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MONITOR ECONÔMICO 
Setembro 2014
Índice 
Cenário 
Internacional........... 03 
•Economia Mundial ............. 04 
Cenário Brasil e Minas Gerais ....................10 
•Introdução.......................... 06 
•PIB....................................... 07 
•Produção Industrial............. 08 
•Varejo.................................. 11 
•Faturamento........................ 12 
•Emprego.............................. 13 
•Folha de Pagamento............ 15 
•Produtividade...................... 17 
•Crédito................................ 21 
•Inflação e Juros................... 22 
•Câmbio............................... 23 
•Setor Externo ..................... 27 
•Eleições Presidenciais ......... 28 
•Confiança e Expectativas .... 30 
•Projeções ............................ 31 
Cenário Setorial..................... 32 
•Automotivo........................ 33 
•Bens de Capital .................. 34 
•Construção Civil ................ 35 
•Indústria Extrativa.............. 36 
•Metalurgia e Siderurgia...... 37 2
CENÁRIO 
INTERNACIONAL
Economia Mundial 
 
A atividade industrial segue em forte ritmo de expansão. Em agosto, o PMI da Indústria subiu para 59,0 pontos, superando as expectativas de mercado. 
 
O mercado de trabalho, que vinha ganhando robustez nos últimos 12 meses, sentiu uma desaceleração inesperada em agosto/14, tornando improvável que o FED acelere sua programação para o aumento das taxas de juros, o que deve conter a valorização do dólar nos mercados mundiais no curto prazo. 
 
De maneira geral, o ambiente econômico favorece as expectativas positivas de crescimento em 2014 e 2015. 
Fonte: Estimativas do PIB: FMI e Tendências Consultoria *1º. Semestre/14 
 
A inflação persiste em nível muito baixo e a taxa de desemprego em nível muito elevado, impondo dificuldades à retomada do crescimento. O PIB estagnou no 1º e 2º trimestres. 
 
A fraqueza da atividade econômica, sobretudo da indústria, pressiona o BCE a adotar estímulos adicionais para impulsionar o crescimento, mas ainda é descartada a compra de ativos em larga escala no curto prazo. 
 
Os conflitos geopolíticos da Ucrânia têm implicado em vulnerabilidades extras, impactando negativamente as decisões de investimento. 
 
Os PMIs da indústria registraram uma desaceleração acentuada em agosto/14. 
 
O arrefecimento contínuo do mercado imobiliário, de grande importância para a economia chinesa como um todo, merece especial atenção. 
 
Nos meses de julho e agosto/14, observou-se um descompasso entre o crescimento robusto das exportações e a queda das importações. Esta última, muito relacionada à fraqueza da demanda interna. 
 
O cenário tende para a adoção de novos pacotes de estímulos econômicos. 
PIB 2013: 1,9% 
PIB 2014: 2,1% 
PIB 2015: 3,0% 
PIB 2013: -0,4% 
PIB 2014: 0,9% 
PIB 2015: 1,3% 
PIB 2013: 7,7% 
PIB 2014: 7,3% PIB 2015: 7,0% 
Part. Exportações Brasil*: 11,5% 
Part. Exportações Brasil*: 18,9% 
Part. Exportações Brasil*: 21,6% 4
CENÁRIO 
BRASIL E MINAS GERAIS
Introdução 6 
• 
Foi divulgado o PIB do segundo semestre, que recuou 0,6% em relação ao trimestre anterior. O resultado veio abaixo das expectativas do mercado (0,4% apurado pela Agência Estado). O resultado do 1º trimestre também foi revisado para baixo (0,2% para -0,2%) rebaixando ainda mais a expectativa do PIB para o fechamento do ano, que está em 0,33% segundo o Boletim Focus. 
• 
A indústria concentrou boa parte dos resultados negativos do PIB e nesse 3º trimestre a produção física já indica que não há expectativa de recuperação no curto prazo. No acumulado do ano até julho, a produção brasileira recuou 2,8% e a mineira 1,3%. A expectativa, segundo o boletim Focus, é que a produção física brasileira encerre 2014 com queda de 2% e, infelizmente, a produção física mineira está acompanhando este movimento. 
• 
O volume de varejo no Brasil e em Minas Gerais também continua mostrando desempenho irregular, puxado pelo arrefecimento do mercado de trabalho, que tem reduzido muito o ritmo de contratação e em alguns setores industriais o saldo tem sido mês a mês negativo. 
• 
Apesar de o IPCA no acumulado de 12 meses estar no teto da meta de inflação, dificilmente o Banco Central voltará a elevar a taxa Selic ainda este ano. Isto porque a atividade econômica está muito enfraquecida e porque embora a inflação esteja perigosamente rondando o teto da meta, a expectativa geral do mercado é que o IPCA feche 2014 um pouco abaixo dela, em 6,3%.
Produto Interno Bruto 
Fonte: IBGE e Tendências. (e) Estimativas: Tendências ¹Serviços Industriais de Utilidade Pública. 
Com ajuste sazonal 7 
0,50,80,22,1-0,60,5-0,1-0,60,50,00,12,6-0,3-0,3-1,2-1,53T124T121T132T133T134T131T142T14Variação Trimestral % (T0/T-1) PIB TotalPIB Indústria 
• 
No 2º trimestre/2014, o PIB brasileiro recuou 0,6% em relação ao 1º trimestre/2014 com ajuste sazonal. Foi o segundo resultado negativo consecutivo nesta base – os dados do primeiro trimestre foram revisados para baixo (de 0,2% para -0,2%) – indicando recessão técnica. 
• 
Pelo lado da oferta, a indústria foi a que mais contribuiu negativamente, com queda de 1,5%. Pelo lado da demanda os investimentos recuaram fortemente (-5,30%) enquanto os gastos do governo caíram 0,7%. A indústria de transformação (-2,4%), construção (-2,9%) e o SIUP1 (-1,0%) provocaram o resultado negativo da indústria no período. 
• 
A Copa do Mundo foi responsável por parte do fraco desempenho no 2º trimestre, no entanto a atividade econômica vem perdendo dinamismo desde o início do ano e não há sinais claros de recuperação para o terceiro trimestre, ainda mais com as incertezas que cercam o cenário político.
1,9% 2,3%1,9% 1,4% 2,0% 0,2% -0,6% -1,2% jul-13set-13nov-13jan-14mar-14mai-14jul-14Indústria Geral (% 12 meses) 
Produção Industrial 
Fonte: PIM-PF IBGE. 
8 
-3,4%-3,3%-3,4%-3,6% -1,6% 0,5% 1,9%2,6%3,0%2,6%2,0%2,4% 0,2% -1,6% jul-13set-13nov-13jan-14mar-14mai-14jul-14Ind. Extrativa e de Transformação (% 12 meses) Ind. ExtrativaInd. Transformação 
*Com ajuste sazonal 
Jul/14-Jun/14*0,7% Jul/14-Jul/13-3,5% 
• A produção industrial brasileira recuou 
pelo terceiro mês consecutivo no 
acumulado de 12 meses. O resultado foi 
influenciado pela indústria de 
transformação, tendo em vista que a 
indústria extrativa obteve crescimento 
nessa base de comparação. 
• O principal destaque negativo na indústria 
de transformação tem sido o setor de 
veículos e caminhões, que tem forte 
representatividade na atividade econômica 
nacional. 
• Este setor vem sofrendo com o embargo 
argentino às importações de veículos do 
Brasil. A queda nas vendas nacionais 
ocorre devido à redução da oferta de 
crédito, aliada ao aumento na taxa de juros 
de mercado e ao crescimento da 
inadimplência. 
• No acumulado de julho de 2014 o 
resultado da produção na indústria 
nacional continua negativo (-2,8%), sem 
perspectiva de reversão até o final do ano.
3,4% 1,9% 0,6% -1,1% 0,6% -0,7%-1,4%-1,7% jul-13set-13nov-13jan-14mar-14mai-14jul-14Indústria Geral (% 12 meses) 
Produção Industrial 
Fonte: PIM-PF IBGE. 
9 
-0,6%-1,0%-1,3%-3,4% -0,1% 0,9%0,9%1,3% 4,6%2,8%1,2%-0,4%0,8% -1,2%-2,2%-2,7% jul-13set-13nov-13jan-14mar-14mai-14jul-14Ind. Extrativa e de Transformação (% 12 meses) Ind. ExtrativaInd. Transformação 
*Com ajuste sazonal 
Jul/14-Jun/14*0,5% Jul/14-Jul/13-3,6% 
• 
Em Minas, a produção industrial também tem recuado continuamente no acumulado dos últimos 12 meses. No acumulado do ano até julho, o recuo foi de 3,7%. 
•A maior redução foi verificada no setor de veículos automotores. A queda na demanda nacional e nas exportações elevaram o nível de estoques, reduzindo a produção em 2014. 
•A produção da indústria extrativa do estado continua positiva. O incremento na demanda asiática por minério de ferro explicam este desempenho. 
•A incerteza política relacionada ao quadro eleitoral, a instabilidade dos estoques, e a baixa confiança empresarial estão adiando as perspectivas de recuperação do setor produtivo industrial, que não deve crescer este ano.
Produção Industrial 
Fonte: IBGE 
Destaques Setoriais (% acum. 12 meses – Jul/14 ) 10 
Máquinas para Escritório e Equip. Informática7,7% Material eletrônico e de comunicações 5,3% Perfumaria, sabões e produtos de limpeza4,5% Refino de petróleo e álcool2,5% Farmacêutico0,6% BRASILMáquinas e Equipamentos9,8% Alimentos4,9% Refino de petróleo e álcool3,3% Fumo 2,8% Celulose, papel e produtos de papel2,6% MINAS GERAISMáquinas, aparelhos e materiais elétricos-4,3% Têxtil-4,3% Fumo -6,6% Produtos de metal, excl. máquinas e equipame-7,8% Veículos Automotores-10,2% Metalurgia Básica-1,1% Outros produtos químicos-1,2% Têxtil-4,8% Produtos de metal, excl. máquinas e equip.-11,3% Veículos Automotores-17,8%
Vendas no Varejo 
Fonte: PMC IBGE (1) PMC Ampliado: inclui material construção e automóveis. 
*Com ajuste sazonal 11 
Dados: JulhoBrasilMinas GeraisTotal (Jul/14 - Jul/13)-0,9%0,2% Total Ampliado (Jul/14 - Jul/13)-4,9%-4,3% Total (Acum. 12m)4,3%2,6% Total Ampliado (Acum. 12m)1,1%-1,7% 5,4%4,3% 5,8% 1,1% jul-13set-13nov-13jan-14mar-14mai-14jul-14Pesquisa Mensal do Comércio (% 12 meses) Total BRTotal Ampliado BR2,1%2,6% 3,1% -1,7%Total MGTotal Ampliado MG 
• 
O volume de vendas no varejo nacional caiu em junho/14 na comparação com julho/13, em função dos reflexos residuais dos recessos causados pela Copa do Mundo. As vendas de livros e assemelhados, de móveis e eletrodomésticos foram as que mais recuaram. 
