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Inspeção e Tecnologia de
Produtos de Origem Animal
MedicinaVeterinária
LOCALIZAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE
ESTABELECIMENTOS DE PRODUTOS
DE ORIGEM ANIMAL
FLUXOGRAMA
Matança Sequetro
Chegada
e seleção.
Depósito
Currais.
Seqüestro
FLUXOGRAMA
Currais: Distante 80 metros das áreas de produtos comestíveis
Pré-abate: recepção dos bovinos no abatedouro
Fluxograma das operações pré-abate
Desembarque
(Rampa de desembarque/plataforma de recepção)
Chegada dos bovinos
Separação e classificação dos animais
(currais de chegada e seleção)
Inspeção 24h antes do abate
Descanso e jejum
(currais de matança)
Inspeção 1/2h antes do abate
Banho de aspersão (3 atm)
Abate normal
Higienização
do caminhão
(certificação)
Animais aptos para matança Animais não aptos para matança
Observação e exame clínico
(curral de seqüestro)
Abate em separado
(artigos 107 a 128)
(RIISPOA)
(artigo 110)
(artigo 107)
Fluxograma do destino dos bovinos não aptos para a matança normal
Desembarque
Chegada dos bovinos
Separação e classificação dos animais enfermos
Exame clínico
Curral de seqüestro
(brete de contenção)
Enf. clínica
Suspeito de enf. clínica Traumatismo Animais mortos
ou moribundos
Curral de observação
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B) Não recuperado  abatedouro sanitário
Exame clínico
Curral de seqüestro
(brete de contenção)
A) animal s/ febre 
abatedouro sanitário
b) animal febril 
autoclave
Necrópsia
(Dep. de necrópsia)
A) autoclavagem
B) forno crematório
ou
/digestor
>/= 40,5
ou digestor
suspeita
/suspeitos
Inspeção Ante - Mortem
- Atribuição exclusiva do Médico Veterinário
- Exame visual
• Inicia com a chegada dos animais;
• Observa-se o meio de transporte e o
descarregamento (bem estar animal);
• Confere-se as documentações;
• Procede-se o jejum em dieta hídrica.
• Pré-jejum na propriedade.
Inspeção Ante - Mortem
◦ Verificar, quando for o caso, o peso e
categoria dos animais, para a
realização eventual de trabalhos de
ordem econômica, zootécnica ou
zoosanitária.
DEPARTAMENTO DE NECROPSIA
 Sala de necropsia (pequena sala, com mesa,
armário, pia, água quente e fria, vapor, esterilizadores,
etc.)
 Forno crematório (estabelecimentos
expotadores)
-Todo animal morto no período pré - abate (currais ou
transporte), faz-se a necropsia;
- Efetua-se o registro e guarda-se o laudo;
- Em caso de dúvida encaminha-se material para o
laboratório.
DEPARTAMENTO DE NECROPSIA
- O Departamento de Necropsia deve estar
próximo ao curral de observação, e se
possível também da rampa de desembarque;
- Além dos animais mortos no pré-abate, serão
sacrificados e examinados animais que
tenham indicação de problemas sanitários
graves;
Continuação....... DEPARTAMENTO NECROPSIA
- Todo animal necropsiado deve ser
encaminhado para a graxaria industrial
(fabrica de subprodutos), salvo em
situações especiais;
- Usa-se autoclave ou digestor,
aproveitando-se o material para farinhas
de carne, ossos e sebo.
MATANÇA DE EMERGÊNCIA
• Animais em precárias condições de saúde (as vezes
impossibilitados de chegar a sala de matança por seus
próprios meios)
• Com atestado sanitário que recomende um abate em
separado;
• Apresentam patologias no curral de observação.
MATADOURO SANITÁRIO
◦ Matança de emergência imediata: acidentados,
fratura, estado pré – agônico, prolápso uterino;
◦ Matança de emergência mediata: pode aguardar
mais tempo, até 2 a 3 dias em caso confirmados de
doenças (tuberculose, brucelose, etc.) hipo ou
hipertermia, etc.;
Essas carcaças/órgãos/vísceras terão, no mínimo,
destino condicional.
Anexos do frigorífico
Matadouro Sanitário
Matança de emergência imediata
Matança de emergência mediata
(artigos 130 a 134)
RIISPOA
Departamento de necropsia
PRÉ-ABATE: OPERAÇÕES E OBJETIVOS
Descanso (24h) - período de jejum e dieta hídrica
 esvaziamento do trato gastrointestinal
(facilitar a evisceração e  contaminação de carcaça);
 hidratação do animal
(facilitar a esfola,  contaminação de carcaça,  ruptura de couro); e,
 recuperação das taxas de glicogênio no músculo
( a acidificação da carne e a vida-de-prateleira).
banho de aspersão produzido por:
Sistema tubular de chuveiros dispostos transversal, longitudinal
e lateralmente, com jatos direcionados para o centro do banheiro;
 Pressão da água: 3 atmosfera, (cloro livre: 15 ppm)
Banhos e duchas pré-abate (banho de aspersão)
 reduz a excitação dos animais, provocado pelo deslocamento
 promovem a limpeza parcial externa dos animais; e,
 vasoconstrição sangüínea periférica.
