O texto descreve a situação do Brasil três séculos após o descobrimento e como a vinda da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808 gerou novas esperanças, mas acabou por reforçar o centralismo de Portugal sobre a colônia ao copiar as estruturas administrativas portuguesas.
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5.
6. QUESTÕES ANAC – LÍNGUA PORTUGUESAQUESTÕES ANAC – LÍNGUA PORTUGUESA
Confira abaixo todas as questões de Língua Portuguesa cobradas em concursos
anteriores da ANAC.
Questão 1: CESPE - 2012
Três séculos depois do descobrimento, o Brasil não passava de cinco regiões distintas, que
compartilhavam a mesma língua, a mesma religião e, sobretudo, a aversão ou o desprezo
pelos naturais do reino, como definiu o historiador Capistrano de Abreu.
Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda da Corte e a presença inédita de um
soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-
brasileira. Àquela altura, ninguém vislumbrava a ideia de uma separação, mas se esperava
ao menos que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas. Vã ilusão:
o império instalado no Rio de Janeiro simplesmente copiou as principais estruturas
administrativas de Portugal, o que contribuiu para reforçar o lugar central da metrópole,
agora na América, não só em relação às demais capitanias do Brasil, mas até ao próprio
território europeu.
Lucia Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In: Revista de
História da Biblioteca Nacional, n.º 48, set./2009, p. 19-21 (com adaptações).
Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item
subsecutivo.
Na linha 1, feitas as necessárias adaptações, a expressão “Três séculos depois do
7. descobrimento” poderia ser deslocada para logo depois do nome “Brasil”, sem que
houvesse prejuízo à correção gramatical do período. Nesse caso, a referida expressão
deveria ser isolada por vírgulas.
Certo
Errado
Questão 2: CESPE - 2012
Três séculos depois do descobrimento, o Brasil não passava de cinco regiões distintas, que
compartilhavam a mesma língua, a mesma religião e, sobretudo, a aversão ou o desprezo
pelos naturais do reino, como definiu o historiador Capistrano de Abreu.
Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda da Corte e a presença inédita de um
soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-
brasileira. Àquela altura, ninguém vislumbrava a ideia de uma separação, mas se esperava
ao menos que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas. Vã ilusão:
o império instalado no Rio de Janeiro simplesmente copiou as principais estruturas
administrativas de Portugal, o que contribuiu para reforçar o lugar central da metrópole,
agora na América, não só em relação às demais capitanias do Brasil, mas até ao próprio
território europeu.
Lucia Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In: Revista de
História da Biblioteca Nacional, n.º 48, set./2009, p. 19-21 (com adaptações).
Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item
subsecutivo.
Os termos “Três” e “Vã” são acentuados em decorrência de igual justificativa gramatical.
8. Certo
Errado
Questão 3: CESPE - 2012
Três séculos depois do descobrimento, o Brasil não passava de cinco regiões distintas, que
compartilhavam a mesma língua, a mesma religião e, sobretudo, a aversão ou o desprezo
pelos naturais do reino, como definiu o historiador Capistrano de Abreu.
Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda da Corte e a presença inédita de um
soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-
brasileira. Àquela altura, ninguém vislumbrava a ideia de uma separação, mas se esperava
ao menos que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas. Vã ilusão:
o império instalado no Rio de Janeiro simplesmente copiou as principais estruturas
administrativas de Portugal, o que contribuiu para reforçar o lugar central da metrópole,
agora na América, não só em relação às demais capitanias do Brasil, mas até ao próprio
território europeu.
Lucia Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In: Revista de
História da Biblioteca Nacional, n.º 48, set./2009, p. 19-21 (com adaptações).
Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item
subsecutivo.
No trecho “A vinda da Corte e a presença inédita de um soberano em terras americanas
motivaram”, o emprego da forma verbal no plural deve-se à presença do artigo “a” antes
de “presença”, motivo pelo qual a supressão desse artigo levaria o verbo para a forma
singular, mantendo-se, assim, a correção gramatical do trecho.
Certo
9. Errado
Questão 4: CESPE - 2012
Três séculos depois do descobrimento, o Brasil não passava de cinco regiões distintas, que
compartilhavam a mesma língua, a mesma religião e, sobretudo, a aversão ou o desprezo
pelos naturais do reino, como definiu o historiador Capistrano de Abreu.
Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda da Corte e a presença inédita de um
soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-
brasileira. Àquela altura, ninguém vislumbrava a ideia de uma separação, mas se esperava
ao menos que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas. Vã ilusão:
o império instalado no Rio de Janeiro simplesmente copiou as principais estruturas
administrativas de Portugal, o que contribuiu para reforçar o lugar central da metrópole,
agora na América, não só em relação às demais capitanias do Brasil, mas até ao próprio
território europeu.
Lucia Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In: Revista de
História da Biblioteca Nacional, n.º 48, set./2009, p. 19-21 (com adaptações).
Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item
subsecutivo.
Sem que houvesse prejuízo para a correção gramatical, os dois períodos que iniciam o
segundo parágrafo poderiam ser ligados pelo sinal de dois-pontos, da seguinte forma: (...)
começaram a mudar: a vinda da Corte (...).
Certo
Errado
10. Questão 5: CESPE - 2012
Três séculos depois do descobrimento, o Brasil não passava de cinco regiões distintas, que
compartilhavam a mesma língua, a mesma religião e, sobretudo, a aversão ou o desprezo
pelos naturais do reino, como definiu o historiador Capistrano de Abreu.
Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda da Corte e a presença inédita de um
soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-
brasileira. Àquela altura, ninguém vislumbrava a ideia de uma separação, mas se esperava
ao menos que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas. Vã ilusão:
o império instalado no Rio de Janeiro simplesmente copiou as principais estruturas
administrativas de Portugal, o que contribuiu para reforçar o lugar central da metrópole,
agora na América, não só em relação às demais capitanias do Brasil, mas até ao próprio
território europeu.
Lucia Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In: Revista de
História da Biblioteca Nacional, n.º 48, set./2009, p. 19-21 (com adaptações).
Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item
subsecutivo.
A supressão da vírgula logo depois de “América” preservaria a correção gramatical e o
sentido original do texto.
Certo
Errado
Questão 6: CESPE - 2012
11. Três séculos depois do descobrimento, o Brasil não passava de cinco regiões distintas, que
compartilhavam a mesma língua, a mesma religião e, sobretudo, a aversão ou o desprezo
pelos naturais do reino, como definiu o historiador Capistrano de Abreu.
Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda da Corte e a presença inédita de um
soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-
brasileira. Àquela altura, ninguém vislumbrava a ideia de uma separação, mas
se esperava ao menos que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas.
Vã ilusão: o império instalado no Rio de Janeiro simplesmente copiou as principais
estruturas administrativas de Portugal, o que contribuiu para reforçar o lugar central da
metrópole, agora na América, não só em relação às demais capitanias do Brasil, mas até ao
próprio território europeu.
Lucia Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In: Revista de
História da Biblioteca Nacional, n.º 48, set./2009, p. 19-21 (com adaptações).
Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item
subsecutivo.
A oração “que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas” exerce a
função de complemento direto da forma verbal “esperava”.
Certo
Errado
Questão 7: CESPE - 2012
Três séculos depois do descobrimento, o Brasil não passava de cinco regiões distintas, que
compartilhavam a mesma língua, a mesma religião e, sobretudo, a aversão ou o desprezo
pelos naturais do reino, como definiu o historiador Capistrano de Abreu.
12. Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda da Corte e a presença inédita de um
soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-
brasileira. Àquela altura, ninguém vislumbrava a ideia de uma separação, mas se esperava
ao menos que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas. Vã ilusão:
o império instalado no Rio de Janeiro simplesmente copiou as principais estruturas
administrativas de Portugal, o que contribuiu para reforçar o lugar central da metrópole,
agora na América, não só em relação às demais capitanias do Brasil, mas até ao próprio
território europeu.
Lucia Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In: Revista de
História da Biblioteca Nacional, n.º 48, set./2009, p. 19-21 (com adaptações).
Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item
subsecutivo.
A autora defende a ideia de que as elites intelectuais, na chegada da Corte ao Brasil,
estavam muito insatisfeitas com a Corte portuguesa, razão pela qual defendiam
veementemente a separação da colônia em relação à metrópole portuguesa.
Certo
Errado
Questão 8: CESPE - 2012
Três séculos depois do descobrimento, o Brasil não passava de cinco regiões distintas, que
compartilhavam a mesma língua, a mesma religião e, sobretudo, a aversão ou o desprezo
pelos naturais do reino, como definiu o historiador Capistrano de Abreu.
Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda da Corte e a presença inédita de um
13. soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-
brasileira. Àquela altura, ninguém vislumbrava a ideia de uma separação, mas se esperava
ao menos que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas. Vã ilusão:
o império instalado no Rio de Janeiro simplesmente copiou as principais estruturas
administrativas de Portugal, o que contribuiu para reforçar o lugar central da metrópole,
agora na América, não só em relação às demais capitanias do Brasil, mas até ao próprio
território europeu.
Lucia Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In: Revista de
História da Biblioteca Nacional, n.º 48, set./2009, p. 19-21 (com adaptações).
Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item
subsecutivo.
O texto em questão contém uma proposição e apresenta argumentos favoráveis à defesa
de ponto de vista da autora, conforme se verifica no desenvolvimento do segundo
parágrafo.
Certo
Errado
Questão 9: CESPE - 2012
Três séculos depois do descobrimento, o Brasil não passava de cinco regiões distintas, que
compartilhavam a mesma língua, a mesma religião e, sobretudo, a aversão ou o desprezo
pelos naturais do reino, como definiu o historiador Capistrano de Abreu.
Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda da Corte e a presença inédita de um
soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-
brasileira. Àquela altura, ninguém vislumbrava a ideia de uma separação, mas se esperava
14. ao menos que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas. Vã ilusão:
o império instalado no Rio de Janeiro simplesmente copiou as principais estruturas
administrativas de Portugal, o que contribuiu para reforçar o lugar central da metrópole,
agora na América, não só em relação às demais capitanias do Brasil, mas até ao próprio
território europeu.
Lucia Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In: Revista de
História da Biblioteca Nacional, n.º 48, set./2009, p. 19-21 (com adaptações).
Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item
subsecutivo.
A ocorrência de crase em “Àquela” indica que esse elemento é regido pela preposição a.
Certo
Errado
Questão 10: CESPE - 2012
Três séculos depois do descobrimento, o Brasil não passava de cinco regiões distintas, que
compartilhavam a mesma língua, a mesma religião e, sobretudo, a aversão ou o desprezo
pelos naturais do reino, como definiu o historiador Capistrano de Abreu.
Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda da Corte e a presença inédita de um
soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-
brasileira. Àquela altura, ninguém vislumbrava a ideia de uma separação, mas se esperava
ao menos que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas. Vã ilusão:
o império instalado no Rio de Janeiro simplesmente copiou as principais estruturas
administrativas de Portugal, o que contribuiu para reforçar o lugar central da metrópole,
agora na América, não só em relação às demais capitanias do Brasil, mas até ao próprio
15. território europeu.
Lucia Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In: Revista de
História da Biblioteca Nacional, n.º 48, set./2009, p. 19-21 (com adaptações).
Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item
subsecutivo.
Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a forma verbal “deixasse” poderia ser
substituída por tivesse deixado.
Certo
Errado
Questão 11: CESPE - 2009
A aviação civil brasileira tem crescido continuamente nos últimos anos, apesar de passar
por momentos turbulentos de tempos em tempos. Esse cenário começou a mudar com a
aprovação, no dia 18 de fevereiro, da Política Nacional de Aviação Civil (PNAC).
