1) O documento apresenta um resumo sobre cuidados paliativos realizado pelo Dr. Filipe Gusman, incluindo a definição de cuidados paliativos segundo a OMS e os principais marcos históricos da área.
2) São descritos os principais sintomas em doenças avançadas e modelos de assistência em cuidados paliativos, como atenção primária, hospitalar e serviço domiciliar.
3) O documento também aborda temas como comunicação com pacientes e famílias, tomada de decisões éticas complexas
1. PROQUALIS
APRIMORANDO AS PRATICAS DE SAUDE
uuiaaaos Haiianvos e Seguranga do
Paciente
{Webinar - 21.08.2019
Dr. Filipe Gusman
Medico.
Geriatra pela SBGG/AMB.
Presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP-RJ).
Coordenador do Programa de Cuidados Paliativos do Hospital Pro-Cardiaco.
Tutor do Curso de Aperfeigoamento em Cuidados Paliativos do Hospital Vitoria-ICOI. ACADEMIA NACIONAL DE
CUIDADOS PALIATIVOS
2.
3.
4. & “O cuidado paliativo e uma abordagem que melhora a
qualidade de vida dos pacientes (adultos e criangas) e
suas familias que enfrentam problemas associados a
doengas que ameagam a vida. Previne e alivia o
sofrimento atraves da identificagao precoce, avaliagao
correta e tratamento da dor e outros problemas,
fisicos, psiquicos, sociais ou espirituais.”
Organizagao Mundial de Saude: 2017
5. • 1940/50 - “terminal care”
• 1960 - Cicely Saunders - Cuidado Paliativo Moderno
(“palliative care” - “end of life care”)
• 1987 - Especialidade medica (UK)
• 1995 - Estudo Support
• 2002 - Conceito atual da OMS
• 2005 - World Day (WPCA) / ANCP / SBGG
• 2010 - Resolugao CFM 1805/2006 validada (ortotanasia)
• 2011 - Medicina Paliativa (area de atuagao)
• 2012 - Resolugao CFM 1995 - Diretivas Antecipadas de Vontade (DAV)
• 2013 - Residencia Medica e Pos Lato Sensu
• 2018 - VII Congresso Internacional - ANCP
• 2019 - I Congresso de Cuidados Paliativos do Estado do Rio de Janeiro
7. OMS, 2002 (adaptado)
Disease-modifying therapy
(curative, life-prolonging or palliative in intent)
Bereavement care
4
Fase Inicial
1
Fase Terminal
4
Luto
Fase Intermediaria Processo de Morrer
8. Afirmar a vida e considerar a morte
como um processo normal.
Principios
9. Promover o alivio da dor e de outros sintomas
estressantes.
Principios
10. Oferecer sistema de suporte para auxiliar
os familiares durante a doenga do paciente
e a enfrentar o luto.
Principios
11. Oferecer sistema de suporte que possibilite o
paciente viver tao ativamente quanto possivel,
ate o momento de sua morte.
Principios
14. & Resolugao 41 de 31 de outubro de 2018
& Publicada em Diario Oficial - DOCUMENTO DE ESTADO &
Comissao Intergestores Tripartite (CIT)
- Ministerio da Saude
- Conselho Nacional dos Secretaries de Saude (CONASS)
- Conselho Nacional dos Secretaries Municipals de Saude
(CONASEMS)
Politica Publica Nacional
15. & Art 1Q Dispor sobre as diretrizes para a organizagao dos
cuidados paliativos, a luz dos cuidados continuados
integrados, no ambito Sistema Unico de Saude (SUS).
Politica Publica Nacional
16. LeiEstadual
Lei 8.425 / 2019 (26 de junho)
"Cria o Programa Estadual de Cuidados Paliativos
no ambito da Saude Publica do Estado do Rio de
Janeiro"
17. & Ensino medico (conteudo cuidados paliativos)
is. 46 / 336 escolas medicas
& Fonte: ANCP, 2018
Mapeamento nacional
18. EAPC update ’.•lpc.4u.com
Core competencies in palliative care: an
EAPC White Paper on palliative care
education - part 1
The European Association for Palliative Care (EAPC) outlines what core competencies health- and
social care professionals involved In palliative care should possess, in a consensus White Paper
prepared by Claudia Gamondi, Philip Larkin and Shaila Payne
www.•Ipa.au. com EAPC update
Asummary of the EAPC White
Paper on core competencies for
education in paediatric palliative
care
What competencies do you need to work In paediatric palliative care? Julia Downing, Julia Ling, Franca Banini,
Shaila Payna and Danai Papadatou present an executive summary of a White Paper from the European
Association for Palliative Care (EAPC)
19. & Abordagem de Cuidados Paliativos
Graduagao, generalistas, medicos, enfermeiros, educagao continuada
profissionais de saude.
& Cuidados Paliativos Gerais
Profissionais frequentemente envolvidos com pacientes em cuidados paliativos
(gerontologia, oncologia)
& Cuidados Paliativos Especializados
Profissionais dedicados exclusivamente. Solugao de problemas complexos.
Niveis de Educagao
21. Controle de sintomas
- fisicos, psiquicos, sociais e espirituais
Comunicagao
paciente / familia
equipe
Tomada de decisao
- deliberagao
- prognostico
23. Cancer Congestive COPD CKD Dementia AIDS
Heart Failure
Pain
Breathlessness Fatigue or lack
of energy A n o rex i a
Nausea or vomiting
Constipation
Anxiety or nervousness
Depression or sadness
Dry mouth
Sleep disturbance
Figure 1. Symptom Prevalence in Advanced Illness.
