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Do eu Inferior ao Eu Superior
Objetivo daVida
“Manifestação do Espírito oculto
sob os invólucros da matéria com
a qual se identifica”
Sumário
 O Caminho a Percorrer
 Reconhecendo os Obstáculos
 Integração da Personalidade
 O Problema da Ilusão
 A Imaginação como Técnica Espiritual
 O Desapego
 O Silêncio
 A Meditação: O Relaxamento Físico
 A Meditação:A Aquietação Emotiva
 A Meditação: O Domínio da Mente
 A Concentração
 O Alinhamento com o Eu Superior
1ª PARTE
OBSTÁCULOS À NOSSA
UNIÃO COM O EU
SUPERIOR
I
O CAMINHO A
PERCORRER
O Caminho a Percorrer
 Aquilo que é sofrimento para a
personalidade é júbilo para o Espírito;
 A personalidade é movida por desejos
egoístas enquanto o Espírito é movido
pelo Amor e peloTodo;
 Identificação com a personalidade
leva à ilusão da separatividade e
apego ao mundo das formas.
O Caminho a Percorrer
 A identificação com a personalidade
leva à escravidão dos instintos, desejos
e ambições e ao sofrimento por
jamais poder satisfazê-los;
 Com a dor acaba-se por aprender
que somente a renúncia às coisas
desejadas e adquiridas pode levar à
paz e à felicidade.
O Caminho a Percorrer
 A única coisa importante em nossa
vida, o único escopo para o qual
devemos viver e para o qual
estamos encarnados é nos
tornarmos conscientes e “unos”
com nosso Eu Superior.
O Caminho a Percorrer
 Isso pode ser feito sem
abandonarmos o mundo e mesmo
sem mudar nossas atividades sociais;
 A transformação deve ser
essencialmente interior, um
“deslocamento do nível de
consciência” de modo a agirmos nos
três mundos em função do objetivo
único.
O Caminho a Percorrer
 Assim, todas as nossas ações,
experiências, obrigações e dores se
tornam apenas meios para
atingirmos a UNIÃO;
 Tudo em nossa vida se torna uma
OPORTUNIDADE DE PROGRESSO
ESPIRITUAL!
O Caminho a Percorrer
 A repolarização não é fácil já que temos
estado muitas vidas polarizados na
personalidade, imersos no caleidoscópio
do mundo das formas;
 Assim, como primeiro estratagema, além
de refletirmos sobre a verdadeira
natureza do Eu, devemos desenvolver
uma aspiração afetiva, um profundo
desejo de sentir e realizar sua
consciência.
 Devemos procurar inicialmente
sentir, ainda que superficialmente,
o que é a vida do Eu Superior, suas
qualidades de vibrações;
 Para isso devemos usar a
imaginação criativa, uma
verdadeira técnica esotérica.
O Caminho a Percorrer
 A reflexão sobre o Eu nos ajuda a
nos elevarmos e a mudarmos
nossa postura frente ao mundo;
 Inicialmente é difícil saber “consistir
no ser”, já que temos vivido
exclusivamente voltados para o
mundo exterior das formas,
emoções e pensamento.
O Caminho a Percorrer
 Emoções e pensamentos, via de regra,
ocultam e impedem as atividades do
Eu;
 Então, primeiramente, temos que
buscar aumentar a frequência com
que fazemos pausas para momentos
de recolhimento e silêncio a fim de
reencontrar nosso centro de
consciência.
O Caminho a Percorrer
 Assim, o segundo estratagema é: o
cultivo de momentos de silêncio;
 Esses momentos de silêncio não são
ainda a meditação, mas uma
preparação para ela;
 Para as pessoas muito absorvidas
pela vida cotidiana, mesmo curtos
momentos de recolhimento interior
são muito difíceis.
O Caminho a Percorrer
 Se quisermos que em nós cada ato,
cada experiência, cada trabalho, cada
sofrimento se transformem em Luz,
em Sabedoria, e contribuam para o
despertar da nossa consciência
espiritual, devemos criar em nós esse
“centro de consciência separado”,
devemos vibrar num nível mais alto e
continuar agindo nos três mundos
com o mesmo dinamismo e esforço.
O Caminho a Percorrer
 “Esteja à parte numa batalha e,
mesmo combatendo, não seja você
o guerreiro”....Luz no Caminho;
 Que nosso Eu seja o guia de todas
as nossas intenções e ações;
 Toda essa preparação é necessária
para se iniciar no Caminho.
O Caminho a Percorrer
 Para aquele que conhece a verdadeira
natureza do homem, a inércia não é
perdoada;
 Quem sabe que o homem é um ser
essencialmente espiritual deve usar
todas as suas forças e meios para,
pouco a pouco, construir o Caminho
que o levará ao seu verdadeiro EU.
O Caminho a Percorrer
 O ocultista não pode se limitar a
desejar e rezar. Deve estudar,
pesquisar, experimentar e querer;
 Temos que ter ciente que tudo
contribui para nossa realização,
mesmo quando não estamos
conscientes disso.
O Caminho a Percorrer
 A dor é sempre um fator de
despertar espiritual, e muito eficaz;
 Somente quando compreendemos
o profundo significado e função da
dor humana é que somos capazes
de extrair dela todo bem e toda
sabedoria que nos oferece.
O Caminho a Percorrer
 Quase sempre, o que é sofrimento
para a personalidade é júbilo para
o Eu e vice-versa;
 Nosso Eu quer nos conduzir para
uma direção e as forças da
personalidade para outra,
nascendo do atrito dessas duas
tendências a DOR.
O Caminho a Percorrer
 A personalidade vive imersa na ilusão
da separatividade, agarrada ao
mundo das formas, escrava dos
instintos, desejos e ambições que
jamais consegue satisfazer;
 A dor estimula e desperta o ser
humano para a insatisfação da vida
sensorial e estimula assim a renúncia
às coisas desejadas e adquiridas.
O Caminho a Percorrer
 A dor pode parecer piorar os homens,
mas, ao longo de muitas vidas, ela
torna o homem cada vez mais
consciente de seu destino;
 A dor é como o fogo que separa a
parte bruta do metal puro. Somente
com a temperatura adequada é que
o processo de transformação se inicia.
O Caminho a Percorrer
 Quando a pessoa começa a se
tornar consciente da verdadeira
finalidade da vida e se propõe a
colaborar com a evolução e a
reencontrar seu Eu, estímulos
vindos de seu interior passam a
auxiliar na jornada.
O Caminho a Percorrer
 Desse ponto em diante a
caminhada se acelera, pois tiramos
maior proveito das experiências
externas que estimulam ainda
mais nosso despertar interno.
O Caminho a Percorrer
II
RECONHECENDO
OS OBSTÁCULOS
Reconhecendo os Obstáculos
 No caminho espiritual, para
obtermos resultados positivos
devemos ser objetivos;
 Devemos também utilizar nossas
tendências naturais e capacidades
latentes;
 Não devemos também adotar
objetivos demasiado árduos.
Reconhecendo os Obstáculos
 Devemos ainda adequar nossa
evolução espiritual ao modo ocidental
de vida, voltado para a atividade e a
racionalidade;
 Isso significa viver no mundo, sem
abandonar sua luta, sem procurar a
evasão, mas sem jamais perder de
vista a meta interior e utilizar tudo
para sua realização.
Reconhecendo os Obstáculos
 Assim, devemos evitar a criação de
dois compartimentos separados entre
nossa vida pessoal, social, profissional
e a nossa vida interior, espiritual;
 Devemos procurar estabelecer em
nós uma contínua “presença”, um
estado de consciência destacado da
personalidade, que nos permita ver
tudo em função de uma só meta: a
realização do Divino em nós.
Reconhecendo os Obstáculos
 Isso é a “leitura espiritual”, a capacidade
de ler aquilo que está escondido por trás
dos acontecimentos da vida e das formas
objetivas;
 A leitura espiritual dos acontecimentos
da vida objetiva, o decifrar destes como
símbolos que escondem a realidade
profunda, se desenvolve com a intuição, o
que exige que nossa consciência esteja
focalizado no Expectador.
Reconhecendo os Obstáculos
 Na Índia há quatro métodos de Yoga
ou união com o Eu: Karma, Bhakti,
Jnana e RajaYoga;
 Karma Yoga é a via da união com o
Eu por meio da ação (plano físico);
 Bhakti Yoga é a via da devoção ao
Divino ou qualquer Ser superior
(plano emocional).
Reconhecendo os Obstáculos
 Jnana Yoga é a via do
conhecimento superior (plano
mental);
 Raja Yoga é a via de união por
meio da concentração, da
meditação e da contemplação
(samadhi).
Reconhecendo os Obstáculos
 Os primeiros três yogas são para
aqueles ainda inconscientes de sua
verdadeira natureza e destino;
 O Raja Yoga é praticado por aquele
que despertou, que conhece a
meta e trabalha conscientemente
para sua autoformação.
Reconhecendo os Obstáculos
 Aqueles que começam a querer
percorrer voluntariamente o caminho
que leva à realização do Eu deixam
de percorrer o caminho mais fácil
(mais adequado ao temperamento) e
procuram utilizar todos os seus
veículos e energias em direção à
meta. Iniciam assim o yoga síntese ou
PurnaYoga.
Reconhecendo os Obstáculos
 As várias fases do desenvolvimento consciente do
aspirante espiritual são, segundo Patânjali:
1) Aspiração à realização do Eu
2) Reconhecimento dos obstáculos
3) Compreensão da natureza do que impede nosso
desenvolvimento
4) Determinação para eliminar os obstáculos
5) Repentino lampejo ou súbita visão da realidade do
Eu
6) Forte determinação de fazer daquela visão uma
realidade permanente
7) Batalha final com a personalidade (batalha de
Kurukshetra)
Reconhecendo os Obstáculos
 Fator essencial para iniciar o caminho
de união com o Espírito é a Aspiração,
o desejo ardente de atingir a meta da
vida com todas as nossas energias;
 Essa aspiração é particularmente
fortalecida quando conseguimos
alinhas os três princípios da
personalidade: ação, emoção e
inteligência;
 A aspiração produz inspiração.
Reconhecendo os Obstáculos
 Portanto, é necessário que
procuremos ver objetivamente se em
nós existe uma verdadeira aspiração;
 Não podemos iniciar o caminho sem
a certeza de triunfar;
 A reserva de energias, de entusiasmo,
de confiança e fervor é essencial para
o trabalho.
Reconhecendo os Obstáculos
 Assim, devemos acender dentro de
nós o ardente fogo da aspiração
pura e férvida;
 Reconhecer os obstáculos e
dificuldades que se postam entre
nós e a meta é essencial no
caminho.
Reconhecendo os Obstáculos
 As dificuldades e obstáculos são
sempre causados pela personalidade
e os veículos que a compõem;
 Temos que compreender esses
obstáculos, mesmo aqueles que não
pertencem à presente encarnação.
São os samskaras (sementes);
 Patânjali destacou os obstáculos
fundamentais: ignorância, senso de eu,
o desejo, o apego e a aversão.
Reconhecendo os Obstáculos
 Ignorância ou avidya é a causa de
todos os males. É o estado que nos
leva a confundir o permanente com o
ilusório;
 Tal ignorância é inerente à natureza
humana já que a Mônada, revestida
de invólucros, acaba por se identificar
com eles e se esquecer de sua
verdadeira origem.
Reconhecendo os Obstáculos
 Avidya, tendo uma abrangência tão
vasta e geral, é a fonte do segundo
obstáculo, ou seja, o senso de eu, a
identificação do conhecedor com
os instrumentos do conhecimento.
Reconhecendo os Obstáculos
 O senso de eu é um obstáculo
muito duro de superar. A
personalidade é uma verdadeira
força que se opõe à energia
espiritual, engajando uma luta em
todos os planos, até sua “rendição”
final.
Reconhecendo os Obstáculos
 Essa luta é evitada pelo homem
até que se dê seu primeiro contato
com o Eu e passe a compreender
a futilidade e inconsistência da vida
na personalidade.
Reconhecendo os Obstáculos
 Outro obstáculo no Caminho é o
desejo ou paixão, uma tendência
extrovertida do espírito para a vida
da forma;
 Esse desejo pode ser o do prazer de
um canibal naquilo que come, o amor
de um homem por sua família, a
admiração de um artista por seu
trabalho ou a adoração do devoto
pelo Cristo.
Reconhecendo os Obstáculos
 O desejo compreende desde os
mais baixos, ligados às paixões e
desejos, até os ligados aos ideais
mais elevados;
 Do ponto de vista do Eu, mesmo os
desejos superiores constituem um
obstáculo à completa consciência
espiritual.
Reconhecendo os Obstáculos
 “Parece que o progresso da Alma está nessa
passagem de um objeto desejado a outro, até
que chega a hora em que a Alma é impelida em
direção a si mesma e se encontra só. Ela exauriu
todas as possibilidades de apego e até o
instrutor parece tê-la abandonado. Resta então
somente uma Realidade, a realidade espiritual,
que é a própria Alma, voltando-se, portanto, o
seu desejo para o interior. O desejo pelo mundo
exterior exauriu-se e a Alma encontra, assim, o
reino de Deus dentro de si” (Patanjali, Sutra Yoga,
Livro II, pp 132-33, Ed. Nova Era)
Reconhecendo os Obstáculos
 O verdadeiro Caminho para Deus
não está fora mas dentro do
homem, caminho que se descobre
quando se desprende de tudo e
compreende a ilusão do mundo
objetivo”
Reconhecendo os Obstáculos
 O ódio é o sentimento separatista
inerente à personalidade, o
sentimento oposto àquele natural do
Eu, que é o do sentido de unidade;
 A separação é chamada na “Voz do
Silêncio” de a grande heresia, pois é a
causa dos infinitos sofrimentos do
homem.
Reconhecendo os Obstáculos
 A separatividade produz ódio, aversão,
egoísmo, orgulho, espírito de crítica e
todas as demais qualidades negativas
associadas à falta de amor e
fraternidade;
 Como ainda não temos plena
consciência do Eu, em cada um de
nós ainda existe certa dose de ódio e
incompreensão para com os outros.
Reconhecendo os Obstáculos
 O obstáculo da separatividade e do
ódio somente poderá ser superado
quando o Amor do Eu puder fluir
livremente através de nossos
veículos, dando-nos o sentido de
união com todos.
Reconhecendo os Obstáculos
 O apego é outro obstáculo congênito
no homem, pois é o “elemento
dominante na manifestação divina”
por exprimir a relação entre os dois
opostos: Espírito e Matéria;
 Não podemos nos libertar do apego
até que tenhamos encontrado um
equilíbrio entre os “pares de opostos”
e descoberto o “Caminho estreito
como o fio de uma navalha”.
Reconhecendo os Obstáculos
 Desejo e apego estão estreitamente
ligados e devem ambos ser
superados;
 O completo desprendimento desses
obstáculos não ocorre de uma só vez.
É gradativo, e vamos continuamente
nos desapegando do que é inferior e
nos apegando ao que é superior.
Reconhecendo os Obstáculos
 Assim, o caminho evolutivo é feito de
crises de superação e desapego,
seguidas de apego ou aspiração por
qualquer coisa mais elevada;
 Somente com a consciência da
unidade, quando a consciência inferior
e superior estiverem unificadas,
Espirito e Matéria como uma só coisa,
é que o homem estará livre de apego.
Reconhecendo os Obstáculos
 Esses são os cinco obstáculos
fundamentais, segundo Patanjali, e
como são de natureza geral, cada um
de nós os sentirá em maior ou menor
intensidade;
 Existem ainda em cada homem
outros obstáculos de natureza
particular e individual, dependendo de
seu grau evolutivo, Raio dominante e
temperamento.
Reconhecendo os Obstáculos
 Cabe a cada um descobrir seus
obstáculos particulares,
conhecendo a si mesmo;
 Há obstáculos em nós tão
enraizados que se tornam quase
irreconhecíveis à nossa consciência;
III
INTEGRAÇÃO DA
PERSONALIDADE
Integração da Personalidade
 A personalidade é composta de três
veículos ou corpos que devem ser o
perfeito reflexo dos três aspectos do
Eu:Vontade-Amor-Inteligência;
 Esses três corpos evoluem e muitas
são as diferenças dos graus de
desenvolvimentos desses corpos entre
os indivíduos.
Integração da Personalidade
 Nossa personalidade não pode ser
chamada de “entidade
independente” até que os três
veículos pessoais estejam
completamente desenvolvidos,
formados. integrados e
coordenados entre si.
Integração da Personalidade
 Na personalidade integrada, os três
corpos funcionam coordenada e
harmonicamente, colaborando entre si
para um único fim;
 Enquanto o senso de identidade
pessoal ou consciência do Eu não
estiver formado plenamente, os
corpos poderão funcionar de maneira
independente, como se cada um
tivesse vontade própria.
Integração da Personalidade
 Sem ainda uma unidade de
consciência pessoal, o homem tem
a ânimo multíplice, identificando-se
ora com um ora com outro veículo.
É presa de seus estados psíquicos
ao invés de ser senhor.
Integração da Personalidade
 Vai numa direção ou noutra conforme
prevaleçam os impulsos instintivos
(corpo vital), as emoções (corpo
astral) ou ideias e formas-
pensamento (corpo mental inferior);
 Sua vontade é frágil e vacila
continuamente entre um objeto e
outro sem uma meta bem definida.
Integração da Personalidade
 Somente com uma meta elevada, com
focalização e concentração de forças,
pode-se criar a integração dos três
veículos pessoais alinhados e
coordenados pela vontade;
 Neste ponto emerge a verdadeira
personalidade que conserva uma energia
peculiar, uma nota peculiar, uma força
independente, que não é a soma das
energias dos corpos, e que tem
características e qualidades próprias.
Integração da Personalidade
 Sem meta, sem ideal, não pode
existir uma verdadeira
personalidade;
 Somente a presença do fio
integrador fruto de um ideal, de
um propósito permite a integração
dos veículos pessoais e a formação
de uma verdadeira personalidade.
Integração da Personalidade
 Somente sob o comando da vontade,
com um funcionamento organizado e
harmônico, pode a personalidade ser
um adequado canal do Eu;
 A personalidade deve estar preparada
para expressar o mais plenamente
possível os atributos do Eu –
Vontade/Amor/Inteligência.
Integração da Personalidade
 O contato contínuo da
personalidade com o Eu só se dá
quando há o alinhamento e
integração dos veículos;
 Não pode haver integração da
personalidade quando existem
deficiências no desenvolvimento em
qualquer dos veículos.
Integração da Personalidade
 Portanto, para a integração, temos
que desenvolver cada lado de
nossa personalidade;
 Há outra série de dificuldades que
surgem depois de os três veículos
estarem formados e desenvolvidos.
São as “cisões”.
Integração da Personalidade
 Cisão é o contrário de
coordenação, colaboração,
harmonia e união;
 Na personalidade podem haver
cisões entre um veículo e outro e,
às vezes, também no interior de
um mesmo veículo.
Integração da Personalidade
 Essas cisões existem psicologicamente, na
consciência do indivíduo;
 Com a cisão, o indivíduo identifica-se
separadamente ora com um ora com
outro veículo, ligando-se por completo ao
veículo que esteja identificado no
momento, seguindo cegamente seus
impulsos e obedecendo suas exigências,
acreditando estar seguindo a vontade do
seu eu.
Integração da Personalidade
 Ao se identificar com um veículo e
depois com outro, o indivíduo pode
ser portar como se fosse outra
pessoa, pois pode acontecer de os
impulsos, qualidades e desejos do
segundo corpo ser absolutamente
diversos dos do primeiro.
Integração da Personalidade
 As cisões podem ser tanto
superficiais e temporárias quanto
profundas e duradouras;
 É como se no homem florescessem
alternadamente duas ou mais
personalidades, não só diversas,
mas, com frequência, conflitantes.
Integração da Personalidade
 O indivíduo não é sempre igual a si próprio, não é
coerente, não tem uma única fisionomia, mas é
multíplice, faccionado;
 Exemplos: homens de ciência, de mente clara e
límpida, mas que afetivamente são inseguros e
medrosos; pessoas práticas e eficientes
profissionalmente, mas frágeis e inseguros na vida
particular; indivíduos honestos e íntegros na
profissão, mas que são emocionalmente egoístas
cruéis ou cínicos.