A ideia central do projeto, antiga reivindicação do setor, é nortear o planejamento das
instituições responsáveis pelo desenvolvimento da aviação civil brasileira com base em
diretrizes e estratégias estabelecidas.
O Decreto n.º 6.780 prevê ações estratégicas para o setor e integra-se ao contexto das
políticas nacionais brasileiras. O objetivo principal da PNAC é assegurar à sociedade
brasileira um serviço de transporte aéreo amplo, com qualidade, segurança, eficiência e
modernidade, além de adequado e integrado às demais modalidades de transporte.
A implantação da nova política deverá ser acompanhada continuamente pelo Ministério da
16. Defesa, por intermédio da Secretaria de Aviação Civil, auxiliado pelos demais órgãos e
entidades que integram o Conselho Nacional de Aviação Civil.
De acordo com o secretário de Aviação Civil, do Ministério da Defesa, a nova política pode
ter a capacidade de normatizar a aviação sem alterar as leis em vigor, além de ajudar no
crescimento, na organização e no planejamento do setor. “A aviação civil no Brasil tem um
futuro promissor e, para que isso se consolide, é preciso ter regras”, disse o secretário.
O Congresso Nacional também está atento às mudanças que a nova política pode
representar para o setor de aviação e, consequentemente, para outros mercados, como o
turismo.
Internet: <www.aviacaoemrevista.com.br> (com adaptações).
Em relação ao texto acima, julgue o item que se segue.
A expressão “Esse cenário” (l.2) refere-se à seguinte informação anterior: “passar por
momentos turbulentos de tempos em tempos” (l.1).
Certo
Errado
Questão 12: CESPE - 2009
A aviação civil brasileira tem crescido continuamente nos últimos anos, apesar de passar
por momentos turbulentos de tempos em tempos. Esse cenário começou a mudar com a
aprovação, no dia 18 de fevereiro, da Política Nacional de Aviação Civil (PNAC).
A ideia central do projeto, antiga reivindicação do setor, é nortear o planejamento das
instituições responsáveis pelo desenvolvimento da aviação civil brasileira com base em
17. diretrizes e estratégias estabelecidas.
O Decreto n.º 6.780 prevê ações estratégicas para o setor e integra-se ao contexto das
políticas nacionais brasileiras. O objetivo principal da PNAC é assegurar à sociedade
brasileira um serviço de transporte aéreo amplo, com qualidade, segurança, eficiência e
modernidade, além de adequado e integrado às demais modalidades de transporte.
A implantação da nova política deverá ser acompanhada continuamente pelo Ministério da
Defesa, por intermédio da Secretaria de Aviação Civil, auxiliado pelos demais órgãos e
entidades que integram o Conselho Nacional de Aviação Civil.
De acordo com o secretário de Aviação Civil, do Ministério da Defesa, a nova política pode
ter a capacidade de normatizar a aviação sem alterar as leis em vigor, além de ajudar no
crescimento, na organização e no planejamento do setor. “A aviação civil no Brasil tem um
futuro promissor e, para que isso se consolide, é preciso ter regras”, disse o secretário.
O Congresso Nacional também está atento às mudanças que a nova política pode
representar para o setor de aviação e, consequentemente, para outros mercados, como o
turismo.
Internet: <www.aviacaoemrevista.com.br> (com adaptações).
Em relação ao texto acima, julgue o item que se segue.
No texto, “projeto” (l.3), “Decreto n.º 6.780” (l.5), “PNAC” (l.6) e “nova política” (l.8, 10 e
13) retomam “Política Nacional de Aviação Civil (PNAC)” (l.2).
Certo
Errado
18. Questão 13: CESPE - 2009
A aviação civil brasileira tem crescido continuamente nos últimos anos, apesar de passar
por momentos turbulentos de tempos em tempos. Esse cenário começou a mudar com a
aprovação, no dia 18 de fevereiro, da Política Nacional de Aviação Civil (PNAC).
A ideia central do projeto, antiga reivindicação do setor, é nortear o planejamento das
instituições responsáveis pelo desenvolvimento da aviação civil brasileira com base em
diretrizes e estratégias estabelecidas.
O Decreto n.º 6.780 prevê ações estratégicas para o setor e integra-se ao contexto das
políticas nacionais brasileiras. O objetivo principal da PNAC é assegurar à sociedade
brasileira um serviço de transporte aéreo amplo, com qualidade, segurança, eficiência e
modernidade, além de adequado e integrado às demais modalidades de transporte.
A implantação da nova política deverá ser acompanhada continuamente pelo Ministério da
Defesa, por intermédio da Secretaria de Aviação Civil, auxiliado pelos demais órgãos e
entidades que integram o Conselho Nacional de Aviação Civil.
De acordo com o secretário de Aviação Civil, do Ministério da Defesa, a nova política pode
ter a capacidade de normatizar a aviação sem alterar as leis em vigor, além de ajudar no
crescimento, na organização e no planejamento do setor. “A aviação civil no Brasil tem um
futuro promissor e, para que isso se consolide, é preciso ter regras”, disse o secretário.
O Congresso Nacional também está atento às mudanças que a nova política pode
representar para o setor de aviação e, consequentemente, para outros mercados, como o
turismo.
Internet: <www.aviacaoemrevista.com.br> (com adaptações).
19. Em relação ao texto acima, julgue o item que se segue.
O emprego de sinal indicativo de crase em “à sociedade” (l.6) justifica-se pela regência do
termo “objetivo” (l.5) e pela presença de artigo definido feminino.
Certo
Errado
Questão 14: CESPE - 2009
A aviação civil brasileira tem crescido continuamente nos últimos anos, apesar de passar
por momentos turbulentos de tempos em tempos. Esse cenário começou a mudar com a
aprovação, no dia 18 de fevereiro, da Política Nacional de Aviação Civil (PNAC).
A ideia central do projeto, antiga reivindicação do setor, é nortear o planejamento das
instituições responsáveis pelo desenvolvimento da aviação civil brasileira com base em
diretrizes e estratégias estabelecidas.
O Decreto n.º 6.780 prevê ações estratégicas para o setor e integra-se ao contexto das
políticas nacionais brasileiras. O objetivo principal da PNAC é assegurar à sociedade
brasileira um serviço de transporte aéreo amplo, com qualidade, segurança, eficiência e
modernidade, além de adequado e integrado às demais modalidades de transporte.
A implantação da nova política deverá ser acompanhada continuamente pelo Ministério da
Defesa, por intermédio da Secretaria de Aviação Civil, auxiliado pelos demais órgãos e
entidades que integram o Conselho Nacional de Aviação Civil.
De acordo com o secretário de Aviação Civil, do Ministério da Defesa, a nova política pode
ter a capacidade de normatizar a aviação sem alterar as leis em vigor, além de ajudar no
crescimento, na organização e no planejamento do setor. “A aviação civil no Brasil tem um
20. futuro promissor e, para que isso se consolide, é preciso ter regras”, disse o secretário.
O Congresso Nacional também está atento às mudanças que a nova política pode
representar para o setor de aviação e, consequentemente, para outros mercados, como o
turismo.
Internet: <www.aviacaoemrevista.com.br> (com adaptações).
Em relação ao texto acima, julgue o item que se segue.
Na linha 06, o emprego de vírgulas após “qualidade” e “segurança” justifica-se por isolar
aposto.
Certo
Errado
Questão 15: CESPE - 2009
A aviação civil brasileira tem crescido continuamente nos últimos anos, apesar de passar
por momentos turbulentos de tempos em tempos. Esse cenário começou a mudar com a
aprovação, no dia 18 de fevereiro, da Política Nacional de Aviação Civil (PNAC).
A ideia central do projeto, antiga reivindicação do setor, é nortear o planejamento das
instituições responsáveis pelo desenvolvimento da aviação civil brasileira com base em
diretrizes e estratégias estabelecidas.
O Decreto n.º 6.780 prevê ações estratégicas para o setor e integra-se ao contexto das
políticas nacionais brasileiras. O objetivo principal da PNAC é assegurar à sociedade
brasileira um serviço de transporte aéreo amplo, com qualidade, segurança, eficiência e
modernidade, além de adequado e integrado às demais modalidades de transporte.
21. A implantação da nova política deverá ser acompanhada continuamente pelo Ministério da
Defesa, por intermédio da Secretaria de Aviação Civil, auxiliado pelos demais órgãos e
entidades que integram o Conselho Nacional de Aviação Civil.
De acordo com o secretário de Aviação Civil, do Ministério da Defesa, a nova política pode
ter a capacidade de normatizar a aviação sem alterar as leis em vigor, além de ajudar no
crescimento, na organização e no planejamento do setor. “A aviação civil no Brasil tem um
futuro promissor e, para que isso se consolide, é preciso ter regras”, disse o secretário.
O Congresso Nacional também está atento às mudanças que a nova política pode
representar para o setor de aviação e, consequentemente, para outros mercados, como o
turismo.
Internet: <www.aviacaoemrevista.com.br> (com adaptações).
Em relação ao texto acima, julgue o item que se segue.
De acordo com as informações do texto, a nova política deve revogar a legislação em vigor
no que se refere à aviação civil.
Certo
Errado
Questão 16: CESPE - 2009
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) tem como finalidade regular e fiscalizar as
atividades de aviação civil, bem como adotar as medidas necessárias para o atendimento
do interesse público. Além disso, é sua missão incentivar e desenvolver a aviação civil, a
infraestrutura aeronáutica e aeroportuária do país.
22. Originada do antigo Departamento de Aviação Civil (DAC), a ANAC é uma autarquia
especial, com independência administrativa, com personalidade jurídica própria,
patrimônio e receitas próprias para executar atividades típicas da administração pública,
que requerem, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada.
A ANAC, vinculada ao Ministério da Defesa, tem como funções:
a) manter a continuidade na prestação de serviço público de âmbito nacional;
b) preservar o equilíbrio econômico-financeiro dos agentes públicos e privados
responsáveis pelos diversos segmentos do sistema de aviação civil;
c) zelar pelo interesse dos usuários e consumidores;
d) cumprir a legislação pertinente ao sistema por ela regulado, considerados, em especial,
o Código Brasileiro de Aeronáutica, a lei das Concessões, a Lei Geral das Agências
Reguladoras e a lei de criação da ANAC.
É a ela que os passageiros devem se reportar para abordar os problemas que têm agitado
os aeroportos brasileiros nos últimos tempos.
Internet: <educacao.uol.com.br> (com adaptações).
Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o próximo item.
A ANAC, embora vinculada ao Ministério da Defesa, é uma autarquia especial com
personalidade jurídica, receitas e patrimônio próprios, além de contar com uma gestão
administrativa e financeira descentralizada que permite independência administrativa.
Certo
Errado
23. Questão 17: CESPE - 2009
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) tem como finalidade regular e fiscalizar as
atividades de aviação civil, bem como adotar as medidas necessárias para o atendimento
do interesse público. Além disso, é sua missão incentivar e desenvolver a aviação civil, a
infraestrutura aeronáutica e aeroportuária do país.
Originada do antigo Departamento de Aviação Civil (DAC), a ANAC é uma autarquia
especial, com independência administrativa, com personalidade jurídica própria,
patrimônio e receitas próprias para executar atividades típicas da administração pública,
que requerem, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada.