Seringa
Abate de bovinos
Atordoamento
Sangria
Esfola
Evisceração
Inspeção post mortem
Pré-resfriamento e resfriamento
Desossa
Cortes
Fluxograma das operações de abate de bovinos
ABATE SEM
ATORDOAMENTO
Insensibilização
• Método sem atordoamento
 abate por enervação ou choupa (Não Permitido no Brasil)
secção da medula espinhal
 abate por jugulação (judaico/Islâmico)
secção de tecidos cervicais, carótidas e jugulares
Atordoamento (artigo 135 RIISPOA)
Consiste em colocar os animais em inconsciência
 evitar o sofrimento;
 evitar acidentes (animal e homem) e estresse;
 aumentar a eficiência da sangria.
Box de Insensibilização
Atordoamento
Métodos de atordoamento mais usados em bovinos:
pistola pneumática ou dardo cativo
Que atinge o
SNC, mas
preserva a
região do
bulbo,
mantendo o
sistema cardio-
circulatório e
eficiência da
sangria
Atordoamento
Eficiência do
atordoamento
(bovinos):
 Vocalização (mugido);
 Reflexos oculares;
 Movimentos oculares;
 Contração dos
membros dianteiros
Pendura do Bovino
Praia do vomito
Sangria de bovinos
 Corte sagital da barbela e musculatura,
seguido da secção dos grandes vasos
(4-6min 50% do sangue)
Presença de sangue na carcaça é
associado:
 as contaminações bacterianas
provenientes: ferida de sangria
ao rápido desenvolvimento bacteriano;
 a maior proporção de pigmentos heme na
carne, e a oxidação de gorduras

redução da vida-de-prateleira.
Iniciada logo após a insensibilização (01 min)
Estimulação elétrica - acelera as reações de glicólise post-mortem
- aumenta a eficiência da sangria
Brasil - 70V, post mortem
Esfola de bovinos
Retirada do couro (por separação do panículo subcutâneo)
Procedimentos:
a) serragem dos chifres,
b) abertura da barbela
c) desarticulação dos
membros dianteiros;
Esfola da cabeça
.........Continua esfola
d) remoção da pata esquerda, esfola manual da virilha e quarto
esquerdo, quando o garrão esquerdo é preso na carretilha da nória (1o
transpasse);
Cont....esfola de bovinos
e) remoção da pata direita, garrão direito é preso na carretilha (2o transpasse);
f) retirada do couro com esfolamento manual e mecânico;
Na esfola, o risco:
contaminação cruzada
(mãos e faca)
Em contaminações
visíveis devem ser
removidas as áreas
envolvidas
Fases finais da esfola
g) o ânus é divulsionado dos ligamentos e amarrado. (carcaça
recebe número de identificação);
h) a cabeça é desarticulada é recebe o número correspondendo ao
número da carcaça (rádio/ulna). Introdução do saca-rolha
espiralado entre o esôfago e a traquéia. Amarradura do esôfago;
i) a cabeça é separada do corpo; lavada;
j) remoção da cauda e cupim quando for o caso.
Oclusão do esôfago
Evisceração (artigo 143 do RIISPOA)
Retirada dos órgãos internos da carcaça.
Inicialmente é realizada a abertura parcial na linha branca, seguido
da pré-serragem do externo e região pélvica.
Evisceração
• Esse processo é iniciado
pela remoção dos órgãos
genitais, epiplon e demais
órgãos,
• seguida da remoção dos
estômagos, intestinos,
fígado, baço, pâncreas,
pulmões e coração.
Evisceração
As vísceras são colocadas em três bandejas:
- 1o bandeja - estômagos, intestinos, baço, pâncreas, bexiga (útero);
- 2o bandeja – fígado (rins, quando for o caso);
- 3o bandeja - pulmão, traquéia e coração.
Pontos ou Linhas de Inspeção:
(Póst-mortem)
- São os locais de inspeção. O
número de linhas depende da
velocidade de produção do
estabelecimento.
Inspeção Post-Mortem
- Exame macroscópico do conjunto
cabeça-língua, vísceras torácicas,
abdominais, pélvicas, lados externos e
internos da parte cranial e caudal da
carcaça e linfonodos facilmente
acessíveis, e arcada dentária (para fins
zootécnicos e sanitários).
Durante a matança é realizado a inspeção post
mortem em linhas de inspeção
(artigos 147 a 198 do RIISPOA) .
Linha A (exame dos pés/mãos - Mocotós). Inspeção de caráter
obrigatório, quando de estabelecimentos exportadores.
Linha B (exame do conjunto cabeça-língua). Inspeção de massas
musculares, parótida e linfonodos. Acrescente-se ainda lábios e
bochechas.
Linha C (cronologia dentária). Facultativo. Determina a idade dos
animais;
Linha D (trato gastrointestinal, baço, pâncreas, bexiga e útero).
