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Unidade 3
Aplicação dos produtos fitofarmacêuticos
Proteção das Plantas
Módulo IV
MATERIAL
e
TÉCNICAS de APLICAÇÃO
de
PFs
Características/extensão da cultura
Frequência e rapidez na aplicação
Tipo de formulação
Volume de calda
Cultura principal
Tipo de produto
Compatibilidade entre modelos
Formação técnica
Custo inicial
Segurança do operador
Ergonomia
Facilidade de utilização
Assistência da marca
Potência exigida por tractor
Outros
Estado fenológico
3.1
–
Escolha
do
Material
de
aplicação
3.2 – Calibração dos pulverizadores
Calibrar adequadamente o equipamento:
verificar tipo de bicos de pulverização
medição da altura de barra de acordo com tipo de bicos
(ex. fenda 110 º => alt. 50 cm)
espaçamento entre bicos ex. fenda 110º => distância de 50 cm
uniformidade de débito ao
longo da barra
 

medir débito de todos os bicos
DIFERENÇA DE DÉBITO ENTRE BICOS > 10% ou 15 % ( anomalia “importante” DL86/2010 )
desentupimento - limpeza de filtros
ESCOVA de NYLON
substituição de bicos ?
CALIBRAÇÃO de EQUIPAMENTO (ex. fungicidas, insecticidas, reguladores de crescimento)
CULTURAS
ARBUSTIVAS
/
ARBÓREAS
Calibrar adequadamente o equipamento. As
concentrações indicadas destinam-se a
pulverizações a alto volume, considerando um
gasto de calda de 1000 l/ha. A quantidade de
produto deve ser ajustada ao volume de água
distribuída por hectare, pelo pulverizador, de
forma a não exceder as doses indicadas.
Distribuir a calda uniformemente.
Calibrar o equipamento de forma a que a
técnica e o respectivo volume de calda /
ha permita uma distribuição de uniforme
de calda no alvo biológico pretendido.
Utilize a concentração indicada.
observação dos jactos pulverizados
bicos de pulverização hidráulica
de jacto regulável
ajustar forma do leque
alvos artificiais
corantes indicadores
produtos fluorescentes
analisar distribuição de calda
Medir débito de todos os bicos
Já com trator em movimento, registar o tempo entre as duas marcas, distanciadas de 100 m
Determinar velocidade do tractor
volume de calda / ha = débito de equipamento (l/min) x 600
velocidade (km/h) x largura (m)
volume de calda / ha = débito de equipamento (l/min) . x 10 000
velocidade (m/min) x largura (m)
Processo inverso:
Calcular débito do pulverizador para o volume de calda estabelecido previamente:
l/min = volume de calda / ha x velocidade (km/h) x largura (m)
600
3.2 – Calibração dos pulverizadores
VELOCIDADE DE AVANÇO
Teste imprescindível.
Calcular a velocidade de avanço do trator depois de percorridos e
cronometrados 100 m na rotação e mudança desejadas
s/100 m 50 52 54 56 60 62 64 66 68 70 72 74 76
km/h 7,2 6,9 6,7 6,4 6,0 5,8 5,6 6,5 5,3 5,1 5,0 4,9 4,7
3.3 – Cálculos das quantidades de PF
DOSE
CULTURAS ARBUSTIVAS E ARBÓREAS
TRV
Nas aplicações nas culturas arbóreas ou arbustivas,
considera-se especial interesse em considerar a dose em
função da massa verde (TRV, tree row volume) (m3/ ha), de
acordo com a expressão:
TRV = h (m) x a (m) x 10 000 (m2
/ha)
c (m)
em que h, a e c são, respectivamente, altura da cultura,
diâmetro ou largura média da copa e distância entre linhas.