A ANAC, vinculada ao Ministério da Defesa, tem como funções:
a) manter a continuidade na prestação de serviço público de âmbito nacional;
b) preservar o equilíbrio econômico-financeiro dos agentes públicos e privados
responsáveis pelos diversos segmentos do sistema de aviação civil;
c) zelar pelo interesse dos usuários e consumidores;
d) cumprir a legislação pertinente ao sistema por ela regulado, considerados, em especial,
o Código Brasileiro de Aeronáutica, a lei das Concessões, a Lei Geral das Agências
Reguladoras e a lei de criação da ANAC.
É a ela que os passageiros devem se reportar para abordar os problemas que têm agitado
os aeroportos brasileiros nos últimos tempos.
Internet: <educacao.uol.com.br> (com adaptações).
Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o próximo item.
24. A ANAC não tem a responsabilidade de dar atendimento aos usuários de transportes
aéreos que enfrentem problemas de atrasos no trânsito aéreo.
Certo
Errado
Questão 18: CESPE - 2009
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) tem como finalidade regular e fiscalizar as
atividades de aviação civil, bem como adotar as medidas necessárias para o atendimento
do interesse público. Além disso, é sua missão incentivar e desenvolver a aviação civil, a
infraestrutura aeronáutica e aeroportuária do país.
Originada do antigo Departamento de Aviação Civil (DAC), a ANAC é uma autarquia
especial, com independência administrativa, com personalidade jurídica própria,
patrimônio e receitas próprias para executar atividades típicas da administração pública,
que requerem, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada.
A ANAC, vinculada ao Ministério da Defesa, tem como funções:
a) manter a continuidade na prestação de serviço público de âmbito nacional;
b) preservar o equilíbrio econômico-financeiro dos agentes públicos e privados
responsáveis pelos diversos segmentos do sistema de aviação civil;
c) zelar pelo interesse dos usuários e consumidores;
d) cumprir a legislação pertinente ao sistema por ela regulado, considerados, em especial,
o Código Brasileiro de Aeronáutica, a lei das Concessões, a Lei Geral das Agências
Reguladoras e a lei de criação da ANAC.
25. É a ela que os passageiros devem se reportar para abordar os problemas que têm agitado
os aeroportos brasileiros nos últimos tempos.
Internet: <educacao.uol.com.br> (com adaptações).
Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o próximo item.
Nas linhas 08, 10 e 11, o emprego de sinal de ponto e vírgula justifica-se por se tratar de
itens de uma enumeração.
Certo
Errado
Questão 19: CESPE - 2009
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) tem como finalidade regular e fiscalizar as
atividades de aviação civil, bem como adotar as medidas necessárias para o atendimento
do interesse público. Além disso, é sua missão incentivar e desenvolver a aviação civil, a
infraestrutura aeronáutica e aeroportuária do país.
Originada do antigo Departamento de Aviação Civil (DAC), a ANAC é uma autarquia
especial, com independência administrativa, com personalidade jurídica própria,
patrimônio e receitas próprias para executar atividades típicas da administração pública,
que requerem, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada.
A ANAC, vinculada ao Ministério da Defesa, tem como funções:
a) manter a continuidade na prestação de serviço público de âmbito nacional;
b) preservar o equilíbrio econômico-financeiro dos agentes públicos e privados
26. responsáveis pelos diversos segmentos do sistema de aviação civil;
c) zelar pelo interesse dos usuários e consumidores;
d) cumprir a legislação pertinente ao sistema por ela regulado, considerados, em especial,
o Código Brasileiro de Aeronáutica, a lei das Concessões, a Lei Geral das Agências
Reguladoras e a lei de criação da ANAC.
É a ela que os passageiros devem se reportar para abordar os problemas que têm agitado
os aeroportos brasileiros nos últimos tempos.
Internet: <educacao.uol.com.br> (com adaptações).
Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o próximo item.
Nas linhas 12 e 14, as ocorrências do pronome “ela” retomam “ANAC” (l.07).
Certo
Errado
Questão 20: CESPE - 2009
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) tem como finalidade regular e fiscalizar as
atividades de aviação civil, bem como adotar as medidas necessárias para o atendimento
do interesse público. Além disso, é sua missão incentivar e desenvolver a aviação civil, a
infraestrutura aeronáutica e aeroportuária do país.
Originada do antigo Departamento de Aviação Civil (DAC), a ANAC é uma autarquia
especial, com independência administrativa, com personalidade jurídica própria,
patrimônio e receitas próprias para executar atividades típicas da administração pública,
que requerem, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada.
27. A ANAC, vinculada ao Ministério da Defesa, tem como funções:
a) manter a continuidade na prestação de serviço público de âmbito nacional;
b) preservar o equilíbrio econômico-financeiro dos agentes públicos e privados
responsáveis pelos diversos segmentos do sistema de aviação civil;
c) zelar pelo interesse dos usuários e consumidores;
d) cumprir a legislação pertinente ao sistema por ela regulado, considerados, em especial,
o Código Brasileiro de Aeronáutica, a lei das Concessões, a Lei Geral das Agências
Reguladoras e a lei de criação da ANAC.
É a ela que os passageiros devem se reportar para abordar os problemas que têm agitado
os aeroportos brasileiros nos últimos tempos.
Internet: <educacao.uol.com.br> (com adaptações).
Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o próximo item.
Em “devem se reportar” (l.14), o pronome “se” indica sujeito indeterminado.
Certo
Errado
Questão 21: CESPE - 2009
Os motoristas que circulam nas grandes cidades brasileiras costumam se colocar na
posição de sentinela prestes a enfrentar o inimigo. Qualquer comportamento considerado
inadequado de outro motorista é motivo para o sangue subir à cabeça — e para o
destempero que se traduz em buzinadas impacientes, fechadas, palavras e gestos
ofensivos. Muitas vezes o motorista considera intolerável uma pequena infração que ele
28. próprio costuma cometer. Eu posso, mas os outros não podem, é o argumento — quase
sempre inconsciente — nesses casos. Por trás da selva em que se transformou o trânsito
repousa uma questão intrigante. A maioria dos motoristas só se comporta de forma
agressiva quando está no carro. Fora dele, são pessoas de temperamento moderado. Por
que, então, perdem a compostura e se tornam feras ao volante? As explicações mais
comuns para essa mudança de atitude dizem respeito à irritação causada por
congestionamentos cada vez mais frequentes, à pressa e ao estresse da vida moderna.
Esses componentes certamente fazem parte da fúria motorizada, mas não são suficientes
para justificá-la. Segundo estudiosos do comportamento humano, há outras forças que
contribuem para a agressividade no trânsito. As normas de civilidade são mais frouxas no
trânsito porque, dentro do carro, quem está ao volante se torna anônimo e tem a sensação
de que jamais vai cruzar novamente com os motoristas que encontra nas ruas. Sob o
anonimato, certas noções que formam a base da convivência humana se enfraquecem. O
contato com olhos nos olhos, fator que sabidamente aumenta a chance de cooperação
entre pessoas, é inexistente. Como resultado, atitudes intoleráveis na maioria das
interações sociais, como a agressão verbal e o revide a ela, são praticadas com maior
liberdade. Para explicar esse comportamento, o psicólogo canadense David Wiesenthal, da
Universidade York, em Toronto, faz uma analogia com a sala de aula de uma escola
infantil. Quando a professora apaga a luz para passar um filme, os alunos começam a fazer
mais barulho, pois sabem que será mais difícil identificá-los no escuro. “O anonimato
protege os motoristas das consequências negativas de suas infrações”, disse o psicólogo.
Renata Moraes. Motoristas movidos a fúria. In: Veja, ano 42, n.º 17, 29/4/2009 (com
adaptações).
Julgue o item a seguir, relativo às ideias do texto acima.
As pessoas, em geral, como motoristas, costumam agir de forma semelhante à postura que
adotam em seu cotidiano.
29. Certo
Errado
Questão 22: CESPE - 2009
Os motoristas que circulam nas grandes cidades brasileiras costumam se colocar na
posição de sentinela prestes a enfrentar o inimigo. Qualquer comportamento considerado
inadequado de outro motorista é motivo para o sangue subir à cabeça — e para o
destempero que se traduz em buzinadas impacientes, fechadas, palavras e gestos
ofensivos. Muitas vezes o motorista considera intolerável uma pequena infração que ele
próprio costuma cometer. Eu posso, mas os outros não podem, é o argumento — quase
sempre inconsciente — nesses casos. Por trás da selva em que se transformou o trânsito
repousa uma questão intrigante. A maioria dos motoristas só se comporta de forma
agressiva quando está no carro. Fora dele, são pessoas de temperamento moderado. Por
que, então, perdem a compostura e se tornam feras ao volante? As explicações mais
comuns para essa mudança de atitude dizem respeito à irritação causada por
congestionamentos cada vez mais frequentes, à pressa e ao estresse da vida moderna.
Esses componentes certamente fazem parte da fúria motorizada, mas não são suficientes
para justificá-la. Segundo estudiosos do comportamento humano, há outras forças que
contribuem para a agressividade no trânsito. As normas de civilidade são mais frouxas no
trânsito porque, dentro do carro, quem está ao volante se torna anônimo e tem a sensação
de que jamais vai cruzar novamente com os motoristas que encontra nas ruas. Sob o
anonimato, certas noções que formam a base da convivência humana se enfraquecem. O
contato com olhos nos olhos, fator que sabidamente aumenta a chance de cooperação
entre pessoas, é inexistente. Como resultado, atitudes intoleráveis na maioria das
interações sociais, como a agressão verbal e o revide a ela, são praticadas com maior
liberdade. Para explicar esse comportamento, o psicólogo canadense David Wiesenthal, da
Universidade York, em Toronto, faz uma analogia com a sala de aula de uma escola
infantil. Quando a professora apaga a luz para passar um filme, os alunos começam a fazer
30. mais barulho, pois sabem que será mais difícil identificá-los no escuro. “O anonimato
protege os motoristas das consequências negativas de suas infrações”, disse o psicólogo.
Renata Moraes. Motoristas movidos a fúria. In: Veja, ano 42, n.º 17, 29/4/2009 (com
adaptações).
Julgue o item a seguir, relativo às ideias do texto acima.
Fatores determinantes para a impolidez no trânsito advêm de situações próprias do
mundo moderno.
Certo
Errado
Questão 23: CESPE - 2009
Os motoristas que circulam nas grandes cidades brasileiras costumam se colocar na
posição de sentinela prestes a enfrentar o inimigo. Qualquer comportamento considerado
inadequado de outro motorista é motivo para o sangue subir à cabeça — e para o
destempero que se traduz em buzinadas impacientes, fechadas, palavras e gestos
ofensivos. Muitas vezes o motorista considera intolerável uma pequena infração que ele
próprio costuma cometer. Eu posso, mas os outros não podem, é o argumento — quase
sempre inconsciente — nesses casos. Por trás da selva em que se transformou o trânsito
repousa uma questão intrigante. A maioria dos motoristas só se comporta de forma
agressiva quando está no carro. Fora dele, são pessoas de temperamento moderado. Por
que, então, perdem a compostura e se tornam feras ao volante? As explicações mais
comuns para essa mudança de atitude dizem respeito à irritação causada por
congestionamentos cada vez mais frequentes, à pressa e ao estresse da vida moderna.
