3. Perceção
É a conduta psicológica com a qual organizamos as
diversas sensações de modo a tomarmos conhecimento
da realidade. Com a perceção conhecemos o mundo que
nos rodeia.
4. Fatores de significação
• a idade;
• o sexo;
• o contexto cultural,
• a atividade profissional,
• a experiência anterior,
• as expectativas,
• o estatuto social.
5. Fatores de significação
Estes fatores, que constituem a história pessoal do sujeito, vão
subjetivar o ato percetivo, na medida em que cada sujeito interpreta as
manifestações exteriores (significantes) atribuindo-lhes um significado;
a objetividade do estímulo dá lugar a interpretações diferentes que
variam de acordo com as significações atribuídas por cada um (que são
dependentes da sua história pessoal).
6. Constância percetiva
A perceção diz-nos que a visão que temos do mundo não é uma
representação mas uma interpretação. O reconhecimento envolve
experiências, memórias e aprendizagens que mantêm as características
dos objetos, apesar das circunstâncias que estes se encontram serem
diversas.
Verificamos Constância de tamanho , Constância de forma e Constância
do brilho e da cor.
8. Condicionamento
É um processo em que associamos um estímulo condicionado a um
estímulo natural, a repetição desta associação leva o indivíduo a reagir
ao estímulo condicionado do mesmo modo que reagiria ao estímulo
natural.
9. Condicionamento Clássico
Assenta no binómio: estímulo-resposta:
Estímulo – é um elemento do meio que produz um efeito sobre o
organismo, levando-o a alteram o seu comportamento.
Resposta – é a atividade do organismo que sucede à captação do estímulo
(movimento, pensamento, emoção, secreção)
10. Condicionamento Operante
Caixa de Skinner - experiência do rato. Quando o rato estabeleceu uma
associação entre a resposta operante (premir a alavanca) e o reforço
(alimento), concluiu a aprendizagem, ficou condicionado a premir a
alavanca para comer.
11. Condicionamento Clássico Condicionamento Operante
Estímulos Associação de estímulos neutros e
incondicionados
O comportamento é
acompanhado de consequências
positivas
Natureza
Comportamento
Reflexos, respostas mecânicas e
automáticas
Comportamento aprendidos e
adquiridos
Tipo de resposta Involuntária Voluntária
Papel do sujeito Passivo, o comportamento é
mecânico
Ativo, o sujeito opera para obter
satisfação ou evitar a dor
Tipo de
aprendizagem
A aprendizagem faz-se por
associação de estímulos
A aprendizagem faz-se por
reforço (positivo ou negativo)
12.
13. Reforço, Castigo e Reforço Positivo e Negativo
Reforço: Qualquer estímulo que surge em consequência de um
comportamento e que aumenta a sua ocorrência.
Castigo: Qualquer estímulo que surge em consequência de um
comportamento e que diminui a sua ocorrência
Reforço positivo: estímulo apetecível que aumenta a frequência do
comportamento
Reforço negativo: o retirar do estímulo aversivo que aumenta a
frequência do
14. Aprendizagem social
Segundo Bandura este tipo de aprendizagem ocorre pela observação
das condutas daqueles com quem vivemos (a maior parte dos
comportamentos das crianças são aprendidos por imitação de modelos -
MODELAGEM). De acordo com Bandura, as pessoas podem aprender
diretamente ou indiretamente:
15. Aprendizagem social
A aprendizagem direta é feita através de aquisições por reforço ou
castigo direto em que as consequências positivas ou negativas dos atos
recaem sobre o sujeito que os pratica.
A aprendizagem indireta faz-se por reforço negativo ou castigo
indireto ou vicariante em que os modos de proceder são indicados pela
observação das consequências positivas e negativas que recaem nos
outros.
o reforço vicariante consiste na aprendizagem feita pela observação das
consequências de determinados comportamentos.
16. Memória
Processo de recordar conteúdos aprendidos que foram armazenados para
serem utilizados em momentos posteriores.
Aprendizagem e memória são processos indissociáveis pois só se
retém na memória aquilo que foi aprendido; e só se considera aprendido
aquilo que se reteve na memória. Deste modo, sem memória, as
aprendizagens teriam de estar constantemente a ser adquiridas, o que
significa que não ter memória seria o mesmo que não ter aprendido
nada.
17.
18. Distorção do traço mnésico
Acontece quando existem alterações que baralham o que inicialmente foi
aprendido. Deve-se a falhas que podem ocorrer na codificação, no
armazenamento ou na recuperação de conteúdos.
Falhas na codificação: algo foi deturpado pela significação que cada um
atribuiu aquilo que memorizou
Falhas no armazenamento: o que possuímos armazenado na memória de
longo prazo está sujeito a falhas que acontecem por via do tempo.
Falhas na recuperação: existe interferência de outras informações ou
supressão de um acontecimento ou pensamento que provoca
perturbação no sujeito.
