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Cap 1: “Ocupação Antrópica e Problemas de Ordenamento “
• É junto ao leito dos rios, que o homem desde os tempos mais remotos,
teve a necessidade de construir o seu próprio património.
• A água que fornecem (uso doméstico, comercial e industrial), a fonte de
alimento quer ao nível de peixe, quer ao nível de solos férteis por
deposição de sedimentos nas margens e pelo facto de serem vias de
comunicação, fez com que o homem se fixasse nos seus leitos. Viver junto
a estes acarreta, no entanto, riscos, que podem levar a uma grande
destruição ou até à morte.
• Focaremos, deste modo, aspetos relacionados com a morfologia dos
rios, construção de barragens, cheias entre outros temas, que esperamos
ver esclarecidos.
• A água, é provavelmente o agente natural que mais
modificação provoca na paisagem, sendo deste modo,
um importante agente modelador do relevo terrestre.
• Muitos aspetos desde o perfil das montanhas e dos
vales , as diferentes formas das rochas até à vasta
extensão de planícies deve-se essencialmente a ação
da água.
• Quando as zonas emersas dos continentes recebem a
água proveniente da atmosfera por precipitação (chuva,
granizo ou neve) parte desta água infiltra-se no solo e
outra parte quando em excesso começa a correr à
superfície, sendo que parte dessa água de escorrência
constitui os rios.
• Os rios são então, cursos de água superficiais que podem
desaguar num outro rio, num lago ou mar, constituem uma
grande parte da hidrosfera e são sistemas abertos.
• O estudo geológico de um rio, implica, para além da
composição e tipo de carga sedimentar, a elaboração de
perfis topográficos. Estes podem ser longitudinais,
quando traçados ao longo do percurso do rio, ou
transversais, quando são traçados transversalmente ao
percurso do rio. A partir dos perfis poderá obter-se
informações sobre a história geomorfológica, a dinâmica e as
influências climáticas num determinado local de um rio.
Leito Normal/ Leito
Ordinário ou Aparente
• Terreno por onde correm as águas em
situações climáticas normais.
• O leito de um rio pode ser rochoso, ou
constituído por areias e cascalhos ou por
acumulação de lodos. Quando os rios são
suficientemente largos podem formar-se
ilhas que podem ser cultiváveis (chamados
mouchões). A faixa de terreno contíguo ao
leito ou sobranceiro à linha que limita o leito
das águas designa-se margem.
Leito de cheia, Maior ou
de Inundação
• Quando a pluviosidade é muito abundante,
o fluxo de um rio pode aumentar e subir
vários metros, com consequente
inundação das margens. A parte da
margem suscetível de sofrer inundações
designa-se por leito de cheia, que se irá
manter enquanto o fluxo de água for
elevado.
Leito de Estiagem ou
Menor
• Quando a quantidade de água diminui ,
em consequência de uma seca
prolongada , ocorrerá a formação de um
Leito de Estiagem.
Notas:
• Os perfis permitem também calcular a
largura dos leitos, elevação das
margens, variações na altitude dos leitos
em relação ao nível do mar.
• A largura, a profundidade e altitude de
um rio sofrem em geral grandes
modificações desde a nascente até à foz.
Rede hidrográfica
• Geralmente um rio não constitui uma estrutura
isolada, mas um sistema aberto e complexo que
estabelece uma rede mais ou menos estruturada e
hierarquizada com outros cursos de água.
• Uma rede hidrográfica é formada pelo rio principal e
pelos rios, ribeiros e riachos tributários (afluentes e
subafluentes).
• •Uma bacia hidrográfica é uma área definida topograficamente, drenada por um curso de
água (ex. Um rio) ou por um sistema interligado de cursos de água (rios, afluentes e
subafluentes).
• Geralmente estes cursos de água possuem o mesmo sentido de drenagem e uma única
saída.
A existência de acidentes continentais, tais como montanhas serras permite separar bacias
hidrográficas contíguas.
