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                 POLO: Agudo, RS
    DISCIPLINA: Elaboração do Artigo Científico
PROFESSOR ORIENTADOR: Carlos Gustavo Hoelzel
                    15/12/2010




      TICs e Gênero Textual: Charge Animada
     ICTs and Genre Textual: Animated Charge




              POZZEBON, RAFAELA
Letras – UFSM – Universidade Federal de Santa Maria




          Agudo, 15 de dezembro de 2010.
2




RESUMO

Este artigo tem como objetivo apresentar o uso da Charge Animada em sala de aula. Para
isso, foram feitas investigações baseadas em estudos de especialistas, disponibilizados em
sites da internet, a partir de fontes consultadas em relação aos estudos sobre Gênero
Textual em sala de aula. A turma acompanhada está situada na Escola Municipal de Ensino
Fundamental Santos Dumont, localizada na cidade de Agudo, RS. A realização do artigo
abrange não só leituras e pesquisas, mas também uma atividade com os alunos
participantes, além de observações feitas pela autora. Os alunos, após serem apresentados
a diferentes Gêneros Textuais (incluindo a Charge), serão orientados a observar e
interpretar uma determinada Charge Animada, respondendo oralmente alguns
questionamentos. No decorrer das aulas e da entrevista, observo que os alunos que fazem
uso das Tecnologias de Informações e Comunicação (TIC) possuem mais aceitação e
compreensão das atividades propostas, deste modo a internet torna-se um meio
indispensável, contribuindo com grande êxito, amenizando as dificuldades de aprendizado.
O uso das TIC contribuem para a formação de um aluno mais participativo, investigativo,
interessado e autônomo no processo de ensino-aprendizagem. O foco principal deste artigo
consiste, a partir de tudo isso, em discutir a importância das TIC no desenvolvimento
intelectual dos alunos.


PALAVRAS-CHAVE: Charge Animada; Charge; Tecnologia de Informação; Ensino-
aprendizagem.


ABSTRACT

This article aims to present the use of animated cartoons in the classroom. To this it was
done investigation based on experts studies, available on web sites, through sources
consulted about Textual Genre studies in the classroom. The class works in the School Hall
Elementary School Santos Dumont, in the city of Agudo, RS. The performance of the article
comprehends not so reading and searches, but also activity with participate students,
besides the observation by the author. The students, after being presented with different text
genres (including the Charge) shall be instructed to observe and interpret a particular
Animated Charge answering some orally some questions. During the classes and the
interview I watch that students who make use of Information Technologies (ICT) have more
acceptance and understanding of the proposed activities, so the Internet becomes an
indispensable medium, contributing to great effect, easing the difficulties of learning. The
use of Information Technology contributes to the formation of a student more participatory,
investigative, independent and interested in the teaching-learning process. The focus of this
paper is to discuss the importance of ICT intellectual development of students.


KEY-WORD: Animated Charge; Charge; Information Technology; Teaching-learning.




INTRODUÇÃO

       Estamos na era da informatização, as Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC) estão presentes em nosso cotidiano. Na escola não poderia ser
3



diferente, pois estamos passando por um processo de transformação e é na escola
o lugar onde devemos conhecer e analisar estas mudanças. Uma escola que não
acompanha as mudanças ocorridas na sociedade, que não prepara, não transforma,
é uma escola sem sucesso e estagnada no tempo.

      O compromisso que a escola fornece à sociedade é de suma importância,
pois ela tem a responsabilidade de inserir às gerações mais jovens os
conhecimentos contidos e construídos no meio em que estamos inseridos. Nela são
depositadas expectativas relacionadas à efetiva inserção dos sujeitos na sociedade
em que vivemos. A sociedade está cada vez mais capacitada e assim exigindo mais
de   cada   indivíduo,   necessitando   de   profissionais   competentes,   críticos,
observadores, capazes     de   investigar, analisar, criar, propor   mudanças      e
aperfeiçoamento. Tendo em vista estas condições, o professor tem o dever de
promover aos seus alunos condições para que estes não se sintam excluídos da
aprendizagem e, principalmente, que estejam aptos em diversas situações.

      Os meios de comunicação como televisão, computador, celular, rádio vêm
influenciando o comportamento das crianças e adolescentes. Estas estão mais
observadoras, questionadoras, possuem um conhecimento diferenciado, o que as
faz promover questões mais elaboradas e detalhadas. No entanto, precisamos levar
em consideração que esta realidade não é favorável a todos os alunos, há aqueles
que têm seus primeiros contatos com os meios tecnológicos na escola. Para tanto, o
professor precisa estar bem preparado para atingir a todos os níveis de
conhecimento, deste modo contribuindo de forma adequada ao acesso dos meios
tecnológicos.

      Tendo em vista tais consideração, este artigo tem o objetivo de discutir o
ensino de língua portuguesa mediado pelo computador. Assim, apresentando aos
alunos uma das tantas possibilidades de Gênero Textual, no caso, a Charge
Animada. As TIC abrem uma janela enorme com variedade de fontes de pesquisa
para o ensino de Gênero Textual. Na era da informatização, o que antes havia
apenas em jornais e revistas, hoje encontramos em diferentes sites da Internet, de
forma variada e abundante.     Porém, a fim de termos um trabalho preciso e de
qualidade, iremos trabalhar com apenas um desses sites: www.chages.com.br.
Assim, a análise de uma determinada charge, escolhida criteriosamente, terá a
finalidade de observar como os alunos reagem ao interpretá-la, verificando se estes
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conseguem fazer alusão entre forma, conteúdo e acontecimentos. Desta forma, os
alunos terão a possibilidade de manusear o computador e acessar o link da Charge,
olhar, escutar e fazer suas interpretações.




1 CONSIDERAÇÕES SOBRE GÊNERO DO DISCURSO EM BAKHTIN

      Bakhtin/Volochinov, em Marxismo e Filosofia da Linguagem, do ano de 1929,
define gênero como a unidade orgânica formada entre as formas de comunicação
(ou seja, as relações entre os enunciadores em um determinado contexto), a forma
de enunciação (o estilo, tomado como um termo muito geral, como a enunciação se
procede) e o tema. Em 1953, ele realiza a sua mais famosa definição de gênero,
desta vez entendidos como a unidade formada pelos temas ou conteúdos
(ideologicamente conformados e possíveis de serem ditos por meio do gênero); uma
forma composicional (elementos das estruturas comunicativas e semióticas
presentes   nos    diferentes   textos   pertencentes   ao   gênero)   e   o   estilo.



