O documento discute a importância da criatividade e inovação nas empresas. A criatividade é afetada por fatores pessoais como motivação, experiência e flexibilidade, e fatores organizacionais como clima, recursos e apoio às novas ideias. O processo criativo envolve preparação, incubação, iluminação e implementação. Empresas devem estimular a criatividade por meio de incentivos, diversidade e espaço para novas ideias.
1. CRIATIVIDADE
Quanto vale uma nova idéia? Nada. Se capital intelectual é a nova moeda do sucesso, então
certamente podemos dizer que a criatividade e a inovação são os grandes diferenciais que separam
as empresas emergentes das outras.
A dificuldade toda da inovação começa no próprio comportamento do ser humano,
principalmente dentro do ambiente corporativo. Arno Penzias, prêmio Nobel de Física, resumiu isso
bem quando disse que as pessoas estão sempre procurando motivos para "tirar um sarro" e divertir-
se às custas dos outros. Qualquer pessoa que seja um pouco diferente é sempre um alvo fácil. A
ameaça de ser ridicularizado mantém todo mundo dentro das normas. Isso acaba criando fortes
barreiras à criatividade. As empresas gastam fortunas e muitas horas teoricamente encorajando as
pessoas a serem criativas, enquanto na realidade fazem o contrário, com pequenos gestos e
comentários.
Para o pessoal da Ford, o melhor antídoto para isso foi criar uma equipe heterogênea dentro
da empresa. Se você só contrata gente do mesmo tipo, acaba todo mundo tendo as mesmas idéias.
É a diversidade que faz com que vários ângulos e pontos de vista sejam analisados. Por exemplo,
com a minivan Windstar, um sucesso de vendas nos EUA, foi criado o que se chamou de "modo do
bebê dormindo". Acontece que a maioria das minivans é utilizada por mulheres com crianças, e as
fortes luzes do interior do carro acabavam acordando os bebês quando a mãe chegava em casa à
noite e abria a porta do carro. A iluminação no modo bebê dormindo permite que somente as luzes do
chão acendam, garantindo a tranqüilidade da criança (e, obviamente, da mãe). Isso só aconteceu
porque as mulheres foram consultadas.
Aliás, uma idéia não pode ser chamada de inovação até ser colocada em prática e
largamente utilizada pelo público. A maioria das pessoas é contra qualquer tipo de mudança. Então,
uma boa parte da inovação consiste no trabalho de convencer outras pessoas de que você tem uma
boa idéia. Por exemplo, Art Fry, inventor do Post It® da 3M, conta que, no começo, o Post It® foi um
fracasso de vendas: as pessoas não sabiam o que fazer com aquilo, e a propaganda não era
suficiente para fazê-las comprar e experimentar. A única forma de vencer essa resistência inicial foi
dando amostras grátis do produto - até que milhares de pessoas ficaram literalmente viciadas nos
pequenos bilhetinhos amarelos, e hoje ele é o sucesso que é.
Douglas Engelbart inventou o mouse em 1963, mas ele só começou a ser usado vinte anos
depois - porque as pessoas achavam que ele era complicado demais! Por isso os primeiros mouses
(da Apple) tinham apenas um botão - para que as pessoas não se confundissem. Essa é outra
armadilha que acaba limitando o desenvolvimento: coisas fáceis de usar, desenhadas apenas para
usuários iniciantes, são obviamente limitadas. A mentalidade do "tudo tem que ser inicialmente fácil"
é uma armadilha - em busca da satisfação à curto prazo, limita-se imensamente o crescimento
depois.
Falando nisso, como funciona a Internet? Seu computador? O forno de microondas? A
injeção eletrônica do seu carro? Seu relógio de pulso? Seu cérebro? A criatividade e a imaginação
são o que nos permite aproveitar as coisas sem realmente compreendê-las. Não temos que entender
tudo.