Integração da Personalidade
 Cisões entre os veículos os impede de
funcionar coordenada e harmonicamente
criando penosas dificuldades e intensos
distúrbios;
 Cisões ocorrem se os Raios que
influenciam os três corpos são de
naturezas opostas, se o indivíduo não
tem vontade diretiva e autodomínio sobre
os corpos de sua personalidade ou se
não existe o elemento integrador de um
ideal, de uma meta a alcançar.
Integração da Personalidade
 Se um indivíduo estiver assim
polarizado: corpo emocional de 2º
Raio e corpo mental de 1º Raio, ele
terá muita dificuldade para coordenar,
harmonizar e integrar o corpo
emotivo com o mental porque o 2º e
o 1º Raios possuem características
quase contrastantes e finalidades
quase opostas.
Integração da Personalidade
 Enquanto estiver propenso a
comportamentos amorosos,
compreensíveis, inclusivos, construtivos
devidos ao raio de seu corpo emocional,
será, entretanto, impelido pelo Raio do
corpo mental à prepotência, à rigidez, à
destrutividade, ao isolamento, como se
houvesse duas personalidades distintas
aflorando alternadamente conforme sua
polarização, no emotivo ou no mental.
Integração da Personalidade
 A pessoa que tem em sua psique
qualquer cisão não é normalmente
consciente desta, justamente
porque não se formou nela aquele
senso de auto-observação e de
objetividade que emerge quando
aparece a consciência do eu
pessoal.
Integração da Personalidade
 Quando o homem se torna senhor
dos seus veículos e das energias que
os compõem, se torna capaz de
servir-se delas para seu objetivo,
usando-as de maneira equilibrada e
coordenada de modo a cooperarem
entre si, sem obstarem entre si. Terá,
então, integrado sua personalidade.
Integração da Personalidade
 A integração da personalidade marca
um momento evolutivo
importantíssimo para o homem;
 Ponto importante: nem sempre o
desenvolvimento da personalidade é
simultâneo e paralelo àquele interior
e espiritual, apesar de ser necessário
à formação do indivíduo e à sua
futura obrigação de Servidor do Plano
Divino.
Integração da Personalidade
 Às vezes podemos encontrar pessoas
bem desenvolvidas e que atingiram a
integração, mas que nada tem de
espiritual;
 Por outro lado, podemos encontrar
indivíduos muito maduros
espiritualmente e com
personalidades truncadas, imperfeitas
e falhas.
Integração da Personalidade
 Aqueles que atingiram a integração
dos veículos pessoais sem ter
desenvolvido, mesmo que de maneira
primitiva, a intuição espiritual (caso
comum nos países ocidentais)
encontrar-se-ão diante de muitas
dificuldades e a luta a ser travada por
seu Eu Superior para conquistar seu
instrumento será longa e árdua.
Integração da Personalidade
 A personalidade integrada, mesmo
não sendo o verdadeiro Eu, mas
somente um reflexo dele, é uma
entidade muito forte, porém
separatista, orgulhosa e rebelde;
 A finalidade do Eu é muito diferente
da finalidade da personalidade, uma
altruísta, desinteressada e universal e
a outra egoísta, interesseira e
separatista.
Integração da Personalidade
 A luta entre o Eu e a personalidade é
quase sempre inevitável, pois a última
se rebela contra a luz do primeiro,
acreditando que “entregar-se” significa
seu fim e sua destruição;
 Este é o drama do homem que se
rebela contra aquele que é sua
salvação.
Integração da Personalidade
 “Tem olhos e não veem, tem ouvidos
e não ouvem”...Jesus;
 Mas a personalidade é uma
necessidade para o Eu Superior se
desenvolver nos planos inferiores.
Assim, deve o ser se desenvolver
também “estruturalmente”, com seus
corpos ou veículos de experiência e
de expressão.
IV
O PROBLEMA DA ILUSÃO
O Problema da Ilusão
 A falta de visão, o ofuscamento da
consciência, o estado de obscuridade
da personalidade é outro obstáculo
que se apresenta no Caminho;
 A ilusão é o estado de consciência
natural da personalidade porque ela
própria é ilusória e vive no mundo do
irreal.
O Problema da Ilusão
 A humanidade inteira é presa desta
obscuridade, está envolvida por esse
véu que ofusca a consciência;
 Só quando a Luz do Eu começa a
penetrar na mente e a intuição
começa a despertar é que a ilusão,
em seus vários aspectos, aos poucos
se dissolve, diminui e desaparece para
dar lugar à revelação e à
compreensão da Realidade.
O Problema da Ilusão
 A ilusão deriva da identificação do
homem com a forma e com o
mundo objetivo; entretanto, ela se
encontra em níveis evolutivos
bastante altos, pois apresenta-se
sob vários aspectos e se introduz
na personalidade por vias
insidiosas e obscuras.
O Problema da Ilusão
 Nas primeiras fases do Caminho
evolutivo, o estado de imersão na
ilusão não constitui um problema
porque não somente é inevitável,
mas, em certo sentido, útil;
 A identificação do homem com
seus veículos lhe dá o impulso para
desenvolvê-los.
O Problema da Ilusão
 O homem não está ainda suficientemente
maduro para operar sobre os corpos da
personalidade;
 Assim, por longas épocas, o homem, sem
conhecer o verdadeiro e profundo
significado da obra que está realizando e
sem mesmo estar consciente daquilo que
está fazendo, constrói os instrumentos que
servirá ao seu Eu na realização de seus
objetivos.
O Problema da Ilusão
 Somente no Caminho da Prova (ou da
Purificação), começa o homem a
desenvolver o discernimento entre o
Real e o irreal, o Eu do não-eu, o
permanente do transitório;
 Neste ponto, a imersão na ilusão
torna-se um verdadeiro problema e
um obstáculo a ser superado porque
o homem deseja a Luz e não pode
vê-la.
O Problema da Ilusão
 A ilusão tem nome diferente em
cada plano:
- Plano etérico:“Maya”
- Plano astral:“Ofuscamento”
- Plano mental:“Ilusão”
 A ilusão da personalidade
integrada chama-se “Guardião do
Limiar (ou Umbral)”
MAYA OU
ILUSÃO NO
PLANO FÍSICO
O Problema da Ilusão
 Maya ou ilusão no plano físico-etérico:
o homem crê que seu “eu” é o corpo
físico e que o verdadeiro mundo real
é aquele percebido pelos cinco
sentidos
 Maya é o dar excessiva importância a
tudo o que é material, às provas
físicas, às experiências sensíveis, às
sensações.
O Problema da Ilusão
 Em Maya, não sabemos distinguir o material
do imaterial, não concebemos coisas além
dos cinco sentidos;
 Somente quando homem começa a ter
consciência da dualidade existente entre ele
e as forças, é que descobre a dualidade inicial
entre o corpo físico denso e o corpo vital e
aprende que o primeiro é o meio de contato
no plano físico, o outro o instrumento de
contato com as forças internas, com as
energias e com os mundos do ser.
O Problema da Ilusão
 Maya torna-se um problema somente
quando é reconhecida e nas primeiras
fases da evolução;
 Maya só é experimentada quando se
está no Caminho porque ela impede
cada passo que damos para a Luz e
para a libertação, nos mantém ligados
ao mundo das formas e não permite
que percebamos a realidade interior.
O Problema da Ilusão
 É nessa fase que damos início às
primeiras tentativas sérias de purificação
física e em que se efetua a transmutação
dos centros inferiores para os centros
superiores;
 Enquanto nossas energias estiverem
localizadas nos centros abaixo do
diafragma, não poderemos nos libertar
de maya. Somente através da purificação
e da transmutação deslocamos as
energias para os centros superiores.
O Problema da Ilusão
 Maya será totalmente superada apenas
quando o aspirante tiver aprendido a
técnica da inspiração, que consiste na
substituição das energias do corpo
etérico pelas energias anímicas que
afluem na meditação;
 Tal substituição pode ocorrer
inconscientemente sempre que o
aspirante age com pureza de propósitos.
OFUSCAMENTO
OU ILUSÃO NO
PLANO ASTRAL
O Problema da Ilusão
 A ilusão no plano astral chama-se
“ofuscamento” porque apresenta-
se ao clarividente como uma névoa
que ofusca a visão;
 A humanidade em sua quase
totalidade é presa do ofuscamento
astral.
O Problema da Ilusão
 O corpo astral, quando não coligado
ao Eu, produz estados emocionais,
sentimentais de caráter pessoal que
ofusca a visão, acarretam falsos
juízos, influem nas faculdades mentais
e fazem o homem submergir, sempre
mais profundamente, no mundo da
irrealidade.
O Problema da Ilusão
 O corpo emocional deveria ser apenas “o
instrumento de sensibilidade” do homem, o
límpido refletor do aspecto búdico do Ego,
sem possuir uma atividade autônoma,
independente;
 O problema do ofuscamento emocional é,
num certo sentido, mais difícil de ser
resolvido porque ocupa um campo vasto e
indeterminado, sendo de difícil
reconhecimento.
O Problema da Ilusão
 O ofuscamento apresenta aspectos
positivos que muitas vezes não se
apresentam como características a serem
superadas ou destruídas, mas como
qualidades e virtudes;
 A afetividade, o sentimentalismo, o “amor”
humano, os apegos, a sensibilidade emotiva,
a devoção etc. parecem ótimas qualidades
mas escondem os mais perigosos
estratagemas e mascaram qualidades
negativas e personalismos.
O Problema da Ilusão
 A característica de quase todas as
ilusões (em todos os planos) é a
sermos inconscientes delas e de se
apresentarem alteradas e
camufladas à consciência do
indivíduo sob o aspecto de virtudes
e qualidades.
O Problema da Ilusão
 Os ofuscamentos emocionais
parecem virtudes duramente
conquistadas e são difíceis de ser
descobertos “por causa das belas
colorações que a névoa assume”;
 Devemos aprender a discriminar a
vibração do corpo astral da
vibração do Eu.
O Problema da Ilusão
 Nessa tarefa somente a mente
iluminada pela Mônada pode nos
ajudar;
 A técnica de dissolver o
ofuscamento é a iluminação
precedida de exercícios formadores
de uma sólida e permanente
polarização mental.
ILUSÃO,A
ILUSÃO NO
PLANO MENTAL
O Problema da Ilusão
 A palavra “ilusão” quando se refere
ao plano mental tem um significado
bem particular;
 A ilusão mental se apresenta somente
quando o aspirante tem certo grau de
contato com o Eu, é sensível ao afluxo
de ideias que provêm do plano
anímico e tem sólida polaridade no
corpo mental.
O Problema da Ilusão
 A ilusão mental pode significar a
reação da mente não disciplinada ao
mundo das ideias, do Eu, com o qual
começa a tomar contato. A mente
capta a ideia superior, mas ainda não
purificada, a colore e altera, dando-lhe
uma interpretação distorcida e
“ilusória”.
O Problema da Ilusão
 A alteração da ideia ocorre devido:
i) ao grau de desenvolvimento da
mente;
ii) à indeterminação da forma-
pensamento;
iii) ao tipo do Raio do Ego;
Iv) à instabilidade do contato da mente
com a ideia percebida.
O Problema da Ilusão
 Tais causas podem ser eliminadas,
pouco a pouco com o gradual
treinamento da mente para se tornar
mais sensível e receptiva, com a
prática da meditação e com a
purificação mental;
 Mas a técnica mais eficaz, quase
“única” para dissolver a ilusão é o
desenvolvimento da intuição.
O Problema da Ilusão
 A intuição não pode ser desenvolvida de
uma só vez. Sua conquista requer longo
treinamento na prática da meditação,
certas ampliações da consciência,
desenvolvimento interior e maturidade que
não se pode ter antes de determinado
desenvolvimento evolutivo;
 Eis porque a verdadeira superação da ilusão
não é possível antes que se tenha
conseguido a Iniciação.
GUARDIÃO DO
LIMIAR,
A ILUSÃO DA
PERSONALIDADE
INTEGRADA
O Problema da Ilusão
 Em certo ponto do caminho evolutivo do
discípulo apresenta-se a ele o Guardião
do Limiar, o conjunto de forças da
natureza inferior, tal como acontece com
a personalidade antes da iluminação, da
inspiração e da iniciação;
 A personalidade, nessa fase, é muito forte
e o Guardião encarna todas as forças
psíquicas e mentais desenvolvidas pelo
homem ao longo das idades.
O Problema da Ilusão
 É a potência da tríplice forma material,
antes de sua consciente cooperação e
consagração à vida do Eu e ao serviço da
Hierarquia Espiritual;
 Esse “conjunto de forças da natureza
inferior” constitui uma potente forma-
pensamento diante do qual o discípulo,
simbolicamente falando, se encontra
quando deve passar pelo Portal da
Iniciação.
O Problema da Ilusão
 É o Guardião do Limiar porque o
discípulo não pode ir adiante se antes
não vencer e destruir a potente forma-
pensamento;
 Na realidade, essa experiência significa
que, ao estar o discípulo pronto para a
Iniciação, a Luz que flui de seu Eu fará
com que ele veja todos os lados de sua
personalidade, todo o conjunto de suas
forças psíquicas inferiores, que ele deve,
de uma vez por todas, superar.
O Problema da Ilusão
 Ele se vê como realmente é, sem véus ou
ilusões e tal visão é uma experiência
terrificante;
 O discípulo se horroriza ao ver quanta
baixeza, quanta obscuridade, quanta
negatividade estão ainda escondidas e
enraizadas na sua personalidade;
 Mas o Eu lhe dá força e coragem para lutar
e vencer a batalha contra sua natureza
inferior que se lhe ergue como um inimigo.
O Problema da Ilusão
 Devemos descobrir à qual tipo de ilusão
estamos mais sujeitos;
 Maya predomina sobre as pessoas que
estão sob o influxo do 5º e 7º Raios;
 O ofuscamento emocional predomina
nas pessoas que estão sob o influxo do
2º e 6º Raios;
 A ilusão mental predomina nas pessoas
que estão sob o influxo do 1º e 3º Raios.
O Problema da Ilusão
 Enquanto vivermos identificados com
o eu pessoal, estaremos imersos na
ilusão e continuaremos a caminhar
cegamente;
 Se nos desidentificarmos desse eu,
abrir-nos-emos à intuição e a nossa
mente tornar-se-á um dúplice
instrumento: um receptor da Luz do
alto e uma força de comando e
controle para baixo.
O Problema da Ilusão
 Para alcançarmos tal estágio
devermos trabalhar , aprender muitas
coisas, ter a devida perspicácia,
habituar-nos a comportamentos
adequados para conosco e para com
os demais e nos prepararmos para
práticas de concentração, meditação e
auto-afirmação que produzam o
despertar da consciência superior.
2ª PARTE
MÉTODOS, PERCEPÇÕES E
TÉCNICAS PARA FAVORECER A
UNIÃO COM O EU SUPERIOR
V
A IMAGINAÇÃO COMO
TÉCNICA ESPIRITUAL
A Imaginação como Técnica Espiritual
 Para obtermos resultados sensíveis
devemos, antes de tudo, mudar nosso
comportamento interior diante dos
acontecimentos da vida;
 Tudo que nos acontece não é por
acaso, mas o efeito de leis justas e
perfeitas e tudo tem um objetivo
preciso e claro: servir de estímulo
para o despertar de nossa
consciência superior.
A Imaginação como Técnica Espiritual
 A espiritualidade deve tornar-se parte
integrante da vida, de todos os dias, o
pano de fundo de todos os nossos
pensamentos e sentimentos;
 Devemos também ter presente que o
Eu é nossa verdadeira identidade e
que devemos nos transformar naquilo
que já somos em potencial.
A Imaginação como Técnica Espiritual
 Aspiramos à União com o EU, não
porque somos dele separados mas
porque somos dele inconscientes;
 A Centelha Divina, mergulhando na
matéria dos vários planos, esquece-
se de sua origem e se identifica
com os vários invólucros.
A Imaginação como Técnica Espiritual
 Aos poucos o homem vai se
lembrando de sua origem até que
tem início o período mais significativo
do caminho de volta, aquele em que o
homem consciente e voluntariamente
colabora com a sua evolução, trabalha
para o seu despertar, abre-se às
energias espirituais.
A Imaginação como Técnica Espiritual
 Mas ainda que convencidos de que
somos o EU, sabemos muito pouco
ou quase nada sobre ele e o pouco
que sabemos parece vago,
nebuloso, confuso;
 Ai é que podemos recorrer, além
de a livros e à nossa intuição,
também à IMAGINAÇÃO.
A Imaginação como Técnica Espiritual
 Ainda que a imaginação possa criar
absurdos no que se refere a objetos físicos,
mergulhando no fantástico e no absurdo,
ela não pode imaginar sentimentos, ideias e
estados de consciência que nunca existiram;
 Nesse sentido, com a imaginação, o
homem usa material de sua consciência,
usa substância psicológica, que está em
contínua mutação e transformação e que
tem em si infinitas potencialidades e
possibilidades.
A Imaginação como Técnica Espiritual
 No que se refere as coisas
interiores, a estados de consciência,
a imaginação é criativa, evocativa e
dotada de grande força;
 A imaginação é um ato de
pensamento. E a energia segue o
pensamento. O homem se torna
aquilo que ele pensa.
A Imaginação como Técnica Espiritual
 Quando imaginamos um
sentimento, uma qualidade
superior, evocamos do fundo de
nós mesmos poderosas forças
latentes e, ao mesmo tempo,
atraímos do alto energias afins
com aquele sentimento, aquela
qualidade.
A Imaginação como Técnica Espiritual
 Quando imaginamos uma qualidade
criamos uma forma-pensamento que
tenderá continuamente a realizar-se
no plano físico;
 Não existe pensamento sem
expressão; o pensamento é um ato
nascente, um princípio de atividade.
A Imaginação como Técnica Espiritual
 Nos esforcemos continuamente para
imaginar as qualidades do Eu,
pensando nelas com clareza e
precisão e criando uma forma
pensamento nítida e clara;
 Em cada momento do dia deveríamos
ter sempre em mente o pensamento:
“Eu sou o Eu Superior e devo provar
suas qualidades e não as da
personalidade”.
A Imaginação como Técnica Espiritual
 Deveríamos imaginar sempre
como nosso Eu Superior se
comportaria nas circunstâncias de
nosso dia-a-dia;
 Como muitos místicos cristãos que
continuamente se perguntavam: “O
que faria Jesus?”.
A Imaginação como Técnica Espiritual
 Sempre agimos como personalidade
e, por isso, não sabemos enfrentar a
vida, não temos força para superar os
obstáculos, sentimo-nos infelizes,
frágeis e cansados;
 Vivemos para tornar a mesquinha
vida da personalidade cômoda e feliz
como se essa fosse a verdadeira vida.
A Imaginação como Técnica Espiritual
 Para agir como o Eu Superior
temos que usar a discriminação
para discernir as qualidades da
personalidade daquelas do Eu;
 Se não sabemos reconhecer as
qualidades anímicas (do Eu),
devemos, ao menos, distinguir as
notas e qualidades pessoais.
A Imaginação como Técnica Espiritual
 Devemos saber ver com clareza e
objetividade as coisas que pertencem
à personalidade sem nos iludirmos
com a possibilidade de que venham a
pertencer ao Eu, ainda que
aparentemente boas e positivas;
 Eis uma relação de reações pessoais
que pode servir como exemplo:
A Imaginação como Técnica Espiritual
1. Sentir-se ofendido
2. Sentir-se humilhado
3. Desejar ser amado
4. Desejar ser compreendido
5. Sentir-se satisfeito
6. Sentir-se superior aos outros
7. Sentir-se orgulhoso
8. Crer que as próprias ideias são as melhores
9. Sentir-se juiz e crítico dos outros
10. Sentir-se diferente dos outros
11. Amar alguém com apego e desejar retribuição
12. Fazer uma gentileza e sentir-se bom
A Imaginação como Técnica Espiritual
13. Fazer um ato de bondade e desejar gratidão
14. Ser gentil e dócil por interesse
15. Sentir-se irritado porque os outros não o apreciam
16. Desejar elogio
17. Ser indeciso e incerto
18. Sentir-se deprimido
19. Sentir-se triste
20. Sentir-se infeliz
21. Sentir-se eufórico
22. Sentir ser algo excepcional
23. Estar muito contente consigo mesmo a ponto de preferir-se
aos outros (“não me trocaria por ninguém”)
24. Desejar que todos saibam que fez uma coisa boa
A Imaginação como Técnica Espiritual
25. Ter medo do futuro
26. Ter medo de ser enganado
27. Rebelar-se contra a dor
28. Sentir-se injustamente tratado
29. Irritar-se e indignar-se com as maldades alheias
30. Pretender a ajuda dos outros
31. Desprezar aqueles que são menos inteligentes
32. Fazer o bem somente àqueles que lhes são
simpáticos
33. Procurar somente a companhia dos afins
34. Trabalhar apenas visando o interesse
A Imaginação como Técnica Espiritual
35. Crer que os outros têm mais sorte
36. Ser otimista demais
37. Ser pessimista demais
38. Desejar a felicidade
39. Se preocupar com o que pensam
de você
40. Ser vaidoso
A Imaginação como Técnica Espiritual
 Essas são algumas das reações
pessoais que devem ser distinguidas
das anímicas;
 Tudo que vem da personalidade tem
algo de egoístico, de interessado e de
limitado;
 Tudo que vem do Eu é altruístico,
puro, desinteressado, amplo, universal.
