência para com todos
Benevolência para com todosBenevolência para com todos
Benevolência para com todos
 
Cartas e crônicas irmão x
Cartas e crônicas   irmão xCartas e crônicas   irmão x
Cartas e crônicas irmão x
 
Vicios problemas 6
Vicios problemas 6Vicios problemas 6
Vicios problemas 6
 
31 andre luiz-nomundomaior(chicoxavier)
31 andre luiz-nomundomaior(chicoxavier)31 andre luiz-nomundomaior(chicoxavier)
31 andre luiz-nomundomaior(chicoxavier)
 
Jesus - Amanhecer da Ressurreição
Jesus - Amanhecer da RessurreiçãoJesus - Amanhecer da Ressurreição
Jesus - Amanhecer da Ressurreição
 
Resenha espirita on line 127
Resenha espirita on line 127Resenha espirita on line 127
Resenha espirita on line 127
 
28 a queixosa
28   a queixosa28   a queixosa
28 a queixosa
 
Claro enigma pdf
Claro enigma pdfClaro enigma pdf
Claro enigma pdf
 
A incompreensão dos homens
A incompreensão dos homensA incompreensão dos homens
A incompreensão dos homens
 
Ódio à morte!!!
Ódio à morte!!!Ódio à morte!!!
Ódio à morte!!!
 

Mais de Fatoze

Evangelho animais 91
Evangelho animais 91Evangelho animais 91
Evangelho animais 91Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (69)
Evangelho no lar com crianças (69)Evangelho no lar com crianças (69)
Evangelho no lar com crianças (69)Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (68)
Evangelho no lar com crianças (68)Evangelho no lar com crianças (68)
Evangelho no lar com crianças (68)Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (67)
Evangelho no lar com crianças (67)Evangelho no lar com crianças (67)
Evangelho no lar com crianças (67)Fatoze
 
68 oitava categoria - caso 14
68   oitava categoria - caso 1468   oitava categoria - caso 14
68 oitava categoria - caso 14Fatoze
 
67 oitava categoria - caso 12 e caso 13
67   oitava categoria - caso 12 e caso 1367   oitava categoria - caso 12 e caso 13
67 oitava categoria - caso 12 e caso 13Fatoze
 
66 oitava categoria - caso 10 e caso 11
66   oitava categoria - caso 10 e caso 1166   oitava categoria - caso 10 e caso 11
66 oitava categoria - caso 10 e caso 11Fatoze
 
65 oitava categoria - caso 08 e caso 09
65   oitava categoria - caso 08 e caso 0965   oitava categoria - caso 08 e caso 09
65 oitava categoria - caso 08 e caso 09Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (65)
Evangelho no lar com crianças (65)Evangelho no lar com crianças (65)
Evangelho no lar com crianças (65)Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (63)
Evangelho no lar com crianças (63)Evangelho no lar com crianças (63)
Evangelho no lar com crianças (63)Fatoze
 
Evangelho animais 90
Evangelho animais 90Evangelho animais 90
Evangelho animais 90Fatoze
 
Evangelho animais 89
Evangelho animais 89Evangelho animais 89
Evangelho animais 89Fatoze
 
Aula 15 irmaos
Aula 15   irmaosAula 15   irmaos
Aula 15 irmaosFatoze
 
Aula 13 pais divorciados
Aula 13   pais divorciadosAula 13   pais divorciados
Aula 13 pais divorciadosFatoze
 
63 oitava categoria - caso 04 e caso 05
63   oitava categoria - caso 04 e caso 0563   oitava categoria - caso 04 e caso 05
63 oitava categoria - caso 04 e caso 05Fatoze
 
62 oitava categoria - caso 02 e caso 03
62   oitava categoria - caso 02 e caso 0362   oitava categoria - caso 02 e caso 03
62 oitava categoria - caso 02 e caso 03Fatoze
 
61 oitava categoria e caso 01
61   oitava categoria e caso 0161   oitava categoria e caso 01
61 oitava categoria e caso 01Fatoze
 
Aula 12 de separação da alma e do corpo até perturbação espiritual
Aula 12   de separação da alma e do corpo até perturbação espiritualAula 12   de separação da alma e do corpo até perturbação espiritual
Aula 12 de separação da alma e do corpo até perturbação espiritualFatoze
 
