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Resolução de Conflitos e
Construção de Consensos
A estrutura do curso
I. Definições de conflito.
II. Métodos de solução de conflitos.
III. Métodos de negociação.
IV. Métodos de gerência de cooperação e
confronto.
O Conceito de Conflito
• “Profunda falta de entendimento entre duas ou
mais partes.”
• “Encontro violento entre dois ou mais corpos;
choque, colisão.”
• “Discussão veemente ou acalorada; altercação.”
• “Encontro de coisas que se opõem ou divergem.“
• “Divergência percebida de interesses, ou uma
crença de que os atuais objetivos das partes não
podem ser alcançados simultaneamente”
Pruitt e Rubin (1986)
O conflito
3
O conflito é inerente à natureza
humana e se manifesta em todas
as facetas de nossa vida diária.
• Conflito: incompatibilidades entre interesses e
comportamentos ou entre posições e comportamentos?
• Gestão de Conflitos: controlar a intensidade do conflito e
tomar as medidas necessárias para evitar o seu agravamento
subsequente, recorrendo a mecanismos de negociação,
mediação, contencioso, arbitragem e outros.
• Gentil com as pessoas, duro com o problema!
• Quando o conflito é personalizado, ele se torna um
confronto.
• Os conflitos têm uma tendência natural de se agravar,
causando mais intensidade e hostilidade, gerando novos
motivos de conflito.
• A origem da escalada está no medo e na atitude defensiva.
O contexto das Negociações e da Administração de Conflitos
Decisões críticas e as pausas ao negociar
A
B
Assimetria Informacional
Dilema do Negociador
As Expectativas e
a etapa do Explorar
Adaptado de Schmidt e Kochan (1972)
Modelo de Conflito Intergrupal
Condições antecedentes
Diferenciação dos
grupos
Recursos
compartilhados
Atividades
interdependentes
O processo de conflito
Percepção da
incompatibilidade dos
objetivos
Percepção da
oportunidade de
interferência
Conflito Resultado
Resultados
Intensidade do Conflito
Conflito destrutivo
Conflito construtivo
Pequenas
discordâncias
Conflito aberto
Ataques verbais
Ameaças e Ultimatos
Ataques físicos
Tentativas de destruição
Temperatura
Emocional
Tempo
Importância
Intolerância
Energia aplicada à situação:
Grau de Intolerância
Evolução da Temperatura Emocional
Não-cooperativo
ACOMODAÇÃO COLABORAÇÃO
COMPETIR
EVITAR
Estratégias de Resolução
de Conflitos
Shell, R. Negociar é Preciso
Cooperativo
Assertivo
Não-Assertivo COMPROMISSO
Estruturas de Argumentação
Fatos Critérios Evidências
Argumentação
Objeções
Percepções
Julgamentos
Pessoais e Vieses
Acordos quase impossíveis?
• Pessoas que precisam tomar decisões
estratégicas para resolver conflitos devem
entender o papel de 3 condicionantes aos
acordos:
1. A estruturação da situação: o
enquadramento
2. O processo: os momentos para ouvir e
agir
3. A empatia: precisamos entender os
sentimentos das partes envolvidas na
negociação
Interesses
convergentes x
posições divergentes,
as quais impedem a
identificação das
zonas de possíveis
acordos
Acordos quase
impossíveis?
Tratado de Kadesh (1258 AC) entre Egípcios e
Hititas:
primeiro tratado de paz conhecido que foi
documentado por ambas as partes em conflito
 Impasse após a Batalha de Kadesh
 Ambos os lados tinham interesse em
terminar com o conflito
 Tratado negociado por intermediários: os
reis não participaram diretamente
 Ambiguidade estratégia: ambos os lados
reportam que foram vencedores do conflito
As partes em conflito precisam criar uma
narrativa onde possam se mostrar vencedoras!
Habilidades em resolução de conflitos
• Assertividade
• Empatia
• Mediação: saber construir pontes de comunicação
• Resolução criativa de problemas
• Escuta ativa
• Responsabilidade
Lawrence Susskind, Sarah McKearnan e Jennifer Thomas-Larmer, The Consensus Building Handbook
O processo de Construção de Consenso
1. Preparação: avaliação do conflito
• Desenvolver a agenda de assuntos a serem explorados;
• Estabelecer o roteiro da reunião;
• Realizar entrevistas confidenciais com todos as partes envolvidas;
2. Coletar informações por meio de entrevistas
• Explorar os interesses das partes envolvidas.