3.3 – Cálculos das quantidades de PF
a
c
Massa vegetal =
(m3/ha)
a (m) x c (m) x 10 000 m2/ha
d (m)
a
c
d
altura
diâmetro médio da copa
distância entre linhas
d
DOSE EM FUNÇÃO
DA MASSA
VEGETAL (TRV)
3.3 – Cálculos das quantidades de PF
Posteriormente surgiu o conceito de “tree area density”
(TAD), no qual a dose é resultado do seguinte produto:
Dose = dose máxima (regra geral mencionada no rótulo) x
correcção do tipo de povoamento (função da variedade,
compasso e porta-enxerto) e do estado de desenvolvimento
Tree Area Density
TAD
3.3 – Cálculos das quantidades de PF
Ajustamento da dose Metódo
proposto
Adaptado de informação confidencial sobre trabalho em publicação de PJ Walklate, JV
Cross, GM Richardson, RA Murray, D E Baker, em Outubro 2001. A proposed method of
pesticide dose adjustment for different apple orchard structures
assume a dose definida no rótulo como o pior
caso; tratamento de grande intensidade com
árvores de grande porte, i.e como dose máxima
densidade de plantação
(compasso)
variedade e porta enxertos
alterações devido ao crescimento
no período de pulverização
alteração da estrutura
do pomar com o crescimento ou
de acordo com estado fenológico
Tree Area Density
em
pomares
considerar dois fatores de
correção da dose indicada
dose calculada = dose máxima * correção tipo de pomar * estado fenológico
3.3 – Cálculos das quantidades de PF
3.5 – Fatores de eficácia / economia de um tratamento
UM CONCEITO DE EFICÁCIA
 A eficácia mede a relação entre os resultados
obtidos e os objetivos pretendidos,
ou seja, ser eficaz é conseguir atingir um dado
objetivo
 ex.: a pulverização na estufa eliminou 90 %
das larvas de Liriomyza
3.5 – Fatores de eficácia / economia de um tratamento
UM CONCEITO DE EFICIÊNCIA
 A eficiência é a relação entre os resultados
obtidos e os recursos utilizados.
Existem diversos tipos de eficiência, que se
aplicam a áreas diferentes (energética,
económica, física, …)
 ex.: a pulverização na estufa eliminou 90 % das
larvas de Liriomyza, mas foi preciso usar o triplo
do PF
3.5 – Fatores de eficácia / economia de um tratamento
FACTORES QUE INTERVÉM NA EFICÁCIA
1) Adequabilidade da substância ativa à finalidade
pretendida
 ex.: piretróides / lepidópteros
2) Adequabilidade da formulação
 ex.: molhante e tipo de cutícula do vegetal
3) Oportunidade do tratamento
 ex.: presença da praga, susceptibilidade da praga,
prevenção da doença
3.5 – Fatores de eficácia / economia de um tratamento
FACTORES QUE INTERVÉM NA EFICÁCIA
4) Qualidade da aplicação
 Equipamento de aplicação
 Distribuição do produto sobre o alvo
 Qualidade da água (caldas)
3.5 – Fatores de eficácia / economia de um tratamento
FACTORES QUE INTERVÉM NA EFICÁCIA
5) Grau de conhecimento do operador
 Ensaio em branco
 Velocidade de avanço
 Regulações
6) Condições atmosféricas (ex.: vento, calor,
humidade)
7) Período do dia
...
3.5 – Fatores de eficácia / economia de um tratamento
ECONOMIA DE UM TRATAMENTO
Em aplicações sobre arbóreas o parâmetro concentração é o
mais importante
Quando se diminui o volume de aplicação abaixo de 1000 L/ha
não implica ter de aumentar a concentração ao ponto de
manter a dose
 A necessidade de manter a dose é um MITO que pode não
interessar aos agricultores
3.6 – Boa prática fitossanitária
A utilização de um produto fitofarmacêutico deve ser um
“ato responsável”, não deve ser vista de forma isolada, mas
sim integrada num sistema de proteção seguindo os
princípios da Boa Prática Fitossanitária e da Proteção
Integrada.