Exame dos órgãos intactos ou cortados quando necessário, e
linfonodos de rotina;
Linha E (exame do fígado). São realizados incisões buscando
lesões, degenerações, parasitoses e lesões nos linfonodos;
Linha F (exame dos pulmões e do coração). Exame de
linfonodos, musculatura cardíaca, presença de resíduo ruminal ou
sangue, parasitoses e outras alterações;
Linha G (exame dos rins). Pesquisa a aparência, aspecto, volume
e consistência;
Linha H (exame da parte caudal da meia-carcaça). Análise das
massas musculares e integridade das articulações. Exame dos
linfonodos inguinais, sub-ilíacos, ilíacos e isquiático;
Linha I (exame da parte cranial da meia-carcaça). Semelhante a
Linha H, além do ligamento cervical, e exame dos linfonodos pré-
peitorais e cervicais superficiais;
Linha J (carimbagem das meias carcaças). Marca elíptica no
coxão (posterior), lombo, ponta de agulha e paleta.
LINHA A - Exame dos pés/mãos -
Mocotós (obrigatório para exportação)
Exame de Pés e Mãos (Mocotós):
Quando utilizados como
comestível, obrigatoriamente
identifica-se carpos e tarsos e os
examina. Quando não, são
enviados para a graxaria.
Cont... LINHA A (EXAME DOS PÉS E MÃOS)
• Nos animais suspeitos de febre aftosa examinar
os pés e mãos
(espaços interdigitais e periungueais).
Obs.: Em caso de dúvida mandar ao laboratório.
• Desarticulação dos
mocotós
LINHA B – Corte dos chifres
Retirada do úbere
Linfonodo mamário
Linha úbere
Exame do conjunto Cabeça-Língua:
As peças devem estar limpas, íntegras e
com fácil acesso. Qualquer abscesso,
linfonodo enfartado deve ser mantido no
local para ser examinado. Lavar o conjunto
externa e internamente. A língua deve ficar
presa pelo freio lingual. Esta é a preparação
pela empresa.
- A inspeção post-mortem é baseada na
visualização, palpação e cortes. Observar
os masseteres externos e internos,
pterigóideos externos e internos,
parótidas e os linfonodos parotidianos
que devem ser cortados e analisados.
O corte dos masseteres e pterigoideos
servem para pesquisa de cisticercose e
sarcosporidiose.
 Língua: linfonodos sublinguais, retro-
faringeanos e atloideanos. Nos bovinos corta-
se a língua na base ventral.
Lavador de cabeça
Incisão dos masséteres (Inspeção
da Cabeça)
(Inspeção da língua)
Incisão do M. pterigóideos ®
Palpação da língua
(Inspeção da Língua)
Linfonodos retrofaríngeos ®
(Inspeção da Língua)
Linfonodo sublingual ® (Inspeçao
da Língua)
Linfonodo atloideano ® (Inspeção
da Língua)
Linfonodo parotidiano ® e glândula parótida
(Inspeção da Cabeça)
Linha C - Cronologia dentária
Cronologia Dentária:
 1º. par de dentes definitivos: 2
anos;
 Para cada novo par acrescenta-se
1 ano.
 Acima de 5 anos, identifica-se
como mais de 5 anos no
formulário/papeleta
Dentes de leite – Menos de
2 anos.
2 dentes - dois anos
4 dentes - três anos
6 dentes - quatro anos
8 dentes - cinco anos ou mais
LINHA D - Exame do
trato gastrointestinal,
baço, pâncreas, bexiga
(útero)
Exame do Trato Gastrointestinal :
Examina-se esôfago, pâncreas, bexiga
e útero. Nos bovinos cortam-se um ou
dois linfonodos ruminales, reticulares,
omasales e abomasales.
 Esôfago: Para alguns
estabelecimentos (exportadores) é
exigido a inspeção obrigatória para
pesquisa de cisticercose.
Pâncreas: deve-se pesquisar o
Eurytrema coelomaticum, semelhante à
F. hepática (folha).
 Bexiga: Observa-se a presença de
lesões indicativas de patologias.
 Útero: nos grandes estabelecimentos faz-se a pré-
eventração.
 Nos pequenos abatedouros examina-se em
conjunto com o TGI.
 Olhar superficialmente, não há necessidade de se
abrir, só excepcionalmente.
Intestino: o Oesophagostomum spp
forma nódulos externos no intestino.
Quando em grande número, deve-se
condenar o órgão, em outras
situações aproveitá-se parcialmente.
Evisceração
Evisceração
Mesa de Inspeção - Rotina
Mesa de Inspeção - Rotina
Mesa de Inspeção – Rotina trato gastro-intestinal
Linfonodos mesentéricos
Inspeção de Rotina
Exame do esôfago
Inspeção de Rotina
Exame do baço
Inspeção de Rotina
LINHA E -
Exame do
fígado
Exame do Fígado:
- Palpação de extrema importância para
bovinos. Freqüentemente há abscessos em
animais mais velhos.
- Analisar o lóbulo caudado para pesquisa de
Fascíola, corta-se este, abre-se o ducto biliar
principal e comprime-se o órgão, se houver
Fascíola esta tende a sair pelo ducto.
- Cortar os linfonodos hepáticos (portais e
pancreáticos).
PATOLOGIAS MAIS COMUNS:
 fasciolose,
 hidatidose,
 cirrose,
 abscesso,
 perihepatites,
 teleangiectasia.
Eventração
PALPAÇÃO – Rotina de inspeção do fígado
Abertura do ducto biliar –rotina fígado
Abscesso hepático
Fígado
- Linfonodos Hepáticos (Portais) ®
Perihepatite
LINHA F - Exame
dos pulmões e
coração.