• Entender a predisposição das partes para resolver o conflito.
• Identificar possíveis outras partes envolvidas para entrevistar.
3. Analisar os resultados das entrevistas
• Resumir preocupações e interesses e entender os julgamentos;
• Mapear áreas de interesses convergentes e divergentes;
• Identificar oportunidades potenciais de ganhos mútuos;
• Identificar obstáculos que restringem a efetivação do acordo;
• Estimar o sucesso potencial de um diálogo facilitado.
Lawrence Susskind, Sarah McKearnan e Jennifer Thomas-Larmer, The Consensus Building Handbook
Mediação: O processo de Construção de Consenso
4. Projetar a articulação do processo de resolução de conflitos
• Identificar os grupos de interessados que precisam estar envolvidos;
• Traçar um plano de trabalho para tratar as questões-chave geradoras do conflito;
• Criar as regras para o estabelecimento de uma comunicação assertiva;
• Estimar os custos de suporte ao processo.
5. Partilhar a avaliação dos entrevistados
• Distribuir o rascunho do relatório;
• Pedir aos entrevistados para verificarem a exatidão e a integridade do que foi
descrito;
• Incorporar as mudanças sugeridas e finalizar o relatório;
• Recomendar ou não a continuação do processo de facilitação da resolução de
conflitos.
Gerenciando o Conflito
Etapa 1. Não reagir
A reação natural é reagir defensivamente ou agressivamente ao comportamento hostil do outra
parte. Não reaja e "vá para a varanda". o que é uma postura psicológica em que o negociador
mantém sua distância movendo-se virtualmente para longe do interação a ser colocada na "terceira
posição" e torne-se um observador de seu próprio desempenho.
• Não ataque o agressor.
• Não ceda às exigências da outra parte precipitadamente.
• Não saia da negociação abruptamente.
Etapa 2. Desarmar
Não se apegue às emoções negativas da outra parte, fique do lado dela e desarme-a. Deixe as suas
habilidades de inteligência emocional para controlá-los (não suprimi-los). Recomendações práticas:
• Escuta ativa.
• Reconhecer o ponto de vista da outra parte, sem necessariamente conceder seus validade e
veracidade.
• Identifique espaços e coincidências agradáveis, por menores que possam parecer, para usá-los
como base para o andamento da negociação.
• Expresse um sincero apreço pelo respeito pela autoridade, sensibilidade e competência da
contraparte.
• Expresse seus próprios pontos de vista de forma clara e assertiva.
Ury, W. Supere O Não: Como negociar com pessoas difíceis
Gerenciando o Conflito
Etapa 3. Reenquadrar
Altere o quadro de referência. Mude o jogo, não rejeite, mas reoriente o quadro de referência
(ressignificação), alterando o perspectiva de negociação, das posições aos interesses.
• Faça perguntas abertas e adote uma abordagem de resolução de problemas.
• Modifique o foco em “posições” para um foco em “interesses”.
• Parafrasear a proposta da contraparte de reinterpretá-la em outros termos.
• Redirecione os ataques para o problema, evite desvios.
Etapa 4. Facilitar o sim
Diante do ceticismo e da suspeita, envolva a outra parte no busca de soluções. Envolva a contraparte
na concepção de um contrato que incluem os interesses de ambas as partes. Satisfaça as
necessidades da contraparte em tudo que possível, sem comprometer ou colocar o seu em risco.
• Mostre empatia pelos desafios pessoais e organizacionais da contraparte.
• Apoie a contraparte na preservação de sua imagem no organização e ajudando com justificativas
para mudanças em negociação.
• “Vista-me devagar porque estou com pressa” (Napoleão).
• Não acelere o processo de uma negociação complexa até que todos estejam prontos.
• Expresse um sincero apreço pelo respeito pela autoridade, sensibilidade e competência da
contraparte.
Ury, W. Supere O Não: Como negociar com pessoas difíceis
Gerenciando o Conflito
Etapa 5. Indo além do Não
Diante da sensação de perda de poder da contraparte, evite a todo custo retomar as práticas
competitivas de negociação.
Leve as outras partes a refletir sobre as consequências de não se chegar a um acordo.
Se necessário, recorra ao seu BATNA sem recorrer a táticas punitivas.