BOAS PRÁTICAS FITOSSANITÁRIAS
3.6 – Boa prática fitossanitária
Definição de Boa Prática Fitossanitária (Regulamento 1107/2009/CE)
3.6 – Boa prática fitossanitária
Diretiva 2009/128/CE
desde o dia 1 de janeiro de 2014, que a Lei 26/2013 torna obrigatória a aplicação dos princípios gerais do proteção integrada
3.6 – Boa prática fitossanitária
OBJETIVOS GERAIS DAS BOAS PRÁTICAS FITOSSANITÁRIAS
• Segurança na utilização dos Produtos Fitofarmacêuticos
• Limite Máximo de Resíduo aceitável
• Protecção fitossanitária das culturas
3.6 – Boa prática fitossanitária
PRINCÍPIOS GERAIS
• Identificação correcta do inimigo;
• Ponderação de meios de luta alternativa à luta química;
• Escolha correta do produto a usar, no caso da decisão pela luta
química;
• Implementação de medidas de segurança que minimizem o risco
para o aplicador, para o ambiente e para espécies ou organismos
não visados.
3.6 – Boa prática fitossanitária
1ª condição: capacidade do agricultor
 identificação e conhecimento das pragas, doenças e infestantes
da sua cultura
 PREPARAÇÃO CUIDADA DA CALDA
 Utilização das doses / concentrações indicadas no rótulo

efetuar cálculos
 em aplicações sobre arbóreas o parâmetro concentração é o
mais importante
3.6 – Boa prática fitossanitária
 PREPARAÇÃO CUIDADA DA CALDA
 Volume de calda suficiente, não excessivo
 ensaio em branco
 Verificar as compatibilidades. Não é aconselhável,
em geral, a mistura de mais de 3 produtos
 Respeitar a ordem de adição na calda – em 1º as
formulações líquidas
 Local de preparação adequado, sem verter para o
solo
3.6 – Boa prática fitossanitária
 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
ALTO VOLUME
 Característica dos pulverizadores de jacto projetado
 calda projetada pela pressão hidráulica dada pelo
êmbolo
 Deficiente cobertura em fruteiras e vinha
 dificuldade de penetração no seu interior
 Manifestam-se elevadas perdas de calda por escorrimento
 Bons resultados em culturas baixas
 Tipo de pulverização aconselhado para tratamentos
herbicidas
3.6 – Boa prática fitossanitária
 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
MÉDIO OU BAIXO VOLUME
 Característica dos pulv. de jacto transportado
(turbinas) e pneumáticos (atomizadores)
 calda transportada por forte
corrente de ar
 Boa cobertura em fruteiras e vinha
 Risco de arrastamento das gotas mais pequenas
pelo vento
 Apreciável economia de água (implica também
menor compactação do solo)
3.6 – Boa prática fitossanitária
 PULVERIZAÇÕES EM CONDIÇÕES ADVERSAS
DE METEOROLOGIA:
 Evitar pulverizar nas alturas mais quentes do dia
 Com brisa forte (folhas em constante movimento) não
aplicar herbicidas
 Com vento moderado (levantando poeiras e papéis) não
pulverizar
3.6 – Boa prática fitossanitária
 UTILIZAÇÃO DO PRODUTO APROVADO PARA A
FINALIDADE:
 O mais eficaz na circunstância
 O menos tóxico
 Cumprindo as instruções do rótulo
• Informação aos vizinhos quando da aplicação de produtos
tóxicos ou perigosos para abelhas
• Colheita de produtos agrícolas respeitando o intervalo de
segurança
3.6 – Boa prática fitossanitária
• Escolha do material de aplicação, tendo em conta:
 Tipo de bico, velocidade, pressão, volume e dimensão das