•Em Minas, o resultado fracamente positivo foi provocado pelo aumento nas vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico. 
•No total ampliado, que inclui materiais de construção e automóveis, setores que vêm amargando resultados negativos, houve recuo, tanto em âmbito nacional quanto estadual (Jul14xJul13). 
•Há expectativas de melhora até o final do ano no setor varejista em função do último trimestre ser sazonalmente favorável para o comércio em geral.
Faturamento 
• 
A tendência de queda no faturamento real se acentuou ainda mais em julho. 
• 
O resultado nacional que acumulava crescimento nos últimos 12 meses até junho, em julho passou a registrar índice negativo. 
•Em Minas Gerais o recuo no faturamento ainda é mais acentuado que no Brasil, em função da sua estrutura setorial. 
•Na comparação com o mesmo mês do ano anterior o setor de veículos mostrou desempenho negativo tanto em Minas (- 20,7%) quanto no Brasil (-17,2%). 
•Vale ressaltar que a indústria extrativa mineira embora esteja produzindo mais este ano, com a queda no preço internacional do minério de ferro, o faturamento está recuando 13,73% no acumulado de 2014. 
Fonte: CNI e Fiemg 12 
Indústria de Transformação (Var.%) 
PeríodoJul-14 Jul-13Jan a Jul-14 Jan a Jul-13Brasil-5,1%-1,7% Minas Gerais-11,8%-7,1% 3,74,13,84,02,30,8-0,12,01,0-0,10,1-3,1-5,0-5,9 ago/13set/13out/13nov/13dez/13jan/14fev/14mar/14abr/14mai/14jun/14jul/14 Faturamento Ind. Transformação (% 12 meses)
Emprego 13 
• 
O emprego industrial continua registrando desaceleração, influenciado pela confiança reduzida dos empresários, que postergam ou desistem de investimentos, impedindo novas contratações. Em julho o pessoal ocupado na indústria recuou em relação a junho (-0,7%), quarta taxa negativa consecutiva nesta comparação, e em relação a julho de 2013 (-3,6%), acumulando quedas no ano (-2,6%) e nos últimos 12 meses (-2,2%). 
• 
As paralisações dos servidores do IBGE permanecem impossibilitando a publicação completa da Pesquisa Mensal de Emprego (PME). A taxa de desemprego da RMBH foi de 4,3% em julho/14, registrando pela segunda vez consecutiva, estabilidade na comparação mensal (junho/14) e anual (julho/13). No entanto, a população ocupada na indústria reduziu 8,1% frente a julho de 2013, consequência da demissão de 35.000 pessoas. O resultado vem em consonância com os indicadores nacionais. Segundo o Caged, a indústria no Brasil fechou vagas pelo quinto mês consecutivo (redução de 4.111 postos de trabalho na indústria de transformação em agosto). 
Fonte: PIMES, PME – IBGE e Caged - MTE. RMBH = Região Metropolitana de Belo Horizonte 
-1,40,02,3-0,42,8-4,81,8-0,8-2,6-0,5-1,14,81,64,7-6,53,4-0,1-1,8Emprego Industrial (%) (Acumulado no ano)
Saldo de Emprego 
Fonte: PIM – PF e PIMES IBGE. Produtividade = Produção Física/Horas Pagas na Produção 
Destaques Setoriais (Saldo acumulado no ano – Ago/14) 14 
Serviços Especializados para Construção39.394Construção de Edifícios31.854Obras de Infra-Estrutura17.284Coque e Combustíveis13.329Couro e Calçados10.559BRASILEquipamentos de Informática-4.299Bebidas-4.959Produtos de Metal-6.788Máquinas e Equipamentos-7.127Veículos Automotores-28.052Serviços Especializados para Construção6.341Alimentos6.332Couro e Calçados4.427Construção de Edifícios2.827Coque e Combustíveis1.938MINAS GERAISBebidas-359Máquinas e Equipamentos-376Metalurgia-1.506Veículos Automotores-2.895Obras de Infra-Estrutura-2.933
Folha de Pagamento Real por Trabalhador 
Fonte: PME e PIMES IBGE. 15 
5,0%4,9% 3,5% 2,8%2,8%2,6%2,6%2,3% Folha de Pagamento Real por Trabalhador Indústria Geral (% 12 meses) 4,9%2,9% 1,7% 4,9% 2,6% 2,3% Folha de Pagamento Real por Trabalhador(% 12 meses) Ind. ExtrativaInd. Transformação 
• 
A folha de pagamentos real da indústria já sinaliza deterioração em julho/14, em conformidade com a piora do mercado de trabalho. No acumulado em 12 meses, o resultado é o menor desde outubro/2010 (2,2%). No ano, a variável expandiu 3,3%, ritmo mais moderado do que nos últimos três anos. 
• 
Apesar da expectativa de retomada da produção, ainda que branda, os empresários não devem conseguir mais conter as demissões, principalmente em setores intensivos em mão de obra. Este cenário é explicado pelos resultados negativos nas horas pagas. Entre os setores que lideram as demissões destacam-se aqueles que mais sofrem com a concorrência de produtos importados ou dependem de exportações. 
• 
Com menos vagas e mais pessoas à procura de trabalho, a tendência é de redução nos reajustes salariais.
Folha de Pagamento Real por Trabalhador 
Fonte: PME e PIMES IBGE 16 
3,3%3,6% 2,3%2,7%2,5%2,8% 2,2%1,8% Folha de Pagamento Real por Trabalhador Indústria Geral (% 12 meses) -4,5% 6,5%5,9% 4,2% 1,7%1,3% Folha de Pagamento Real por Trabalhador (% 12 meses) Ind. ExtrativaInd. Transformação 
• 
Em Minas gerais, a folha de pagamentos real também começa a sinalizar desaceleração em resposta ao arrefecimento contínuo do mercado de trabalho. 
• 
No acumulado em 12 meses até julho/14, os setores que registraram as maiores quedas foram os de borracha e plástico (- 4,3%), máquinas e equipamentos (-2,6%), meios de transporte (-1,6%) e produtos de metal (-0,4%). 
• 
Nos primeiros cinco meses do ano a renda não apresentou movimento de queda persistente, apesar do cenário adverso do emprego, em razão dos custos elevados para demitir e treinar novos trabalhadores e da concorrência por funcionários entre setores mais dinâmicos, como o de serviços. No entanto, os empresários vêm acelerando as demissões diante do ambiente de incerteza da retomada na produção e das eleições.
Produtividade 
Fonte: PIM – PF e PIMES IBGE. (Produtividade = Produção Física/Horas Pagas na Produção) 17 
3,1%3,3%3,1%2,7%3,4% 2,2%1,7%1,4% jul-13set-13nov-13jan-14mar-14mai-14jul-14Indústria Geral (% 12 meses) -5,9% 2,1%3,1% 3,9% 1,5%1,0% Ind. Extrativa e de Transformação (% 12 meses) Ind. ExtrativaInd. TransformaçãoGeralExtrativaTransformaçãoAcumulado no ano0,4%6,1%-0,4% Acumulado 12 meses1,4%3,1%1,0% Jul/14 - Jul/130,7%8,2%-0,4% IndústriaBrasilJulho/14 
• 
Em julho/14, a produtividade industrial no Brasil continuou a apresentar baixo crescimento no acumulado de 12 meses, com a menor taxa registrada no ano. 
• 
A queda mais acentuada nas horas pagas (-2,6%) juntamente com a redução na produção industrial (-1,2%) justifica a trajetória da produtividade, a qual vem apresentando arrefecimento no crescimento desde abril/14. 
• 
Na indústria extrativa, a produtividade segue em ascensão, após queda em abril/14, enquanto a indústria de transformação acumulou fraco aumento no indicador pelo quarto mês consecutivo. 
• 
No acumulado dos últimos 12 meses, os setores com destaque positivo na produtividade da indústria de transformação foram: refino de petróleo e álcool (7,2%) e calçados e couro (6,7%).
Produtividade 18 
3,3% 2,2% 1,6%0,3% 2,1% 1,4% 0,9%0,8% jul-13set-13nov-13jan-14mar-14mai-14jul-14Indústria Geral (% 12 meses) -1,1% 2,2%2,7%4,5% 0,3%-0,1% Ind. Extrativa e de Transformação (% 12 meses) Ind. ExtrativaInd. TransformaçãoGeralExtrativaTransformaçãoAcumulado do ano1,3%7,4%-0,6% Acumulado 12 meses0,8%2,7%-0,1% Jul/14 - Jul/13-0,4%5,3%-2,0% IndústriaMinas GeraisJulho/14 
• 
Desde maio/14, o indicador de produtividade de Minas segue em trajetória descendente no acumulado em 12 meses. 
• 
A dinâmica de redução na produtividade foi motivada pela permanência da queda nas horas pagas (-2,5%) e da produção industrial (-1,7%), no acumulado de 12 meses. 
• 
Ainda no acumulado em 12 meses, a indústria de transformação registrou inversão na trajetória, com o primeiro índice negativo desde setembro/12, comprometendo seriamente o dinamismo industrial no estado. 
• 
A produtividade da indústria extrativa avançou no período analisado, com elevação de 2,7%. 
• 
Os setores de meio de transportes (-13,9%) e produtos de metal (-10,9%) obtiveram o pior desempenho no período. 
Fonte: PIM – PF e PIMES IBGE. (Produtividade = Produção Física/Horas Pagas na Produção)
Produtividade e Folha de Pagamentos* 
Fonte: PIM – PF e PIMES IBGE. Produtividade = Produção Física/Horas Pagas na Produção 
*Folha de Pagamento Real por Trabalhador 19 
Acumulado 12 meses (até jul/14) 
3,3% 1,4% 5,0% 2,3% 20132014Indústria Geral ProdutividadeFolha de Pagamento* -4,4% 3,1% 4,9% 1,7% 20132014Indústria Extrativa ProdutividadeFolha de Pagamento* 4,1% 1,0% 4,9% 2,3% 20132014Ind. de Transformação ProdutividadeFolha de Pagamento*
Produtividade e Folha de Pagamentos* 
Fonte: PIM – PF e PIMES IBGE. Produtividade = Produção Física/Horas Pagas na Produção *Folha de Pagamento Real por Trabalhador 20 
Acumulado 12 meses (até jul/14) 
0,8%0,8% 3,3% 1,8% 20132014Indústria Geral ProdutividadeFolha de Pagamento* -2,8% 2,7% -4,5% 5,9% 20132014Indústria Extrativa ProdutividadeFolha de Pagamento* 1,9% -0,1% 4,2% 1,3% 20132014Ind. de TransformaçãoProdutividadeFolha de Pagamento*
54,855,155,054,755,156,155,855,756,056,056,156,356,1jul/13set/13nov/13jan/14mar/14mai/14jul/14Crédito (% do PIB) 
Crédito 
Fonte: Banco Central do Brasil 
R$2,76 bi 
21 
Distribuição das Operações de Crédito (Jul/14) 
53,1% 46,9% P. JurídicasP. Físicas53,5% 46,5% LivreDirecionado3,53,43,43,43,33,13,23,33,33,33,53,43,57,27,07,06,86,66,76,66,56,56,56,76,56,6jul/13set/13nov/13jan/14mar/14mai/14jul/14Taxa de Inadimplência (%) (Carteira de Recursos Livres) Pessoa JurídicaPessoa Física 
• 
O crédito estacionou em 56% do PIB desde março/14, variando marginalmente desde então e perdendo o dinamismo observado no ano passado. Há uma contração no lado da demanda, desestimulada pela elevação da inflação, pela queda dos níveis de confiança dos consumidores e pelo arrefecimento do mercado de trabalho. Do lado da oferta, a deterioração da atividade econômica tem reduzido a exposição ao risco das instituições financeiras. 
