O documento descreve os principais artistas e obras do movimento Pop Art no Brasil e no exterior, incluindo Roy Lichtenstein, Claes Oldenburg, Carlos Vergara, Antônio Dias, Rubens Gerchman e Ziraldo. O Pop Art apropriou-se de temas e objetos do cotidiano através de técnicas como silkscreen e redimensionamento para criticar a cultura de massa.
Movimentos da arte moderna e seus principais expoentes da Pop Art
1. Movimentos da Arte Moderna
Pop Art:
Roy Lichtestein / Antônio Dias /
Rubens Gerchman e Ziraldo
por
Elisa B. Herrera
Professora de Artes Visuais
Ensino Médio
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3. Roy Fox Lichtenstein
Nasceu em Nova Iorque 27 de outubro de 1923 — faleceu na
mesma cidade em, 29 de setembro de 1997.
Lichtentein é identificado com o movimento da Pop Art.
O estilo característico do artista pode-se dizer que toma
emprestados temas e técnicas das revistas em quadrinhos.
Usa as cores primárias berrantes com branco e preto,
delineando formas simplificadas, incorporando pontos
mecânicos de impressão (benday) usando imagens que não
variam.
Ampliando os painéis da revista em quadrinhos para o
tamanho de cartazes.
Agride o espectador com seus temas triviais.
Desta forma procurou valorizar os clichês das histórias em
quadradinhos como forma de arte, colocando-se dentro de
um movimento que tentou criticar a cultura de massa.
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4. Principais características:
• Elevou a “icones” simples objetos do cotidiano.
• Celebridades eram temas dos quadros.
• Cores berrantes – chapadas-
• Desenhos dinâmicos e estilizados.
• Pop fenômeno de marqueting.
• Revelação da futilidade da sociedade americana.
• A arte tornou-se popular pela primeira vez.
• Filmes que retratavam temas banais.
• Cores primárias, preto e branco predominantes nas
composições.
• Técnicas dos cartoons e o uso do silkscreen.
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18. Claes Oldenburg
Nasceu em Estocolmo em 1929, é
um escultor estadunidense de
origem sueca e é, entre Andy
Warhol e Roy Lichtenstein, o mais
importante representante do Pop
Arte americano. Com Oldenburg
desaparece qualquer vestígio de
pintura quando superdimensiona
objetos de uso diário,
monumentaliza a banalidade da
vida urbana, que tem tanto
significado e profundidade quanto
um imenso hambúrguer.
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“Saw, Sawing” - 1996
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a comida americana, industrializada e
padronizada: os hambúrguer, os hot-dogs, os
ice-creams que são diariamente introduzidos
em quantidades industriais, como
combustível nos fornos, nos tubos digestivos
de milhões de americanos.
“Giant Ice-Cream Cone”
25. 25
Pop Arte no Brasil
Na arte brasileira o interesse por construir obras a partir da apropriação de
objetos do cotidiano data sobretudo dos anos 1960, seja pela redescoberta da
produção de Marcel Duchamp ou pela influencia direta do Pop Arte
americano que trazia em seu repertório o consumo de objetos banais.
A Pop Arte chegou no Brasil “alguns anos depois da Coca-Cola no encalço
de outro produto de exportação da Guerra Fria, a ditadura militar”, segundo
Rafael Cardoso. Segundo este autor as exposições Opinião 65 (Rio de
Janeiro) e Propostas 65 (São Paulo), ajudaram a renovar as vanguardas
artísticas do pais revelando nomes como Antônio Dias, Carlos Vergara,
Rubens Gerchman, Waldemar Cordeiro entre outros.
Estes artistas mudam a postura da intelectualidade da época frente à ordem e
o vigor da arte vigente: “a rigidez geométrica e a fria racionalidade das
tendências construtivas (abstracionismo geométrico) deram lugar a uma
nova preocupação com a liberdade e erotismo , com a brasilidade e o popular
com a rebeldia contra qualquer forma de expressão”. Ao contrário dos
artistas americanos que celebram ironicamente os símbolos da sociedade de
consumo e do capitalismo, o espirito pop no Brasil foi alimentado por um
compromisso político profundo pela denuncia e pelo questionamento.
26. Carlos Vergara
• Carlos Augusto Caminha Vergara dos
Santos (Santa Maria RS 1941).
Gravador, fotógrafo e pintor.
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27. Carlos Vergara
A Patronesse e Mais uma Campanha Paliativa ,
1965
óleo sobre tela -114 x 146 cm
Coleção Particular 27
28. Carlos Vergara
Sem Título , 1967
pintura e relevo em poliestireno -66 x 82 cm
Coleção Gilberto Chateaubriand-MAM/RJ (Rio de Janeiro, RJ)
Reprodução fotográfica Vicente de Mello
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30. Antônio Dias
Nascido em Campina Grande na Paraíba, em 1944.
Subverte a ordem natural da pintura, aproxima-se das poéticas mais populares dos
meios de comunicação e destila sua critica ácida e sua rebeldia permanente.
Ele esquarteja os corpos, recorta armas e remonta seus quadros, em sintonia com
alguns vocabulários das histórias em quadrinhos utilizando uma direção contrária
dos artistas da pop art americana. Em Antônio Dias, as peças se encaixam como
num quebra-cabeças. Não tem continuidade, mas, juntas, formam um todo e são
vistas na totalidade. Só aí é que se apreendem as partes e se percebe a relação
entre elas.
Não há preocupação de narrativa, já que os recortes e as montagens que elabora,
associados aos desenhos inseridos, não estabelecem, entre si, um fio condutor do
pensamento que leve o observador a um momento de contemplação.
Irreverencia do artista, a serviço de uma arte cerebral bem construída.
Texto de Ângela Ancora da Luz.
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31. A história errada- 1966- Antônio Dias – guache e
nanquim sobre papel, 26 x 36 cm-
(Coleção Gilberto Chateaubriand).
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34. Rubens Gerchman
• Ao igual que Antônio Dias, Gerchman apresenta uma obra que se caracteriza pelas
soluções gráficas de grande apelo popular.
• Procura soluções fotográficas, tais como closes da vida urbana, dos hábitos e vícios,
dos gostos e dos desgostos, do trabalho e do lazer do povo.
• Os rostos anônimos perderam suas marcas individuais para receberem as da massa.
• Os desfiles de misses, a moça do subúrbio, o jogo de futebol e o fascínio da televisão,
que produz imagens e mantem o homem sob seu domínio, são os temas que
mobilizam a busca de Gerchman.
• A ironia com que ele trabalha o assunto permite a recolocação de propostas que
estavam sendo discutidas pela pop art.
Texto de Ângela Ancora da Luz
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45. Waldemar Cordeiro
Nasceu em Roma, em
1925 (filho de pai
brasileiro e mãe italiana,
foi registrado na
embaixada brasileira).
Pintor, escultor,
paisagista, designer e
crítico de arte, o artista
chegou a São Paulo em
1946. Fez parte do
Grupo Ruptura com
Geraldo de Barros, em
1952 teve sua primeira
exposição no MAM/SP.
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Sem Título , 1958
esmalte sobre compensado, c.i.d.
51 x 51 cm