(Diafragma)
EXAME DO DIAFRAGMA
Rotina de Inspeção
EXAME DO DIAFRAGMA
Rotina de Inspeção
INSPEÇÃO DO PULMÃO/CORAÇÃO
- Deve-se separar o coração do pulmão, retirando o saco pericárdico
e expondo o coração, visualizando o epicárdio.
- Nas pericardites notam-se aderências.
- Fazer a abertura da cavidade átrio-ventricular seccionando-se da
base até o ápice do coração, expondo o endocárdio e válvulas
cardíacas.
- Em seguida faz-se corte para visualizar o miocárdio.
CONTINUAÇÃO INSPEÇÃO PULMÃO/CORAÇÃO
- Na febre aftosa tem-se o coração tigrado.
- Em bovinos pesquisar principalmente a cisticercose.
- O pulmão: a exemplo do fígado deve ser bem palpado. Cortar
até a intimidade do órgão para observar aspirações, seguindo
até os brônquios.
- Abrir a traquéia pela parte ventral.
- Em bovinos inspecionar nos pulmões os linfonodos apicais,
esofágicos, traqueobrônquicos esquerdos e mediastínicos.
Continuação....... Inspeção do Pulmão
Na fase pré-agônica, o animal pode
aspirar sangue e/ou líquido ruminal,
devendo-se então condenar o órgão.
Em bovinos pesquisar o Singamus
traquealis na traquéia.
Inspeção de rotina do pulmão e coração
Inspeção de rotina do pulmão e coração
Inspeção do pulmão e coração
Exame do coração
Inspeção do coração
Inspeção do coração
Inspeção do coração
Inspeção do coração
Pericardite
Inspeção do pulmão - Palpação
Incisão linfonodos mediastínicos
Linfonodos Pulmonares
Linfonodo traqueo-brônquico esquerdo ®
Linfonodos Pulmonares
Linfonodo apical direito ®
Inspeção dos brônquios e bronquíolos
Pulmão: Linfonodos Pulmonares
- Linfonodos esofágicos ®
Inspeção da traquéia
Serragem da carcaça
LINHA G - Exame
dos rins
Processos comuns:
- cistos urinário
- nefrites,
- hidronefrose (pode haver cheiro de urina na carcaça),
- uronefrose, congestão, isquemia.
- Técnica:
- Na parte ventral dar um pique com a faca e soltar a cápsula.
Visualizar, palpar e efetuar todos os cortes necessários.
EXAME DOS RINS
Rins:
- Linfonodos Renais (RI)
Retirada da cápsula renal
INSPEÇÃO DOS RINS
Palpação/visualização
INSPEÇÃO DOS RINS
LINHA H - Exame das
faces interna e externa
da parte caudal da
carcaça
Exame dos lados externos e internos da parte
caudal da carcaça
- Observar a coloração da carcaça (tecido muscular, cartilagens,
ossos) e da gordura (pode haver adipoxantose, icterícia).
- Pode-se retirar pequenas contusões, contaminações, abscessos,
bernes.
- Examinar os linfonodos correspondentes da parte caudal da
carcaça.
- A glândula mamária pode estar presente.
Inspeção da carcaça
QUADROS MARCADORES- ROTINAS DE INSPEÇÃO
LINHA I - Exame das
faces interna e
externa da parte
cranial da carcaça
Exame dos lados externos e internos da parte cranial da
carcaça:
Examinar:
- aparência
-contusões
-abcessos
-contaminações
-coloração das cartilagens, tendões, músculos,
extremidades ósseas e linfonodos correspondentes.
- Fazer um corte do ligamento cervical procurando
Onchocerca e bursite brucélica.
- Para pesquisa de Brucelose pode-se retirar sangue do corte
de sangria.
Exame dos lados externos e internos da parte cranial da carcaça
Ligamento cervical
Exame dos lados externos e internos da parte cranial da carcaça
DEPARTAMENTO DE
INSPEÇÃO FINAL
(DIF)
DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO FINAL – DIF
- Local da sala de abate onde são encaminhadas as
carcaças, órgãos/vísceras e cabeças, que na linha de
inspeção apresentaram algum tipo de alteração, para
serem reinspecionadas pelo Médico Veterinário Inspetor.
Objetivo: julgar o destino mais adequado para ela, que
poderá ser a liberação, destino condicional ou
condenação (graxaria).
DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO FINAL – DIF
DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO FINAL – DIF
LINHA J -
Carimbagem da meia
carcaça
LINHA J - Carimbagem da meia carcaça
LINHA J - Carimbagem da meia carcaça
Destino das vísceras
vermelhas e brancas
vísceras vermelhas: compostas pelo
coração, fígado, pulmões, rins e também a
cabeça e língua, aprovados pela inspeção são
encaminhados para a secção de
miúdos/(cabeça).
vísceras brancas: compostas pelo intestino e
estômago vão para a bucharia e triparia sujas.
Após seu esvaziamento passam para os setores
denominados bucharia limpa onde são
terminados em bucho e buchinho, e triparia
limpa onde são limpas, calibradas e salgadas ou
congeladas.
