SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 32
Microbiologia
APLICADA
CEMAL- Meio Ambiente -Turma 0113
Prof.: Msc.Amanda Fraga
Disciplina: Microbiologia Aplicada
Microbiologia da água
Ciclo hidrológico
Introdução
 No meio aquático os nutrientes estão diluídos:
- baixa diversidade microbiana
 A presença de matéria orgânica aumenta sua atividade
Os microrganismos podem:
• mudar a composição química da água
• fornecer nutrientes para outros organismos
• representar um grande risco para a saúde
a) Temperatura
• superfície:
- varia de 0 ºC nos pólos a 40 ºC nos trópicos
• sob a superfície:
- 90 % do ambiente marinho estão a 5 ºC
PSICRÓFILOS
• nas fendas oceânicas:
- habitats com alta temperatura (acima de 100 ºC)
TERMÓFILOS
» Pyrodictium occultum (ótimo 105ºC, Itália)
O ambiente aquático
Os microrganismos dependem das condições físicas e químicas
Nas baixas e médias latitudes ocorre uma variação brusca da temperatura:
- A termoclina, importante na distribuição dos microrganismos
Mudanças da temperatura acarretam em alterações na densidade,
viscosidade e solubilidade e oxigênio, que por sua vez podem
influenciar na flutuabilidade, locomoção e respiração dos
organismos.
Coleta de amostras nas Fossas Marianas (Filipinas,
Oceano Pacífico) a uma profundidade de 10.000 m
b) Pressão hidrostática
– pressão devido a coluna de água: danos às células
– BAROFÍLICOS, encontrados a 2500 m de profundidade (vesículas de gás)
– em profundidades acima de 4000 m, ocorrem os BAROFÍLICOS EXTREMOS
c) Luz
– A vida na água depende, direta ou indiretamente, dos produtos
da fotossíntese
• Algas e cianobactérias são os principais microrganismos
fotossintetizantes encontrados nos ambientes aquáticos
- estão limitados às regiões superficiais
O ambiente aquático
d) Salinidade
– água doce: 0 %
– água do mar: 2,75 % de NaCl + outros sais +/- 3,5 %
HALOFÍLICOS
– lagos salgados (ex.: Salt Lake, EUA): 32 %
HALOFÍLICOS EXTREMOS
O ambiente aquático
e) Turbidez
Material suspenso:
• partículas minerais: erosão das rochas, solo
• microrganismos suspensos
• matéria orgânica: tecidos vegetais e animais
O ambiente aquático
Ao mesmo tempo que impede a passagem da
luz, serve de superfície de adesão e fonte de
nutrientes
f) pH
– A maioria dos microrganismos aquáticos cresce
melhor próximo à neutralidade
– pH dos oceanos: 7,5 - 8,5
– lagos e rios: variação ampla
• Archaea de lagos do sul da África: 11,5
• Archaea de geisers: 1,0
O ambiente aquático
• Nutrientes
• orgânicos e inorgânicos
– nitratos e fosfatos:
» algas eutrofização O2 crescimento de outros organismos
• carga de nutrientes:
– águas próximas à praia: variável devido aos esgotos
– águas de mar aberto: estável e baixa
» baixo fitoplâncton (baixo N e Fe)
» baixa atividade heterotrófica
» atividade fotossintetizante: cianobactérias
• efluentes industriais: presença de antimicrobianos
» alguns microrganismos convertem tais substâncias em formas menos
nocivas:
Pseudomonas spp.: mercúrio metil mercúrio (volátil)
O ambiente aquático
Água potável: livre de microrganismos patogênicos e de substâncias
químicas nocivas
Rios, riachos e lagos estão sujeitos a poluição:
- esgoto doméstico
- agricultura
- dejetos industriais
A água pode ser límpida, inodora e sem sabor e mesmo assim não ser
potável, devido a presença de contaminantes (físicos, químicos e
biológicos)
Microbiologia da água potável
Físicos
Asbestos Resíduos industriais Câncer
Argila suspensa Precipitação Interfere com
tratamentos sanitários
Químicos
Metais pesados Indústrias Várias doenças
Sulfatos Algicidas e minas Diarréias
Nitratos Fertilizantes Metemoglobinemia
Sódio Amaciantes de água Retenção de fluidos
Doenças do coração
Pesticidas Agricultura Várias doenças
Clorofórmio Indústria Câncer
Biológicos
Bactérias Fezes e urina Febre tifóide
Shigeloses
Salmoneloses
Gastroenterites
Tularemia
Leptospirose
Vírus Fezes Hepatite
Poliomielite
Gastroenterites
Protozoários Fezes Disinteria amébica
Giardíase
Balantidíase
Poluentes Possível fonte Efeitos adversos
