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Aparições de fantasmas de animais identificados
Casos 04 e 05 (Visuais-auditivos-coletivos)
O conde de Tromelin, conhecido no ambiente das pesquisas
metapsíquicas e autor de dois livros sobre esse assunto, comunica à
Revue Scientifique et Morale du Spiritisme (1913, pág. 40) os dois casos
seguintes, nos quais esteve pessoalmente envolvido:
“Até o mês de março de 1913, eu tinha uma cachorrinha chamada Flore
que, por sua vez, tinha um filhote chamado Radium, muito parecido com
sua mãe, mas esta tinha, a mais, uma estrela branca na testa. Fora isso,
a pelagem dos dois cães era completamente amarela.
No dia 25 de maço, um carro atropelou Flore, que me foi trazida
agonizante; apesar de nossos cuidados, o pobre animal não demorou a
morrer, para nossa grande tristeza. Restou o pequeno Radium. Ora, eis
então o incidente curioso ao qual eu tive a oportunidade de assistir.
Existe na frente da nossa residência um grande terraço, no centro do
qual há uma mesa de mármore e à direita da entrada a casinha de
Radium. No dia 3 de abril, às 11 horas da manhã, estava sentado à mesa
em questão, conversando com a senhora Meille. Estava sentado de
modo que tinha diante de mim a casinha de Radium, cujas patas
amarelas saíam pela abertura. A senhora Meille estava de costas para a
casinha, olhando na direção do lado esquerdo do terraço.
Conversávamos há cinco minutos sobre diversos assuntos, quando a
senhora Meille se virou por um instante para olhar a casinha de Radium e
em seguida exclamar: “Ah! Eis aí uma coisa extraordinária! Era sem
dúvida Flore, visto que Radium está em sua casinha!”.
Pedi explicações para aquelas palavras, dizendo: “Sim, Radium está na
sua casinha; mas Flore, onde você a viu?”.
A senhora Meille estendeu o braço indicando o lugar e descrevendo a
cena com estas palavras:
“Enquanto conversávamos, vi um cão acomodado ao lado do terraço, ali
(e indicou com o dedo o lado esquerdo), que eu supunha que fosse
Radium, não imaginando com certeza ter visto a pobre Flore, pois sabia
que ela estava morta. No entanto, Radium era tão parecido com Flore que
pensei: “Se não soubesse que Flore estava morta, juraria que o cão que
me olhava era ela”. Com efeito, a ilusão era perfeita, pois o cão me olhava
com a expressão tão boa, doce e melancólica de Flore, e sobre a testa
sua estrela branca. Mas sequer pensava imaginar Flore ressuscitada;
então supus que a estrela branca que eu via era um efeito da luz.
Perguntei-me, além disso, como Radium, que tinha o costume de se
deitar sempre ao Sol, estava, daquela vez, sentado na sombra. Mas eis
que, enquanto pensava assim, ouvi atrás de mim o rumor característico
de um cão se coçando em sua casinha. Foi então que me virei por um
instante para olhar, para em seguida perceber o outro cão que estava
diante de mim há cinco minutos; porém, ele tinha desaparecido no breve
intervalo de tempo em que tinha me virado. Daí minha exclamação de
espanto. Tinha a prova de que o cão que me olhava sentado na sombra,
diante de mim, e que se parecia tanto com Flore era realmente Flore
Este é o relato da senhora Meille; é bem provável que, se não tivesse me
virado no momento em que Flore estava visível para ela, eu a teria visto
também. Em todo caso, parece me que as circunstâncias pelas quais os
fatos se passaram permitem, de qualquer forma, considerar autêntica e
segura a aparição de Flore...
Este não é um fato isolado... Possuía uma outra cachorra fox-terrier
chamada Flore como a precedente, morta envenenada após longos
sofrimentos, por maldade de um vizinho. Aqueles que me conhecem
sabem que, no momento em que me deito, à noite, percebo visões e
fantasmas de todo tipo desfilando diante de mim; isto aconteceu enquanto
estava perfeitamente acordado e em plena consciência normal.
Ora, no dia seguinte ao da morte daquela outra Flore, ela me apareceu
subitamente; era ela, sem sombra de dúvidas. Todavia, nesta primeira
visão, ela se esforçou em vão para se levantar sobre suas patas.
No dia seguinte, em outras visões, Flore me apareceu pela segunda vez e
conseguiu ficar sobre suas patas, para desaparecer imediatamente em
seguida. No terceiro dia, a mesma aparição se repetiu e, desta vez, ela
parecia alegre e saudável. Ela deu alguns pulos de alegria e sumiu.