A Imaginação como Técnica Espiritual
 Todos os impulsos e tendências
superiores que somos capazes, como
a sede de verdade, o amor pelo
conhecimento, o senso de
fraternidade, a atividade altruística, o
amor desinteressado, a abnegação
provêm do Eu;
 São reflexos na personalidade das
capacidades anímicas.
A Imaginação como Técnica Espiritual
 Qualidades anímicas refletidas através do
corpo físico:
✓ Atividade , laboriosidade (com altruísmo)
✓ Ordem
✓ Harmonia
✓ Ritmo
✓ Senso de bem estar
✓ Senso de vitalidade
✓ Adaptabilidade física
A Imaginação como Técnica Espiritual
 Qualidades anímicas refletidas
através do corpo emocional:
✓ Serenidade
✓ Calma
✓ Amor desinteressado e impessoal
✓ Alegria
✓ Simpatia (por todos)
✓ Sensibilidade pelo belo
✓ compaixão
A Imaginação como Técnica Espiritual
 Qualidades anímicas refletidas através do corpo mental:
✓ Compreensão
✓ Sabedoria
✓ Sede de conhecimento
✓ Clareza mental
✓ Imparcialidade de julgamento
✓ Raciocínio livre de fanatismo
✓ Lógica serena
✓ Criatividade mental
✓ Discriminação
✓ Elasticidade mental
✓ Adaptabilidade mental
VI
O DESAPEGO
O Desapego
 Depois de refletir sobre as qualidades
do Eu, procurar imaginar nossa
personalidade permeada por elas, e
depois de termos procurado
discriminar as notas pessoais das
anímicas, devemos passar à atuação
prática, à verdadeira e concreta
realização da consciência de nosso
verdadeiro Eu.
O Desapego
 Um dos principais
comportamentos interiores que
favorecem e preparam o despertar
da consciência superior é o
DESAPEGO;
 Desapego é a indiferença por tudo
que faz parte do “não-Eu. É
separar o real do ilusório.
O Desapego
 O desapego nasce da recusa em identificar-
se com algo que não seja a realidade
espiritual;
 É um repúdio ativo, sem qualquer
concentração sobre o que é repudiado;
 Desapego é o comportamento do
Expectador, daquele que observa a
personalidade a viver, a agir, a sentir e a
pensar nos três mundos e, ainda assim,
calmos, separados de tudo o que acontece
no plano pessoal.
O Desapego
 Se conseguíssemos esse
comportamento interior, o despertar
gradual da verdadeira consciência
Anímica seria facilitado e favorecido,
pois o que impede tal despertar é
nossa identificação com o não-Eu,
com as formas e os objetos ilusórios,
com os veículos da nossa
personalidade.
O Desapego
 Esse comportamento interior não é fácil de
se conseguir. Ele é o resultado final de
graduais e sucessivos reconhecimentos. Não
pode ser atingido repentinamente;
 Antes de conseguir o verdadeiro “desapego”,
o homem passa por vários e graduais
desapegos ou libertações, transferindo o seu
desejo e o seu apego de um objeto interior
para um superior, reconhecendo a
caducidade de um e apegando-se à outro
que acha verdadeiro e duradouro.
O Desapego
 Toda libertação da consciência pressupõe
uma “libertação” de certos apegos;
 O desapego é a própria técnica da evolução
da consciência a partir da prisão da forma;
 Mas desapego não é frieza, distanciamento
ou isolamento e evasão ao sofrimento;
 Pode-se amar com profundidade,
compreender, sentir todo o sofrimento,
mesmo permanecendo interiormente
separados.
O Desapego
 De fato, não sabemos amar com
desapego, amar como Eus
Superiores, dando sem nada pedir
em troca, querer bem sem desejar
retribuição;
 Amar com desapego significa
deixar os outros livres, amar com
impessoalidade.
O Desapego
 “Destrua a ambição, o desejo de
viver e o desejo de bem estar, mas
trabalha como os ambiciosos,
respeite a vida como os que a
desejam e seja feliz como quem
vive para a felicidade”
LUZ NO CAMINHO
O Desapego
 Devemos trabalhar intensamente,
mas desapegados dos resultados
de nossas ações e esforços;
 Em nossas ações devemos sempre
seguir o impulso que vem do alto e
não obedecer aos motivos egoístas
da personalidade.
O Desapego
 Devemos amar a vida, respeitá-la,
gozar suas belezas e alegrias,
permanecendo, porém, sempre
desapegados internamente
sabendo que TUDO É
TRANSITÓRIO, ILUSÓRIO;
 Esta vida é o reflexo de outra mais
verdadeira e real.
O Desapego
 Devemos nos dedicar às criaturas,
às formas com a consciência de
que são apenas invólucros da Vida
Una, e jamais por pavor da morte;
 Mesmo sabendo que as alegrias
da vida são efêmeras e transitórias,
devemos saber gozá-las como dons
temporários.
O Desapego
 Devemos ser alegres e serenos,
permanecendo, entretanto, livres e
desapegados interiormente;
 Conquistar o desapego conduz o
homem a despertar em si a
consciência do Expectador. É essa
consciência que abre a estrada para a
ulterior realização da consciência do
Eu.
O Desapego
 Enquanto estivermos presos pelo
turbilhão dos desejos, num tumulto de
infinitas vozes, num marasmo
nebuloso, é um absurdo pensar ou
esperar que possamos realizar a
consciência do verdadeiro Eu;
 Poderemos perceber a verdadeira
essência espiritual que há em nós
quando não formos mais presas do
apego e do desejo.
O Desapego
 Para atingirmos tal desiderato,
temos que começar por uma
análise profunda para descobrir
em qual dos três veículos existe
maior apego;
 Alguns podem estar apegados aos
bens físicos, às comodidades , luxo
e conforto físico.
O Desapego
 Outros podem estar mais apegados no
campo emotivo e afetivo, com
sentimentos fortes e excessivos que
provocam ciúme, agitação e perturbação
contínua. Se apegam demais às pessoas
queridas;
 Outros ainda podem ter mais apegos no
corpo mental inferior como ambição,
orgulho, desejo de fama, senso de
superioridade, exagerada estima da
razão e da inteligência etc.
O Desapego
 Identificamos nossos apegos quando
olhamo-nos no espelho, como um
expectador que observa a parte de
nós que age;
 Temos que reencontrar em nós o
centro fixo e sólido que não muda
jamais e que nos dá o sentido de
nossa identidade, o “eu” livre de seus
conteúdos psíquicos.
O Desapego
 Uma prática útil para formar em nós a
consciência do “eu” desapegado de seus
conteúdos psíquicos e não identificado
com os três veículos é o exame noturno;
 Tal exame, feito regularmente todas as
noites ou em qualquer outro momento
do dia, depois de uma oportuna
preparação interior com relaxamento e
calma que nos leva acima da
personalidade, é uma prática
indispensável para o aspirante espiritual.
O Desapego
 Somente com o exame noturno formar-se-á
aquele ponto intermediário entre a
personalidade e o Eu, que não é mais a
consciência da personalidade e não é ainda a
consciência do Eu;
 É o ponto onde se forma a consciência do
observador silencioso, do Expectador
desapegado e que lhe dá a possibilidade de
observar desapaixonadamente a sua
personalidade, de não se identificar com os seus
veículos e de se sentir completamente “senhor”
das energias inferiores, que lhes são próprias.
O Desapego
 Desapego não é indiferença e
frieza, é profunda serenidade e
calma interior, trespassada de
amor, compreensão, alegria,
energia e força;
 O desapego é o comportamento
de todo aquele “que sabe”, que
está livre das ilusões da forma.
O Desapego
 Ausência de paixão (ou desapego
ou vairagya) é a consciência de ser
“senhor” por parte daqueles que
se libertaram do desejo por
qualquer objeto visto ou
imaginado....SutraYoga de Patanjali
O Desapego
 Cultivemos a cada momento do nosso
dia, em cada atividade ou momento
de provação, um senso de liberdade
interior, um comportamento calmo e
sereno. Preservemos a consciência do
Expectador, invocando sempre nosso
Eu para que nos faça atingir o
desapego e nos faça conhecer a paz
daqueles que, mesmo estando no
mundo,“vivem no eterno”.
VII
O SILÊNCIO
O Silêncio
 Nós do mundo ocidental raramente
sabemos retirar luz e força do
silêncio;
 O silêncio pode parecer um vazio,
uma escuridão para aqueles que
vivem imersos na personalidade, no
mundo objetivo e que jamais
provaram a vibração que provém dos
níveis espirituais.
O Silêncio
 O profundo significado do silêncio só é
sentido por aquele que já sente, ainda
que inconscientemente, a influência
do Eu espiritual;
 O silêncio não é apenas o
emudecimento da palavra, do som
físico. É também o apaziguamento
das emoções, desejos e sentimentos e
calma absoluta da mente e dos
pensamentos.
O Silêncio
 Somente com o apaziguamento
completo dos três veículos é que
poderemos ouvir a “voz sem som”, a
“voz do silêncio”, que é a voz de
nosso Eu, de forma cada vez mais
clara e nítida;
 Mas devemos passar por várias fases
de silêncio antes de atingirmos o
verdadeiro silêncio. Aquele que abre a
porta do mundo da realidade.
O Silêncio
 O primeiro passo é dado no plano
físico com o domínio da palavra;
 Os discípulos de Pitágoras
observavam silêncio absoluto por dois
anos como prova de autodomínio;
 Em muitas Tradições e Ordens
Espirituais existe a regra da
observação do silêncio.
O Silêncio
 Há no domínio da palavra um
significado oculto profundo que não é
apenas de valor moral mas, também,
e principalmente,“mágico”;
 Toda vez que falamos emanamos
energia, vibração dependendo da
natureza e qualidade de nossas
palavras. Com isso, quando falamos,
dispersamos energia continuamente.
O Silêncio
 O silêncio é, assim, conservação de
energia;
 Quando temos um plano traçado, não
devemos falar dele a ninguém
justamente porque falar dele dispersa
a energia que deve ser usada para
construir e manter a forma-
pensamento associada a esse plano.
O Silêncio
 Assim pode ocorrer que, ao se falar
de nosso plano, sua precipitação no
plano físico seja atrasada ou até
que não ocorra;
 Outro aspecto importante do
silêncio é que podemos usá-lo para
ajudar nossos semelhantes mais
ainda do que com as palavras.
O Silêncio
 Frequentemente, as palavras são
inadequadas ou mesmo
desagradáveis, enquanto a vibração
pura da nossa compaixão, do nosso
amor, pode atingir o objetivo sem
obstáculos e sem causar reações;
 Há situações na vida que só podem
ser resolvidas com o silêncio.
O Silêncio
 É um silêncio ativo, construtivo,
radiante, que age quando a
personalidade inteira se cala;
 Quando os lábios emudecem, as
emoções se aquietam, os
pensamentos param, aí, então,
outra coisa fala em nós.
O Silêncio
 Quando silenciamos desse modo,
pode nosso Eu falar direto ao Eu
de outro e a ajuda pode assim se
dar por meios inexplicáveis mas
eficazes;
 Cale como personalidade e opere
como Eu Superior. Só assim obterá
resultados.
O Silêncio
 Só quando o número de palavras
normalmente ditas for reduzida e
for aprendida a prática do silêncio,
será possível à palavra exercer seu
poder no plano físico;
 O silêncio nutre a palavra que
quando proferida é então cheia de
poder e atração.
O Silêncio
 O som tem um grande poder e o
homem o usa indiscriminadamente,
quase sempre de maneira nociva;
 A cada palavra corresponde uma
energia sonora e corresponde
também um sentimento, um
pensamento que também são
energias que se propagam e tendem
a criar resultados no plano físico, sem
contar o aspecto moral da palavra.
O Silêncio
 Todas as palavras egoístas, maliciosas,
cruéis, de ódio destroem os vacilantes
impulsos do Eu e cortam as raízes da
vida;
 Enquanto não tivermos conquistado o
autodomínio e o discernimento, é
melhor reduzir o número de palavras
e aprender a calar o máximo possível.
O Silêncio
 Fale somente quando o que for dizer for
verdadeiro, amável e útil;
 Pelo menos duas vezes ao dia deveríamos ter
alguns minutos de solidão e recolhimento
para nos dedicarmos à prática do silêncio;
 As múltiplas vozes de nossa natureza inferior
emudecerão somente quando houver a
completa “rendição” da personalidade, após o
conflito final entre o Eu e seus instrumentos.
O Silêncio
 Conflito árduo, tempestuoso em que as
forças de involução se unirão contra as
forças da Luz;
 Esse conflito poderá suceder-se em níveis
inconscientes da psique mas,
superficialmente, manifestar-se como um
estado de sofrimento, de depressão, de
mal estar profundo, de infelicidade, de
cansaço, de desgosto pela vida e, às
vezes, como verdadeiras doenças físicas.
O Silêncio
 Terminado o conflito, com a redenção
da personalidade, segue uma calma
profunda, um silêncio completo que
preludia um maravilhoso e misterioso
evento, o despertar do Eu, o abrir-se
do ouvido interior à sua voz que
finalmente poderá ser ouvida pelo
aspirante.
O Silêncio
 “Espere que a flor desabroche no silêncio
que segue à tempestade, não antes”....Luz no
Caminho;
 E no silêncio profundo acontecerá o evento
misterioso que prova que o caminho foi
encontrado;
 Entretanto, podemos provar momentos
vivificantes desse silêncio mágico, mesmo
antes desse evento, e utilizar os seus poderes
e a sua força para tornar nossa vida mais
harmônica e útil, tanto pessoal quanto
espiritualmente.
O Silêncio
 Aprendamos a compreender a
força da ação silenciosa, do serviço
tácito, do We-wei, a ação sem ação
dos hindús, que nos abrem a
nascente das energias que jazem
inaproveitadas em nós.
2ª PARTE
PARTE PRÁTICA
VIII
A MEDITAÇÃO
O Relaxamento Físico
A Meditação – O Relaxamento Físico
 Vamos ver os métodos, exercícios e
técnicas de treinamento interior
aptas a preparar a personalidade
para torná-la um canal das
energias espirituais e criar em nós
a vibração mais elevada e pura
que poderá contribuir com o
despertar da consciência superior.
A Meditação – O Relaxamento Físico
 A técnica por excelência nesse caso é
a MEDITAÇÃO;
 Meditação é a ciência do treinamento
interior;
 A meditação, ao contrário da prece
que parte do corpo emotivo e usa o
desejo, parte do corpo mental e usa a
vontade para atingir seu objetivo.
A Meditação – O Relaxamento Físico
 A prece, em seu mais alto grau, forma
o místico. A meditação, ao contrário,
forma o ocultista;
 A verdadeira meditação oculta implica
uma série de exercícios técnicos, de
práticas e de treinamentos dirigidos
ao campo das energias psíquicas, que
requerem diversos anos de exercícios
e certo grau de desenvolvimento
mental.
A Meditação – O Relaxamento Físico
 A meditação é criativa, movimenta
energias, produz efeitos definitivos,
transmutações; suscita e evoca forças
latentes e adormecidas, destrói
negatividades e constrói qualidades
positivas. Muda completamente nossa
vida;
 Está estreitamente ligada à formação
do caráter.
A Meditação – O Relaxamento Físico
 A meditação sempre eleva a
vibração e atrai energias
superiores;
 Os efeitos podem-se manifestar
com atraso e o trabalho e a
penetração das forças espirituais
são quase sempre inconscientes.
A Meditação – O Relaxamento Físico
 Não estamos conscientes do que
se passa no profundo de nós
mesmos. Mas, de repente, tais
resultados se manifestam, quando
menos pensamos neles;
 A meditação é uma verdadeira
ciência e técnica de melhoramento
e purificação da personalidade.
A Meditação – O Relaxamento Físico
 Cada uma de suas fases tem um
significado e um objetivo bem
precisos que produzem efeitos
determinados em nossa
personalidade;
 A primeira fase é o alinhamento,
que se subdivide em inferior e
superior.
A Meditação – O Relaxamento Físico
 O alinhamento inferior é aquele dos três
corpos da personalidade que são levados,
com estratagemas apropriados, a uma
temporária coordenação e sintonização e
são mantidos sob controle da mente com
um esforço da vontade, em calma, silêncio e
relaxamento;
 Este alinhamento, mesmo que momentâneo,
abre um canal para o afluxo das energias
anímicas.
A Meditação – O Relaxamento Físico
 O alinhamento superior é aquele
da personalidade com o Eu;
 Obtém-se o alinhamento inferior
fazendo primeiramente o
relaxamento do corpo físico,
tranquilizando depois o corpo
emotivo e atingindo, por último, o
silêncio mental.
A Meditação – O Relaxamento Físico
 O relaxamento físico deve diluir
toda a tensão, relaxar cada
músculo a fim de que deixar o
veículo físico num estado de
completa quietude que permita à
nossa consciência abstrair-se
totalmente dele.
A Meditação – O Relaxamento Físico
 A mente deve poder introverter-se
para o mundo psíquico, sem ser
perturbada por sensações físicas;
 Nesse estado de quietude também as
energias do corpo etérico poderão
circular mais harmônica e livremente,
sem criar obstruções e congestões
que resultam em indisposições e
sensações desagradáveis.
A Meditação – O Relaxamento Físico
 O bom relaxamento pratica-se
deitando-se em posição supina numa
cama ou no chão e relaxando-se
todos os músculos;
 Perscrute com a mente todo o corpo,
relaxando cada parte dele, até a
menor delas;
 Com a prática o relaxamento será
cada vez melhor.
A Meditação – O Relaxamento Físico
 O estado de tensão constante
desgasta nossas energias prânicas. O
relaxamento completo restaura e
restabelece a circulação prânica no
corpo etérico e, consequentemente, a
energia vital pode, com liberdade, fluir
por todo o corpo físico vivificando-o e
restaurando todos os pontos
debilitados.
A Meditação – O Relaxamento Físico
 Por isso é necessário se fazer
alguns momentos de relaxamento
quando se está muito cansado, o
que tem mais eficácia do que
várias horas de um sono agitado.
A Meditação – O Relaxamento Físico
 Com o relaxamento e a harmonização
de nossas correntes prânicas nosso
corpo fica num estado de calma e
tranquilidade completa. As energias
anímicas encontrarão então um
invólucro calmo, receptivo e nele
poderão fluir livremente, purificando-o,
harmonizando-o e praticando, aos
poucos, a obra de sublimação e
transmutação de nossa matéria física.
IX
A MEDITAÇÃO
A Aquietação Emotiva
A Meditação – A Aquietação Emotiva
 O corpo emotivo reflete o segundo
aspecto da Mônada e do Ego, o
Amor;
 Muitas encarnações são
necessárias antes que o corpo
emotivo do homem possa se tornar
um límpido refletor e transmissor
da energia do Amor do Ego.
A Meditação – A Aquietação Emotiva
 A matéria astral do corpo emotivo
é fluída, mutável, sensibilíssima e
está aberta à todas as influências
e vibrações do exterior (dos outros
dois veículos da personalidade e
dos veículos das outras pessoas e
do plano astral em geral).
A Meditação – A Aquietação Emotiva
 Antes que o homem possa regular
essas influências, repelindo as
negativas , aceitando as positivas, e
possa dirigir a receptividade do
corpo emotivo para o Eu, deve-se
tornar consciente de sua meta,
desenvolvendo o corpo mental, a
vontade e o autodomínio.
