1. A Catequese inspirada no processo catecumenal
A iniciação cristã,
identificada com o
processo catecumenal (cf.
CT 23), é o processo
gradual de fé realizado
pelo convertido, com a
ajuda de uma comunidade
de fiéis, para tornar-se
membro da mesma, por
meio dos sacramentos de
iniciação e a força do
Espírito Santo.
2. O catecumenato é uma das
instituições mais antigas e básicas
da Igreja, de caráter litúrgico,
catequético e moral. Nasceu na
Igreja antiga como processo de
preparação para a vida cristã e de
verdadeira iniciação que a Igreja
exigia para os convertidos adultos
para que a sua fé inicial fosse
maturada, explicitada e celebrada.
Afinal, no início do cristianismo, ser cristão era perigoso.
A sociedade não aceitava a fé e o testemunho dos cristãos.
A formação cristã tinha de ser sólida e profunda. Sem
isso, o cristão desanimava na primeira perseguição.
3. O catecumenato
desenvolveu-se nos séculos
III e IV. Porém, à medida
que os cristãos foram sendo
bem aceitos na sociedade,
muitas pessoas queriam ser
batizadas.
A quantidade de
catequizandos era tão
grande, que já não era
possível dar a todos uma
formação profunda. O
catecumenato foi
praticamente esquecido.
4. Hoje, a injustiça social, a pluralidade e a
indiferença religiosa nos desafia. Sem uma
catequese profunda, o cristão não dá testemunho
de fé e não suporta as novas formas de
perseguição.
Por isso, as comunidades
devem oferecer o
catecumenato,
especialmente aos jovens
e adultos que estão
começando a caminhada
de fé.
5. O catecumenato batismal tem quatro etapas, que o
Ritual de Iniciação Cristã de Adultos (RICA) chama
de tempos:
Pré-catecumenato
É caracterizado pelo fato que
nele se realiza a primeira
evangelização, em vista da
conversão, e se explicita o
“kerigma” do primeiro
anúncio.
6. É a etapa anterior à admissão como
catecúmeno e de grande
importância, de tal forma que não
deve ser omitida. Nesta etapa se
realiza a acolhida dos candidatos
(cf. RICA 12), com a busca do
conhecimento de quem são e de
como vivem.
Por seu lado, os candidatos vão travando conhecimento
da comunidade cristã. O clima é o do diálogo. É o
tempo que prolonga o testemunho da vida cristã feito
pela Igreja e que deve ser perceptível na vida cotidiana.
Este testemunho é explicitado do primeiro anúncio.
7. O grande objetivo desta
fase é abrir os corações
dos simpatizantes de modo
que a ação do Espírito
Santo faça surgir a fé e a
conversão iniciais de modo
a suscitar adesão livre a
Jesus Cristo e a Igreja (cf.
RICA 10).
Nesta etapa são chamados de simpatizantes ou pré-
catecúmenos. A duração deste tempo é indeterminada.
E os agentes são catequistas que podem ser
presbíteros, diáconos e leigos.
8. Eu vou jogar no time de Jesus (E)
E A
Eu vou jogar no time de Jesus
B7 E
Eu vou fazer o gol da união - Gol
C#m F#m
O nosso time não tem reserva,
B7 E
com Jesus Cristo eu sou titular.
9. Catecumenato
O catecumenato é tempo
em que os candidatos
recebem formação integral
e exercitam-se na vida
cristã com vistas a atingir
uma maturidade na fé e nas
disposições que
manifestaram no seu rito
de admissão.
10. São quatro os meios propostos para isso:
a) A catequese distribuída
por etapas, relacionada
com o ano litúrgico e
apoiada nas celebrações
da Palavra, cujo objetivo
não é só o conhecimento
dos dogmas e preceitos,
mas a íntima percepção do
mistério da salvação.
11. b) Pela oração constante, o testemunho de vida, a atitude
de esperança em Cristo, o seguimento das inspirações de
Deus e a prática da caridade. Isso tudo constitui o
itinerário espiritual pelo qual já comungam da morte e
ressurreição de Cristo e vão passando do velho ao novo
homem. Esta passagem acarreta progressiva mudança de
mentalidade e dos costumes, com suas conseqüências
sociais.
12. c) Através dos ritos litúrgicos apropriados, os
catecúmenos são por eles gradativamente
purificados e protegidos pela bênção divina. Assim
vão sendo iniciados na liturgia e na futura
participação na Eucaristia.
13. d) Pela cooperação na vida apostólica da Igreja
pelo seu testemunho de vida e profissão de fé vão
cooperando ativamente na evangelização e na
edificação da Igreja (cf. RICA 19).