gotas  fruteiras:
bicos cónicos de turbulência  herbicidas: bicos de
fenda ou deflectores
 Alvo biológico e tipo de produto
• Manutenção cuidada e calibração do material de aplicação
• Lavagem tripla das embalagens juntando a água de lavagem na
calda

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Iv.3 protecao

  • 1. Unidade 3 Aplicação dos produtos fitofarmacêuticos Proteção das Plantas Módulo IV
  • 2. MATERIAL e TÉCNICAS de APLICAÇÃO de PFs Características/extensão da cultura Frequência e rapidez na aplicação Tipo de formulação Volume de calda Cultura principal Tipo de produto Compatibilidade entre modelos Formação técnica Custo inicial Segurança do operador Ergonomia Facilidade de utilização Assistência da marca Potência exigida por tractor Outros Estado fenológico 3.1 – Escolha do Material de aplicação
  • 3. 3.2 – Calibração dos pulverizadores Calibrar adequadamente o equipamento: verificar tipo de bicos de pulverização medição da altura de barra de acordo com tipo de bicos (ex. fenda 110 º => alt. 50 cm) espaçamento entre bicos ex. fenda 110º => distância de 50 cm uniformidade de débito ao longo da barra    medir débito de todos os bicos DIFERENÇA DE DÉBITO ENTRE BICOS > 10% ou 15 % ( anomalia “importante” DL86/2010 ) desentupimento - limpeza de filtros ESCOVA de NYLON substituição de bicos ?
  • 4. CALIBRAÇÃO de EQUIPAMENTO (ex. fungicidas, insecticidas, reguladores de crescimento) CULTURAS ARBUSTIVAS / ARBÓREAS Calibrar adequadamente o equipamento. As concentrações indicadas destinam-se a pulverizações a alto volume, considerando um gasto de calda de 1000 l/ha. A quantidade de produto deve ser ajustada ao volume de água distribuída por hectare, pelo pulverizador, de forma a não exceder as doses indicadas. Distribuir a calda uniformemente. Calibrar o equipamento de forma a que a técnica e o respectivo volume de calda / ha permita uma distribuição de uniforme de calda no alvo biológico pretendido. Utilize a concentração indicada. observação dos jactos pulverizados bicos de pulverização hidráulica de jacto regulável ajustar forma do leque alvos artificiais corantes indicadores produtos fluorescentes analisar distribuição de calda
  • 5. Medir débito de todos os bicos Já com trator em movimento, registar o tempo entre as duas marcas, distanciadas de 100 m Determinar velocidade do tractor volume de calda / ha = débito de equipamento (l/min) x 600 velocidade (km/h) x largura (m) volume de calda / ha = débito de equipamento (l/min) . x 10 000 velocidade (m/min) x largura (m) Processo inverso: Calcular débito do pulverizador para o volume de calda estabelecido previamente: l/min = volume de calda / ha x velocidade (km/h) x largura (m) 600 3.2 – Calibração dos pulverizadores
  • 6. VELOCIDADE DE AVANÇO Teste imprescindível. Calcular a velocidade de avanço do trator depois de percorridos e cronometrados 100 m na rotação e mudança desejadas s/100 m 50 52 54 56 60 62 64 66 68 70 72 74 76 km/h 7,2 6,9 6,7 6,4 6,0 5,8 5,6 6,5 5,3 5,1 5,0 4,9 4,7 3.3 – Cálculos das quantidades de PF
