O documento apresenta indicadores da indústria brasileira de bens de capital mecânicos referentes a maio de 2016, com destaque para: 1) A receita líquida total teve leve alta de 4,1% em relação a abril, porém queda de 28,8% na comparação anual; 2) As exportações cresceram 2% na comparação mensal e 9,9% anualmente; 3) Já as importações tiveram leve queda de 0,8% no mês, porém recuo de 25% anual.
2. DCEE – Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 2
Resumo de desempenho
Maio 2016
Variáveis
R$ milhões constantes Variação percentual sobre
Mês No ano mês anterior
mês do ano
anterior
ano
anterior
Receita líquida total 5.523,67 27.129,42 +4,1 -28,8 -30,7
Receita líquida interna 3.060,61 14.704,39 +6,8 -46,2 -48,6
Consumo aparente 7.898,46 41.015,60 +1,4 -32,2 -32,1
Variáveis
US$ milhões Variação percentual
Mês No ano mês anterior
mês do ano
anterior
ano
anterior
Exportação 695,92 3.295,57 +2,0 +9,9 +0,9
Importação 1.199,03 6.078,45 -0,8 -25,0 -30,4
Saldo -503,11 -2.782,88 -4,3 -47,8 -49,1
Variáveis
Mil pessoas Variação percentual
No fim do mês média no ano mês anterior
mês do ano
anterior
ano
anterior
Emprego 308,716 309,847 0,0 -10,4 -12,0
3. DCEE – Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 3
Consumo aparente
R$ bilhões constantes*
Mês / Mês anterior = +1,4%
Mês / Mês do ano anterior = -32,2%
Acum. Ano / Acum. Ano Anterior = -32,1%
0
2
4
6
8
10
12
14
16
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Receita Líquida Interna (MM3) Importados (c/ CIF+II) MM3
Consumo aparente mensal
Fonte: DCEE/ABIMAQ, Bacen e SECEX. Elaboração: DCEE/ABIMAQ . * Deflator utilizado coluna 32 - FGV
O consumo aparente em
2016 apresenta uma certa
estabilidade, mas num nível
muito inferior ao dos anos
anteriores.
Na ponta houve crescimento
de 1,4% sobre o mês de
abril/16.
Na comparação com 2015
observou-se forte queda
tanto sobre o mesmo mês
(-32,2%) quanto sobre o
período jan-mai (-32,1%).
As altas taxas de ociosidade
observadas em todos os
setores da indústria de
transformação colocam como
incerta a retomada dos
investimentos no curto
prazo.
4. DCEE – Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 4
Receita Líquida Total
R$ bilhões constantes*
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Exportação (MM3) Receita Líquida Interna (MM3)
Receita Líquida Total (mensal) Receita Líquida Interna (mensal)
Mês / Mês anterior = +4,1%
Mês / Mês do ano anterior = -28,8%
Acum. Ano / Acum. Ano Anterior = -30,7%
Fonte: DCEE/ABIMAQ e SECEX. Elaboração: DCEE/ABIMAQ . * Deflator utilizado coluna 32 - FGV
Tal como no consumo
aparente, a análise de ponta
do comportamento do
faturamento mostra uma
tendência à estabilidade,
ainda que em nível muito
baixo.
Na comparação com 2015 a
queda foi de 28,8% sobre o
mesmo mês e de 30,7%
sobre o mesmo período (jan-
mai).
No mercado interno o
cenário é ainda mais
preocupante já que as
vendas acumulam queda em
2016 (jan-mai) de 48,6%.
5. DCEE – Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 5
Curva de comportamento
Receita Líquida
Média 2010-2013 vs 2014, 2015 e 2016
Fonte: DCEE/ABIMAQ . Nota: Deflator utilizado – coluna 32 - FGV
As incertezas políticas
combinadas com a política
econômica recessiva, onde o
custo do capital é
incompatível com o retorno
dos investimentos, tem
inviabilizado qualquer
decisão de investimento no
país.
O comportamento das
vendas até maio indica uma
provável queda, da ordem de
dois dígitos em 16/15, da
Receita Líquida de Vendas.
9,39
7,84
5,525,52
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
11,0
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
R$bilhões
Média 2010 - 2013 2014 2015 2016
6. DCEE – Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 6
Evolução dos preços
Fonte: ABIMAQ, IBGE e BCB. Elaboração: DCEE/ABIMAQ . * Índice de custo de produção de máquinas e equipamentos.
Mesmo com a menor
concorrência dos produtos
importados, que foram
encarecidos pelo Real
desvalorizado, os preços das
máquinas e equipamentos
medidos pelo IPP (curva
preta) do IBGE continuam
variando bem abaixo da
média dos preços dos bens
que compõem a cesta de
produtos medidos pelo IPCA
(curva azul).