 Necessidade de métodos de purificação
Microbiologia da Água Potável
Re-utilização da água
- Processo natural como parte do ciclo hidrológico
- O crescimento populacional, o uso industrial e a irrigação
forçam a reciclagem mais rápida da água.
Purificação da água
• áreas rurais: poços e fontes (filtração
pelo solo)
• cidades: estações de tratamento
Microrganismos patogênicos na água
Bactérias
Salmonella spp.: enterites
Vibrio cholerae: principais problemas associados à falta de cuidados
sanitários
Shigella spp.: disenteria
Yersinia enterocolitica: gastroenterite aguda
Escherichia coli: linhagens patogênicas (enterites)
Clostridium perfringens: enterite, gangrena gasosa
Vibrio parahaemolyticus: gastroenterites
Pseudomonas aeruginosa: infecções nos olhos, ouvidos
Staphylococcus aureus: infecções cutâneas, garganta e intoxicações
alimentares
Leptospira spp.: hepatite, conjuntivite e insuficiência renal
Fungos:
- saprófitas e parasitas de peixes
- Candida albicans: levedura que causa infecções da pele e mucosas
- Geotrichum: fungo dermatófito
Protozoários:
ciliados
Giardia lamblia: esporos resistentes ao cloro
amebas
Entamoeba histolytica: amebíase (doença intestinal)
Vírus:
Hepatites A e B
Gastroenterite infecciosa não bacteriana
Poliomielite
O monitoramento de todos os microrganismos patogênicos
é difícil e anti-econômico:
- meios de cultura e metodologias diferentes
- dificuldade de analisar os resultados
Microrganismos indicadores de qualidade da
água
- O que é um microrganismo indicador?
- Qual seria o ideal?
Indicador ideal de qualidade da água
 Ocorrência e desaparecimento concomitante com patogênicos
 Densidade populacional diretamente relacionada com o grau de
contaminação
 Maior sobrevida que a dos patogênicos
 Ausência em água potável
 Fácil detecção e recuperação laboratorial
 Não prejudicial à pessoas e animais
 Manipulação segura
Escherichia coli e outros coliformes
• Bacilos curtos
• Gram –
• Fermentam a lactose (lac+) com produção de ácido e gás, dentro de 48 h a 35 ºC.
- Escherichia: coliformes fecais
- Enterobacter, Citrobacter, Klebsiella: coliformes ambientais
(fezes, vegetais e solo)
► a fermentação da lactose é a chave do teste
Presença de coliformes totais não indica necessariamente contaminação fecal
ou ocorrência de enteropatógenos.
• Análise bacteriológica da água
Metodologia:
• teste presuntivo
• teste confirmativo
• teste coliformes fecais
• teste completo (prevê o isolamento)
• membrana filtrante
10 ml por tubo
0,1 ml por tubo
1 ml por tubo
incubação a 35 ºC/24-48 h:
formação de gás - NMP
Amostra de
água
Técnica dos tubos múltiplos para determinação do
Número Mais Provável (NMP) de coliformes
Teste presuntivo:
caldo lauril triptose (caldo lactosado)
Tubos com
gás do teste
anterior
Tubos com
caldo lactosado
+ bile verde brilhante
Incubação a 35 ºC/24-48 h
Teste confirmativo:
Tubos com gás Caldo lactosado
do teste confirmativo incubação a 44,5 ºC
Teste coliformes fecais:
Coliformes fecais fermentam a lactose a 44,5 ºC até 48 h
Coliformes não fecais fermentam a lactose somente até 37 ºC
Teste da membrana filtrante:
Colônias típicas: brilho metálico em
meio Teague
Colônias típicas: azuis
Método substrato cromogênico/fluorogênico
- Baseia-se na utilização de substratos análogos à lactose
- Específicos para Escherichia coli
Exemplos: ONPG-MUG
ONPG - Orto Nitrofenil Galactopiranosídeo
MUG - Metil-Umbeliferone Galactopiranosídeo
Ferramenta poderosa para identificação de Escherichia coli (teste confirmativo)
Luz UV
Teste para separar Escherichia coli de outros coliformes
Enterobacter aerogenesEscherichia coli
Classificação das águas interiores do território nacional
Classe Características microbiológicas DBO OD Utilização
colif. totais colif. fecais mg/L mg/L
1 < 1 < 1 ----- ----- Potável
2 ≤ 5.000 ≤ 1.000 ≤ 5 > 5 Recreação
Irrigação (frutas,
hortaliças)
3 ≤ 20.000 ≤4.000 ≤ 10 > 4 Pesca
Consumo animal
4 > 20.000 > 4.000 > 10 >0,5 Navegação
Indústria
Irrigação (grandes
culturas))