A Meditação – A Aquietação Emotiva
 No corpo emotivo há o amor
pessoal como uma nota
dominante, com todos os seus
aspectos derivados, positivos e
negativos (amor e ódio, atração e
repulsão, simpatia e antipatia,
benevolência e inveja e ciúme).
A Meditação – A Aquietação Emotiva
 O corpo emotivo do homem
comum está em contínua
agitação e movimento e deve ser
acalmado e aquietado para a
prática da meditação;
 As ondas emotivas obstaculizam
as energias do Eu e ofuscam a
mente.
A Meditação – A Aquietação Emotiva
 O corpo emotivo, durante o
alinhamento, deveria estar calmo,
sereno, recolhido para o alto e límpido
como um cristal;
 A aquietação emotiva alcança-se de
muitas maneiras e por vários
métodos, que diferem de pessoa para
pessoa, conforme seu temperamento,
grau evolutivo, polarização etc.
A Meditação – A Aquietação Emotiva
 A meditação só é possível para aquele
que tem um mental já bem desenvolvido,
com força mental, presença de vontade e
capacidade de autodomínio;
 Se o corpo emotivo não for dominado,
estará sempre em movimento, com um
conjunto de vibrações, de sensações e de
reações muito comuns em corpos
emocionais desenvolvidos e ainda não
dominados.
A Meditação – A Aquietação Emotiva
 Outro obstáculo presente no
veículo emotivo é o estado de
tensão, de congestão que pode
vir a se formar provocando uma
sensação de angústia, de
preocupação e de mal-estar sem
uma causa aparente.
A Meditação – A Aquietação Emotiva
 Isso ocorre quando há no nosso
subconsciente algo que nos
perturba, nos agita sem que
estejamos conscientes disso e que
congestiona as energias emocionais
que, não podendo fluir livre e
harmonicamente, nos causa
sensação de tensão e angústia.
A Meditação – A Aquietação Emotiva
 Tal estado de tensão é um obstáculo
no alinhamento porque absorve toda
a nossa atenção e atrapalha a mente;
 Desejos, paixões e emoções pessoais
também são um empecilho e devem
ser aquietadas e acalmadas, ainda
que por um período definido para a
prática da meditação.
A Meditação – A Aquietação Emotiva
 A aquietação emocional duradoura se
seguirá como resultado da prática
constante, séria e repetida da
meditação cotidiana;
 O bom relaxamento físico como
primeira fase do alinhamento é uma
boa preparação do terreno para uma
boa aquietação emocional. A fluição das
correntes etéricas acalma o sistema
nervoso que se reflete nas emoções.
A Meditação – A Aquietação Emotiva
 Uma maneira de se aquietar o
corpo emocional é por meio da
imaginação, procurando visualizar
imagens que suscitem calma,
serenidade, quietude;
 A imagem de um lago calmo nas
montanhas ou de um céu azul e
sereno são bastante eficazes.
A Meditação – A Aquietação Emotiva
 Pessoas volitivas podem aquietar o
emocional por meio de afirmações
de frases adequadas: “A paz e a
quietude reinam em meio corpo
emocional” ; “Toda emoção se
esvai, todo sentimento se aquieta”;
 Essas frases devem ser ditas com
força e convicção.
A Meditação – A Aquietação Emotiva
 Os corpos da personalidade se
influenciam mutuamente. Em
especial o corpo mental influencia
muito o emocional, dando às
emoções constância, estabilidade e
profundidade.
X
A MEDITAÇÃO
O Domínio da Mente no
Alinhamento
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento
 O corpo mental é formado nos sete
subplanos. O mental inferior é
composto de matéria dos quatro
subplanos inferiores e pertence à
personalidade e o mental superior é
composto dos três subplanos
superiores e pertence ao Eu;
 Assim, o corpo mental é cindido em
duas partes.
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento
 Até que o homem, através de muitas vidas,
de meditação constante, construa uma
“ponte” entre essas duas partes, podemos
dizer que existem duas unidades mentais
distintas. E a superior está tão acima de
nossa percepção, que é como se não
existisse em nós. Ela é a sede da intuição
cognitiva mais alta;
 Tenhamos então sempre à mão essa
natureza dúplice da mente.
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento
 A mente pode assim ser dirigida
para o mundo exterior objetivo e
para o interior ou subjetivo;
 O homem de mediana evolução só
põe em movimento seu
instrumento mental por meio das
sensações do exterior e pensa
apenas em conexão com objetos.
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento
 A mente superior é capaz de pensar
de maneira abstrata, de formular
ideias e conceitos abstratos,
impessoais e objetivos;
 E a mente superior pode ir ainda
mais alto. Pode abrir-se ao mundo
das intuições, dos conceitos universais,
tornando-se um meio de contato com
a Mente Universal.
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento
 A função da mente na meditação é a
de se tornar receptora das ideias do
Eu, de seus propósitos e planos;
 Para muitos , o domínio da mente é a
parte mais difícil do alinhamento;
 Domínio da mente significa tornar-se
senhor por completo do nosso
mecanismo de pensamento, de
maneira a poder guiá-lo como e
quando quisermos.
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento
 Domínio da mente significa ainda
saber discernir as influências emotivas
e as provenientes das sensações
físicas dos pensamentos verdadeiros;
significa libertar a mente de tais
influências e saber conduzi-la de
maneira independente, saber
concentrá-la à vontade em qualquer
ponto e usar sua faculdade de
raciocínio em qualquer direção.
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento
 No alinhamento que precede a
meditação, devemos, aos poucos,
apender a dominar a mente,
tornando-a um perfeito
instrumento da vontade;
 O primeiro passo é introverter a
atenção, voltando-a para o interior
(pratyahara);
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento
 As primeiras tentativas de domínio
da mente nos darão importantes
descobertas. A primeira delas é
que não usamos toda a mente,
mas uma pequena parte dela,
aquela mais mesclada por
emoções, instintos e desejos
(kama-manas).
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento
 Perceberemos aos poucos a
necessidade de desemaranhar o
verdadeiro pensamento de todas
as influências espúrias, libertá-lo
da névoa emotiva, tornando-o
receptiva à Luz.
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento
 Nós achamos que pensamos,
mas, na realidade, nada fazemos
senão exprimir conceitos
confusos, opiniões provindas de
influências externas, desejos que
acreditamos ser convicções etc.
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento
 Para usar a mente como órgão
de integração e controle da
personalidade devemos aprender
a pensar.
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento
 A segunda descoberta será que nos
conscientizaremos, por experiência
direta, de que há algumas coisa
acima dos pensamentos, acima do
nosso mecanismo mental, um centro
de consciência, uma vontade, uma
força que não é a mente mas
“alguma coisa” que pode dominá-la e
dirigi-la. Esse centro de consciência é
o reflexo do Eu na personalidade.
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento
 Essa experiência interior é um pouco
diferente de pessoa para pessoa, segundo
o temperamento ou tipo psicológico;
 Com o tempo e a prática, o senso de Eu
se tornará permanente;
 Essa descoberta do Eu separado, que não
é a mente, é uma grande ajuda e uma
grande força para podermos chegar a
dirigir e controlar a mente como
quisermos.
A Meditação – O Domínio da Mente
no Alinhamento
 Portanto, podemos dizer que a fase de
alinhamento dedicado à mente consta de
duas partes:
1) introversão da mente para si mesma e
contato com o mundo dos pensamentos;
2) domínio da mente através da vontade e
do seu uso na direção desejada (Dharana)
 Dharana ou concentração é a base sobre
a qual se apoia toda a meditação.
XI
A CONCENTRAÇÃO
A Concentração
 A mente dá a estabilidade, a consciência,
a firmeza de propósito e, ainda, a
possibilidade de poder traduzir em
conceitos e em pensamentos as
percepções recebidas;
 Só a aspiração não é suficiente. Pode
levar à insatisfação por não
conseguirmos compreender o profundo
significado das coisas ou ao êxtase com
um rápido e temporário contato com o
Eu.
A Concentração
 Só poderemos progredir realmente e
chegar a um contato estável com o Ego e
ter uma consciência clara e duradoura
da realidade quando substituirmos a
aspiração emotiva e o desejo por uma
decisiva e firme determinação de nos
tornar senhores de nossa mente de
modo a usá-la segundo seu verdadeiro
objetivo, isto é, ser a intermediária entre
o mundo e o Eu.
A Concentração
 A prece é possível a todos. A meditação
só é possível aos que estão polarizados
mentalmente;
 Todos os que se sentem prontos para
transmutar suas emoções em devoções
espirituais podem ser santos, mas nem
todos os homens podem ser
conhecedores, porque isso requer tudo o
que foi alcançado pelo Santo mais o uso
do intelecto e o poder de pensar, até
chegar ao conhecimento direto.
A Concentração
 Esse conhecimento direto é a
leitura espiritual, a faculdade de ler
com os olhos do Eu através de
todas as formas materiais, que não
passam de símbolos da realidade
divina.
A Concentração
 Antes que a mente possa se tornar o
órgão dessa leitura espiritual, ela deve
se tornar um perfeito instrumento do
pensamento, obediente à vontade, e
um límpido refletor das ideias do Eu.
E a isso se chega somente através da
concentração e, depois, da meditação.
A Concentração
 Concentração significa centrar todos
os pensamentos e conduzi-los para o
mesmo ponto, sem distrações,
divagações, eliminando tudo o que for
estranho ao objeto de nossa atenção;
 Patanjali nos Yoga-Sutras define
concentração como a fixação da
substância mental (chitta) sobre um
objeto particular.
A Concentração
 Podemos então definir concentração
também como uma intensificação da
atenção sobre um tema escolhido;
 A atenção pode ser involuntária (sem
força de vontade) e voluntária (com
força de vontade), mas é natural e
espontânea;
 A concentração do pensamento faz
com que ele se torne muito mais
intenso, profundo e vigoroso.
A Concentração
 A concentração não serve apenas
como meio de domínio e controle da
mente, mas também como meio de
desenvolvimento e de reforço de seu
poder;
 A mente sempre reage negativamente
às primeiras tentativas de domínio e
reorganização.
A Concentração
 O aumento de sua fluidez ocorre porque
a mente não está habituada a ser
controlada e porque, ao nos
concentrarmos mentalmente, é natural
que se forme uma polarização mental
mais intensa, isto é, as forças da nossa
personalidade alinham-se e afluem para
a mente, produzindo um aumento das
energias intelectivas que, ainda não
dominadas e organizadas, irrompem aqui
e ali de forma caótica.
A Concentração
 Esse é o primeiro obstáculo à
concentração e que, depois, se
transforma em riqueza e eficiência
mental;
 Outro obstáculo comum é a
divagação da mente ao ser
perturbada por pensamentos
inoportunos que se infiltram na
mente.
A Concentração
 Devemos aprender a não nos
deixar distrair por tais
pensamentos durante a
concentração;
 A concentração é um estado de
intensa atividade mental;
 Patanjali, nos Yoga-Sutras, diz que a
concentração tem sete estágios.
A Concentração
1 – Escolha do objeto sobre o qual se
concentrar;
2 – Retirada da consciência mental do
mundo externo;
3 – A consciência concentra-se e fixa-se no
centro entre as sobrancelhas;
4 – A mente fixa-se e a atenção se dirige
exclusivamente para o objeto escolhido;
A Concentração
5 – A visualização ou percepção
imaginativa de tal objeto e o raciocínio
lógico sobre ele;
6 – A extensão dos conceitos que foram
formulados, passando do especifico e
particular para o geral e universal;
7 – A procura daquilo que está por trás da
forma escolhida como objeto de
concentração, isto é, a ideia que a produziu.
A Concentração
 Este procedimento eleva
gradativamente a consciência e
permite transferir-se do lado forma
para o lado vida da manifestação;
 Os objetos de concentração podem
ser os mais variados, começando
por objetos físicos até atingir
conceitos abstratos e elevados.
A Concentração
 Para os principiantes, cuja
finalidade é atingir o domínio da
mente, o tipo de objeto de
concentração não têm
importância, sendo apenas um
meio para se alcançar a meta.
A Concentração
 Quando se tiver adquirido certo
controle sobre o mecanismo do
pensamento e certa facilidade
em concentrar a mente, aí sim,
poderá se pensar em escolher
temas de utilidade formativa e
evocativa.
A Concentração
 Inicialmente o exercício será de verdadeiro
exercício de concentração; será uma
“chamada de atenção” pois nos
aperceberemos muitas vezes de ter
divagado e perdido de vista o tema. Então,
deveremos continuamente orientar a
atenção para a direção desejada;
 Nesse esforço contínuo de reconduzir a
atenção ao tema, obteremos os primeiros
resultados importantes:
A Concentração
a) fortalecimento da nossa vontade;
b) aumento do poder mental;
c) aumento da eficiência na vida
cotidiana.
 O saber fazer uma coisa por vez é
o fator com conduz à eficiência e
ao sucesso.
A Concentração
 Todos os grandes homens, os gênios,
pesquisadores, estudiosos tiveram essa
firmeza de propósito, essa concentração,
esse poder de pensamento, essa intensa
faculdade de atenção, tanto no mundo
mental quanto nas ações;
 A concentração é o único meio adequado
e eficaz para se atingir o domínio da
mente para poder usá-la na meditação.
A Concentração
 Quando apontamos e fixamos a
consciência na cabeça consegue-se
um outro resultado importante
totalmente espontâneo: uma
momentânea integração dos três
veículos da personalidade.
A Concentração
 Se quisermos realmente aprender a
meditar, no sentido exato da palavra,
usando-a como uma verdadeira
técnica para entrar em contato com
nosso Eu, devemos passar “através do
fogo da disciplina”, ter paciência,
constância e perseverança e, aos
poucos, tomar em mãos o nosso
mecanismo do pensamento com
exercícios regulares de concentração.
A Concentração
 Os exercícios de concentração,
para serem eficazes, devem ser
feitos regularmente, todos os dias,
pelo menos por alguns minutos;
 A prática diária e constante forma
o ritmo que tem oculto um valor
real e uma verdadeira utilidade.
A Concentração
 Todos os dias, mesmo que não nos
apercebamos, conseguimos certo resultado
e, se interrompermos o ritmo, tal resultado
se perde e teremos que começar de novo;
 Todo exercício promove transformações
dentro de nossa mente, mesmo que leves
e insensíveis e a regularidade é a única
chave para tornar tais transformações
sempre mais profundas e estáveis.
A Concentração
 A regularidade só é difícil no começo
pois aos poucos se forma o hábito
interior e o ritmo se estabelece
espontaneamente;
 Na concentração só temos que
pensar em uma coisa por vez,
impedindo a mente de passar de um
tema para o outro, levando-a assim a
aprofundar, ampliar e estender o
tema desejado.
A Concentração
 É como se desenvolvêssemos um tema
com o pensamento, como se
escrevêssemos uma composição da qual
nos foi dado somente o título;
 Esse poder de aprofundar, de ampliar, de
estender uma ideia, um conceito serão
usados depois na verdadeira meditação,
na qual os temas serão escolhidos com
fins bem precisos e com propósitos
formativos ou cognitivos.
A Concentração
 A mente educada, regulada e
eficiente dá resultados admiráveis
uma vez que tem em si latente a
possibilidade de entrar em contato
com o Eu e com a Mente
Universal.
XII
O ALINHAMENTO COM O
EU SUPERIOR
O Alinhamento com o Eu Superior
 Realizado o alinhamento dos três
veículos inferiores, devemos passar à
fase mais importante da meditação: o
alinhamento com o Eu, o alinhamento
superior;
 Nossa personalidade é um
instrumento do Eu. Não é nosso
verdadeiro Eu, só um reflexo de nossa
verdadeira essência.
O Alinhamento com o Eu Superior
 Na meditação, tentamos fazer
aflorar à consciência ao menos um
vislumbre dessa realidade e
construímos um canal de
comunicação entre o eu inferior e
o Eu superior.
O Alinhamento com o Eu Superior
 O fio que liga à personalidade ao Eu, o
fio de sutratma, fio de energia dourada
que provém do Eu e passa pelos três
corpos inferiores, chegando ao corpo
físico, divide-se em dois ramos: um se
ancora no cérebro, na glândula pineal, e
ou outro desce até o coração. O ramo
da glândula pineal constitui o aspecto
consciência do Eu enquanto que o ramo
do coração constitui o aspecto energia.
O Alinhamento com o Eu Superior
 Estamos sempre ligados ao Eu
mas não estamos conscientes
dessa ligação;
 Ao fazermos o alinhamento
inferior, estamos aptos a receber as
energias superiores;
 A fase do alinhamento superior
consta de duas partes:
O Alinhamento com o Eu Superior
a) Fase da espera e de invocação;
b) Fase de visualização da Luz e da
energia que afluem à mente.
 Não há apelo da personalidade
que não tenha resposta por parte
do Eu, mesmo que muitas vezes
não estejamos conscientes dessa
resposta.
O Alinhamento com o Eu Superior
 Mas a resposta também pode ser
muito maior que a esperada;
 A resposta e o afluxo de energia
podem também ocorrer muito
mais tarde, dias depois e pode
ainda tomar a forma de uma
“lenta penetração semelhante à
osmose numa substância porosa.
O Alinhamento com o Eu Superior
 Às vezes a resposta do Eu é
bloqueada pela condição em que se
encontram os nossos três veículos: se
eles ainda estão imperfeitos e
impuros, havendo portanto vibrações
baixas, não poderão ser sensíveis às
elevadíssimas vibrações provenientes
do nível Egóico.
O Alinhamento com o Eu Superior
 O alinhamento é principalmente uma
questão de vibração. Quando tivermos
construído em cada um dos três corpos
inferiores, matéria suficiente do terceiro
sub-plano (cada plano de cada veículo se
divide em sete sub-planos, sendo o
sétimo o mais denso), então o Eu
começará conscientemente e sempre
com maior estabilidade, a funcionar
através da personalidade alinhada.
O Alinhamento com o Eu Superior
 O Eu vibra nos três sub-planos superiores do
plano mental;
 Portanto a obra da autotransformação é
fundamental para o contato com o Eu
Superior;
 A meditação, se feita seriamente, leva ao
desejo natural de melhorar a si próprio e de
elevar-se. A penetração da energia do Eu,
lenta e gradualmente, age como um
fermento, como um impulso interior para o
crescimento espiritual.
O Alinhamento com o Eu Superior
 O alinhamento com o Eu não é difícil e
absurdo. Esse é o comportamento correto,
verdadeiro e real de todo homem e deveria
ser o único objetivo da vida: procurar realizar
a própria natureza divina e colaborar com o
plano evolutivo;
 Se, pelo contrário, vivermos como autômatos
sonolentos, ou pior, se seguirmos os impulsos
inferiores, estaremos bloqueando nossa
ascensão e, num certo sentido, estaremos
andando contra a corrente”.
O Alinhamento com o Eu Superior
 Nada pode impedir que, mais cedo
ou mais tarde, haja o contato com o
Eu;
 O alinhamento com o Eu se dá com o
silêncio da mente concreta e depois,
com a direção da mente para o alto,
em atitude de espera e receptividade.
A essa altura podem-se usar dois
métodos:
O Alinhamento com o Eu Superior
a) Invocar o Eu para que faça afluir
sua Luz sobre nós;
b) Afirmar com força que somos o Eu
e não a personalidade.
 Cada um poderá escolher o
método segundo seu
temperamento e tipo psicológico.
O Alinhamento com o Eu Superior
 Existem disponíveis na literatura
muitas invocações e afirmações que
poderão ser escolhidas à vontade do
praticamente;
 Com isso estaremos formando uma
ponte, um canal de comunicação
através do qual as energias espirituais
poderão fluir em liberdade e
transformando nossos veículos em
instrumentos de serviço para o Eu.
O Alinhamento com o Eu Superior
 Devemos nos lembrar que todo
trabalho de penetração e de
manifestação do Eu se dá na
personalidade “inconsciente” e que a
maior parte de nossas maturações,
dos ajustamentos e das ampliações
da nossa consciência se realiza sem
que nos apercebamos.
O Alinhamento com o Eu Superior
 Assim como existe uma esfera
subconsciente, onde se desenvolvem os
conflitos, as elaborações e adaptações
referentes à vida instintiva e afetiva da
personalidade, existe também todo um
mundo Supraconsciente, onde estão
armazenados os nossos melhores
impulsos, as nossas aspirações, os nossos
ideais inexprimidos, as nossas qualidades
superiores latentes e as nossas
possibilidades de elevação.
