2. GRÉCIA ANTIGA (2200 a.C – 27 a.C)
▪ Base da “cultura ocidental”
▪ Localização: Península Balcânica...Península Itálica (mais tarde)
- Litoral recortado, montanhas e ilhas (Grécia peninsular e insular)
- Colinas, planícies, solos pobres com escassez de água
▪ Mares Mediterrâneo, Egeu. (diferencial) Agricultura?
- Povoamento da região (povos indo-europeus)
- aqueus, jônios, eólios e dórios
- A “Hélade”
Períodos:
• Pré-Homérico > XX a.C
• Homérico > XII – IX a.C
• Arcaico > IX – VI a.C
• Clássico > VI – IV a.C
4. Civilização minoica ou cretense
▪ Por volta de 2200 a.C, na Ilha de Creta surge uma civilização
▪ Conjunto de Estados teocráticos
- Administração centrada nos Palácios de Creta (Ex: Cnossos)
- Escrita Linear A
- Arte e arquitetura complexas e refinadas
- Comércio marítimo (Creta como intermediária entre Egito e
Mediterrâneo) “TALASSOCRACIA”
▪ Ocupação micênica por volta de XVI a.C (aqueus) depois jônios
e eólios...
- Introdução do carro e do cavalo (Típico de sociedades
guerreiras orientais)
5. Arte Micênica (“aqueus”)
(fig. 3) Máscara
funerária, que é, por
vezes, atribuída a
Agamémnon, 1500
a.C., 26 cm de altura,
Museu Arqueológico
Nacional de Atenas.
6. CIVILIZAÇÃO MICÊNICA
▪ No Peloponeso - fusão de elementos culturais locais com os aqueus
▪ Organização política – palácios (ex: Micenas)
▪ Por 2 séculos (civilizações micênica e cretense)
▪ XV a.C – Avanço dos micênicos – invasão de Creta (1450 a.C)
- Destruição da cultura material cretense (grande parte)
▪ Sem unidade política – Governos independentes voltados para guerra!
▪ “A Ilíada e a Odisseia” de Homero (ou não?).
▪ Domínio micênico até o século XII a.C
▪ Invasão dos Dórios (Peloponeso, Creta e outras ilhas)
▪ 1ª Diáspora grega – Aqueus e Jônios e Eólios
▪ Grécia continental e Creta > Ilhas do Egeu e Ásia Menor
7. COMUNIDADE GENTÍLICA
Genos: pequenas unidades agrícolas (Os gene)
- Oikos: Unidade social de produção
- Uso coletivo da terra, animais...
- Controle social e político do pater
A fratria: fusão de vários genos de uma mesma região
- Controle ainda dos pater associados
Tribos: união de fratrias
- Controle de representantes dos pater das fratrias
Demos: união das tribos > povo ou povoado
- Governo do basileu
8. AS POLEIS – Pólis grega.
Desenvolvimento da Aristocracia
- Genos – melhores terras, parentes
do pater...
- Piores e menores terras...
Crescimento populacional...
Novas ondas migratórias...
Continente – colonização do
Mediterrâneo
2ª diáspora grega
Cidade-estado
CIDADÃO – POLÍTICA
Ágora
Acrópole
Acrópole de Atenas. Fig. 4
10. ATENAS
Localizada na região da Ática
- Terreno acidentado, montanhoso...