•O enfraquecimento do crédito deu respaldo a um conjunto de medidas anunciadas pelo Banco Central visando estimular as operações. No entanto, os seus efeitos devem ser sentidos no médio e longo prazos, tendo em vista a evolução fraca do cenário macroeconômico e os sinais de elevação da inadimplência.
Inflação e Juros 
Fonte: Banco Central do Brasil e IBGE 22 
6,1%5,8% 5,9% 5,7% 6,3%6,5%6,5% 8,4% 9,3% 9,9% 10,4% 10,9%10,9%10,9% 6,0% 7,0% 8,0% 9,0% 10,0% 11,0% 12,0% 13,0% 3,0% 3,5% 4,0% 4,5% 5,0% 5,5% 6,0% 6,5% 7,0% ago/13out/13dez/13fev/14abr/14jun/14ago/14 Selic anualizada (%) IPCA e Metas de Inflação IPCA 12mTeto da MetaCentro da MetaSelicJul/14Ago/14Despesas Pessoais9,25%8,92% Educação8,46%8,20% Habitação8,12%8,52% Artigos de Residência8,33%7,88% Alimentação e Bebidas7,70%7,53% Saúde e Cuidados Pessoais7,08%7,03% Vestuário4,90%4,66% Transporte3,34%3,74% Comunicação -0,58%-0,50% IPCA (% 12 meses) 
• 
O IPCA de agosto/14 variou 0,25%, ficando bem acima da taxa de 0,01% de julho. O índice acumulado em 12 meses está em 6,51% e continua atingindo o teto da meta de inflação (6,5%). A principal contribuição para a aceleração do índice veio do grupo de transportes, com aumento de 0,33%, sendo que parte desta aceleração é atribuída às passagens aéreas, que tiveram alta de 10,16%, enquanto haviam registrado queda de 26,86% em julho. 
• 
Para os próximos meses, a expectativa é de aceleração da inflação, mas em ritmo mais moderado em relação ao primeiro semestre. A maior chance de derrota do governo atual nas eleições presidenciais indica a possibilidade de desvalorização do dólar frente ao Real no final de 2014, o que impõe pressões baixistas aos bens comercializáveis.
2,342,272,192,292,342,382,382,332,232,222,232,222,27ago-13out-13dez-13fev-14abr-14jun-14ago-14Taxa Média Mensal de Câmbio (R$/US$) 
Câmbio 
Fonte: Banco Central do Brasil e XE.com (e) Estimativas: Relatório Focus Banco Central do Brasil 
Fim de Período: 2014(e): 2,30 2015(e): 2,45 
23 
• 
No mês de agosto/14, a taxa de média de câmbio apresentou leve alta em relação ao mês anterior, em função da ocorrência de novo déficit no fluxo cambial no período. 
•Para o fechamento de 2014, as projeções da taxa de câmbio continuam vinculadas ao resultado das eleições. O mercado associa à vitória do governo atual a uma taxa de câmbio mais valorizada e à vitória da oposição a uma desvalorização do dólar. 
•Apesar de haver alguma expectativa dos mercados quanto à perspectiva de eleição de um candidato de oposição, as entradas de dólares ainda são contidas.
Setor Externo - Balança Comercial 
Fonte: Secex – MDIC (e) Estimativas: Relatório Focus Banco Central do Brasil 
Balança Comercial – US$ Bilhões 
Saldo Comercial: 2014(e): 2,4 bi 2015(e): 9,0 bi 24 
21,42 22,82 20,85 15,93 19,72 20,47 20,47 20,20 23,05 18,19 18,06 19,22 18,10 19,30 1,22 2,14 1,74 -4,06 0,11 0,71 1,57 1,17 ago/13out/13dez/13fev/14abr/14jun/14ago/14Balança Comercial Brasileira (US$bilhões) ExportaçãoImportaçãoSaldo BalançaBrasilExportaçãoImportaçãoSaldoAgosto/1420,519,31,2Agosto/1320,822,7-1,9Acum. 2014154,0153,80,2Acum. 2013156,7160,4-3,8 
• 
O Brasil obteve novo superávit na balança comercial, alcançando US$ 1,2 bilhão em agosto/14, em oposição ao déficit registrado há um ano. O resultado foi influenciado por artifício contábil, envolvendo a venda de uma plataforma da Petrobras para uma subsidiária da própria empresa no exterior no valor de US$1,1 bilhão. 
• 
Embora as exportações tenham apresentado queda de 1,44% quando comparado a agosto/2013, a redução de 14,9% das importações também contribuiu para o resultado positivo no mês. 
• 
Os resultados do acumulado do ano, especialmente para as importações, refletem o arrefecimento da atividade econômica e a perda de competitividade brasileira. 
• 
Segundo o Boletim Focus do Bacen, a expectativa de mercado é de superávit comercial de US$ 2,4 bilhões em 2014.
Setor Externo - Balança Comercial 
Fonte: Secex – MDIC 25 
U$S Bilhões 
Ago142014 ¹2013 ¹Ago/142014 ¹2013 ¹Ago/142014 ¹2013 ¹ Alimentos3,926,727,80,54,24,03,422,523,7Extração de Minerais Metálicos2,219,821,80,10,80,82,119,021,0Metalurgia1,55,86,20,55,04,71,00,81,6Outros Equipamentos de Transporte1,512,011,40,86,46,20,75,65,2Papel e Celulose0,64,84,70,21,21,30,43,63,5Produtos Químicos0,96,77,13,523,523,9-2,6-16,7-16,8Equipamentos Eletroeletrônicos0,11,11,32,118,118,5-2,0-17,1-17,2Máquinas e Equipamentos0,86,77,02,319,021,1-1,5-12,3-14,1Coque e Combustível0,53,84,21,513,514,0-1,0-9,7-9,8Veículos Automotores0,11,11,10,86,06,3-0,6-4,9-5,2Balança Comercial Industrial16,7122,2125,418,8150,4156,7-2,1 -28,2 -31,3 Maiores SuperávitMaiores DéficitSetorExportaçãoImportaçãoBalança Comercial 
¹Acumulado até Agosto. 
• 
Os setores que se destacam entre os mais superavitários e mais deficitários têm se mantido nos últimos meses, alterando apenas o desempenho mês a mês. 
• 
Em agosto/14, assim como em julho, o setor de alimentos foi o mais superavitário do Brasil, embora o seu saldo acumulado até este mês tenha sido cerca 5% menor do que o registrado no mesmo período de 2013. 
• 
Dentre os setores mais deficitários, destaca-se o resultado do setor de Veículos Automotores, que apresentou um déficit acumulado menor do que o registrado no mesmo período de 2013. Isto reflete a queda da demanda interna de veículos que comprometeu também as vendas dos importados.
Setor Externo - Exportações 
Fonte: Secex – MDIC 26 
Minas GeraisBásicosSemimanufaturadosManufaturadosT O T A LJul/14 (US$bi)1,60,60,52,6Jul/14 - Jul/13 (%)-17,0%7,1%3,1%-9,1% Acumulado do Ano (US$bi)¹11,43,13,117,6Acum. 2014/Acum. 2013 (%)¹-6,0%-11,9%-5,0%-6,9% 
¹ Com ajuste sazonal. 
• 
As exportações mineiras novamente registraram queda, em função do forte recuo no desempenho do setor de produtos básicos. 
• 
O setor de semimanufaturados interrompeu uma sequência de 6 quedas consecutivas e contribuiu de forma decisiva para que o recuo não fosse mais forte. 
• 
Além do resultado mensal negativo, no acumulado do ano, o desempenho das exportações mineiras também ficou abaixo das exportações de 2013. Até julho, as exportações de 2014 foram inferiores às de 2013 em 6,9%.
Setor Externo 
Fonte: Banco Central do Brasil (e) Estimativas: Relatório Focus Banco Central do Brasil 
• 
Os fluxos cambiais negativos de julho e agosto/14 colaboraram com o nivelamento das reservas internacionais em US$379 bilhões nestes meses, mesmo patamar de maio/14. 
• 
O fluxo financeiro e comercial encerraram o mês de agosto/14 com déficit de US$1,0 bilhão e US$2,0 bilhões, respectivamente. 
• 
O volume de investimentos estrangeiros de julho/14 exibiu recuperação em relação ao mês de maio/14, saindo de US$3,9 bilhões para US$5,9 bilhões. No entanto, não foi capaz de superar o déficit em transações correntes (US$6,0 bilhões). 
• 
As incertezas relacionadas ao cenário eleitoral têm mantido contidas as entradas de dólares no país. 
2014(e): 60 bi 2015(e): 57,7 bi 27 
373 376 377 376 376 375 377 377 378 379 381 379 379 Reservas Internacionais (US$ bilhões) 5,23,84,85,48,36,55,14,15,05,26,03,95,9jul/13set/13nov/13jan/14mar/14mai/14jul/14Investimento Estrangeiro Direto (IED) (US$ bilhões)
Eleições Presidenciais 28 
Fonte: Datafolha, 10/09/2014. 
34353634343315141529/ago03/set08/setIntenções de voto para o primeiro turno (%) Dilma (PT)Marina (PSB)Aécio (PSDB)
Eleições Presidenciais 29 
Fonte: Datafolha, 10/09/2014. 
4743Marina (PSB)Dilma (PT) Intenções de voto para o segundo turno (%): Dilma x Marina4938Dilma (PT)Aécio (PSDB) Intenções de voto para o segundo turno (%): Dilma x Aécio5430Marina (PSB)Aécio (PSDB) Intenções de voto para o segundo turno (%): Marina x Aécio
• 
O ICEI aponta falta de confiança do empresário, tanto em Minas quanto no Brasil, pelo quinto mês consecutivo. 
• 
Em Minas Gerais, o ICEI de agosto (42,5 pontos) mostrou relativa estabilidade em relação a julho (42,8 pontos), mas ainda está abaixo dos 50,0 pontos. 
• 
No Brasil, apesar de ainda estar positiva (50,6 pontos), as expectativas para os próximos seis meses tem mostrado tendência de queda. 
