A etnometodologia estuda como as pessoas constroem a ordem social em suas interações cotidianas, usando procedimentos interpretativos e expectativas compartilhadas. Ela analisa as atividades do dia-a-dia para entender como os membros de um grupo tornam essas atividades compreensíveis e explicáveis uns aos outros.
3. PRINCÍPIOS DE GARFINKEL
Os estudos etnometodológicos analisam as atividades cotidianas como métodos que seus membros
usam para tornar essas atividades racionalmente visíveis e reportáveis para todos os propósitos
práticos, ou seja, "explicativos".
Etnometodologistas estudam o que é tomado como certo, práticas de senso comum através das
quais os membros da sociedade coordenam, estruturam e compreendem suas atividades diárias.
Através de ações práticas localizadas, as pessoas são responsáveis por criar e sustentar a ordem
social.
4. BASE TEÓRICA
Parte do fato de que os fenômenos sociais não têm, por si só, a capacidade de se impor às pessoas,
mas que são elas que possibilitam a produção de fatos sociais em sua prática social diária.
Os fatos sociais (tudo que existe independente da vontade e da existência do indivíduo –
GENERALIDADE, EXTERIORIDADE, COERCITIVO), no entanto, não determinam do
comportamento humano exterior, mas eles mesmos são o resultado da interação social que ocorre
continuamente através de sua atividade prática diária.
5. PRESSUPOSTOS DO PENSAMENTO ETNOMETOLÓGICO
A etnometodologia não nega estruturas, mas sim sua viabilidade separada das práticas humanas,
ou seja, considera-as um processo e não um estado. No nosso caso, a família é vista como uma
atividade social que só pode ser descoberta e conhecida na ação e explicações dadas pelos próprios
membros que a compõem e constroem.
Os seres humanos não são "culturalmente inepto", mas agentes ativos capazes de articular
procedimentos que são seus próprios para definir, dependendo das circunstâncias e significados, as
situações sociais em que estão envolvidas.
Através deles explicam as crenças, teorias, modelos, metáforas e métodos que as pessoas usam
para construir seu mundo social, buscando explicações nos mesmos atores que a produzem e no
decorrer da própria ação.
6. ESTILOS OU TENDÊNCIAS DE PESQUISA ETNOMETODOLÓGICA
São estudos sobre atividades ocupacionais ordinárias, embora Garfinkel tenha se interessado
especificamente nas atividades de físicos e matemáticos. A idéia surgiu quando se tratava de
descobrir que muitos estudos sociológicos tratavam “sobre” as ocupações e não diretamente “as”
ocupações. (Estudos sobre as práticas de trabalho realizadas por Garfinkel e seus alunos de Los
Angeles)
Os estudos da conversa, eles se originaram com as obras conjuntas de Garfinkel, Sacks e Schegloff.
Esses estudos examinam os traços organizacionais da linguagem natural nas interações cotidianas,
como conversas telefônicas, saudações, produções de histórias e relatórios, ou piadas no contexto
de sua enunciação.
7. A partir de 1974, Cicourel cunhou o termo "Sociologia cognitiva" (1974; 1980) e
realizou um determinado tipo de pesquisa. Seu principal continuador foi Mehan
(1985).
Grupo "análise", é liderada por P. McHugh e A. Blum. Sua principal contribuição é
principalmente devido ao seu desenvolvimento das implicações do problema da
reflexividade.
8. FERRAMENTAS ETNOMETODOLÓGICAS
INDICAÇÃO
A vida social é construída através do uso da linguagem e do significado de uma palavra ou expressão no
âmbito de um contexto particular. É necessário estudar quando palavras e expressões são usadas para
entender a dimensão exata do que está sendo dito. Expressões indicativas como "isso, eu, você, aqui,
ela, lá, etc." são cercados por uma situação e um contexto linguístico. Ou seja, mesmo que uma palavra
ou expressão possa ter um significado transituacional, também poderia ter uma diferente em cada
contexto específico. É, portanto, afirmado que a combinação de palavras e contexto é o que dá sentido a
uma expressão.
REFLEXIVIDADE
A linguagem não é usada apenas para se referir a algo, mas também, e principalmente, para fazer algo;
ou seja, não representa meramente o mundo, mas interpela nesse mundo de forma prática.
Reflexividade destaca o fato de que uma descrição é uma referência a algo e, ao mesmo tempo, faz
parte de sua construção.
9. DESCRIÇÕES
Toda ação social é descritível, manifesta, relacionável e analisável. Portanto, o conceito de discurso não
se limita ao uso linguístico, mas refere-se a toda ação social. É como tornar o mundo visível e tornar a
ação compreensível para descrevê-lo, uma vez que o significado da ação social é revelado no contexto
dos procedimentos utilizados para expressá-lo.
MEMBRO
Tornar-se um membro de um grupo ou organização não é apenas adaptar-se, mas também participar
ativamente na construção deste. O membro não adota passivamente as regras do grupo, mas é
responsável por sua construção quando participa dela. Grupos, organizações ou instituições são criados
e recriados na prática diária de seus membros. O membro é uma pessoa equipada com um conjunto de
procedimentos, métodos e atividades que a tornam capaz de inventar dispositivos adaptativos para fazer
sentido do mundo ao seu redor.
10. Obrigado!
ETNOMETODOLOGIA
É o que é aplicado para explicar a ordem social,
a coordenação e a coesão; a partir da análise
das interações cotidianas, caracterizadas pelo
comprometimento emocional dos participantes,
com seus procedimentos interpretativos e
expectativas.