Formação originada dos aqueus, jônios e eólios
Terras inférteis
- Frota mercante e comércio marítimo intenso
1ª fase – Oligarquias dominadas pelos eupátridas
- População livre: demiurgos (pequenos proprietários, camponeses e artesãos)
- Metecos: estrangeiros... Exerciam atividades comerciais (sem direitos políticos)
- Escravos: em grande número (prisioneiros ou por dívida)
Cariátides no Erecteion – Acrópole
de Atenas (fig.6)
11. Atenas e a “democracia”
As reformas de Sólon
Abolição da escravidão por dívida
“aumento do comércio de escravos”
Organização censitária da sociedade
- “cidadãos divididos em 4 faixas de renda”
Criação da Bulé (conselho)
- 400 membros das três faixas censitárias superiores
- Elaboração das propostas de leis votadas na Eclésia
(Assembleia)
Tirania – Governo do General Pisístrato
- As reformas não resolveram as crises sociais
- Governos tiranos, ilegítimos mas apoiados pela massa
12. A democracia ateniense
Em 509 a.C assume o aristocrata Clístenes
Implementa um reforma completa das leis que regiam a
politica em Atenas
Fim da divisão censitária / por localidade de residência
- 10 tribos – 160 divisões administrativas (os demos)
- Tribo = interior/cidade/litoral
Fim das diferenças baseadas na origem familiar
- Participação e decisão na Eclésia (sorteio de cidadãos)
Embora fosse assegurada a igualdade política entre
cidadãos, os cargos mais altos eram ocupados pelas
elites política e intelectual
Obs: participação direta x indireta x representação
CIDADÃOS
- Do mais rico
proprietário
- Do mais pobre
ferreiro
METECOS
- Estrangeiros, livres
MULHERES
ESCRAVOS
14. Esparta – Pólis militar
Localizada na fértil planície da Lacônia
Pólis aristocrática com base na agricultura
Principal atividade: a guerra
Sistema educacional rigoroso
Oligariquia – Diarquia
Gerúsia = conselho de 28 cidadãos (esparciatas)
- Anciãos com mais de 60 anos
- Política externa – Estado militarista
Ápela = Assembleia com cidadãos com mais de 30 anos
- A cada ano = escolha de 5 magistrados (éforos)
- Governo da cidade - “Guardiões das leis e tradição”
“Espelho invertido de Atenas” – Sociedade fechada e rígida
15. As guerras médicas
Conflito entre persas e gregos (boa parte do século V a.C)
Reinado persa de Dario I – Inicio da ofensiva persa
- Colônias gregas de Anatólia, resistiram aos persas
- 494 a.C Dario envia tropas a Grécia, mas sem sucesso
A vez do filho de Dario, Xerxes I...
- Guerra pelo domínio do mar Egeu
- Cidades gregas dominadas... Exceto Atenas e Esparta (aliadas na Liga de Delos)
- Batalha de Termópilas (vitória persa sobre os espartanos) 210 mil x 300
- Saque de Atenas em 480 a.C
- Ainda neste mesmo ano, os persas não sustentaram seu domínio
- Batalha de Salamina = Frota naval ateniense X esquadra persa
- 481 a.C a aliança das poleis gregas afasta os persas de vez
Rei Leônidas
Estátua em
Esparta- Grécia
(fig 7)
16. Século de ouro de Atenas (V a.C)
Maior beneficiada com a vitória sobre os persas
Poder econômico e hegemonia no mundo grego (Exceto Esparta e pólis aliadas)
Liga de Delos – um verdadeiro império
Governo de Péricles
- Reforço de alianças com regiões fornecedoras de cereais (Crimeia – Mar Negro) e a
Trácia (atual Turquia)
- Consolidação do poder ateniense e da democracia
- Impulsão do desenvolvimento da filosofia e das artes
- Esplendor da cultura grega por todo o período clássico (500 – 338 a.C)
17. Ascensão Espartana
Hegemonia ateniense ameaçada
Guerra do Peloponeso (431 – 404 a.C)
Liga do Peloponeso (Esparta, Corinto e Tebas) x Liga de Delos
Vitória espartana
- Altos custos de manutenção da Liga de Delos
- Desvios de recursos para Atenas
- Superioridade militar espartana
- Traição de diversos atenienses
- Peste em Atenas (aumento da população com refugiados)
- Atenas entrega a Esparta sua frota e vende aos persas suas colônias na Ásia
Menor
18. O mundo helenístico
Esparta se fortalece após a Guerra do Peloponeso
Outras cidades lideradas por Tebas reagiram a expansão espartana
Muitas batalhas e conflitos entre os gregos:
- Crise econômica
- Fuga das cidades
- Falta de alimentos – fome
- Vulnerabilidade aos exércitos de Felipe II da Macedônia
- 338 a.C – Invasão e conquista da Grécia pelos macedônios
O Império de Alexandre, o Grande!