• 
Em Minas Gerais, os empresários estão pessimistas com relação aos próximos seis meses, conforme índice de 46,5 pontos. 30 
Confiança e Expectativas 
Fonte: FIEMG e CNI Indicadores variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam otimismo. 
48,951,650,250,849,950,549,350,143,844,041,942,842,552,554,253,854,554,353,152,452,549,248,047,546,446,540,045,050,055,060,0 ago/13set/13out/13nov/13dez/13jan/14fev/14mar/14abr/14mai/14jun/14jul/14ago/14 Comparativo ICEI Minas Gerais e BrasilICEI/MGICEI/Brasil58,460,857,458,158,057,650,855,254,454,654,147,246,946,558,761,562,060,961,459,654,458,258,257,256,451,750,650,640,045,050,055,060,065,0 ago/12out/12dez/12fev/13abr/13jun/13ago/13out/13dez/13fev/14abr/14jun/14ago/14 Expectativa para os próximos seis mesesMGBrasil
Projeções 
Fonte: Relatório Focus Banco Central do Brasil, Fiemg e *Tendências Consultoria 31 
Brasil20142015PIB (% crescimento)0,331,04Produção Industrial (% crescimento) -1,981,50Comércio (%)*3,002,30Massa Salarial Real (% crescimento)*1,800,51IPCA (%)6,296,29IGP-M (%)3,675,50Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$)2,302,45Taxa de câmbio - média do período (R$/US$)2,282,41Meta Taxa Selic - fim de período (%a.a.)11,0011,50Meta Taxa Selic - média do período (%a.a.) 10,9111,36Dívida Líquida do Setor Público (% do PIB)35,0035,30Conta Corrente (US$ bilhões)-81,60-75,00Balança Comercial (US$ bilhões)2,409,00Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões)60,0057,70Estimativas 2014 e 2015
CENÁRIO 
SETORIAL
Automotivo 
Fonte: IBGE, FIEMG, CNI, ANFAVEA e Tendências Consultoria 33 
Setor 
Desempenho Jul/2014 e Projeções 
Automotivo 
Produção Física 
Jul/20141 
- 
Brasil: -22,8% 
- 
Minas Gerais: -16,7% 
Faturamento 
Jul/2014¹ 
- 
Brasil: -17,2% 
- 
Minas Gerais: -20,7% 
Exportações 
Jul/2014¹ 
- 
Brasil: -36,7% 
Destaques 
- 
Em julho, a produção nacional de autoveículos retraiu pelo quinto mês sucessivo na comparação anual. O elevado nível de estoques forçou as montadoras a diminuírem o ritmo nas linhas de montagem através da concessão de férias coletivas e de reduções na jornada de trabalho. 
- 
O cenário de baixa confiança de empresários e consumidores, menor concessão de crédito e de recuo nas exportações para parceiros importantes justificou a queda no faturamento do setor desde março deste ano, contra igual mês de 2013. 
- 
O licenciamento de veículos novos decresceu 8,6% no acumulado até julho deste ano, frente ao mesmo período de 2013. 
- 
As exportações continuaram em queda, e acumularam recuo de 35,4% até julho de 2014, diante dos primeiros sete meses do ano passado. 
Projeções 
- 
O cenário para os próximos meses contempla certa melhora, possibilitada por algum avanço pós- copa, pela acomodação dos impactos dos reajustes de preços ocorridos no início do ano, pela melhora gradual nas concessões de crédito, pela dissipação das incertezas após as eleições e por certa antecipação de compras no final do ano, antes do aumento do IPI previsto para 2015. 
- 
Ainda assim, para 2014 a perspectiva é de decréscimos de 12,8%, 6,0% e 27,0% na produção, nas vendas internas e nas exportações, respectivamente. 
¹ Comparativamente a Jul/2013.
Bens de Capital 
Fonte: IBGE, FIEMG Index, CNI, ABIMAQ, Valor Econômico, MDIC e Tendências Consultoria 34 
Setor 
Desempenho Jul/2014 e Projeções 
Máquinas e Equipamentos 
Produção Física 
Julho/20141 
- 
Brasil: -7,8% 
- 
Minas Gerais: -1,4% 
Faturamento1 
Julho/2014 
- 
Brasil: -10,7% 
- 
Minas Gerais: 8,0% 
Exportações1 
Julho/2014 
- 
Brasil: -9,6% 
- 
Minas Gerais: -23,0% 
Destaques 
- 
A produção física brasileira de bens de capital manteve a trajetória de queda registrada nos últimos meses. O novo recuo demonstra que o crescimento de 11,5% em relação ao mês anterior não foi suficiente para reverter a tendência negativa no setor. 
- 
O faturamento mais uma vez foi negativo, ainda influenciado pela Copa, dado que o torneio se encerrou apenas na segunda quinzena do mês. Destaca-se o bom resultado do setor para Minas Gerais, que observou alta, após dois meses de queda. 
- 
Mesmo após o registro contábil da venda de uma plataforma da Petrobras por meio do Repetro, as exportações de máquinas e equipamentos apresentaram nova redução em julho. Ainda pesa o cenário desfavorável para a Argentina, cujas exportações mais uma vez registraram queda na comparação anual. 
Projeções² 
- 
O crescimento de 3,4% do consumo aparente de bens de capital na comparação mensal dessazonalizada pode indicar o início do processo de recuperação do setor, esperado para o segundo semestre do ano, em especial com a leve recuperação da demanda de máquinas pesadas e veículos agrícolas. 
- 
Ainda assim, a projeção para a produção física é de queda de 4,9% em relação a 2013. Para o faturamento, a expectativa é de queda de 15%, enquanto para as exportações a expectativa é de redução de 18,6% . 
1 Comparativamente a Julho/2013. ² Tendências Consultoria e ABIMAQ
Construção Civil 
Fonte: PIM e INCC-Sinapi (IBGE), Sondagem da Construção CNI e FIEMG e Projeções da Tendências Consultoria Integrada. Nota: (3) Índice de Atividade da Construção Imobiliária, indicador do Monitor da Construção Civil (MCC), um produto elaborado em parceria entre a Tendências e a Criactive. 
Setor 
Desempenho e Projeções 
Construção 
Nível de atividade – Julho/14 
- 
Tanto em MG como no Brasil a atividade continua caindo e se mantém abaixo do usual para o período. 
Produção Física de Insumos da Construção Civil - Julho/14 
- 
Brasil: -7,6%1 
Custo da construção/m² 
Agosto/14 
- 
Brasil: 7,22%1 R$ 901,50 
- 
Minas Gerais: 7,03%1 R$ 840,54 
Destaques 
- 
Em julho, o nível de atividade na construção continuou em retração, como mostram os resultados da pesquisa Sondagem da CNI, o que vem repercutindo cada vez mais na redução do emprego no setor. 
- 
A produção de insumos para a construção continua em queda, em julho foi o 5º recuo consecutivo. 
- 
Mesmo sob efeitos da desoneração na folha de pagamentos, os custos da construção continuam em alta, como mostram os resultados de agosto. No acumulado dos últimos 12 meses, os custos de mão de obra subiram 8,41%, enquanto os preços dos materiais 6,26%. 
- 
A construção imobiliária no país demonstra fraco desempenho. De acordo com o novo indicador IACI3, em agosto a atividade registrou queda de 8,2%, se comparado a igual período de 2013. 
Projeções2 
- 
As perspectivas dos empresários para os próximos 6 meses quanto ao nível de atividade, novos empreendimentos, contratações e compra de matérias primas são negativas. 
- 
A previsão para a produção de insumos da construção foi revista para -3,5%, tendo em vista o fraco desempenho da atividade no 1º semestre e o cenário econômico ainda incerto. Ainda espera-se que o segmento mostre alguma recuperação no 2º semestre. 
- 
A projeção para os custos da construção permanece em alta de 6,3%. A principal pressão sobre os preços ainda vem dos custos da mão de obra, já que os custos dos materiais poderão mostrar certo alívio em função da recente valorização da taxa de câmbio. 
1 (T/T-12). 2 comparativamente a 2013.
36 
Setor 
Desempenho Jul/2014 e Projeções 
Extrativo 
Produção Física 
Jul/20141 
- 
Brasil: 5,60%* 
- 
Minas Gerais: 1,40% 
Exportações 
Minério de Ferro 
Jul/20141 
- 
Brasil: Crescimento de 5,0% na quantidade e queda de 18,0% no valor (US$). 
- 
Minas Gerais: Recuo de 2,5% na quantidade e de 29,1% no valor (US$). 
Destaques 
- 
O aumento na demanda do mercado externo por minério de ferro, em especial na China, e os investimentos realizados para aumentar a capacidade produtiva do setor extrativo nacional estão contribuindo para o crescimento na produção física mineral em 2014. 
- 
Em julho de 2013 o preço do minério de ferro alcançou 127 US$ / tonelada. No mesmo mês em 2014 o valor do produto foi de 96 US$ / tonelada. O recuo provocou a queda no valor das exportações. 
- 
O faturamento da indústria extrativa em Minas Gerais apresentou retração de 25,0%, também influenciado pela queda no preço da commodity. 
Projeções 
- 
Pelo lado da demanda, as perspectivas são de aumento no consumo de minério de ferro na Ásia. 
- 
Pelo lado da oferta, os investimentos na produção extrativa continuarão, mas de forma contida, devido à queda no preço do minério. 
- 
Os preços da commodity continuam caindo. Desta forma, o faturamento da indústria extrativa deve apresentar recuo em 2014 e em 2015. 
Indústria Extrativa 
Fonte: IBGE, Tendências, FIEMG, FMI, MDIC 
1 Comparativamente a Jul/2013. 
*PIM / IBGE - CNAE 2.0 = Extração de minérios + produção nacional de petróleo e gás natural.
Metalurgia e Siderurgia 
Fonte: IBGE, FIEMG Index, CNI, IABr e Tendências Consultoria 37 
Setor 
Desempenho Jul/2014 e Projeções 2014 
Metalurgia 
Produção Física 
Jul/20141 
- 
Brasil:-9,0 
- 
Minas Gerais:-6,0 
Faturamento 
Jul/20141 
- 
Brasil: -16,9 
- 
Minas Gerais: -19,0 
Exportações Brasil (em quantidade) acumulado Jan a Jul/20142 
- 
Aço: -1,6% (4.824 mil toneladas) 
- 
Ferro-Gusa: -14,0% (1.307 mil toneladas) 
Destaques 
- 
O cenário para o setor de Metalurgia segue desaquecido, conforme dados de produção e faturamento, que em 2014 acumulam queda de 9,8% e 5,6% no Brasil, respectivamente. 
- 
Além do excesso de capacidade global, que pressiona os preços do aço para baixo, as usinas devem amargar novamente um ano de queda, também em razão da baixa nas atividades da construção civil e de veículos. 
- 
Os baixos níveis de confiança e o período de incertezas gerado pelas eleições não favorecem a retomada da atividade do setor e de seus principais clientes. 
Projeções 
- 
As perspectivas para o consumo aparente de produtos siderúrgicos no Brasil em 2014 é de queda de 2,6% em relação à 2013. 
