Mulheres Africanas: cinco líderes que marcaram a história do continente
1. OPINIÃO
SALVADOR SEGUNDA-FEIRA 26/5/2014A2
opiniao@grupoatarde.com.br
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Cartas: Redação de A TARDE/Opinião - R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900
ESPAÇO DO LEITOR
Comentários inteligentes
Os comentários inteligentes e abalizados do
competente jornalista Samuel Celestino, es-
tão nos passando uma imagem da política
baiana e brasileira das mais claras e, por isso,
nos colocando a par do que acontece nos
bastidores. Seria de bom alvitre que todos os
leitores de A TARDE dispensassem um pouco
do seu tempo para ler, com atenção, com
cuidado, todos os comentários desse "mons-
tro" do jornalismo baiano. Com esse com-
portamento, todos os que tenham esse cui-
dado poderão se compenetrar e anunciar aos
quatro cantos que está por dentro dos mean-
dros políticos, não só da Bahia mas, também
do Brasil. Parabéns à A TARDE por manter em
suas fileiras jornalista da estirpe de Samuel
Celestino. ROQUE OLIVEIRA, SALVDOR - BA, RO-
QUE76OLIVEIRA@GMAIL.COM
Vagas dos tribunais 1
Ao se reunir com um grupo de deputados, o
governador Jaques Wagner demonstra à so-
ciedade como são negociadas as vagas para
conselheirosdostribunaisdeconta.Ficaclaro
que o critério técnico é deixado para trás,
importando apenas a que partido político o
escolhido pertence. É de se lamentar esse tipo
de escolha, porém temos que convir, que os
'ungidos' para ocupar tais cargos de extrema
importâncianaesferapúblicaadministrativa,
sótêmumcompromisso:aprovarascontasde
seuscorreligionários.Atémesmoumparceiro
dodoleiroAlbertoYoussef,presoadoismeses,
esta para receber a "bênção" de Wagner e
ocupar um cargo no TCM. RUFINO ARGOLO,
RALF_8872@HOTMAIL.COM
Vagas dos tribunais 2
Uma verdadeira imoralidade esta disputa por
uma vaga no TCM E TCE. Parecem hienas em
cima da carniça, verdadeiros abutres .Fico
indignado com estas atitudes destes políticos
que sempre se locupletaram com o poder,
tornam-se incansáveis quando o tema é en-
cher o bolso. E o governador, patrocinando
esta indecência convoca reunião na Assem-
bleia Legislativa para pedir apoio ao seu pre-
ferido. Lamentável. E o povo mais uma vez
assiste a esta peça aplaudindo e se confor-
mando.. Como diz Roberto Carlos: “e que tudo
mais vá pro inferno”. SILVIO ROBERTO ISME-
RIM SILVA, ISMERIMSILVIO@GMAIL.COM
Equívoco
AsenadoraKátiaAbreucometeuumequívoco
ao referir-se à clássica frase de Arquimedes -
"Dê-me um ponto de apoio e moverei o mun-
do"comosendodeAristóteles,emsuamatéria
publicada no Jornal A TARDE, caderno de Eco-
nomia, B6, no dia 24/05/2014, sob o título "A
Alavanca de Aristóteles". JOSÉ FERNANDES PE-
REIRAFILHO,SALVADOR-BA,JFERNANDES9961@
GMAIL.COM
Indiferença, desrespeito e omissão
Porque será que a prefeitura, em bairros ditos
periféricos, inicia um trabalho, criando a ex-
pectativa que tudo vai a melhorar e logo a
seguir os moradores chateados têm de se hu-
milhar, apelando até mesmo para força di-
vina, única maneira da obra ser dignamente
realizada? A Mandchúria, no trecho que liga
a Caixa D'água ao Queimadinho, é um exem-
plo do descaso municipal, uma vez que nin-
guémsabemaisoqueéasfaltoouburaco,pois
há muito tempo ambos se confundem, in-
fernizando a vida dos moradores, sem que
providências sejam tomadas. Outro exemplo
de indiferença, desrespeito e omissão para
com população soteropolitana, é o que se ve-
rifica na rua Freitas Henrique de Cima, trans-
versal a rua Saldanha Marinho, onde os bu-
racos crescem e se multiplicam, e que apesar
da chiadeira dos moradores nada foi feito.
