2. ASSOCIAÇÃO
QUERIDOS
FILHOS
AMAR É... 100 SANTOS EM
2000 ANOS DE CRISTIANISMO
8ª SÉRIE – 71 a 80
"Queridos filhos! Imitem a vida dos santos;
E que eles sejam um exemplo para vocês!"
3. Era um índio pobre. Pertencia à mais baixa casta do
Império Azteca no México. Trabalhava no campo e
fabricava esteiras. Foi evangelizado e batizado pelos
franciscanos Costumava caminhar de sua vila à Cidade do
México, a quatorze milhas de distância, para aprender a
Palavra de Cristo. Andava descalço e vestia, nas manhãs
frias, uma roupa de tecido grosso de fibra de cactos como
um manto, chamado tilma ou ayate. Durante uma de suas
idas à igreja, no dia 9 de dezembro de 1531, por volta de
três horas e meia, entre a vila e a montanha, ocorreu a
primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe. A
Virgem o encarregou de pedir ao bispo para construir uma
igreja no lugar da aparição. O bispo não se convenceu e
pediu provas concretas sobre a aparição. No dia 12 de
dezembro ele estava indo à cidade quando a Virgem
apareceu e pediu que ele colhesse flores ( que não
cresciam no inverno) para levar como prova da aparição ao
bispo. Diante do bispo, João Diego abriu sua túnica, as
flores caíram e no tecido apareceu impressa a imagem de
Nossa Senhora de Guadalupe. Após o milagre dedicou o
resto de sua vida propagando as aparições aos seus
conterrâneos nativos que se convertiam.
Em 31 de Julho de 2002 o
índio Juan Diego foi
canonizado pelo papa
João Paulo II na Basílica
de Nossa Senhora de
Guadalupe no México.
Disse o papa naquele dia:
São Juan Diego Cuauhtlatoatzin – sec XVI
71“Amado Juan Diego, ensina-
nos o caminho que conduz
para a Virgem Morena para
que Ela nos receba no íntimo
do seu coração, dado que é a
Mãe amorosa e misericordiosa
que nos orienta para o Deus
verdadeiro”
4. Jovem militar de família nobre era de porte elegante,
espirituoso, dado ao jogo, à poesia, as aventuras das
armas e outras. Numa batalha na cidade de Pamplona
foi ferido na perna por uma bala de canhão. Durante o
longo tratamento a que teve que sujeitar leu a paixão de
Cristo e a vida dos santos. Meditando decidiu deixar o
serviço das armas e se dedicar totalmente ao serviço de
Deus. Retirou-se para a solidão para levar uma vida de
eremita e em meio as desolações e consolações
espirituais em 1522 escreveu os célebres exercícios
espirituais obra que até hoje é utilizado na Igreja
Peregrinou a Terra Santa e quando voltou dedicou-se aos
estudos teológicos. Seis companheiros se uniram a ele e
foi fundada a Ordem dos Jesuítas que logo foi acolhida
pela Igreja. Sendo o superior geral trabalhou pela
consolidação e expansão da Ordem em vários países na
Europa, na Ásia e na África. Tinha sempre como meta a
maior glória de Deus por meio da expansão de seu reino
na Terra através da Igreja. Manteve estreita união com o
Papa a cujas ordens devotava estrita obediência. No
Brasil, entre tantas obras os jesuítas fundaram a cidade
de São Paulo e a eles muito se deve da base católica de
nosso país.
Santo Inácio de Loyola – séc. XVI
Preservando os valores mais
elevados da fé católica santo
Inácio prestou um grande
serviço à Igreja no mundo
inteiro ao fundar a
Companhia de Jesus.
“Ide, incendiai o
mundo no amor de
Deus e das almas” era
a palavra que dirigia
aos missionários na sua
despedida.