Aula 11 a alma após a morte
Aula 11   a alma após a morteAula 11   a alma após a morte
Aula 11 a alma após a morteFatoze
 
Aula 10 da encarnação dos espíritos
Aula 10   da encarnação dos espíritosAula 10   da encarnação dos espíritos
Aula 10 da encarnação dos espíritosFatoze
 

Mais de Fatoze (20)

Evangelho animais 91
Evangelho animais 91Evangelho animais 91
Evangelho animais 91
 
Evangelho no lar com crianças (69)
Evangelho no lar com crianças (69)Evangelho no lar com crianças (69)
Evangelho no lar com crianças (69)
 
Evangelho no lar com crianças (68)
Evangelho no lar com crianças (68)Evangelho no lar com crianças (68)
Evangelho no lar com crianças (68)
 
Evangelho no lar com crianças (67)
Evangelho no lar com crianças (67)Evangelho no lar com crianças (67)
Evangelho no lar com crianças (67)
 
68 oitava categoria - caso 14
68   oitava categoria - caso 1468   oitava categoria - caso 14
68 oitava categoria - caso 14
 
67 oitava categoria - caso 12 e caso 13
67   oitava categoria - caso 12 e caso 1367   oitava categoria - caso 12 e caso 13
67 oitava categoria - caso 12 e caso 13
 
66 oitava categoria - caso 10 e caso 11
66   oitava categoria - caso 10 e caso 1166   oitava categoria - caso 10 e caso 11
66 oitava categoria - caso 10 e caso 11
 
65 oitava categoria - caso 08 e caso 09
65   oitava categoria - caso 08 e caso 0965   oitava categoria - caso 08 e caso 09
65 oitava categoria - caso 08 e caso 09
 
Evangelho no lar com crianças (65)
Evangelho no lar com crianças (65)Evangelho no lar com crianças (65)
Evangelho no lar com crianças (65)
 
Evangelho no lar com crianças (63)
Evangelho no lar com crianças (63)Evangelho no lar com crianças (63)
Evangelho no lar com crianças (63)
 
Evangelho animais 90
Evangelho animais 90Evangelho animais 90
Evangelho animais 90
 
Evangelho animais 89
Evangelho animais 89Evangelho animais 89
Evangelho animais 89
 
Aula 15 irmaos
Aula 15   irmaosAula 15   irmaos
Aula 15 irmaos
 
Aula 13 pais divorciados
Aula 13   pais divorciadosAula 13   pais divorciados
Aula 13 pais divorciados
 
63 oitava categoria - caso 04 e caso 05
63   oitava categoria - caso 04 e caso 0563   oitava categoria - caso 04 e caso 05
63 oitava categoria - caso 04 e caso 05
 
62 oitava categoria - caso 02 e caso 03
62   oitava categoria - caso 02 e caso 0362   oitava categoria - caso 02 e caso 03
62 oitava categoria - caso 02 e caso 03
 
61 oitava categoria e caso 01
61   oitava categoria e caso 0161   oitava categoria e caso 01
61 oitava categoria e caso 01
 
Aula 12 de separação da alma e do corpo até perturbação espiritual
Aula 12   de separação da alma e do corpo até perturbação espiritualAula 12   de separação da alma e do corpo até perturbação espiritual
Aula 12 de separação da alma e do corpo até perturbação espiritual
 
Aula 11 a alma após a morte
Aula 11   a alma após a morteAula 11   a alma após a morte
Aula 11 a alma após a morte
 
Aula 10 da encarnação dos espíritos
Aula 10   da encarnação dos espíritosAula 10   da encarnação dos espíritos
Aula 10 da encarnação dos espíritos
 

Último

Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdfComentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdfRobertoLopes438472
 
Missões News 04/2024 - Informativo Missionário
Missões News 04/2024 - Informativo MissionárioMissões News 04/2024 - Informativo Missionário
Missões News 04/2024 - Informativo MissionárioComando Resgatai
 
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptxBíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptxIgreja Jesus é o Verbo
 
livro de atos dos apóstolos- Cap 22 a 24 - o julgamento de Paulo
livro de atos dos apóstolos- Cap 22 a 24 - o julgamento de Paulolivro de atos dos apóstolos- Cap 22 a 24 - o julgamento de Paulo
livro de atos dos apóstolos- Cap 22 a 24 - o julgamento de PauloPIB Penha
 