A criatividade surge quando aceitamos que não estamos seguros, quando temos consciência
absoluta disso e deixamos de tentar controlar tudo. Não importa quantos gráficos, relatórios e
pesquisas você tenha - não dá para prever o futuro. Sempre teremos surpresas. Coisas que eram
para dar certo falharão, e coisas que pareciam perdidas serão um sucesso. Muita gente fica presa na
armadilha da inovação, quando na verdade deveria estar simplesmente procurando novas idéias.
No mundo dos negócios o que mais importa são os resultados - do ponto de vista do cliente.
É ele quem manda. Muitas empresas se complicam quando confundem suas atividades com seus
objetivos. É geralmente nesses momentos que aparece um concorrente e conquista seu mercado.
Mais uma história interessante: segundo Frederick Smith, fundador da FedEx, o pessoal da sua
empresa achava que vendia o transporte de bens, mas na verdade descobriram que vendiam paz de
espírito. Quando finalmente conseguiram entender isso, perseguiram furiosamente o novo objetivo.
Deram a cada um de seus motoristas um computador de mão, ligado à Internet. Fizeram com que
fosse possível para os clientes rastrear seus pacotes 24 horas por dia. E a FedEx não pára de
crescer.
Uma boa parte da inovação é estar aberto. Você tem que estar pronto para receber o
inesperado, entendendo que muitas mudanças são positivas, e não negativas. Muitas pessoas vêm
algo diferente e já acham que isso está errado. Inovar é ter a habilidade de ver algo diferente e
enxergar sua essência, reconhecendo que o valor está justamente nessa diferença.
Se você é realmente criativo, sabe que sentir-se sozinho e inseguro faz parte da vida. Você
não pode ter tudo - não dá para ser criativo e conformista. É preciso reconhecer que o que faz de
você uma pessoa diferente, ou seja, o seu diferencial, é justamente o que o faz criativo também.
2. Todos têm a habilidade de fazer algo inovador. Acontece que a maioria das pessoas pensa
em inovações como algo complexo, um processo científico reservado para alguns poucos iluminados.
Mas a verdade é que todo mundo tem à sua volta as ferramentas necessárias para melhorar alguma
coisa em sua vida. Não é preciso ser extraordinário - na verdade, as melhores inovações são
geralmente as mais simples.
A CRIATIVIDADE NAS ORGANIZAÇÕES
FATORES DE ORDEM PESSOAL
Existem dois tipos de fatores pessoais que são relevantes para a expressão criativa, o
primeiro tipo, são os fatores negativos, são aqueles que inibem, bloqueiam o comportamento criativo
o segundo grupo, são os tipos positivos, que, ao contrário, dos negativos, não inibem, mas sim
estimulam nossa criatividade.
Dentre os fatores negativos, podemos citar alguns que se destacam, como por exemplo: a
falta de motivação, de habilidades ou experiência, a inflexibilidade e o despreparo social, para lidar
com outras pessoas. Outros dois itens importantes desta lista são o descompromisso e o
desinteresse pelo trabalho, que fazem com que as pessoas façam apenas o que lhes é mandado, o
que acaba afetando e limitando a visão do indivíduo para identificar o processo como um todo, o
objetivo da empresa por exemplo, metas da mesma. A insuficiência ou inexistência de conhecimentos
e/ou habilidades a pessoa insegura diminuindo sua auto-estima e prejudicando o desempenho da sua
função. Da mesma forma o preconceito, os padrões e paradigmas acaba o distanciando da
capacidade de aceitar posicionamentos divergentes, idéias novas e, até mesmo, feedback (retorno)
dificultando o seu melhor aproveitamento na obtenção dos objetivos organizacionais. A dificuldade de
interação, de convívio social, prejudica o intercâmbio de idéias e conhecimentos necessários para a
geração de comportamento e ações criativas.
A criatividade exige inovação, para tanto, é preciso que a pessoa tenha iniciativa,
independência de pensamento e ação, flexibilidade e persistência, autoconfiança, disposição ao risco,
porém como sabemos, as pessoas tem medo do novo, sentem um certo “receio” do incerto, o que
geralmente impõe barreiras a criatividade. Devemos aprender com nossos erros diante do novo, ao
invés de ficarmos estagnados enquanto os outros, que podem até mesmo ser nossos concorrentes,
passam a nossa frente. Outra característica imprescindível no indivíduo criativo é a coragem,
necessária para enfrentar a novas idéias que surgirão e colocá-las em prática.