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5. Matriculado na Universidade de Paris e dotado de
rara inteligência seu ideal era ser grande no
mundo. Na mesma época vivia em Paris Inácio de
Loyola que pouco a pouco o conquistou para o
Evangelho sendo, então, dos primeiros a ingressar
na Companhia de Jesus que o ajudou a conquistar
a humildade. Foi depois enviado como
missionário para a Índia. Chegando em Goa, a
capital, iniciou com a catequese às crianças e
depois aos adultos. De dia evangelizava e de noite
passava em oração e penitência. Batizava
milhares e milhares de pessoas a ponto de seu
braço ficar cansado. Fazia numerosos e
estupendos milagres. A pedido de uma mãe
ressuscitou a filha que já estava enterrada a três
dias. Viajou milhares de quilômetros de região em
região. Depois foi ao Japão. Em todos os lugares
convertia milhares a fé cristã. Quis, então,
evangelizar a China e para lá se dirigiu. Porém, ao
chegar adoeceu gravemente e morreu paupérrimo
e sozinho numa cabana na praia.
Da China seu corpo foi
levado para a Índia. Onde
o navio atracava se
realizavam grandes
milagres
Percorreu mais de cem
mil milhas e em mais
de cem ilhas e reinos
pregou o Evangelho.
Batizou mais de
duzentas mil pessoas.
São Francisco Xavier – Séc. XVI
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6. Apaixonada pela vida dos santos desde pequena ainda
criança quis deixar a casa dos pais para encontrar o
martírio, porém seus pais não permitiram. Mais tarde,
por algum tempo, tornou-se menos fervorosa e um tanto
vaidosa. O pai entregou-a aos cuidados das religiosas
agostinianas e sua conversão foi imediata e firme.
Adoeceu, voltou a casa dos pais e decidiu servir a Deus
na vida monástica. Teve novos momentos de tibieza e
pediu a Deus a graça da constância e fervor. Tendo
recebido a graça pedida também foi revelado a ela
visões sobre a realidade do inferno para os vaidosos.
De tal maneira esta visão a impressionou que decidiu
restabelecer a regra carmelitana com todo o rigor
primitivo. A idéia foi aprovada pelo papa e sofreu
resistência do clero e dos religiosos. Com a intuição de
saber ser esta obra a vontade Deus pôs mãos a obra e
venceu. Fundou 32 mosteiros (17 femininos e 15
masculinos) e muitos outros ela reformou. Entrando em
vigor em todos eles a regra original. Alcançou o mais
alto grau da vida mística. Graças extraordinárias a
acompanhavam constantemente: comunicações diretas
divinas, visões, presença visível de Cristo. Os seus
numerosos escritos a colocam entre os maiores místicos
da Igreja. Escreveu “O Castelo interior”.
Em alguns de seus
êxtases, conforme sua
autobiografia, chegava a
se elevar por um metro
do chão.
Santa Teresa D’Ávila – Séc. XVI
Doutora da Igreja
74Quando recebeu os
últimos sacramentos.
ergueu-se do leito e
exclamou: “Ó, Senhor,
por fim chegou a hora
de nos vermos
face a face!"
7. Desde pequeno tinha grande devoção à
Virgem Maria e com nove anos já tinha
gosto pelas mortificações, dormia poucas
hora num leito duro e fazia jejuns. Entrou
na Ordem de Nossa Senhora do Carmo
(Carmelitas). Quando para celebrar sua
primeira Missa examinou sua consciência
com rigor e não achou falta grave com a
qual tivesse ofendido a Deus. Pediu e
recebeu de Deus a graça de ser sempre
preservado do pecado mortal. Santa Teresa
D’Avila considerava-o santo e afirmou que
nunca havia percebido nele a mínima falta.
Desejando entrar numa ordem mais
rigorosa, a ordem dos Trapistas, Santa
Teresa disse ser a Vontade de Deus que
permanecesse carmelita e se dedicasse a
reforma da disciplina da Ordem. Em pouco
tempo conseguiu a reforma de conventos
da Ordem. Grande místico escreveu obras
clássicas sendo mais conhecida entre
todas “A noite escura da alma”
Santa João da Cruz – Séc. XVI
Doutor da Igreja
Nosso Senhor Jesus
Cristo mostrou-se-lhe
uma vez na figura que
tinha quando morreu
na cruz
Esta imagem ficou
tão profundamente
gravada na memória
do santo que não
podia recordá-la
sem chorar
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8. Sua mãe morreu quando ele nasceu e seu pai
quando tinha seis anos de idade. Ingressou na
vida militar. Adoeceu durante uma batalha e
voltou a Roma onde foi intenado no hospital dos
incuráveis. Devido a paixão pelo jogo foi
expulso do hospital. Trabalhou como servente de
pedreiro para os capuchinhos. Uma conversa com
o guardião do convento lhe abriu os olhos.