- 
A expectativa de consumo de aços longos é de queda de 3,1%, e de aços planos é de recuo de 1,8% em 2014, comparativamente a 2013. 
- 
A produção de aço bruto no Brasil deve cair 1,2% e no mundo o recuo deve ser de 3,3% em 2014. 
1 – Comparativamente a Jul/13. 2 – Contra mesmo período de 2013
Ficha Técnica 
Realização: 
Sistema FIEMG – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais 
Presidente: Olavo Machado Junior 
Responsabilidade Técnica: 
Assessoria Econômica 
Esta publicação é elaborada com base em análises internas, desenvolvidas através de dados públicos. Não nos responsabilizamos pelos resultados das decisões tomadas com base no conteúdo da mesma.

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Conjuntura econômica nacional
 

Cenário Econômico Brasil e MG Setembro 2014

  • 2. Índice Cenário Internacional........... 03 •Economia Mundial ............. 04 Cenário Brasil e Minas Gerais ....................10 •Introdução.......................... 06 •PIB....................................... 07 •Produção Industrial............. 08 •Varejo.................................. 11 •Faturamento........................ 12 •Emprego.............................. 13 •Folha de Pagamento............ 15 •Produtividade...................... 17 •Crédito................................ 21 •Inflação e Juros................... 22 •Câmbio............................... 23 •Setor Externo ..................... 27 •Eleições Presidenciais ......... 28 •Confiança e Expectativas .... 30 •Projeções ............................ 31 Cenário Setorial..................... 32 •Automotivo........................ 33 •Bens de Capital .................. 34 •Construção Civil ................ 35 •Indústria Extrativa.............. 36 •Metalurgia e Siderurgia...... 37 2
  • 4. Economia Mundial  A atividade industrial segue em forte ritmo de expansão. Em agosto, o PMI da Indústria subiu para 59,0 pontos, superando as expectativas de mercado.  O mercado de trabalho, que vinha ganhando robustez nos últimos 12 meses, sentiu uma desaceleração inesperada em agosto/14, tornando improvável que o FED acelere sua programação para o aumento das taxas de juros, o que deve conter a valorização do dólar nos mercados mundiais no curto prazo.  De maneira geral, o ambiente econômico favorece as expectativas positivas de crescimento em 2014 e 2015. Fonte: Estimativas do PIB: FMI e Tendências Consultoria *1º. Semestre/14  A inflação persiste em nível muito baixo e a taxa de desemprego em nível muito elevado, impondo dificuldades à retomada do crescimento. O PIB estagnou no 1º e 2º trimestres.  A fraqueza da atividade econômica, sobretudo da indústria, pressiona o BCE a adotar estímulos adicionais para impulsionar o crescimento, mas ainda é descartada a compra de ativos em larga escala no curto prazo.  Os conflitos geopolíticos da Ucrânia têm implicado em vulnerabilidades extras, impactando negativamente as decisões de investimento.  Os PMIs da indústria registraram uma desaceleração acentuada em agosto/14.  O arrefecimento contínuo do mercado imobiliário, de grande importância para a economia chinesa como um todo, merece especial atenção.  Nos meses de julho e agosto/14, observou-se um descompasso entre o crescimento robusto das exportações e a queda das importações. Esta última, muito relacionada à fraqueza da demanda interna.  O cenário tende para a adoção de novos pacotes de estímulos econômicos. PIB 2013: 1,9% PIB 2014: 2,1% PIB 2015: 3,0% PIB 2013: -0,4% PIB 2014: 0,9% PIB 2015: 1,3% PIB 2013: 7,7% PIB 2014: 7,3% PIB 2015: 7,0% Part. Exportações Brasil*: 11,5% Part. Exportações Brasil*: 18,9% Part. Exportações Brasil*: 21,6% 4
  • 5. CENÁRIO BRASIL E MINAS GERAIS
  • 6. Introdução 6 • Foi divulgado o PIB do segundo semestre, que recuou 0,6% em relação ao trimestre anterior. O resultado veio abaixo das expectativas do mercado (0,4% apurado pela Agência Estado). O resultado do 1º trimestre também foi revisado para baixo (0,2% para -0,2%) rebaixando ainda mais a expectativa do PIB para o fechamento do ano, que está em 0,33% segundo o Boletim Focus. • A indústria concentrou boa parte dos resultados negativos do PIB e nesse 3º trimestre a produção física já indica que não há expectativa de recuperação no curto prazo. No acumulado do ano até julho, a produção brasileira recuou 2,8% e a mineira 1,3%. A expectativa, segundo o boletim Focus, é que a produção física brasileira encerre 2014 com queda de 2% e, infelizmente, a produção física mineira está acompanhando este movimento. • O volume de varejo no Brasil e em Minas Gerais também continua mostrando desempenho irregular, puxado pelo arrefecimento do mercado de trabalho, que tem reduzido muito o ritmo de contratação e em alguns setores industriais o saldo tem sido mês a mês negativo. • Apesar de o IPCA no acumulado de 12 meses estar no teto da meta de inflação, dificilmente o Banco Central voltará a elevar a taxa Selic ainda este ano. Isto porque a atividade econômica está muito enfraquecida e porque embora a inflação esteja perigosamente rondando o teto da meta, a expectativa geral do mercado é que o IPCA feche 2014 um pouco abaixo dela, em 6,3%.
  • 7. Produto Interno Bruto Fonte: IBGE e Tendências. (e) Estimativas: Tendências ¹Serviços Industriais de Utilidade Pública. Com ajuste sazonal 7 0,50,80,22,1-0,60,5-0,1-0,60,50,00,12,6-0,3-0,3-1,2-1,53T124T121T132T133T134T131T142T14Variação Trimestral % (T0/T-1) PIB TotalPIB Indústria • No 2º trimestre/2014, o PIB brasileiro recuou 0,6% em relação ao 1º trimestre/2014 com ajuste sazonal. Foi o segundo resultado negativo consecutivo nesta base – os dados do primeiro trimestre foram revisados para baixo (de 0,2% para -0,2%) – indicando recessão técnica. • Pelo lado da oferta, a indústria foi a que mais contribuiu negativamente, com queda de 1,5%. Pelo lado da demanda os investimentos recuaram fortemente (-5,30%) enquanto os gastos do governo caíram 0,7%. A indústria de transformação (-2,4%), construção (-2,9%) e o SIUP1 (-1,0%) provocaram o resultado negativo da indústria no período. • A Copa do Mundo foi responsável por parte do fraco desempenho no 2º trimestre, no entanto a atividade econômica vem perdendo dinamismo desde o início do ano e não há sinais claros de recuperação para o terceiro trimestre, ainda mais com as incertezas que cercam o cenário político.
  • 8. 1,9% 2,3%1,9% 1,4% 2,0% 0,2% -0,6% -1,2% jul-13set-13nov-13jan-14mar-14mai-14jul-14Indústria Geral (% 12 meses) Produção Industrial Fonte: PIM-PF IBGE. 8 -3,4%-3,3%-3,4%-3,6% -1,6% 0,5% 1,9%2,6%3,0%2,6%2,0%2,4% 0,2% -1,6% jul-13set-13nov-13jan-14mar-14mai-14jul-14Ind. Extrativa e de Transformação (% 12 meses) Ind. ExtrativaInd. Transformação *Com ajuste sazonal Jul/14-Jun/14*0,7% Jul/14-Jul/13-3,5% • A produção industrial brasileira recuou pelo terceiro mês consecutivo no acumulado de 12 meses. O resultado foi influenciado pela indústria de transformação, tendo em vista que a indústria extrativa obteve crescimento nessa base de comparação. • O principal destaque negativo na indústria de transformação tem sido o setor de veículos e caminhões, que tem forte representatividade na atividade econômica nacional. • Este setor vem sofrendo com o embargo argentino às importações de veículos do Brasil. A queda nas vendas nacionais ocorre devido à redução da oferta de crédito, aliada ao aumento na taxa de juros de mercado e ao crescimento da inadimplência. • No acumulado de julho de 2014 o resultado da produção na indústria nacional continua negativo (-2,8%), sem perspectiva de reversão até o final do ano.
  • 9. 3,4% 1,9% 0,6% -1,1% 0,6% -0,7%-1,4%-1,7% jul-13set-13nov-13jan-14mar-14mai-14jul-14Indústria Geral (% 12 meses) Produção Industrial Fonte: PIM-PF IBGE. 9 -0,6%-1,0%-1,3%-3,4% -0,1% 0,9%0,9%1,3% 4,6%2,8%1,2%-0,4%0,8% -1,2%-2,2%-2,7% jul-13set-13nov-13jan-14mar-14mai-14jul-14Ind. Extrativa e de Transformação (% 12 meses) Ind. ExtrativaInd. Transformação *Com ajuste sazonal Jul/14-Jun/14*0,5% Jul/14-Jul/13-3,6% • Em Minas, a produção industrial também tem recuado continuamente no acumulado dos últimos 12 meses. No acumulado do ano até julho, o recuo foi de 3,7%. •A maior redução foi verificada no setor de veículos automotores. A queda na demanda nacional e nas exportações elevaram o nível de estoques, reduzindo a produção em 2014. •A produção da indústria extrativa do estado continua positiva. O incremento na demanda asiática por minério de ferro explicam este desempenho. •A incerteza política relacionada ao quadro eleitoral, a instabilidade dos estoques, e a baixa confiança empresarial estão adiando as perspectivas de recuperação do setor produtivo industrial, que não deve crescer este ano.
  • 10. Produção Industrial Fonte: IBGE Destaques Setoriais (% acum. 12 meses – Jul/14 ) 10 Máquinas para Escritório e Equip. Informática7,7% Material eletrônico e de comunicações 5,3% Perfumaria, sabões e produtos de limpeza4,5% Refino de petróleo e álcool2,5% Farmacêutico0,6% BRASILMáquinas e Equipamentos9,8% Alimentos4,9% Refino de petróleo e álcool3,3% Fumo 2,8% Celulose, papel e produtos de papel2,6% MINAS GERAISMáquinas, aparelhos e materiais elétricos-4,3% Têxtil-4,3% Fumo -6,6% Produtos de metal, excl. máquinas e equipame-7,8% Veículos Automotores-10,2% Metalurgia Básica-1,1% Outros produtos químicos-1,2% Têxtil-4,8% Produtos de metal, excl. máquinas e equip.-11,3% Veículos Automotores-17,8%
  • 11. Vendas no Varejo Fonte: PMC IBGE (1) PMC Ampliado: inclui material construção e automóveis. *Com ajuste sazonal 11 Dados: JulhoBrasilMinas GeraisTotal (Jul/14 - Jul/13)-0,9%0,2% Total Ampliado (Jul/14 - Jul/13)-4,9%-4,3% Total (Acum. 12m)4,3%2,6% Total Ampliado (Acum. 12m)1,1%-1,7% 5,4%4,3% 5,8% 1,1% jul-13set-13nov-13jan-14mar-14mai-14jul-14Pesquisa Mensal do Comércio (% 12 meses) Total BRTotal Ampliado BR2,1%2,6% 3,1% -1,7%Total MGTotal Ampliado MG • O volume de vendas no varejo nacional caiu em junho/14 na comparação com julho/13, em função dos reflexos residuais dos recessos causados pela Copa do Mundo. As vendas de livros e assemelhados, de móveis e eletrodomésticos foram as que mais recuaram. •Em Minas, o resultado fracamente positivo foi provocado pelo aumento nas vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico. •No total ampliado, que inclui materiais de construção e automóveis, setores que vêm amargando resultados negativos, houve recuo, tanto em âmbito nacional quanto estadual (Jul14xJul13). •Há expectativas de melhora até o final do ano no setor varejista em função do último trimestre ser sazonalmente favorável para o comércio em geral.