  • 7. DOSE CULTURAS ARBUSTIVAS E ARBÓREAS TRV Nas aplicações nas culturas arbóreas ou arbustivas, considera-se especial interesse em considerar a dose em função da massa verde (TRV, tree row volume) (m3/ ha), de acordo com a expressão: TRV = h (m) x a (m) x 10 000 (m2 /ha) c (m) em que h, a e c são, respectivamente, altura da cultura, diâmetro ou largura média da copa e distância entre linhas. 3.3 – Cálculos das quantidades de PF
  • 8. a c Massa vegetal = (m3/ha) a (m) x c (m) x 10 000 m2/ha d (m) a c d altura diâmetro médio da copa distância entre linhas d DOSE EM FUNÇÃO DA MASSA VEGETAL (TRV) 3.3 – Cálculos das quantidades de PF
  • 9. Posteriormente surgiu o conceito de “tree area density” (TAD), no qual a dose é resultado do seguinte produto: Dose = dose máxima (regra geral mencionada no rótulo) x correcção do tipo de povoamento (função da variedade, compasso e porta-enxerto) e do estado de desenvolvimento Tree Area Density TAD 3.3 – Cálculos das quantidades de PF
  • 10. Ajustamento da dose Metódo proposto Adaptado de informação confidencial sobre trabalho em publicação de PJ Walklate, JV Cross, GM Richardson, RA Murray, D E Baker, em Outubro 2001. A proposed method of pesticide dose adjustment for different apple orchard structures assume a dose definida no rótulo como o pior caso; tratamento de grande intensidade com árvores de grande porte, i.e como dose máxima densidade de plantação (compasso) variedade e porta enxertos alterações devido ao crescimento no período de pulverização alteração da estrutura do pomar com o crescimento ou de acordo com estado fenológico Tree Area Density em pomares considerar dois fatores de correção da dose indicada dose calculada = dose máxima * correção tipo de pomar * estado fenológico 3.3 – Cálculos das quantidades de PF
  • 11. 3.5 – Fatores de eficácia / economia de um tratamento UM CONCEITO DE EFICÁCIA  A eficácia mede a relação entre os resultados obtidos e os objetivos pretendidos, ou seja, ser eficaz é conseguir atingir um dado objetivo  ex.: a pulverização na estufa eliminou 90 % das larvas de Liriomyza
  • 12. 3.5 – Fatores de eficácia / economia de um tratamento UM CONCEITO DE EFICIÊNCIA  A eficiência é a relação entre os resultados obtidos e os recursos utilizados. Existem diversos tipos de eficiência, que se aplicam a áreas diferentes (energética, económica, física, …)  ex.: a pulverização na estufa eliminou 90 % das larvas de Liriomyza, mas foi preciso usar o triplo do PF
  • 13. 3.5 – Fatores de eficácia / economia de um tratamento FACTORES QUE INTERVÉM NA EFICÁCIA 1) Adequabilidade da substância ativa à finalidade pretendida  ex.: piretróides / lepidópteros 2) Adequabilidade da formulação  ex.: molhante e tipo de cutícula do vegetal 3) Oportunidade do tratamento  ex.: presença da praga, susceptibilidade da praga, prevenção da doença
  • 14. 3.5 – Fatores de eficácia / economia de um tratamento FACTORES QUE INTERVÉM NA EFICÁCIA 4) Qualidade da aplicação  Equipamento de aplicação  Distribuição do produto sobre o alvo  Qualidade da água (caldas)
  • 15. 3.5 – Fatores de eficácia / economia de um tratamento FACTORES QUE INTERVÉM NA EFICÁCIA 5) Grau de conhecimento do operador  Ensaio em branco  Velocidade de avanço  Regulações 6) Condições atmosféricas (ex.: vento, calor, humidade) 7) Período do dia ...