Data are from representative studies of symptom prevalence among patients with career,*'12 congestive heart failure,1111'' chronic
obstructive pulmonary disease (CORD),11 chronic kidney disease (CKD),13,14 or dementia16'1' and among patients who received highly
active antiretroviral therapy for the acquired immunodeficiency syndrome (AIDS).1® Self-reported data regarding some symptoms were
unavailable for patients with dementia.
27. Function
The three main trajectories of decline at the end of life
- Cancer
— — — Organ failure ----Physical and
cognitive frailty
High
Time
Figure I Trajectories of decline. (Reproduced with permission from BMJ
Publishing Group Ltd., Murray and Sheikh.12)
28. Prognostics pergunta surpresa
“Ficaria surpreso se o seu
paciente morresse em menos
de 1 ano?”
GSF PIG 6th Edition Dec 2016 K Thomas, Julie Armstrong Wilson and GSF Team, National Gold Standards Framework Centre in End
of Life Care.
29. mi UNT I KM 11 of
EDINBURGH Supportive and Palliative Care Indicators Tool
(SPICT-BR™)
NHS
Lothian
0 SPICT 6 um guia para identificagao de pessoas sob o risco de deterioragao e morrendo. Avaliar
esse grupo de pessoas para necessidade de suporte e cuidado paliativos.
Procure por Indicadores gerais de piora da saude.
• Internagoeshospitaiaresnao programadas.
• Capacidadefuncionalruim ou em declfniocom iimitadareversibilidade.(a pessoapassa na cama ou cadeiramais de 50% do dia).
• Dependentede outrospara cuidadospessoaisdevido a problemasfisicose/ou de saude mental.necessariomaiorsuporte para o cuidador.
■ Perda de peso significativanos ultimos3-6 meses e/ ou um baixofndicede massa corporal.
• Sintomaspersistentesapesardo tratamentootimizado das condigoesde base.
■ A pessoaou sua famfliasolicitacuidadospaliativos,interrupgaoou limitagaodo tratamento ou um toco na qualidadede vida.
30. Procure por quaisquer indicadoresclmicos de uma ou mais das condigdes avangadas.
Cancer
Capacidadefuncional emdecliniodevidoaprogressaodo
cancer.EstadoffsicomuitodeOilitadoparatratamentodocancer
outratamentoparacontroledossintomas.
Demencia/ fragilidade
Incapazdevestir-se.caminharoucomersemajuda.
RedugaodaingestaodealimentoseItquidosedificuidadesna
deglutigao.
IncontinenciaurinariaefecaJ.Incapazdemantercontatoverbal;
poucainteragaosocial.
Fraturadefemur,multiplasquedas.Episodiosfrequentesde
febreouinfecgoes;pneumoniaaspirativa.
Doenga neurologica
Deterioragaoprogressivadacapacidadefisicae/oudafungao
cogntivamesmocomterapiaotimizada.
Problemasdafalacomdificuldadeprogressivadecomunicagao
e/oudeglutigao.
Pneumonia aspirativarecorrente;faltadearouinsuficiencia
respiratoria.
Doenga cardiovascular
Classefuncional lll/IVdeNYHA-insuficienciacardfacaou
doengacoronarianaextensaeintratavelcom:
• faltadearoudorprecordialemrepousoouaosmfnimos
esforgos.
Doengavascularperifericagraveeinoperavel.
Doenga respiratoria
Doengarespiratoriacronicagravecom:
• faltadearemrepousoouaosminimosesforgosentreas
exacerbagoes.
Necessidadedeoxigenioterapiaporlongoprazo.
Japrecisoudeventilagaoparainsuficienciarespiratoriaou
ventilagaoecontraindicada.
Doenga renal
Estagios4e5dedoengarenalcronica(TFG<30ml/mi)
compioraclinica.
Insuficienciarenalcomplicandooutrascondigoes
limitantesoutratamentos.
Decisaodesuspenderadialisedevidoapioraclinicaou
intolerancisaotratamento.
Doenga hepatica
Cirroseavangadacomumaoumaiscomplicagoesno
ultimoano:
• Asciteresistenteadiureticos
• Encefalopatiahepatica
• Srndromehepatorrenal»Peritonite
bacteriana
• Sangramentosrecorrentesdevarizesesofagicas
Transplantehepaticoe
contraindicado.
Deterioragaoesoboriscodemorrerdequalqueroutracondigaooucomplicagaoquenaosejareversfvel.
Revisarocuidado eplanejarocuidadopara
Reavaliarotratamento atual e medicagaopara que opaciente receba ocuidado otimizado.
Considere oencaminhamento para avaliagaodeurn especialistase os sintomasou necessidades forem
complexos e dificeisde manejar.
Acordar sobre objetivosdo cuidadoatual e futuro e planejaro cuidadocom apessoa e sua famflia.
Planejarcom antecedencia caso a pessoa esteja em risco deperda cognitiva.
Registre em prontuario, comuniquee coordene o pianogeral de cuidados.
32. "Ao inves da mentira piedosa, pode-se utilizar a sinceridade prudente
e progressiva, transmitindo ao paciente as informagoes de acordo com
suas condigoes emocionais, de modo gradual e suportavel."
t Julia Paes da Silva - Manual ANCP, 2012
JULIA PAES OA SILVA
Comunicagao tem remedio
RtLACdCS MTERPESSOAJS EM SAUDE