Concentre a contraparte nos benefícios e vantagens do acordo.
Desenvolva um plano para acompanhar a implementação do acordo.

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Resolução Conflitos

  • 1. Resolução de Conflitos e Construção de Consensos A estrutura do curso I. Definições de conflito. II. Métodos de solução de conflitos. III. Métodos de negociação. IV. Métodos de gerência de cooperação e confronto.
  • 2. O Conceito de Conflito • “Profunda falta de entendimento entre duas ou mais partes.” • “Encontro violento entre dois ou mais corpos; choque, colisão.” • “Discussão veemente ou acalorada; altercação.” • “Encontro de coisas que se opõem ou divergem.“ • “Divergência percebida de interesses, ou uma crença de que os atuais objetivos das partes não podem ser alcançados simultaneamente” Pruitt e Rubin (1986)
  • 4. O conflito é inerente à natureza humana e se manifesta em todas as facetas de nossa vida diária. • Conflito: incompatibilidades entre interesses e comportamentos ou entre posições e comportamentos? • Gestão de Conflitos: controlar a intensidade do conflito e tomar as medidas necessárias para evitar o seu agravamento subsequente, recorrendo a mecanismos de negociação, mediação, contencioso, arbitragem e outros. • Gentil com as pessoas, duro com o problema! • Quando o conflito é personalizado, ele se torna um confronto. • Os conflitos têm uma tendência natural de se agravar, causando mais intensidade e hostilidade, gerando novos motivos de conflito. • A origem da escalada está no medo e na atitude defensiva.
  • 5. O contexto das Negociações e da Administração de Conflitos Decisões críticas e as pausas ao negociar A B Assimetria Informacional Dilema do Negociador As Expectativas e a etapa do Explorar
  • 6. Adaptado de Schmidt e Kochan (1972) Modelo de Conflito Intergrupal Condições antecedentes Diferenciação dos grupos Recursos compartilhados Atividades interdependentes O processo de conflito Percepção da incompatibilidade dos objetivos Percepção da oportunidade de interferência Conflito Resultado Resultados
  • 7. Intensidade do Conflito Conflito destrutivo Conflito construtivo Pequenas discordâncias Conflito aberto Ataques verbais Ameaças e Ultimatos Ataques físicos Tentativas de destruição Temperatura Emocional Tempo Importância Intolerância Energia aplicada à situação: Grau de Intolerância Evolução da Temperatura Emocional
  • 8. Não-cooperativo ACOMODAÇÃO COLABORAÇÃO COMPETIR EVITAR Estratégias de Resolução de Conflitos Shell, R. Negociar é Preciso Cooperativo Assertivo Não-Assertivo COMPROMISSO
  • 9. Estruturas de Argumentação Fatos Critérios Evidências Argumentação Objeções Percepções Julgamentos Pessoais e Vieses
  • 10. Acordos quase impossíveis? • Pessoas que precisam tomar decisões estratégicas para resolver conflitos devem entender o papel de 3 condicionantes aos acordos: 1. A estruturação da situação: o enquadramento 2. O processo: os momentos para ouvir e agir 3. A empatia: precisamos entender os sentimentos das partes envolvidas na negociação
  • 11. Interesses convergentes x posições divergentes, as quais impedem a identificação das zonas de possíveis acordos Acordos quase impossíveis?
  • 12. Tratado de Kadesh (1258 AC) entre Egípcios e Hititas: primeiro tratado de paz conhecido que foi documentado por ambas as partes em conflito  Impasse após a Batalha de Kadesh  Ambos os lados tinham interesse em terminar com o conflito  Tratado negociado por intermediários: os reis não participaram diretamente  Ambiguidade estratégia: ambos os lados reportam que foram vencedores do conflito As partes em conflito precisam criar uma narrativa onde possam se mostrar vencedoras!