      Sendo assim, todo texto, visto como enunciado, deve ser determinado,
conforme Marxismo e Filosofia da Linguagem, pela situação social mais imediata.
Valorizar a dimensão social é uma constante quando se fala de gênero na
perspectiva bakhtiniana. Essas relações sociais são estruturadas e determinadas
pelas formas de organização e distribuição dos diferentes papéis e lugares sociais
nas instituições e situações em que se produzem os discursos. É o que se designa
por esferas (ou campos) de comunicação (BAZERMAN 2005). Essas esferas são
divididas em dois grupos: as esferas do cotidiano e as dos sistemas ideológicos
constituídos. Cada uma dessas esferas exige lugares sociais diferenciados,
determinadas relações hierárquicas e interpessoais e a seleção de determinados
temas, visando a certas finalidades e intenções comunicativas, a partir de
apreciações valorativas sobre o tema e sobre a parceria.

      Essas importantes considerações não poderiam deixar de ser trazidas
inicialmente, pois, conforme Rodrigues (2004), Bakhtin (1990, 2000) tem sido um
dos autores mais citados, se não o mais, no conjunto de pesquisas sobre Gênero
Textual. Ele aparece insistentemente inclusive nos estudos feitos por ling uistas
brasileiros, a exemplo de Rojo (2005) e Kleiman (2006), que analisam a
5



problemática da variação terminológica e conceitual nas pesquisas que tomam os
trabalhos de Bakhtin como referência teórica.



2 GÊNEROS TEXTUAIS NA SALA DE AULA

      Para Marcuschi (2000), a ação docente sob a perspectiva dos gêneros do
discurso é uma questão de construção de paradigmas que se direcionam a uma
compreensão da linguagem como prática social. Buscar desconstruir a relação
dialógica bidirecional entre discurso e sociedade torna os diversos textos,
materializados nos diferentes gêneros, trazidos para sala de aula como um espaço
de interpretação, compreensão e descrição dos efeitos da linguagem em nosso
espaço de relações sociais, uma possibilidade de construção identitária e
representação da realidade.

      Kleiman (1989) fala que devemos focalizar na compreensão no ensino-
aprendizagem    de   leitura,   a   relação    imbricada     entre   ação     linguística   e
situacionalidade, isto é, a relação dos gêneros com suas condições sociais de
produção e sua esfera social de construção e funcionalidade. Compreendemos que
os gêneros discursivos são ferramentas muito importantes no ensino de língua
portuguesa e que se faz totalmente necessário sua utilização dentro da sala de aula,
porém o educador precisa ter cuidados ao trabalhar cada gênero, não mostrando
apenas suas particularidades mais simples, mas colocando o gênero como uma
ferramenta indissociável à sociedade, como ele se apresenta e como é concebido
por todos.

      Koch (1990) traz uma importante contribuição quando afirma que, mostrar os
gêneros discursivos apenas como objeto para estudo é negar a real importância de
cada gênero na vida do aluno, entretanto é imprescindível levar ao educando a
possibilidade de conhecer a fundo as reais características de cada gênero, para que
os alunos possam entender como são constituídos e, para tanto, interpretá-los.

      De acordo com Lopes-Rossi:

                     Cabe ao professor criar condições para que os alunos possam apropriar -se
                     de características discursivas e linguísticas de gêneros diversos em
                     condições reais, através de projetos pedagógicos que visem ao
6



                     conhecimento, à leitura, à discussão sobre o uso e as funções sociais dos
                     gêneros escolhidos e, quando pertinente, à sua produção escrita e
                     circulação social (LOPES-ROSSI 2002).

      Compreender gêneros é, portanto, uma prática de leitura inserida em um
contexto social, é entender que, “nossas atividades são realizadas no mundo social,
em situações concretas, e é por meio da linguagem, nas suas diferentes
modalidades, que realizamos muitas das ações que nos interessam” (KLEIMAN,
2006, p. 25).




3 GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS NA SALA DE AULA
      A cada manifestação linguística, exprimimos um tipo de texto, portanto, todo
texto corresponde um Gênero Textual determinado. Assim sendo, na tabela 1
encontramos as diferentes formas de Gênero Textual, representadas nos diferentes
textos, os quais são trabalhados quase que diariamente na sala de aula.


   Domínios                         Capacidade de
                     Aspectos                              Exemplo de gêneros orais e
  sociais de                          linguagem
                   tipológicos                                     escritos
 comunicação                         dominante
                                                           Conto Maravilhoso: conto de
                                                           fadas, fábula, lenda, narrativa
                                                           de aventura, narrativa de
                                  Mimeses de ação          ficção cientifica, narrativa de
                                  através da criação       enigma,     narrativa    mítica,
Cultura Literária
                  Narrar          da     intriga  no       sketch ou história engraçada,
Ficcional
                                  domínio         do       biografia         romanceada,
                                  verossímil               romance, romance histórico,
                                                           novela    fantástica,     conto,
                                                           crônica literária, adivinha,
                                                           piada.
                                                       Relato de experiência vivida,
                                                       relato de viagem, diário
                                  Representação        íntimo, testemunho, anedota
Documentação e
                                  pelo discurso de ou          caso,      autobiografia,
memorização
               Relatar            experiências         curriculum      vitae,    noticia,
das      ações
                                  vividas, situadas no reportagem, crônica social,
humanas
                                  tempo                crônica esportiva, histórico,
                                                       relato histórico, ensaio ou
                                                       perfil biográfico, biografia.
Discussão       de Argumentar     Sustentação,             Textos de opinião, diálogo
7




problemas                         refutação          e argumentativo, carta de leitor,
sociais                           negociação        de carta       de      solicitação,
controversos                      tomadas           de deliberação informal, debate
                                  posição              regrado, assembleia, discurso
                                                       de      defesa    (advocacia),
                                                       discurso      de      acusação
                                                       (advocacia), resenha crítica,
                                                       artigos    de    opinião     ou
                                                       assinados, editorial, ensaio.
                                                     Texto expositivo, exposição
                                                     oral, seminário, conferência,
                                                     comunicação oral, palestra,
                                  Apresentação       entrevista de especialista,
Transmissão e
                                  textual         de verbete, artigo enciclopédico,
construção  de Expor
                                  diferentes  formas texto explicativo, tomada de
saberes
                                  dos saberes        notas, resumo de textos
                                                     expositivos e explicativos,
                                                     resenha, relatório científico,
                                                     relatório oral de experiência.
                                                    Instruções de montagem,
                                                    receita, regulamento, regras
Instruções      e Descrever       Regulação mútua
                                                    de jogo, instruções de uso,
prescrições       ações           de comportamentos
                                                    comandos diversos, textos
                                                    prescritivos.
Tabela 1 (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAneros_de_textos)




4 A CHARGE
      De       acordo      com      as      informações       extraídas    do      site
http://pt.wikipedia.org/wiki/Charge, Charge é um estilo de ilustração que tem por
finalidade satirizar, por meio de uma caricatura, algum acontecimento atual com uma
ou mais personagens envolvidas. O termo Charge vem do francês charger que
significa carga, exagero ou, até mesmo, ataque violento (carga de cavalaria). Isto
significa uma representação pirctográfica de caráter burlesco e de caricaturas. É o
cartoon, mas que satiriza um certo fato, como idéia, acontecimento, situação ou
pessoa, envolvendo principalmente casos de caráter político que seja de
conhecimento do público (http://pt.wikipedia.org/wiki/Charge).

