O documento descreve o perfil sócio-econômico-educacional-religioso dos presos e discute a possibilidade da ressocialização. Apresenta que o perfil social dos presos é afetado negativamente pelo tratamento recebido e que economicamente dependem do estado. Educação é um direito dos presos e pode melhorar suas vidas. A religião pode ter aspectos positivos ou ser usada strategicamente. A ressocialização é possível com vontade do preso e mudanças como tratamento humano e separação por tipo de crime.
CAPELANIA PRISIONAL-perfil sócio-econômico-educacional-religioso do preso
1. CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
ENSINO A DISTÂNCIA
CURSO: TEOLOGIA A DISTÂNCIA
DISCIPLINA: CAPELANIA PRISIONAL
PROFESSOR: Msc. SÉRGIO NOGUEIRA
ALUNO: CARLOS ROBERTO DA CRUZ OLIVEIRA RGM: 517.138
POLO: LICEU BRAZ CUBAS – MOGI DAS CRUZES
Atividade 03
Após ler a aula 03 atenciosamente, responda com suas palavras:
1) Qual a sua compreensão sobre o perfil sócio-econômico-educacional-religioso do
preso?
Social:
O perfil social do preso é alarmante, pois devido ao tratamento que ele recebe entre os
funcionários que o mantem ali e o convívio com os demais presos nem sempre permite que
ele tenha uma boa sociabilidade. Sabemos que eles vivem sob uma forte opressão que causa e
cria uma pessoa amarga, revoltada e reprimida devido aos maus tratos recebidos.
Econômico:
O preso em si não tem renda propriamente seu o que recebe é o que lhe é concedido
pelo estado ou por parentes ou entidades que doam desde que aceita a sua entrada. Os presos
em regime semiabertos tem liberdade de trabalhar em empresas que mantem convênio com o
sistema penitenciário. Esse trabalho pode ser realizado dentro ou fora das prisões. O valor
recebido fica com a família ou depositado em conta do titular.
Educacional:
2. O analfabetismo é muito grande fora das prisões brasileiras e dentro é apenas o reflexo
desta situação. Todavia para aqueles que querem mudar de vida é possível estudar e obter até
diploma a nível universitário de dentro das prisões.
Certa vez em um programa de TV mostrava um ex-presidiário que as pessoas eram
obrigadas a chama-lo de doutor. Esse advogado estudou e só defendem presidiários, pois ele
já experimentou na pele de passar por anos atrás das grandes e conhecia bem a realidade
prisional e procurava agora dentro das leis defenderem aqueles que necessitam dos seus
serviços assim que conseguiu voltar ao convívio natural.
Não sei se todas as detenções oferecem esse beneficio e direito ao preso, mais aquelas
que tem o serviço, quem quer aproveitar o tempo para aplicar a cultura e a educação é uma
boa oportunidade para rever os seus atos e agregar valor a sua vida.
Religioso:
O lado religioso é um direito do preso e claro deve-se preservar a individualidade de
escolha de cada preso. Todavia a religião dentro das prisões podem ser vistas sobre dois
ângulos: negativa e positiva.
• Negativa: muitos presos estão sendo aconselhados e incentivados por advogados,
famílias e amigos a se tornarem crentes (cristãos evangélicos), por que assim podem
reduzir as suas penas por boa conduta. Dentro das prisões também há o domínio de
facções criminosas como: PCC e Comando Vermelho e outros que controlam o crime
organizado. Conforme informações da polícia a qual muitos já foram os meus
professores e membros da família que são integrantes dela. Muitos presos estão se
tornando crentes não por amor ou conversão a Deus, mas como uma forma de sair
logo de lá. E essas facções internamente até permitem que quem não quiser fazer parte
destes grupos e quiser ser crente, eles até permitem mais a pessoa vai ser crente todos
os dias da sua vida, ou seja: se sair é juramentada de morte.
• Positiva: é uma excelente oportunidade para a pessoa buscar a Deus ou conhecer a
Deus e muitos foram salvos e aceitaram o Senhor. Ela proporciona um renovo
espiritual e até material.
3. 2) Na sua avaliação é possível ocorrer a ressocialização dos presos? Quais as suas
sugestões para que isto ocorra?
Sim, para acontecer a ressocialização é necessário antes de tudo que a pessoa queira
ser ressocializado. Ninguém pode ajudar a ninguém se ela mesma não quiser ser ajudado.
Mas para que isso ocorra segue algumas sugestões:
• Mais participação da sociedade;
• Condições mais humanas;
• Tratamento diferenciado pelo tipo de preso: alta periculosidade media e leve. Sim,
pois não deve colocar pessoas que cometem coisas banais se misturar com presos
profissionais de crimes organizados.
• Reciclagem para todos os que participam do sistema prisional e faze-los sentir e
perceber que estão mexendo com pessoas e pensar em ressocializar os presos e não
criar animais predadores.
• Não é só preso que precisa ser reeducado mais quem administra e trabalha com esses
presos e atende a toda a sociedade envolvida neste problema, para adquiram modos
menos hostilizados e desumanos. Não me refiro que deva haver falta de segurança,
mas dar para prestar segurança sem humilhar a família do preso ou mesmo o próprio
preso que já esta confinada a viver nas grades.
• Evitar os abusos de autoridades e de agentes penitenciários com as famílias e outros
agentes que prestam serviço voluntário. As condutas de muitos são desrespeitosas até
mesmo com aqueles que não têm nada a ver com o problema. Alguns são mal
educados, grosseiros, agressivos, utilizam de abuso de autoridade no atendimento
como se fossem os donos da verdade e inatingíveis.
• Melhorar o sistema de revista de um modo mais eficiente e sem que agrida tanto quem
quer visitar ou prestar algum serviço voluntário. O correto seria investir em meios
mais adequados de revista e de detector de coisas ocultas como os raios-X dos
aeroportos. Ninguém precisa ficar pelado na revista do aeroporto e os que vemos nas
prisões são pessoas sendo constrangido de todo o modo e muitas vezes sem
necessidade.
4. • Trata o preso como gente e não como animal. Preservando o direito á vida e a sua
dignidade humana.
• Errar é humano, mas devemos oferecer condições para as pessoas se ressocializarem e
não me refiro a criminosos profissionais que vivem do crime. Talvez esses não
queiram mudar de vida afinal é uma profissão ou algo doloso e não um fato culposo.
• Separar os presos que são profissionais do crime daqueles que estão lá por uma
incidente da vida.