  • 13. Habilidades em resolução de conflitos • Assertividade • Empatia • Mediação: saber construir pontes de comunicação • Resolução criativa de problemas • Escuta ativa • Responsabilidade
  • 14. Lawrence Susskind, Sarah McKearnan e Jennifer Thomas-Larmer, The Consensus Building Handbook O processo de Construção de Consenso 1. Preparação: avaliação do conflito • Desenvolver a agenda de assuntos a serem explorados; • Estabelecer o roteiro da reunião; • Realizar entrevistas confidenciais com todos as partes envolvidas; 2. Coletar informações por meio de entrevistas • Explorar os interesses das partes envolvidas. • Entender a predisposição das partes para resolver o conflito. • Identificar possíveis outras partes envolvidas para entrevistar. 3. Analisar os resultados das entrevistas • Resumir preocupações e interesses e entender os julgamentos; • Mapear áreas de interesses convergentes e divergentes; • Identificar oportunidades potenciais de ganhos mútuos; • Identificar obstáculos que restringem a efetivação do acordo; • Estimar o sucesso potencial de um diálogo facilitado.
  • 15. Lawrence Susskind, Sarah McKearnan e Jennifer Thomas-Larmer, The Consensus Building Handbook Mediação: O processo de Construção de Consenso 4. Projetar a articulação do processo de resolução de conflitos • Identificar os grupos de interessados que precisam estar envolvidos; • Traçar um plano de trabalho para tratar as questões-chave geradoras do conflito; • Criar as regras para o estabelecimento de uma comunicação assertiva; • Estimar os custos de suporte ao processo. 5. Partilhar a avaliação dos entrevistados • Distribuir o rascunho do relatório; • Pedir aos entrevistados para verificarem a exatidão e a integridade do que foi descrito; • Incorporar as mudanças sugeridas e finalizar o relatório; • Recomendar ou não a continuação do processo de facilitação da resolução de conflitos.
  • 16. Gerenciando o Conflito Etapa 1. Não reagir A reação natural é reagir defensivamente ou agressivamente ao comportamento hostil do outra parte. Não reaja e "vá para a varanda". o que é uma postura psicológica em que o negociador mantém sua distância movendo-se virtualmente para longe do interação a ser colocada na "terceira posição" e torne-se um observador de seu próprio desempenho. • Não ataque o agressor. • Não ceda às exigências da outra parte precipitadamente. • Não saia da negociação abruptamente. Etapa 2. Desarmar Não se apegue às emoções negativas da outra parte, fique do lado dela e desarme-a. Deixe as suas habilidades de inteligência emocional para controlá-los (não suprimi-los). Recomendações práticas: • Escuta ativa. • Reconhecer o ponto de vista da outra parte, sem necessariamente conceder seus validade e veracidade. • Identifique espaços e coincidências agradáveis, por menores que possam parecer, para usá-los como base para o andamento da negociação. • Expresse um sincero apreço pelo respeito pela autoridade, sensibilidade e competência da contraparte. • Expresse seus próprios pontos de vista de forma clara e assertiva. Ury, W. Supere O Não: Como negociar com pessoas difíceis
  • 17. Gerenciando o Conflito Etapa 3. Reenquadrar Altere o quadro de referência. Mude o jogo, não rejeite, mas reoriente o quadro de referência (ressignificação), alterando o perspectiva de negociação, das posições aos interesses. • Faça perguntas abertas e adote uma abordagem de resolução de problemas. • Modifique o foco em “posições” para um foco em “interesses”. • Parafrasear a proposta da contraparte de reinterpretá-la em outros termos. • Redirecione os ataques para o problema, evite desvios. Etapa 4. Facilitar o sim Diante do ceticismo e da suspeita, envolva a outra parte no busca de soluções. Envolva a contraparte na concepção de um contrato que incluem os interesses de ambas as partes. Satisfaça as necessidades da contraparte em tudo que possível, sem comprometer ou colocar o seu em risco. • Mostre empatia pelos desafios pessoais e organizacionais da contraparte. • Apoie a contraparte na preservação de sua imagem no organização e ajudando com justificativas para mudanças em negociação. • “Vista-me devagar porque estou com pressa” (Napoleão). • Não acelere o processo de uma negociação complexa até que todos estejam prontos. • Expresse um sincero apreço pelo respeito pela autoridade, sensibilidade e competência da contraparte. Ury, W. Supere O Não: Como negociar com pessoas difíceis
  • 18. Gerenciando o Conflito Etapa 5. Indo além do Não Diante da sensação de perda de poder da contraparte, evite a todo custo retomar as práticas competitivas de negociação. Leve as outras partes a refletir sobre as consequências de não se chegar a um acordo. Se necessário, recorra ao seu BATNA sem recorrer a táticas punitivas. Concentre a contraparte nos benefícios e vantagens do acordo. Desenvolva um plano para acompanhar a implementação do acordo.