14. Os requisitos para alguém ser
admitido como catecúmeno são que,
tendo freqüentado o pré-
catecumenato, tenha fé inicial,
princípio de conversão, desejo de
mudar de vida e a busca de uma
relação pessoal maior com Deus em
Jesus Cristo.
Neste sentido, deverá possuir já os
rudimentos da vida espiritual, os
fundamentos da doutrina cristã, o
costume de rezar e invocar a Deus e
alguma experiência da comunidade
cristã e do seu espírito (cf. RICA 15).
15. Vê-se assim que o processo
catecumenal é um processo
de educação global na vida
cristã, que deve evidenciar,
por uma iniciação realizada
de forma orgânica, o mútuo
relacionamento que existe
entre Cristo, a Igreja, a
Palavra de Deus, a liturgia,
a catequese, o testemunho
cristão e a missão
evangelizadora.
16. Catequese quaresmal (ou pré-sacramental).
O tempo da purificação e iluminação, que fornece
uma preparação mais intensa aos sacramentos da
iniciação, e no qual tem lugar a ‘entrega do
Símbolo’ (o Credo) e a ‘entrega da Oração do
Senhor’ (o Pai Nosso).
17. A iluminação coincide com a
Quaresma e tem sentido
eminente de preparação para
a celebração do mistério
pascal, tanto para os
catecúmenos como para os
fiéis (cf. RICA 21).
O seu objetivo é a intensa preparação espiritual, mais
relacionada com a vida interior do que à catequese, pela
busca da purificação dos corações, pelo exame de
consciência e penitência e pela iluminação com um
conhecimento mais profundo de Cristo. Para tanto, este
tempo é rico em ritos e celebrações, a começar pela própria
liturgia da Quaresma.
19. O tempo da mistagogia coincide
com o tempo pascal. Caracteriza-
se como o tempo em que a
comunidade cristã estreita a sua
relação com os ‘neófitos’ e, unida
a eles, vai progredindo no
conhecimento e na vivência do
mistério pascal.
Os instrumentos para tal são novas explanações e a
experiência dos sacramentos recebidos, desenvolvidos
na meditação do Evangelho, na participação na
Eucaristia e na vivência da caridade (cf. RICA 37-39).
O lugar desta mistagogia são as Eucaristias dominicais
do tempo pascal.
20. O telefone de Deus (D)
D Em
O telefone de Deus é a oração.
A D
O telefone de Deus é joelho no chão.
D7 G Gm
Disque uma vez, disque duas ou três
D Bm Em A
D (D7)
/: Se não atender, se não atender. Disque outra
vez./:
21. A catequese parte da
condição que o próprio
Jesus indicou, “aquele
que crer”, aquele que se
converter, aquele que se
decidir.
A catequese é um processo de educação
comunitária, permanente, progressiva, ordenada,
orgânica e sistemática da fé.
Natureza, finalidade e tarefas da CatequeseNatureza, finalidade e tarefas da Catequese
22. As tarefas fundamentais da catequese.
A fé precisa ser conhecida, celebrada, vivida e
traduzida em oração.
Como ela deve ser vivida em
comunidade, manifestada no dia-
a-dia e anunciada na missão, ela
precisa também ser
compartilhada, testemunhada e
anunciada.
Temos, então, para a catequeseTemos, então, para a catequese
quatro tarefas fundamentais equatro tarefas fundamentais e
mais três complementares:mais três complementares:
23. O conhecimento da fé: a catequese introduz o
cristão no conhecimento do próprio Jesus, das
Escrituras Sagradas, da Igreja, da Tradição e das
fórmulas da fé, particularmente do Credo
apostólico.
E, neste sentido, as
fórmulas doutrinas
ajudam no
aprofundamento do
mistério cristão: é a
dimensão doutrinal da
catequese.
24. A iniciação litúrgica: para
realizar a sua obra salvífica,
Cristo está presente em sua
Igreja, sobretudo nas ações
litúrgicas (SC 7).
É tarefa da catequese introduzir no significado e
participação ativa, interna e externa, consciente, plena e
frutuosa dos mistérios (sacramentos), celebrações, sinais,
símbolos, ritos, orações e outras formas litúrgicas.
A Liturgia, por sua própria natureza, possui uma
dimensão catequética.
A catequese deve ser realizada em harmonia com o
ano litúrgico.
25. AA formação moralformação moral:: uma tarefa importante da catequeseuma tarefa importante da catequese
é educar a consciência, atitudes, espírito e projeto deé educar a consciência, atitudes, espírito e projeto de
vida segundo Jesusvida segundo Jesus..