Esses componentes certamente fazem parte da fúria motorizada, mas não são suficientes
para justificá-la. Segundo estudiosos do comportamento humano, há outras forças que
31. contribuem para a agressividade no trânsito. As normas de civilidade são mais frouxas no
trânsito porque, dentro do carro, quem está ao volante se torna anônimo e tem a sensação
de que jamais vai cruzar novamente com os motoristas que encontra nas ruas. Sob o
anonimato, certas noções que formam a base da convivência humana se enfraquecem. O
contato com olhos nos olhos, fator que sabidamente aumenta a chance de cooperação
entre pessoas, é inexistente. Como resultado, atitudes intoleráveis na maioria das
interações sociais, como a agressão verbal e o revide a ela, são praticadas com maior
liberdade. Para explicar esse comportamento, o psicólogo canadense David Wiesenthal, da
Universidade York, em Toronto, faz uma analogia com a sala de aula de uma escola
infantil. Quando a professora apaga a luz para passar um filme, os alunos começam a fazer
mais barulho, pois sabem que será mais difícil identificá-los no escuro. “O anonimato
protege os motoristas das consequências negativas de suas infrações”, disse o psicólogo.
Renata Moraes. Motoristas movidos a fúria. In: Veja, ano 42, n.º 17, 29/4/2009 (com
adaptações).
Julgue o item a seguir, relativo às ideias do texto acima.
A anonímia que os motoristas se atribuem quando estão dirigindo influencia o desrespeito
que demonstram aos valores sociais vigentes.
Certo
Errado
Questão 24: CESPE -2009
Os motoristas que circulam nas grandes cidades brasileiras costumam se colocar na
posição de sentinela prestes a enfrentar o inimigo. Qualquer comportamento considerado
inadequado de outro motorista é motivo para o sangue subir à cabeça — e para o
destempero que se traduz em buzinadas impacientes, fechadas, palavras e gestos
32. ofensivos. Muitas vezes o motorista considera intolerável uma pequena infração que ele
próprio costuma cometer. Eu posso, mas os outros não podem, é o argumento — quase
sempre inconsciente — nesses casos. Por trás da selva em que se transformou o trânsito
repousa uma questão intrigante. A maioria dos motoristas só se comporta de forma
agressiva quando está no carro. Fora dele, são pessoas de temperamento moderado. Por
que, então, perdem a compostura e se tornam feras ao volante? As explicações mais
comuns para essa mudança de atitude dizem respeito à irritação causada por
congestionamentos cada vez mais frequentes, à pressa e ao estresse da vida moderna.
Esses componentes certamente fazem parte da fúria motorizada, mas não são suficientes
para justificá-la. Segundo estudiosos do comportamento humano, há outras forças que
contribuem para a agressividade no trânsito. As normas de civilidade são mais frouxas no
trânsito porque, dentro do carro, quem está ao volante se torna anônimo e tem a sensação
de que jamais vai cruzar novamente com os motoristas que encontra nas ruas. Sob o
anonimato, certas noções que formam a base da convivência humana se enfraquecem. O
contato com olhos nos olhos, fator que sabidamente aumenta a chance de cooperação
entre pessoas, é inexistente. Como resultado, atitudes intoleráveis na maioria das
interações sociais, como a agressão verbal e o revide a ela, são praticadas com maior
liberdade. Para explicar esse comportamento, o psicólogo canadense David Wiesenthal, da
Universidade York, em Toronto, faz uma analogia com a sala de aula de uma escola
infantil. Quando a professora apaga a luz para passar um filme, os alunos começam a fazer
mais barulho, pois sabem que será mais difícil identificá-los no escuro. “O anonimato
protege os motoristas das consequências negativas de suas infrações”, disse o psicólogo.
Renata Moraes. Motoristas movidos a fúria. In: Veja, ano 42, n.º 17, 29/4/2009 (com
adaptações).
Julgue o item a seguir, relativo às ideias do texto acima.
Brigas no trânsito que se caracterizam por agressões verbais são atitudes frequentes por
parte dos motoristas e consideradas aceitáveis pela sociedade.
33. Certo
Errado
Questão 25: CESPE - 2009
Os motoristas que circulam nas grandes cidades brasileiras costumam se colocar na
posição de sentinela prestes a enfrentar o inimigo. Qualquer comportamento considerado
inadequado de outro motorista é motivo para o sangue subir à cabeça — e para o
destempero que se traduz em buzinadas impacientes, fechadas, palavras e gestos
ofensivos. Muitas vezes o motorista considera intolerável uma pequena infração que ele
próprio costuma cometer. Eu posso, mas os outros não podem, é o argumento — quase
sempre inconsciente — nesses casos. Por trás da selva em que se transformou o trânsito
repousa uma questão intrigante. A maioria dos motoristas só se comporta de forma
agressiva quando está no carro. Fora dele, são pessoas de temperamento moderado. Por
que, então, perdem a compostura e se tornam feras ao volante? As explicações mais
comuns para essa mudança de atitude dizem respeito à irritação causada por
congestionamentos cada vez mais frequentes, à pressa e ao estresse da vida moderna.
Esses componentes certamente fazem parte da fúria motorizada, mas não são suficientes
para justificá-la. Segundo estudiosos do comportamento humano, há outras forças que
contribuem para a agressividade no trânsito. As normas de civilidade são mais frouxas no
trânsito porque, dentro do carro, quem está ao volante se torna anônimo e tem a sensação
de que jamais vai cruzar novamente com os motoristas que encontra nas ruas. Sob o
anonimato, certas noções que formam a base da convivência humana se enfraquecem. O
contato com olhos nos olhos, fator que sabidamente aumenta a chance de cooperação
entre pessoas, é inexistente. Como resultado, atitudes intoleráveis na maioria das
interações sociais, como a agressão verbal e o revide a ela, são praticadas com maior
liberdade. Para explicar esse comportamento, o psicólogo canadense David Wiesenthal, da
Universidade York, em Toronto, faz uma analogia com a sala de aula de uma escola
infantil. Quando a professora apaga a luz para passar um filme, os alunos começam a fazer
34. mais barulho, pois sabem que será mais difícil identificá-los no escuro. “O anonimato
protege os motoristas das consequências negativas de suas infrações”, disse o psicólogo.
Renata Moraes. Motoristas movidos a fúria. In: Veja, ano 42, n.º 17, 29/4/2009 (com
adaptações).
Julgue o item a seguir, relativo às ideias do texto acima.
Existe uma relação de conformidade entre adultos ao volante e crianças que assistem a um
filme na escola, com a luz apagada.
Certo
Errado
Questão 26: CESPE - 2009
Nada ilustra melhor a aviação comercial do que a máxima de que a solução parcial de um
problema acaba criando novos problemas. Essa condenação começou a se manifestar de
maneira trágica com o primeiro jato comercial da história, o Comet, fabricado em 1949
pela Havilland. Ele veio resolver os problemas de conforto, privacidade e segurança dos
seus antecessores a hélice, mas foi precocemente aposentado depois de um acidente —
para ser mais preciso, depois de cinco acidentes. Os modelos Comet se desintegravam em
pleno ar, à luz do dia, em perfeitas condições meteorológicas. Depois da mais extensa e
cara investigação científica da história dos desastres aéreos, as autoridades inglesas
concluíram que, para satisfazer o gosto dos viajantes, os projetistas desenharam janelas
panorâmicas no Comet. Isso tornava as viagens mais agradáveis. Mas, como o vidro e o
metal reagem de forma diferente às pressões aerodinâmicas, a estrutura do Comet
acabava cedendo, e o avião se desintegrava.
O mais intrigante é que as modernas tecnologias digitais embarcadas, em vez de mitigar
35. os desafios colocados aos projetistas, tornaram-nos ainda mais flagrantes. Uma dessas
esteve no centro de algumas tragédias: o dispositivo digital projetado para impedir que os
freios aerodinâmicos do avião, em especial aqueles que invertem o fluxo de ar das
turbinas, os reversos, fossem acionados em pleno voo. Melhor: eles seriam acionados
automaticamente quando do pouso. Os engenheiros basearam seu dispositivo no que
parecia ser algo infalível. Um leitor digital de altitude trancava os reversos mesmo que o
piloto os acionasse manualmente. A inovação destinada a resolver um problema acabaria
criando vários. Em 1991, um Boeing 767 da Lauda Air caiu na Tailândia depois que, sem
explicação aparente, os reversos se abriram em pleno voo. A investigação mostrou que o
avião perdeu altitude em uma turbulência e o computador interpretou o fenômeno como
um pouso, acionando os freios. Como resolver isso sem perder a automação? Os
engenheiros modificaram o dispositivo de acionamento dos reversos, de modo que os
sensores informariam ao computador para abri-los apenas depois que os dois conjuntos de
pneus do trem de pouso tocassem o solo. A modificação foi considerada perfeita e adotada
universalmente pelos fabricantes. Mas... e há sempre um mas... dois anos depois um
Airbus A320 da Lufthansa não conseguiu acionar os reversos ao pousar na pista gelada do
Aeroporto de Varsóvia, matando dois dos setenta passageiros. A causa? Ventos laterais
fortes fizeram com que o trem de pouso da esquerda tocasse o solo nove segundos depois
do da direita. O computador, fiel a sua programação, não acionou os reversos e impediu os
pilotos de ativá-los até que todos os pneus tivessem tocado o solo. Mais uma modificação
foi feita, então, no desenho do dispositivo. Agora ele apenas informa o piloto, que decide
quando acionar os freios.
Na cauda do Comet. In: Veja, ano 42, n.º 23, 10/6/2009 (com adaptações) .
Acerca das ideias expressas no texto acima, julgue o seguinte item.
Até os mais recentes avanços tecnológicos são passíveis de falibilidade.
Certo
36. Errado
Questão 27: CESPE - 2009
Nada ilustra melhor a aviação comercial do que a máxima de que a solução parcial de um
problema acaba criando novos problemas. Essa condenação começou a se manifestar de
maneira trágica com o primeiro jato comercial da história, o Comet, fabricado em 1949
pela Havilland. Ele veio resolver os problemas de conforto, privacidade e segurança dos
seus antecessores a hélice, mas foi precocemente aposentado depois de um acidente —
para ser mais preciso, depois de cinco acidentes. Os modelos Comet se desintegravam em
pleno ar, à luz do dia, em perfeitas condições meteorológicas. Depois da mais extensa e
cara investigação científica da história dos desastres aéreos, as autoridades inglesas
concluíram que, para satisfazer o gosto dos viajantes, os projetistas desenharam janelas
panorâmicas no Comet. Isso tornava as viagens mais agradáveis. Mas, como o vidro e o
metal reagem de forma diferente às pressões aerodinâmicas, a estrutura do Comet
acabava cedendo, e o avião se desintegrava.