      Segundo Santos (2007), o gênero Charge articula harmoniosamente as duas
linguagens – a verbal e a não-verbal. Ela demonstra que o sentido dela é construído
na oscilação entre o já dito e o não dito. Podendo ser usada, nesse sentido, em sala
8



de aula, como ótima opção para o ensino da leitura e da escrita da língua
portuguesa. Podemos elucidar o que foi dito acima a partir dos estudos feito por
Pereira (2006, p.102), a qual apresenta três pontos importantes:

1. O material dos textos chargísticos compõem um manancial pouco explorado no
contexto escolar, embora sejam exuberantes e dignos de análise;

2. A intertextualidade é um recurso produtivo em sala de aula para subsidiar a
competência argumentativa dos alunos a partir de relações lógico-discursivas
trazidas à tona pelo gênero charge, que tem em sua natureza, a capacidade de
abordar temas polêmicos como a política, a religião, os conflitos sociais etc.;

3. As charges estão presentes no dia-a-dia em jornais, revistas, outdoors, além de
provocarem o humor e, consequentemente, o praze r no leitor.

       Considerando o que é sugerido por Pereira (2006), podemos afirmar que a
Charge ironiza, acrescenta o cômico e ainda faz uma crítica aos envolvidos. As
personagens envolvidas são geralmente pessoas e situações que estavam em foco
no dia ou poucos dias atrás. Assim, o leitor consegue realizar inferência,
estabelecendo sentido entre imagens e acontecimentos. A partir disso, o leitor
consegue formular suas concepções acerca o assunto envolvido.

       Abaixo podemos observar uma Charge retirada do site do Jornal de Santa
Maria, do dia 29 de novembro de 2010.




Fonte: http://www.clicrbs.com.br/dsm/rs/impressa/4, 41,3124045,15991
9



         Assim como essa, todas as charges possuem um carater temporal bem
determinado, isto é, seu conteúdo é atual, relativo a algum fato ocorrido
recentemente. Na Charge citada acima, há um exemplo disso, no caso, o assunto do
momento, a invasão dos policiais a uma favela da cidade do Rio de Janeiro. A favela
invadida pelo policiais chama-se “Complexo do Alemão”, assim, Hitler, um severo
ditador alemão é lembrado na charge , pois igualmente aos bandidos e traficantes
que dominavam o “Complexo do Alemão”, Hitler também dominava e comandava um
Partido denominado, em Português, como Nazista.




5 A CHARGE ANIMADA

         Conforme Santos (2007), assim como outros Gêneros Textuais, a Charge
também ganhou uma versão eletrônica. Há vários sites na internet que as produzem
e as divulgam diariamente ou semanalmente, sendo que os usuários podem optar
por assistí-las on-line ou mesmo baixar o arquivo, podendo ver em qualquer outro
momento oportuno. Diferentemente da Charge, a Charge Animada utiliza efeitos
visuais de animação e efeitos sonoros em sua apresentação, tornando-se mais
atrativa ao público. O objetivo da Charge Animada é o mesmo que o da Charge: os
acontecimentos     da   sociedade,   como    política,   esportes,   novelas,   filmes,
personalidades, etc.

         Santos (2007) também considera que, como todo Gênero Textual que ganha
uma versão eletrônica, a Charge Animada é mais interativa e divertida, pois quando
as personagens reais são retratadas nela, as vozes e os gestos são igualmente
representados. Músicas e efeitos sonoros são incorporados e a animação ajuda ao
expectador a fazer uma melhor interpretação dos acontecimentos. Da mesma forma,
é preciso que se faça a leitura entre o dito e o não-dito da Charge, pois igualmente,
a Charge Animada precisa que o seu leitor faça a interpretação ligada aos fatos
reais.



METODOLOGIA
         A metodologia empregada neste artigo consiste no estudo das TIC
Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicada à Educação (TIC) através
10



do auxílio da internet, pelo site www.charge.com.br, pesquisa bibliográfica e
aplicação de um questionário oral com os alunos do 7º ano da Escola Municipal de
Ensino Fundamental Santos Dumont, da localidade de Agudo, Rio Grande do Sul.

   A atividade com os alunos foi realizada após o acesso, em aula, ao diferentes
exemplos de Gêneros Textuais. Houve, então, discussões e, como finalização, foi
elaborado um questionário oral sobre uma Charge Animada escolhida por eles entre
as pré-selecionadas, encontradas no site www.chages.com.br, conforme mostram
as figuras de 1 a 10. Assim, foram realizados os seguintes questionamentos:

      O que você entende por Gênero Textual?
      A Charge que você acabou de ver está relacionada a algum acontecimento
       real?
      Pensando em outros gêneros textuais, como revistas e jornais, qual meio é
       mais atrativo a você? A Charge vista animada ou a inserida em revistas e
       jornais?




Figura 1: Alunos realizando a atividade proposta.
11




Figura 2: Charge Animada: “Tobby entrevista Sylvester Stallone”.




Figura 3: Charge Animada: “Futebol - Vibe Estranha”.
12




Figura 4: Charge Animada: “Cotidiano - Questão de perspectiva”




Figura 5: Charge Animada: “Cotidiano - É muito pra cabeça”.
13




Figura 6: Charge Animada: “Consulta”.


RESULTADOS
      Na figura 1, os alunos estão analisando a Charge Animada “Tobby entrevista
Sylvester Stallone” (Figura 2). Ao responder o questionário, eles disseram que
entendem por Gênero Textual tudo o que podemos ler, ver e obter alguma
interpretação. Nesta avaliação, eles conseguiram identificar as personagens e
associaram a repercussão da mídia em relação à infeliz declaração que Sylvester
Stallone fez aos brasileiros. Os alunos acreditam que o uso dos computadores
tornam as aulas mais atrativas e interessantes a eles. Assim, a Charge vista de um
pela internet é muito mais divertida e compreensível, pois é vista e ouvida tornando
mais fácil a interpretação. Desta forma, os alunos conseguiram identificar a Charge
Animada como Gênero Textual e também pensaram em outras formas utilizadas.
Também conseguiram, de forma clara e segura, expor as próprias interpretações e
conclusões.

      Uns alunos analisam a Charge Animada “Futebol - Vibe Estranha” (Figura 3).
Eles entendem Gênero Textual como diferentes tipos de textos, citaram como
exemplos: piadas, músicas e cartas. Os alunos, nesta avaliação, conseguiram
14



decifrar as persoangens e fazem alusão aos últimos acontecimentos em relação aos
jogadores do Flamengo, tendo como mais significativo, o suposto assassinato da
namorada do goleiro Bruno. Concordam também que usar a internet ou mesmo
qualquer outro meio tecnológico como artifício de ensino é mais relevante a eles,
gera mais interesse e participação, o aprendizado torna-se mais abrangente. Eles
ainda salientam que a Charge vista em jornais e revistas não é tão atrativa quanto a
de sites da internet. Os alunos conseguiram distinguir os diferentes exemplos de
Gêneros Textuais e assimilar acontecimentos reais a ficcionais, relatando isso de
forma muito clara.