Depois disso, nunca mais a revi; porém, algum tempo depois, numa noite,
ela se manifestou com bastante barulho, fazendo-se ouvir com uma
brincadeira bem especial de que ela gostava muito e que era bastante
indicada para reconhecê-la. O traço característico mais evidente de Flore
era sua paixão por brincadeiras com as pedras, que lançávamos e que
ela trazia para em seguida fazê-las rolar no terraço ou alhures. Pois foi o
barulho produzido por esta brincadeira de pedras rolando no terraço que
nós percebemos nitidamente uma noite, a tal ponto que, se não
soubéssemos que a cadela tinha morrido há seis meses, podíamos jurar
que Flore estava ali se divertindo
com as pedras...
Deduzo a partir daí que, certamente, os animais domésticos que
gostamos sobrevivem à morte do corpo e que nós os reveremos um dia
no mundo espiritual, no qual acredito piamente.”
Estas são as conclusões do conde de Tromelin. Nos casos mencionados,
as visões subjetivas do relator não revestiriam por si mesmas nenhum
valor de prova, porque elas lembram de perto a classe bastante
conhecida das alucinações “hipnagógicas” e “hipnopômpicas”; porém, é
bem diferente para o outro fenômeno auditivo subjetivo, isto é, o barulho
característico semelhante a pedras rolando, como na brincadeira preferida
da cachorra falecida. Esta manifestação paranormal corresponde a outros
fenômenos análogos de origem humana, nos casos de telepatia entre
vivos ou entre vivos e mortos. No momento em que as manifestações se
realizam entre vivos e defuntos, elas constituem uma boa prova a favor da
identificação pessoal do falecido que elas caracterizam, e isto em virtude
da contraprova de que, no momento em que os fenômenos de audição
telepática se produzem entre vivos, constatamos que eles são verídicos,
no sentido de que correspondem a uma ação real ou a uma ideação
autêntica do agente. Se for assim para as
manifestações humanas, não poderíamos descartar a mesma conclusão
para as manifestações animais quando elas estão em perfeita harmonia
com as idiossincrasias que caracterizam o animal vivo. Sem dúvida, sob o
ponto de vista rigorosamente científico, uma prova isolada dessa natureza
não seria suficiente para legitimar uma conclusão favorável para a
identificação pessoal do falecido; no entanto, ela é considerada
convergente para esta outra demonstração. Isto já representaria uma
concessão de valor sob nosso ponto de vista da identificação animal.

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63 oitava categoria - caso 04 e caso 05

  • 1.
  • 2. Oitava categoria Aparições de fantasmas de animais identificados Casos 04 e 05 (Visuais-auditivos-coletivos) O conde de Tromelin, conhecido no ambiente das pesquisas metapsíquicas e autor de dois livros sobre esse assunto, comunica à Revue Scientifique et Morale du Spiritisme (1913, pág. 40) os dois casos seguintes, nos quais esteve pessoalmente envolvido:
  • 3. “Até o mês de março de 1913, eu tinha uma cachorrinha chamada Flore que, por sua vez, tinha um filhote chamado Radium, muito parecido com sua mãe, mas esta tinha, a mais, uma estrela branca na testa. Fora isso, a pelagem dos dois cães era completamente amarela. No dia 25 de maço, um carro atropelou Flore, que me foi trazida agonizante; apesar de nossos cuidados, o pobre animal não demorou a morrer, para nossa grande tristeza. Restou o pequeno Radium. Ora, eis então o incidente curioso ao qual eu tive a oportunidade de assistir.
  • 4. Existe na frente da nossa residência um grande terraço, no centro do qual há uma mesa de mármore e à direita da entrada a casinha de Radium. No dia 3 de abril, às 11 horas da manhã, estava sentado à mesa em questão, conversando com a senhora Meille. Estava sentado de modo que tinha diante de mim a casinha de Radium, cujas patas amarelas saíam pela abertura. A senhora Meille estava de costas para a casinha, olhando na direção do lado esquerdo do terraço. Conversávamos há cinco minutos sobre diversos assuntos, quando a senhora Meille se virou por um instante para olhar a casinha de Radium e em seguida exclamar: “Ah! Eis aí uma coisa extraordinária! Era sem dúvida Flore, visto que Radium está em sua casinha!”. Pedi explicações para aquelas palavras, dizendo: “Sim, Radium está na sua casinha; mas Flore, onde você a viu?”.