Converteu-se e desejou tornar-se religioso,
Porém, não foi aceito por que tinha uma úlcera no
pé, incurável. Foi, então, ao hospital de Roma
onde foi aceito como administrador e ali começou
sua dedicação a servir os enfermos. Viu que os
enfermeirtos, mal assalariados, não davam a
devida atenção aos doentes. Decidiu iniciar uma
irmandade religiosa onde os irmãos tratariam dos
doentes sem para isso nada esperar a não ser a
recompensa divina. Formou uma comunidade e
fundou casas em diversas regiões da Europa.
Primeiro vieram irmãos leigos depois também
sacerdotes. E ele mesmo voltou aos estudos e foi
ordenado sacerdote. Hoje os camilianos estão
presentes em todos os contnentes.
São Camilo de Lellis – Séc. XVII
A Bula de Canonização
se refere a Camilo como
sendo uma verdadeira
‘mãe’ para os doentes.
Quando chegou a peste em
Roma, mesmo com dores
horríveis no pé, ia de casa
em casa socorrendo e
consolando os
pobres doentes
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9. Nasceu em Lima (Peru), filha de pais espanhois. Menina
ainda escolheu Santa Catarina de Sena por modelo e
protetora e procurou seguir seu exemplo de servir a Deus.
Sendo muito bela não procurava exaltar sua beleza física
mas a minimizar. Conhecendo o amor próprio como
causador de muitos prejuízos à vida espiritual realizava
duras penitências. E praticava a obediência sem reservas
aos pais e a paciência sem limites nas adversidades. Seus
pais foram infelizes nos negócios e ela entrou para o
serviço doméstico, como empregada, na casa de um
cidadão. Ali era pontual, disciplinada, virtuosa sem nunca
deixar as práticas de piedade. Seus patrões quiseram que
se casasse mas ela renovou seu voto de castidade e
decidiu entrar na Ordem Terceira de são Domingos. Ao
entrar na Ordem foi morar numa cela estreita e pobre onde
se entregou as práticas da mais austera penitência. A cruz
não lhe faltou. Por quinze anos sofreu duras perseguições
de pessoas que viviam no mundo. Todos estes sofrimentos
a fizeram firmar-se mais na virtude e na santidade. Na
última doença que lhe causou grandes dores disse.
“Senhor, fazei-me sofrer mais, contanto que aumente o
meu amor a Vós”
Santa Rosa de Lima – Séc. XVII
Por vezes Rosa usava
na cabeça uma coroa de
espinhos para ter
sempre presente a
Paixão do Senhor.
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Seu enterro foi uma
verdadeira apoteose.
O próprio arcebispo
de Lima presidiu as
exéquias.
10. Seus pais eram de alta nobreza e muito religiosos já
o tendo consagrado a Deus antes do nascimento. Sua
mãe desde cedo implantou nele o Amor a Deus, à
Igreja e à oração. Com ela visitava os pobres e
doentes e era ele quem dava a esmola aos pobres. E
assim moldou-se uma alma santa. Durante os
estudos mantinha-se na oração e práticas espirituais.
Evoluiu nos estudos de retórica, línguas orientais,
filosofia e teologia. Enfrentou um período de grande
aridez espiritual e tentações, mas venceu pela oração
e a proteção da Virgem Maria. Terminados os
estudos o pai desejava que ele se tornasse senador de
Chambery e que se casasse com uma fidalga da
Casa de Savoia. Ele, porém, decidiu pelo sacerdócio.
Enfrentou na época muitas perseguições dos
calvinistas. Pela sua ação 72 mil calvinistas
voltaram à Igreja Católica. Foi eleito bispo e visitou
toda a diocese a pé exortando os fiéis à perseverança
e à prática do bem. Escreveu belíssimos livros
religiosos famosos até o dia de hoje. Fundou a
Congregação feminina da Visitação de Nossa
Senhora que foi bem aceita pelo povo.