7. DCEE – Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 7
Taxa de câmbio real
Variação % acumulada – base: jan/14 = 100
Em termos reais, a
apreciação do Real ocorrida
em 2016 anulou,
praticamente, todas os
ganhos de competitividade
dos produtos nacionais,
conforme pode-se observar
no gráfico ao lado.
Fonte: LCA e IBGE. Elaboração: DCEE/ABIMAQ . Cesta: Zona do Euro, China, Argentina, Japão, Chile, Índia, Venezuela, Rússia e México.
23,59
20,13
16,99
-20
-10
0
10
20
30
40
50
dez/13
jan/14
fev/14
mar/14
abr/14
mai/14
jun/14
jul/14
ago/14
set/14
out/14
nov/14
dez/14
jan/15
fev/15
mar/15
abr/15
mai/15
jun/15
jul/15
ago/15
set/15
out/15
nov/15
dez/15
jan/16
fev/16
mar/16
abr/16
mai/16
jun/16
jul/16
ago/16
set/16
out/16
nov/16
dez/16
Real Euro Cesta (exceto EUA)
*US$/R$ deflacionado pelo IPCA – Dados de Maio/16 estimados
8. DCEE – Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 8
Exportação
US$ bilhões FOB
Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ.
Mês / Mês anterior = +2,0%
Mês / Mês do ano anterior = +9,9%
Acum. Ano / Acum. Ano Anterior = 0,9%
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
MM3 Mensal
No mês de maio/16 as
exportações de máquinas e
equipamentos foram 2,0%
maiores do que as
registradas em abr/16, e
9,9% superiores que as de
mai/15.
No ano, o setor reverteu seu
cenário de queda e passou a
apresentar o primeiro
resultado positivo (0,9%).
Há dúvidas se o atual
câmbio, inferior a R$3,50 vai
permitir a manutenção desta
tendência.
9. DCEE – Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 9
Exportação por setores
Setores com sua participação no total
-52,0
7,8
31,7
25,9
55,6
4,7
-15,7
2,0
-66,1
20,4
-18,3
47,5
7,6
5,8
17,8
0,9
-100 -50 0 50 100
Máquinas para petróleo e energia
renovável
Máquinas para a indústria de
transformação
Máquinas para agricultura
Máquinas para bens de consumo
Infra-estrutura e indústria de
base
Máquinas para logística e
construção civil
Componentes p/ a ind. de bens de
capital
ABIMAQ
Ano Mês / Mês anter.
100%
29,3%
25,5%
15,2%
9,7%
8,0%
7,8%
4,5%
Participação
Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ .
Na análise setorial observa-
se crescimento nas vendas
externas de mai/16 da
maioria dos segmentos.
Mas com destaque para:
setor fabricante de
máquinas para bens de
consumo que registrou
crescimento de 47,5% em
2016 em função da venda de
máquinas para a indústria de
alimentos; e setor de
máquinas para indústria
de transformação com
crescimento de 20,4%,
neste último, em função do
aumento das vendas de
máquinas-ferramenta.
10. DCEE – Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 10
Exportação por destinos
US$ bilhões
Os principais destinos das
exportações brasileiras de
máquinas e equipamentos
(M&E) são, pela ordem,
América Latina, Europa e
Estados Unidos.
Observa-se, em 2016,
redução da participação
relativa na América Latina e
forte aumento na China.
A China, que não está
registrada no gráfico, saltou
de 1% em 2015 para 10%
em 2016.
Grupos Jan-Mai/2016 Jan-Mai/2015 Var. %
TOTAL GERAL 3.296 3.266 0,9
1 América Latina 1.239 1.402 -11,7
Mercosul 524,0 700,0 -25,1
2 Europa 654,0 617,0 6,0
3 Estados Unidos 568,8 697,2 -18,4
4 China 330,5 34,9 +846,0
40,9
44,6 45,2
50,6
48,1
43,2 44,4
40,1 41,6
37,6
14,715,9
20,4
17,7 18,3 20,920,0 21,7 18,7 19,823,0
19,0
15,1 15,2 16,0
18,4
17,3
18,9 18,2 17,3
07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
Participação % no
total exportado
América Latina
Estados Unidos
Europa
Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ . Mercosul Estados Membros: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela
11. DCEE – Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 11
Importação
US$ bilhões FOB
Mês / Mês anterior = -0,8%
Mês / Mês do ano anterior = -25,0%
Acum. Ano / Acum. Ano Anterior = -30,4%
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
MM3 Mensal
Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ.
A queda nas importações de
máquinas e equipamentos da
sinais de estabilidade. Em
maio a queda foi de 0,8%
em relação a abr/16 e
chegou a US$ 1,199 bilhão.