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula 1 desenvolvimento sustentável
Aula 1 desenvolvimento sustentávelAula 1 desenvolvimento sustentável
Aula 1 desenvolvimento sustentável
Carlos Priante
 
ConservaçãO De Alimentos (Powerpoint)
ConservaçãO De Alimentos (Powerpoint)ConservaçãO De Alimentos (Powerpoint)
ConservaçãO De Alimentos (Powerpoint)
Nuno Correia
 
Recuperação de áreas degradadas
Recuperação de áreas degradadasRecuperação de áreas degradadas
Recuperação de áreas degradadas
UERGS
 
Aula 1 introdução à tecnologia de alimentos
Aula 1 introdução à tecnologia de alimentosAula 1 introdução à tecnologia de alimentos
Aula 1 introdução à tecnologia de alimentos
Alvaro Galdos
 

Mais procurados (20)

Aula 1 desenvolvimento sustentável
Aula 1 desenvolvimento sustentávelAula 1 desenvolvimento sustentável
Aula 1 desenvolvimento sustentável
 
Meio ambiente e ecologia: conceitos.
Meio ambiente e ecologia: conceitos.Meio ambiente e ecologia: conceitos.
Meio ambiente e ecologia: conceitos.
 
Sustentabilidade ambiental
Sustentabilidade ambientalSustentabilidade ambiental
Sustentabilidade ambiental
 
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 009
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 009Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 009
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 009
 
Ameaças à Biodiversidade
Ameaças à BiodiversidadeAmeaças à Biodiversidade
Ameaças à Biodiversidade
 
Ecossistemas aquáticos
Ecossistemas aquáticosEcossistemas aquáticos
Ecossistemas aquáticos
 
ConservaçãO De Alimentos (Powerpoint)
ConservaçãO De Alimentos (Powerpoint)ConservaçãO De Alimentos (Powerpoint)
ConservaçãO De Alimentos (Powerpoint)
 
Tratamento de efluentes
Tratamento de efluentes Tratamento de efluentes
Tratamento de efluentes
 
3. aula biorremediação
3. aula biorremediação3. aula biorremediação
3. aula biorremediação
 
Aula de Gestão Ambiental - UMC
Aula de Gestão Ambiental - UMCAula de Gestão Ambiental - UMC
Aula de Gestão Ambiental - UMC
 
Gestão Ambiental 01 - Introdução a Gestão Ambiental e Sustentabilidade
Gestão Ambiental 01 - Introdução a Gestão Ambiental e SustentabilidadeGestão Ambiental 01 - Introdução a Gestão Ambiental e Sustentabilidade
Gestão Ambiental 01 - Introdução a Gestão Ambiental e Sustentabilidade
 
Bioquímica dos alimentos
Bioquímica dos alimentosBioquímica dos alimentos
Bioquímica dos alimentos
 