•
• Armazenamento de água no sistema
• Escoamento superficial
• Unidade de planejamento
• Uso e ocupação do solo
A atividade geológica desde a Nascente até à Foz
compreende 3 processos
• Desgaste físico das rochas do leito com extração progressiva dos materiais por ação da
pressão da água em movimento. Deste modo, a forma e a localização dos vales e sulcos
nos quais a água de um rio circula vão se modificando ao longo dos tempos e
consequentemente há o aprofundamento e alargamento destes.
• Durante o transporte, a corrente de água carrega os detritos rochosos erodidos, isto é, a
sua carga. Esta carga é constituída por: •materiais dissolvidos, •materiais em
suspensão e •materiais que se deslocam por tração sobre o fundo.
• As partículas dissolvidas e em suspensão
deslocam-se à velocidade da água . A tração
resulta do arrastamento , do rolamento e da
saltação de materiais sobre o fundo. A velocidade
das partículas é inferior à da água.
• Quando a capacidade de transporte de um rio
diminui, os materiais tendem a depositar-se,
provisória ou definitivamente, em determinados
locais, como, por exemplo, nos terraços fluviais,
estuários ou deltas.
Variação da
dimensão e
morfologia dos
sedimentos sólidos
em função do grau
de transporte
Nota:
Os processos de erosão,
transporte e deposição ocorrem ,
com maior ou menor incidência,
em repetidos ciclo, geralmente
associados à variação de fatores
climatéricos, nomeadamente
pluviosidade, oscilações do nível
do mar que condiciona
fortemente os perfis dos rios.
• . As cheias são fenómenos naturais extremos e temporários,
provocados por precipitações moderadas e permanentes ou
por precipitações repentinas e de elevada intensidade.
• Este excesso de precipitação faz aumentar o caudal dos
cursos de água, originando o extravase do leito normal e a
inundação das margens e áreas circunvizinhas. Nalgumas
partes do globo, as cheias podem dever-se também ao
derretimento de calotes de gelo.
Podem ainda ser causadas pela rotura de barragens,
associadas ou não a fenómenos meteorológicos adversos. As
cheias induzidas por estes acidentes são geralmente de
propagação muito rápida.
Quando as cheias assumem grandes dimensões,
podem provocar muitos prejuízos, nomeadamente:
• O isolamento, a evacuação e o desalojamento de
populações;
• A destruição de propriedades e explorações agrícolas;
• A submersão e/ou os danos em vias de comunicação;
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• As alterações no meio ambiente.
A prevenção de danos materiais e humanos
causados pelas cheias pode ser conseguida
através de medidas estruturais e não
estruturais:
• Estruturais como a adoção de sistemas de
retificação dos cursos de água ,como:
• •Construção de barragens;
• •Canais de escoamento.
•
• Não estruturais como:
• •Ordenamento da construção em leitos de cheia e da
sua ocupação por outras atividades humanas;
• •Preservação de solos;
• •Informação das populações.
• Barragens: Construções transversais a um curso
de água, ficando, esta represada, criando uma
albufeira.
• Uma grande quantidade dos sedimentos que se
deposita no litoral é de origem fluvial. As
barragens servem de barreiras artificiais ao
trânsito de sedimentos, com a consequente
acumulação destes a montante e a diminuição da
sedimentação a jusante.
• A jusante é o lado para onde se dirige a corrente
de água e montante é a parte onde nasce o rio.
Vantagens
• •Regular o caudal dos rios;
• •Reter a água na albufeira, o que
evita cheias a jusante
• •Utilizar a água na produção de
energia hidroelétrica, no
abastecimento das populações, nas
atividades de recreio ou irrigação de
terrenos agrícolas.
Desvantagens
• Acarretam custos elevados
• As terras situadas a jusante perdem a
capacidade de regadio
• A erosão aumenta a jusante
• As praias deixam de ser alimentadas por
sedimentos
• Reduzem a quantidade de nutrientes
chegados ao mar, prejudicando
comunidades piscícolas
• Detioração da qualidade da água a
jusante
• Consiste no desassoreamento dos
fundos dos rios, e também da faixa
costeira do qual resulta a retirada de
materiais tais como areia, areão e
cascalho.
• A extração de inertes de um rio pode
constituir um negócio fácil e muito rentável,
os sedimentos que se depositam no leito e
nas margens de um rio constituem uma
importante matéria prima que está na base
da construção civil, em particular a areia.