Desiderio Desideravi: formação litúrgica
Desiderio Desideravi: formação litúrgicaDesiderio Desideravi: formação litúrgica
Desiderio Desideravi: formação litúrgicaCarlosRavi1
 
JOGRAL para o dia das MÃES igreja .pdf
JOGRAL  para o dia das MÃES igreja .pdfJOGRAL  para o dia das MÃES igreja .pdf
JOGRAL para o dia das MÃES igreja .pdfheloisatinho
 
projeto semestral IAD departamento infantil(1).pptx
projeto semestral IAD departamento infantil(1).pptxprojeto semestral IAD departamento infantil(1).pptx
projeto semestral IAD departamento infantil(1).pptxestermidiasaldanhada
 
ABRAÃO pai da fé catequese para crianças .pptx
ABRAÃO pai da fé catequese para crianças .pptxABRAÃO pai da fé catequese para crianças .pptx
ABRAÃO pai da fé catequese para crianças .pptxOdilardoMuniz
 
Lição 7 - O Perigo da Murmuração - EBD.pptx
Lição 7 - O Perigo da Murmuração - EBD.pptxLição 7 - O Perigo da Murmuração - EBD.pptx
Lição 7 - O Perigo da Murmuração - EBD.pptxCelso Napoleon
 
Oração Pelo Povo Brasileiro
Oração Pelo Povo BrasileiroOração Pelo Povo Brasileiro
Oração Pelo Povo BrasileiroNilson Almeida
 
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINALAntropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINALMiltonCesarAquino1
 
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptxLição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptxCelso Napoleon
 
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTO
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTOA Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTO
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTOADALBERTO COELHO DA SILVA JR
 
O CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiro
O CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiroO CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiro
O CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiroReflexesEvanglicaspo
 
Aula de Escola Bíblica - 2 Coríntios cap. 11
Aula de Escola Bíblica - 2 Coríntios cap. 11Aula de Escola Bíblica - 2 Coríntios cap. 11
Aula de Escola Bíblica - 2 Coríntios cap. 11IbsonRocha1
 
Boletim Espiral número 74, de abril de 2024
Boletim Espiral número 74, de abril de 2024Boletim Espiral número 74, de abril de 2024
Boletim Espiral número 74, de abril de 2024Fraternitas Movimento
 
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptxFORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptxodairmarques5
 
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyoNovo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyothandreola
 

Último (18)

Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdfComentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
Comentários -João - Hernandes Dias Lopes.pdf
 
Missões News 04/2024 - Informativo Missionário
Missões News 04/2024 - Informativo MissionárioMissões News 04/2024 - Informativo Missionário
Missões News 04/2024 - Informativo Missionário
 
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptxBíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Lamentações - slides powerpoint.pptx
 
livro de atos dos apóstolos- Cap 22 a 24 - o julgamento de Paulo
livro de atos dos apóstolos- Cap 22 a 24 - o julgamento de Paulolivro de atos dos apóstolos- Cap 22 a 24 - o julgamento de Paulo
livro de atos dos apóstolos- Cap 22 a 24 - o julgamento de Paulo
 
Desiderio Desideravi: formação litúrgica
Desiderio Desideravi: formação litúrgicaDesiderio Desideravi: formação litúrgica
Desiderio Desideravi: formação litúrgica
 
JOGRAL para o dia das MÃES igreja .pdf
JOGRAL  para o dia das MÃES igreja .pdfJOGRAL  para o dia das MÃES igreja .pdf
JOGRAL para o dia das MÃES igreja .pdf
 
projeto semestral IAD departamento infantil(1).pptx
projeto semestral IAD departamento infantil(1).pptxprojeto semestral IAD departamento infantil(1).pptx
projeto semestral IAD departamento infantil(1).pptx
 
ABRAÃO pai da fé catequese para crianças .pptx
ABRAÃO pai da fé catequese para crianças .pptxABRAÃO pai da fé catequese para crianças .pptx
ABRAÃO pai da fé catequese para crianças .pptx
 
Lição 7 - O Perigo da Murmuração - EBD.pptx
Lição 7 - O Perigo da Murmuração - EBD.pptxLição 7 - O Perigo da Murmuração - EBD.pptx
Lição 7 - O Perigo da Murmuração - EBD.pptx
 