Recuperação de áreas degradadas
Recuperação de áreas degradadasRecuperação de áreas degradadas
Recuperação de áreas degradadas
 
Ações humanas e alteracoes ambientais
Ações humanas e alteracoes ambientaisAções humanas e alteracoes ambientais
Ações humanas e alteracoes ambientais
 
Aula SUSTENTABILIDADE
Aula SUSTENTABILIDADEAula SUSTENTABILIDADE
Aula SUSTENTABILIDADE
 
Eutrofização
EutrofizaçãoEutrofização
Eutrofização
 
Educação ambiental e sustentabilidade
Educação ambiental e sustentabilidadeEducação ambiental e sustentabilidade
Educação ambiental e sustentabilidade
 
Impactos ambientais intensivo
Impactos ambientais intensivoImpactos ambientais intensivo
Impactos ambientais intensivo
 
Aula 1 introdução à tecnologia de alimentos
Aula 1 introdução à tecnologia de alimentosAula 1 introdução à tecnologia de alimentos
Aula 1 introdução à tecnologia de alimentos
 
Ecologia 3º ano
Ecologia 3º anoEcologia 3º ano
Ecologia 3º ano
 

Destaque (12)

Microbiologia da água
Microbiologia da águaMicrobiologia da água
Microbiologia da água
 
Aspectos fundamentais da microbiologia analítica da água
Aspectos fundamentais da microbiologia analítica da águaAspectos fundamentais da microbiologia analítica da água
Aspectos fundamentais da microbiologia analítica da água
 
Caracteristicas y propiedades del agua a nivel molecular
Caracteristicas y propiedades del agua a nivel molecularCaracteristicas y propiedades del agua a nivel molecular
Caracteristicas y propiedades del agua a nivel molecular
 
Manual analise agua_2ed
Manual analise agua_2edManual analise agua_2ed
Manual analise agua_2ed
 
Qualidade da água
Qualidade da águaQualidade da água
Qualidade da água
 
Qualidade aa água
Qualidade aa águaQualidade aa água
Qualidade aa água
 
Aula 11 qualidade de água
Aula 11   qualidade de águaAula 11   qualidade de água
Aula 11 qualidade de água
 
Qualidade da Água
Qualidade da ÁguaQualidade da Água
Qualidade da Água
 
Aulas práticas microbiologia
Aulas práticas microbiologiaAulas práticas microbiologia
Aulas práticas microbiologia
 
Aula de microbiologia ppt
Aula de microbiologia   pptAula de microbiologia   ppt
Aula de microbiologia ppt
 
Microbiología del agua
Microbiología del aguaMicrobiología del agua
Microbiología del agua
 
A Guide to SlideShare Analytics - Excerpts from Hubspot's Step by Step Guide ...
A Guide to SlideShare Analytics - Excerpts from Hubspot's Step by Step Guide ...A Guide to SlideShare Analytics - Excerpts from Hubspot's Step by Step Guide ...
A Guide to SlideShare Analytics - Excerpts from Hubspot's Step by Step Guide ...
 

Semelhante a Microbiologia aplicada aula10 água

Esgoto Doméstico: Impactos Ambientais e Sociais
Esgoto Doméstico: Impactos Ambientais e SociaisEsgoto Doméstico: Impactos Ambientais e Sociais
Esgoto Doméstico: Impactos Ambientais e Sociais
Nathália Vasconcelos
 
Macroinvertebrados Aquáticos como Bioindicadores da Avaliação da Qualidade de...
Macroinvertebrados Aquáticos como Bioindicadores da Avaliação da Qualidade de...Macroinvertebrados Aquáticos como Bioindicadores da Avaliação da Qualidade de...
Macroinvertebrados Aquáticos como Bioindicadores da Avaliação da Qualidade de...
Samuel J. Tacuana
 
51.3.poluição e degradação de recursos2011.iiip.aqua.trata.residuos
51.3.poluição e degradação de recursos2011.iiip.aqua.trata.residuos51.3.poluição e degradação de recursos2011.iiip.aqua.trata.residuos
51.3.poluição e degradação de recursos2011.iiip.aqua.trata.residuos
Leonor Vaz Pereira
 