  • 16. 3.5 – Fatores de eficácia / economia de um tratamento ECONOMIA DE UM TRATAMENTO Em aplicações sobre arbóreas o parâmetro concentração é o mais importante Quando se diminui o volume de aplicação abaixo de 1000 L/ha não implica ter de aumentar a concentração ao ponto de manter a dose  A necessidade de manter a dose é um MITO que pode não interessar aos agricultores
  • 17. 3.6 – Boa prática fitossanitária A utilização de um produto fitofarmacêutico deve ser um “ato responsável”, não deve ser vista de forma isolada, mas sim integrada num sistema de proteção seguindo os princípios da Boa Prática Fitossanitária e da Proteção Integrada. BOAS PRÁTICAS FITOSSANITÁRIAS
  • 18. 3.6 – Boa prática fitossanitária Definição de Boa Prática Fitossanitária (Regulamento 1107/2009/CE)
  • 19. 3.6 – Boa prática fitossanitária Diretiva 2009/128/CE desde o dia 1 de janeiro de 2014, que a Lei 26/2013 torna obrigatória a aplicação dos princípios gerais do proteção integrada
  • 20. 3.6 – Boa prática fitossanitária OBJETIVOS GERAIS DAS BOAS PRÁTICAS FITOSSANITÁRIAS • Segurança na utilização dos Produtos Fitofarmacêuticos • Limite Máximo de Resíduo aceitável • Protecção fitossanitária das culturas
  • 21. 3.6 – Boa prática fitossanitária PRINCÍPIOS GERAIS • Identificação correcta do inimigo; • Ponderação de meios de luta alternativa à luta química; • Escolha correta do produto a usar, no caso da decisão pela luta química; • Implementação de medidas de segurança que minimizem o risco para o aplicador, para o ambiente e para espécies ou organismos não visados.
  • 22. 3.6 – Boa prática fitossanitária 1ª condição: capacidade do agricultor  identificação e conhecimento das pragas, doenças e infestantes da sua cultura  PREPARAÇÃO CUIDADA DA CALDA  Utilização das doses / concentrações indicadas no rótulo  efetuar cálculos  em aplicações sobre arbóreas o parâmetro concentração é o mais importante
  • 23. 3.6 – Boa prática fitossanitária  PREPARAÇÃO CUIDADA DA CALDA  Volume de calda suficiente, não excessivo  ensaio em branco  Verificar as compatibilidades. Não é aconselhável, em geral, a mistura de mais de 3 produtos  Respeitar a ordem de adição na calda – em 1º as formulações líquidas  Local de preparação adequado, sem verter para o solo
  • 24. 3.6 – Boa prática fitossanitária  TÉCNICAS DE APLICAÇÃO ALTO VOLUME  Característica dos pulverizadores de jacto projetado  calda projetada pela pressão hidráulica dada pelo êmbolo  Deficiente cobertura em fruteiras e vinha  dificuldade de penetração no seu interior  Manifestam-se elevadas perdas de calda por escorrimento  Bons resultados em culturas baixas  Tipo de pulverização aconselhado para tratamentos herbicidas
  • 25. 3.6 – Boa prática fitossanitária  TÉCNICAS DE APLICAÇÃO MÉDIO OU BAIXO VOLUME  Característica dos pulv. de jacto transportado (turbinas) e pneumáticos (atomizadores)  calda transportada por forte corrente de ar  Boa cobertura em fruteiras e vinha  Risco de arrastamento das gotas mais pequenas pelo vento  Apreciável economia de água (implica também menor compactação do solo)
  • 26. 3.6 – Boa prática fitossanitária  PULVERIZAÇÕES EM CONDIÇÕES ADVERSAS DE METEOROLOGIA:  Evitar pulverizar nas alturas mais quentes do dia  Com brisa forte (folhas em constante movimento) não aplicar herbicidas  Com vento moderado (levantando poeiras e papéis) não pulverizar
  • 27. 3.6 – Boa prática fitossanitária  UTILIZAÇÃO DO PRODUTO APROVADO PARA A FINALIDADE:  O mais eficaz na circunstância  O menos tóxico  Cumprindo as instruções do rótulo • Informação aos vizinhos quando da aplicação de produtos tóxicos ou perigosos para abelhas • Colheita de produtos agrícolas respeitando o intervalo de segurança
  • 28. 3.6 – Boa prática fitossanitária • Escolha do material de aplicação, tendo em conta:  Tipo de bico, velocidade, pressão, volume e dimensão das gotas  fruteiras: bicos cónicos de turbulência  herbicidas: bicos de fenda ou deflectores  Alvo biológico e tipo de produto • Manutenção cuidada e calibração do material de aplicação • Lavagem tripla das embalagens juntando a água de lavagem na calda