Oração Pelo Povo Brasileiro
Oração Pelo Povo BrasileiroOração Pelo Povo Brasileiro
Oração Pelo Povo Brasileiro
 
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINALAntropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
Antropologia Missionária 1.pptx O DESAFIO FINAL
 
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptxLição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
Lição 6 - As nossas Armas Espirituais.pptx
 
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTO
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTOA Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTO
A Obsessão por Justa Causa - – A Paixão, o Ciúme, a Traição e a obsessão - TEXTO
 
O CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiro
O CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiroO CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiro
O CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiro
 
Aula de Escola Bíblica - 2 Coríntios cap. 11
Aula de Escola Bíblica - 2 Coríntios cap. 11Aula de Escola Bíblica - 2 Coríntios cap. 11
Aula de Escola Bíblica - 2 Coríntios cap. 11
 
Boletim Espiral número 74, de abril de 2024
Boletim Espiral número 74, de abril de 2024Boletim Espiral número 74, de abril de 2024
Boletim Espiral número 74, de abril de 2024
 
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptxFORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
FORMAÇÃO LITÚRGICA - MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS.pptx
 
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyoNovo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
Novo dia de festa o verdadeiro amor tyejaytyo
 

31 o doutrinador rigorista

  • 1. 31 - O DOUTRINADOR RIGORISTA Palavra vigorosa e inflamada, o pregador espiritista alongava-se na exposição de sempre: - Nunca haverá acordo entre o mundo e nós outros. Fujamos desta Babilônia incendiada, onde a perdição corrompe o caráter e perverte as melhores energias. Neste pântano terrível, as víboras peçonhentas do crime rastejam em todas as direções. Salvaguardemo-nos, à distância, das sombras densas do pecado. Observai o abismo sob vossos pés! Trevas por todos os lados... Nas mais ínfimas estradas, a visão invariável de poeira e lama, pedras e espinhos, desencoraja o viajor anteriormente dominado de idealismo e esperança; Revelemos nossa repugnância, diante do mundo criminoso e perdido. Recordemos os santos magnânimos que iluminaram o quadro das civilizações, nos dias mais escuros. Todos eles fugiram ao Planeta perverso! É que, neste lamaçal imenso, as melhores aspirações do Espírito se perdem na borrasca do mal, longe de Deus!... Macário Barroso era, assim, rigorista e implacável. Dirigindo considerável agrupamento espiritista, sua atitude desconcertante alcançava a comunidade inteira, dilatando preocupações e tristezas e fazendo escassear alegrias. As jovens colaboradoras, nos seus trabalhos de difusão doutrinária, não deveriam manifestar os júbilos próprios da mocidade cheia de sonhos e as gargalhadas infantis, chilreios de pássaros felizes nos galhos fartos da vida, considerados por Macário como impulsos inconvenientes da meninice, requisitando repreensões ásperas. - Não concordo com traço algum que nos recorde as perdições do mundo. Simplifiquemos tudo, combatamos a falsidade de certos princípios que escancaram a porta aos pecados miseráveis. Não reconhecia, porém, o orientador, que simplicidade não significa violência, e que os enganos de concepção tanto podem permanecer naquele que se atira à irreflexão, como no homem que deseja amadurecer o fruto quando a fronde verde apenas oferece flores tenras. Macário, todavia, apresentava fenômeno singular. Extremista de opinião, impressionava favoravelmente a quantos lhe ouvissem pareceres, porque, no fundo, era homem devotado e sincero. Não concedia a si mesmo nenhum entretenimento, nenhum prazer. Sacrificara-se quase totalmente aos princípios de que se tornara emérito pregador. Revelava gestos de profunda nobreza aos companheiros na fé, e a sinceridade é sempre sedutora, onde quer que permaneça. Por isso mesmo, a psicologia de sua individualidade brilhante apresentava situações de enorme complexidade. É que o prestigioso orientador não sabia identificar as necessidades alheias senão através dos