NILSON NUNES, SALVADOR - BA, ROQUE-
NIL@HOTMAIL.COM
Buracos
Governador Wagner, é preciso que urgente-
mente providencie o conserto das rodovias
BAs 522 e 523, que ligam a BR 324 aos mu-
nicípios de Candeias e Madre de Deus. Prin-
cipalmente no trecho da empresa TEMAT,
além de crateras, há lama e água cobrindo os
buracos. Já presenciei muitos acidentes e car-
ros com pneus estourados ou quebrados por
conta desse descaso das autoridades. Não é
justo que se pague tão caro pelo IPVA e tantos
outros impostos na compra de um veículo e
se receba uma estrada nessas condições. SIN-
VAL BRITO, SINVALBRR@HOTMAIL.COM
Resposta da Transalvador
Em resposta ao comentário do leitor Mari-
naldo Mira, publicado no jornal A TARDE de
sábado (24), a Transalvador informa que a
mudançaviáriaemquestãofoiimplantadano
momento da abertura ao tráfego da via ex-
clusiva da Avenida Vasco da Gama, em março
de 2013 – e não recentemente. O bloqueio do
acesso embaixo do viaduto, utilizado pelos
condutores que saíam do Ogunjá para o Rio
Vermelho, fazia parte do projeto do novo tre-
cho da Vasco da Gama, concebido e iniciado
na gestão passada. A faixa exclusiva para ôni-
bus impossibilitava o uso desse retorno em
condições seguras. A Transalvador, por sua
vez, desenvolve estudos técnicos para avaliar
a possibilidade de criar outro acesso para os
veículos,tornandomaisfluidaacirculaçãode
automóveis naquela região. BERNARDO AL-
MEIDA, TRANSALVADOR, ASCOMTRANSALVA-
DOR@GMAIL.COM
Jaime Sodré
Professor universitário, mestre em História da
Arte, doutorando em História Social
sodre@atarde.com.br
A
África clama por um novo olhar.
Mulheres Africanas – A Rede In-
visível é um filme de Carlos Nas-
cimbeni que aborda cinco mulheres mar-
cantes na história deste continente:
Luiza Diogo ressalta a presença femi-
nina na definição da agenda nacional;
Graça Machel, ex-ministra da Educação
de Moçambique, destaca que a presença
feminina já atingiu uma massa crítica,
faltando visibilidade; Sara Masasi conta
como saiu da invisibilidade na Tanzânia
muçulmana como empresária de suces-
so; Leymam Gbowee, Prêmio Nobel,
atuante pela paz na guerra civil da Li-
béria; Nadine Gordimer, escritora, ven-
cedora do Nobel, argumenta da impos-
sibilidade de falar de uma cultura afri-
cana única.
Luiza Diogo, primeira-ministra entre
2004 e 2010, diz que a mulher luta prin-
cipalmente pela se-
gurança alimentar; o
trabalho da mulher
africana na zona ru-
ral é extremamente
duro, “imagine uma
mulher de vários
braços”, comenta. Pa-
ra Luiza, a mulher es-
tá a construir uma
agenda do desenvol-
vimento do país, por
isso investir nas mu-
lheres é importante.
Graça Machel, mi-
nistra da Educação e
Cultura entre 1975 e
1989 em Moçambi-
que, chama a atenção para as transfor-
mações que as mulheres africanas têm
revelado: “Já há uma massa crítica no
ambiente das mulheres africanas, em
particular as jovens, altamente qualifi-
cadas, que exercem funções de grande
responsabilidade, mas não tem havido
um sistema que lhes permita ter visi-
bilidade”.