O mais intrigante é que as modernas tecnologias digitais embarcadas, em vez de mitigar
os desafios colocados aos projetistas, tornaram-nos ainda mais flagrantes. Uma dessas
esteve no centro de algumas tragédias: o dispositivo digital projetado para impedir que os
freios aerodinâmicos do avião, em especial aqueles que invertem o fluxo de ar das
turbinas, os reversos, fossem acionados em pleno voo. Melhor: eles seriam acionados
automaticamente quando do pouso. Os engenheiros basearam seu dispositivo no que
parecia ser algo infalível. Um leitor digital de altitude trancava os reversos mesmo que o
piloto os acionasse manualmente. A inovação destinada a resolver um problema acabaria
criando vários. Em 1991, um Boeing 767 da Lauda Air caiu na Tailândia depois que, sem
explicação aparente, os reversos se abriram em pleno voo. A investigação mostrou que o
avião perdeu altitude em uma turbulência e o computador interpretou o fenômeno como
um pouso, acionando os freios. Como resolver isso sem perder a automação? Os
engenheiros modificaram o dispositivo de acionamento dos reversos, de modo que os
37. sensores informariam ao computador para abri-los apenas depois que os dois conjuntos de
pneus do trem de pouso tocassem o solo. A modificação foi considerada perfeita e adotada
universalmente pelos fabricantes. Mas... e há sempre um mas... dois anos depois um
Airbus A320 da Lufthansa não conseguiu acionar os reversos ao pousar na pista gelada do
Aeroporto de Varsóvia, matando dois dos setenta passageiros. A causa? Ventos laterais
fortes fizeram com que o trem de pouso da esquerda tocasse o solo nove segundos depois
do da direita. O computador, fiel a sua programação, não acionou os reversos e impediu os
pilotos de ativá-los até que todos os pneus tivessem tocado o solo. Mais uma modificação
foi feita, então, no desenho do dispositivo. Agora ele apenas informa o piloto, que decide
quando acionar os freios.
Na cauda do Comet. In: Veja, ano 42, n.º 23, 10/6/2009 (com adaptações) .
Acerca das ideias expressas no texto acima, julgue o seguinte item.
A preocupação com o conforto dos passageiros em detrimento de sua segurança foi a
causa da condenação do Comet.
Certo
Errado
Questão 28: CESPE - 2009
Nada ilustra melhor a aviação comercial do que a máxima de que a solução parcial de um
problema acaba criando novos problemas. Essa condenação começou a se manifestar de
maneira trágica com o primeiro jato comercial da história, o Comet, fabricado em 1949
pela Havilland. Ele veio resolver os problemas de conforto, privacidade e segurança dos
seus antecessores a hélice, mas foi precocemente aposentado depois de um acidente —
para ser mais preciso, depois de cinco acidentes. Os modelos Comet se desintegravam em
pleno ar, à luz do dia, em perfeitas condições meteorológicas. Depois da mais extensa e
38. cara investigação científica da história dos desastres aéreos, as autoridades inglesas
concluíram que, para satisfazer o gosto dos viajantes, os projetistas desenharam janelas
panorâmicas no Comet. Isso tornava as viagens mais agradáveis. Mas, como o vidro e o
metal reagem de forma diferente às pressões aerodinâmicas, a estrutura do Comet
acabava cedendo, e o avião se desintegrava.
O mais intrigante é que as modernas tecnologias digitais embarcadas, em vez de mitigar
os desafios colocados aos projetistas, tornaram-nos ainda mais flagrantes. Uma dessas
esteve no centro de algumas tragédias: o dispositivo digital projetado para impedir que os
freios aerodinâmicos do avião, em especial aqueles que invertem o fluxo de ar das
turbinas, os reversos, fossem acionados em pleno voo. Melhor: eles seriam acionados
automaticamente quando do pouso. Os engenheiros basearam seu dispositivo no que
parecia ser algo infalível. Um leitor digital de altitude trancava os reversos mesmo que o
piloto os acionasse manualmente. A inovação destinada a resolver um problema acabaria
criando vários. Em 1991, um Boeing 767 da Lauda Air caiu na Tailândia depois que, sem
explicação aparente, os reversos se abriram em pleno voo. A investigação mostrou que o
avião perdeu altitude em uma turbulência e o computador interpretou o fenômeno como
um pouso, acionando os freios. Como resolver isso sem perder a automação? Os
engenheiros modificaram o dispositivo de acionamento dos reversos, de modo que os
sensores informariam ao computador para abri-los apenas depois que os dois conjuntos de
pneus do trem de pouso tocassem o solo. A modificação foi considerada perfeita e adotada
universalmente pelos fabricantes. Mas... e há sempre um mas... dois anos depois um
Airbus A320 da Lufthansa não conseguiu acionar os reversos ao pousar na pista gelada do
Aeroporto de Varsóvia, matando dois dos setenta passageiros. A causa? Ventos laterais
fortes fizeram com que o trem de pouso da esquerda tocasse o solo nove segundos depois
do da direita. O computador, fiel a sua programação, não acionou os reversos e impediu os
pilotos de ativá-los até que todos os pneus tivessem tocado o solo. Mais uma modificação
foi feita, então, no desenho do dispositivo. Agora ele apenas informa o piloto, que decide
quando acionar os freios.
39. Na cauda do Comet. In: Veja, ano 42, n.º 23, 10/6/2009 (com adaptações) .
Acerca das ideias expressas no texto acima, julgue o seguinte item.
No âmbito da aviação civil, as inovações digitais são sempre determinantes para a solução
de problemas encontrados nas aeronaves.
Certo
Errado
Questão 29: CESPE - 2009
Nada ilustra melhor a aviação comercial do que a máxima de que a solução parcial de um
problema acaba criando novos problemas. Essa condenação começou a se manifestar de
maneira trágica com o primeiro jato comercial da história, o Comet, fabricado em 1949
pela Havilland. Ele veio resolver os problemas de conforto, privacidade e segurança dos
seus antecessores a hélice, mas foi precocemente aposentado depois de um acidente —
para ser mais preciso, depois de cinco acidentes. Os modelos Comet se desintegravam em
pleno ar, à luz do dia, em perfeitas condições meteorológicas. Depois da mais extensa e
cara investigação científica da história dos desastres aéreos, as autoridades inglesas
concluíram que, para satisfazer o gosto dos viajantes, os projetistas desenharam janelas
panorâmicas no Comet. Isso tornava as viagens mais agradáveis. Mas, como o vidro e o
metal reagem de forma diferente às pressões aerodinâmicas, a estrutura do Comet
acabava cedendo, e o avião se desintegrava.
O mais intrigante é que as modernas tecnologias digitais embarcadas, em vez de mitigar
os desafios colocados aos projetistas, tornaram-nos ainda mais flagrantes. Uma dessas
esteve no centro de algumas tragédias: o dispositivo digital projetado para impedir que os
freios aerodinâmicos do avião, em especial aqueles que invertem o fluxo de ar das
turbinas, os reversos, fossem acionados em pleno voo. Melhor: eles seriam acionados
40. automaticamente quando do pouso. Os engenheiros basearam seu dispositivo no que
parecia ser algo infalível. Um leitor digital de altitude trancava os reversos mesmo que o
piloto os acionasse manualmente. A inovação destinada a resolver um problema acabaria
criando vários. Em 1991, um Boeing 767 da Lauda Air caiu na Tailândia depois que, sem
explicação aparente, os reversos se abriram em pleno voo. A investigação mostrou que o
avião perdeu altitude em uma turbulência e o computador interpretou o fenômeno como
um pouso, acionando os freios. Como resolver isso sem perder a automação? Os
engenheiros modificaram o dispositivo de acionamento dos reversos, de modo que os
sensores informariam ao computador para abri-los apenas depois que os dois conjuntos de
pneus do trem de pouso tocassem o solo. A modificação foi considerada perfeita e adotada
universalmente pelos fabricantes. Mas... e há sempre um mas... dois anos depois um
Airbus A320 da Lufthansa não conseguiu acionar os reversos ao pousar na pista gelada do
Aeroporto de Varsóvia, matando dois dos setenta passageiros. A causa? Ventos laterais
fortes fizeram com que o trem de pouso da esquerda tocasse o solo nove segundos depois
do da direita. O computador, fiel a sua programação, não acionou os reversos e impediu os
pilotos de ativá-los até que todos os pneus tivessem tocado o solo. Mais uma modificação
foi feita, então, no desenho do dispositivo. Agora ele apenas informa o piloto, que decide
quando acionar os freios.
Na cauda do Comet. In: Veja, ano 42, n.º 23, 10/6/2009 (com adaptações) .
Acerca das ideias expressas no texto acima, julgue o seguinte item.
Depreende-se do texto que, na aviação civil, a automação é importante, mas não se deve
desprezar a ação humana.
Certo
Errado
41. Questão 30: CESPE - 2009
Nada ilustra melhor a aviação comercial do que a máxima de que a solução parcial de um
problema acaba criando novos problemas. Essa condenação começou a se manifestar de
maneira trágica com o primeiro jato comercial da história, o Comet, fabricado em 1949
pela Havilland. Ele veio resolver os problemas de conforto, privacidade e segurança dos
seus antecessores a hélice, mas foi precocemente aposentado depois de um acidente —
para ser mais preciso, depois de cinco acidentes. Os modelos Comet se desintegravam em
pleno ar, à luz do dia, em perfeitas condições meteorológicas. Depois da mais extensa e
cara investigação científica da história dos desastres aéreos, as autoridades inglesas
concluíram que, para satisfazer o gosto dos viajantes, os projetistas desenharam janelas
panorâmicas no Comet. Isso tornava as viagens mais agradáveis. Mas, como o vidro e o
metal reagem de forma diferente às pressões aerodinâmicas, a estrutura do Comet
acabava cedendo, e o avião se desintegrava.
O mais intrigante é que as modernas tecnologias digitais embarcadas, em vez de mitigar
os desafios colocados aos projetistas, tornaram-nos ainda mais flagrantes. Uma dessas
esteve no centro de algumas tragédias: o dispositivo digital projetado para impedir que os
freios aerodinâmicos do avião, em especial aqueles que invertem o fluxo de ar das
turbinas, os reversos, fossem acionados em pleno voo. Melhor: eles seriam acionados
automaticamente quando do pouso. Os engenheiros basearam seu dispositivo no que
parecia ser algo infalível. Um leitor digital de altitude trancava os reversos mesmo que o
piloto os acionasse manualmente. A inovação destinada a resolver um problema acabaria
criando vários. Em 1991, um Boeing 767 da Lauda Air caiu na Tailândia depois que, sem
explicação aparente, os reversos se abriram em pleno voo. A investigação mostrou que o
avião perdeu altitude em uma turbulência e o computador interpretou o fenômeno como
um pouso, acionando os freios. Como resolver isso sem perder a automação? Os
engenheiros modificaram o dispositivo de acionamento dos reversos, de modo que os
sensores informariam ao computador para abri-los apenas depois que os dois conjuntos de
pneus do trem de pouso tocassem o solo. A modificação foi considerada perfeita e adotada
42. universalmente pelos fabricantes. Mas... e há sempre um mas... dois anos depois um
Airbus A320 da Lufthansa não conseguiu acionar os reversos ao pousar na pista gelada do
Aeroporto de Varsóvia, matando dois dos setenta passageiros. A causa? Ventos laterais
fortes fizeram com que o trem de pouso da esquerda tocasse o solo nove segundos depois
do da direita. O computador, fiel a sua programação, não acionou os reversos e impediu os
pilotos de ativá-los até que todos os pneus tivessem tocado o solo. Mais uma modificação
foi feita, então, no desenho do dispositivo. Agora ele apenas informa o piloto, que decide
quando acionar os freios.
Na cauda do Comet. In: Veja, ano 42, n.º 23, 10/6/2009 (com adaptações) .
Acerca das ideias expressas no texto acima, julgue o seguinte item.
O texto permite inferir que o aperfeiçoamento da segurança nas aeronaves ocorre com
base nos erros já cometidos.