prismas que lhe eram peculiares. No seu modo de observar, todos os casos deveriam estar afinados pelas características do que lhe era próprio. Porque guardava escabrosas impressões do passado individual, em virtude de experiências cruéis na luta humana, criara padrão exclusivo e errôneo para julgar os outros. Pintava a negro qualquer paisagem do mundo, condenava seu tempo, não tolerava os amigos que se decidissem ao trabalho da coletividade em ambientes até agora estranhos à expressão religiosa, quais a Política, a Ciência, a autoridade administrativa e o círculo das Finanças. Compreendia à sua maneira que Jesus não poderia partilhar trabalhos diferentes da atividade puramente mística em si mesma, e se algum companheiro manifestava propósitos de cooperar nesses setores, Macário exibia profunda admiração e observava;
  • 2. - Não concordo. Semelhante atitude é o escândalo da volta ao mundo, que deveremos detestar. Se, em plena rua, alguém lhe mostrasse uma casa de esporte ou algum recanto de alegria popular, Barroso afastava-se intencionalmente, baixava os olhos e tornava outro rumo, esclarecendo: - São remanescentes de Sodoma e Gomorra, redutos do crime, que o fogo consumirá algum dia. Furtava-se deliberadamente a toda palestra em que houvesse preocupação, embora correta, pelos problemas da vida social, e fugia à conversação onde o bom humor estivesse amenizando as agruras do caminho comum dos homens. Apesar de bondoso e sincero, isolou-se aos poucos, afastando-se de amigos, de companheiros e de afeições. Cheio de preocupações salvacionistas, era sempre fecundo em apelos, conselhos e advertências, onde quer que estivesse, sem a necessária seleção de valores, lugares e situações. O que definia, no entanto, como intenção regeneradora, não era mais que a imposição das idéias próprias, com o esquecimento de que, para beneficiar com proveito, deveria dirigir-se à esfera mental de cada um dos irmãos na luta, sem obrigá-los a procurar o plano em que se mantinha. Debalde a carinhosa mãe lhe observou os perigos da situação. Inutilmente os amigos solicitaramno à transformação precisa. Macário foi implacável. Preferiu a solidão, a necessidade, o abandono. Declarava-se amedrontado do mundo, onde a bagagem de seus erros se tornara volumosa e exigia que todos os companheiros exteriorizassem receios iguais aos dele. Via monstros em todos os recantos, perversão nas alegrias mais inocentes. E foi assim, rígido e inflexível, sem ceder absolutamente a ninguém, que o bondoso doutrinador regressou à esfera espiritual. Desprendera-se da zona carnal, quase sozinho, como preferira viver, no radicalismo dos princípios pessoais. Muita gente passou a catalogá-lo na relação dos santos, tais os supostos sacrifícios que Barroso revelara na existência terrestre, os quais, na realidade, não passavam de imposições de sua personalidade intransigente. Todavia, enquanto reduzido grupo erigia ao desencarnado um mundo de homenagens, o doutrinador passou às surpresas inesperadas na esfera diferente de ação. Fundamente desapontado, não encontrou a paisagem que aguardava. Achou-se sem ninguém, exclusivamente sozinho. Que região era aquela constituída de montanha gelada? Contemplava a distância os vales que a neblina convertia em quadros cinzentos e indefiníveis. Frio cortante dilacerava-lhe o coração. Como interpretar a novidade constrangedora? O pobre amigo chorou amargamente, implorando elucidações da Providência Divina. Não fora combatente implacável dos erros e mentiras de seu ambiente e de sua época? Decorrido muito tempo na expectativa dolorosa, foi visitado por benevolente emissário que lhe estendeu auxílios carinhosas. - Ah! meu amigo! que fiz por merecer tamanhas flagelações? - perguntou Macário, após agradecer-lhe a presença amorosa - cumpri meus deveres, não olvidei obrigações assumidas...