      Algumas alunas analisam a Charge Animada “Cotidiano - Questão de
perspectiva” (Figura 4). Elas acreditam que Gênero Textual são textos que podem
ser interpretados e analisados, dizem também que a Charge Animada é um tipo de
Gênero Textual. Nesta análise, as alunas ficaram um pouco confusas na
interpretação. Entendem que estão tratando sobre a nova tendência, no caso, os
coloridos. As alunas acham interessante aulas com uso da internet, que é mais
divertido, construtivo e fácil de interpretar as atividades. Dizem que o uso da internet
facilita a interação nas aulas, abrangendo os conhecimentos, pois deste modo abre-
se um leque de informações. Lamentam apenas ao fato de não terem acesso em
casa, portanto não possuem tanta desenvoltura em lidar com o computador como o
restante dos alunos. Neste caso, as alunas obtiveram resposta positiva sobre o que
entendem por Gênero Textual, bem como interpretaram, ao modo delas, o que
entenderam da Charge Animada.

      Uma aluna analisou a Charge Animada “Cotidiano - É muito pra cabeça”
(Figura 5). Ela disse que entende por Gênero Textual os diferentes tipos de textos
que os professores levam para a sala de aula, como também os outros tantos
encontrados em diferentes lugares, como uma bula de remédio, uma receita de
bolo,etc. Na Charge analisada, a aluna idenficou a personagem principal e discutiu
sobre o sonho da maioria dos meni nos, no caso, ser jogador de futebol. Estes que
possuem altíssimos salários, sonho de qualquer pessoa. A aluna diz que o ensino
com uso da internet fica muito mais interessante e de fácil compreensão a ela, que
consegue concentrar-se mais pelo interesse que gera. A aluna exemplificou com
êxito os Gêneros Textuais encontrados. Em sua análise, com segurança, esclareceu
sua interpretação.
15



      Outra aluna analisou a Charge Animada “Consulta” (Figura 6). Ela disse que
Gênero Textual são charges, textos, letras de música e cartas. Nesta análise, a
aluna apenas fez um comentário sobre o grande número de cantores sernatejos. A
aluna, como os outros, acha interessante o uso da internet, que facilita a
aprendizagem e gera mais interesse na participação nas aulas. Porém, diz que
ainda possui grande dificuldade de manuseio. Essa aluna sentiu dificuldade na
interpretação da Charge, porém, soube claramente exemplificar os diferentes
Gêneros Textuais.

      Após esta aula de análise de Charges Animadas, percebemos a satisfação
em que os alunos possuem em manusear o computador, principalmente quando
esse está conectado à internet. Eles, que por pertencerem a uma Escola de periferia
e não serem de classe social elevada, nem sempre possuem acesso em suas
casas. Então, a aula se configurou como uma oportunidade interessante e valiosa no
manuseio de ferramentas que possibilitam a aprendizagem através das Tecnologias
de Informações e Comunicação.

      O domínio da imagem e do conteúdo é evidente após as pergunta feitas a
eles. Todos obtiveram respostas satisfatórias, conforme vimos anteriormente. Assim,
observamos que todos conseguiram entender o que é Gênero Textual e suas
diferentes formas de abordagem, como também estão atentos aos acontecimentos
da sociedade e aos meios evolutivos de educação. Somado a isso, a Charge, no
processo de ensino-aprendizagem, desempenhou um importante papel, pois,
permitiu aos alunos o contato com acontecimentos reais e, a Charge Animada, por
ter uma visão humorística, promoveu interesse e despertou a visão crítica dos
alunos.



CONCLUSÃO
      O uso das TIC no meio escolar são ferramentas essencias de aprendizagem,
exercem função potencionalizadora de ensino-aprendizagem, tornando as aulas
mais interessantes e prazerosas aos alunos. Eles sentem-se mais motivados em
desenvolver as atividades, inseridos ao meio moderno, e capacitdos a enfrentar o
mundo, onde a cada dia surgem com novos inventos.
16



      Sabemos que a sociedade no decorrer do tempo sofrerá alterações, assim,
provavelmente, novos Gêneros Textuais surgirão. Para tanto, é importante que
nossos alunos tomem conhecimento dos já existentes, e se puderem fazer isso
somado a alusão aos acontecimentos da sociedade, a aprendizagem se torna
certamente muito mais rica e significativa.

      A Charge Animada, por sua vez, mostrou aos alunos esta associação: meio
tecnológico (recursos audio-visuais) e acontecimentos reais. Eles descobriram que
através da imagem e som fornecidos há a        possibilidade de uma interpretação,
geralmente ligada por um aconteciemnto relevante. Por ter uma característica
humorística, a Charge é atrativa aos alunos quando é estudada, pois tem um fato
social sempre interligado, desenvolvendo uma opinião crítica ao assunto abordado.
Porém, sabemos que infelizmente não são todas as escolas que possuem um bom
aparato tecnológico, desta forma, deixando o aluno fora do contexto da
informatização e da globalização.

      Por tudo que foi exposto, consideramos que é de suma relevância levarmos
aos alunos os conhecimentos que não se limitam ao uso de lápis e papel, mas sim
propiciar a eles alternativas de ensino-aprendizagem diferenciadas e diversificadas,
sempre que possível, explorando os fatos da sociedade a que eles pertencem.




REFERÊNCIAS

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. 5ª ed. São Paulo: Hucitec,
1990.

______. Os Gêneros do Discurso. In: BAKHTIN, M. A Estética da Criação Verbal.
São Paulo: Martins Fontes, 2000. p. 279-326.

BAZERMAN, C.; A. P. DIONÍSIO; J. C. HOFFNAGEL. (Oras.). Gêneros Textuais,
Tipificação e Interação. São Paulo: Cortez, 2005.

KLEIMAN, Angela. B. Leitura e Prática Social no Desenvolvimento de Competências
no Ensino Médio. In: BUZEN, C. & MENDONÇA, M. (orgs.) Português no Ensino
Médio e Formação do Professor. São Paulo: Parábola, 2006. p. 23-36.

KOCH, Ingedore.G.V; Travaglia, L.C. A Coerência Textual. São Paulo. Editora
Contexto. 1990.
17



LOPES-ROSSI, Maria A. Garcia (org.). Gêneros discursivos no ensino da leitura
e produção de textos. Taubaté - São Paulo: Cabral Editora e Livraria Universitária,
2002.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: o que são e como se escrevem.
Recife: UFPE, 2000.