Intestinos:
- Linfonodos Mesentéricos ®
LINFONODOS DA CABEÇA
Linfonodo retro
faríngeo Linfonodo Sublingual
LINFONODOS DA CABEÇA
Linfonodo Atloideano
LINFONODOS DA CABEÇA
Linfonodo Parotideano
Linfonodo sub-ilíacos (R)
Inspeção da carcaça- Parte Caudal
Linfonodos inguinais superficiais
Escrotais ou Mamários ®
Inspeção da carcaça- Parte Caudal
Linfonodos ilíacos ( mediais e laterais) R
Inspeção da carcaça- Parte Caudal
Linfonodo isquiático- R
Inspeção da carcaça- Parte Caudal
Linfonodo pré-peitoral (RI)
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Linfonodo cervical superficial ®
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Inspeção de produtos de origem animal

  • 1. Inspeção e Tecnologia de Produtos de Origem Animal MedicinaVeterinária
  • 2. LOCALIZAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE ESTABELECIMENTOS DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL
  • 4. FLUXOGRAMA Currais: Distante 80 metros das áreas de produtos comestíveis
  • 5. Pré-abate: recepção dos bovinos no abatedouro Fluxograma das operações pré-abate Desembarque (Rampa de desembarque/plataforma de recepção) Chegada dos bovinos Separação e classificação dos animais (currais de chegada e seleção) Inspeção 24h antes do abate Descanso e jejum (currais de matança) Inspeção 1/2h antes do abate Banho de aspersão (3 atm) Abate normal Higienização do caminhão (certificação) Animais aptos para matança Animais não aptos para matança Observação e exame clínico (curral de seqüestro) Abate em separado (artigos 107 a 128) (RIISPOA) (artigo 110) (artigo 107)
  • 6. Fluxograma do destino dos bovinos não aptos para a matança normal Desembarque Chegada dos bovinos Separação e classificação dos animais enfermos Exame clínico Curral de seqüestro (brete de contenção) Enf. clínica Suspeito de enf. clínica Traumatismo Animais mortos ou moribundos Curral de observação A) Recuperação  abate normal B) Não recuperado  abatedouro sanitário Exame clínico Curral de seqüestro (brete de contenção) A) animal s/ febre  abatedouro sanitário b) animal febril  autoclave Necrópsia (Dep. de necrópsia) A) autoclavagem B) forno crematório ou /digestor >/= 40,5 ou digestor suspeita /suspeitos
  • 7. Inspeção Ante - Mortem - Atribuição exclusiva do Médico Veterinário - Exame visual • Inicia com a chegada dos animais; • Observa-se o meio de transporte e o descarregamento (bem estar animal); • Confere-se as documentações; • Procede-se o jejum em dieta hídrica. • Pré-jejum na propriedade.
  • 8. Inspeção Ante - Mortem ◦ Verificar, quando for o caso, o peso e categoria dos animais, para a realização eventual de trabalhos de ordem econômica, zootécnica ou zoosanitária.
  • 9. DEPARTAMENTO DE NECROPSIA  Sala de necropsia (pequena sala, com mesa, armário, pia, água quente e fria, vapor, esterilizadores, etc.)  Forno crematório (estabelecimentos expotadores) -Todo animal morto no período pré - abate (currais ou transporte), faz-se a necropsia; - Efetua-se o registro e guarda-se o laudo; - Em caso de dúvida encaminha-se material para o laboratório.
  • 10. DEPARTAMENTO DE NECROPSIA - O Departamento de Necropsia deve estar próximo ao curral de observação, e se possível também da rampa de desembarque; - Além dos animais mortos no pré-abate, serão sacrificados e examinados animais que tenham indicação de problemas sanitários graves;
  • 11. Continuação....... DEPARTAMENTO NECROPSIA - Todo animal necropsiado deve ser encaminhado para a graxaria industrial (fabrica de subprodutos), salvo em situações especiais; - Usa-se autoclave ou digestor, aproveitando-se o material para farinhas de carne, ossos e sebo.
  • 12. MATANÇA DE EMERGÊNCIA • Animais em precárias condições de saúde (as vezes impossibilitados de chegar a sala de matança por seus próprios meios) • Com atestado sanitário que recomende um abate em separado; • Apresentam patologias no curral de observação.
  • 13. MATADOURO SANITÁRIO ◦ Matança de emergência imediata: acidentados, fratura, estado pré – agônico, prolápso uterino; ◦ Matança de emergência mediata: pode aguardar mais tempo, até 2 a 3 dias em caso confirmados de doenças (tuberculose, brucelose, etc.) hipo ou hipertermia, etc.; Essas carcaças/órgãos/vísceras terão, no mínimo, destino condicional.
  • 14. Anexos do frigorífico Matadouro Sanitário Matança de emergência imediata Matança de emergência mediata (artigos 130 a 134) RIISPOA Departamento de necropsia
  • 15. PRÉ-ABATE: OPERAÇÕES E OBJETIVOS Descanso (24h) - período de jejum e dieta hídrica  esvaziamento do trato gastrointestinal (facilitar a evisceração e  contaminação de carcaça);  hidratação do animal (facilitar a esfola,  contaminação de carcaça,  ruptura de couro); e,  recuperação das taxas de glicogênio no músculo ( a acidificação da carne e a vida-de-prateleira).