A Organização é sempre um conjunto de processos realizados por grupos de pessoas e não
dispensa, portanto, habilidades grupais nas quais se inserem os momentos de isolamento e os de
relacionamento, ambos fundamentais à criação.
FATORES DE ORDEM SÓCIO-CULTURAL
O contexto sociocultural exerce enorme influência sobre o indivíduo. A receptividade, no
ambiente social, à apresentação do trabalho criativo é crucial ao estímulo do indivíduo ao exercício do
seu potencial, haja vista que a rejeição à apresentação pode acabar de forma irreversível a sua
coragem e disponibilidade em se expor. Este fator é agravado na exata medida do nível de
coletividade da sociedade.
FATORES DO AMBIENTE DE TRABALHO
Numa visão atual dos fatos, percebemos que as organizações, a cada dia que passa, tem
que se tornar mais e mais competitivas, mas como? É nestas horas que a criatividade entra. Em uma
empresa na qual seus funcionários são estimulados no lado da criatividade, é muito mais fácil
alcançar esta competitividade, pois a criatividade acaba sendo um diferencial a mais que sua
empresa possui em relação aos seus concorrentes.
Para que uma empresa se torne criativa, ela deve oferecer a seus funcionários apoio e
segurança no lado “criativo”, em outras palavras incentivar as pessoas e não desprezar as idéias que
forem surgindo. Um item importante para que isto aconteça, é a motivação, pois ela reúne as ações
dos indivíduos para seu potencial criativo. O desenvolvimento do espírito de equipe, o apoio na
colocação em prática de novas idéias, a fiança de inovações são componentes característicos de tais
Organizações.
A valorização, o respeito às idéias e manutenção do espaço às suas apresentações, são tidos
como reforço positivo que estimula o uso da criatividade em favor da Organização.
A implementação da cultura criativa exige pessoas capacitadas e habilitadas à preparação e
ao uso dos processos de pensamento criativo, disponibilidade de treinamento e desenvolvimento de
3. habilidades criativas, encorajamento, feedback, tempo adequado à realização das tarefas,
estabelecimento de metas para o alcance de produtos criativos, ausência de punições a eventuais
fracassos, reconhecimento e recompensas às idéias e produtos criativos e o fornecimento dos
recursos necessários à sua implementação, uma cultura sustentada na flexibilidade, desafio,
comunicação, prazer e sentimento de pertencer a uma nobre organização.
Por sua vez a pobreza do clima organizacional (pessoas insatisfeitas com a empresa), o
excesso de avaliação e pressão, insuficiência de recursos, competição acirrada e projeto inadequado
de gerenciamento inibem e, até mesmo, bloqueiam a criatividade.
FASES DO PROCESSO CRIATIVO
O caminho que a mente adota para gerar idéias, vem sendo estudado há tempos. O
psicólogo alemão Hermann von Helmholtz definiu vários modelos que foram expandidos pelo
psicólogo americano Graham Wallas. No modelo de Wallas, a criatividade ocorre em quatro etapas:
Preparo
Nesta etapa, sua mente coleta informações e dados que servem como alicerces ou pesquisa, onde
você esta trabalhando.
Incubação
É conhecida como a fase de descanso ou pausa, em que você armazena as informações que
reuniu e deixa de focalizá-las um pouco ou de pensar concientemente nelas. A incubação é o
momento que as pessoas sentem-se estressados, cansados e a mente parece dizer para fazer-se
uma pausa.
Iluminacão
Esta fase todos nós conhecemos, como: Eureka, UAu, como não pensei nisso antes, é o
momento máximo da inspiração. Às vezes, ocorre quando você está fazendo algo completamente
diferente do seu trabalho .A importância do relaxamento ou distração para encorajar a incubação e a
iluminação é tão reconhecida, que os especialistas em criatividade recomendam que você dê tempo
suficiente para que estes processos ocorram naturalmente. É óbvio que fica impossível dizer quanto
tempo é suficiente para você. A experiência recomenda portanto paciência.