  • 5. A senhora Meille estendeu o braço indicando o lugar e descrevendo a cena com estas palavras: “Enquanto conversávamos, vi um cão acomodado ao lado do terraço, ali (e indicou com o dedo o lado esquerdo), que eu supunha que fosse Radium, não imaginando com certeza ter visto a pobre Flore, pois sabia que ela estava morta. No entanto, Radium era tão parecido com Flore que pensei: “Se não soubesse que Flore estava morta, juraria que o cão que me olhava era ela”. Com efeito, a ilusão era perfeita, pois o cão me olhava com a expressão tão boa, doce e melancólica de Flore, e sobre a testa sua estrela branca. Mas sequer pensava imaginar Flore ressuscitada; então supus que a estrela branca que eu via era um efeito da luz. Perguntei-me, além disso, como Radium, que tinha o costume de se deitar sempre ao Sol, estava, daquela vez, sentado na sombra. Mas eis que, enquanto pensava assim, ouvi atrás de mim o rumor característico de um cão se coçando em sua casinha. Foi então que me virei por um instante para olhar, para em seguida perceber o outro cão que estava diante de mim há cinco minutos; porém, ele tinha desaparecido no breve intervalo de tempo em que tinha me virado. Daí minha exclamação de espanto. Tinha a prova de que o cão que me olhava sentado na sombra, diante de mim, e que se parecia tanto com Flore era realmente Flore
  • 6. Este é o relato da senhora Meille; é bem provável que, se não tivesse me virado no momento em que Flore estava visível para ela, eu a teria visto também. Em todo caso, parece me que as circunstâncias pelas quais os fatos se passaram permitem, de qualquer forma, considerar autêntica e segura a aparição de Flore... Este não é um fato isolado... Possuía uma outra cachorra fox-terrier chamada Flore como a precedente, morta envenenada após longos sofrimentos, por maldade de um vizinho. Aqueles que me conhecem sabem que, no momento em que me deito, à noite, percebo visões e fantasmas de todo tipo desfilando diante de mim; isto aconteceu enquanto estava perfeitamente acordado e em plena consciência normal. Ora, no dia seguinte ao da morte daquela outra Flore, ela me apareceu subitamente; era ela, sem sombra de dúvidas. Todavia, nesta primeira visão, ela se esforçou em vão para se levantar sobre suas patas.
  • 7. No dia seguinte, em outras visões, Flore me apareceu pela segunda vez e conseguiu ficar sobre suas patas, para desaparecer imediatamente em seguida. No terceiro dia, a mesma aparição se repetiu e, desta vez, ela parecia alegre e saudável. Ela deu alguns pulos de alegria e sumiu. Depois disso, nunca mais a revi; porém, algum tempo depois, numa noite, ela se manifestou com bastante barulho, fazendo-se ouvir com uma brincadeira bem especial de que ela gostava muito e que era bastante indicada para reconhecê-la. O traço característico mais evidente de Flore era sua paixão por brincadeiras com as pedras, que lançávamos e que ela trazia para em seguida fazê-las rolar no terraço ou alhures. Pois foi o barulho produzido por esta brincadeira de pedras rolando no terraço que nós percebemos nitidamente uma noite, a tal ponto que, se não soubéssemos que a cadela tinha morrido há seis meses, podíamos jurar que Flore estava ali se divertindo com as pedras...
  • 8. Deduzo a partir daí que, certamente, os animais domésticos que gostamos sobrevivem à morte do corpo e que nós os reveremos um dia no mundo espiritual, no qual acredito piamente.” Estas são as conclusões do conde de Tromelin. Nos casos mencionados, as visões subjetivas do relator não revestiriam por si mesmas nenhum valor de prova, porque elas lembram de perto a classe bastante conhecida das alucinações “hipnagógicas” e “hipnopômpicas”; porém, é bem diferente para o outro fenômeno auditivo subjetivo, isto é, o barulho característico semelhante a pedras rolando, como na brincadeira preferida da cachorra falecida. Esta manifestação paranormal corresponde a outros fenômenos análogos de origem humana, nos casos de telepatia entre vivos ou entre vivos e mortos. No momento em que as manifestações se realizam entre vivos e defuntos, elas constituem uma boa prova a favor da identificação pessoal do falecido que elas caracterizam, e isto em virtude da contraprova de que, no momento em que os fenômenos de audição telepática se produzem entre vivos, constatamos que eles são verídicos, no sentido de que correspondem a uma ação real ou a uma ideação autêntica do agente. Se for assim para as
  • 9. manifestações humanas, não poderíamos descartar a mesma conclusão para as manifestações animais quando elas estão em perfeita harmonia com as idiossincrasias que caracterizam o animal vivo. Sem dúvida, sob o ponto de vista rigorosamente científico, uma prova isolada dessa natureza não seria suficiente para legitimar uma conclusão favorável para a identificação pessoal do falecido; no entanto, ela é considerada convergente para esta outra demonstração. Isto já representaria uma concessão de valor sob nosso ponto de vista da identificação animal.