Sara Masasi, da Tanzânia, é líder em-
presarial e diz: “Quando se tem um ne-
gócio, você precisa pensar, porque você
não quer perder”; deve-se desfilar na ave-
nida do sucesso, a que não se chega sem
planejar. “Adoro trabalhar, os desafios
me tornaram a pessoa que sou” – era a
única africana a frequentar uma escola
europeia. Atua no mercado de placas pa-
ra automóveis.
Carmeliza Rosário é antropóloga de
Moçambique e assim se manifesta: “Não
creio que a humanidade tenha se de-
senvolvido sem a existência da mulher...
são elas que ficam grávidas, geram os
filhos”, mas chama a atenção de que to-
dos são importantes de alguma maneira.
Alega que é preciso ter respeito pela Áfri-
ca, afinal “somos o berço da humani-
dade”.
Nadine Gordimer, da África do Sul,
branca, com Prêmio Nobel de Literatura,
ressalta que o continente africano é enor-
me, sendo impossível falar a respeito de
uma cultura unificada, porém as mu-
lheres desempenharam um papel sub-
jetivo. Até os dias de hoje há problemas
de lidar com pessoas que vendem suas
filhas de 14 ou 15 anos para homens mais
velhos. A mulher negra tem que lutar
contra isso, conclama.
Para Graça Machel, nos últimos dez
anos o continente africano fez progresso
quanto ao acesso das “raparigas” à edu-
cação, muitas no primário, mas o desafio
é a passagem do primário para o se-
cundário, e ainda maior deste para o
“terciário”. Lembra que existe uma grave
evasão da terceira para a quarta, quando
a comunidade acredita que a menina es-
tá pronta para casar. Ela afirma que as
tradições não são estáticas e acredita em
mudanças.
Leymam Gbowee é
uma personagem ca-
rismática, nascida na
Libéria, Prêmio No-
bel da Paz. A guerra
civil na Libéria ma-
tou cerca de 200 mil
pessoas, foram co-
metidas atrocidades
por soldados de am-
bos os lados, milha-
res fugiram e
Gbowee viveu em
campos de refugia-
dos em Gana. De
1909 a 2003 foram os
anos mais cruéis,
grupos inteiros foram dizimados, mu-
lheres estupradas e alguns soldados di-
ziam que suas genitálias eram boas de-
mais para violentar as mulheres, por isso
usavam facões na genitália feminina.
Quando vieram as conversações de
paz, elas tiveram grande esperança, mas
as discussões giravam em torno de quem
iria controlar as minas de diamantes. Em
revolta Gbowee e suas amigas bloquea-
ram a saída do prédio, o segurança quis
prendê-la, mas ela ameaçou tirar a roupa
e disse: “A minha nudez será em protesto
contra a miséria”. Duas semanas depois
o acordo de paz foi assinado.
Luiza Diogo afirmou que “o substrato
do funcionamento deste continente está
nas mãos das mulheres, é aquele ditado
que diz: a mulher sustenta metade do
céu... mas se um dia ela largar, tudo rui”.
Que continuem a sustentar!
Mulheres Africanas
– A Rede Invisível
é um filme de
Carlos Nascimbeni,
que aborda
cinco mulheres
marcantes
na história
deste continente
Santiago só na quarta-feira
A Air Europa, que opera os voos diretos entre
Salvador e Santiago, no Chile, às segundas e
sextas-feiras, está deixando alguns operado-
res de viagens de cabelo em pé.
Prepostosdacompanhiaaéreainformaram
que a partir de julho o voo só acontecerá uma
vez por semana, às quartas-feiras, quando se
esperava a ampliação da frequência semanal
para três vezes.
É um balde de água fria para quem já fez
bloqueios em hotéis no Chile com pacotes
baseados nas três datas.
O secretário de Turismo, Pedro Galvão, diz
que ainda não foi informado da decisão e
promete não aceitar quieto a mudança:
–Oestadocumpriutudooquefoiacordado,
no sentido de promover o Chile como destino,
gastamosodinheirodedivulgaçãodoSãoJoão
lá etc. Eu não estou sabendo de nada, mas se
isso acontecer mesmo, nós vamos em cima
deles.
