Tomando por base o Livro História de Israel, do Dr. Samuel J. Schultz, o professor Rogério de Sousa faz uma exposição sobre o Livro de Levíticos.
As leis cerimoniais, O sacerdócio. O culto. Os sacrifícios.
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Introdução ao Livro de Levíticos e o Sacerdócio
1. Introdução ao Livro de Levíticos
Ao longo de sua vida, Samuel J. Schultz dedicou-se à
carreira acadêmica, tanto na área do ensino quanto da
produção literária. Foi professor de Antigo Testamento
no Wheaton College de 1949 a 1980. Escreveu várias
obras, entre elas, The Prophets Speak: The Law of Love -
The Essence of Israel´s Religion; Deuteronomy: The
Gospel of Love; The Gospel of Moses; Leviticus; além de
diversos artigos.
Após muitos anos de ensino, Samuel J. Schultz
aponsentou-se como professor emérito de Bíblia e
Teologia no Wheaton College. Faleceu em junho de
2005.
4. O Sacerdócio
O sacerdócio Anterior aos tempos de Moisés, as ofertas
eram usualmente feitas pelo cabeça da família, que
oficialmente representava a sua família no
reconhecimento e a adoração a deus. exceto pela
referência de Melquisedeque como sacerdote de deus em
Gn 14.18, não se menciona oficialmente o ofício ou cargo
de sacerdote. Mas já que Israel tinha sido redimido do
Egito, o ofício de sacerdote teve uma significativa
importância.
Introdução ao Livro de Levíticos
5. O Sacerdócio
Deus desejou que Israel fosse uma nação santa (Êx 19.6). para uma
ministração adequada e uma adoração e culto efetivos, Deus designou a
Arão para servir como sumo sacerdote durante a permanência de Israel no
deserto. Assistindo-o, estavam seus quatro filhos: Nadabe, Abiú, Eleazar e
Itamar. Os dois primeiros mas tarde serão castigados em juízo por levar
fogo não sagrado ao interior do tabernáculo (Lv 8.10; Nm 10.2-4). Em
virtude de ter escapado da morte no Egito, o primogênito de cada família
pertencia a Deus. escolhidos como substitutos pelo filho mais velho de
cada família, os levitas auxiliavam os sacerdotes em seu ministério (Nm 3.5-
13; 8.17). Desta forma, a totalidade da nação estava representada no
ministério sacerdotal
Introdução ao Livro de Levíticos
6. O Sacerdócio
A santidade dos sacerdotes é aparente nos requerimentos para um viver
santo, igual que nos pré-requisitos para o serviço (Lv 21.1-22.10). A
exemplaridade na conduta era especialmente aplicada pelos sacerdotes
como obrigação de ter um especial cuidado em questões de matrimônio e
de disciplina da família. Enquanto que as taras físicas os excluíam
permanentemente do serviço sacerdotal, a falta de limpeza cerimonial
resultante da lepra, ou de contatos proibidos, os desqualificava
temporariamente do ministério. Os costumes pagãos, a profanação das
coisas sagradas, e a contaminação eram coisas que deviam ser evitadas
pelos sacerdotes em todas as ocasiões. Para o sumo sacerdote as restrições
eram ainda muito mais exigentes (Lv 21.1-15).
Introdução ao Livro de Levíticos
7. O Sacerdócio
Numa elaborada cerimônia de consagração, os sacerdotes estavam
colocados a parte para seu ministério (Êx 29.1-37; 40.12-15; Lv 8.1-36).
Após uma lavagem com água, Arão e seus filhos eram vestidos com os
ornamentos sacerdotais e ungidos com óleo. Com Moisés oficiando como
mediador, se oferecia um boi jovem como oferta pelo pecado, ao somente
para Arão e 41 seus filhos, senão para a purificação do altar dos pecados
associados com seu serviço. Isto costumava ir seguido por um holocausto
onde se sacrificava um carneiro de acordo com o ritual usual. Outros destes
animais eram então apresentados como oferta pacífica numa cerimônia
especial.