- Discipulo de Aristóteles – sólida formação intelectual e militar
- Marcha com 40 mil soldados até o oriente, depois sobre a África
- O maior império já visto até então
- Rei tolerante e respeitado
- Estimulo as trocas culturais
- Alexandre morre com 33 anos em 323 a.C – Império dividido por seus generais
- Conquista dos romanos no século II A.c
20. Localização, povoamento e fundação de Roma
Península itálica
Primeiros a povoar – os italiotas (sabinos e latinos) – vilas na região do Lácio
Depois os etruscos – povo comerciante no noroeste da península
Os cartagineses ao sul e gregos ocuparam o sul e a Sicília
Fundação de Roma (XVIII a.C) – de vila a cidade!
Versão lendária – “Romulo e Remo”
A Eneida do poeta Virgílio
Monarquia com 7 reis lendários
Monarquia = até o século VI a.C
República = entre VI e I a.C
Império = até V d.C
21.
22. Monarquia romana (VIII – VI a.C)
Sociedade estamental
Patrícios = grandes proprietários rurais arrogados com descendência nobre em
comum
Plebeus = camponeses livres, artesãos, pequenos comerciantes, imigrantes (sem
os mesmos direitos que os patrícios
Primeiros reis latinos (2 assembleias)
Comícios curiais = guerreiros de até 45 anos (questões das famílias aristocráticas)
Senado = anciãos com função principal de escolher o rei
Reis etruscos = confrontos com a elite patrícia
Tarquínio, o antigo = introdução nas assembleias de comerciantes emergentes
SérvioTúlio = criou comícios centuriais integrando imigrantes excluídos da política
Tarquínio, o soberbo = expulso por um grupo da aristocracia
Tem início a República...
23. República romana (VI – I a.C)
Outra república! Democracia?
Assembleias (centúrias/tribos/concílios da plebe
Centúrias = votavam declarações de guerra ou acordos de paz e elegiam os magistrados
elevados
Tribos = cidadãos de acordo com a origem e local de residência, votos nos magistrados
inferiores
Concílio da plebe = votavam leis relativas a plebe (plebiscitos), eleição dos tribunos e edis
24.
25. Conflitos entre patrícios e plebeus
As reformas dos irmãos Graco (questão agrária)
Reivindicação plebeia em participar das magistraturas e do senado e
de realizar as próprias assembleias
Exigência do fim da escravidão por dividas
Acesso a terras conquistadas (dividir o butim)
Direito ao casamento legal com os patrícios
Dependência patrícia de soldados para os exércitos na expansão, os
legionários
Poder de negociação plebeia aumentado
26. Conquistas da plebe
494 a.C = eleição dos próprios magistrados, os tribunos da plebe (defesa dos direitos
no senado)
450 a.C = Lei das doze tabuas (1º código de leis romano = igualdade dos cidadãos
445 a.C = Lei Canuleia (direito de casamento entre plebeus e patrícios)
367 a.C = Lei Licínia Sextia (acesso plebeu a todas as magistraturas e ao Senado)
326. a.C = Lei Poetélia Papíria (fim da escravidão por dívidas)
287 a.C = Lei Hortênsia (os plebiscitos tem força de lei)
Formação de uma nova aristocracia = a nobilitas (plebeus e patrícios com grande
influencia politica e poder econômico/terra)
27. Expansão militar romana
Estrutura do exercito romano = sucesso da expansão
Pagamento dos soldos regularmente
Primeira corporações de oficiais profissionais da história (os centuriões)
Fundação de colônias romanas na península itálica, noVale do Pó, a defesa contra os
gauleses. Controle de Cápua ao sul eTerento que era uma cidade grega.
O domínio do mar = as Guerras Púnicas
Em 146 a.C, os romanos dominavam toda a Península Itálica, a Grécia, a Macedônia e a
própria Cartago
Em dois séculos = controle do Mediterrâneo , extensão romana até o Egito e Ásia Menor
28.
29. Os triunviratos e o início do Império
Senado fraco e sem autoridade diante do povo
Primeiro Triunvirato
Três líderes militares populares, Pompeu, Crasso e Júlio César, em 60 a.C., impuseram-se ao
Senado e formaram o Primeiro Triunvirato.