  • 16. banho de aspersão produzido por: Sistema tubular de chuveiros dispostos transversal, longitudinal e lateralmente, com jatos direcionados para o centro do banheiro;  Pressão da água: 3 atmosfera, (cloro livre: 15 ppm)
  • 17. Banhos e duchas pré-abate (banho de aspersão)  reduz a excitação dos animais, provocado pelo deslocamento  promovem a limpeza parcial externa dos animais; e,  vasoconstrição sangüínea periférica.
  • 18.
  • 20.
  • 21. Abate de bovinos Atordoamento Sangria Esfola Evisceração Inspeção post mortem Pré-resfriamento e resfriamento Desossa Cortes Fluxograma das operações de abate de bovinos
  • 22. ABATE SEM ATORDOAMENTO Insensibilização • Método sem atordoamento  abate por enervação ou choupa (Não Permitido no Brasil) secção da medula espinhal  abate por jugulação (judaico/Islâmico) secção de tecidos cervicais, carótidas e jugulares
  • 23. Atordoamento (artigo 135 RIISPOA) Consiste em colocar os animais em inconsciência  evitar o sofrimento;  evitar acidentes (animal e homem) e estresse;  aumentar a eficiência da sangria.
  • 25.
  • 26. Atordoamento Métodos de atordoamento mais usados em bovinos: pistola pneumática ou dardo cativo Que atinge o SNC, mas preserva a região do bulbo, mantendo o sistema cardio- circulatório e eficiência da sangria
  • 27. Atordoamento Eficiência do atordoamento (bovinos):  Vocalização (mugido);  Reflexos oculares;  Movimentos oculares;  Contração dos membros dianteiros
  • 28.
  • 29.
  • 31.
  • 32. Sangria de bovinos  Corte sagital da barbela e musculatura, seguido da secção dos grandes vasos (4-6min 50% do sangue) Presença de sangue na carcaça é associado:  as contaminações bacterianas provenientes: ferida de sangria ao rápido desenvolvimento bacteriano;  a maior proporção de pigmentos heme na carne, e a oxidação de gorduras  redução da vida-de-prateleira. Iniciada logo após a insensibilização (01 min)
  • 33. Estimulação elétrica - acelera as reações de glicólise post-mortem - aumenta a eficiência da sangria Brasil - 70V, post mortem
  • 34. Esfola de bovinos Retirada do couro (por separação do panículo subcutâneo) Procedimentos: a) serragem dos chifres, b) abertura da barbela c) desarticulação dos membros dianteiros;
  • 36. .........Continua esfola d) remoção da pata esquerda, esfola manual da virilha e quarto esquerdo, quando o garrão esquerdo é preso na carretilha da nória (1o transpasse);
  • 37. Cont....esfola de bovinos e) remoção da pata direita, garrão direito é preso na carretilha (2o transpasse); f) retirada do couro com esfolamento manual e mecânico; Na esfola, o risco: contaminação cruzada (mãos e faca) Em contaminações visíveis devem ser removidas as áreas envolvidas
  • 38. Fases finais da esfola g) o ânus é divulsionado dos ligamentos e amarrado. (carcaça recebe número de identificação); h) a cabeça é desarticulada é recebe o número correspondendo ao número da carcaça (rádio/ulna). Introdução do saca-rolha espiralado entre o esôfago e a traquéia. Amarradura do esôfago; i) a cabeça é separada do corpo; lavada; j) remoção da cauda e cupim quando for o caso.
  • 40. Evisceração (artigo 143 do RIISPOA) Retirada dos órgãos internos da carcaça. Inicialmente é realizada a abertura parcial na linha branca, seguido da pré-serragem do externo e região pélvica.
  • 41. Evisceração • Esse processo é iniciado pela remoção dos órgãos genitais, epiplon e demais órgãos, • seguida da remoção dos estômagos, intestinos, fígado, baço, pâncreas, pulmões e coração.
  • 42. Evisceração As vísceras são colocadas em três bandejas: - 1o bandeja - estômagos, intestinos, baço, pâncreas, bexiga (útero); - 2o bandeja – fígado (rins, quando for o caso); - 3o bandeja - pulmão, traquéia e coração.
  • 43. Pontos ou Linhas de Inspeção: (Póst-mortem) - São os locais de inspeção. O número de linhas depende da velocidade de produção do estabelecimento.
  • 44. Inspeção Post-Mortem - Exame macroscópico do conjunto cabeça-língua, vísceras torácicas, abdominais, pélvicas, lados externos e internos da parte cranial e caudal da carcaça e linfonodos facilmente acessíveis, e arcada dentária (para fins zootécnicos e sanitários).
  • 45. Durante a matança é realizado a inspeção post mortem em linhas de inspeção (artigos 147 a 198 do RIISPOA) . Linha A (exame dos pés/mãos - Mocotós). Inspeção de caráter obrigatório, quando de estabelecimentos exportadores. Linha B (exame do conjunto cabeça-língua). Inspeção de massas musculares, parótida e linfonodos. Acrescente-se ainda lábios e bochechas. Linha C (cronologia dentária). Facultativo. Determina a idade dos animais; Linha D (trato gastrointestinal, baço, pâncreas, bexiga e útero). Exame dos órgãos intactos ou cortados quando necessário, e linfonodos de rotina; Linha E (exame do fígado). São realizados incisões buscando lesões, degenerações, parasitoses e lesões nos linfonodos;
  • 46. Linha F (exame dos pulmões e do coração). Exame de linfonodos, musculatura cardíaca, presença de resíduo ruminal ou sangue, parasitoses e outras alterações; Linha G (exame dos rins). Pesquisa a aparência, aspecto, volume e consistência; Linha H (exame da parte caudal da meia-carcaça). Análise das massas musculares e integridade das articulações. Exame dos linfonodos inguinais, sub-ilíacos, ilíacos e isquiático; Linha I (exame da parte cranial da meia-carcaça). Semelhante a Linha H, além do ligamento cervical, e exame dos linfonodos pré- peitorais e cervicais superficiais; Linha J (carimbagem das meias carcaças). Marca elíptica no coxão (posterior), lombo, ponta de agulha e paleta.