No entanto, esta atividade, se não for
rigorosamente regularizada e fiscalizada,
pode ser geradora de sérios prejuízos.
Prejuízos que pode
gerar:• - Alterações nas correntes e no equilíbrio do rio;
• - Redução na quantidade de sedimentos que chegam á foz de um
rio;
• - Alteração da estabilidade das fundações de obras de engenharia
(pontes, marinas, ancoradouros, etc.);
• - Redução da fertilidade de algumas espécies de peixes nos
estuários fluviais;
• - Modificações irreversíveis a nível dos ecossistemas;
• - Por vezes, esta extração pode ter consequências graves, em
especial a perda de vidas humanas.
• A extração de inertes pode mesmo conduzir à perda de vidas humanas.
• Por exemplo em Castelo de Paiva, a queda da ponte Hintze-Ribeiro
conduziu a perda de vidas humanas.
Os peritos encarregues de estudar as causas da queda da ponte admitiram
que o que levou ao rebaixamento do leito do rio Douro foi a extração de
inertes e a erosão fluvial associada á sucessão de cheias ocorridas na
região nesse ano.
•
• Apesar destas desvantagens a extração de inertes tem a vantagem de
permitir a drenagem do rio e o escoamento até ao mar.
Os planos de bacia hidrográfica constituem instrumentos de
gestão equilibrada, planificação, valorização e proteção das
bacias hidrográficas em Portugal. Podem ser utilizados com
uma forma de prevenir os problemas anteriormente referidos.
Atualmente, estão definidos:
•Quatro planos de bacias hidrográficas internacionais
•Minho, Douro, Tejo e Guadiana
•Onze planos de bacias hidrográficas nacionais
•Ave, Cavado, Leça, Lima,
•Lis, Mira, Mondego, Ribeiras do Algarve,
•Ribeiras do Oeste, Sado e Vouga.
Os planos de bacia hidrográfica permitem
avaliar ou até intervir em alguns aspetos:
• Captações de água e rejeições de águas residuais;
• Armazenamento de água em albufeiras e transferências de água dentro de
uma mesma bacia hidrográfica ou entre bacia hidrográficas;
• Intervenções na rede hidrográfica e na ocupação do solo das bacias
hidrográficas;
• Análise da ocorrência de fenómenos extremos, designadamente cheias e
secas;
• Distribuição dos recursos hídricos e avaliação da qualidade da água;
• Conservação da natureza e dos recursos naturais, incluindo os valores
patrimoniais naturais e construídos e os valores paisagísticos relevantes.
• O litoral constitui um sistema que se encontra em equilíbrio. No entanto, o homem usa e
abusa do território onde existem cursos de água e devido a isso os danos materiais e
financeiros causados por cheias e outros fenómenos relacionados são cada vez mais
maiores.
• Concluímos assim, que as bacias hidrográficas têm bastante importância, pois a água é
um recurso natural essencial para todas as espécies do planeta. O conhecimento do seu
comportamento proporciona projetos para evitar acidentes como, por exemplo, as
inundações, além de maximizar o aproveitamento desse recurso (água) para o
abastecimento de cidades, agropecuária, atividade industrial, construção de usinas
hidrelétricas, entre outros.
Esperamos que tenham gostado do nosso trabalho e sobretudo expandido
conhecimentos .