Implementação / Verificação
É o ponto em que você dá forma para sua nova idéia, para se certificar de que ela funciona.
Neste momento o autor senta-se para escrever, para aprimorar a sua idéia .
CRIATIVIDADE NAS EMPRESAS
A chave para aumentar a criatividade em qualquer atividade é incentivar as pessoas a começarem a
agir criativamente em grupo. A seguir, algumas maneiras de estimular a criatividade, segundo Michael
Michalko, coisas fáceis que podem ser aplicadas facilmente em sua empresa ou a seu grupo:
1) Promova uma Loteria de Idéias:
Dê um cartão numerado para cada pessoa que tiver uma idéia criativa. No final do mês,
compartilhe todas as idéias com sua equipe. Faça um sorteio e dê um prêmio para quem tiver o
cartão premiado.
2) Inspire por meio de objetos:
Peça às pessoas que coloquem em suas mesas objetos que representem sua própria
interpretação pessoal do que é criatividade no trabalho. Por exemplo, uma bola de cristal para
4. Thomas Edison, o homem que
inventou a luz elétrica. Aos oito anos, Edison
foi matriculado na escola do reverendo
Engle, em Detroit, que não precisou de muito
tempo para conceituá-lo como um
"retardado", um "estúpido". Por causa da sua
dificuldade em aprender, Edison foi
praticamente expulso e nunca mais
freqüentou escola alguma.
representar o planejamento do futuro, pilhas ou baterias novas para simbolizar energia criadora, etc.
3) Organize a Semana das Idéias Estúpidas:
Faça com que ter idéias seja divertido. Organize uma semana das idéias Estúpidas e
promova um concurso. Coloque as idéias em algum lugar visível, e depois façam uma votação e
premiem a idéia mais estúpida apresentada. Todos vão divertir-se e, no processo, você vai descobrir
que algumas idéias não eram tão estúpidas assim.
4) Proponha cotas de idéias...
Garanta a criatividade dando a cada funcionário uma cota semanal ( por exemplo, uma idéia
por semana ). Thomas Edison usava este sistema. Sua cota pessoal era uma invenção pequena a
cada dez dias e uma grande a cada seis meses.
5) Reconheça sempre:
Por menor que possa parecer a contribuição nunca esqueça de mencionar de quem ou qual
grupo veio a sugestão. Mesmo que a sugestão não tenha sido implementada. Ao agradecer você
estará estimulando um ambiente mais criativo e descontraído. É esta energia criativa que manterá o
grupo em permanente criação. Comemore todos os resultados alcançados.
Os casos de Einstein e Edison, contudo,
não foram únicos na história. Gandhi também foi um
aluno medíocre. Sofreu muito com a tabuada e
costumava voltar para casa correndo para que seus
colegas não pudessem zombar da sua 'burrice". Tinha um raciocínio muito lento e uma memória
péssima.
Acontece, cara, que esses três "burrinhos" foram longe. Eles superaram todas as
expectativas, contrariaram todas as previsões e acabaram se tornando celebridades universais. Se
você quer saber como essas coisas podem acontecer na vida de qualquer um, inclusive na sua!!!
INTELIGÊNCIA E CRIATIVIDADE
Por ser uma "função", a inteligência pode melhorar continuamente à medida aprendemos
coisas novas, sejam estas "coisas" palavras, conceitos, procedimentos etc. Quando aprendemos uma
coisa nova agora, melhoramos nossa inteligência mais um pouquinho. É lei da natureza.
O que acontece, na realidade, é que toda vez que aprendemos alguma coisa, esta nova
informação é registrada na memória e IMEDIATAMENTE associa-se a todo o conjunto de
informações que já estão lá, guardas. Assim, quando raciocinamos sobre qualquer assunto,
estamos simplesmente fazendo comparações entre as informações que temos na memória. A
coisa funciona mais ou menos assim:
Albert Einstein é considerado um dos homens mais
inteligentes que pisaram a face da Terra, um
cientista brilhante, um orgulho para a raça humana.