Na comparação com mai/15
a queda foi de 25%.
No ano, as importações de
máquinas e equipamentos
recuaram 30,4% contra o
mesmo período do ano
anterior.
12. DCEE – Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 12
Importação por setores
Setores com sua participação* no total
100%
28,6%
21,3%
17,3%
14,9%
14,2%
2,4%
1,3%
Participação
-10,7
3,0
10,3
16,0
-48,6
21,3
15,6
-0,8
-37,5
-41,4
-40,8
-29,3
-18,4
-29,3
-30,3
-30,4
-100 -75 -50 -25 0 25 50
Máquinas para petróleo
e energia renovável
Máquinas para agricultura
Máquinas para bens
de consumo
Máquinas para logística
e construção civil
Infra-estrutura e indústria
de base
Máquinas para a indústria
de transformação
Componentes p/ a ind.
de bens de capital
ABIMAQ
Ano Mês/Mês anterior
Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ .
No mês, a queda de 0,8%
foi influenciada pela forte
redução da importação de
máquinas e equipamentos
pelo setor de Infra-
Estrutura e Indústria de
Base (-48,6%) e pelo setor
de Petróleo e Energia
Renovável (-10,7%).
No ano de 2016 (jan-mai),
todos os segmentos da
indústria de transformação
reduziram o consumo de
bens de capital importados
em relação a 2015.
13. DCEE – Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 13
Principais origens das importações
Part. % no total importado (US$)
20,9%
18,9
14,4%
16,1
15,7% 17,3
9,1%
8,3
6,3%
4,9
07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
EUA
Alemanha
Itália
China
Ranking
(peso)
1.º
2.º
3.º
4.º
Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ .
No ano registrou-se queda
da participação dos bens
vindos dos Estados Unidos
que recuou de 20,9% para
18,9% e também dos vindos
do Japão e Itália.
Os maiores ganhos de
market share nacional foram
da China e Alemanha que
subiram de 15,7% para
17,3% e 14,4% para 16,1%,
respectivamente.
Japão
5º
14. DCEE – Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 14
Balança comercial
US$ bilhões FOB
Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ .
-2
-1,5
-1
-0,5
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Saldo (MM3) Exportação (MM3) Importação (MM3)
Mês / Mês anterior = -4,3%
Mês / Mês do ano anterior = -47,9%
Acum. Ano / Acum. Ano Anterior = -49,1%
A redução do déficit na
balança comercial de
máquinas e equipamentos,
de um patamar da ordem de
US$ 1,5 bilhão mensal para
perto de US$ 0,5 bilhão
resulta, como pode ser
observado no gráfico, da
forte queda das importações
iniciada em 2014.
15. DCEE – Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 15
86,1
80,8
82,3
80,8
74,5
75,1
75,4
4,4
4,4
5,1
4,0
3,5
3,2
2,9
1
2
3
4
5
6
40
50
60
70
80
90
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
jan
abr
jul
out
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
NUCI Carteira de Pedidos
NUCI Nível de Utilização da Capacidade Instalada %
Carteira de Pedidos em meses para o
atendimento
Fonte e Elaboração: DCEE/ABIMAQ .
Em 2016 (jan-mai) a
indústria brasileira de
máquinas e equipamentos
mecânicos utilizou, em
média, 66,6% de sua
capacidade instalada.
Comparado com o mesmo
período do ano anterior (jan-
mai/15, (68,6%) a queda
foi de 3,0%.
Na ponta (mai/16) o NUCI
cresceu 2,3% em relação a
abr/16 ao sair de 67,3%
para 68,9%.
A carteira de pedidos caiu
9,4% em relação a mai15 e
6,3% em relação a abril/16.
Carteira de pedidos
-9,4% s/ maio
2015
Média Anual
2,7
68,5
66,6
2,6
16. DCEE – Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 16
Pessoal ocupado
(em mil pessoas)
Fonte e Elaboração: DCEE/ABIMAQ.
385,92 380,29
353,94
308,72
150
190
230
270
310
350
390
Jan
Mai
Set
Jan
Mai
Set
Jan
Mai
Set
Jan
Mai
Set
Jan
Mai
Set
Jan
Mai
Set
Jan
Mai
Set
Jan
Mai
Set
Jan
Mai
Set2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
EmpregoMês / Mês anterior = 0,0%
Mês / Mês do ano anterior = -10,4%
O número de pessoas
ocupadas na indústria de
máquinas e equipamentos se
estabilizou em 2016.
De fato, no mês de abril/16
não houve alteração em
relação a maio/16 e sobre
dez/15 o recuo foi de apenas
0,7% (-2.150 pessoas).
No entanto, na comparação
com o mesmo mês de 2015
o resultado mostra o
encerramento de mais de
35.000 postos de trabalho.