  • 47. LINHA A - Exame dos pés/mãos - Mocotós (obrigatório para exportação) Exame de Pés e Mãos (Mocotós): Quando utilizados como comestível, obrigatoriamente identifica-se carpos e tarsos e os examina. Quando não, são enviados para a graxaria.
  • 48. Cont... LINHA A (EXAME DOS PÉS E MÃOS) • Nos animais suspeitos de febre aftosa examinar os pés e mãos (espaços interdigitais e periungueais). Obs.: Em caso de dúvida mandar ao laboratório.
  • 50.
  • 51.
  • 52.
  • 53.
  • 54.
  • 55. LINHA B – Corte dos chifres
  • 58. Exame do conjunto Cabeça-Língua: As peças devem estar limpas, íntegras e com fácil acesso. Qualquer abscesso, linfonodo enfartado deve ser mantido no local para ser examinado. Lavar o conjunto externa e internamente. A língua deve ficar presa pelo freio lingual. Esta é a preparação pela empresa.
  • 59. - A inspeção post-mortem é baseada na visualização, palpação e cortes. Observar os masseteres externos e internos, pterigóideos externos e internos, parótidas e os linfonodos parotidianos que devem ser cortados e analisados.
  • 60. O corte dos masseteres e pterigoideos servem para pesquisa de cisticercose e sarcosporidiose.  Língua: linfonodos sublinguais, retro- faringeanos e atloideanos. Nos bovinos corta- se a língua na base ventral.
  • 62.
  • 63. Incisão dos masséteres (Inspeção da Cabeça)
  • 64. (Inspeção da língua) Incisão do M. pterigóideos ®
  • 67. Linfonodo sublingual ® (Inspeçao da Língua)
  • 68. Linfonodo atloideano ® (Inspeção da Língua)
  • 69. Linfonodo parotidiano ® e glândula parótida (Inspeção da Cabeça)
  • 70. Linha C - Cronologia dentária Cronologia Dentária:  1º. par de dentes definitivos: 2 anos;  Para cada novo par acrescenta-se 1 ano.  Acima de 5 anos, identifica-se como mais de 5 anos no formulário/papeleta
  • 71. Dentes de leite – Menos de 2 anos.
  • 72. 2 dentes - dois anos
  • 73. 4 dentes - três anos
  • 74. 6 dentes - quatro anos
  • 75. 8 dentes - cinco anos ou mais
  • 76. LINHA D - Exame do trato gastrointestinal, baço, pâncreas, bexiga (útero)
  • 77. Exame do Trato Gastrointestinal : Examina-se esôfago, pâncreas, bexiga e útero. Nos bovinos cortam-se um ou dois linfonodos ruminales, reticulares, omasales e abomasales.  Esôfago: Para alguns estabelecimentos (exportadores) é exigido a inspeção obrigatória para pesquisa de cisticercose.
  • 78. Pâncreas: deve-se pesquisar o Eurytrema coelomaticum, semelhante à F. hepática (folha).  Bexiga: Observa-se a presença de lesões indicativas de patologias.
  • 79.  Útero: nos grandes estabelecimentos faz-se a pré- eventração.  Nos pequenos abatedouros examina-se em conjunto com o TGI.  Olhar superficialmente, não há necessidade de se abrir, só excepcionalmente.
  • 80. Intestino: o Oesophagostomum spp forma nódulos externos no intestino. Quando em grande número, deve-se condenar o órgão, em outras situações aproveitá-se parcialmente.
  • 83. Mesa de Inspeção - Rotina
  • 84. Mesa de Inspeção - Rotina
  • 85. Mesa de Inspeção – Rotina trato gastro-intestinal
  • 89. LINHA E - Exame do fígado
  • 90. Exame do Fígado: - Palpação de extrema importância para bovinos. Freqüentemente há abscessos em animais mais velhos. - Analisar o lóbulo caudado para pesquisa de Fascíola, corta-se este, abre-se o ducto biliar principal e comprime-se o órgão, se houver Fascíola esta tende a sair pelo ducto. - Cortar os linfonodos hepáticos (portais e pancreáticos).
  • 91. PATOLOGIAS MAIS COMUNS:  fasciolose,  hidatidose,  cirrose,  abscesso,  perihepatites,  teleangiectasia.