O Alinhamento com o Eu Superior
 Quando fazemos o alinhamento, aos
poucos alargamos nossa esfera de
consciência limitada e anexamos-lhe
seções sempre mais amplas do
Supraconsciente, afluindo em nós
qualidades de altruísmo, generosidade,
sacrifício, sentimentos impessoais e
universais, intuições de verdades
amplas, energias latentes do bem.
O Alinhamento com o Eu Superior
 Tudo isso forma, aos poucos, uma
“segunda consciência” que aflora
apenas nos momentos de meditação,
de silêncio e de emergência; mas essa
consciência, mesmo que intermitente,
torna-se real e verdadeira e é como
uma força interior a qual podemos
nos dirigir todas as vezes que
precisamos.
O Alinhamento com o Eu Superior
 Essa é a maravilhosa realidade que
aos poucos descobrimos: o auxílio
divino, a força espiritual, que não
precisamos buscar nos outros ou
no mundo exterior, mas dentro de
nós.
FIM

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Do Eu Inferior ao Eu Superior: O caminho espiritual

  • 1. Do eu Inferior ao Eu Superior
  • 2. Objetivo daVida “Manifestação do Espírito oculto sob os invólucros da matéria com a qual se identifica”
  • 3. Sumário  O Caminho a Percorrer  Reconhecendo os Obstáculos  Integração da Personalidade  O Problema da Ilusão  A Imaginação como Técnica Espiritual  O Desapego  O Silêncio  A Meditação: O Relaxamento Físico  A Meditação:A Aquietação Emotiva  A Meditação: O Domínio da Mente  A Concentração  O Alinhamento com o Eu Superior
  • 4. 1ª PARTE OBSTÁCULOS À NOSSA UNIÃO COM O EU SUPERIOR
  • 6. O Caminho a Percorrer  Aquilo que é sofrimento para a personalidade é júbilo para o Espírito;  A personalidade é movida por desejos egoístas enquanto o Espírito é movido pelo Amor e peloTodo;  Identificação com a personalidade leva à ilusão da separatividade e apego ao mundo das formas.
  • 7. O Caminho a Percorrer  A identificação com a personalidade leva à escravidão dos instintos, desejos e ambições e ao sofrimento por jamais poder satisfazê-los;  Com a dor acaba-se por aprender que somente a renúncia às coisas desejadas e adquiridas pode levar à paz e à felicidade.
  • 8. O Caminho a Percorrer  A única coisa importante em nossa vida, o único escopo para o qual devemos viver e para o qual estamos encarnados é nos tornarmos conscientes e “unos” com nosso Eu Superior.
  • 9. O Caminho a Percorrer  Isso pode ser feito sem abandonarmos o mundo e mesmo sem mudar nossas atividades sociais;  A transformação deve ser essencialmente interior, um “deslocamento do nível de consciência” de modo a agirmos nos três mundos em função do objetivo único.
  • 10. O Caminho a Percorrer  Assim, todas as nossas ações, experiências, obrigações e dores se tornam apenas meios para atingirmos a UNIÃO;  Tudo em nossa vida se torna uma OPORTUNIDADE DE PROGRESSO ESPIRITUAL!
  • 11. O Caminho a Percorrer  A repolarização não é fácil já que temos estado muitas vidas polarizados na personalidade, imersos no caleidoscópio do mundo das formas;  Assim, como primeiro estratagema, além de refletirmos sobre a verdadeira natureza do Eu, devemos desenvolver uma aspiração afetiva, um profundo desejo de sentir e realizar sua consciência.
  • 12.  Devemos procurar inicialmente sentir, ainda que superficialmente, o que é a vida do Eu Superior, suas qualidades de vibrações;  Para isso devemos usar a imaginação criativa, uma verdadeira técnica esotérica. O Caminho a Percorrer
  • 13.  A reflexão sobre o Eu nos ajuda a nos elevarmos e a mudarmos nossa postura frente ao mundo;  Inicialmente é difícil saber “consistir no ser”, já que temos vivido exclusivamente voltados para o mundo exterior das formas, emoções e pensamento. O Caminho a Percorrer
  • 14.  Emoções e pensamentos, via de regra, ocultam e impedem as atividades do Eu;  Então, primeiramente, temos que buscar aumentar a frequência com que fazemos pausas para momentos de recolhimento e silêncio a fim de reencontrar nosso centro de consciência. O Caminho a Percorrer
  • 15.  Assim, o segundo estratagema é: o cultivo de momentos de silêncio;  Esses momentos de silêncio não são ainda a meditação, mas uma preparação para ela;  Para as pessoas muito absorvidas pela vida cotidiana, mesmo curtos momentos de recolhimento interior são muito difíceis. O Caminho a Percorrer
  • 16.  Se quisermos que em nós cada ato, cada experiência, cada trabalho, cada sofrimento se transformem em Luz, em Sabedoria, e contribuam para o despertar da nossa consciência espiritual, devemos criar em nós esse “centro de consciência separado”, devemos vibrar num nível mais alto e continuar agindo nos três mundos com o mesmo dinamismo e esforço. O Caminho a Percorrer
  • 17.  “Esteja à parte numa batalha e, mesmo combatendo, não seja você o guerreiro”....Luz no Caminho;  Que nosso Eu seja o guia de todas as nossas intenções e ações;  Toda essa preparação é necessária para se iniciar no Caminho. O Caminho a Percorrer
  • 18.  Para aquele que conhece a verdadeira natureza do homem, a inércia não é perdoada;  Quem sabe que o homem é um ser essencialmente espiritual deve usar todas as suas forças e meios para, pouco a pouco, construir o Caminho que o levará ao seu verdadeiro EU. O Caminho a Percorrer
  • 19.  O ocultista não pode se limitar a desejar e rezar. Deve estudar, pesquisar, experimentar e querer;  Temos que ter ciente que tudo contribui para nossa realização, mesmo quando não estamos conscientes disso. O Caminho a Percorrer
  • 20.  A dor é sempre um fator de despertar espiritual, e muito eficaz;  Somente quando compreendemos o profundo significado e função da dor humana é que somos capazes de extrair dela todo bem e toda sabedoria que nos oferece. O Caminho a Percorrer
  • 21.  Quase sempre, o que é sofrimento para a personalidade é júbilo para o Eu e vice-versa;  Nosso Eu quer nos conduzir para uma direção e as forças da personalidade para outra, nascendo do atrito dessas duas tendências a DOR. O Caminho a Percorrer
  • 22.  A personalidade vive imersa na ilusão da separatividade, agarrada ao mundo das formas, escrava dos instintos, desejos e ambições que jamais consegue satisfazer;  A dor estimula e desperta o ser humano para a insatisfação da vida sensorial e estimula assim a renúncia às coisas desejadas e adquiridas. O Caminho a Percorrer
  • 23.  A dor pode parecer piorar os homens, mas, ao longo de muitas vidas, ela torna o homem cada vez mais consciente de seu destino;  A dor é como o fogo que separa a parte bruta do metal puro. Somente com a temperatura adequada é que o processo de transformação se inicia. O Caminho a Percorrer
  • 24.  Quando a pessoa começa a se tornar consciente da verdadeira finalidade da vida e se propõe a colaborar com a evolução e a reencontrar seu Eu, estímulos vindos de seu interior passam a auxiliar na jornada. O Caminho a Percorrer
  • 25.  Desse ponto em diante a caminhada se acelera, pois tiramos maior proveito das experiências externas que estimulam ainda mais nosso despertar interno. O Caminho a Percorrer
  • 27. Reconhecendo os Obstáculos  No caminho espiritual, para obtermos resultados positivos devemos ser objetivos;  Devemos também utilizar nossas tendências naturais e capacidades latentes;  Não devemos também adotar objetivos demasiado árduos.
  • 28. Reconhecendo os Obstáculos  Devemos ainda adequar nossa evolução espiritual ao modo ocidental de vida, voltado para a atividade e a racionalidade;  Isso significa viver no mundo, sem abandonar sua luta, sem procurar a evasão, mas sem jamais perder de vista a meta interior e utilizar tudo para sua realização.
  • 29. Reconhecendo os Obstáculos  Assim, devemos evitar a criação de dois compartimentos separados entre nossa vida pessoal, social, profissional e a nossa vida interior, espiritual;  Devemos procurar estabelecer em nós uma contínua “presença”, um estado de consciência destacado da personalidade, que nos permita ver tudo em função de uma só meta: a realização do Divino em nós.
  • 30. Reconhecendo os Obstáculos  Isso é a “leitura espiritual”, a capacidade de ler aquilo que está escondido por trás dos acontecimentos da vida e das formas objetivas;  A leitura espiritual dos acontecimentos da vida objetiva, o decifrar destes como símbolos que escondem a realidade profunda, se desenvolve com a intuição, o que exige que nossa consciência esteja focalizado no Expectador.
  • 31. Reconhecendo os Obstáculos  Na Índia há quatro métodos de Yoga ou união com o Eu: Karma, Bhakti, Jnana e RajaYoga;  Karma Yoga é a via da união com o Eu por meio da ação (plano físico);  Bhakti Yoga é a via da devoção ao Divino ou qualquer Ser superior (plano emocional).
  • 32. Reconhecendo os Obstáculos  Jnana Yoga é a via do conhecimento superior (plano mental);  Raja Yoga é a via de união por meio da concentração, da meditação e da contemplação (samadhi).
  • 33. Reconhecendo os Obstáculos  Os primeiros três yogas são para aqueles ainda inconscientes de sua verdadeira natureza e destino;  O Raja Yoga é praticado por aquele que despertou, que conhece a meta e trabalha conscientemente para sua autoformação.
  • 34. Reconhecendo os Obstáculos  Aqueles que começam a querer percorrer voluntariamente o caminho que leva à realização do Eu deixam de percorrer o caminho mais fácil (mais adequado ao temperamento) e procuram utilizar todos os seus veículos e energias em direção à meta. Iniciam assim o yoga síntese ou PurnaYoga.
  • 35. Reconhecendo os Obstáculos  As várias fases do desenvolvimento consciente do aspirante espiritual são, segundo Patânjali: 1) Aspiração à realização do Eu 2) Reconhecimento dos obstáculos 3) Compreensão da natureza do que impede nosso desenvolvimento 4) Determinação para eliminar os obstáculos 5) Repentino lampejo ou súbita visão da realidade do Eu 6) Forte determinação de fazer daquela visão uma realidade permanente 7) Batalha final com a personalidade (batalha de Kurukshetra)
  • 36. Reconhecendo os Obstáculos  Fator essencial para iniciar o caminho de união com o Espírito é a Aspiração, o desejo ardente de atingir a meta da vida com todas as nossas energias;  Essa aspiração é particularmente fortalecida quando conseguimos alinhas os três princípios da personalidade: ação, emoção e inteligência;  A aspiração produz inspiração.
  • 37. Reconhecendo os Obstáculos  Portanto, é necessário que procuremos ver objetivamente se em nós existe uma verdadeira aspiração;  Não podemos iniciar o caminho sem a certeza de triunfar;  A reserva de energias, de entusiasmo, de confiança e fervor é essencial para o trabalho.
  • 38. Reconhecendo os Obstáculos  Assim, devemos acender dentro de nós o ardente fogo da aspiração pura e férvida;  Reconhecer os obstáculos e dificuldades que se postam entre nós e a meta é essencial no caminho.
  • 39. Reconhecendo os Obstáculos  As dificuldades e obstáculos são sempre causados pela personalidade e os veículos que a compõem;  Temos que compreender esses obstáculos, mesmo aqueles que não pertencem à presente encarnação. São os samskaras (sementes);  Patânjali destacou os obstáculos fundamentais: ignorância, senso de eu, o desejo, o apego e a aversão.
  • 40. Reconhecendo os Obstáculos  Ignorância ou avidya é a causa de todos os males. É o estado que nos leva a confundir o permanente com o ilusório;  Tal ignorância é inerente à natureza humana já que a Mônada, revestida de invólucros, acaba por se identificar com eles e se esquecer de sua verdadeira origem.
  • 41. Reconhecendo os Obstáculos  Avidya, tendo uma abrangência tão vasta e geral, é a fonte do segundo obstáculo, ou seja, o senso de eu, a identificação do conhecedor com os instrumentos do conhecimento.
  • 42. Reconhecendo os Obstáculos  O senso de eu é um obstáculo muito duro de superar. A personalidade é uma verdadeira força que se opõe à energia espiritual, engajando uma luta em todos os planos, até sua “rendição” final.
  • 43. Reconhecendo os Obstáculos  Essa luta é evitada pelo homem até que se dê seu primeiro contato com o Eu e passe a compreender a futilidade e inconsistência da vida na personalidade.
  • 44. Reconhecendo os Obstáculos  Outro obstáculo no Caminho é o desejo ou paixão, uma tendência extrovertida do espírito para a vida da forma;  Esse desejo pode ser o do prazer de um canibal naquilo que come, o amor de um homem por sua família, a admiração de um artista por seu trabalho ou a adoração do devoto pelo Cristo.
  • 45. Reconhecendo os Obstáculos  O desejo compreende desde os mais baixos, ligados às paixões e desejos, até os ligados aos ideais mais elevados;  Do ponto de vista do Eu, mesmo os desejos superiores constituem um obstáculo à completa consciência espiritual.
  • 46. Reconhecendo os Obstáculos  “Parece que o progresso da Alma está nessa passagem de um objeto desejado a outro, até que chega a hora em que a Alma é impelida em direção a si mesma e se encontra só. Ela exauriu todas as possibilidades de apego e até o instrutor parece tê-la abandonado. Resta então somente uma Realidade, a realidade espiritual, que é a própria Alma, voltando-se, portanto, o seu desejo para o interior. O desejo pelo mundo exterior exauriu-se e a Alma encontra, assim, o reino de Deus dentro de si” (Patanjali, Sutra Yoga, Livro II, pp 132-33, Ed. Nova Era)
  • 47. Reconhecendo os Obstáculos  O verdadeiro Caminho para Deus não está fora mas dentro do homem, caminho que se descobre quando se desprende de tudo e compreende a ilusão do mundo objetivo”
  • 48. Reconhecendo os Obstáculos  O ódio é o sentimento separatista inerente à personalidade, o sentimento oposto àquele natural do Eu, que é o do sentido de unidade;  A separação é chamada na “Voz do Silêncio” de a grande heresia, pois é a causa dos infinitos sofrimentos do homem.
  • 49. Reconhecendo os Obstáculos  A separatividade produz ódio, aversão, egoísmo, orgulho, espírito de crítica e todas as demais qualidades negativas associadas à falta de amor e fraternidade;  Como ainda não temos plena consciência do Eu, em cada um de nós ainda existe certa dose de ódio e incompreensão para com os outros.
  • 50. Reconhecendo os Obstáculos  O obstáculo da separatividade e do ódio somente poderá ser superado quando o Amor do Eu puder fluir livremente através de nossos veículos, dando-nos o sentido de união com todos.
  • 51. Reconhecendo os Obstáculos  O apego é outro obstáculo congênito no homem, pois é o “elemento dominante na manifestação divina” por exprimir a relação entre os dois opostos: Espírito e Matéria;  Não podemos nos libertar do apego até que tenhamos encontrado um equilíbrio entre os “pares de opostos” e descoberto o “Caminho estreito como o fio de uma navalha”.
  • 52. Reconhecendo os Obstáculos  Desejo e apego estão estreitamente ligados e devem ambos ser superados;  O completo desprendimento desses obstáculos não ocorre de uma só vez. É gradativo, e vamos continuamente nos desapegando do que é inferior e nos apegando ao que é superior.
  • 53. Reconhecendo os Obstáculos  Assim, o caminho evolutivo é feito de crises de superação e desapego, seguidas de apego ou aspiração por qualquer coisa mais elevada;  Somente com a consciência da unidade, quando a consciência inferior e superior estiverem unificadas, Espirito e Matéria como uma só coisa, é que o homem estará livre de apego.
  • 54. Reconhecendo os Obstáculos  Esses são os cinco obstáculos fundamentais, segundo Patanjali, e como são de natureza geral, cada um de nós os sentirá em maior ou menor intensidade;  Existem ainda em cada homem outros obstáculos de natureza particular e individual, dependendo de seu grau evolutivo, Raio dominante e temperamento.
  • 55. Reconhecendo os Obstáculos  Cabe a cada um descobrir seus obstáculos particulares, conhecendo a si mesmo;  Há obstáculos em nós tão enraizados que se tornam quase irreconhecíveis à nossa consciência;
  • 57. Integração da Personalidade  A personalidade é composta de três veículos ou corpos que devem ser o perfeito reflexo dos três aspectos do Eu:Vontade-Amor-Inteligência;  Esses três corpos evoluem e muitas são as diferenças dos graus de desenvolvimentos desses corpos entre os indivíduos.
  • 58. Integração da Personalidade  Nossa personalidade não pode ser chamada de “entidade independente” até que os três veículos pessoais estejam completamente desenvolvidos, formados. integrados e coordenados entre si.
  • 59. Integração da Personalidade  Na personalidade integrada, os três corpos funcionam coordenada e harmonicamente, colaborando entre si para um único fim;  Enquanto o senso de identidade pessoal ou consciência do Eu não estiver formado plenamente, os corpos poderão funcionar de maneira independente, como se cada um tivesse vontade própria.
  • 60. Integração da Personalidade  Sem ainda uma unidade de consciência pessoal, o homem tem a ânimo multíplice, identificando-se ora com um ora com outro veículo. É presa de seus estados psíquicos ao invés de ser senhor.
  • 61. Integração da Personalidade  Vai numa direção ou noutra conforme prevaleçam os impulsos instintivos (corpo vital), as emoções (corpo astral) ou ideias e formas- pensamento (corpo mental inferior);  Sua vontade é frágil e vacila continuamente entre um objeto e outro sem uma meta bem definida.
  • 62. Integração da Personalidade  Somente com uma meta elevada, com focalização e concentração de forças, pode-se criar a integração dos três veículos pessoais alinhados e coordenados pela vontade;  Neste ponto emerge a verdadeira personalidade que conserva uma energia peculiar, uma nota peculiar, uma força independente, que não é a soma das energias dos corpos, e que tem características e qualidades próprias.
  • 63. Integração da Personalidade  Sem meta, sem ideal, não pode existir uma verdadeira personalidade;  Somente a presença do fio integrador fruto de um ideal, de um propósito permite a integração dos veículos pessoais e a formação de uma verdadeira personalidade.
  • 64. Integração da Personalidade  Somente sob o comando da vontade, com um funcionamento organizado e harmônico, pode a personalidade ser um adequado canal do Eu;  A personalidade deve estar preparada para expressar o mais plenamente possível os atributos do Eu – Vontade/Amor/Inteligência.
  • 65. Integração da Personalidade  O contato contínuo da personalidade com o Eu só se dá quando há o alinhamento e integração dos veículos;  Não pode haver integração da personalidade quando existem deficiências no desenvolvimento em qualquer dos veículos.
  • 66. Integração da Personalidade  Portanto, para a integração, temos que desenvolver cada lado de nossa personalidade;  Há outra série de dificuldades que surgem depois de os três veículos estarem formados e desenvolvidos. São as “cisões”.
  • 67. Integração da Personalidade  Cisão é o contrário de coordenação, colaboração, harmonia e união;  Na personalidade podem haver cisões entre um veículo e outro e, às vezes, também no interior de um mesmo veículo.
  • 68. Integração da Personalidade  Essas cisões existem psicologicamente, na consciência do indivíduo;  Com a cisão, o indivíduo identifica-se separadamente ora com um ora com outro veículo, ligando-se por completo ao veículo que esteja identificado no momento, seguindo cegamente seus impulsos e obedecendo suas exigências, acreditando estar seguindo a vontade do seu eu.
  • 69. Integração da Personalidade  Ao se identificar com um veículo e depois com outro, o indivíduo pode ser portar como se fosse outra pessoa, pois pode acontecer de os impulsos, qualidades e desejos do segundo corpo ser absolutamente diversos dos do primeiro.
  • 70. Integração da Personalidade  As cisões podem ser tanto superficiais e temporárias quanto profundas e duradouras;  É como se no homem florescessem alternadamente duas ou mais personalidades, não só diversas, mas, com frequência, conflitantes.