CADEIRAS VAZIAS – O que se comenta no
mercado é que a decisão estaria ligada a uma
demanda abaixo do que era esperado pela Air
Europa, o que não faz muito sentido. Nos
primeiros voos, a informação era de uma
ocupação média de 62%, que chegou a picos
de 95% nos primeiros dias. Além do mais, a
rota começou a ser operada em 17 de abril.
Desistir em pouco mais de um mês não seria
precipitação?
AVIAÇÃO REGIONAL – O ex-secretário Do-
mingos Leonelli está feliz da vida com a ex-
pansão da aviação regional no estado. Em
encontrorecentecomexecutivosdaAzul,sou-
be que a companhia vai implantar três voos
que foram negociados por ele: Valença-Cam-
pinas, Salvador-Paulo Afonso e Salvador-Len-
çóis. Ainda sob o comando dele, a Secretaria
de Turismo travou uma verdadeira batalha
com a Fazenda pela redução do ICMS que
incidia no querosene de aviação.
Cada um com seus problemas
O governador Jaques Wagner tirou de si qual-
quer responsabilidade pelo eventual cance-
lamento da Fan Fest da Copa do Mundo em
Salvador,bemcomodocarnavalforadeépoca
planejado pela prefeitura:
– Isso é com o prefeito, não é comigo –
avisa.
Ele faz questão de lembrar que o estado já
cumpriu com aquilo que prometeu em re-
lação ao mundial:
– O estado já fez muito. Existem respon-
sabilidades do estado que a gente já cumpriu.
Outras responsabilidades são mais direta-
mente vinculadas à prefeitura. Eu não sei se
ele (o prefeito ACM Neto) está com dificul-
dades orçamentárias ou o que é. Ele na ver-
dade tinha dito antes que iria fazer um car-
naval, etc. – lembrou.
Parece que, desta vez, Salvador não terá
nenhuma mãozinha do governo.
NA ARQUIBANCADA – Está praticamente cer-
ta a vinda da presidente Dilma Rousseff a
Salvador no próximo dia 16 para o jogo entre
a Alemanha e Portugal, na Arena Fonte Nova,
diz o governador Jaques Wagner.
Vem para fazer companhia à chanceler da
Alemanha, Angela Merkel, que deverá estar
em Salvador nesse dia. Além disso, a pre-
sidente é esperada para a cerimônia de inau-
guração do metrô.
Diálogo retomado
O governo está bem próximo de fechar um
outro acordo envolvendo uma área de in-
teressepúblico,destavezcomaFederaçãodas
Indústrias do Estado da Bahia.
Asoluçãonegociadapassapeladefiniçãode
uma área a ser entregue à Fieb, em troca do
terreno que foi desapropriado do Senai Den-
dezeiros para ser doado às Obras Sociais de
Irmã Dulce.
Houve uma primeira oferta, de um terreno
ao lado do Hospital da Criança, em Feira de
Santana, para a construção de uma nova uni-
dadedoSesi,masláaFederaçãotemáreamais
do que suficiente para o projeto.
– Nós vamos chegar a um acordo em torno
de uma outra área. O mais importante é que
existe um diálogo para resolver um problema
que não precisava ter existido – diz o pre-
sidente da Fieb, Carlos Gilberto Farias.
Uma vez por ano
AequipedereportagemdeATARDEpenouna
última semana para encontrar o prefeito de
Sítio do Quinto, Cleigivaldo Carvalho Santa
Rosa, um dos acusados de participar de um
esquema de desvio de recursos do Fundeb.
Lá na cidade, souberam que a dificuldade
para achar o homem é coisa antiga
Há quem diga que a figura, que sempre foi
difícil de ser vista por lá, só costuma dar as
caras, com certeza, na Festa da Alvorada, em
homenagem a Santo Antônio, o padroeiro da
cidade.
Donaldson Gomes
Jornalista
dogomes@grupoatarde.com.br
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Editor
Jary Cardoso
atarde.uol.com.br/politica/noticias/
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