O documento discute como as novas tecnologias podem ser usadas para promover mudanças nos paradigmas educacionais. Aponta que os professores precisam desenvolver novas competências pedagógicas para integrar ferramentas cognitivas de forma eficaz. Também argumenta que os modelos educacionais precisam se adaptar aos novos estudantes e às novas tecnologias para apoiar aprendizagens baseadas na criação e compartilhamento de conhecimento.

1. Internet e Educação
Participação no fórum
Já foram referidas, ao longo do debate, as grandes potencialidades da
Moodle no sentido da renovação de práticas pedagógicas. Constatámos,
porém, que tal não se tem verificado tendo sido apontados como factores
inibidores a falta de competências TIC por parte de alguns docentes.
No entanto, a renovação de práticas pedagógicas por parte dos docentes
passa igualmente por uma mudança de mentalidades, por uma alteração
profunda dos paradigmas educativos.
Torna-se imperioso alterar práticas lectivas, ainda demasiado magistrais,
orientando-as para novas abordagens estratégicas, em processos de ensino-
aprendizagem, baseados numa filosofia pedagógica construtivista.
“Para integrar de forma eficaz as ferramentas cognitivas na sala de aula,
os professores podem ter de desenvolver novas competências pedagógicas. O
seu papel como professor deve alterar-se de transmissor de conhecimento
para instigador, promotor, treinador, ajudante, modelador e orientador de
construção de conhecimento.” (Jonassen, 2000:302)
Prensky (2007) refere que as dificuldades sentidas na implementação de
novas tecnologias nas escolas nada tem a ver com a questão tecnológica em
si, mas com a necessidade de alterar paradigmas educacionais que o uso das
novas tecnologias veio impor.
Refere que os jovens actuais gostam de trabalhar em grupo, fazer
projectos, partilhar ideias com os seus pares e ouvir o que eles têm para lhes
dizer. Gostam de desafios, que lhes coloquem perguntas interessantes, que os
ouçam e os respeitem. O autor constata que as novas tecnologias estão em
perfeita sintonia com o paradigma educacional destes jovens que conseguem
facilmente encontrar a informação que consideram relevante, partilhá-la,
confrontá-la com diferentes fontes… e tudo com as ferramentas que têm nos
bolsos… Prensky considera que a aprendizagem do século XXI passa por criar,
inventar e partilhar com um mundo cada vez mais em rede.
Para o autor, faz muito pouco sentido usar novas tecnologias ao serviço
de modelos educacionais antigos, sendo que os educadores têm de começar a
perceber a mudança e a adaptar-se ao facto de que a nova tecnologia digital
está a ditar não só o futuro destas gerações mas também um novo paradigma
educativo.
Referências:
Jonassen, D. (2000). Computadores, ferramentas cognitivas. Desenvolver o
pensamento crítico nas escolas. Porto: Porto Editora.
Prensky, M. (2007). Changing paradigms - from “being taught” to “learning on your own
with guidance.” Educational Technology, 47(4), 1-3. Disponível em
http://www.marcprensky.com/writing/Prensky-ChangingParadigms-01-
EdTech.pdf
Elisabete Viana 1