Porém, nem sempre foi considerado assim. Você
sabia disso?
Na escola, quando criança, Einstein foi um
verdadeiro fracasso. Sentia grande dificuldade em
matérias como história e geografia e um dos seus
professores, inclusive, chegou mesmo a prever um
futuro sombrio para ele: "- É um debilóide! Não vai
chegar a lugar algum!"
Einstein
E
Edison
5. - Tudo o que aprendemos é devidamente registrado na memória;
- Quando temos que resolver determinado problema, buscamos na memória todas as
informações que temos sobre o assunto, comparamos e formulamos uma resposta. É justamente
por isso que não conseguimos pensar sobre o que não sabemos. Tente pensar num noete
prateado e veja como é difícil pra burro. Você só conseguirá pensar num noete prateado se
souber o que é noete, não é mesmo?
Acontece que a nossa memória não registra somente dados isolados, como palavras, por
exemplo; registra também procedimentos, maneiras de agir e - isto é importante - maneiras de
pensar.
Quando aprendemos usar o martelo, por exemplo, registramos na memória o
procedimento completo de dar marteladas, desde como segurar o prego até o modo de bater o
martelo. Por isso, quando temos que botar um prego na parede, "recuperamos" na memória todo
o procedimento aprendido e cumprimos a tarefa naturalmente, praticamente sem qualquer
esforço intelectual.
Ocorre, entretanto, que, de repente, o prego pode se recusar a entrar na parede, não é
mesmo? Daí então a inteligência nos oferece duas alternativas:
1) desistir da tarefa
2) procurar uma nova solução para o problema
Pois é aí, justamente aí, que o nosso cérebro abre uma portinha mágica que pode nos
levar ao maravilhoso mundo do "pensamento criativo". O "pensamento criativo" é somente uma
alternativa que a mente nos oferece para que encontremos uma solução original para um
problema teoricamente sem solução. Quando nos surge uma idéia nova, ela é resultado de dois
dados que estavam anteriormente gravados em nossa memória, porém em lugares separaddos.
Assim sendo, ser criativo é apenas uma opção intelectual. E todos podem fazer esta opção. É
simples, fácil, divertido e faz crescer, e muito, a nossa auto-estima.
O PENSAMENTO CRIATIVO
Pensar criativamente é "pensar lateralmente". É basicamente isso. Bem... talvez você esteja
em duvida, assim como eu fiquei quando ler isto, pode estar se perguntando: mas o que é pensar
lateralmente, não é mesmo? Então veja:
Segundo Edward De Bono, "raciocínio vertical” é cavar cada vez mais fundo no mesmo
buraco, enquanto raciocínio lateral é tentar de novo em outro lugar". Em termos práticos, isto quer
dizer que se não encontramos respostas satisfatórias para determinados problemas (do jeito que
estamos procurando) devemos procurá-las em outro lugar, de outra maneira, olhando sob outro
ângulo e através de outras associações. E a "chave" para pensar lateralmente é usar, simplesmente,
a expressão... "e se...?"
É isso mesmo, pensar criativamente é pensar "e se?"
- E se invés de dividir eu multiplicar?
- E se invés de pintar de verde eu pintar de vermelho?
- E se invés de ir por aqui eu for por ali?
- E se invés de deixar aqui eu puser ali?
Este é o primeiro passo do pensamento criativo, é a primeira regrinha pra tirar de nossas
cabeças, a mesmice do pensamento vertical! Acostume-se a pensar "e se?" e você vai ver como as
idéias começam a surgir. Pense "e se?" e ouse, arrisque, experimente! Sem "correr o risco de errar
você tem poucas chances de acertar!”
6. Veja como Sigmund Freud se referia à própria inteligência e perceba que não há grandes
exigências de ordem intelectual para que qualquer um, com ousadia e determinação, possa superar
suas limitações:
"Não sou realmente um homem de ciência, não sou um observador, não sou um
pensador. Nada sou senão um conquistador, por temperamento — um aventureiro —
com a curiosidade, a rudeza e a tenacidade que compõem essa espécie de ser."