19. O Esquecimento
Esquecimento por inibição proactiva: há esquecimento provocado
pelas interferência de recordações passadas
Esquecimento por inibição retroativa: há esquecimento pela
interferência de novas informações
20. O Esquecimento
Segundo Freud nós esquecemos o que inconscientemente nos convém –
temos uma motivação inconsciente para o esquecimento, evitamos
assim os acontecimentos penosos e as situações angustiantes, este
processo designa-se por recalcamento, as memórias objeto de
recalcamento não são recuperadas por um ato de vontade. O
recalcamento funciona como um mecanismo de defesa afasta
determinadas recordações de modo a evitar os conflitos internos.
21. Emoção
Características das emoções:
Têm um TEMPO
Variam de INTENSIDADE
Refletem ALTERAÇÕES CORPORAIS, expressões faciais,
aceleração do ritmo cardíaco.
Têm CAUSAS OU OBJETOS a que se dirigem, acontecem a
propósito de algo
São VERSÁTEIS - aparecem e desaparecem rapidamente.
Têm uma POLARIDADE: são positivas ou negativas
Não são determinadas pelos factos, mas sim pela
INTERPRETAÇÃO desses factos
Reações curtas e intensas
do organismo a um
acontecimento
inesperado, que são
acompanhadas de uma
tonalidade afetiva
agradável ou desagradável.
22. Emoção
Afetos: Estados psicológicos elementares que determinam sensações
agradáveis ou desagradáveis no indivíduo, em função dos sentimentos
que nutre em relação a pessoas ou outros seres.
Sentimentos: Estados afetivos relativamente estáveis de média
intensidade e com papel moderador nas relações que o sujeito
estabelece com a realidade.
23. Emoção
Para Damásio as emoções e sentimentos apresentam
natureza diferente: as emoções implicam alterações
fisiológicas (aceleração do ritmo cardíaco e respiratório,
entre outras); enquanto que o sentimento é a tomada de
consciência dessas alterações fisiológicas, o ritmo a que se
vão sucedendo e a sua evolução.
24. Emoção
Emoções primárias: inatas, revelam-se úteis porque permitem
reações automáticas que facilitam que o individuo fuja do perigo, estas
são promovidas pelo sistema límbico (amigdala, talamo, hipotalamo,
hipocampo)
Emoções secundárias: implicam uma avaliação cognitiva dos
acontecimentos, esta avaliação necessita de fazer associações com
aprendizagens já feitas. Estas emoções ocorrem no córtex pré-frontal.
25. Emoção
Componentes da emoção:
Reações Biológicas
Reações expressivas
Experiências conscientes
Alterações fisiológicas da emoção:
Respiração ofegante
Tremuras musculares
Rubor facial
Aceleração do ritmpo cardíaco
Decréscimo da secreção salivar
26. Perspetivas sobre a Emoção
Evolucionista: existem emoções que são universais, são independentes dos
processos de aprendizagem ou da cultura em que se observam.
Fisiológica: as emoções resultam das perceções do estado do corpo, considera
as alterações orgânicas como a causa e não como consequência das emoções.
Cognitivista: defende uma relação estreita entre os processos cognitivos e as
emoções, é o modo como interpreto um acontecimento que me causa a emoção
e não o acontecimento per si, a emoção é determinada pelo modo como
avaliamos e representamos a situação.
Culturalista: as emoções são uma construção social, são aprendidas no
processo de socialização, as expressões variam no tempo e no espaço em função
de uma cultura.
27. Perspetivas sobre a Emoção
Após pesquisas feitas a vários casos de doentes com danos cerebrais, no cortex pré-frontal,
António Damásio concluiu que as emoções e os sentimentos não são um obstáculo ao
funcionamento da razão, estão até envolvidas no processo de decisão.
Damásio afirma que a tomada de decisões faz-se por 2 vias:
O raciocínio faz uma representação das consequências: avaliação da situação, opções possíveis,
comparações lógicas, etc.…
A perceção da situação provoca a ativação de experiências emocionais sucedidas anteriormente
em situações semelhantes.
28. Perspetivas sobre a Emoção
Damásio diz que a forma como decimos está assente na hipótese marcador
somático é um mecanismo automatizado que suporta as nossas decisões,
contribui para limitar o tempo de decisão, sem marcador somático a lógica
precisaria de operar sobre demasiadas opções e por isso levaria imenso tempo a
emitir uma decisão, com o marcador somático há sempre uma emoção
associada à decisão tomada, por mais simples que ela seja.
29. Perspetivas sobre a Emoção
Quando queremos tomar uma decisão fazemos uma avaliação das
consequências, tentando sentir o que vai resultar de agradável ou desagradável,
por exemplo hesitamos na aceitação de um emprego numa empresa poluidora
do ambiente, aqui o marcador somático atua e provoca uma espécie de repulsa.
30. Conação
Intencionalidade: Relação entre a mente ou consciência e o objeto para que
está orientada.
A ação é intencional sendo que a intenção diz respeito ao que o ser humano se
propõe a realizar e é explicitada por aquilo que cada um quer concretizar,
atingir ou obter.