6º ano cap 15 a água e o tratamento da água
6º ano cap 15 a água e o tratamento da água6º ano cap 15 a água e o tratamento da água
6º ano cap 15 a água e o tratamento da água
ISJ
 
Aula 05 ciclos biogeoquimicos
Aula 05  ciclos biogeoquimicosAula 05  ciclos biogeoquimicos
Aula 05 ciclos biogeoquimicos
mikerondon
 

Semelhante a Microbiologia aplicada aula10 água (20)

Indicadores_de_qualidade_de_agua.ppt
Indicadores_de_qualidade_de_agua.pptIndicadores_de_qualidade_de_agua.ppt
Indicadores_de_qualidade_de_agua.ppt
 
Indicadores_de_qualidade_de_agua.ppt
Indicadores_de_qualidade_de_agua.pptIndicadores_de_qualidade_de_agua.ppt
Indicadores_de_qualidade_de_agua.ppt
 
eutrofizao.ppt
eutrofizao.ppteutrofizao.ppt
eutrofizao.ppt
 
Phytoplankton
PhytoplanktonPhytoplankton
Phytoplankton
 
Caixas d'água cryptosporidium
Caixas d'água cryptosporidiumCaixas d'água cryptosporidium
Caixas d'água cryptosporidium
 
Apresentação luiz di bernardo 1- seminário cianobactérias
Apresentação   luiz di bernardo 1- seminário cianobactériasApresentação   luiz di bernardo 1- seminário cianobactérias
Apresentação luiz di bernardo 1- seminário cianobactérias
 
Principais processos de_tratamento_de_água_de_abastecimento_-_tania
Principais processos de_tratamento_de_água_de_abastecimento_-_taniaPrincipais processos de_tratamento_de_água_de_abastecimento_-_tania
Principais processos de_tratamento_de_água_de_abastecimento_-_tania
 
Apresentação fernando jardim - seminário cianobactérias
Apresentação  fernando jardim - seminário cianobactériasApresentação  fernando jardim - seminário cianobactérias
Apresentação fernando jardim - seminário cianobactérias
 
Ciclo Biogeoquimico
Ciclo BiogeoquimicoCiclo Biogeoquimico
Ciclo Biogeoquimico
 
Estudo do líquido percolado da leira de compostagem
Estudo do líquido percolado da leira de compostagemEstudo do líquido percolado da leira de compostagem
Estudo do líquido percolado da leira de compostagem
 
Esgoto Doméstico: Impactos Ambientais e Sociais
Esgoto Doméstico: Impactos Ambientais e SociaisEsgoto Doméstico: Impactos Ambientais e Sociais
Esgoto Doméstico: Impactos Ambientais e Sociais
 
Macroinvertebrados Aquáticos como Bioindicadores da Avaliação da Qualidade de...
Macroinvertebrados Aquáticos como Bioindicadores da Avaliação da Qualidade de...Macroinvertebrados Aquáticos como Bioindicadores da Avaliação da Qualidade de...
Macroinvertebrados Aquáticos como Bioindicadores da Avaliação da Qualidade de...
 
nucleos-do-io-nucleo-oceanograifa-quimica.pdf
nucleos-do-io-nucleo-oceanograifa-quimica.pdfnucleos-do-io-nucleo-oceanograifa-quimica.pdf
nucleos-do-io-nucleo-oceanograifa-quimica.pdf
 
51.3.poluição e degradação de recursos2011.iiip.aqua.trata.residuos
51.3.poluição e degradação de recursos2011.iiip.aqua.trata.residuos51.3.poluição e degradação de recursos2011.iiip.aqua.trata.residuos
51.3.poluição e degradação de recursos2011.iiip.aqua.trata.residuos
 
6º ano cap 15 a água e o tratamento da água
6º ano cap 15 a água e o tratamento da água6º ano cap 15 a água e o tratamento da água
6º ano cap 15 a água e o tratamento da água
 
Aula 4 protozoários
Aula 4   protozoáriosAula 4   protozoários
Aula 4 protozoários
 