PEREIRA, Tânia Maria Augusto. O discurso das charges: um campo fértil de
intertextualidade. In: SILVA, Antonio de Pádua Dias da et al. Ensino de língua: do
impresso ao virtual. Campina Grande, PB: EDUEP, 2006.

RODRIGUES, Rosângela Hammes. Análise de gêneros do discurso na teoria
Bakhtiniana: algumas questões teóricas e metodológicas. In. Linguagem em
(Dis)curso, Tubarão, v. 4, n. 2, p. 415-440, jan./jun. 2004.

ROJO, Roxane. "Gêneros do discurso e gêneros textuais: questões teóricas e
aplicadas". In: MEURER, J.L., BONINI, A. e MOTTA-ROTH, D. (org.). Gêneros:
teorias, métodos, debates. São Paulo: Parábola, 2005.

SANTOS, Everton Pereira. Gêneros Textuais e o Discurso das Charges.
Publicado 23/11/2007 em http://www.webartigos.com.

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TICs e Gênero Textual: Charge Animada

  • 1. 1 POLO: Agudo, RS DISCIPLINA: Elaboração do Artigo Científico PROFESSOR ORIENTADOR: Carlos Gustavo Hoelzel 15/12/2010 TICs e Gênero Textual: Charge Animada ICTs and Genre Textual: Animated Charge POZZEBON, RAFAELA Letras – UFSM – Universidade Federal de Santa Maria Agudo, 15 de dezembro de 2010.
  • 2. 2 RESUMO Este artigo tem como objetivo apresentar o uso da Charge Animada em sala de aula. Para isso, foram feitas investigações baseadas em estudos de especialistas, disponibilizados em sites da internet, a partir de fontes consultadas em relação aos estudos sobre Gênero Textual em sala de aula. A turma acompanhada está situada na Escola Municipal de Ensino Fundamental Santos Dumont, localizada na cidade de Agudo, RS. A realização do artigo abrange não só leituras e pesquisas, mas também uma atividade com os alunos participantes, além de observações feitas pela autora. Os alunos, após serem apresentados a diferentes Gêneros Textuais (incluindo a Charge), serão orientados a observar e interpretar uma determinada Charge Animada, respondendo oralmente alguns questionamentos. No decorrer das aulas e da entrevista, observo que os alunos que fazem uso das Tecnologias de Informações e Comunicação (TIC) possuem mais aceitação e compreensão das atividades propostas, deste modo a internet torna-se um meio indispensável, contribuindo com grande êxito, amenizando as dificuldades de aprendizado. O uso das TIC contribuem para a formação de um aluno mais participativo, investigativo, interessado e autônomo no processo de ensino-aprendizagem. O foco principal deste artigo consiste, a partir de tudo isso, em discutir a importância das TIC no desenvolvimento intelectual dos alunos. PALAVRAS-CHAVE: Charge Animada; Charge; Tecnologia de Informação; Ensino- aprendizagem. ABSTRACT This article aims to present the use of animated cartoons in the classroom. To this it was done investigation based on experts studies, available on web sites, through sources consulted about Textual Genre studies in the classroom. The class works in the School Hall Elementary School Santos Dumont, in the city of Agudo, RS. The performance of the article comprehends not so reading and searches, but also activity with participate students, besides the observation by the author. The students, after being presented with different text genres (including the Charge) shall be instructed to observe and interpret a particular Animated Charge answering some orally some questions. During the classes and the interview I watch that students who make use of Information Technologies (ICT) have more acceptance and understanding of the proposed activities, so the Internet becomes an indispensable medium, contributing to great effect, easing the difficulties of learning. The use of Information Technology contributes to the formation of a student more participatory, investigative, independent and interested in the teaching-learning process. The focus of this paper is to discuss the importance of ICT intellectual development of students. KEY-WORD: Animated Charge; Charge; Information Technology; Teaching-learning. INTRODUÇÃO Estamos na era da informatização, as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) estão presentes em nosso cotidiano. Na escola não poderia ser
  • 3. 3 diferente, pois estamos passando por um processo de transformação e é na escola o lugar onde devemos conhecer e analisar estas mudanças. Uma escola que não acompanha as mudanças ocorridas na sociedade, que não prepara, não transforma, é uma escola sem sucesso e estagnada no tempo. O compromisso que a escola fornece à sociedade é de suma importância, pois ela tem a responsabilidade de inserir às gerações mais jovens os conhecimentos contidos e construídos no meio em que estamos inseridos. Nela são depositadas expectativas relacionadas à efetiva inserção dos sujeitos na sociedade em que vivemos. A sociedade está cada vez mais capacitada e assim exigindo mais de cada indivíduo, necessitando de profissionais competentes, críticos, observadores, capazes de investigar, analisar, criar, propor mudanças e aperfeiçoamento. Tendo em vista estas condições, o professor tem o dever de promover aos seus alunos condições para que estes não se sintam excluídos da aprendizagem e, principalmente, que estejam aptos em diversas situações. Os meios de comunicação como televisão, computador, celular, rádio vêm influenciando o comportamento das crianças e adolescentes. Estas estão mais observadoras, questionadoras, possuem um conhecimento diferenciado, o que as faz promover questões mais elaboradas e detalhadas. No entanto, precisamos levar em consideração que esta realidade não é favorável a todos os alunos, há aqueles que têm seus primeiros contatos com os meios tecnológicos na escola. Para tanto, o professor precisa estar bem preparado para atingir a todos os níveis de conhecimento, deste modo contribuindo de forma adequada ao acesso dos meios tecnológicos. Tendo em vista tais consideração, este artigo tem o objetivo de discutir o ensino de língua portuguesa mediado pelo computador. Assim, apresentando aos alunos uma das tantas possibilidades de Gênero Textual, no caso, a Charge Animada. As TIC abrem uma janela enorme com variedade de fontes de pesquisa para o ensino de Gênero Textual. Na era da informatização, o que antes havia apenas em jornais e revistas, hoje encontramos em diferentes sites da Internet, de forma variada e abundante. Porém, a fim de termos um trabalho preciso e de qualidade, iremos trabalhar com apenas um desses sites: www.chages.com.br. Assim, a análise de uma determinada charge, escolhida criteriosamente, terá a finalidade de observar como os alunos reagem ao interpretá-la, verificando se estes