  • 93. PALPAÇÃO – Rotina de inspeção do fígado
  • 94. Abertura do ducto biliar –rotina fígado
  • 98. LINHA F - Exame dos pulmões e coração. (Diafragma)
  • 99. EXAME DO DIAFRAGMA Rotina de Inspeção
  • 100. EXAME DO DIAFRAGMA Rotina de Inspeção
  • 101. INSPEÇÃO DO PULMÃO/CORAÇÃO - Deve-se separar o coração do pulmão, retirando o saco pericárdico e expondo o coração, visualizando o epicárdio. - Nas pericardites notam-se aderências. - Fazer a abertura da cavidade átrio-ventricular seccionando-se da base até o ápice do coração, expondo o endocárdio e válvulas cardíacas. - Em seguida faz-se corte para visualizar o miocárdio.
  • 102. CONTINUAÇÃO INSPEÇÃO PULMÃO/CORAÇÃO - Na febre aftosa tem-se o coração tigrado. - Em bovinos pesquisar principalmente a cisticercose. - O pulmão: a exemplo do fígado deve ser bem palpado. Cortar até a intimidade do órgão para observar aspirações, seguindo até os brônquios. - Abrir a traquéia pela parte ventral. - Em bovinos inspecionar nos pulmões os linfonodos apicais, esofágicos, traqueobrônquicos esquerdos e mediastínicos.
  • 103. Continuação....... Inspeção do Pulmão Na fase pré-agônica, o animal pode aspirar sangue e/ou líquido ruminal, devendo-se então condenar o órgão. Em bovinos pesquisar o Singamus traquealis na traquéia.
  • 104. Inspeção de rotina do pulmão e coração
  • 105. Inspeção de rotina do pulmão e coração
  • 106. Inspeção do pulmão e coração
  • 113. Inspeção do pulmão - Palpação
  • 117. Inspeção dos brônquios e bronquíolos
  • 118. Pulmão: Linfonodos Pulmonares - Linfonodos esofágicos ®
  • 121. LINHA G - Exame dos rins
  • 122. Processos comuns: - cistos urinário - nefrites, - hidronefrose (pode haver cheiro de urina na carcaça), - uronefrose, congestão, isquemia. - Técnica: - Na parte ventral dar um pique com a faca e soltar a cápsula. Visualizar, palpar e efetuar todos os cortes necessários. EXAME DOS RINS
  • 124. Retirada da cápsula renal INSPEÇÃO DOS RINS
  • 126. LINHA H - Exame das faces interna e externa da parte caudal da carcaça
  • 127. Exame dos lados externos e internos da parte caudal da carcaça - Observar a coloração da carcaça (tecido muscular, cartilagens, ossos) e da gordura (pode haver adipoxantose, icterícia). - Pode-se retirar pequenas contusões, contaminações, abscessos, bernes. - Examinar os linfonodos correspondentes da parte caudal da carcaça. - A glândula mamária pode estar presente.
  • 129. QUADROS MARCADORES- ROTINAS DE INSPEÇÃO
  • 130. LINHA I - Exame das faces interna e externa da parte cranial da carcaça
  • 131. Exame dos lados externos e internos da parte cranial da carcaça: Examinar: - aparência -contusões -abcessos -contaminações -coloração das cartilagens, tendões, músculos, extremidades ósseas e linfonodos correspondentes. - Fazer um corte do ligamento cervical procurando Onchocerca e bursite brucélica. - Para pesquisa de Brucelose pode-se retirar sangue do corte de sangria.
  • 132. Exame dos lados externos e internos da parte cranial da carcaça
  • 133. Ligamento cervical Exame dos lados externos e internos da parte cranial da carcaça
  • 135. DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO FINAL – DIF - Local da sala de abate onde são encaminhadas as carcaças, órgãos/vísceras e cabeças, que na linha de inspeção apresentaram algum tipo de alteração, para serem reinspecionadas pelo Médico Veterinário Inspetor. Objetivo: julgar o destino mais adequado para ela, que poderá ser a liberação, destino condicional ou condenação (graxaria).
  • 136. DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO FINAL – DIF
  • 137. DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO FINAL – DIF
  • 138. LINHA J - Carimbagem da meia carcaça
  • 139. LINHA J - Carimbagem da meia carcaça
  • 140. LINHA J - Carimbagem da meia carcaça
  • 142. vísceras vermelhas: compostas pelo coração, fígado, pulmões, rins e também a cabeça e língua, aprovados pela inspeção são encaminhados para a secção de miúdos/(cabeça). vísceras brancas: compostas pelo intestino e estômago vão para a bucharia e triparia sujas. Após seu esvaziamento passam para os setores denominados bucharia limpa onde são terminados em bucho e buchinho, e triparia limpa onde são limpas, calibradas e salgadas ou congeladas.
  • 144. LINFONODOS DA CABEÇA Linfonodo retro faríngeo Linfonodo Sublingual
  • 147. Linfonodo sub-ilíacos (R) Inspeção da carcaça- Parte Caudal
  • 148. Linfonodos inguinais superficiais Escrotais ou Mamários ® Inspeção da carcaça- Parte Caudal
  • 149. Linfonodos ilíacos ( mediais e laterais) R Inspeção da carcaça- Parte Caudal
  • 150. Linfonodo isquiático- R Inspeção da carcaça- Parte Caudal
  • 151. Linfonodo pré-peitoral (RI) Exame dos lados externos e internos da parte cranial da carcaça
  • 152. Linfonodo cervical superficial ® Exame dos lados externos e internos da parte cranial da carcaça