Aula 05 ciclos biogeoquimicos
Aula 05  ciclos biogeoquimicosAula 05  ciclos biogeoquimicos
Aula 05 ciclos biogeoquimicos
 
Ct sam qde-agua-pescado
Ct sam qde-agua-pescadoCt sam qde-agua-pescado
Ct sam qde-agua-pescado
 
Agua2
Agua2Agua2
Agua2
 
Agua
AguaAgua
Agua
 

Mais de Amanda Fraga (12)

2012 4. método de tomada de ações com base em indicadores de qualidade o ca...
2012 4. método de tomada de ações com base em indicadores de qualidade   o ca...2012 4. método de tomada de ações com base em indicadores de qualidade   o ca...
2012 4. método de tomada de ações com base em indicadores de qualidade o ca...
 
Check list de preparação para a auditoria interna (3)
Check list de preparação para a auditoria interna (3)Check list de preparação para a auditoria interna (3)
Check list de preparação para a auditoria interna (3)
 
2011 etapas necessarias_implantacao_sistema_gestao_integrado
2011 etapas necessarias_implantacao_sistema_gestao_integrado2011 etapas necessarias_implantacao_sistema_gestao_integrado
2011 etapas necessarias_implantacao_sistema_gestao_integrado
 
35 artigo sistema qualidade x controladoria
35 artigo sistema qualidade x controladoria35 artigo sistema qualidade x controladoria
35 artigo sistema qualidade x controladoria
 
807 etica conduta_por
807 etica conduta_por807 etica conduta_por
807 etica conduta_por
 
Microbiologia aplicada aula13 alimentos
Microbiologia aplicada aula13 alimentosMicrobiologia aplicada aula13 alimentos
Microbiologia aplicada aula13 alimentos
 
Microbiologia aplicada aula12 solo
Microbiologia aplicada aula12 soloMicrobiologia aplicada aula12 solo
Microbiologia aplicada aula12 solo
 
Microbiologia aplicada aula11 ar
Microbiologia aplicada aula11 arMicrobiologia aplicada aula11 ar
Microbiologia aplicada aula11 ar
 
Microbiologia aplicada aula08 fisiologia
Microbiologia aplicada aula08 fisiologiaMicrobiologia aplicada aula08 fisiologia
Microbiologia aplicada aula08 fisiologia
 
Microbiologia aplicada aula03 microrganismos
Microbiologia aplicada aula03 microrganismosMicrobiologia aplicada aula03 microrganismos
Microbiologia aplicada aula03 microrganismos
 
Microbiologia aplicada aula01
Microbiologia aplicada aula01Microbiologia aplicada aula01
Microbiologia aplicada aula01
 
253 publicacao09042012101719
253 publicacao09042012101719253 publicacao09042012101719
253 publicacao09042012101719
 

Último

421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
LeloIurk1
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
azulassessoria9
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
LeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
azulassessoria9
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
FabianeMartins35
 

Último (20)

PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 

Microbiologia aplicada aula10 água

  • 1. Microbiologia APLICADA CEMAL- Meio Ambiente -Turma 0113 Prof.: Msc.Amanda Fraga Disciplina: Microbiologia Aplicada
  • 4. Introdução  No meio aquático os nutrientes estão diluídos: - baixa diversidade microbiana  A presença de matéria orgânica aumenta sua atividade Os microrganismos podem: • mudar a composição química da água • fornecer nutrientes para outros organismos • representar um grande risco para a saúde
  • 5. a) Temperatura • superfície: - varia de 0 ºC nos pólos a 40 ºC nos trópicos • sob a superfície: - 90 % do ambiente marinho estão a 5 ºC PSICRÓFILOS • nas fendas oceânicas: - habitats com alta temperatura (acima de 100 ºC) TERMÓFILOS » Pyrodictium occultum (ótimo 105ºC, Itália) O ambiente aquático Os microrganismos dependem das condições físicas e químicas
  • 6. Nas baixas e médias latitudes ocorre uma variação brusca da temperatura: - A termoclina, importante na distribuição dos microrganismos Mudanças da temperatura acarretam em alterações na densidade, viscosidade e solubilidade e oxigênio, que por sua vez podem influenciar na flutuabilidade, locomoção e respiração dos organismos.
  • 7. Coleta de amostras nas Fossas Marianas (Filipinas, Oceano Pacífico) a uma profundidade de 10.000 m b) Pressão hidrostática – pressão devido a coluna de água: danos às células – BAROFÍLICOS, encontrados a 2500 m de profundidade (vesículas de gás) – em profundidades acima de 4000 m, ocorrem os BAROFÍLICOS EXTREMOS
  • 8.
  • 9. c) Luz – A vida na água depende, direta ou indiretamente, dos produtos da fotossíntese • Algas e cianobactérias são os principais microrganismos fotossintetizantes encontrados nos ambientes aquáticos - estão limitados às regiões superficiais O ambiente aquático
  • 10. d) Salinidade – água doce: 0 % – água do mar: 2,75 % de NaCl + outros sais +/- 3,5 % HALOFÍLICOS – lagos salgados (ex.: Salt Lake, EUA): 32 % HALOFÍLICOS EXTREMOS O ambiente aquático
  • 11. e) Turbidez Material suspenso: • partículas minerais: erosão das rochas, solo • microrganismos suspensos • matéria orgânica: tecidos vegetais e animais O ambiente aquático Ao mesmo tempo que impede a passagem da luz, serve de superfície de adesão e fonte de nutrientes
  • 12. f) pH – A maioria dos microrganismos aquáticos cresce melhor próximo à neutralidade – pH dos oceanos: 7,5 - 8,5 – lagos e rios: variação ampla • Archaea de lagos do sul da África: 11,5 • Archaea de geisers: 1,0 O ambiente aquático
  • 13. • Nutrientes • orgânicos e inorgânicos – nitratos e fosfatos: » algas eutrofização O2 crescimento de outros organismos • carga de nutrientes: – águas próximas à praia: variável devido aos esgotos – águas de mar aberto: estável e baixa » baixo fitoplâncton (baixo N e Fe) » baixa atividade heterotrófica » atividade fotossintetizante: cianobactérias • efluentes industriais: presença de antimicrobianos » alguns microrganismos convertem tais substâncias em formas menos nocivas: Pseudomonas spp.: mercúrio metil mercúrio (volátil) O ambiente aquático
  • 14.
  • 15. Água potável: livre de microrganismos patogênicos e de substâncias químicas nocivas Rios, riachos e lagos estão sujeitos a poluição: - esgoto doméstico - agricultura - dejetos industriais A água pode ser límpida, inodora e sem sabor e mesmo assim não ser potável, devido a presença de contaminantes (físicos, químicos e biológicos) Microbiologia da água potável
  • 16. Físicos Asbestos Resíduos industriais Câncer Argila suspensa Precipitação Interfere com tratamentos sanitários Químicos Metais pesados Indústrias Várias doenças Sulfatos Algicidas e minas Diarréias Nitratos Fertilizantes Metemoglobinemia Sódio Amaciantes de água Retenção de fluidos Doenças do coração Pesticidas Agricultura Várias doenças Clorofórmio Indústria Câncer Biológicos Bactérias Fezes e urina Febre tifóide Shigeloses Salmoneloses Gastroenterites Tularemia Leptospirose Vírus Fezes Hepatite Poliomielite Gastroenterites Protozoários Fezes Disinteria amébica Giardíase Balantidíase Poluentes Possível fonte Efeitos adversos
