2.
O racionalismo é uma teoria filosófica que dá a
prioridade à razão, como faculdade de conhecimento
relativamente aos sentidos.
O racionalismo pode ser dividido em diferentes
vertentes: a vertente metafísica, que encontra um
caráter racional na realidade e indica que o mundo
está ordenado de forma lógica e sujeito a leis.
RACIONALISMO
3.
A vertente epistemológica ou gnosiológica, que
contempla a razão como fonte de todo o
conhecimento verdadeiro, sendo independente da
experiência, e a vertente ética, que acentua a
relevância da racionalidade, respetivamente, à ação
moral.
4.
Os princípios da razão que tornam possível o
conhecimento e o juízo moral são inatos e convergem
na capacidade do conhecimento humano ("lumen
naturale").
5.
A defesa da razão e a preponderância desta corrente
filosófica se transformou na ideologia do iluminismo
francês e, no contexto religioso, criou uma atitude
crítica em relação à revelação, que culminou na
defesa de uma religião natural.
6.
O racionalismo cristão consiste em uma filosofia
espiritualista sistematizada por Luís de Matos e que
surgiu graças a uma separação do movimento
espírita brasileiro. Seguidores dessa doutrina
afirmam que o racionalismo cristão é uma ciência e
não uma religião.
Tem como objetivo abordar a evolução do espírito
humano, chegando a conclusões sobre fenômenos e
matérias como razão e raciocínio.
Racionalismo Cristão
7.
Diferentemente do empirismo, o racionalismo aceita
a existência das verdades inatas e as verdades "a
priori". Kant realizou uma síntese de racionalismo e
empirismo, ao manter como referência de todo o
conhecimento o dado na experiência e afirmar ao
mesmo tempo a existência de formas "a priori" no
sujeito.
Racionalismo e Empirismo
8.
Como corrente filosófica, o racionalismo nasce com
Descartes, e atinge o seu auge em B. Espinoza, G. W.
Leibniz e Ch. Wolff. O racionalismo cartesiano indica
que só é possível chegar ao conhecimento da
Verdade através da razão do ser humano.
Racionalismo de Descartes
9.
Para Descartes, existiam três categorias de ideias: as
adventícias, as factícias e as inatas. As adventícias
representam as ideias que surgem através de dados
obtidos pelos nossos sentidos, factícias são as ideias
que têm origem na nossa imaginação.
10.
As ideias inatas, que não dependem da experiência e
estão dentro de nós desde que nascemos. Segundo
Descartes, conceitos matemáticos e a noção da
existência de Deus eram exemplos de ideias inatas.
17.
Movimento filosófico que acredita nas experiências
humanas como únicas responsáveis pela formação
das ideias e conceitos existentes no mundo.
Empirismo
18.
Caracterizado pelo conhecimento científico, quando
a sabedoria é adquirida por percepções; pela origem
das ideias, por onde se percebem as coisas,
independente de seus objetivos ou significados.
19.
Consiste em uma teoria epistemológica que indica
que todo o conhecimento é um fruto da experiência,
uma consequência dos sentidos. A experiência
estabelece o valor, a origem e os limites do
conhecimento.
20.
O principal teórico do empirismo foi o filósofo
inglês John Locke (1632 – 1704), que defendeu a ideia
de que a mente humana é uma "folha em branco" ou
uma "tabula rasa", onde são gravadas impressões
externas.
21.
O empirismo lógico é conhecido
como neopositivismo, criado pelo círculo de Viena.
Dentro do empirismo, existem três linhas empíricas:
a integral, a moderada e a científica.
22.
O Iluminismo, também conhecido como "Época das
Luzes", foi um período de transformações na
estrutura social, principalmente na Europa, onde os
temas giravam em torno da Liberdade, do Progresso
e do Homem.
Empirismo e Iluminismo
23.
Ao contrário do empirismo, o iluminismo dava
grande importância à razão, procurando sempre
mobilizar o seu poder.
27.
Este movimento surgiu na França do século XVII e
defendia o domínio da razão sobre a visão
teocêntrica que dominava a Europa desde a Idade
Média. Segundo os filósofos iluministas, esta forma
de pensamento tinha o propósito de iluminar as
trevas em que se encontrava a sociedade.
Iluminismo
28.
Os pensadores que defendiam estes ideais
acreditavam que o pensamento racional deveria ser
levado adiante substituindo as crenças religiosas e o
misticismo, segundo eles, bloqueavam a evolução do
homem. O homem deveria ser o centro e passar a
buscar respostas para as questões, eram justificadas
somente pela fé.
29.
Foi atingido no século XVIII, passou a ser conhecido
como o Século das Luzes. O Iluminismo foi mais
intenso na França, onde influenciou a Revolução
Francesa através de seu lema: Liberdade, igualdade e
fraternidade. Também teve influência em outros
movimentos sociais como na independência das
colônias inglesas.
Século das Luzes
30.
Para os filósofos iluministas, o homem era
naturalmente bom, porém, era corrompido pela
sociedade com o passar do tempo. Eles acreditavam
que se todos fizessem parte de uma sociedade justa,
a felicidade comum seria alcançada.
31.
Por esta razão, eles eram contra as imposições de
caráter religioso, contra as práticas mercantilistas,
contrários ao absolutismo do rei, além dos
privilégios dados a nobreza e ao clero.
32.
Os burgueses foram os principais interessados nesta
filosofia, pois, apesar do dinheiro que possuíam, eles
não tinham poder em questões políticas devido a sua
forma participação limitada.
33.
John Locke (1632-1704), ele acreditava que o homem
adquiria conhecimento com o passar do tempo
através do empirismo;
Voltaire (1694-1778), ele defendia a liberdade de
pensamento e não poupava crítica a intolerância
religiosa;
34.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), ele defendia a
ideia de um estado democrático que garanta
igualdade para todos;
Montesquieu (1689-1755), ele defendeu a divisão do
poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário;
35.
Denis Diderot (1713-1784) e Jean Le Rond
d´Alembert (1717-1783), juntos organizaram uma
enciclopédia que reunia conhecimentos e
pensamentos filosóficos da época.