Certo
Errado
Questão 31: CESPE - 2009
A evolução do conhecimento levada a cabo pelo homem no século XX foi, sem dúvida, uma
revolução de extensão mais significativa do que qualquer movimento que,
deliberadamente, tenha reivindicado esse título. Do marco inicial da psicanálise, ainda no
limiar do século XIX, às atuais experiências com células-tronco, passando por grandes
descobertas, como a penicilina ou a criação das redes virtuais, a Era dos Extremos
modificou categoricamente a visão do homem sobre o próprio homem. Mas, se de um lado
parecem ruir os ideais iluministas que depositavam no reino da razão as esperanças de
evolução das relações da existência individual e coletiva, de outro as formas de organização
concebidas em consonância com esses ideais, representadas pela moderna democracia
43. republicana, parecem ainda não ter perdido sua atualidade. Senão pelas suas virtudes, ao
menos pela ausência de outras alternativas que se tenham mostrado melhores. Porém, de
que forma conciliar o funcionamento de tais instituições com as novas — e nem sempre
coincidentes — visões que as mais diversas áreas do conhecimento produziram sobre o
homem?
Durval Mazzei Nogueira Filho. O sujeito da educação. In: Educação & Psicologia, vol. 1,
Editorial, p. 5 (com adaptações).
Julgue o seguinte item, a respeito das ideias e da organização argumentativa do texto
acima.
O período sintático “A evolução (...) esse título” sintetiza a ideia desenvolvida pela
argumentação do texto.
Certo
Errado
Questão 32: CESPE - 2009
A evolução do conhecimento levada a cabo pelo homem no século XX foi, sem dúvida,
uma revolução de extensão mais significativa do que qualquer movimento que,
deliberadamente, tenha reivindicado esse título. Do marco inicial da psicanálise, ainda no
limiar do século XIX, às atuais experiências com células-tronco, passando por grandes
descobertas, como a penicilina ou a criação das redes virtuais, a Era dos Extremos
modificou categoricamente a visão do homem sobre o próprio homem. Mas, se de um lado
parecem ruir os ideais iluministas que depositavam no reino da razão as esperanças de
evolução das relações da existência individual e coletiva, de outro as formas de organização
concebidas em consonância com esses ideais, representadas pela moderna democracia
republicana, parecem ainda não ter perdido sua atualidade. Senão pelas suas virtudes, ao
44. menos pela ausência de outras alternativas que se tenham mostrado melhores. Porém, de
que forma conciliar o funcionamento de tais instituições com as novas — e nem sempre
coincidentes — visões que as mais diversas áreas do conhecimento produziram sobre o
homem?
Durval Mazzei Nogueira Filho. O sujeito da educação. In: Educação & Psicologia, vol. 1,
Editorial, p. 5 (com adaptações).
Julgue o seguinte item, a respeito das ideias e da organização argumentativa do texto
acima.
Nas relações de coesão do texto, “esse título” retoma “revolução”, assim como a expressão
“tais instituições” refere-se às “formas de organização concebidas em consonância com
esses ideais, representadas pela moderna democracia republicana”.
Certo
Errado
Questão 33: CESPE - 2009
A evolução do conhecimento levada a cabo pelo homem no século XX foi, sem dúvida, uma
revolução de extensão mais significativa do que qualquer movimento que,
deliberadamente, tenha reivindicado esse título. Do marco inicial da psicanálise, ainda no
limiar do século XIX, às atuais experiências com células-tronco, passando por grandes
descobertas, como a penicilina ou a criação das redes virtuais, a Era dos Extremos
modificou categoricamente a visão do homem sobre o próprio homem. Mas, se de um lado
parecem ruir os ideais iluministas que depositavam no reino da razão as esperanças de
evolução das relações da existência individual e coletiva, de outro as formas de organização
concebidas em consonância com esses ideais, representadas pela moderna democracia
republicana, parecem ainda não ter perdido sua atualidade. Senão pelas suas virtudes, ao
45. menos pela ausência de outras alternativas que se tenham mostrado melhores. Porém, de
que forma conciliar o funcionamento de tais instituições com as novas — e nem sempre
coincidentes — visões que as mais diversas áreas do conhecimento produziram sobre o
homem?
Durval Mazzei Nogueira Filho. O sujeito da educação. In: Educação & Psicologia, vol. 1,
Editorial, p. 5 (com adaptações).
Julgue o seguinte item, a respeito das ideias e da organização argumentativa do texto
acima.
Depreende-se da argumentação do texto que os ideais iluministas, apoiados na primazia
da razão, ainda representam a melhor forma de sustentar as organizações sociais
representadas pela democracia republicana.
Certo
Errado
Questão 34: CESPE - 2009
A evolução do conhecimento levada a cabo pelo homem no século XX foi, sem dúvida, uma
revolução de extensão mais significativa do que qualquer movimento que,
deliberadamente, tenha reivindicado esse título. Do marco inicial da psicanálise, ainda no
limiar do século XIX, às atuais experiências com células-tronco, passando por grandes
descobertas, como a penicilina ou a criação das redes virtuais, a Era dos Extremos
modificou categoricamente a visão do homem sobre o próprio homem. Mas, se de um lado
parecem ruir os ideais iluministas que depositavam no reino da razão as esperanças de
evolução das relações da existência individual e coletiva, de outro as formas de organização
concebidas em consonância com esses ideais, representadas pela moderna democracia
republicana, parecem ainda não ter perdido sua atualidade. Senão pelas suas virtudes, ao
46. menos pela ausência de outras alternativas que se tenham mostrado melhores. Porém, de
que forma conciliar o funcionamento de tais instituições com as novas — e nem sempre
coincidentes — visões que as mais diversas áreas do conhecimento produziram sobre o
homem?
Durval Mazzei Nogueira Filho. O sujeito da educação. In: Educação & Psicologia, vol. 1,
Editorial, p. 5 (com adaptações).
Julgue o seguinte item, a respeito das ideias e da organização argumentativa do texto
acima.
Como resposta possível à pergunta final, nas linhas de 7 a 9, seria coerente e
argumentativamente adequado acrescentar ao texto o seguinte trecho: A reflexão sobre
essas questões sugere que, por mais que as sociedades avancem no conhecimento
científico, as instituições — democráticas ou não — estarão sempre distantes das mudanças
que a ciência acarreta na visão que o homem teoricamente constrói a respeito do próprio
homem.
Certo
Errado
Questão 35: CESPE - 2009
A evolução do conhecimento levada a cabo pelo homem no século XX foi, sem dúvida, uma
revolução de extensão mais significativa do que qualquer movimento que,
deliberadamente, tenha reivindicado esse título. Do marco inicial da psicanálise, ainda no
limiar do século XIX, às atuais experiências com células-tronco, passando por grandes
descobertas, como a penicilina ou a criação das redes virtuais, a Era dos Extremos
modificou categoricamente a visão do homem sobre o próprio homem. Mas, se de um lado
parecem ruir os ideais iluministas que depositavam no reino da razão as esperanças de
47. evolução das relações da existência individual e coletiva, de outro as formas de organização
concebidas em consonância com esses ideais, representadas pela moderna democracia
republicana, parecem ainda não ter perdido sua atualidade. Senão pelas suas virtudes, ao
menos pela ausência de outras alternativas que se tenham mostrado melhores. Porém, de
que forma conciliar o funcionamento de tais instituições com as novas — e nem sempre
coincidentes — visões que as mais diversas áreas do conhecimento produziram sobre o
homem?
Durval Mazzei Nogueira Filho. O sujeito da educação. In: Educação & Psicologia, vol. 1,
Editorial, p. 5 (com adaptações).
Julgue o seguinte item, a respeito das ideias e da organização argumentativa do texto
acima.
A argumentação do texto sugere que o homem, ao politizar o conhecimento científico, cria
para a humanidade, em geral, as dificuldades que a impedem de vivenciar plenamente os
ideais iluministas de democracia e felicidade.
Certo
Errado
Questão 36: CESPE - 2009
(...) Enquanto a linguagem científica, ao mesmo tempo em que coibia qualquer afirmação
inconsistente e subjetiva, moldava-se na forma de prosa a fim de poder refletir o real, o
mundo da physis moderna consistia em um mundo essencialmente a-histórico, regular,
ordenado e organizado por leis fixas, onde não havia espaço para a contradição ou
considerações subjetivas. Assim, as formas de conhecimento que buscassem se submeter
ao estatuto científico deveriam proceder a um exorcismo quanto a todas as noções
equivocadas presentes em seus corpos. A astronomia deveria se divorciar da astrologia,
48. como a química da alquimia e a medicina das noções místicas. Outros ramos do
conhecimento, como a filosofia, o direito, as artes, a literatura, a teologia e o senso comum
não gozavam do mesmo status da confiabilidade da ciência, pois a divisão do paradigma os
havia situado no universo incerto da subjetividade.
Maurício S. Neubern. In: Complexidade & Psicologia Clínica. Brasília: Plano, 2004, p. 21-3
(com adaptações).
Julgue o seguinte item, a respeito da organização das ideias no texto acima.
A seguinte afirmação preenche coerentemente o lugar da indicação de supressão do trecho
inicial do texto: Na evolução da mitologia para a ciência, ao sistematizar o conhecimento
científico, a humanidade palmilhou caminhos de subjetividade e poesia para explicar as
origens do homem e justificar a história de sua existência no mundo.
Certo
Errado
Questão 37: CESPE - 2009
(...) Enquanto a linguagem científica, ao mesmo tempo em que coibia qualquer afirmação
inconsistente e subjetiva, moldava-se na forma de prosa a fim de poder refletir o real, o
mundo da physis moderna consistia em um mundo essencialmente a-histórico, regular,
ordenado e organizado por leis fixas, onde não havia espaço para a contradição ou
considerações subjetivas. Assim, as formas de conhecimento que buscassem se submeter
ao estatuto científico deveriam proceder a um exorcismo quanto a todas as noções
equivocadas presentes em seus corpos. A astronomia deveria se divorciar da astrologia,
como a química da alquimia e a medicina das noções místicas. Outros ramos do
conhecimento, como a filosofia, o direito, as artes, a literatura, a teologia e o senso comum
não gozavam do mesmo status da confiabilidade da ciência, pois a divisão do paradigma os
49. havia situado no universo incerto da subjetividade.
Maurício S. Neubern. In: Complexidade & Psicologia Clínica. Brasília: Plano, 2004, p. 21-3
(com adaptações).
Julgue o seguinte item, a respeito da organização das ideias no texto acima.
Nesse fragmento, predominantemente argumentativo, a utilização de ilustrações que
comprovam a tese defendida aparece sob a forma de trechos narrativos, como os
seguintes: “moldava-se na forma de prosa a fim de poder refletir o real” e “A astronomia
deveria se divorciar da astrologia, como a química da alquimia e a medicina das noções
místicas”.
Certo
Errado
Questão 38: CESPE - 2009
(...) Enquanto a linguagem científica, ao mesmo tempo em que coibia qualquer afirmação
inconsistente e subjetiva, moldava-se na forma de prosa a fim de poder refletir o real, o
mundo da physis moderna consistia em um mundo essencialmente a-histórico, regular,
ordenado e organizado por leis fixas, onde não havia espaço para a contradição ou
considerações subjetivas. Assim, as formas de conhecimento que buscassem se submeter
ao estatuto científico deveriam proceder a um exorcismo quanto a todas as noções
equivocadas presentes em seus corpos. A astronomia deveria se divorciar da astrologia,
como a química da alquimia e a medicina das noções místicas. Outros ramos do
conhecimento, como a filosofia, o direito, as artes, a literatura, a teologia e o senso comum
não gozavam do mesmo status da confiabilidade da ciência, pois a divisão do paradigma os
havia situado no universo incerto da subjetividade.
