Este documento apresenta uma introdução sobre anjos e a rebelião de Satanás. Discute a hierarquia dos anjos, incluindo arcanjos, querubins e serafins. Apesar de ser comumente retratado como o anjo mais poderoso, Lúcifer na verdade era um anjo ordinário que se rebelou contra Deus. O documento também explora as motivações e a natureza da queda de Lúcifer e sua transformação em Satanás.
4. Lúcifer foi criado como parte de um todo,
ou seja, ele fazia parte da composição da
obra. Não houve exclusividade em sua
criação, mesmo por que Deus criou os anjos
em castas, ou seja, há uma raça de seres
com glória equivalente à de Lúcifer e até
maior.
14. Em nosso imaginário o diabo destacou-
se dentre os anjos por causa de sua
glória acima de todos os anjos. Mas as
Escrituras revelam outra coisa: ele era
um anjo ordinário, mais um dos
membros de uma família de Deus.
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16. Sem uma compreensão depurada de Deus, fica
difícil compreender a magnitude da criação e a
loucura da rebelião de satanás.
Como Lúcifer pode ter caído?
Em que consiste, exatamente, sua queda?
Qual a verdadeira dimensão de sua rebeldia?
Sua queda foi gradual ou repentina?
Ele caiu só ou fez parte de uma conspiração?
17. Deste ponto em diante daremos
vazão a nossa investigação, não
poupando esforços para identificar
nos textos das Sagradas Escrituras
o que os profetas e apóstolos
disseram acerca do diabo.
18. O anjo caído chamado Lúcifer pode ser bem
parecido com o diabo das pregações
evangélicas, mas também se distancia muito
do demônio onipotente que os exorcistas
enfrentam em suas mirabolantes histórias
de expulsões.
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20. Esteja preparado para encontrar um diabo
humanizado e enfraquecido, desiludido e
cansado, solitário e demente, falante e
emudecido, estratégico e cético, enigmático e
populista, pragmático e idealista. Lúcifer é um
demônio sem corpo, um espírito sem luz, uma
estrela sem brilho e um general sem exército...
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22. Ao longo da história centenas de nomes foram atribuídos a ele,
tais como Belzebu, Cadreel, Mastema, Mefistófeles, Satã, Sier,
Quazet, Iblis, Capeta, Coxo, Nosferato, Ronca e Fussa, Sem nome,
Tinhoso, Dois chifres, Demonho, Aquele que não se nomina, Sete
cruzes, Chifrudo, Aquele que Desvia, Azarapé, Cabrunco, Cão,
Canhoto, Capa-Verde, Capeta, Capiroto, Chifrudo, Coisa-Ruim,
Cramulhão, Crinado, Danado, Demo, Dos Quintos, Encardido,
Espírito-de-Porco, Excomungado, Ferra-Brás, Indesejado, Lá de
baixo, Mau, Mefisto, Pastor Negro, Pé-de-Bode, Pé-Preto, Pedro
Botelho, Peneireiro, Príncipe das Trevas, Senhor dos Infernos,
Rabo-de-Seta, Ranheta e Renegado.
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24. Estes e outros nomes serão citados aqui como sinônimos
ao “Grande Espírito”, como o chamava Dostoievski. Ao
final, descobriremos que a ocupação de Lúcifer sempre foi
a de atazanar o Reino de Deus, não importando se
venceria ou não suas guerras. O diabo se alimenta de uma
natureza luciferiana impregnada de uma malevolência que
o controla dia e noite desde sua criação. O Mal é maior que
ele! Satanás é escravo do pecado e segue uma carreira
subserviente ao poder das trevas.