..........
"Tenho capacidades e talentos muito restritos. Nenhum para as ciências naturais,
nenhum para a matemática, nada para as coisas quantitativas. No entanto, o pouco
que possuo, e que é de natureza bastante limitada, deve provavelmente ser de
caráter muito intenso." (Textos extraídos do livro O Pensamento Vivo de Sigmund
Freud, de Martin Claret.)
A grande dificuldade para que as pessoas pensem criativamente é o seguinte:
Desde pequenos somos acostumados a pensar verticalmente. Na escola, como em casa,
sempre nos ensinaram que devemos fazer tudo certinho, que devemos ser objetivos, práticos,
eficazes, e que a "ousadia" é um perigo que pode custar muito caro. Cientificamente, isto quer dizer
que somos educados para utilizar exclusivamente o lado esquerdo do cérebro - o lado da razão e do
raciocínio lógico. Porém, e o lado direito - o da imaginação, da intuição, da inventividade - como fica?
Atrofiado?
É exatamente esta a dificuldade. A maioria das pessoas pensa somente com o lado esquerdo
do cérebro. Poucas pessoas usam também o lado direito. Assim, quando se deparam com um
problema de difícil solução, ficam com a mente paralisada, sem alternativa, não é mesmo?
É preciso, aprender a usar o lado direito do cérebro. É justamente nesse lado que se
concentram todas as nossas potencialidades criativas. É preciso explorar esse mundo de talento que
você tem na cabeça. Desenvolvendo tão-somente o seu raciocínio lógico, certamente você se tornará
uma pessoa muito inteligente, porém, talentoso e criativo você só será quando desenvolver toda sua
capacidade de "imaginar" e de "ousar".
Todos os grandes gênios que você conhece ou já ouviu falar - Chopin, Van Gogh, Matisse,
Pasteur, Sabin, Nijinski, Pascal, Camões, Dante, Picasso, Cervantes - TODOS foram useiros em
explorar o lado direito do cérebro à procura do original, do incomum, do diferente. Porque o comum e
o banal, todo mundo faz. O diferencial de hoje em dia é fazer diferente. Porém um "diferente" melhor,
um "diferente" bom a vida das pessoas, bom para o mundo, bom para a vida. E esse "diferente" só se
consegue à custa de muito estudo, muita ousadia, muita determinação. A ferramenta, você tem: o
cérebro. É só "brincar" com ele que você chega lá!
É preciso que se diga, contudo, que o pensamento criativo não surge do nada, não é obra do
acaso. Não adianta ficar de na beira da praia esperando que um pensamento genial caia do céu
porque não cai, não! Para que o espírito criativo apareça é preciso que o seu cérebro tenha
substância, ou seja, que tenha uma quantidade de informações suficientemente grande para que as
idéias possam brotar na sua mente. Depois, é só seguir o conselho do grande Thomas Edison:
"Qualquer homem pode alcançar o êxito se dirigir seus pensamentos numa direção e insistir
neles até que faça alguma coisa".
Devemos insistir até que alguma coisa aconteça!
Louis Pasteur teve um derrame cerebral aos 46 anos, ficando com todo o lado esquerdo do
corpo paralisado. Nessa época ele ainda não era um cientista famoso e ainda estudava a pebrina,
uma doença que atacava a cultura dos bichos-da-seda. Mesmo debilitado pela doença e deprimido
pela morte prematura das suas três filhas, Pasteur continuou trabalhando, pesquisando.
Como se não bastante tanta dor e tanto sofrimento, Pasteur ainda foi ridicularizado na
Academia de Medicina por suas teses sobre a esterilização dos ambientes hospitalares. Mas
continuou trabalhando, pesquisando. Até que em 1885 - quase vinte anos depois do derrame sofrido -
Louis Pasteur trata e cura, pela primeira vez na história da medicina, um garoto atacado por raiva. Ele
insistiu, ousou, não temeu o ridículo... e realizou!