As bem-aventuranças e os mandamentos, lidosAs bem-aventuranças e os mandamentos, lidos
e praticados à luz do Evangelho, e com suase praticados à luz do Evangelho, e com suas
conseqüências éticas e morais, tanto pessoaisconseqüências éticas e morais, tanto pessoais
como sociais, fazem parte do conteúdocomo sociais, fazem parte do conteúdo
essencial da educação para as atitudes cristãsessencial da educação para as atitudes cristãs..
A formação para o Sacramento da Penitência contribui
para a formação moral.
A coerência da vida dos cristãos com sua fé é sinal de
eficácia da evangelização. Somente esta coerência
poderá evitar os desvios do materialismo, consumismo,
hedonismo e relativismo.
26. A Vida de Oração: cabe à catequese ensinar a
rezar por, com e em Cristo, com os mesmos
sentimentos e disposições com as quais ele se
dirige ao Pai: adoração, louvor, agradecimento,
confiança, súplica, contemplação..
O Pai Nosso é o modelo acabado da
oração cristã.
O catecumenato, conforme o RICA prevê a entrega do livro da
Palavra de Deus, do Credo e do Pai Nosso.
A vida cristã atinge maior profundidade se é permeada por
um clima de oração. A catequese torna-se estéril e infrutífera
se reduzida a um estudo ou reflexão doutrinal.
27. Nos temos tanto (D)
A7 D Em A7
Nós temos tan, taran, tan, tan, taran, tan, tan, taran tanto.
D
Para estar agradecidos.
Em A7
Nós temos o Pai, nós temos o Filho, nós temos o Espírito.
D
Para estar agradecidos.
Nós temos a vida, a felicidade e a vocação. Para estar
agradecidos.
28. A Vida comunitária: Se a
fé pode ser vivida em
plenitude somente dentro
da comunidade, é
necessário que a catequese
cuide com carinho desta
dimensão.
Os Evangelhos ensinam algumas atitudes importantes para
a vida comunitária: simplicidade e humildade, solicitude
pelos pequenos, atenção aos que erram ou se afastam,
correção fraterna, oração em comum, amor fraterno,
partilha de bens.
O ecumenismo e o diálogo inter religioso também fazem
parte desta educação para a comunidade.
29. Testemunho: missão do
cristão é levar, à sociedade
de hoje, a certeza de que a
verdade sobre o ser humano
só se revela plenamente no
mistério do Verbo
encarnado.
O testemunho de santidade tornará este anúncio
plenamente digno de fé.
30. A Missão: O verdadeiro discípulo de Jesus é
missionário do Reino.
Não há, portanto, autêntica catequese sem aNão há, portanto, autêntica catequese sem a
iniciação à missão como parte essencial dainiciação à missão como parte essencial da
vocação cristã.vocação cristã.
31. Põe a mão na boca (D)
D A D
Põe a mão na boca, na cabeça, na orelha e no dedão do pé.
Dá uma voltinha, três pulinhos.
A D
Dá um abraço no seu vizinho.
Faz cosquinha no seu vizinho...
Dá um beliscam no seu vizinho...
32. Finalidade da catequese
A finalidade da catequese é
aprofundar o 1° anúncio do
Evangelho: levar o
catequizando a conhecer,
acolher, celebrar e vivenciar o
mistério de Deus, manifestado
em JC, que nos revela o Pai e
nos envia o Espírito Santo.
Conduz à entrega do coração a
Deus, à comunhão com a
Igreja, corpo de Cristo e à
participação em sua missão.
33. Abro e fecho a minha mão (C)
C Dm
Abro e fecho sem parar
G7
Abro e fecho a minha mão
C
E depois vou descansar.
Abro e fecho a outra mão
Abro e fecho sem parar
Abro e fecho a outra mão
E depois vou descansar.
Abro e fecho as duas mãos
Abro e fecho sem parar
Abro e fecho as duas mãos
E depois eu vou rezar (trabalhar).
34. Natureza da catequese
A catequese é, em
primeiro lugar, uma ação
eclesial: a Igreja transmite
a fé que ela mesma vive e
o catequista é um porta-
voz da comunidade e não
de uma doutrina pessoal.
Ela transmite o tesouro da
fé (traditio) que, uma vez
recebido, vivido e crescido
no coração do catequizando,
enriquece a própria Igreja
(redditio).
35. Ela, ao transmitir a fé, gera filhos
pela ação do Espírito Santo e os
educa maternalmente.
A catequese faz parte do ministério
da Palavra e do profetismo eclesial.
Por ser educação orgânica e sistemática da fé, a catequese
se concentra naquilo que é comum para o cristão, educa
para a vida de comunidade, celebra e testemunha o
compromisso com Jesus.
Ela exerce, portanto, ao mesmo tempo, as tarefas de
iniciação, educação e instrução.
É um processo de educação gradual e progressivo,
respeitando os ritmos de crescimento de cada um.