Bibliografia
• http://www.colegiovascodagama.pt/ciencias3c/onze/geologia1.1.html
• http://10-1-modulosrecorrente.blogspot.pt/2009/03/bacias-hidrograficas_20.html
• http://10-1-modulosrecorrente.blogspot.pt/2009/03/bacias-hidrograficas.html
• file:///C:/Users/Margarida/Downloads/geo_bacias%20(3).pdf
• http://supercraniosdageologia.blogspot.pt/2008/02/extraco-de-inertes.html
• http://abcbiogeo11.blogspot.pt/2010/03/cheias.html
• http://www.prof2000.pt/users/elisabethm/geo8/rio3.htm
• http://slideplayer.com.br/slide/7309896/
• http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/bacia-hidrografica.htm
• Livro geologia 11 ano (Arial editores)
Ano letivo: 2016/2017

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Rios, Bacias Hidrográficas e Ordenamento do Território

  • 1. Cap 1: “Ocupação Antrópica e Problemas de Ordenamento “
  • 2. • É junto ao leito dos rios, que o homem desde os tempos mais remotos, teve a necessidade de construir o seu próprio património. • A água que fornecem (uso doméstico, comercial e industrial), a fonte de alimento quer ao nível de peixe, quer ao nível de solos férteis por deposição de sedimentos nas margens e pelo facto de serem vias de comunicação, fez com que o homem se fixasse nos seus leitos. Viver junto a estes acarreta, no entanto, riscos, que podem levar a uma grande destruição ou até à morte. • Focaremos, deste modo, aspetos relacionados com a morfologia dos rios, construção de barragens, cheias entre outros temas, que esperamos ver esclarecidos.
  • 3. • A água, é provavelmente o agente natural que mais modificação provoca na paisagem, sendo deste modo, um importante agente modelador do relevo terrestre. • Muitos aspetos desde o perfil das montanhas e dos vales , as diferentes formas das rochas até à vasta extensão de planícies deve-se essencialmente a ação da água. • Quando as zonas emersas dos continentes recebem a água proveniente da atmosfera por precipitação (chuva, granizo ou neve) parte desta água infiltra-se no solo e outra parte quando em excesso começa a correr à superfície, sendo que parte dessa água de escorrência constitui os rios.
  • 4. • Os rios são então, cursos de água superficiais que podem desaguar num outro rio, num lago ou mar, constituem uma grande parte da hidrosfera e são sistemas abertos. • O estudo geológico de um rio, implica, para além da composição e tipo de carga sedimentar, a elaboração de perfis topográficos. Estes podem ser longitudinais, quando traçados ao longo do percurso do rio, ou transversais, quando são traçados transversalmente ao percurso do rio. A partir dos perfis poderá obter-se informações sobre a história geomorfológica, a dinâmica e as influências climáticas num determinado local de um rio.
  • 5. Leito Normal/ Leito Ordinário ou Aparente • Terreno por onde correm as águas em situações climáticas normais. • O leito de um rio pode ser rochoso, ou constituído por areias e cascalhos ou por acumulação de lodos. Quando os rios são suficientemente largos podem formar-se ilhas que podem ser cultiváveis (chamados mouchões). A faixa de terreno contíguo ao leito ou sobranceiro à linha que limita o leito das águas designa-se margem. Leito de cheia, Maior ou de Inundação • Quando a pluviosidade é muito abundante, o fluxo de um rio pode aumentar e subir vários metros, com consequente inundação das margens. A parte da margem suscetível de sofrer inundações designa-se por leito de cheia, que se irá manter enquanto o fluxo de água for elevado.
  • 6. Leito de Estiagem ou Menor • Quando a quantidade de água diminui , em consequência de uma seca prolongada , ocorrerá a formação de um Leito de Estiagem. Notas: • Os perfis permitem também calcular a largura dos leitos, elevação das margens, variações na altitude dos leitos em relação ao nível do mar. • A largura, a profundidade e altitude de um rio sofrem em geral grandes modificações desde a nascente até à foz.
  • 7.
  • 8. Rede hidrográfica • Geralmente um rio não constitui uma estrutura isolada, mas um sistema aberto e complexo que estabelece uma rede mais ou menos estruturada e hierarquizada com outros cursos de água. • Uma rede hidrográfica é formada pelo rio principal e pelos rios, ribeiros e riachos tributários (afluentes e subafluentes).
  • 9. • •Uma bacia hidrográfica é uma área definida topograficamente, drenada por um curso de água (ex. Um rio) ou por um sistema interligado de cursos de água (rios, afluentes e subafluentes). • Geralmente estes cursos de água possuem o mesmo sentido de drenagem e uma única saída. A existência de acidentes continentais, tais como montanhas serras permite separar bacias hidrográficas contíguas. • • Armazenamento de água no sistema • Escoamento superficial • Unidade de planejamento • Uso e ocupação do solo
  • 10.