50. Maurício S. Neubern. In: Complexidade & Psicologia Clínica. Brasília: Plano, 2004, p. 21-3
(com adaptações).
Julgue o seguinte item, a respeito da organização das ideias no texto acima.
Na argumentação do texto, são construídas, por meio de estruturas linguísticas e relações
lógicas, verdades que se legitimam dentro do universo textual apresentado,
independentemente de essas ideias serem comprovadas no mundo empírico.
Certo
Errado
Questão 39: CESPE - 2009
(...) Enquanto a linguagem científica, ao mesmo tempo em que coibia qualquer afirmação
inconsistente e subjetiva, moldava-se na forma de prosa a fim de poder refletir o real, o
mundo da physis moderna consistia em um mundo essencialmente a-histórico, regular,
ordenado e organizado por leis fixas, onde não havia espaço para a contradição ou
considerações subjetivas. Assim, as formas de conhecimento que buscassem se submeter
ao estatuto científico deveriam proceder a um exorcismo quanto a todas as noções
equivocadas presentes em seus corpos. A astronomia deveria se divorciar da astrologia,
como a química da alquimia e a medicina das noções místicas.Outros ramos do
conhecimento, como a filosofia, o direito, as artes, a literatura, a teologia e o senso comum
não gozavam do mesmo status da confiabilidade da ciência, pois a divisão do paradigma os
havia situado no universo incerto da subjetividade.
Maurício S. Neubern. In: Complexidade & Psicologia Clínica. Brasília: Plano, 2004, p. 21-3
(com adaptações).
Julgue o seguinte item, a respeito da organização das ideias no texto acima.
51. Infere-se, a partir das relações de significação do texto, que as “noções equivocadas
presentes em seus corpos” são as características a-históricas, organizadas por leis fixas que
exorcizam “Outros ramos do conhecimento”.
Certo
Errado
Questão 40: CESPE - 2009
(...) Enquanto a linguagem científica, ao mesmo tempo em que coibia qualquer afirmação
inconsistente e subjetiva, moldava-se na forma de prosa a fim de poder refletir o real, o
mundo da physis moderna consistia em um mundo essencialmente a-histórico, regular,
ordenado e organizado por leis fixas, onde não havia espaço para a contradição ou
considerações subjetivas. Assim, as formas de conhecimento que buscassem se submeter
ao estatuto científico deveriam proceder a um exorcismo quanto a todas as noções
equivocadas presentes em seus corpos. A astronomia deveria se divorciar da astrologia,
como a química da alquimia e a medicina das noções místicas. Outros ramos do
conhecimento, como a filosofia, o direito, as artes, a literatura, a teologia e o senso comum
não gozavam do mesmo status da confiabilidade da ciência, pois a divisão do paradigma os
havia situado no universo incerto da subjetividade.
Maurício S. Neubern. In: Complexidade & Psicologia Clínica. Brasília: Plano, 2004, p. 21-3
(com adaptações).
Julgue o seguinte item, a respeito da organização das ideias no texto acima.
A organização lógica que norteia a orientação argumentativa do texto opõe formas de
conhecimento consideradas de prestígio a formas de conhecimento menos prestigiadas;
enquanto o prestígio das primeiras baseia-se na objetividade do estatuto científico, o
52. desprestígio das segundas fundamenta-se na valorização do universo incerto da
subjetividade.
Certo
Errado
Questão 41: CESPE - 2012
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) aprovou, em setembro
último, alterações no seu regimento interno com o objetivo de fazer frente aos novos
desafios do setor de aviação civil, em razão de sua expansão e do considerável aumento do
número de usuários do transporte aéreo no país nos últimos anos.
Para cuidar do gerenciamento dos novos contratos de concessão de aeroportos (São
Gonçalo do Amarante, Guarulhos, Viracopos e Brasília), foram criadas novas estruturas
nas Superintendências de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado (SRE) e
de Infraestrutura Aeroportuária (SIA).
Com o objetivo de intensificar as ações de fiscalização da agência, será criada também uma
nova unidade, a Gerência-Geral de Ação Fiscal (GGAF), que, vinculada à Diretoria
Colegiada, atuará com outros órgãos da administração pública, tais como Receita Federal e
Polícia Federal, para coibir operações ilícitas relacionadas à aviação civil. A GGAF também
será responsável pela fiscalização da prestação de serviços ao passageiro e pela
coordenação de operações especiais, como as que ocorrem durante o período de férias.
A nova estrutura, idealizada com base na melhor definição de atribuições dos cargos da
agência, não gerará ônus adicional para a União.
Internet: <www.anac.gov.br> (com adaptações).
53. Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir.
O texto, que se caracteriza como argumentativo, é utilizado para a defesa da necessidade
de modernização da ANAC.
Certo
Errado
Questão 42: CESPE - 2012
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) aprovou, em setembro
último, alterações no seu regimento interno com o objetivo de fazer frente aos novos
desafios do setor de aviação civil, em razão de sua expansão e do considerável aumento do
número de usuários do transporte aéreo no país nos últimos anos.
Para cuidar do gerenciamento dos novos contratos de concessão de aeroportos (São
Gonçalo do Amarante, Guarulhos, Viracopos e Brasília), foram criadas novas estruturas
nas Superintendências de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado (SRE) e
de Infraestrutura Aeroportuária (SIA).
Com o objetivo de intensificar as ações de fiscalização da agência, será criada também uma
nova unidade, a Gerência-Geral de Ação Fiscal (GGAF), que, vinculada à Diretoria
Colegiada, atuará com outros órgãos da administração pública, tais como Receita Federal e
Polícia Federal, para coibir operações ilícitas relacionadas à aviação civil. A GGAF também
será responsável pela fiscalização da prestação de serviços ao passageiro e pela
coordenação de operações especiais, como as que ocorrem durante o período de férias.
A nova estrutura, idealizada com base na melhor definição de atribuições dos cargos da
agência, não gerará ônus adicional para a União.
54. Internet: <www.anac.gov.br> (com adaptações).
Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir.
O segmento “em setembro último” está empregado entre vírgulas por constituir expressão
adverbial intercalada entre termos da oração de que faz parte.
Certo
Errado
Questão 43: CESPE - 2012
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) aprovou, em setembro
último, alterações no seu regimento interno com o objetivo de fazer frente aosnovos
desafios do setor de aviação civil, em razão de sua expansão e do considerável aumento do
número de usuários do transporte aéreo no país nos últimos anos.
Para cuidar do gerenciamento dos novos contratos de concessão de aeroportos (São
Gonçalo do Amarante, Guarulhos, Viracopos e Brasília), foram criadas novas estruturas
nas Superintendências de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado (SRE) e
de Infraestrutura Aeroportuária (SIA).
Com o objetivo de intensificar as ações de fiscalização da agência, será criada também uma
nova unidade, a Gerência-Geral de Ação Fiscal (GGAF), que, vinculada à Diretoria
Colegiada, atuará com outros órgãos da administração pública, tais como Receita Federal e
Polícia Federal, para coibir operações ilícitas relacionadas à aviação civil. A GGAF também
será responsável pela fiscalização da prestação de serviços ao passageiro e pela
coordenação de operações especiais, como as que ocorrem durante o período de férias.
A nova estrutura, idealizada com base na melhor definição de atribuições dos cargos da
55. agência, não gerará ônus adicional para a União.
Internet: <www.anac.gov.br> (com adaptações).
Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir.
A substituição de “fazer frente aos” por enfrentar os prejudicaria a correção gramatical do
texto.
Certo
Errado
Questão 44: CESPE - 2009
Piracicaba, 1924
A cidade paulista, um dos berços da República Velha e terra do austero Prudente de
Moraes, acorda alvoroçada. Um pequenino avião dá voltas sobre ela, várias vezes, a baixa
altura. As janelas das casas abrem-se e algumas cabeças surgem, nervosas, procurando
sobre os telhados o responsável pela quebra da monotonia dos céus piracicabanos.
Lá em cima, o biplano, indiferente, prossegue em suas evoluções; embaixo, as pessoas
detêm-se nas calçadas, as mães recolhem os filhos que brincam nos jardins e uma tropa de
mulas atreladas em frente ao Hotel Central agita-se, nervosa. Os animais relincham e
corcoveiam, assustados com o barulho do biplano. Às vezes, ele passa tão baixo sobre a
superfície das águas do rio Piracicaba que suas rodas parecem roçar a ondulação do rio.
Do cockpit, o piloto pode ser visto, usando óculos protetores e um cachecol volátil que
flutua ao sabor do vento.
O responsável pela algazarra dessa manhã em Piracicaba era um alsaciano de nome Fritz
56. Roesles. Ele havia sido piloto na Primeira Guerra Mundial e mudara-se para o Brasil em
1920, radicando-se primeiro em Olímpia – SP e depois na própria capital paulista. Fritz
casou-se com Teresa de Marzo, a primeira mulher a obter brevê no Brasil.
Ele percorria o interior paulista vendendo voos panorâmicos. Era um dos pioneiros nessa
atividade, que tornaria a aviação acessível ao grande público e motivaria muitos a
seguirem a carreira da aviação. Fritz fazia decolar o biplano com o passageiro, dava uma
volta sobre a cidade, recebia o dinheiro e chamava o próximo da fila.
Seu Joãozinho foi um dos passageiros que aguardou na fila a vez de voar. Com dois metros
de altura e pesando pouco mais de 100 quilos, acomodou-se no cockpittraseiro do biplano.
Ia viver um dos momentos mais inesquecíveis de sua vida. Uma aventura que ele não se
cansaria de contar, enquanto vivesse, a todos os filhos e netos.
João Ricardo Penteado. Voar: histórias da aviação e do paraquedismo civil brasileiro. São
Paulo: Editora SENAC, 2001 (com adaptações).
Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item.
O primeiro período do texto apresenta características de Piracicaba, entre as quais está o
fato de ser a cidade onde foi proclamada a República Velha.
Certo
Errado
Questão 45: CESPE - 2012
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) aprovou, em setembro
último, alterações no seu regimento interno com o objetivo de fazer frente aos novos
desafios do setor de aviação civil, em razão de sua expansão e do considerável aumento do
57. número de usuários do transporte aéreo no país nos últimos anos.
Para cuidar do gerenciamento dos novos contratos de concessão de aeroportos (São
Gonçalo do Amarante, Guarulhos, Viracopos e Brasília), foram criadas novas estruturas
nas Superintendências de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado (SRE) e
de Infraestrutura Aeroportuária (SIA).
Com o objetivo de intensificar as ações de fiscalização da agência, será criada também uma
nova unidade, a Gerência-Geral de Ação Fiscal (GGAF), que, vinculada à Diretoria
Colegiada, atuará com outros órgãos da administração pública, tais como Receita Federal e
Polícia Federal, para coibir operações ilícitas relacionadas à aviação civil. A GGAF também
será responsável pela fiscalização da prestação de serviços ao passageiro e pela
coordenação de operações especiais, como as que ocorrem durante o período de férias.
A nova estrutura, idealizada com base na melhor definição de atribuições dos cargos da
agência, não gerará ônus adicional para a União.
Internet: <www.anac.gov.br> (com adaptações).
Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir.
Em “vinculada à Diretoria Colegiada”, o emprego do sinal indicativo de crase deve-se à
regência do termo “vinculada”, que exige complemento regido pela preposição a, e pela
presença de artigo definido feminino antes da expressão “Diretoria Colegiada”.