  • 4. 4 conseguem fazer alusão entre forma, conteúdo e acontecimentos. Desta forma, os alunos terão a possibilidade de manusear o computador e acessar o link da Charge, olhar, escutar e fazer suas interpretações. 1 CONSIDERAÇÕES SOBRE GÊNERO DO DISCURSO EM BAKHTIN Bakhtin/Volochinov, em Marxismo e Filosofia da Linguagem, do ano de 1929, define gênero como a unidade orgânica formada entre as formas de comunicação (ou seja, as relações entre os enunciadores em um determinado contexto), a forma de enunciação (o estilo, tomado como um termo muito geral, como a enunciação se procede) e o tema. Em 1953, ele realiza a sua mais famosa definição de gênero, desta vez entendidos como a unidade formada pelos temas ou conteúdos (ideologicamente conformados e possíveis de serem ditos por meio do gênero); uma forma composicional (elementos das estruturas comunicativas e semióticas presentes nos diferentes textos pertencentes ao gênero) e o estilo. Sendo assim, todo texto, visto como enunciado, deve ser determinado, conforme Marxismo e Filosofia da Linguagem, pela situação social mais imediata. Valorizar a dimensão social é uma constante quando se fala de gênero na perspectiva bakhtiniana. Essas relações sociais são estruturadas e determinadas pelas formas de organização e distribuição dos diferentes papéis e lugares sociais nas instituições e situações em que se produzem os discursos. É o que se designa por esferas (ou campos) de comunicação (BAZERMAN 2005). Essas esferas são divididas em dois grupos: as esferas do cotidiano e as dos sistemas ideológicos constituídos. Cada uma dessas esferas exige lugares sociais diferenciados, determinadas relações hierárquicas e interpessoais e a seleção de determinados temas, visando a certas finalidades e intenções comunicativas, a partir de apreciações valorativas sobre o tema e sobre a parceria. Essas importantes considerações não poderiam deixar de ser trazidas inicialmente, pois, conforme Rodrigues (2004), Bakhtin (1990, 2000) tem sido um dos autores mais citados, se não o mais, no conjunto de pesquisas sobre Gênero Textual. Ele aparece insistentemente inclusive nos estudos feitos por ling uistas brasileiros, a exemplo de Rojo (2005) e Kleiman (2006), que analisam a
  • 5. 5 problemática da variação terminológica e conceitual nas pesquisas que tomam os trabalhos de Bakhtin como referência teórica. 2 GÊNEROS TEXTUAIS NA SALA DE AULA Para Marcuschi (2000), a ação docente sob a perspectiva dos gêneros do discurso é uma questão de construção de paradigmas que se direcionam a uma compreensão da linguagem como prática social. Buscar desconstruir a relação dialógica bidirecional entre discurso e sociedade torna os diversos textos, materializados nos diferentes gêneros, trazidos para sala de aula como um espaço de interpretação, compreensão e descrição dos efeitos da linguagem em nosso espaço de relações sociais, uma possibilidade de construção identitária e representação da realidade. Kleiman (1989) fala que devemos focalizar na compreensão no ensino- aprendizagem de leitura, a relação imbricada entre ação linguística e situacionalidade, isto é, a relação dos gêneros com suas condições sociais de produção e sua esfera social de construção e funcionalidade. Compreendemos que os gêneros discursivos são ferramentas muito importantes no ensino de língua portuguesa e que se faz totalmente necessário sua utilização dentro da sala de aula, porém o educador precisa ter cuidados ao trabalhar cada gênero, não mostrando apenas suas particularidades mais simples, mas colocando o gênero como uma ferramenta indissociável à sociedade, como ele se apresenta e como é concebido por todos. Koch (1990) traz uma importante contribuição quando afirma que, mostrar os gêneros discursivos apenas como objeto para estudo é negar a real importância de cada gênero na vida do aluno, entretanto é imprescindível levar ao educando a possibilidade de conhecer a fundo as reais características de cada gênero, para que os alunos possam entender como são constituídos e, para tanto, interpretá-los. De acordo com Lopes-Rossi: Cabe ao professor criar condições para que os alunos possam apropriar -se de características discursivas e linguísticas de gêneros diversos em condições reais, através de projetos pedagógicos que visem ao
  • 6. 6 conhecimento, à leitura, à discussão sobre o uso e as funções sociais dos gêneros escolhidos e, quando pertinente, à sua produção escrita e circulação social (LOPES-ROSSI 2002). Compreender gêneros é, portanto, uma prática de leitura inserida em um contexto social, é entender que, “nossas atividades são realizadas no mundo social, em situações concretas, e é por meio da linguagem, nas suas diferentes modalidades, que realizamos muitas das ações que nos interessam” (KLEIMAN, 2006, p. 25). 3 GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS NA SALA DE AULA A cada manifestação linguística, exprimimos um tipo de texto, portanto, todo texto corresponde um Gênero Textual determinado. Assim sendo, na tabela 1 encontramos as diferentes formas de Gênero Textual, representadas nos diferentes textos, os quais são trabalhados quase que diariamente na sala de aula. Domínios Capacidade de Aspectos Exemplo de gêneros orais e sociais de linguagem tipológicos escritos comunicação dominante Conto Maravilhoso: conto de fadas, fábula, lenda, narrativa de aventura, narrativa de Mimeses de ação ficção cientifica, narrativa de através da criação enigma, narrativa mítica, Cultura Literária Narrar da intriga no sketch ou história engraçada, Ficcional domínio do biografia romanceada, verossímil romance, romance histórico, novela fantástica, conto, crônica literária, adivinha, piada. Relato de experiência vivida, relato de viagem, diário Representação íntimo, testemunho, anedota Documentação e pelo discurso de ou caso, autobiografia, memorização Relatar experiências curriculum vitae, noticia, das ações vividas, situadas no reportagem, crônica social, humanas tempo crônica esportiva, histórico, relato histórico, ensaio ou perfil biográfico, biografia. Discussão de Argumentar Sustentação, Textos de opinião, diálogo
  • 7. 7 problemas refutação e argumentativo, carta de leitor, sociais negociação de carta de solicitação, controversos tomadas de deliberação informal, debate posição regrado, assembleia, discurso de defesa (advocacia), discurso de acusação (advocacia), resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial, ensaio. Texto expositivo, exposição oral, seminário, conferência, comunicação oral, palestra, Apresentação entrevista de especialista, Transmissão e textual de verbete, artigo enciclopédico, construção de Expor diferentes formas texto explicativo, tomada de saberes dos saberes notas, resumo de textos expositivos e explicativos, resenha, relatório científico, relatório oral de experiência. Instruções de montagem, receita, regulamento, regras Instruções e Descrever Regulação mútua de jogo, instruções de uso, prescrições ações de comportamentos comandos diversos, textos prescritivos. Tabela 1 (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAneros_de_textos) 4 A CHARGE De acordo com as informações extraídas do site http://pt.wikipedia.org/wiki/Charge, Charge é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar, por meio de uma caricatura, algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas. O termo Charge vem do francês charger que significa carga, exagero ou, até mesmo, ataque violento (carga de cavalaria). Isto significa uma representação pirctográfica de caráter burlesco e de caricaturas. É o cartoon, mas que satiriza um certo fato, como idéia, acontecimento, situação ou pessoa, envolvendo principalmente casos de caráter político que seja de conhecimento do público (http://pt.wikipedia.org/wiki/Charge). Segundo Santos (2007), o gênero Charge articula harmoniosamente as duas linguagens – a verbal e a não-verbal. Ela demonstra que o sentido dela é construído na oscilação entre o já dito e o não dito. Podendo ser usada, nesse sentido, em sala