  • 11. A atividade geológica desde a Nascente até à Foz compreende 3 processos • Desgaste físico das rochas do leito com extração progressiva dos materiais por ação da pressão da água em movimento. Deste modo, a forma e a localização dos vales e sulcos nos quais a água de um rio circula vão se modificando ao longo dos tempos e consequentemente há o aprofundamento e alargamento destes. • Durante o transporte, a corrente de água carrega os detritos rochosos erodidos, isto é, a sua carga. Esta carga é constituída por: •materiais dissolvidos, •materiais em suspensão e •materiais que se deslocam por tração sobre o fundo.
  • 12. • As partículas dissolvidas e em suspensão deslocam-se à velocidade da água . A tração resulta do arrastamento , do rolamento e da saltação de materiais sobre o fundo. A velocidade das partículas é inferior à da água. • Quando a capacidade de transporte de um rio diminui, os materiais tendem a depositar-se, provisória ou definitivamente, em determinados locais, como, por exemplo, nos terraços fluviais, estuários ou deltas.
  • 13. Variação da dimensão e morfologia dos sedimentos sólidos em função do grau de transporte Nota: Os processos de erosão, transporte e deposição ocorrem , com maior ou menor incidência, em repetidos ciclo, geralmente associados à variação de fatores climatéricos, nomeadamente pluviosidade, oscilações do nível do mar que condiciona fortemente os perfis dos rios.
  • 14. • . As cheias são fenómenos naturais extremos e temporários, provocados por precipitações moderadas e permanentes ou por precipitações repentinas e de elevada intensidade. • Este excesso de precipitação faz aumentar o caudal dos cursos de água, originando o extravase do leito normal e a inundação das margens e áreas circunvizinhas. Nalgumas partes do globo, as cheias podem dever-se também ao derretimento de calotes de gelo. Podem ainda ser causadas pela rotura de barragens, associadas ou não a fenómenos meteorológicos adversos. As cheias induzidas por estes acidentes são geralmente de propagação muito rápida.
  • 15. Quando as cheias assumem grandes dimensões, podem provocar muitos prejuízos, nomeadamente: • O isolamento, a evacuação e o desalojamento de populações; • A destruição de propriedades e explorações agrícolas; • A submersão e/ou os danos em vias de comunicação; • A interrupção no fornecimento de eletricidade, água, gás e telefone; • As alterações no meio ambiente.
  • 16. A prevenção de danos materiais e humanos causados pelas cheias pode ser conseguida através de medidas estruturais e não estruturais: • Estruturais como a adoção de sistemas de retificação dos cursos de água ,como: • •Construção de barragens; • •Canais de escoamento. • • Não estruturais como: • •Ordenamento da construção em leitos de cheia e da sua ocupação por outras atividades humanas; • •Preservação de solos; • •Informação das populações.
  • 17. • Barragens: Construções transversais a um curso de água, ficando, esta represada, criando uma albufeira. • Uma grande quantidade dos sedimentos que se deposita no litoral é de origem fluvial. As barragens servem de barreiras artificiais ao trânsito de sedimentos, com a consequente acumulação destes a montante e a diminuição da sedimentação a jusante. • A jusante é o lado para onde se dirige a corrente de água e montante é a parte onde nasce o rio.
  • 18. Vantagens • •Regular o caudal dos rios; • •Reter a água na albufeira, o que evita cheias a jusante • •Utilizar a água na produção de energia hidroelétrica, no abastecimento das populações, nas atividades de recreio ou irrigação de terrenos agrícolas. Desvantagens • Acarretam custos elevados • As terras situadas a jusante perdem a capacidade de regadio • A erosão aumenta a jusante • As praias deixam de ser alimentadas por sedimentos • Reduzem a quantidade de nutrientes chegados ao mar, prejudicando comunidades piscícolas • Detioração da qualidade da água a jusante
  • 19. • Consiste no desassoreamento dos fundos dos rios, e também da faixa costeira do qual resulta a retirada de materiais tais como areia, areão e cascalho. • A extração de inertes de um rio pode constituir um negócio fácil e muito rentável, os sedimentos que se depositam no leito e nas margens de um rio constituem uma importante matéria prima que está na base da construção civil, em particular a areia. No entanto, esta atividade, se não for rigorosamente regularizada e fiscalizada, pode ser geradora de sérios prejuízos.