  • 71. Integração da Personalidade  O indivíduo não é sempre igual a si próprio, não é coerente, não tem uma única fisionomia, mas é multíplice, faccionado;  Exemplos: homens de ciência, de mente clara e límpida, mas que afetivamente são inseguros e medrosos; pessoas práticas e eficientes profissionalmente, mas frágeis e inseguros na vida particular; indivíduos honestos e íntegros na profissão, mas que são emocionalmente egoístas cruéis ou cínicos.
  • 72. Integração da Personalidade  Cisões entre os veículos os impede de funcionar coordenada e harmonicamente criando penosas dificuldades e intensos distúrbios;  Cisões ocorrem se os Raios que influenciam os três corpos são de naturezas opostas, se o indivíduo não tem vontade diretiva e autodomínio sobre os corpos de sua personalidade ou se não existe o elemento integrador de um ideal, de uma meta a alcançar.
  • 73. Integração da Personalidade  Se um indivíduo estiver assim polarizado: corpo emocional de 2º Raio e corpo mental de 1º Raio, ele terá muita dificuldade para coordenar, harmonizar e integrar o corpo emotivo com o mental porque o 2º e o 1º Raios possuem características quase contrastantes e finalidades quase opostas.
  • 74. Integração da Personalidade  Enquanto estiver propenso a comportamentos amorosos, compreensíveis, inclusivos, construtivos devidos ao raio de seu corpo emocional, será, entretanto, impelido pelo Raio do corpo mental à prepotência, à rigidez, à destrutividade, ao isolamento, como se houvesse duas personalidades distintas aflorando alternadamente conforme sua polarização, no emotivo ou no mental.
  • 75. Integração da Personalidade  A pessoa que tem em sua psique qualquer cisão não é normalmente consciente desta, justamente porque não se formou nela aquele senso de auto-observação e de objetividade que emerge quando aparece a consciência do eu pessoal.
  • 76. Integração da Personalidade  Quando o homem se torna senhor dos seus veículos e das energias que os compõem, se torna capaz de servir-se delas para seu objetivo, usando-as de maneira equilibrada e coordenada de modo a cooperarem entre si, sem obstarem entre si. Terá, então, integrado sua personalidade.
  • 77. Integração da Personalidade  A integração da personalidade marca um momento evolutivo importantíssimo para o homem;  Ponto importante: nem sempre o desenvolvimento da personalidade é simultâneo e paralelo àquele interior e espiritual, apesar de ser necessário à formação do indivíduo e à sua futura obrigação de Servidor do Plano Divino.
  • 78. Integração da Personalidade  Às vezes podemos encontrar pessoas bem desenvolvidas e que atingiram a integração, mas que nada tem de espiritual;  Por outro lado, podemos encontrar indivíduos muito maduros espiritualmente e com personalidades truncadas, imperfeitas e falhas.
  • 79. Integração da Personalidade  Aqueles que atingiram a integração dos veículos pessoais sem ter desenvolvido, mesmo que de maneira primitiva, a intuição espiritual (caso comum nos países ocidentais) encontrar-se-ão diante de muitas dificuldades e a luta a ser travada por seu Eu Superior para conquistar seu instrumento será longa e árdua.
  • 80. Integração da Personalidade  A personalidade integrada, mesmo não sendo o verdadeiro Eu, mas somente um reflexo dele, é uma entidade muito forte, porém separatista, orgulhosa e rebelde;  A finalidade do Eu é muito diferente da finalidade da personalidade, uma altruísta, desinteressada e universal e a outra egoísta, interesseira e separatista.
  • 81. Integração da Personalidade  A luta entre o Eu e a personalidade é quase sempre inevitável, pois a última se rebela contra a luz do primeiro, acreditando que “entregar-se” significa seu fim e sua destruição;  Este é o drama do homem que se rebela contra aquele que é sua salvação.
  • 82. Integração da Personalidade  “Tem olhos e não veem, tem ouvidos e não ouvem”...Jesus;  Mas a personalidade é uma necessidade para o Eu Superior se desenvolver nos planos inferiores. Assim, deve o ser se desenvolver também “estruturalmente”, com seus corpos ou veículos de experiência e de expressão.
  • 83. IV O PROBLEMA DA ILUSÃO
  • 84. O Problema da Ilusão  A falta de visão, o ofuscamento da consciência, o estado de obscuridade da personalidade é outro obstáculo que se apresenta no Caminho;  A ilusão é o estado de consciência natural da personalidade porque ela própria é ilusória e vive no mundo do irreal.
  • 85. O Problema da Ilusão  A humanidade inteira é presa desta obscuridade, está envolvida por esse véu que ofusca a consciência;  Só quando a Luz do Eu começa a penetrar na mente e a intuição começa a despertar é que a ilusão, em seus vários aspectos, aos poucos se dissolve, diminui e desaparece para dar lugar à revelação e à compreensão da Realidade.
  • 86. O Problema da Ilusão  A ilusão deriva da identificação do homem com a forma e com o mundo objetivo; entretanto, ela se encontra em níveis evolutivos bastante altos, pois apresenta-se sob vários aspectos e se introduz na personalidade por vias insidiosas e obscuras.
  • 87. O Problema da Ilusão  Nas primeiras fases do Caminho evolutivo, o estado de imersão na ilusão não constitui um problema porque não somente é inevitável, mas, em certo sentido, útil;  A identificação do homem com seus veículos lhe dá o impulso para desenvolvê-los.
  • 88. O Problema da Ilusão  O homem não está ainda suficientemente maduro para operar sobre os corpos da personalidade;  Assim, por longas épocas, o homem, sem conhecer o verdadeiro e profundo significado da obra que está realizando e sem mesmo estar consciente daquilo que está fazendo, constrói os instrumentos que servirá ao seu Eu na realização de seus objetivos.
  • 89. O Problema da Ilusão  Somente no Caminho da Prova (ou da Purificação), começa o homem a desenvolver o discernimento entre o Real e o irreal, o Eu do não-eu, o permanente do transitório;  Neste ponto, a imersão na ilusão torna-se um verdadeiro problema e um obstáculo a ser superado porque o homem deseja a Luz e não pode vê-la.
  • 90. O Problema da Ilusão  A ilusão tem nome diferente em cada plano: - Plano etérico:“Maya” - Plano astral:“Ofuscamento” - Plano mental:“Ilusão”  A ilusão da personalidade integrada chama-se “Guardião do Limiar (ou Umbral)”
  • 92. O Problema da Ilusão  Maya ou ilusão no plano físico-etérico: o homem crê que seu “eu” é o corpo físico e que o verdadeiro mundo real é aquele percebido pelos cinco sentidos  Maya é o dar excessiva importância a tudo o que é material, às provas físicas, às experiências sensíveis, às sensações.
  • 93. O Problema da Ilusão  Em Maya, não sabemos distinguir o material do imaterial, não concebemos coisas além dos cinco sentidos;  Somente quando homem começa a ter consciência da dualidade existente entre ele e as forças, é que descobre a dualidade inicial entre o corpo físico denso e o corpo vital e aprende que o primeiro é o meio de contato no plano físico, o outro o instrumento de contato com as forças internas, com as energias e com os mundos do ser.
  • 94. O Problema da Ilusão  Maya torna-se um problema somente quando é reconhecida e nas primeiras fases da evolução;  Maya só é experimentada quando se está no Caminho porque ela impede cada passo que damos para a Luz e para a libertação, nos mantém ligados ao mundo das formas e não permite que percebamos a realidade interior.
  • 95. O Problema da Ilusão  É nessa fase que damos início às primeiras tentativas sérias de purificação física e em que se efetua a transmutação dos centros inferiores para os centros superiores;  Enquanto nossas energias estiverem localizadas nos centros abaixo do diafragma, não poderemos nos libertar de maya. Somente através da purificação e da transmutação deslocamos as energias para os centros superiores.
  • 96. O Problema da Ilusão  Maya será totalmente superada apenas quando o aspirante tiver aprendido a técnica da inspiração, que consiste na substituição das energias do corpo etérico pelas energias anímicas que afluem na meditação;  Tal substituição pode ocorrer inconscientemente sempre que o aspirante age com pureza de propósitos.
  • 98. O Problema da Ilusão  A ilusão no plano astral chama-se “ofuscamento” porque apresenta- se ao clarividente como uma névoa que ofusca a visão;  A humanidade em sua quase totalidade é presa do ofuscamento astral.
  • 99. O Problema da Ilusão  O corpo astral, quando não coligado ao Eu, produz estados emocionais, sentimentais de caráter pessoal que ofusca a visão, acarretam falsos juízos, influem nas faculdades mentais e fazem o homem submergir, sempre mais profundamente, no mundo da irrealidade.
  • 100. O Problema da Ilusão  O corpo emocional deveria ser apenas “o instrumento de sensibilidade” do homem, o límpido refletor do aspecto búdico do Ego, sem possuir uma atividade autônoma, independente;  O problema do ofuscamento emocional é, num certo sentido, mais difícil de ser resolvido porque ocupa um campo vasto e indeterminado, sendo de difícil reconhecimento.
  • 101. O Problema da Ilusão  O ofuscamento apresenta aspectos positivos que muitas vezes não se apresentam como características a serem superadas ou destruídas, mas como qualidades e virtudes;  A afetividade, o sentimentalismo, o “amor” humano, os apegos, a sensibilidade emotiva, a devoção etc. parecem ótimas qualidades mas escondem os mais perigosos estratagemas e mascaram qualidades negativas e personalismos.
  • 102. O Problema da Ilusão  A característica de quase todas as ilusões (em todos os planos) é a sermos inconscientes delas e de se apresentarem alteradas e camufladas à consciência do indivíduo sob o aspecto de virtudes e qualidades.
  • 103. O Problema da Ilusão  Os ofuscamentos emocionais parecem virtudes duramente conquistadas e são difíceis de ser descobertos “por causa das belas colorações que a névoa assume”;  Devemos aprender a discriminar a vibração do corpo astral da vibração do Eu.
  • 104. O Problema da Ilusão  Nessa tarefa somente a mente iluminada pela Mônada pode nos ajudar;  A técnica de dissolver o ofuscamento é a iluminação precedida de exercícios formadores de uma sólida e permanente polarização mental.
  • 106. O Problema da Ilusão  A palavra “ilusão” quando se refere ao plano mental tem um significado bem particular;  A ilusão mental se apresenta somente quando o aspirante tem certo grau de contato com o Eu, é sensível ao afluxo de ideias que provêm do plano anímico e tem sólida polaridade no corpo mental.
  • 107. O Problema da Ilusão  A ilusão mental pode significar a reação da mente não disciplinada ao mundo das ideias, do Eu, com o qual começa a tomar contato. A mente capta a ideia superior, mas ainda não purificada, a colore e altera, dando-lhe uma interpretação distorcida e “ilusória”.
  • 108. O Problema da Ilusão  A alteração da ideia ocorre devido: i) ao grau de desenvolvimento da mente; ii) à indeterminação da forma- pensamento; iii) ao tipo do Raio do Ego; Iv) à instabilidade do contato da mente com a ideia percebida.
  • 109. O Problema da Ilusão  Tais causas podem ser eliminadas, pouco a pouco com o gradual treinamento da mente para se tornar mais sensível e receptiva, com a prática da meditação e com a purificação mental;  Mas a técnica mais eficaz, quase “única” para dissolver a ilusão é o desenvolvimento da intuição.
  • 110. O Problema da Ilusão  A intuição não pode ser desenvolvida de uma só vez. Sua conquista requer longo treinamento na prática da meditação, certas ampliações da consciência, desenvolvimento interior e maturidade que não se pode ter antes de determinado desenvolvimento evolutivo;  Eis porque a verdadeira superação da ilusão não é possível antes que se tenha conseguido a Iniciação.
  • 111. GUARDIÃO DO LIMIAR, A ILUSÃO DA PERSONALIDADE INTEGRADA
  • 112. O Problema da Ilusão  Em certo ponto do caminho evolutivo do discípulo apresenta-se a ele o Guardião do Limiar, o conjunto de forças da natureza inferior, tal como acontece com a personalidade antes da iluminação, da inspiração e da iniciação;  A personalidade, nessa fase, é muito forte e o Guardião encarna todas as forças psíquicas e mentais desenvolvidas pelo homem ao longo das idades.
  • 113. O Problema da Ilusão  É a potência da tríplice forma material, antes de sua consciente cooperação e consagração à vida do Eu e ao serviço da Hierarquia Espiritual;  Esse “conjunto de forças da natureza inferior” constitui uma potente forma- pensamento diante do qual o discípulo, simbolicamente falando, se encontra quando deve passar pelo Portal da Iniciação.
  • 114. O Problema da Ilusão  É o Guardião do Limiar porque o discípulo não pode ir adiante se antes não vencer e destruir a potente forma- pensamento;  Na realidade, essa experiência significa que, ao estar o discípulo pronto para a Iniciação, a Luz que flui de seu Eu fará com que ele veja todos os lados de sua personalidade, todo o conjunto de suas forças psíquicas inferiores, que ele deve, de uma vez por todas, superar.
  • 115. O Problema da Ilusão  Ele se vê como realmente é, sem véus ou ilusões e tal visão é uma experiência terrificante;  O discípulo se horroriza ao ver quanta baixeza, quanta obscuridade, quanta negatividade estão ainda escondidas e enraizadas na sua personalidade;  Mas o Eu lhe dá força e coragem para lutar e vencer a batalha contra sua natureza inferior que se lhe ergue como um inimigo.
  • 116. O Problema da Ilusão  Devemos descobrir à qual tipo de ilusão estamos mais sujeitos;  Maya predomina sobre as pessoas que estão sob o influxo do 5º e 7º Raios;  O ofuscamento emocional predomina nas pessoas que estão sob o influxo do 2º e 6º Raios;  A ilusão mental predomina nas pessoas que estão sob o influxo do 1º e 3º Raios.
  • 117. O Problema da Ilusão  Enquanto vivermos identificados com o eu pessoal, estaremos imersos na ilusão e continuaremos a caminhar cegamente;  Se nos desidentificarmos desse eu, abrir-nos-emos à intuição e a nossa mente tornar-se-á um dúplice instrumento: um receptor da Luz do alto e uma força de comando e controle para baixo.
  • 118. O Problema da Ilusão  Para alcançarmos tal estágio devermos trabalhar , aprender muitas coisas, ter a devida perspicácia, habituar-nos a comportamentos adequados para conosco e para com os demais e nos prepararmos para práticas de concentração, meditação e auto-afirmação que produzam o despertar da consciência superior.
  • 119. 2ª PARTE MÉTODOS, PERCEPÇÕES E TÉCNICAS PARA FAVORECER A UNIÃO COM O EU SUPERIOR
  • 121. A Imaginação como Técnica Espiritual  Para obtermos resultados sensíveis devemos, antes de tudo, mudar nosso comportamento interior diante dos acontecimentos da vida;  Tudo que nos acontece não é por acaso, mas o efeito de leis justas e perfeitas e tudo tem um objetivo preciso e claro: servir de estímulo para o despertar de nossa consciência superior.
  • 122. A Imaginação como Técnica Espiritual  A espiritualidade deve tornar-se parte integrante da vida, de todos os dias, o pano de fundo de todos os nossos pensamentos e sentimentos;  Devemos também ter presente que o Eu é nossa verdadeira identidade e que devemos nos transformar naquilo que já somos em potencial.
  • 123. A Imaginação como Técnica Espiritual  Aspiramos à União com o EU, não porque somos dele separados mas porque somos dele inconscientes;  A Centelha Divina, mergulhando na matéria dos vários planos, esquece- se de sua origem e se identifica com os vários invólucros.
  • 124. A Imaginação como Técnica Espiritual  Aos poucos o homem vai se lembrando de sua origem até que tem início o período mais significativo do caminho de volta, aquele em que o homem consciente e voluntariamente colabora com a sua evolução, trabalha para o seu despertar, abre-se às energias espirituais.
  • 125. A Imaginação como Técnica Espiritual  Mas ainda que convencidos de que somos o EU, sabemos muito pouco ou quase nada sobre ele e o pouco que sabemos parece vago, nebuloso, confuso;  Ai é que podemos recorrer, além de a livros e à nossa intuição, também à IMAGINAÇÃO.
  • 126. A Imaginação como Técnica Espiritual  Ainda que a imaginação possa criar absurdos no que se refere a objetos físicos, mergulhando no fantástico e no absurdo, ela não pode imaginar sentimentos, ideias e estados de consciência que nunca existiram;  Nesse sentido, com a imaginação, o homem usa material de sua consciência, usa substância psicológica, que está em contínua mutação e transformação e que tem em si infinitas potencialidades e possibilidades.
  • 127. A Imaginação como Técnica Espiritual  No que se refere as coisas interiores, a estados de consciência, a imaginação é criativa, evocativa e dotada de grande força;  A imaginação é um ato de pensamento. E a energia segue o pensamento. O homem se torna aquilo que ele pensa.
  • 128. A Imaginação como Técnica Espiritual  Quando imaginamos um sentimento, uma qualidade superior, evocamos do fundo de nós mesmos poderosas forças latentes e, ao mesmo tempo, atraímos do alto energias afins com aquele sentimento, aquela qualidade.
  • 129. A Imaginação como Técnica Espiritual  Quando imaginamos uma qualidade criamos uma forma-pensamento que tenderá continuamente a realizar-se no plano físico;  Não existe pensamento sem expressão; o pensamento é um ato nascente, um princípio de atividade.
  • 130. A Imaginação como Técnica Espiritual  Nos esforcemos continuamente para imaginar as qualidades do Eu, pensando nelas com clareza e precisão e criando uma forma pensamento nítida e clara;  Em cada momento do dia deveríamos ter sempre em mente o pensamento: “Eu sou o Eu Superior e devo provar suas qualidades e não as da personalidade”.
  • 131. A Imaginação como Técnica Espiritual  Deveríamos imaginar sempre como nosso Eu Superior se comportaria nas circunstâncias de nosso dia-a-dia;  Como muitos místicos cristãos que continuamente se perguntavam: “O que faria Jesus?”.
  • 132. A Imaginação como Técnica Espiritual  Sempre agimos como personalidade e, por isso, não sabemos enfrentar a vida, não temos força para superar os obstáculos, sentimo-nos infelizes, frágeis e cansados;  Vivemos para tornar a mesquinha vida da personalidade cômoda e feliz como se essa fosse a verdadeira vida.
  • 133. A Imaginação como Técnica Espiritual  Para agir como o Eu Superior temos que usar a discriminação para discernir as qualidades da personalidade daquelas do Eu;  Se não sabemos reconhecer as qualidades anímicas (do Eu), devemos, ao menos, distinguir as notas e qualidades pessoais.
  • 134. A Imaginação como Técnica Espiritual  Devemos saber ver com clareza e objetividade as coisas que pertencem à personalidade sem nos iludirmos com a possibilidade de que venham a pertencer ao Eu, ainda que aparentemente boas e positivas;  Eis uma relação de reações pessoais que pode servir como exemplo:
  • 135. A Imaginação como Técnica Espiritual 1. Sentir-se ofendido 2. Sentir-se humilhado 3. Desejar ser amado 4. Desejar ser compreendido 5. Sentir-se satisfeito 6. Sentir-se superior aos outros 7. Sentir-se orgulhoso 8. Crer que as próprias ideias são as melhores 9. Sentir-se juiz e crítico dos outros 10. Sentir-se diferente dos outros 11. Amar alguém com apego e desejar retribuição 12. Fazer uma gentileza e sentir-se bom
  • 136. A Imaginação como Técnica Espiritual 13. Fazer um ato de bondade e desejar gratidão 14. Ser gentil e dócil por interesse 15. Sentir-se irritado porque os outros não o apreciam 16. Desejar elogio 17. Ser indeciso e incerto 18. Sentir-se deprimido 19. Sentir-se triste 20. Sentir-se infeliz 21. Sentir-se eufórico 22. Sentir ser algo excepcional 23. Estar muito contente consigo mesmo a ponto de preferir-se aos outros (“não me trocaria por ninguém”) 24. Desejar que todos saibam que fez uma coisa boa
  • 137. A Imaginação como Técnica Espiritual 25. Ter medo do futuro 26. Ter medo de ser enganado 27. Rebelar-se contra a dor 28. Sentir-se injustamente tratado 29. Irritar-se e indignar-se com as maldades alheias 30. Pretender a ajuda dos outros 31. Desprezar aqueles que são menos inteligentes 32. Fazer o bem somente àqueles que lhes são simpáticos 33. Procurar somente a companhia dos afins 34. Trabalhar apenas visando o interesse
  • 138. A Imaginação como Técnica Espiritual 35. Crer que os outros têm mais sorte 36. Ser otimista demais 37. Ser pessimista demais 38. Desejar a felicidade 39. Se preocupar com o que pensam de você 40. Ser vaidoso
  • 139. A Imaginação como Técnica Espiritual  Essas são algumas das reações pessoais que devem ser distinguidas das anímicas;  Tudo que vem da personalidade tem algo de egoístico, de interessado e de limitado;  Tudo que vem do Eu é altruístico, puro, desinteressado, amplo, universal.