A Bula de sua canonização
enumera entre outros
milagres provados e
documentados a cura de um
cego de nascimento, de
quatro paralíticos e a
ressurreição de dois mortos
São Francisco de Salles – Séc. XVII
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Em 1923 foi
declarado Doutor da
Igreja e Padroeiro da
Imprensa e dos
jornalistas católicos
11. Seus pais eram pobres e piedosos. Desde criança tinha
muito amor a oração. Com quatro anos de estudo evoluiu
tanto que pode ensinar aos outros e deste modo, mais
tarde, pagou seus estudos superiores sem exigir sacrifícios
do pai. Em 1600 foi ordenado sacerdote e em 1605 foi
preso e vendido como escravo em Tunis. Sofreu muitas
humilhações, mas respondendo a uma das esposas do seu
patrão sobre a fé cristã esta se admirou de suas virtudes e
pediu que ele fosse libertado. Voltou para Roma querendo
viver de forma mais perfeita a vida cristã. Visitava os
doentes no hospital. Ali o acusaram de roubo o somente
seis anos depois o verdadeiro ladrão confessou. Seus
superiores lhe encarregaram a educação dos filhos do
conde e neste tempo podia atender a cura d’almas .
Atendeu aos prisioneiros das galés. E se ofereceu e foi
trocado por um preso que sofria muito a falta da família.
Os seus o procuraram e soltaram Pregou muitos retiros
espirituais os quais ajudaram na formação de grandes
bispos. Fundou a Confraria da Caridade que atendia aos
pobres, enfermos, crianças, cegos, doentes mentais. Desta
confraria surgiu a Congregação das Irmãs de Caridade.
Confiante na Divina Providência nunca abandonou o
espírito de oração.
São Vicente de Paulo – Séc. XVII
É admirável que Vicente
completamente
desprovido de bens
materiais pudesse fazer
tanto bem aos
necessitados.
Certa vez fez-se de
mendigo para obter
esmolas e donativos
para os necessitados
de uma catástrofe
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12. Filha de um alto funcionário do palácio, desde os 4 anos
foi criada dentro de um ambiente onde nem sempre
reinava os princípios da fé cristã. Mas o seu maior prazer
era a oração e desde pequena se consagrava a Deus.
Voltou para casa e com a morte de seu pai ficou sob o
cuidado das clarissas. Adoeceu e teve que deixar as
clarissas. Por milagre foi curada. Iniciou o serviço aos
pobres nos quais via Jesus Cristo. Ela sentia o chamado ao
claustro e algumas vezes teve a visão de Jesus flagelado
que a chamava. Ingressou na Ordem da Visitação em
Paray le Monial e foi submetida a duras provas de
humildade que sempre superou, pois em todo lugar sentia
a presença de Deus. Toda sua vida recebeu muitos favores
espirituais culminando com as revelações quando Jesus lhe
apareceu e pediu que propagasse a devoção ao seu Sagrado
Coração. O Divino Salvador também lhe pediu que se
honrasse o Santíssimo Sacramento com a comunhão nas
primeiras sextas-feiras do mês e instituiu a hora santa
pedindo a misericórdia do Pai pelos pecadores. Sob a
direção e apoio espiritual do padre La Combiere, jesuíta,
estabeleceu-se a Festa do Sagrado Coração de Jesus na
primeira sexta-feira após Corpus Christi conforme o
pedido de Jesus a ela.
Santa Margarida Maria Alacoque – Séc. XVII
Em junho de 1675,
durante a oitava do
Santíssimo Sacramento,
Jesus lhe apareceu e
descobrindo-lhe o seu
Divino Coração disse
a Santa Margarida:
“Eis aqui este Coração
que tanto amou os
homens... e em troca não
recebo da maior parte
senão ingratidões...”
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13.
14. PPS Produzido por Dr. Dário Antônio da Silva Mattos
Associação Queridos Filhos - www.queridosfilhos.org.br
AMAR É... 100 SANTOS EM
2000 ANOS DE CRISTIANISMO
8ª SÉRIE – 71 a 80
Fontes bibliográficas: 1. Lehmann, Pe João Batista – Na Luz Perpétua – 4ªed vv1e2.- Ed.Lar Católico, 1956; 2. Internet