  • 3. O mensageiro contemplou-o afetuosamente e falou, tomando-lhe as mãos num gesto paternal: - Ó meu filho, quanto lastimo o teu desentendimento. Não posso negar-te o esforço e a boavontade, entretanto... - A que incompreensão vos referis? - interrogou o ex-doutrinador conturbado - acaso não me afastei do mundo para servir a Deus? A bondosa entidade fixou um gesto significativo e esclareceu: - Esta simples afirmativa demonstra o teu engano fatal. Como poderia o servo atender ao senhor que lhe contratou a atividade, abandonando a zona de serviço confiada ao seu esforço? Reconhecendo a Terra integrada na criação de Deus, como cumprir os desígnios do Pai, fugindo-lhe aos serviços? Enquanto Macário denunciava intraduzível angústia no pranto que lhe borbulhava dos olhos, o amigo continuava: - Muitas vezes procurei restituir-te o coração ao verdadeiro caminho, falando-te através de familiares e amigos prudentes, mas cristalizaste os raciocínios, cerrando as portas do plano mental aos meus apelos. - É que o mundo sempre me pareceu insondável abismo, de crimes sem conta... nunca pude contemplá-lo sem mágoa e condenação - exprimiu-se o recém-desencarnado, lacrimoso. - Procedeste qual homem tirânico que intenta violentar quantos lhe cruzam os caminhos, obrigando-os a partilhar o resgate das dividas que lhe são próprias. Por estares endividado com a Terra, pretendeste doutrinar orgulhosamente, impondo aos outros inquietações e pesares que te pertencem ainda. Por que tamanha aversão à escola benfeitora? Acaso, meu filho, não te alimentavas do mundo, não te vestias dele? Não foi o mundo que te ministrou os primeiros conhecimentos, que te proporcionou a bênção do corpo, a possibilidade de renovação individual, o reencontro de afeições divinas? Desejarias insultar a Terra, porque te concedeu a dedicação dos pais, o templo da reencarnação, a tepidez do lar, o olhar amigo dos que te amam? Recebeste com abundância as inspirações de ordem superior, mas preferiste a solidão com a teimosia de quem não sabe renunciar aos caprichos próprios. Pregaste a palavra em nome de Jesus, convocando os ouvintes a receberem imposições, olvidando que o Mestre Divino não esperou pelas criaturas, na esfera de sua glória, mas veio até nós, ajudando-nos a cada um. Valendo-se da pausa intencional que o mensageiro imprimira à alocução, clamou Barroso, desalentado: - Amedrontavam-me os antros de perdição!... - Por que pavor e não piedade? - inquiriu o sábio, serenamente. - Não te interessavas pelos enfermos do corpo? Como desprezar cheio de asco injusto os doentes da alma? Não te aproximavas carinhosamente dos mutilados físicos? Por que a repugnância para com os aleijados espirituais? Não há lugares desprezíveis para o cristão fiel, porque, em toda parte, é possível praticar o bem com Jesus.
  • 4. Macário, muito triste, arregalava os olhos. Começara a entender a amarga situação. Tentando, porém, a derradeira justificativa, exclamou: - Seduzia-me a lembrança dos santos... No entanto, antes que se alongasse em considerações novas, o mensageiro acrescentou: - Não conheces, todavia, os santos de Júpiter ou Saturno. Tens notícias apenas dos que se glorificaram na Terra. Forçoso, pois, é reconhecer que, do mundo que detestaste, saíram os Simão Pedro e os Paulo de Tarso que tanto admiras. Deste modo, claro está que o mundo somente será perverso para quem o fixe nutrindo intenções ou reminiscências dessa natureza. Macário Barroso experimentou tremendo choque. Entendera, enfim, o equívoco ruinoso de suas antigas concepções, caindo em amargurado silêncio. Daí a instantes, o emissário endereçava-lhe um gesto de adeus. - Oh! amado benfeitor! - suplicou o infeliz, banhado em lágrimas - por quanto tempo ficarei aqui, abandonado neste monte gelado? - Esta montanha - esclareceu a generosa entidade - deve representar profundo símbolo ao teu coração. Não basta subir ao tope da cultura e do conhecimento intelectual; é preciso que haja sol de compreensão e amor que ilumine e aqueça a culminância. Emocionado, Barroso suplicou ainda: - Abençoado amigo, mensageiro do Altíssimo, ensinai-me a reparar meus erros, para redenção de minha pobre alma! Auxiliai-me, não me negueis vossas mãos!... O benfeitor, prestes a partir, dirigiu-lhe significativo olhar e acrescentou: - Tens bastante conhecimento para compreender a magnanimidade de Nosso Pai. Tua questão, Macário, é com o mundo. Antigamente erraste, enlameando-lhe as estradas ; presentemente renovaste o erro, fugindo-lhe aos serviços. Não tenho outro conselho para teu coração além da fórmula de procurares o credor e conhecer a própria conta. Quanto ao mais, meu irmão, confia na bondade do mundo e que Deus te conceda acréscimo de misericórdia no resgate justo. -