Certo
Errado
Questão 46: CESPE - 2012
58. A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) aprovou, em setembro
último, alterações no seu regimento interno com o objetivo de fazer frente aos novos
desafios do setor de aviação civil, em razão de sua expansão e do considerável aumento do
número de usuários do transporte aéreo no país nos últimos anos.
Para cuidar do gerenciamento dos novos contratos de concessão de aeroportos (São
Gonçalo do Amarante, Guarulhos, Viracopos e Brasília), foram criadas novas estruturas
nas Superintendências de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado (SRE) e
de Infraestrutura Aeroportuária (SIA).
Com o objetivo de intensificar as ações de fiscalização da agência, será criada também uma
nova unidade, a Gerência-Geral de Ação Fiscal (GGAF), que, vinculada à Diretoria
Colegiada, atuará com outros órgãos da administração pública, tais como Receita Federal e
Polícia Federal, para coibir operações ilícitas relacionadas à aviação civil. A GGAF também
será responsável pela fiscalização da prestação de serviços ao passageiro e pela
coordenação de operações especiais, como as que ocorrem durante o período de férias.
A nova estrutura, idealizada com base na melhor definição de atribuições dos cargos da
agência, não gerará ônus adicional para a União.
Internet: <www.anac.gov.br> (com adaptações).
Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir.
De acordo com o texto, a expansão das demandas por serviços aéreos tem exigido a
modernização da estrutura da ANAC, não só para o aperfeiçoamento da gerência de
contratos de concessão de aeroportos, mas também para o incremento das ações de
fiscalização.
Certo
59. Errado
Questão 47: CESPE - 2009
Piracicaba, 1924
A cidade paulista, um dos berços da República Velha e terra do austero Prudente de
Moraes, acorda alvoroçada. Um pequenino avião dá voltas sobre ela, várias vezes, a baixa
altura. As janelas das casas abrem-se e algumas cabeças surgem, nervosas, procurando
sobre os telhados o responsável pela quebra da monotonia dos céus piracicabanos.
Lá em cima, o biplano, indiferente, prossegue em suas evoluções; embaixo, as pessoas
detêm-se nas calçadas, as mães recolhem os filhos que brincam nos jardins e uma tropa de
mulas atreladas em frente ao Hotel Central agita-se, nervosa. Os animais relincham e
corcoveiam, assustados com o barulho do biplano. Às vezes, ele passa tão baixo sobre a
superfície das águas do rio Piracicaba que suas rodas parecem roçar a ondulação do rio.
Do cockpit, o piloto pode ser visto, usando óculos protetores e um cachecol volátil que
flutua ao sabor do vento.
O responsável pela algazarra dessa manhã em Piracicaba era um alsaciano de nome Fritz
Roesles. Ele havia sido piloto na Primeira Guerra Mundial e mudara-se para o Brasil em
1920, radicando-se primeiro em Olímpia – SP e depois na própria capital paulista. Fritz
casou-se com Teresa de Marzo, a primeira mulher a obter brevê no Brasil.
Ele percorria o interior paulista vendendo voos panorâmicos. Era um dos pioneiros nessa
atividade, que tornaria a aviação acessível ao grande público e motivaria muitos a
seguirem a carreira da aviação. Fritz fazia decolar o biplano com o passageiro, dava uma
volta sobre a cidade, recebia o dinheiro e chamava o próximo da fila.
Seu Joãozinho foi um dos passageiros que aguardou na fila a vez de voar. Com dois metros
60. de altura e pesando pouco mais de 100 quilos, acomodou-se no cockpittraseiro do biplano.
Ia viver um dos momentos mais inesquecíveis de sua vida. Uma aventura que ele não se
cansaria de contar, enquanto vivesse, a todos os filhos e netos.
João Ricardo Penteado. Voar: histórias da aviação e do paraquedismo civil brasileiro. São
Paulo: Editora SENAC, 2001 (com adaptações).
Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item.
Não haveria prejuízo para os sentidos do texto, caso o trecho “o responsável pela quebra
da monotonia dos céus piracicabanos” fosse reescrito da seguinte forma: o autor da
interrupção do marasmo nos céus de Piracicaba.
Certo
Errado
Questão 48: CESPE - 2009
Piracicaba, 1924
A cidade paulista, um dos berços da República Velha e terra do austero Prudente de
Moraes, acorda alvoroçada. Um pequenino avião dá voltas sobre ela, várias vezes, a baixa
altura. As janelas das casas abrem-se e algumas cabeças surgem, nervosas, procurando
sobre os telhados o responsável pela quebra da monotonia dos céus piracicabanos.
Lá em cima, o biplano, indiferente, prossegue em suas evoluções; embaixo, as pessoas
detêm-se nas calçadas, as mães recolhem os filhos que brincam nos jardins e uma tropa de
mulas atreladas em frente ao Hotel Central agita-se, nervosa. Os animais relincham e
corcoveiam, assustados com o barulho do biplano. Às vezes, ele passa tão baixo sobre a
superfície das águas do rio Piracicaba que suas rodas parecem roçar a ondulação do rio.
61. Do cockpit, o piloto pode ser visto, usando óculos protetores e um cachecol volátil que
flutua ao sabor do vento.
O responsável pela algazarra dessa manhã em Piracicaba era um alsaciano de nome Fritz
Roesles. Ele havia sido piloto na Primeira Guerra Mundial e mudara-se para o Brasil em
1920, radicando-se primeiro em Olímpia – SP e depois na própria capital paulista. Fritz
casou-se com Teresa de Marzo, a primeira mulher a obter brevê no Brasil.
Ele percorria o interior paulista vendendo voos panorâmicos. Era um dos pioneiros nessa
atividade, que tornaria a aviação acessível ao grande público e motivaria muitos a
seguirem a carreira da aviação. Fritz fazia decolar o biplano com o passageiro, dava uma
volta sobre a cidade, recebia o dinheiro e chamava o próximo da fila.
Seu Joãozinho foi um dos passageiros que aguardou na fila a vez de voar. Com dois metros
de altura e pesando pouco mais de 100 quilos, acomodou-se no cockpittraseiro do biplano.
Ia viver um dos momentos mais inesquecíveis de sua vida. Uma aventura que ele não se
cansaria de contar, enquanto vivesse, a todos os filhos e netos.
João Ricardo Penteado. Voar: histórias da aviação e do paraquedismo civil brasileiro. São
Paulo: Editora SENAC, 2001 (com adaptações).
Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item.
No quarto parágrafo do texto, pelo emprego das formas verbais “percorria”, “fazia
decolar”, “dava”, “recebia”, “chamava”, infere-se que tais ações foram realizadas por Fritz
esporadicamente.
Certo
Errado
62. Questão 49: CESPE - 2009
Piracicaba, 1924
A cidade paulista, um dos berços da República Velha e terra do austero Prudente de
Moraes, acorda alvoroçada. Um pequenino avião dá voltas sobre ela, várias vezes, a baixa
altura. As janelas das casas abrem-se e algumas cabeças surgem, nervosas, procurando
sobre os telhados o responsável pela quebra da monotonia dos céus piracicabanos.
Lá em cima, o biplano, indiferente, prossegue em suas evoluções; embaixo, as pessoas
detêm-se nas calçadas, as mães recolhem os filhos que brincam nos jardins e uma tropa de
mulas atreladas em frente ao Hotel Central agita-se, nervosa. Os animais relincham e
corcoveiam, assustados com o barulho do biplano. Às vezes, ele passa tão baixo sobre a
superfície das águas do rio Piracicaba que suas rodas parecem roçar a ondulação do rio.
Do cockpit, o piloto pode ser visto, usando óculos protetores e um cachecol volátil que
flutua ao sabor do vento.
O responsável pela algazarra dessa manhã em Piracicaba era um alsaciano de nome Fritz
Roesles. Ele havia sido piloto na Primeira Guerra Mundial e mudara-se para o Brasil em
1920, radicando-se primeiro em Olímpia – SP e depois na própria capital paulista. Fritz
casou-se com Teresa de Marzo, a primeira mulher a obter brevê no Brasil.
Ele percorria o interior paulista vendendo voos panorâmicos. Era um dos pioneiros nessa
atividade, que tornaria a aviação acessível ao grande público e motivaria muitos a
seguirem a carreira da aviação. Fritz fazia decolar o biplano com o passageiro, dava uma
volta sobre a cidade, recebia o dinheiro e chamava o próximo da fila.
Seu Joãozinho foi um dos passageiros que aguardou na fila a vez de voar. Com dois metros
de altura e pesando pouco mais de 100 quilos, acomodou-se no cockpittraseiro do biplano.
Ia viver um dos momentos mais inesquecíveis de sua vida. Uma aventura que ele não se
63. cansaria de contar, enquanto vivesse, a todos os filhos e netos.
João Ricardo Penteado. Voar: histórias da aviação e do paraquedismo civil brasileiro. São
Paulo: Editora SENAC, 2001 (com adaptações).
Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item.
No texto, de caráter predominantemente argumentativo, o autor defende a aviação
amadora brasileira.
Certo
Errado
Questão 50: CESPE - 2009
Piracicaba, 1924
A cidade paulista, um dos berços da República Velha e terra do austero Prudente de
Moraes, acorda alvoroçada. Um pequenino avião dá voltas sobre ela, várias vezes, a baixa
altura. As janelas das casas abrem-se e algumas cabeças surgem, nervosas, procurando
sobre os telhados o responsável pela quebra da monotonia dos céus piracicabanos.
Lá em cima, o biplano, indiferente, prossegue em suas evoluções; embaixo, as pessoas
detêm-se nas calçadas, as mães recolhem os filhos que brincam nos jardins e uma tropa de
mulas atreladas em frente ao Hotel Central agita-se, nervosa. Os animais relincham e
corcoveiam, assustados com o barulho do biplano. Às vezes, ele passa tão baixo sobre a
superfície das águas do rio Piracicaba que suas rodas parecem roçar a ondulação do rio.
Do cockpit, o piloto pode ser visto, usando óculos protetores e um cachecol volátil que
flutua ao sabor do vento.
64. O responsável pela algazarra dessa manhã em Piracicaba era um alsaciano de nome Fritz
Roesles. Ele havia sido piloto na Primeira Guerra Mundial e mudara-se para o Brasil em
1920, radicando-se primeiro em Olímpia – SP e depois na própria capital paulista. Fritz
casou-se com Teresa de Marzo, a primeira mulher a obter brevê no Brasil.
Ele percorria o interior paulista vendendo voos panorâmicos. Era um dos pioneiros nessa
atividade, que tornaria a aviação acessível ao grande público e motivaria muitos a
seguirem a carreira da aviação. Fritz fazia decolar o biplano com o passageiro, dava uma
volta sobre a cidade, recebia o dinheiro e chamava o próximo da fila.
Seu Joãozinho foi um dos passageiros que aguardou na fila a vez de voar. Com dois metros
de altura e pesando pouco mais de 100 quilos, acomodou-se no cockpittraseiro do biplano.
Ia viver um dos momentos mais inesquecíveis de sua vida. Uma aventura que ele não se
cansaria de contar, enquanto vivesse, a todos os filhos e netos.
João Ricardo Penteado. Voar: histórias da aviação e do paraquedismo civil brasileiro. São
Paulo: Editora SENAC, 2001 (com adaptações).
Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item.
No trecho “Era um dos pioneiros nessa atividade, que tornaria a aviação acessível ao
grande público”, as palavras “acessível” e “público” são acentuadas de acordo com
diferentes regras de acentuação.
Certo
Errado
Questão 51: CESPE - 2009
Piracicaba, 1924