  • 20. Prejuízos que pode gerar:• - Alterações nas correntes e no equilíbrio do rio; • - Redução na quantidade de sedimentos que chegam á foz de um rio; • - Alteração da estabilidade das fundações de obras de engenharia (pontes, marinas, ancoradouros, etc.); • - Redução da fertilidade de algumas espécies de peixes nos estuários fluviais; • - Modificações irreversíveis a nível dos ecossistemas; • - Por vezes, esta extração pode ter consequências graves, em especial a perda de vidas humanas.
  • 21. • A extração de inertes pode mesmo conduzir à perda de vidas humanas. • Por exemplo em Castelo de Paiva, a queda da ponte Hintze-Ribeiro conduziu a perda de vidas humanas. Os peritos encarregues de estudar as causas da queda da ponte admitiram que o que levou ao rebaixamento do leito do rio Douro foi a extração de inertes e a erosão fluvial associada á sucessão de cheias ocorridas na região nesse ano. • • Apesar destas desvantagens a extração de inertes tem a vantagem de permitir a drenagem do rio e o escoamento até ao mar.
  • 22. Os planos de bacia hidrográfica constituem instrumentos de gestão equilibrada, planificação, valorização e proteção das bacias hidrográficas em Portugal. Podem ser utilizados com uma forma de prevenir os problemas anteriormente referidos. Atualmente, estão definidos: •Quatro planos de bacias hidrográficas internacionais •Minho, Douro, Tejo e Guadiana •Onze planos de bacias hidrográficas nacionais •Ave, Cavado, Leça, Lima, •Lis, Mira, Mondego, Ribeiras do Algarve, •Ribeiras do Oeste, Sado e Vouga.
  • 23. Os planos de bacia hidrográfica permitem avaliar ou até intervir em alguns aspetos: • Captações de água e rejeições de águas residuais; • Armazenamento de água em albufeiras e transferências de água dentro de uma mesma bacia hidrográfica ou entre bacia hidrográficas; • Intervenções na rede hidrográfica e na ocupação do solo das bacias hidrográficas; • Análise da ocorrência de fenómenos extremos, designadamente cheias e secas; • Distribuição dos recursos hídricos e avaliação da qualidade da água; • Conservação da natureza e dos recursos naturais, incluindo os valores patrimoniais naturais e construídos e os valores paisagísticos relevantes.
  • 24. • O litoral constitui um sistema que se encontra em equilíbrio. No entanto, o homem usa e abusa do território onde existem cursos de água e devido a isso os danos materiais e financeiros causados por cheias e outros fenómenos relacionados são cada vez mais maiores. • Concluímos assim, que as bacias hidrográficas têm bastante importância, pois a água é um recurso natural essencial para todas as espécies do planeta. O conhecimento do seu comportamento proporciona projetos para evitar acidentes como, por exemplo, as inundações, além de maximizar o aproveitamento desse recurso (água) para o abastecimento de cidades, agropecuária, atividade industrial, construção de usinas hidrelétricas, entre outros. Esperamos que tenham gostado do nosso trabalho e sobretudo expandido conhecimentos .
  • 25. Bibliografia • http://www.colegiovascodagama.pt/ciencias3c/onze/geologia1.1.html • http://10-1-modulosrecorrente.blogspot.pt/2009/03/bacias-hidrograficas_20.html • http://10-1-modulosrecorrente.blogspot.pt/2009/03/bacias-hidrograficas.html • file:///C:/Users/Margarida/Downloads/geo_bacias%20(3).pdf • http://supercraniosdageologia.blogspot.pt/2008/02/extraco-de-inertes.html • http://abcbiogeo11.blogspot.pt/2010/03/cheias.html • http://www.prof2000.pt/users/elisabethm/geo8/rio3.htm • http://slideplayer.com.br/slide/7309896/ • http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/bacia-hidrografica.htm • Livro geologia 11 ano (Arial editores)