  • 17.  Necessidade de métodos de purificação Microbiologia da Água Potável Re-utilização da água - Processo natural como parte do ciclo hidrológico - O crescimento populacional, o uso industrial e a irrigação forçam a reciclagem mais rápida da água.
  • 18. Purificação da água • áreas rurais: poços e fontes (filtração pelo solo) • cidades: estações de tratamento
  • 19. Microrganismos patogênicos na água Bactérias Salmonella spp.: enterites Vibrio cholerae: principais problemas associados à falta de cuidados sanitários Shigella spp.: disenteria Yersinia enterocolitica: gastroenterite aguda Escherichia coli: linhagens patogênicas (enterites) Clostridium perfringens: enterite, gangrena gasosa Vibrio parahaemolyticus: gastroenterites Pseudomonas aeruginosa: infecções nos olhos, ouvidos Staphylococcus aureus: infecções cutâneas, garganta e intoxicações alimentares Leptospira spp.: hepatite, conjuntivite e insuficiência renal
  • 20. Fungos: - saprófitas e parasitas de peixes - Candida albicans: levedura que causa infecções da pele e mucosas - Geotrichum: fungo dermatófito Protozoários: ciliados Giardia lamblia: esporos resistentes ao cloro amebas Entamoeba histolytica: amebíase (doença intestinal) Vírus: Hepatites A e B Gastroenterite infecciosa não bacteriana Poliomielite
  • 21. O monitoramento de todos os microrganismos patogênicos é difícil e anti-econômico: - meios de cultura e metodologias diferentes - dificuldade de analisar os resultados Microrganismos indicadores de qualidade da água - O que é um microrganismo indicador? - Qual seria o ideal?
  • 22. Indicador ideal de qualidade da água  Ocorrência e desaparecimento concomitante com patogênicos  Densidade populacional diretamente relacionada com o grau de contaminação  Maior sobrevida que a dos patogênicos  Ausência em água potável  Fácil detecção e recuperação laboratorial  Não prejudicial à pessoas e animais  Manipulação segura
  • 23. Escherichia coli e outros coliformes • Bacilos curtos • Gram – • Fermentam a lactose (lac+) com produção de ácido e gás, dentro de 48 h a 35 ºC. - Escherichia: coliformes fecais - Enterobacter, Citrobacter, Klebsiella: coliformes ambientais (fezes, vegetais e solo) ► a fermentação da lactose é a chave do teste Presença de coliformes totais não indica necessariamente contaminação fecal ou ocorrência de enteropatógenos.
  • 24.
  • 25. • Análise bacteriológica da água Metodologia: • teste presuntivo • teste confirmativo • teste coliformes fecais • teste completo (prevê o isolamento) • membrana filtrante
  • 26. 10 ml por tubo 0,1 ml por tubo 1 ml por tubo incubação a 35 ºC/24-48 h: formação de gás - NMP Amostra de água Técnica dos tubos múltiplos para determinação do Número Mais Provável (NMP) de coliformes Teste presuntivo: caldo lauril triptose (caldo lactosado)
  • 27. Tubos com gás do teste anterior Tubos com caldo lactosado + bile verde brilhante Incubação a 35 ºC/24-48 h Teste confirmativo:
  • 28. Tubos com gás Caldo lactosado do teste confirmativo incubação a 44,5 ºC Teste coliformes fecais: Coliformes fecais fermentam a lactose a 44,5 ºC até 48 h Coliformes não fecais fermentam a lactose somente até 37 ºC
  • 29. Teste da membrana filtrante: Colônias típicas: brilho metálico em meio Teague Colônias típicas: azuis
  • 30. Método substrato cromogênico/fluorogênico - Baseia-se na utilização de substratos análogos à lactose - Específicos para Escherichia coli Exemplos: ONPG-MUG ONPG - Orto Nitrofenil Galactopiranosídeo MUG - Metil-Umbeliferone Galactopiranosídeo Ferramenta poderosa para identificação de Escherichia coli (teste confirmativo) Luz UV
  • 31. Teste para separar Escherichia coli de outros coliformes Enterobacter aerogenesEscherichia coli
  • 32. Classificação das águas interiores do território nacional Classe Características microbiológicas DBO OD Utilização colif. totais colif. fecais mg/L mg/L 1 < 1 < 1 ----- ----- Potável 2 ≤ 5.000 ≤ 1.000 ≤ 5 > 5 Recreação Irrigação (frutas, hortaliças) 3 ≤ 20.000 ≤4.000 ≤ 10 > 4 Pesca Consumo animal 4 > 20.000 > 4.000 > 10 >0,5 Navegação Indústria Irrigação (grandes culturas))