Introdução ao Livro de Levíticos
14. Introdução ao Livro de Levíticos
A oferta de cereal
Essa é a única oferta que não implicava a vida de um animal, senão que consistia
primeiramente nos produtos da terra, que representavam os frutos do trabalho do
homem (Lv 2.1-16; 6.14-23). Esta oferta podia ser apresentada de três diferentes
formas, sempre misturadas com azeite, incenso e sal, mas sem fermento nem mel. Se
uma oferta consistia nos primeiros frutos, as espigas do novo grão eram tostadas no
fogo. Após moer o grão, podia apresentar-se ao sacerdote como farinha fina ou pão
sem fermento, tortas, ou ainda em forma de folhas preparadas no forno. A oferta de
grão está identificada como a "oferta da carne", na versão inglesa, a "oferta da
comida" na versão americana, "a oferta dos grãos" na revista inglesa, e a "oferta do
alimento" na versão de Berkley. Nas versões portuguesas aparece como "a oferta
doa alimentos das primícias" (ACF), a "oferta de cereais de primícias" (PJFA), e a
"oferta dos primeiros frutos" (NVI). 43
18. Introdução ao Livro de Levíticos
Ano de jubileu
Depois da observância do ano sabático, chegava o ano de jubileu. Se
anunciava pelo clamor das trombetas no décimo diz de Tishri, o mês
sétimo. De acordo com as instruções dadas em Lv 25.8-55, este marcava
um ano de liberdade no qual a herança da família era restaurada àqueles
que tiveram a desgraça de perdê-la, os escravos hebraicos eram
libertados e a terra era deixada sem cultivar. Na possessão da terra o
israelita reconhecia a Deus como o verdadeiro proprietário dela.
Conseqüentemente, devia ser guardada pela família e passava como se
fosse uma herança. Em caso de necessidade, podiam vender-se só os
direitos aos produtos da terra.
19. Introdução ao Livro de Levíticos
Festas anuais
As três observações anuais celebradas como festas eram:
1) A Páscoa e festa dos pães ázimos,
2) A festa das semanas, primícias ou ceifa,
3) A festa dos tabernáculos ou colheita.
Tinham tal significação estas festas que todos os israelitas
varões eram requeridos para sua devida atenção e
celebração (Êx 23.14-17).
20. Introdução ao Livro de Levíticos
A Páscoa e a festa dos pães ázimos
Historicamente, a Páscoa foi primeiramente observada no Egito quando as famílias de
Israel foram excluídas da morte do primogênito, matando o cordeiro de Páscoa (Êx 12.1-
13.10). o cordeiro era escolhido no décimo dia do mês de Abibe e matado no décimo
quarto. Durante os sete dias seguintes somente podiam comer-se os pães ázimos. Este mês
de Abibe, mas tarde conhecido por Nisã, era designado como "o começo dos meses", ou o
começo do ano religioso (Êx 12.2). A segunda Páscoa era observada no décimo quarto dia
de Abibe, um ano depois de que os israelitas abandonassem Egito (Nm 9.1-5). Já que
nenhuma pessoa incircuncisa podia partilhar a Páscoa (Êx 12.48), Israel não observou este
festival durante o tempo de sua peregrinação pelo deserto (Js 5.6). não foi senão até que o
povo entrou em Canaã, quarenta anos depois de deixar a terra do Egito, em que se
observou a terceira Páscoa.