  • 12. Faturamento • A tendência de queda no faturamento real se acentuou ainda mais em julho. • O resultado nacional que acumulava crescimento nos últimos 12 meses até junho, em julho passou a registrar índice negativo. •Em Minas Gerais o recuo no faturamento ainda é mais acentuado que no Brasil, em função da sua estrutura setorial. •Na comparação com o mesmo mês do ano anterior o setor de veículos mostrou desempenho negativo tanto em Minas (- 20,7%) quanto no Brasil (-17,2%). •Vale ressaltar que a indústria extrativa mineira embora esteja produzindo mais este ano, com a queda no preço internacional do minério de ferro, o faturamento está recuando 13,73% no acumulado de 2014. Fonte: CNI e Fiemg 12 Indústria de Transformação (Var.%) PeríodoJul-14 Jul-13Jan a Jul-14 Jan a Jul-13Brasil-5,1%-1,7% Minas Gerais-11,8%-7,1% 3,74,13,84,02,30,8-0,12,01,0-0,10,1-3,1-5,0-5,9 ago/13set/13out/13nov/13dez/13jan/14fev/14mar/14abr/14mai/14jun/14jul/14 Faturamento Ind. Transformação (% 12 meses)
  • 13. Emprego 13 • O emprego industrial continua registrando desaceleração, influenciado pela confiança reduzida dos empresários, que postergam ou desistem de investimentos, impedindo novas contratações. Em julho o pessoal ocupado na indústria recuou em relação a junho (-0,7%), quarta taxa negativa consecutiva nesta comparação, e em relação a julho de 2013 (-3,6%), acumulando quedas no ano (-2,6%) e nos últimos 12 meses (-2,2%). • As paralisações dos servidores do IBGE permanecem impossibilitando a publicação completa da Pesquisa Mensal de Emprego (PME). A taxa de desemprego da RMBH foi de 4,3% em julho/14, registrando pela segunda vez consecutiva, estabilidade na comparação mensal (junho/14) e anual (julho/13). No entanto, a população ocupada na indústria reduziu 8,1% frente a julho de 2013, consequência da demissão de 35.000 pessoas. O resultado vem em consonância com os indicadores nacionais. Segundo o Caged, a indústria no Brasil fechou vagas pelo quinto mês consecutivo (redução de 4.111 postos de trabalho na indústria de transformação em agosto). Fonte: PIMES, PME – IBGE e Caged - MTE. RMBH = Região Metropolitana de Belo Horizonte -1,40,02,3-0,42,8-4,81,8-0,8-2,6-0,5-1,14,81,64,7-6,53,4-0,1-1,8Emprego Industrial (%) (Acumulado no ano)
  • 14. Saldo de Emprego Fonte: PIM – PF e PIMES IBGE. Produtividade = Produção Física/Horas Pagas na Produção Destaques Setoriais (Saldo acumulado no ano – Ago/14) 14 Serviços Especializados para Construção39.394Construção de Edifícios31.854Obras de Infra-Estrutura17.284Coque e Combustíveis13.329Couro e Calçados10.559BRASILEquipamentos de Informática-4.299Bebidas-4.959Produtos de Metal-6.788Máquinas e Equipamentos-7.127Veículos Automotores-28.052Serviços Especializados para Construção6.341Alimentos6.332Couro e Calçados4.427Construção de Edifícios2.827Coque e Combustíveis1.938MINAS GERAISBebidas-359Máquinas e Equipamentos-376Metalurgia-1.506Veículos Automotores-2.895Obras de Infra-Estrutura-2.933
  • 15. Folha de Pagamento Real por Trabalhador Fonte: PME e PIMES IBGE. 15 5,0%4,9% 3,5% 2,8%2,8%2,6%2,6%2,3% Folha de Pagamento Real por Trabalhador Indústria Geral (% 12 meses) 4,9%2,9% 1,7% 4,9% 2,6% 2,3% Folha de Pagamento Real por Trabalhador(% 12 meses) Ind. ExtrativaInd. Transformação • A folha de pagamentos real da indústria já sinaliza deterioração em julho/14, em conformidade com a piora do mercado de trabalho. No acumulado em 12 meses, o resultado é o menor desde outubro/2010 (2,2%). No ano, a variável expandiu 3,3%, ritmo mais moderado do que nos últimos três anos. • Apesar da expectativa de retomada da produção, ainda que branda, os empresários não devem conseguir mais conter as demissões, principalmente em setores intensivos em mão de obra. Este cenário é explicado pelos resultados negativos nas horas pagas. Entre os setores que lideram as demissões destacam-se aqueles que mais sofrem com a concorrência de produtos importados ou dependem de exportações. • Com menos vagas e mais pessoas à procura de trabalho, a tendência é de redução nos reajustes salariais.
  • 16. Folha de Pagamento Real por Trabalhador Fonte: PME e PIMES IBGE 16 3,3%3,6% 2,3%2,7%2,5%2,8% 2,2%1,8% Folha de Pagamento Real por Trabalhador Indústria Geral (% 12 meses) -4,5% 6,5%5,9% 4,2% 1,7%1,3% Folha de Pagamento Real por Trabalhador (% 12 meses) Ind. ExtrativaInd. Transformação • Em Minas gerais, a folha de pagamentos real também começa a sinalizar desaceleração em resposta ao arrefecimento contínuo do mercado de trabalho. • No acumulado em 12 meses até julho/14, os setores que registraram as maiores quedas foram os de borracha e plástico (- 4,3%), máquinas e equipamentos (-2,6%), meios de transporte (-1,6%) e produtos de metal (-0,4%). • Nos primeiros cinco meses do ano a renda não apresentou movimento de queda persistente, apesar do cenário adverso do emprego, em razão dos custos elevados para demitir e treinar novos trabalhadores e da concorrência por funcionários entre setores mais dinâmicos, como o de serviços. No entanto, os empresários vêm acelerando as demissões diante do ambiente de incerteza da retomada na produção e das eleições.
  • 17. Produtividade Fonte: PIM – PF e PIMES IBGE. (Produtividade = Produção Física/Horas Pagas na Produção) 17 3,1%3,3%3,1%2,7%3,4% 2,2%1,7%1,4% jul-13set-13nov-13jan-14mar-14mai-14jul-14Indústria Geral (% 12 meses) -5,9% 2,1%3,1% 3,9% 1,5%1,0% Ind. Extrativa e de Transformação (% 12 meses) Ind. ExtrativaInd. TransformaçãoGeralExtrativaTransformaçãoAcumulado no ano0,4%6,1%-0,4% Acumulado 12 meses1,4%3,1%1,0% Jul/14 - Jul/130,7%8,2%-0,4% IndústriaBrasilJulho/14 • Em julho/14, a produtividade industrial no Brasil continuou a apresentar baixo crescimento no acumulado de 12 meses, com a menor taxa registrada no ano. • A queda mais acentuada nas horas pagas (-2,6%) juntamente com a redução na produção industrial (-1,2%) justifica a trajetória da produtividade, a qual vem apresentando arrefecimento no crescimento desde abril/14. • Na indústria extrativa, a produtividade segue em ascensão, após queda em abril/14, enquanto a indústria de transformação acumulou fraco aumento no indicador pelo quarto mês consecutivo. • No acumulado dos últimos 12 meses, os setores com destaque positivo na produtividade da indústria de transformação foram: refino de petróleo e álcool (7,2%) e calçados e couro (6,7%).
  • 18. Produtividade 18 3,3% 2,2% 1,6%0,3% 2,1% 1,4% 0,9%0,8% jul-13set-13nov-13jan-14mar-14mai-14jul-14Indústria Geral (% 12 meses) -1,1% 2,2%2,7%4,5% 0,3%-0,1% Ind. Extrativa e de Transformação (% 12 meses) Ind. ExtrativaInd. TransformaçãoGeralExtrativaTransformaçãoAcumulado do ano1,3%7,4%-0,6% Acumulado 12 meses0,8%2,7%-0,1% Jul/14 - Jul/13-0,4%5,3%-2,0% IndústriaMinas GeraisJulho/14 • Desde maio/14, o indicador de produtividade de Minas segue em trajetória descendente no acumulado em 12 meses. • A dinâmica de redução na produtividade foi motivada pela permanência da queda nas horas pagas (-2,5%) e da produção industrial (-1,7%), no acumulado de 12 meses. • Ainda no acumulado em 12 meses, a indústria de transformação registrou inversão na trajetória, com o primeiro índice negativo desde setembro/12, comprometendo seriamente o dinamismo industrial no estado. • A produtividade da indústria extrativa avançou no período analisado, com elevação de 2,7%. • Os setores de meio de transportes (-13,9%) e produtos de metal (-10,9%) obtiveram o pior desempenho no período. Fonte: PIM – PF e PIMES IBGE. (Produtividade = Produção Física/Horas Pagas na Produção)
  • 19. Produtividade e Folha de Pagamentos* Fonte: PIM – PF e PIMES IBGE. Produtividade = Produção Física/Horas Pagas na Produção *Folha de Pagamento Real por Trabalhador 19 Acumulado 12 meses (até jul/14) 3,3% 1,4% 5,0% 2,3% 20132014Indústria Geral ProdutividadeFolha de Pagamento* -4,4% 3,1% 4,9% 1,7% 20132014Indústria Extrativa ProdutividadeFolha de Pagamento* 4,1% 1,0% 4,9% 2,3% 20132014Ind. de Transformação ProdutividadeFolha de Pagamento*
  • 20. Produtividade e Folha de Pagamentos* Fonte: PIM – PF e PIMES IBGE. Produtividade = Produção Física/Horas Pagas na Produção *Folha de Pagamento Real por Trabalhador 20 Acumulado 12 meses (até jul/14) 0,8%0,8% 3,3% 1,8% 20132014Indústria Geral ProdutividadeFolha de Pagamento* -2,8% 2,7% -4,5% 5,9% 20132014Indústria Extrativa ProdutividadeFolha de Pagamento* 1,9% -0,1% 4,2% 1,3% 20132014Ind. de TransformaçãoProdutividadeFolha de Pagamento*
  • 21. 54,855,155,054,755,156,155,855,756,056,056,156,356,1jul/13set/13nov/13jan/14mar/14mai/14jul/14Crédito (% do PIB) Crédito Fonte: Banco Central do Brasil R$2,76 bi 21 Distribuição das Operações de Crédito (Jul/14) 53,1% 46,9% P. JurídicasP. Físicas53,5% 46,5% LivreDirecionado3,53,43,43,43,33,13,23,33,33,33,53,43,57,27,07,06,86,66,76,66,56,56,56,76,56,6jul/13set/13nov/13jan/14mar/14mai/14jul/14Taxa de Inadimplência (%) (Carteira de Recursos Livres) Pessoa JurídicaPessoa Física • O crédito estacionou em 56% do PIB desde março/14, variando marginalmente desde então e perdendo o dinamismo observado no ano passado. Há uma contração no lado da demanda, desestimulada pela elevação da inflação, pela queda dos níveis de confiança dos consumidores e pelo arrefecimento do mercado de trabalho. Do lado da oferta, a deterioração da atividade econômica tem reduzido a exposição ao risco das instituições financeiras. •O enfraquecimento do crédito deu respaldo a um conjunto de medidas anunciadas pelo Banco Central visando estimular as operações. No entanto, os seus efeitos devem ser sentidos no médio e longo prazos, tendo em vista a evolução fraca do cenário macroeconômico e os sinais de elevação da inadimplência.