  • 8. 8 de aula, como ótima opção para o ensino da leitura e da escrita da língua portuguesa. Podemos elucidar o que foi dito acima a partir dos estudos feito por Pereira (2006, p.102), a qual apresenta três pontos importantes: 1. O material dos textos chargísticos compõem um manancial pouco explorado no contexto escolar, embora sejam exuberantes e dignos de análise; 2. A intertextualidade é um recurso produtivo em sala de aula para subsidiar a competência argumentativa dos alunos a partir de relações lógico-discursivas trazidas à tona pelo gênero charge, que tem em sua natureza, a capacidade de abordar temas polêmicos como a política, a religião, os conflitos sociais etc.; 3. As charges estão presentes no dia-a-dia em jornais, revistas, outdoors, além de provocarem o humor e, consequentemente, o praze r no leitor. Considerando o que é sugerido por Pereira (2006), podemos afirmar que a Charge ironiza, acrescenta o cômico e ainda faz uma crítica aos envolvidos. As personagens envolvidas são geralmente pessoas e situações que estavam em foco no dia ou poucos dias atrás. Assim, o leitor consegue realizar inferência, estabelecendo sentido entre imagens e acontecimentos. A partir disso, o leitor consegue formular suas concepções acerca o assunto envolvido. Abaixo podemos observar uma Charge retirada do site do Jornal de Santa Maria, do dia 29 de novembro de 2010. Fonte: http://www.clicrbs.com.br/dsm/rs/impressa/4, 41,3124045,15991
  • 9. 9 Assim como essa, todas as charges possuem um carater temporal bem determinado, isto é, seu conteúdo é atual, relativo a algum fato ocorrido recentemente. Na Charge citada acima, há um exemplo disso, no caso, o assunto do momento, a invasão dos policiais a uma favela da cidade do Rio de Janeiro. A favela invadida pelo policiais chama-se “Complexo do Alemão”, assim, Hitler, um severo ditador alemão é lembrado na charge , pois igualmente aos bandidos e traficantes que dominavam o “Complexo do Alemão”, Hitler também dominava e comandava um Partido denominado, em Português, como Nazista. 5 A CHARGE ANIMADA Conforme Santos (2007), assim como outros Gêneros Textuais, a Charge também ganhou uma versão eletrônica. Há vários sites na internet que as produzem e as divulgam diariamente ou semanalmente, sendo que os usuários podem optar por assistí-las on-line ou mesmo baixar o arquivo, podendo ver em qualquer outro momento oportuno. Diferentemente da Charge, a Charge Animada utiliza efeitos visuais de animação e efeitos sonoros em sua apresentação, tornando-se mais atrativa ao público. O objetivo da Charge Animada é o mesmo que o da Charge: os acontecimentos da sociedade, como política, esportes, novelas, filmes, personalidades, etc. Santos (2007) também considera que, como todo Gênero Textual que ganha uma versão eletrônica, a Charge Animada é mais interativa e divertida, pois quando as personagens reais são retratadas nela, as vozes e os gestos são igualmente representados. Músicas e efeitos sonoros são incorporados e a animação ajuda ao expectador a fazer uma melhor interpretação dos acontecimentos. Da mesma forma, é preciso que se faça a leitura entre o dito e o não-dito da Charge, pois igualmente, a Charge Animada precisa que o seu leitor faça a interpretação ligada aos fatos reais. METODOLOGIA A metodologia empregada neste artigo consiste no estudo das TIC Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicada à Educação (TIC) através
  • 10. 10 do auxílio da internet, pelo site www.charge.com.br, pesquisa bibliográfica e aplicação de um questionário oral com os alunos do 7º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Santos Dumont, da localidade de Agudo, Rio Grande do Sul. A atividade com os alunos foi realizada após o acesso, em aula, ao diferentes exemplos de Gêneros Textuais. Houve, então, discussões e, como finalização, foi elaborado um questionário oral sobre uma Charge Animada escolhida por eles entre as pré-selecionadas, encontradas no site www.chages.com.br, conforme mostram as figuras de 1 a 10. Assim, foram realizados os seguintes questionamentos:  O que você entende por Gênero Textual?  A Charge que você acabou de ver está relacionada a algum acontecimento real?  Pensando em outros gêneros textuais, como revistas e jornais, qual meio é mais atrativo a você? A Charge vista animada ou a inserida em revistas e jornais? Figura 1: Alunos realizando a atividade proposta.
  • 11. 11 Figura 2: Charge Animada: “Tobby entrevista Sylvester Stallone”. Figura 3: Charge Animada: “Futebol - Vibe Estranha”.
  • 12. 12 Figura 4: Charge Animada: “Cotidiano - Questão de perspectiva” Figura 5: Charge Animada: “Cotidiano - É muito pra cabeça”.
  • 13. 13 Figura 6: Charge Animada: “Consulta”. RESULTADOS Na figura 1, os alunos estão analisando a Charge Animada “Tobby entrevista Sylvester Stallone” (Figura 2). Ao responder o questionário, eles disseram que entendem por Gênero Textual tudo o que podemos ler, ver e obter alguma interpretação. Nesta avaliação, eles conseguiram identificar as personagens e associaram a repercussão da mídia em relação à infeliz declaração que Sylvester Stallone fez aos brasileiros. Os alunos acreditam que o uso dos computadores tornam as aulas mais atrativas e interessantes a eles. Assim, a Charge vista de um pela internet é muito mais divertida e compreensível, pois é vista e ouvida tornando mais fácil a interpretação. Desta forma, os alunos conseguiram identificar a Charge Animada como Gênero Textual e também pensaram em outras formas utilizadas. Também conseguiram, de forma clara e segura, expor as próprias interpretações e conclusões. Uns alunos analisam a Charge Animada “Futebol - Vibe Estranha” (Figura 3). Eles entendem Gênero Textual como diferentes tipos de textos, citaram como exemplos: piadas, músicas e cartas. Os alunos, nesta avaliação, conseguiram