21. Introdução ao Livro de Levíticos
Festa das semanas
Enquanto que a Páscoa e a festa dos pães ázimos era observada a começos da
colheita da cevada, a festa das semanas tinha lugar cinqüenta dias depois, após a
colheita do trigo (Dt 16.9) 84 . Embora fosse uma ocasião verdadeiramente
importante, a festa era observada somente um dia. Neste dia de descanso, se
apresentava uma comida especial e uma oferta consistente em duas peças de pão
com fermento que se apresentava ao Senhor para o tabernáculo, significando com
isso que o pão de cada dia era proporcionado por obra do Senhor (Lv 23.15-20). Os
sacrifícios prescritos eram apresentados com esta oferta. Nesta alegre ocasião, o
israelita não esquecia nunca do menos afortunado, deixando alimentos nos
campos para os pobres e os necessitados
22. Introdução ao Livro de Levíticos
A festa dos tabernáculos
O último festival anual era a festa dos tabernáculos, um período de sete dias durante o qual os israelitas
viviam em tendas (Êx 23.16; 34.22; Lv 23.40-41). Esta festa não só marcava o fim da estação das colheitas,
senão que quando estiveram estabelecidos em Canaã, servia de lembrança de sua permanência no
deserto no qual deviam viver em tendas de campanha. As festividades desta semana encontravam sua
expressão nos maiores holocaustos jamais apresentados, sacrificando um total de setenta bois.
Oferecendo treze no primeiro dia, que se considerava como uma convocação sagrada, o número ia
decrescendo diariamente de a um. Cada dia, além disso, se realizava uma oferta de fogo adicional. Esta
oferta consistia em quatorze cordeiros e dois carneiros com suas respectivas ofertas, igualmente de carne
e bebida. Uma convocatória sagrada celebrada no oitavo dia levava à conclusão das atividades do ano
religioso. Cada sétimo ano era peculiar na celebração da festa dos tabernáculos. Era o ano da leitura
pública da lei. Embora aos peregrinos se pedia que observassem a Páscoa e a festa das semanas durante
um dia, eles normalmente utilizavam a totalidade da semana na festa dos tabernáculos, dando ocasião de
uma ampla oportunidade para a leitura da lei de acordo com o mandamento de Moisés (Dt 31.9-13).
23. Introdução ao Livro de Levíticos
Dia da expiação
A mais solene ocasião a totalidade do ano era o dia da expiação (Lv 16.1-34; 23.26-32;
Nm 29.7-11). Era observada no décimo dia de Tishri com uma sagrada convocatória e
jejum. Naquele dia não era permitido nenhum trabalho. Este era o único jejum
requerido pela lei de Moisés. O principal propósito desta observância era realizar uma
verdadeira expiação. Em sua elaborada e singular cerimônia, a propiciação foi realizada
por Arão e sua casa, o santo lugar, a tenda da reunião, o altar das ofertas de fogo e pela
congregação de Israel. Somente o sumo sacerdote podia oficiar naquele dia. Aos outros
sacerdotes nem sequer estava permitido permanecer no santuário, senão que deviam
identificar-se com a congregação. Para esta ocasião, o sumo sacerdote luzia seus
especiais ornamentos e vestia com linho branco. As ofertas prescritas para o dia eram,
como se segue: dois carneiros como holocausto para si mesmo e para a congregação,
um bezerro para sua própria oferta de pecado, e dois bodes como uma oferta de
pecado pelo povo
24. Introdução ao Livro de Levíticos
Dia da expiação
A mais solene ocasião a totalidade do ano era o dia da expiação (Lv 16.1-34; 23.26-32;
Nm 29.7-11). Era observada no décimo dia de Tishri com uma sagrada convocatória e
jejum. Naquele dia não era permitido nenhum trabalho. Este era o único jejum
requerido pela lei de Moisés. O principal propósito desta observância era realizar uma
verdadeira expiação. Em sua elaborada e singular cerimônia, a propiciação foi realizada
por Arão e sua casa, o santo lugar, a tenda da reunião, o altar das ofertas de fogo e pela
congregação de Israel. Somente o sumo sacerdote podia oficiar naquele dia. Aos outros
sacerdotes nem sequer estava permitido permanecer no santuário, senão que deviam
identificar-se com a congregação. Para esta ocasião, o sumo sacerdote luzia seus
especiais ornamentos e vestia com linho branco. As ofertas prescritas para o dia eram,
como se segue: dois carneiros como holocausto para si mesmo e para a congregação,
um bezerro para sua própria oferta de pecado, e dois bodes como uma oferta de
pecado pelo povo