  • 22. Inflação e Juros Fonte: Banco Central do Brasil e IBGE 22 6,1%5,8% 5,9% 5,7% 6,3%6,5%6,5% 8,4% 9,3% 9,9% 10,4% 10,9%10,9%10,9% 6,0% 7,0% 8,0% 9,0% 10,0% 11,0% 12,0% 13,0% 3,0% 3,5% 4,0% 4,5% 5,0% 5,5% 6,0% 6,5% 7,0% ago/13out/13dez/13fev/14abr/14jun/14ago/14 Selic anualizada (%) IPCA e Metas de Inflação IPCA 12mTeto da MetaCentro da MetaSelicJul/14Ago/14Despesas Pessoais9,25%8,92% Educação8,46%8,20% Habitação8,12%8,52% Artigos de Residência8,33%7,88% Alimentação e Bebidas7,70%7,53% Saúde e Cuidados Pessoais7,08%7,03% Vestuário4,90%4,66% Transporte3,34%3,74% Comunicação -0,58%-0,50% IPCA (% 12 meses) • O IPCA de agosto/14 variou 0,25%, ficando bem acima da taxa de 0,01% de julho. O índice acumulado em 12 meses está em 6,51% e continua atingindo o teto da meta de inflação (6,5%). A principal contribuição para a aceleração do índice veio do grupo de transportes, com aumento de 0,33%, sendo que parte desta aceleração é atribuída às passagens aéreas, que tiveram alta de 10,16%, enquanto haviam registrado queda de 26,86% em julho. • Para os próximos meses, a expectativa é de aceleração da inflação, mas em ritmo mais moderado em relação ao primeiro semestre. A maior chance de derrota do governo atual nas eleições presidenciais indica a possibilidade de desvalorização do dólar frente ao Real no final de 2014, o que impõe pressões baixistas aos bens comercializáveis.
  • 23. 2,342,272,192,292,342,382,382,332,232,222,232,222,27ago-13out-13dez-13fev-14abr-14jun-14ago-14Taxa Média Mensal de Câmbio (R$/US$) Câmbio Fonte: Banco Central do Brasil e XE.com (e) Estimativas: Relatório Focus Banco Central do Brasil Fim de Período: 2014(e): 2,30 2015(e): 2,45 23 • No mês de agosto/14, a taxa de média de câmbio apresentou leve alta em relação ao mês anterior, em função da ocorrência de novo déficit no fluxo cambial no período. •Para o fechamento de 2014, as projeções da taxa de câmbio continuam vinculadas ao resultado das eleições. O mercado associa à vitória do governo atual a uma taxa de câmbio mais valorizada e à vitória da oposição a uma desvalorização do dólar. •Apesar de haver alguma expectativa dos mercados quanto à perspectiva de eleição de um candidato de oposição, as entradas de dólares ainda são contidas.
  • 24. Setor Externo - Balança Comercial Fonte: Secex – MDIC (e) Estimativas: Relatório Focus Banco Central do Brasil Balança Comercial – US$ Bilhões Saldo Comercial: 2014(e): 2,4 bi 2015(e): 9,0 bi 24 21,42 22,82 20,85 15,93 19,72 20,47 20,47 20,20 23,05 18,19 18,06 19,22 18,10 19,30 1,22 2,14 1,74 -4,06 0,11 0,71 1,57 1,17 ago/13out/13dez/13fev/14abr/14jun/14ago/14Balança Comercial Brasileira (US$bilhões) ExportaçãoImportaçãoSaldo BalançaBrasilExportaçãoImportaçãoSaldoAgosto/1420,519,31,2Agosto/1320,822,7-1,9Acum. 2014154,0153,80,2Acum. 2013156,7160,4-3,8 • O Brasil obteve novo superávit na balança comercial, alcançando US$ 1,2 bilhão em agosto/14, em oposição ao déficit registrado há um ano. O resultado foi influenciado por artifício contábil, envolvendo a venda de uma plataforma da Petrobras para uma subsidiária da própria empresa no exterior no valor de US$1,1 bilhão. • Embora as exportações tenham apresentado queda de 1,44% quando comparado a agosto/2013, a redução de 14,9% das importações também contribuiu para o resultado positivo no mês. • Os resultados do acumulado do ano, especialmente para as importações, refletem o arrefecimento da atividade econômica e a perda de competitividade brasileira. • Segundo o Boletim Focus do Bacen, a expectativa de mercado é de superávit comercial de US$ 2,4 bilhões em 2014.
  • 25. Setor Externo - Balança Comercial Fonte: Secex – MDIC 25 U$S Bilhões Ago142014 ¹2013 ¹Ago/142014 ¹2013 ¹Ago/142014 ¹2013 ¹ Alimentos3,926,727,80,54,24,03,422,523,7Extração de Minerais Metálicos2,219,821,80,10,80,82,119,021,0Metalurgia1,55,86,20,55,04,71,00,81,6Outros Equipamentos de Transporte1,512,011,40,86,46,20,75,65,2Papel e Celulose0,64,84,70,21,21,30,43,63,5Produtos Químicos0,96,77,13,523,523,9-2,6-16,7-16,8Equipamentos Eletroeletrônicos0,11,11,32,118,118,5-2,0-17,1-17,2Máquinas e Equipamentos0,86,77,02,319,021,1-1,5-12,3-14,1Coque e Combustível0,53,84,21,513,514,0-1,0-9,7-9,8Veículos Automotores0,11,11,10,86,06,3-0,6-4,9-5,2Balança Comercial Industrial16,7122,2125,418,8150,4156,7-2,1 -28,2 -31,3 Maiores SuperávitMaiores DéficitSetorExportaçãoImportaçãoBalança Comercial ¹Acumulado até Agosto. • Os setores que se destacam entre os mais superavitários e mais deficitários têm se mantido nos últimos meses, alterando apenas o desempenho mês a mês. • Em agosto/14, assim como em julho, o setor de alimentos foi o mais superavitário do Brasil, embora o seu saldo acumulado até este mês tenha sido cerca 5% menor do que o registrado no mesmo período de 2013. • Dentre os setores mais deficitários, destaca-se o resultado do setor de Veículos Automotores, que apresentou um déficit acumulado menor do que o registrado no mesmo período de 2013. Isto reflete a queda da demanda interna de veículos que comprometeu também as vendas dos importados.
  • 26. Setor Externo - Exportações Fonte: Secex – MDIC 26 Minas GeraisBásicosSemimanufaturadosManufaturadosT O T A LJul/14 (US$bi)1,60,60,52,6Jul/14 - Jul/13 (%)-17,0%7,1%3,1%-9,1% Acumulado do Ano (US$bi)¹11,43,13,117,6Acum. 2014/Acum. 2013 (%)¹-6,0%-11,9%-5,0%-6,9% ¹ Com ajuste sazonal. • As exportações mineiras novamente registraram queda, em função do forte recuo no desempenho do setor de produtos básicos. • O setor de semimanufaturados interrompeu uma sequência de 6 quedas consecutivas e contribuiu de forma decisiva para que o recuo não fosse mais forte. • Além do resultado mensal negativo, no acumulado do ano, o desempenho das exportações mineiras também ficou abaixo das exportações de 2013. Até julho, as exportações de 2014 foram inferiores às de 2013 em 6,9%.