Crasso morreu em 53 a.C., e Júlio César, que tinha muito prestígio, vence Pompeu e torna-
se ditador de Roma.
Fez várias reformas: dividiu terras entre plebeus, transformou o Senado apenas em conselho
consultivo, construiu grandes obras e ofereceu trabalho aos desempregados.
O senado conspira e César é assassinado
Segundo Triunvirato
O cônsul Marco Antônio, o chefe da cavalaria Lépido e Otávio (sobrinho e herdeiro de César)
Os três começaram a disputar o poder. Por pressão de Otávio, Lépido foi destituído do poder.
Marco Antônio rompeu sua parceria com Otávio e se aliou a Cleópatra, rainha do Egito.
Otávio, apoiado pelo Senado, acusou Marco Antônio de querer se tornar rei do Egito e começou um
sério conflito.
Marco Antônio foi derrotado e suicidou-se. O Egito foi transformado em colônia romana.
Otávio se tornou o chefe supremo de Roma, e recebeu o título de Augusto (divino, consagrado).
Em 27 a.C., tornou-se o primeiro imperador romano
30. O poder do imperador
Império com instituições republicanas
Perda de função das assembleias
Magistraturas e Senado enfraquecidos
Contudo, decisão imperial devia ser legitimada pelo Senado
O exercito passou a ser uma força política
Imperador = comandante supremo, tribuno da plebe (veto de decisões do senado) e sumo
pontífice
Pão e circo – panem et circenses
A Pax Romana (27 a.C – 193 a.C)
Relativa paz interna, estabilidade das instituições, riqueza econômica e cultural
O século de Augusto
Consolidação da cultura greco-latina
Sincretismo religioso
A helenização de Roma
31. E o direito a cidadania romana
Privilégio cobiçado – O direito romano
Direito concedido a aliados do império nas províncias
Marco Aurélio = Édito de Caracala (extensão da cidadania a todos os habitantes livres
Escravidão
Uma propriedade, mas uma pessoa
Abastecimento = guerras e tráfico nas fronteiras do império
“menores abandonados pelos pais”
“venda de recém-nascidos a traficantes”
“adultos se vendiam para não morrer de fome”
Situação variável – “escravos educados que se tornavam funcionários do Estado”
A escravidão e o estoicismo
Contudo, a escravidão era uma condição inferior e sem cidadania plena
32.
33. Declínio do Império Romano
Anarquia militar, invasões e guerra civil (a partir do século III)
Exército representando os comandantes e não mais ao império
Motins militares e guerras civis
Fronteiras sem proteção do exército
Invasões de povos germânicos, os bárbaros
Aumento de impostos
Confisco de produtos e bens dos cidadãos livres e pobres agricultores
Inflação crescente
Doenças e fome
A reforma de Diocleciano
Divisão do império em 4 partes = tetrarquia (breve recuperação)
Briga pelos tetrarcas pelo poder imperial = ruinas no Império Romano
34. O cristianismo (Século I)
A filosofia cristã X situação social no império romano
A igreja como um estado paralelo
Édito de Milão (313) – Constantino dá liberdade de cultos, principalmente aos
cristãos
Teodósio em 380 transformou o cristianismo em religião oficial de Roma
Política de perseguição aos pagãos
Jogos olímpicos, espetáculos dos gladiadores e teatros proibidos por serem
“imorais”
Vantagens para as mulheres
35. Perda de unidade territorial
Depois deTeodósio, divisão do império em dois em 395
Império romano do Ocidente – capital em Milão (Ravena a partir de 402)
Império romano do Oriente – capital em Constantinopla
Nova onda de invasões “bárbaras”
Devastação das províncias romanas ocidentais
O rei ostrogodo Odoacro depôs Rômulo Augusto em 476 (Fim do império no Ocidente)
Fragmentação e transformações
Exploração do Estado sobre os cidadãos
Epidemia de peste (atingiu 40% da população de Constantinopla)
Imigração em massa
Declínio comercial e abandono das cidades
Império Bizantino = apogeu com Justiniano I enquanto o Ocidente romano ruía
O Código Justiniano (Corpus Juris Civillis Romani)
A Catedral de Santa Sofia