  • 140. A Imaginação como Técnica Espiritual  Todos os impulsos e tendências superiores que somos capazes, como a sede de verdade, o amor pelo conhecimento, o senso de fraternidade, a atividade altruística, o amor desinteressado, a abnegação provêm do Eu;  São reflexos na personalidade das capacidades anímicas.
  • 141. A Imaginação como Técnica Espiritual  Qualidades anímicas refletidas através do corpo físico: ✓ Atividade , laboriosidade (com altruísmo) ✓ Ordem ✓ Harmonia ✓ Ritmo ✓ Senso de bem estar ✓ Senso de vitalidade ✓ Adaptabilidade física
  • 142. A Imaginação como Técnica Espiritual  Qualidades anímicas refletidas através do corpo emocional: ✓ Serenidade ✓ Calma ✓ Amor desinteressado e impessoal ✓ Alegria ✓ Simpatia (por todos) ✓ Sensibilidade pelo belo ✓ compaixão
  • 143. A Imaginação como Técnica Espiritual  Qualidades anímicas refletidas através do corpo mental: ✓ Compreensão ✓ Sabedoria ✓ Sede de conhecimento ✓ Clareza mental ✓ Imparcialidade de julgamento ✓ Raciocínio livre de fanatismo ✓ Lógica serena ✓ Criatividade mental ✓ Discriminação ✓ Elasticidade mental ✓ Adaptabilidade mental
  • 145. O Desapego  Depois de refletir sobre as qualidades do Eu, procurar imaginar nossa personalidade permeada por elas, e depois de termos procurado discriminar as notas pessoais das anímicas, devemos passar à atuação prática, à verdadeira e concreta realização da consciência de nosso verdadeiro Eu.
  • 146. O Desapego  Um dos principais comportamentos interiores que favorecem e preparam o despertar da consciência superior é o DESAPEGO;  Desapego é a indiferença por tudo que faz parte do “não-Eu. É separar o real do ilusório.
  • 147. O Desapego  O desapego nasce da recusa em identificar- se com algo que não seja a realidade espiritual;  É um repúdio ativo, sem qualquer concentração sobre o que é repudiado;  Desapego é o comportamento do Expectador, daquele que observa a personalidade a viver, a agir, a sentir e a pensar nos três mundos e, ainda assim, calmos, separados de tudo o que acontece no plano pessoal.
  • 148. O Desapego  Se conseguíssemos esse comportamento interior, o despertar gradual da verdadeira consciência Anímica seria facilitado e favorecido, pois o que impede tal despertar é nossa identificação com o não-Eu, com as formas e os objetos ilusórios, com os veículos da nossa personalidade.
  • 149. O Desapego  Esse comportamento interior não é fácil de se conseguir. Ele é o resultado final de graduais e sucessivos reconhecimentos. Não pode ser atingido repentinamente;  Antes de conseguir o verdadeiro “desapego”, o homem passa por vários e graduais desapegos ou libertações, transferindo o seu desejo e o seu apego de um objeto interior para um superior, reconhecendo a caducidade de um e apegando-se à outro que acha verdadeiro e duradouro.
  • 150. O Desapego  Toda libertação da consciência pressupõe uma “libertação” de certos apegos;  O desapego é a própria técnica da evolução da consciência a partir da prisão da forma;  Mas desapego não é frieza, distanciamento ou isolamento e evasão ao sofrimento;  Pode-se amar com profundidade, compreender, sentir todo o sofrimento, mesmo permanecendo interiormente separados.
  • 151. O Desapego  De fato, não sabemos amar com desapego, amar como Eus Superiores, dando sem nada pedir em troca, querer bem sem desejar retribuição;  Amar com desapego significa deixar os outros livres, amar com impessoalidade.
  • 152. O Desapego  “Destrua a ambição, o desejo de viver e o desejo de bem estar, mas trabalha como os ambiciosos, respeite a vida como os que a desejam e seja feliz como quem vive para a felicidade” LUZ NO CAMINHO
  • 153. O Desapego  Devemos trabalhar intensamente, mas desapegados dos resultados de nossas ações e esforços;  Em nossas ações devemos sempre seguir o impulso que vem do alto e não obedecer aos motivos egoístas da personalidade.
  • 154. O Desapego  Devemos amar a vida, respeitá-la, gozar suas belezas e alegrias, permanecendo, porém, sempre desapegados internamente sabendo que TUDO É TRANSITÓRIO, ILUSÓRIO;  Esta vida é o reflexo de outra mais verdadeira e real.
  • 155. O Desapego  Devemos nos dedicar às criaturas, às formas com a consciência de que são apenas invólucros da Vida Una, e jamais por pavor da morte;  Mesmo sabendo que as alegrias da vida são efêmeras e transitórias, devemos saber gozá-las como dons temporários.
  • 156. O Desapego  Devemos ser alegres e serenos, permanecendo, entretanto, livres e desapegados interiormente;  Conquistar o desapego conduz o homem a despertar em si a consciência do Expectador. É essa consciência que abre a estrada para a ulterior realização da consciência do Eu.
  • 157. O Desapego  Enquanto estivermos presos pelo turbilhão dos desejos, num tumulto de infinitas vozes, num marasmo nebuloso, é um absurdo pensar ou esperar que possamos realizar a consciência do verdadeiro Eu;  Poderemos perceber a verdadeira essência espiritual que há em nós quando não formos mais presas do apego e do desejo.
  • 158. O Desapego  Para atingirmos tal desiderato, temos que começar por uma análise profunda para descobrir em qual dos três veículos existe maior apego;  Alguns podem estar apegados aos bens físicos, às comodidades , luxo e conforto físico.
  • 159. O Desapego  Outros podem estar mais apegados no campo emotivo e afetivo, com sentimentos fortes e excessivos que provocam ciúme, agitação e perturbação contínua. Se apegam demais às pessoas queridas;  Outros ainda podem ter mais apegos no corpo mental inferior como ambição, orgulho, desejo de fama, senso de superioridade, exagerada estima da razão e da inteligência etc.
  • 160. O Desapego  Identificamos nossos apegos quando olhamo-nos no espelho, como um expectador que observa a parte de nós que age;  Temos que reencontrar em nós o centro fixo e sólido que não muda jamais e que nos dá o sentido de nossa identidade, o “eu” livre de seus conteúdos psíquicos.
  • 161. O Desapego  Uma prática útil para formar em nós a consciência do “eu” desapegado de seus conteúdos psíquicos e não identificado com os três veículos é o exame noturno;  Tal exame, feito regularmente todas as noites ou em qualquer outro momento do dia, depois de uma oportuna preparação interior com relaxamento e calma que nos leva acima da personalidade, é uma prática indispensável para o aspirante espiritual.
  • 162. O Desapego  Somente com o exame noturno formar-se-á aquele ponto intermediário entre a personalidade e o Eu, que não é mais a consciência da personalidade e não é ainda a consciência do Eu;  É o ponto onde se forma a consciência do observador silencioso, do Expectador desapegado e que lhe dá a possibilidade de observar desapaixonadamente a sua personalidade, de não se identificar com os seus veículos e de se sentir completamente “senhor” das energias inferiores, que lhes são próprias.
  • 163. O Desapego  Desapego não é indiferença e frieza, é profunda serenidade e calma interior, trespassada de amor, compreensão, alegria, energia e força;  O desapego é o comportamento de todo aquele “que sabe”, que está livre das ilusões da forma.
  • 164. O Desapego  Ausência de paixão (ou desapego ou vairagya) é a consciência de ser “senhor” por parte daqueles que se libertaram do desejo por qualquer objeto visto ou imaginado....SutraYoga de Patanjali
  • 165. O Desapego  Cultivemos a cada momento do nosso dia, em cada atividade ou momento de provação, um senso de liberdade interior, um comportamento calmo e sereno. Preservemos a consciência do Expectador, invocando sempre nosso Eu para que nos faça atingir o desapego e nos faça conhecer a paz daqueles que, mesmo estando no mundo,“vivem no eterno”.
  • 167. O Silêncio  Nós do mundo ocidental raramente sabemos retirar luz e força do silêncio;  O silêncio pode parecer um vazio, uma escuridão para aqueles que vivem imersos na personalidade, no mundo objetivo e que jamais provaram a vibração que provém dos níveis espirituais.
  • 168. O Silêncio  O profundo significado do silêncio só é sentido por aquele que já sente, ainda que inconscientemente, a influência do Eu espiritual;  O silêncio não é apenas o emudecimento da palavra, do som físico. É também o apaziguamento das emoções, desejos e sentimentos e calma absoluta da mente e dos pensamentos.
  • 169. O Silêncio  Somente com o apaziguamento completo dos três veículos é que poderemos ouvir a “voz sem som”, a “voz do silêncio”, que é a voz de nosso Eu, de forma cada vez mais clara e nítida;  Mas devemos passar por várias fases de silêncio antes de atingirmos o verdadeiro silêncio. Aquele que abre a porta do mundo da realidade.
  • 170. O Silêncio  O primeiro passo é dado no plano físico com o domínio da palavra;  Os discípulos de Pitágoras observavam silêncio absoluto por dois anos como prova de autodomínio;  Em muitas Tradições e Ordens Espirituais existe a regra da observação do silêncio.
  • 171. O Silêncio  Há no domínio da palavra um significado oculto profundo que não é apenas de valor moral mas, também, e principalmente,“mágico”;  Toda vez que falamos emanamos energia, vibração dependendo da natureza e qualidade de nossas palavras. Com isso, quando falamos, dispersamos energia continuamente.
  • 172. O Silêncio  O silêncio é, assim, conservação de energia;  Quando temos um plano traçado, não devemos falar dele a ninguém justamente porque falar dele dispersa a energia que deve ser usada para construir e manter a forma- pensamento associada a esse plano.
  • 173. O Silêncio  Assim pode ocorrer que, ao se falar de nosso plano, sua precipitação no plano físico seja atrasada ou até que não ocorra;  Outro aspecto importante do silêncio é que podemos usá-lo para ajudar nossos semelhantes mais ainda do que com as palavras.
  • 174. O Silêncio  Frequentemente, as palavras são inadequadas ou mesmo desagradáveis, enquanto a vibração pura da nossa compaixão, do nosso amor, pode atingir o objetivo sem obstáculos e sem causar reações;  Há situações na vida que só podem ser resolvidas com o silêncio.
  • 175. O Silêncio  É um silêncio ativo, construtivo, radiante, que age quando a personalidade inteira se cala;  Quando os lábios emudecem, as emoções se aquietam, os pensamentos param, aí, então, outra coisa fala em nós.
  • 176. O Silêncio  Quando silenciamos desse modo, pode nosso Eu falar direto ao Eu de outro e a ajuda pode assim se dar por meios inexplicáveis mas eficazes;  Cale como personalidade e opere como Eu Superior. Só assim obterá resultados.
  • 177. O Silêncio  Só quando o número de palavras normalmente ditas for reduzida e for aprendida a prática do silêncio, será possível à palavra exercer seu poder no plano físico;  O silêncio nutre a palavra que quando proferida é então cheia de poder e atração.
  • 178. O Silêncio  O som tem um grande poder e o homem o usa indiscriminadamente, quase sempre de maneira nociva;  A cada palavra corresponde uma energia sonora e corresponde também um sentimento, um pensamento que também são energias que se propagam e tendem a criar resultados no plano físico, sem contar o aspecto moral da palavra.
  • 179. O Silêncio  Todas as palavras egoístas, maliciosas, cruéis, de ódio destroem os vacilantes impulsos do Eu e cortam as raízes da vida;  Enquanto não tivermos conquistado o autodomínio e o discernimento, é melhor reduzir o número de palavras e aprender a calar o máximo possível.
  • 180. O Silêncio  Fale somente quando o que for dizer for verdadeiro, amável e útil;  Pelo menos duas vezes ao dia deveríamos ter alguns minutos de solidão e recolhimento para nos dedicarmos à prática do silêncio;  As múltiplas vozes de nossa natureza inferior emudecerão somente quando houver a completa “rendição” da personalidade, após o conflito final entre o Eu e seus instrumentos.
  • 181. O Silêncio  Conflito árduo, tempestuoso em que as forças de involução se unirão contra as forças da Luz;  Esse conflito poderá suceder-se em níveis inconscientes da psique mas, superficialmente, manifestar-se como um estado de sofrimento, de depressão, de mal estar profundo, de infelicidade, de cansaço, de desgosto pela vida e, às vezes, como verdadeiras doenças físicas.
  • 182. O Silêncio  Terminado o conflito, com a redenção da personalidade, segue uma calma profunda, um silêncio completo que preludia um maravilhoso e misterioso evento, o despertar do Eu, o abrir-se do ouvido interior à sua voz que finalmente poderá ser ouvida pelo aspirante.
  • 183. O Silêncio  “Espere que a flor desabroche no silêncio que segue à tempestade, não antes”....Luz no Caminho;  E no silêncio profundo acontecerá o evento misterioso que prova que o caminho foi encontrado;  Entretanto, podemos provar momentos vivificantes desse silêncio mágico, mesmo antes desse evento, e utilizar os seus poderes e a sua força para tornar nossa vida mais harmônica e útil, tanto pessoal quanto espiritualmente.
  • 184. O Silêncio  Aprendamos a compreender a força da ação silenciosa, do serviço tácito, do We-wei, a ação sem ação dos hindús, que nos abrem a nascente das energias que jazem inaproveitadas em nós.
  • 187. A Meditação – O Relaxamento Físico  Vamos ver os métodos, exercícios e técnicas de treinamento interior aptas a preparar a personalidade para torná-la um canal das energias espirituais e criar em nós a vibração mais elevada e pura que poderá contribuir com o despertar da consciência superior.
  • 188. A Meditação – O Relaxamento Físico  A técnica por excelência nesse caso é a MEDITAÇÃO;  Meditação é a ciência do treinamento interior;  A meditação, ao contrário da prece que parte do corpo emotivo e usa o desejo, parte do corpo mental e usa a vontade para atingir seu objetivo.
  • 189. A Meditação – O Relaxamento Físico  A prece, em seu mais alto grau, forma o místico. A meditação, ao contrário, forma o ocultista;  A verdadeira meditação oculta implica uma série de exercícios técnicos, de práticas e de treinamentos dirigidos ao campo das energias psíquicas, que requerem diversos anos de exercícios e certo grau de desenvolvimento mental.
  • 190. A Meditação – O Relaxamento Físico  A meditação é criativa, movimenta energias, produz efeitos definitivos, transmutações; suscita e evoca forças latentes e adormecidas, destrói negatividades e constrói qualidades positivas. Muda completamente nossa vida;  Está estreitamente ligada à formação do caráter.
  • 191. A Meditação – O Relaxamento Físico  A meditação sempre eleva a vibração e atrai energias superiores;  Os efeitos podem-se manifestar com atraso e o trabalho e a penetração das forças espirituais são quase sempre inconscientes.
  • 192. A Meditação – O Relaxamento Físico  Não estamos conscientes do que se passa no profundo de nós mesmos. Mas, de repente, tais resultados se manifestam, quando menos pensamos neles;  A meditação é uma verdadeira ciência e técnica de melhoramento e purificação da personalidade.
  • 193. A Meditação – O Relaxamento Físico  Cada uma de suas fases tem um significado e um objetivo bem precisos que produzem efeitos determinados em nossa personalidade;  A primeira fase é o alinhamento, que se subdivide em inferior e superior.
  • 194. A Meditação – O Relaxamento Físico  O alinhamento inferior é aquele dos três corpos da personalidade que são levados, com estratagemas apropriados, a uma temporária coordenação e sintonização e são mantidos sob controle da mente com um esforço da vontade, em calma, silêncio e relaxamento;  Este alinhamento, mesmo que momentâneo, abre um canal para o afluxo das energias anímicas.
  • 195. A Meditação – O Relaxamento Físico  O alinhamento superior é aquele da personalidade com o Eu;  Obtém-se o alinhamento inferior fazendo primeiramente o relaxamento do corpo físico, tranquilizando depois o corpo emotivo e atingindo, por último, o silêncio mental.
  • 196. A Meditação – O Relaxamento Físico  O relaxamento físico deve diluir toda a tensão, relaxar cada músculo a fim de que deixar o veículo físico num estado de completa quietude que permita à nossa consciência abstrair-se totalmente dele.
  • 197. A Meditação – O Relaxamento Físico  A mente deve poder introverter-se para o mundo psíquico, sem ser perturbada por sensações físicas;  Nesse estado de quietude também as energias do corpo etérico poderão circular mais harmônica e livremente, sem criar obstruções e congestões que resultam em indisposições e sensações desagradáveis.
  • 198. A Meditação – O Relaxamento Físico  O bom relaxamento pratica-se deitando-se em posição supina numa cama ou no chão e relaxando-se todos os músculos;  Perscrute com a mente todo o corpo, relaxando cada parte dele, até a menor delas;  Com a prática o relaxamento será cada vez melhor.
  • 199. A Meditação – O Relaxamento Físico  O estado de tensão constante desgasta nossas energias prânicas. O relaxamento completo restaura e restabelece a circulação prânica no corpo etérico e, consequentemente, a energia vital pode, com liberdade, fluir por todo o corpo físico vivificando-o e restaurando todos os pontos debilitados.
  • 200. A Meditação – O Relaxamento Físico  Por isso é necessário se fazer alguns momentos de relaxamento quando se está muito cansado, o que tem mais eficácia do que várias horas de um sono agitado.
  • 201. A Meditação – O Relaxamento Físico  Com o relaxamento e a harmonização de nossas correntes prânicas nosso corpo fica num estado de calma e tranquilidade completa. As energias anímicas encontrarão então um invólucro calmo, receptivo e nele poderão fluir livremente, purificando-o, harmonizando-o e praticando, aos poucos, a obra de sublimação e transmutação de nossa matéria física.
  • 203. A Meditação – A Aquietação Emotiva  O corpo emotivo reflete o segundo aspecto da Mônada e do Ego, o Amor;  Muitas encarnações são necessárias antes que o corpo emotivo do homem possa se tornar um límpido refletor e transmissor da energia do Amor do Ego.
  • 204. A Meditação – A Aquietação Emotiva  A matéria astral do corpo emotivo é fluída, mutável, sensibilíssima e está aberta à todas as influências e vibrações do exterior (dos outros dois veículos da personalidade e dos veículos das outras pessoas e do plano astral em geral).
  • 205. A Meditação – A Aquietação Emotiva  Antes que o homem possa regular essas influências, repelindo as negativas , aceitando as positivas, e possa dirigir a receptividade do corpo emotivo para o Eu, deve-se tornar consciente de sua meta, desenvolvendo o corpo mental, a vontade e o autodomínio.
  • 206. A Meditação – A Aquietação Emotiva  No corpo emotivo há o amor pessoal como uma nota dominante, com todos os seus aspectos derivados, positivos e negativos (amor e ódio, atração e repulsão, simpatia e antipatia, benevolência e inveja e ciúme).
  • 207. A Meditação – A Aquietação Emotiva  O corpo emotivo do homem comum está em contínua agitação e movimento e deve ser acalmado e aquietado para a prática da meditação;  As ondas emotivas obstaculizam as energias do Eu e ofuscam a mente.
  • 208. A Meditação – A Aquietação Emotiva  O corpo emotivo, durante o alinhamento, deveria estar calmo, sereno, recolhido para o alto e límpido como um cristal;  A aquietação emotiva alcança-se de muitas maneiras e por vários métodos, que diferem de pessoa para pessoa, conforme seu temperamento, grau evolutivo, polarização etc.
  • 209. A Meditação – A Aquietação Emotiva  A meditação só é possível para aquele que tem um mental já bem desenvolvido, com força mental, presença de vontade e capacidade de autodomínio;  Se o corpo emotivo não for dominado, estará sempre em movimento, com um conjunto de vibrações, de sensações e de reações muito comuns em corpos emocionais desenvolvidos e ainda não dominados.