  • 14. 14 decifrar as persoangens e fazem alusão aos últimos acontecimentos em relação aos jogadores do Flamengo, tendo como mais significativo, o suposto assassinato da namorada do goleiro Bruno. Concordam também que usar a internet ou mesmo qualquer outro meio tecnológico como artifício de ensino é mais relevante a eles, gera mais interesse e participação, o aprendizado torna-se mais abrangente. Eles ainda salientam que a Charge vista em jornais e revistas não é tão atrativa quanto a de sites da internet. Os alunos conseguiram distinguir os diferentes exemplos de Gêneros Textuais e assimilar acontecimentos reais a ficcionais, relatando isso de forma muito clara. Algumas alunas analisam a Charge Animada “Cotidiano - Questão de perspectiva” (Figura 4). Elas acreditam que Gênero Textual são textos que podem ser interpretados e analisados, dizem também que a Charge Animada é um tipo de Gênero Textual. Nesta análise, as alunas ficaram um pouco confusas na interpretação. Entendem que estão tratando sobre a nova tendência, no caso, os coloridos. As alunas acham interessante aulas com uso da internet, que é mais divertido, construtivo e fácil de interpretar as atividades. Dizem que o uso da internet facilita a interação nas aulas, abrangendo os conhecimentos, pois deste modo abre- se um leque de informações. Lamentam apenas ao fato de não terem acesso em casa, portanto não possuem tanta desenvoltura em lidar com o computador como o restante dos alunos. Neste caso, as alunas obtiveram resposta positiva sobre o que entendem por Gênero Textual, bem como interpretaram, ao modo delas, o que entenderam da Charge Animada. Uma aluna analisou a Charge Animada “Cotidiano - É muito pra cabeça” (Figura 5). Ela disse que entende por Gênero Textual os diferentes tipos de textos que os professores levam para a sala de aula, como também os outros tantos encontrados em diferentes lugares, como uma bula de remédio, uma receita de bolo,etc. Na Charge analisada, a aluna idenficou a personagem principal e discutiu sobre o sonho da maioria dos meni nos, no caso, ser jogador de futebol. Estes que possuem altíssimos salários, sonho de qualquer pessoa. A aluna diz que o ensino com uso da internet fica muito mais interessante e de fácil compreensão a ela, que consegue concentrar-se mais pelo interesse que gera. A aluna exemplificou com êxito os Gêneros Textuais encontrados. Em sua análise, com segurança, esclareceu sua interpretação.
  • 15. 15 Outra aluna analisou a Charge Animada “Consulta” (Figura 6). Ela disse que Gênero Textual são charges, textos, letras de música e cartas. Nesta análise, a aluna apenas fez um comentário sobre o grande número de cantores sernatejos. A aluna, como os outros, acha interessante o uso da internet, que facilita a aprendizagem e gera mais interesse na participação nas aulas. Porém, diz que ainda possui grande dificuldade de manuseio. Essa aluna sentiu dificuldade na interpretação da Charge, porém, soube claramente exemplificar os diferentes Gêneros Textuais. Após esta aula de análise de Charges Animadas, percebemos a satisfação em que os alunos possuem em manusear o computador, principalmente quando esse está conectado à internet. Eles, que por pertencerem a uma Escola de periferia e não serem de classe social elevada, nem sempre possuem acesso em suas casas. Então, a aula se configurou como uma oportunidade interessante e valiosa no manuseio de ferramentas que possibilitam a aprendizagem através das Tecnologias de Informações e Comunicação. O domínio da imagem e do conteúdo é evidente após as pergunta feitas a eles. Todos obtiveram respostas satisfatórias, conforme vimos anteriormente. Assim, observamos que todos conseguiram entender o que é Gênero Textual e suas diferentes formas de abordagem, como também estão atentos aos acontecimentos da sociedade e aos meios evolutivos de educação. Somado a isso, a Charge, no processo de ensino-aprendizagem, desempenhou um importante papel, pois, permitiu aos alunos o contato com acontecimentos reais e, a Charge Animada, por ter uma visão humorística, promoveu interesse e despertou a visão crítica dos alunos. CONCLUSÃO O uso das TIC no meio escolar são ferramentas essencias de aprendizagem, exercem função potencionalizadora de ensino-aprendizagem, tornando as aulas mais interessantes e prazerosas aos alunos. Eles sentem-se mais motivados em desenvolver as atividades, inseridos ao meio moderno, e capacitdos a enfrentar o mundo, onde a cada dia surgem com novos inventos.
  • 16. 16 Sabemos que a sociedade no decorrer do tempo sofrerá alterações, assim, provavelmente, novos Gêneros Textuais surgirão. Para tanto, é importante que nossos alunos tomem conhecimento dos já existentes, e se puderem fazer isso somado a alusão aos acontecimentos da sociedade, a aprendizagem se torna certamente muito mais rica e significativa. A Charge Animada, por sua vez, mostrou aos alunos esta associação: meio tecnológico (recursos audio-visuais) e acontecimentos reais. Eles descobriram que através da imagem e som fornecidos há a possibilidade de uma interpretação, geralmente ligada por um aconteciemnto relevante. Por ter uma característica humorística, a Charge é atrativa aos alunos quando é estudada, pois tem um fato social sempre interligado, desenvolvendo uma opinião crítica ao assunto abordado. Porém, sabemos que infelizmente não são todas as escolas que possuem um bom aparato tecnológico, desta forma, deixando o aluno fora do contexto da informatização e da globalização. Por tudo que foi exposto, consideramos que é de suma relevância levarmos aos alunos os conhecimentos que não se limitam ao uso de lápis e papel, mas sim propiciar a eles alternativas de ensino-aprendizagem diferenciadas e diversificadas, sempre que possível, explorando os fatos da sociedade a que eles pertencem. REFERÊNCIAS BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. 5ª ed. São Paulo: Hucitec, 1990. ______. Os Gêneros do Discurso. In: BAKHTIN, M. A Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2000. p. 279-326. BAZERMAN, C.; A. P. DIONÍSIO; J. C. HOFFNAGEL. (Oras.). Gêneros Textuais, Tipificação e Interação. São Paulo: Cortez, 2005. KLEIMAN, Angela. B. Leitura e Prática Social no Desenvolvimento de Competências no Ensino Médio. In: BUZEN, C. & MENDONÇA, M. (orgs.) Português no Ensino Médio e Formação do Professor. São Paulo: Parábola, 2006. p. 23-36. KOCH, Ingedore.G.V; Travaglia, L.C. A Coerência Textual. São Paulo. Editora Contexto. 1990.
  • 17. 17 LOPES-ROSSI, Maria A. Garcia (org.). Gêneros discursivos no ensino da leitura e produção de textos. Taubaté - São Paulo: Cabral Editora e Livraria Universitária, 2002. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: o que são e como se escrevem. Recife: UFPE, 2000. PEREIRA, Tânia Maria Augusto. O discurso das charges: um campo fértil de intertextualidade. In: SILVA, Antonio de Pádua Dias da et al. Ensino de língua: do impresso ao virtual. Campina Grande, PB: EDUEP, 2006. RODRIGUES, Rosângela Hammes. Análise de gêneros do discurso na teoria Bakhtiniana: algumas questões teóricas e metodológicas. In. Linguagem em (Dis)curso, Tubarão, v. 4, n. 2, p. 415-440, jan./jun. 2004. ROJO, Roxane. "Gêneros do discurso e gêneros textuais: questões teóricas e aplicadas". In: MEURER, J.L., BONINI, A. e MOTTA-ROTH, D. (org.). Gêneros: teorias, métodos, debates. São Paulo: Parábola, 2005. SANTOS, Everton Pereira. Gêneros Textuais e o Discurso das Charges. Publicado 23/11/2007 em http://www.webartigos.com.