Não importa quem nós somos hoje, não importa o que deixamos de fazer, não importam as
nossas derrotas, nada disso importa. O que vale, e o que realmente tem importancia, é que nós
temos dentro da caixa craniana o mais poderoso computador do mundo. E ele é todo nosso.
7. Saiba que Einstein, Pasteur, Gandhi, Edison, Picasso e Leonardo da Vinci tinham
"computadores" exatamente iguais ao seu. Nenhuma diferença! Nenhum neurônio a mais!
“Toda criança, ao nascer, possui um potencial
de inteligência maior do que Leonardo da Vinci
utilizou em toda a sua existência".
O psicólogo Glenn Doman, autor de "Teach Your Baby Math", afirma no seu livro: "Aprender é
o jogo mais importante e divertido da vida. Todas as crianças nascem acreditando nisso e
continuarão acreditando até que as convençamos de que aprender é uma tarefa extremamente difícil
e desagradável. Algumas crianças jamais aprendem essa lição e passam a vida acreditando que
aprender é divertido, que é um jogo que vale ser jogado. Temos um nome para essas pessoas: elas
são chamadas de "gênios".
De fato, ao nascer, a criança se dispõe, pela própria natureza do seu cérebro, a aprender
continuadamente por toda a vida. O que impede essa "aprendizagem contínua" é a ação bloqueadora
dos adultos - principalmente dos pais - que, a pretexto de educar, acabam desvirtuando a criança do
seu destino natural.
Um dos maiores obstáculos ao desenvolvimento contínuo da criança é a rejeição às suas
manifestações criativas. Raros são os pais que elogiam seus filhos, com insistência, a cada
manifestação de criatividade.
Cada vez que uma criança mostra um desenho que acabou de fazer, uma "invenção" ou uma
coisa nova que aprendeu na escola, na verdade, está com sua mente expectante pronta para receber
um elogio que há de estimulá-la ainda mais a dar continuidade a esta aprendizagem. Quando não há
o "elogio" a criança "julga" que o seu esforço em "produzir" algo criativo foi em vão, e isso diminui sua
auto-estima. Aos poucos, ela acaba "entendendo" que é uma "inútil" ou - pior ainda - que não é
amada. E isso faz um mal terrível tanto para o seu desenvolvimento intelectual quanto para o seu
equilíbrio emocional.
Para estimular a criatividade das crianças, você não precisa comprar revistas ou "jogos
educativos", nada disso. Você precisa, tão-somente, "acariciar" o intelecto e o emocional dela. Como?
Elogiando! Elogiando sempre e muito.
Se você se habituar a elogiá-la - "Que bonito! Você é muito inteligente!" - estará permitindo
que ela, por si só, desenvolva seu potencial criativo (ela vai querer fazer sempre mais e melhor para
agradá-lo, para receber mais elogios) e equilibre positivamente o seu lado emocional (ela vai se sentir
amada, e isso é fundamental para o desenvolvimento de qualquer criança).
Muitos pais, por falta de tempo ou de informação, acabam prejudicando inconscientemente o
desenvolvimento intelectual dos seus filhos. Muitos, inclusive, acham que o melhor para seus filhos é
estudarem em ótimos colégios onde terão toda a assistência intelectual que precisam, e que isso
basta. Este, contudo, é um erro gravíssimo. O que a criança pequena precisa, fundamentalmente, é
de afeto. Repare que as crianças quando aprendem algo novo na escola, correm direto para os pais
para mostrar o que aprenderam. E este momento é crucial; ele é tão importante quanto tudo aquilo
que ela aprendeu. A escola "dá" a informação, ajuda na formação, mas é a relação afetuosa pais/filho
que vai fazer com que toda essa informação seja bem processada pelo cérebro. Quando ela corre
para mostrar o que aprendeu, está simplesmente "procurando afeto", "procurando elogio". O silêncio
e a indiferença, nessas horas, faz um mal terrível e pode pôr tudo a perder.