  • 27. Setor Externo Fonte: Banco Central do Brasil (e) Estimativas: Relatório Focus Banco Central do Brasil • Os fluxos cambiais negativos de julho e agosto/14 colaboraram com o nivelamento das reservas internacionais em US$379 bilhões nestes meses, mesmo patamar de maio/14. • O fluxo financeiro e comercial encerraram o mês de agosto/14 com déficit de US$1,0 bilhão e US$2,0 bilhões, respectivamente. • O volume de investimentos estrangeiros de julho/14 exibiu recuperação em relação ao mês de maio/14, saindo de US$3,9 bilhões para US$5,9 bilhões. No entanto, não foi capaz de superar o déficit em transações correntes (US$6,0 bilhões). • As incertezas relacionadas ao cenário eleitoral têm mantido contidas as entradas de dólares no país. 2014(e): 60 bi 2015(e): 57,7 bi 27 373 376 377 376 376 375 377 377 378 379 381 379 379 Reservas Internacionais (US$ bilhões) 5,23,84,85,48,36,55,14,15,05,26,03,95,9jul/13set/13nov/13jan/14mar/14mai/14jul/14Investimento Estrangeiro Direto (IED) (US$ bilhões)
  • 28. Eleições Presidenciais 28 Fonte: Datafolha, 10/09/2014. 34353634343315141529/ago03/set08/setIntenções de voto para o primeiro turno (%) Dilma (PT)Marina (PSB)Aécio (PSDB)
  • 29. Eleições Presidenciais 29 Fonte: Datafolha, 10/09/2014. 4743Marina (PSB)Dilma (PT) Intenções de voto para o segundo turno (%): Dilma x Marina4938Dilma (PT)Aécio (PSDB) Intenções de voto para o segundo turno (%): Dilma x Aécio5430Marina (PSB)Aécio (PSDB) Intenções de voto para o segundo turno (%): Marina x Aécio
  • 30. • O ICEI aponta falta de confiança do empresário, tanto em Minas quanto no Brasil, pelo quinto mês consecutivo. • Em Minas Gerais, o ICEI de agosto (42,5 pontos) mostrou relativa estabilidade em relação a julho (42,8 pontos), mas ainda está abaixo dos 50,0 pontos. • No Brasil, apesar de ainda estar positiva (50,6 pontos), as expectativas para os próximos seis meses tem mostrado tendência de queda. • Em Minas Gerais, os empresários estão pessimistas com relação aos próximos seis meses, conforme índice de 46,5 pontos. 30 Confiança e Expectativas Fonte: FIEMG e CNI Indicadores variam de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam otimismo. 48,951,650,250,849,950,549,350,143,844,041,942,842,552,554,253,854,554,353,152,452,549,248,047,546,446,540,045,050,055,060,0 ago/13set/13out/13nov/13dez/13jan/14fev/14mar/14abr/14mai/14jun/14jul/14ago/14 Comparativo ICEI Minas Gerais e BrasilICEI/MGICEI/Brasil58,460,857,458,158,057,650,855,254,454,654,147,246,946,558,761,562,060,961,459,654,458,258,257,256,451,750,650,640,045,050,055,060,065,0 ago/12out/12dez/12fev/13abr/13jun/13ago/13out/13dez/13fev/14abr/14jun/14ago/14 Expectativa para os próximos seis mesesMGBrasil
  • 31. Projeções Fonte: Relatório Focus Banco Central do Brasil, Fiemg e *Tendências Consultoria 31 Brasil20142015PIB (% crescimento)0,331,04Produção Industrial (% crescimento) -1,981,50Comércio (%)*3,002,30Massa Salarial Real (% crescimento)*1,800,51IPCA (%)6,296,29IGP-M (%)3,675,50Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$)2,302,45Taxa de câmbio - média do período (R$/US$)2,282,41Meta Taxa Selic - fim de período (%a.a.)11,0011,50Meta Taxa Selic - média do período (%a.a.) 10,9111,36Dívida Líquida do Setor Público (% do PIB)35,0035,30Conta Corrente (US$ bilhões)-81,60-75,00Balança Comercial (US$ bilhões)2,409,00Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões)60,0057,70Estimativas 2014 e 2015
  • 33. Automotivo Fonte: IBGE, FIEMG, CNI, ANFAVEA e Tendências Consultoria 33 Setor Desempenho Jul/2014 e Projeções Automotivo Produção Física Jul/20141 - Brasil: -22,8% - Minas Gerais: -16,7% Faturamento Jul/2014¹ - Brasil: -17,2% - Minas Gerais: -20,7% Exportações Jul/2014¹ - Brasil: -36,7% Destaques - Em julho, a produção nacional de autoveículos retraiu pelo quinto mês sucessivo na comparação anual. O elevado nível de estoques forçou as montadoras a diminuírem o ritmo nas linhas de montagem através da concessão de férias coletivas e de reduções na jornada de trabalho. - O cenário de baixa confiança de empresários e consumidores, menor concessão de crédito e de recuo nas exportações para parceiros importantes justificou a queda no faturamento do setor desde março deste ano, contra igual mês de 2013. - O licenciamento de veículos novos decresceu 8,6% no acumulado até julho deste ano, frente ao mesmo período de 2013. - As exportações continuaram em queda, e acumularam recuo de 35,4% até julho de 2014, diante dos primeiros sete meses do ano passado. Projeções - O cenário para os próximos meses contempla certa melhora, possibilitada por algum avanço pós- copa, pela acomodação dos impactos dos reajustes de preços ocorridos no início do ano, pela melhora gradual nas concessões de crédito, pela dissipação das incertezas após as eleições e por certa antecipação de compras no final do ano, antes do aumento do IPI previsto para 2015. - Ainda assim, para 2014 a perspectiva é de decréscimos de 12,8%, 6,0% e 27,0% na produção, nas vendas internas e nas exportações, respectivamente. ¹ Comparativamente a Jul/2013.
  • 34. Bens de Capital Fonte: IBGE, FIEMG Index, CNI, ABIMAQ, Valor Econômico, MDIC e Tendências Consultoria 34 Setor Desempenho Jul/2014 e Projeções Máquinas e Equipamentos Produção Física Julho/20141 - Brasil: -7,8% - Minas Gerais: -1,4% Faturamento1 Julho/2014 - Brasil: -10,7% - Minas Gerais: 8,0% Exportações1 Julho/2014 - Brasil: -9,6% - Minas Gerais: -23,0% Destaques - A produção física brasileira de bens de capital manteve a trajetória de queda registrada nos últimos meses. O novo recuo demonstra que o crescimento de 11,5% em relação ao mês anterior não foi suficiente para reverter a tendência negativa no setor. - O faturamento mais uma vez foi negativo, ainda influenciado pela Copa, dado que o torneio se encerrou apenas na segunda quinzena do mês. Destaca-se o bom resultado do setor para Minas Gerais, que observou alta, após dois meses de queda. - Mesmo após o registro contábil da venda de uma plataforma da Petrobras por meio do Repetro, as exportações de máquinas e equipamentos apresentaram nova redução em julho. Ainda pesa o cenário desfavorável para a Argentina, cujas exportações mais uma vez registraram queda na comparação anual. Projeções² - O crescimento de 3,4% do consumo aparente de bens de capital na comparação mensal dessazonalizada pode indicar o início do processo de recuperação do setor, esperado para o segundo semestre do ano, em especial com a leve recuperação da demanda de máquinas pesadas e veículos agrícolas. - Ainda assim, a projeção para a produção física é de queda de 4,9% em relação a 2013. Para o faturamento, a expectativa é de queda de 15%, enquanto para as exportações a expectativa é de redução de 18,6% . 1 Comparativamente a Julho/2013. ² Tendências Consultoria e ABIMAQ
  • 35. Construção Civil Fonte: PIM e INCC-Sinapi (IBGE), Sondagem da Construção CNI e FIEMG e Projeções da Tendências Consultoria Integrada. Nota: (3) Índice de Atividade da Construção Imobiliária, indicador do Monitor da Construção Civil (MCC), um produto elaborado em parceria entre a Tendências e a Criactive. Setor Desempenho e Projeções Construção Nível de atividade – Julho/14 - Tanto em MG como no Brasil a atividade continua caindo e se mantém abaixo do usual para o período. Produção Física de Insumos da Construção Civil - Julho/14 - Brasil: -7,6%1 Custo da construção/m² Agosto/14 - Brasil: 7,22%1 R$ 901,50 - Minas Gerais: 7,03%1 R$ 840,54 Destaques - Em julho, o nível de atividade na construção continuou em retração, como mostram os resultados da pesquisa Sondagem da CNI, o que vem repercutindo cada vez mais na redução do emprego no setor. - A produção de insumos para a construção continua em queda, em julho foi o 5º recuo consecutivo. - Mesmo sob efeitos da desoneração na folha de pagamentos, os custos da construção continuam em alta, como mostram os resultados de agosto. No acumulado dos últimos 12 meses, os custos de mão de obra subiram 8,41%, enquanto os preços dos materiais 6,26%. - A construção imobiliária no país demonstra fraco desempenho. De acordo com o novo indicador IACI3, em agosto a atividade registrou queda de 8,2%, se comparado a igual período de 2013. Projeções2 - As perspectivas dos empresários para os próximos 6 meses quanto ao nível de atividade, novos empreendimentos, contratações e compra de matérias primas são negativas. - A previsão para a produção de insumos da construção foi revista para -3,5%, tendo em vista o fraco desempenho da atividade no 1º semestre e o cenário econômico ainda incerto. Ainda espera-se que o segmento mostre alguma recuperação no 2º semestre. - A projeção para os custos da construção permanece em alta de 6,3%. A principal pressão sobre os preços ainda vem dos custos da mão de obra, já que os custos dos materiais poderão mostrar certo alívio em função da recente valorização da taxa de câmbio. 1 (T/T-12). 2 comparativamente a 2013.
  • 36. 36 Setor Desempenho Jul/2014 e Projeções Extrativo Produção Física Jul/20141 - Brasil: 5,60%* - Minas Gerais: 1,40% Exportações Minério de Ferro Jul/20141 - Brasil: Crescimento de 5,0% na quantidade e queda de 18,0% no valor (US$). - Minas Gerais: Recuo de 2,5% na quantidade e de 29,1% no valor (US$). Destaques - O aumento na demanda do mercado externo por minério de ferro, em especial na China, e os investimentos realizados para aumentar a capacidade produtiva do setor extrativo nacional estão contribuindo para o crescimento na produção física mineral em 2014. - Em julho de 2013 o preço do minério de ferro alcançou 127 US$ / tonelada. No mesmo mês em 2014 o valor do produto foi de 96 US$ / tonelada. O recuo provocou a queda no valor das exportações. - O faturamento da indústria extrativa em Minas Gerais apresentou retração de 25,0%, também influenciado pela queda no preço da commodity. Projeções - Pelo lado da demanda, as perspectivas são de aumento no consumo de minério de ferro na Ásia. - Pelo lado da oferta, os investimentos na produção extrativa continuarão, mas de forma contida, devido à queda no preço do minério. - Os preços da commodity continuam caindo. Desta forma, o faturamento da indústria extrativa deve apresentar recuo em 2014 e em 2015. Indústria Extrativa Fonte: IBGE, Tendências, FIEMG, FMI, MDIC 1 Comparativamente a Jul/2013. *PIM / IBGE - CNAE 2.0 = Extração de minérios + produção nacional de petróleo e gás natural.
  • 37. Metalurgia e Siderurgia Fonte: IBGE, FIEMG Index, CNI, IABr e Tendências Consultoria 37 Setor Desempenho Jul/2014 e Projeções 2014 Metalurgia Produção Física Jul/20141 - Brasil:-9,0 - Minas Gerais:-6,0 Faturamento Jul/20141 - Brasil: -16,9 - Minas Gerais: -19,0 Exportações Brasil (em quantidade) acumulado Jan a Jul/20142 - Aço: -1,6% (4.824 mil toneladas) - Ferro-Gusa: -14,0% (1.307 mil toneladas) Destaques - O cenário para o setor de Metalurgia segue desaquecido, conforme dados de produção e faturamento, que em 2014 acumulam queda de 9,8% e 5,6% no Brasil, respectivamente. - Além do excesso de capacidade global, que pressiona os preços do aço para baixo, as usinas devem amargar novamente um ano de queda, também em razão da baixa nas atividades da construção civil e de veículos. - Os baixos níveis de confiança e o período de incertezas gerado pelas eleições não favorecem a retomada da atividade do setor e de seus principais clientes. Projeções - As perspectivas para o consumo aparente de produtos siderúrgicos no Brasil em 2014 é de queda de 2,6% em relação à 2013. - A expectativa de consumo de aços longos é de queda de 3,1%, e de aços planos é de recuo de 1,8% em 2014, comparativamente a 2013. - A produção de aço bruto no Brasil deve cair 1,2% e no mundo o recuo deve ser de 3,3% em 2014. 1 – Comparativamente a Jul/13. 2 – Contra mesmo período de 2013
  • 38. Ficha Técnica Realização: Sistema FIEMG – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais Presidente: Olavo Machado Junior Responsabilidade Técnica: Assessoria Econômica Esta publicação é elaborada com base em análises internas, desenvolvidas através de dados públicos. Não nos responsabilizamos pelos resultados das decisões tomadas com base no conteúdo da mesma.