  • 210. A Meditação – A Aquietação Emotiva  Outro obstáculo presente no veículo emotivo é o estado de tensão, de congestão que pode vir a se formar provocando uma sensação de angústia, de preocupação e de mal-estar sem uma causa aparente.
  • 211. A Meditação – A Aquietação Emotiva  Isso ocorre quando há no nosso subconsciente algo que nos perturba, nos agita sem que estejamos conscientes disso e que congestiona as energias emocionais que, não podendo fluir livre e harmonicamente, nos causa sensação de tensão e angústia.
  • 212. A Meditação – A Aquietação Emotiva  Tal estado de tensão é um obstáculo no alinhamento porque absorve toda a nossa atenção e atrapalha a mente;  Desejos, paixões e emoções pessoais também são um empecilho e devem ser aquietadas e acalmadas, ainda que por um período definido para a prática da meditação.
  • 213. A Meditação – A Aquietação Emotiva  A aquietação emocional duradoura se seguirá como resultado da prática constante, séria e repetida da meditação cotidiana;  O bom relaxamento físico como primeira fase do alinhamento é uma boa preparação do terreno para uma boa aquietação emocional. A fluição das correntes etéricas acalma o sistema nervoso que se reflete nas emoções.
  • 214. A Meditação – A Aquietação Emotiva  Uma maneira de se aquietar o corpo emocional é por meio da imaginação, procurando visualizar imagens que suscitem calma, serenidade, quietude;  A imagem de um lago calmo nas montanhas ou de um céu azul e sereno são bastante eficazes.
  • 215. A Meditação – A Aquietação Emotiva  Pessoas volitivas podem aquietar o emocional por meio de afirmações de frases adequadas: “A paz e a quietude reinam em meio corpo emocional” ; “Toda emoção se esvai, todo sentimento se aquieta”;  Essas frases devem ser ditas com força e convicção.
  • 216. A Meditação – A Aquietação Emotiva  Os corpos da personalidade se influenciam mutuamente. Em especial o corpo mental influencia muito o emocional, dando às emoções constância, estabilidade e profundidade.
  • 217. X A MEDITAÇÃO O Domínio da Mente no Alinhamento
  • 218. A Meditação – O Domínio da Mente no Alinhamento  O corpo mental é formado nos sete subplanos. O mental inferior é composto de matéria dos quatro subplanos inferiores e pertence à personalidade e o mental superior é composto dos três subplanos superiores e pertence ao Eu;  Assim, o corpo mental é cindido em duas partes.
  • 219. A Meditação – O Domínio da Mente no Alinhamento  Até que o homem, através de muitas vidas, de meditação constante, construa uma “ponte” entre essas duas partes, podemos dizer que existem duas unidades mentais distintas. E a superior está tão acima de nossa percepção, que é como se não existisse em nós. Ela é a sede da intuição cognitiva mais alta;  Tenhamos então sempre à mão essa natureza dúplice da mente.
  • 220. A Meditação – O Domínio da Mente no Alinhamento  A mente pode assim ser dirigida para o mundo exterior objetivo e para o interior ou subjetivo;  O homem de mediana evolução só põe em movimento seu instrumento mental por meio das sensações do exterior e pensa apenas em conexão com objetos.
  • 221. A Meditação – O Domínio da Mente no Alinhamento  A mente superior é capaz de pensar de maneira abstrata, de formular ideias e conceitos abstratos, impessoais e objetivos;  E a mente superior pode ir ainda mais alto. Pode abrir-se ao mundo das intuições, dos conceitos universais, tornando-se um meio de contato com a Mente Universal.
  • 222. A Meditação – O Domínio da Mente no Alinhamento  A função da mente na meditação é a de se tornar receptora das ideias do Eu, de seus propósitos e planos;  Para muitos , o domínio da mente é a parte mais difícil do alinhamento;  Domínio da mente significa tornar-se senhor por completo do nosso mecanismo de pensamento, de maneira a poder guiá-lo como e quando quisermos.
  • 223. A Meditação – O Domínio da Mente no Alinhamento  Domínio da mente significa ainda saber discernir as influências emotivas e as provenientes das sensações físicas dos pensamentos verdadeiros; significa libertar a mente de tais influências e saber conduzi-la de maneira independente, saber concentrá-la à vontade em qualquer ponto e usar sua faculdade de raciocínio em qualquer direção.
  • 224. A Meditação – O Domínio da Mente no Alinhamento  No alinhamento que precede a meditação, devemos, aos poucos, apender a dominar a mente, tornando-a um perfeito instrumento da vontade;  O primeiro passo é introverter a atenção, voltando-a para o interior (pratyahara);
  • 225. A Meditação – O Domínio da Mente no Alinhamento  As primeiras tentativas de domínio da mente nos darão importantes descobertas. A primeira delas é que não usamos toda a mente, mas uma pequena parte dela, aquela mais mesclada por emoções, instintos e desejos (kama-manas).
  • 226. A Meditação – O Domínio da Mente no Alinhamento  Perceberemos aos poucos a necessidade de desemaranhar o verdadeiro pensamento de todas as influências espúrias, libertá-lo da névoa emotiva, tornando-o receptiva à Luz.
  • 227. A Meditação – O Domínio da Mente no Alinhamento  Nós achamos que pensamos, mas, na realidade, nada fazemos senão exprimir conceitos confusos, opiniões provindas de influências externas, desejos que acreditamos ser convicções etc.
  • 228. A Meditação – O Domínio da Mente no Alinhamento  Para usar a mente como órgão de integração e controle da personalidade devemos aprender a pensar.
  • 229. A Meditação – O Domínio da Mente no Alinhamento  A segunda descoberta será que nos conscientizaremos, por experiência direta, de que há algumas coisa acima dos pensamentos, acima do nosso mecanismo mental, um centro de consciência, uma vontade, uma força que não é a mente mas “alguma coisa” que pode dominá-la e dirigi-la. Esse centro de consciência é o reflexo do Eu na personalidade.
  • 230. A Meditação – O Domínio da Mente no Alinhamento  Essa experiência interior é um pouco diferente de pessoa para pessoa, segundo o temperamento ou tipo psicológico;  Com o tempo e a prática, o senso de Eu se tornará permanente;  Essa descoberta do Eu separado, que não é a mente, é uma grande ajuda e uma grande força para podermos chegar a dirigir e controlar a mente como quisermos.
  • 231. A Meditação – O Domínio da Mente no Alinhamento  Portanto, podemos dizer que a fase de alinhamento dedicado à mente consta de duas partes: 1) introversão da mente para si mesma e contato com o mundo dos pensamentos; 2) domínio da mente através da vontade e do seu uso na direção desejada (Dharana)  Dharana ou concentração é a base sobre a qual se apoia toda a meditação.
  • 233. A Concentração  A mente dá a estabilidade, a consciência, a firmeza de propósito e, ainda, a possibilidade de poder traduzir em conceitos e em pensamentos as percepções recebidas;  Só a aspiração não é suficiente. Pode levar à insatisfação por não conseguirmos compreender o profundo significado das coisas ou ao êxtase com um rápido e temporário contato com o Eu.
  • 234. A Concentração  Só poderemos progredir realmente e chegar a um contato estável com o Ego e ter uma consciência clara e duradoura da realidade quando substituirmos a aspiração emotiva e o desejo por uma decisiva e firme determinação de nos tornar senhores de nossa mente de modo a usá-la segundo seu verdadeiro objetivo, isto é, ser a intermediária entre o mundo e o Eu.
  • 235. A Concentração  A prece é possível a todos. A meditação só é possível aos que estão polarizados mentalmente;  Todos os que se sentem prontos para transmutar suas emoções em devoções espirituais podem ser santos, mas nem todos os homens podem ser conhecedores, porque isso requer tudo o que foi alcançado pelo Santo mais o uso do intelecto e o poder de pensar, até chegar ao conhecimento direto.
  • 236. A Concentração  Esse conhecimento direto é a leitura espiritual, a faculdade de ler com os olhos do Eu através de todas as formas materiais, que não passam de símbolos da realidade divina.
  • 237. A Concentração  Antes que a mente possa se tornar o órgão dessa leitura espiritual, ela deve se tornar um perfeito instrumento do pensamento, obediente à vontade, e um límpido refletor das ideias do Eu. E a isso se chega somente através da concentração e, depois, da meditação.
  • 238. A Concentração  Concentração significa centrar todos os pensamentos e conduzi-los para o mesmo ponto, sem distrações, divagações, eliminando tudo o que for estranho ao objeto de nossa atenção;  Patanjali nos Yoga-Sutras define concentração como a fixação da substância mental (chitta) sobre um objeto particular.
  • 239. A Concentração  Podemos então definir concentração também como uma intensificação da atenção sobre um tema escolhido;  A atenção pode ser involuntária (sem força de vontade) e voluntária (com força de vontade), mas é natural e espontânea;  A concentração do pensamento faz com que ele se torne muito mais intenso, profundo e vigoroso.
  • 240. A Concentração  A concentração não serve apenas como meio de domínio e controle da mente, mas também como meio de desenvolvimento e de reforço de seu poder;  A mente sempre reage negativamente às primeiras tentativas de domínio e reorganização.
  • 241. A Concentração  O aumento de sua fluidez ocorre porque a mente não está habituada a ser controlada e porque, ao nos concentrarmos mentalmente, é natural que se forme uma polarização mental mais intensa, isto é, as forças da nossa personalidade alinham-se e afluem para a mente, produzindo um aumento das energias intelectivas que, ainda não dominadas e organizadas, irrompem aqui e ali de forma caótica.
  • 242. A Concentração  Esse é o primeiro obstáculo à concentração e que, depois, se transforma em riqueza e eficiência mental;  Outro obstáculo comum é a divagação da mente ao ser perturbada por pensamentos inoportunos que se infiltram na mente.
  • 243. A Concentração  Devemos aprender a não nos deixar distrair por tais pensamentos durante a concentração;  A concentração é um estado de intensa atividade mental;  Patanjali, nos Yoga-Sutras, diz que a concentração tem sete estágios.
  • 244. A Concentração 1 – Escolha do objeto sobre o qual se concentrar; 2 – Retirada da consciência mental do mundo externo; 3 – A consciência concentra-se e fixa-se no centro entre as sobrancelhas; 4 – A mente fixa-se e a atenção se dirige exclusivamente para o objeto escolhido;
  • 245. A Concentração 5 – A visualização ou percepção imaginativa de tal objeto e o raciocínio lógico sobre ele; 6 – A extensão dos conceitos que foram formulados, passando do especifico e particular para o geral e universal; 7 – A procura daquilo que está por trás da forma escolhida como objeto de concentração, isto é, a ideia que a produziu.
  • 246. A Concentração  Este procedimento eleva gradativamente a consciência e permite transferir-se do lado forma para o lado vida da manifestação;  Os objetos de concentração podem ser os mais variados, começando por objetos físicos até atingir conceitos abstratos e elevados.
  • 247. A Concentração  Para os principiantes, cuja finalidade é atingir o domínio da mente, o tipo de objeto de concentração não têm importância, sendo apenas um meio para se alcançar a meta.
  • 248. A Concentração  Quando se tiver adquirido certo controle sobre o mecanismo do pensamento e certa facilidade em concentrar a mente, aí sim, poderá se pensar em escolher temas de utilidade formativa e evocativa.
  • 249. A Concentração  Inicialmente o exercício será de verdadeiro exercício de concentração; será uma “chamada de atenção” pois nos aperceberemos muitas vezes de ter divagado e perdido de vista o tema. Então, deveremos continuamente orientar a atenção para a direção desejada;  Nesse esforço contínuo de reconduzir a atenção ao tema, obteremos os primeiros resultados importantes:
  • 250. A Concentração a) fortalecimento da nossa vontade; b) aumento do poder mental; c) aumento da eficiência na vida cotidiana.  O saber fazer uma coisa por vez é o fator com conduz à eficiência e ao sucesso.
  • 251. A Concentração  Todos os grandes homens, os gênios, pesquisadores, estudiosos tiveram essa firmeza de propósito, essa concentração, esse poder de pensamento, essa intensa faculdade de atenção, tanto no mundo mental quanto nas ações;  A concentração é o único meio adequado e eficaz para se atingir o domínio da mente para poder usá-la na meditação.
  • 252. A Concentração  Quando apontamos e fixamos a consciência na cabeça consegue-se um outro resultado importante totalmente espontâneo: uma momentânea integração dos três veículos da personalidade.
  • 253. A Concentração  Se quisermos realmente aprender a meditar, no sentido exato da palavra, usando-a como uma verdadeira técnica para entrar em contato com nosso Eu, devemos passar “através do fogo da disciplina”, ter paciência, constância e perseverança e, aos poucos, tomar em mãos o nosso mecanismo do pensamento com exercícios regulares de concentração.
  • 254. A Concentração  Os exercícios de concentração, para serem eficazes, devem ser feitos regularmente, todos os dias, pelo menos por alguns minutos;  A prática diária e constante forma o ritmo que tem oculto um valor real e uma verdadeira utilidade.
  • 255. A Concentração  Todos os dias, mesmo que não nos apercebamos, conseguimos certo resultado e, se interrompermos o ritmo, tal resultado se perde e teremos que começar de novo;  Todo exercício promove transformações dentro de nossa mente, mesmo que leves e insensíveis e a regularidade é a única chave para tornar tais transformações sempre mais profundas e estáveis.
  • 256. A Concentração  A regularidade só é difícil no começo pois aos poucos se forma o hábito interior e o ritmo se estabelece espontaneamente;  Na concentração só temos que pensar em uma coisa por vez, impedindo a mente de passar de um tema para o outro, levando-a assim a aprofundar, ampliar e estender o tema desejado.
  • 257. A Concentração  É como se desenvolvêssemos um tema com o pensamento, como se escrevêssemos uma composição da qual nos foi dado somente o título;  Esse poder de aprofundar, de ampliar, de estender uma ideia, um conceito serão usados depois na verdadeira meditação, na qual os temas serão escolhidos com fins bem precisos e com propósitos formativos ou cognitivos.
  • 258. A Concentração  A mente educada, regulada e eficiente dá resultados admiráveis uma vez que tem em si latente a possibilidade de entrar em contato com o Eu e com a Mente Universal.
  • 259. XII O ALINHAMENTO COM O EU SUPERIOR
  • 260. O Alinhamento com o Eu Superior  Realizado o alinhamento dos três veículos inferiores, devemos passar à fase mais importante da meditação: o alinhamento com o Eu, o alinhamento superior;  Nossa personalidade é um instrumento do Eu. Não é nosso verdadeiro Eu, só um reflexo de nossa verdadeira essência.
  • 261. O Alinhamento com o Eu Superior  Na meditação, tentamos fazer aflorar à consciência ao menos um vislumbre dessa realidade e construímos um canal de comunicação entre o eu inferior e o Eu superior.
  • 262. O Alinhamento com o Eu Superior  O fio que liga à personalidade ao Eu, o fio de sutratma, fio de energia dourada que provém do Eu e passa pelos três corpos inferiores, chegando ao corpo físico, divide-se em dois ramos: um se ancora no cérebro, na glândula pineal, e ou outro desce até o coração. O ramo da glândula pineal constitui o aspecto consciência do Eu enquanto que o ramo do coração constitui o aspecto energia.
  • 263. O Alinhamento com o Eu Superior  Estamos sempre ligados ao Eu mas não estamos conscientes dessa ligação;  Ao fazermos o alinhamento inferior, estamos aptos a receber as energias superiores;  A fase do alinhamento superior consta de duas partes:
  • 264. O Alinhamento com o Eu Superior a) Fase da espera e de invocação; b) Fase de visualização da Luz e da energia que afluem à mente.  Não há apelo da personalidade que não tenha resposta por parte do Eu, mesmo que muitas vezes não estejamos conscientes dessa resposta.
  • 265. O Alinhamento com o Eu Superior  Mas a resposta também pode ser muito maior que a esperada;  A resposta e o afluxo de energia podem também ocorrer muito mais tarde, dias depois e pode ainda tomar a forma de uma “lenta penetração semelhante à osmose numa substância porosa.
  • 266. O Alinhamento com o Eu Superior  Às vezes a resposta do Eu é bloqueada pela condição em que se encontram os nossos três veículos: se eles ainda estão imperfeitos e impuros, havendo portanto vibrações baixas, não poderão ser sensíveis às elevadíssimas vibrações provenientes do nível Egóico.
  • 267. O Alinhamento com o Eu Superior  O alinhamento é principalmente uma questão de vibração. Quando tivermos construído em cada um dos três corpos inferiores, matéria suficiente do terceiro sub-plano (cada plano de cada veículo se divide em sete sub-planos, sendo o sétimo o mais denso), então o Eu começará conscientemente e sempre com maior estabilidade, a funcionar através da personalidade alinhada.
  • 268. O Alinhamento com o Eu Superior  O Eu vibra nos três sub-planos superiores do plano mental;  Portanto a obra da autotransformação é fundamental para o contato com o Eu Superior;  A meditação, se feita seriamente, leva ao desejo natural de melhorar a si próprio e de elevar-se. A penetração da energia do Eu, lenta e gradualmente, age como um fermento, como um impulso interior para o crescimento espiritual.
  • 269. O Alinhamento com o Eu Superior  O alinhamento com o Eu não é difícil e absurdo. Esse é o comportamento correto, verdadeiro e real de todo homem e deveria ser o único objetivo da vida: procurar realizar a própria natureza divina e colaborar com o plano evolutivo;  Se, pelo contrário, vivermos como autômatos sonolentos, ou pior, se seguirmos os impulsos inferiores, estaremos bloqueando nossa ascensão e, num certo sentido, estaremos andando contra a corrente”.
  • 270. O Alinhamento com o Eu Superior  Nada pode impedir que, mais cedo ou mais tarde, haja o contato com o Eu;  O alinhamento com o Eu se dá com o silêncio da mente concreta e depois, com a direção da mente para o alto, em atitude de espera e receptividade. A essa altura podem-se usar dois métodos:
  • 271. O Alinhamento com o Eu Superior a) Invocar o Eu para que faça afluir sua Luz sobre nós; b) Afirmar com força que somos o Eu e não a personalidade.  Cada um poderá escolher o método segundo seu temperamento e tipo psicológico.
  • 272. O Alinhamento com o Eu Superior  Existem disponíveis na literatura muitas invocações e afirmações que poderão ser escolhidas à vontade do praticamente;  Com isso estaremos formando uma ponte, um canal de comunicação através do qual as energias espirituais poderão fluir em liberdade e transformando nossos veículos em instrumentos de serviço para o Eu.
  • 273. O Alinhamento com o Eu Superior  Devemos nos lembrar que todo trabalho de penetração e de manifestação do Eu se dá na personalidade “inconsciente” e que a maior parte de nossas maturações, dos ajustamentos e das ampliações da nossa consciência se realiza sem que nos apercebamos.
  • 274. O Alinhamento com o Eu Superior  Assim como existe uma esfera subconsciente, onde se desenvolvem os conflitos, as elaborações e adaptações referentes à vida instintiva e afetiva da personalidade, existe também todo um mundo Supraconsciente, onde estão armazenados os nossos melhores impulsos, as nossas aspirações, os nossos ideais inexprimidos, as nossas qualidades superiores latentes e as nossas possibilidades de elevação.
  • 275. O Alinhamento com o Eu Superior  Quando fazemos o alinhamento, aos poucos alargamos nossa esfera de consciência limitada e anexamos-lhe seções sempre mais amplas do Supraconsciente, afluindo em nós qualidades de altruísmo, generosidade, sacrifício, sentimentos impessoais e universais, intuições de verdades amplas, energias latentes do bem.
  • 276. O Alinhamento com o Eu Superior  Tudo isso forma, aos poucos, uma “segunda consciência” que aflora apenas nos momentos de meditação, de silêncio e de emergência; mas essa consciência, mesmo que intermitente, torna-se real e verdadeira e é como uma força interior a qual podemos nos dirigir todas as vezes que precisamos.
  • 277. O Alinhamento com o Eu Superior  Essa é a maravilhosa realidade que aos poucos descobrimos: o auxílio divino, a força espiritual, que não precisamos buscar nos outros ou no mundo exterior, mas dentro de nós.
  • 278. FIM