Outro detalhe que também merece ser ressaltado, é a questão da diversão, da brincadeira. É
preciso entender que o trabalho das crianças é sua diversão; crianças aprendem através de tudo o
que fazem. Por isso, não é saudável cobrar das crianças atitudes de adultos. Crianças aprendem
brincando, e aprendem mais do que adultos.
Um criança, por exemplo, pode aprender a ler com meses de vida, você sabia disso? Se você
rotular seus brinquedos e os móveis, escrevendo o nome de cada peça, basta aguardar pois ela,
naturalmente, aprenderá a identificar cada palavra, ou seja, aprenderá a ler sem que ninguém lhe
ensine. Tudo naturalmente. E brincando.
Portanto, se você quer realmente estimular a capacidade criativa do seu filho, siga estes dois
princípios fundamentais:
1 - Elogie sempre, sempre, sempre; mostre afeto sempre, sempre, sempre;
2 - Estimule-o a brincar sempre e muito. Em cada brincadeira, com certeza, ela estará aprendendo
mais um pouco, crescendo um pouco mais. Lembre-se que ela não é adulto, não está ainda
preparada para aprender como um adulto. Ela é criança; deve aprender como criança. É a lei.
8. CONCLUSÃO
Como percebemos, a criatividade, não surge do nada, nem aparece em nossas mentes como
um raio, ou como uma lâmpada que se acende sobre nossas cabeças, é necessário que tenhamos
várias informações, para que nossa mente possa cruzá-las, resultando em pensamentos criativos.
O importante é não ficar muito apegado aos padrões, normas, paradigmas, temos que ter a
coragem necessária, para conseguirmos vencer eles. Por exemplo... Quem disse que as capas dos
trabalhos tem que ser em papel branco, folha A4, que a capa não pode ser escrita de trás para
frente? Bem... não sei quem foi que inventou tais regras, com certeza esta pessoa buscava a
padronização dos trabalhos, mas será que é isto que nossa sociedade, realmente precisa? De
pessoas padronizadas? Pessoas que pensem todas da mesma maneira? Acho que não...
Li recentemente em um livro (PREDIBON), uma coisa bem interessante: ele nos diz que a
criatividade é como um músculo de nosso corpo, vamos pegar o bíceps como exemplo; quem faz
musculação, ou constantes exercícios com os braços, possui os bíceps bem desenvolvidos, enquanto
uma pessoa que ficou com o braço engessado, fica com o mesmo atrofiado. A criatividade também é
assim, se nós não utilizarmos ela, ela vai ficando cada vez mais esquecida, começa a “criar teias de
aranha” no nosso “lado direito do célebro”, devemos começar o quanto antes a treinar e estimular
nossas mentes, pois só assim conseguiremos “expulsar as teias” que prendem nossa criatividade.
Não é difícil, porém também não é taum fácil, é um hábito que adquirimos com o tempo, e por que
naum começar agora??? Garanto que daqui a algum tempo, você próprio se surpreenderá com suas
melhoras no campo da criatividade!
9. BIBLIOGRAFIA
Consulta na INTERNET, dia 08 de setembro de 2000, no site:
http://www.robsoncunha.cjb.net/
Consulta na INTERNET, dia 10 de setembro de 2000, no site:
http://www.widebiz.com.br/gente/raul/raul_eureka.html
Consulta na INTERNET, dia 10 de setembro de 2000, no site:
http://geocities.com/Eureka/Concourse/9084/
Consulta na INTERNET, dia 10 de setembro de 2000, no site:
http://criatividade.homepage.com
PREDIBON, José. Criatividade hoje : como se pratica, aprende e ensina.
10. BIBLIOGRAFIA
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http://www.widebiz.com.br/gente/raul/raul_eureka.html
Consulta na INTERNET, dia 10 de setembro de 2000, no site:
http://geocities.com/Eureka/Concourse/9084/
Consulta na INTERNET, dia 10 de setembro de 2000, no site:
http://criatividade.homepage.com
PREDIBON, José. Criatividade hoje : como se pratica, aprende e ensina.