Este documento descreve as características gerais do reino Animal, com foco nas esponjas. As esponjas são consideradas os animais mais primitivos, com estrutura corporal simples constituída de células. Apesar disso, sua estratégia evolutiva foi bem-sucedida, pois foram um dos primeiros animais a se formar. Há milhares de espécies de esponjas aquáticas, a maioria vivendo em águas costeiras rasas e quentes.
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
Os principais aspectos das esponjas
1. 9.1 O reinoAnimal
O . ir. Anr | :rlrel ,. ôrS.ri'nn' heerorÍo-
lJ. r., lr , el, h e. qrr pô .úrrì e..do..o?or.
b(rn Jrfirrdo. A or r. r. .1,^Jnir,ï' ( 1rna.
. b c r:. p'{iì .rdo.rJ..: .lL. plp. r r rJ,n.
paÍÍ de primìtivosprotozoártuscoloniai!. pÌo-
!avelÌncDtcflagelados.
A evoluçiodosàDnìiisfoifortemenlemaÌca
daporsuaeslratégiâahìeÌrtar.queéheleÍo[ofi.{.
Desenvoh,eÍÀn seeÍruüfas corporaìscsp.cirliTa
drs em loüìliz,Ì e ceturar alinìerìtoc trmlínr unl
ssteìnanervosoquecoordenavaessascour.asrti
vid.ides.Durìrltc â evoluçãodos .ìnìn.ìishoule
graÌde aÌrmenftìdâcoììplexidade coÌ?oÌâÌ. surgnr
do sistemasdc iÌgãos especìalizadosDâ.ligcstão.
n{ rcspiração.n.ì excreçãoe na Ìeprodução. enft
olrtros.A presençae esrdlull:t cìcsse!irfãos e sis-
teÌnas!rÌìrm nlì! diferentesespécics.coÌstituindo
o pnnciprìlcritóriopamsuaclâssific.ção.
De aco.doconra organizaçnobísicado cor-
1)o.os annnâissãoclassifìcadoscm ìÌ{is de 35
filos. EntrcLâÌto. estudirelnos âpcDr$os filos
lna1sexprcssivos,que sedesLac.rmpelo número
de espócicsou pelosncessocìn polodr oscÌiver-
sosânrbÌentesda TeÍr. (Fig. 9.l)
AlguÌs bióÌogoscoslumrìì sübdilidÍ o reì-
noAr'ìimd eìì doissub-reinos:Prìrâzoâ,no qual
sãoclassilìcadâsâsesponjas.e Eunì€tâzoà,no
qual estão nrcluídos todos os outros anììnÂis.
Essadiìsão se baseiarìo tìto dc as elponjas
apresentarcnorg,ìDi7açãocorporalbaslÍrnrcsiÌn
pÌes.no quecìiÍcrcmde todosos outÌosannÌais.
9.2 Característicasgerais
dasesponjas
As esponiassão ânìÌÌì,ììsde camcteíÍlcâs
primitivas,masslr.ìcshrégia cvolutivr é inegâ
velmentebenl succdida,pois essegÌxpo dc ani
nìaisfbì unì dosprinìeirosâ sefoÌnÌar e é ,ìbuD
As espoDjâscon!Ììtücmo flo Poriferâ (do
gregoporis.poì1).c p]Ìotus,portador),qucsignì
flca "porcv). csponjoso".TanbérÌì sãodcDonri
nâdâsespongiáriosou poríferos.
O filo Porifera é dividido cm trê! classes,
dc icordo com os eÌeìÌentosde suúenttLçãoes-
qucÌéticr presentes.A classeCâlcârea reúne
reprcscnLantescoÌn eÌementosesqueléri.os,de-
nominâdosespículas.coììpostos de câ$onnto
decÍÌcn) (cspículascaÌcáriat. A cÌâsseHexac-
tin€llida reúne represcnrantescolÌ espícu1as
compostasde sílica (espícutassiÌicosat. A
cÌrsseDesmospongiãereúnercpresentanÌes
quc tântopodenrâprescntÂrespículâssilicosas
como fibrâsde umaprorín-achamadaespongi
na. Em rlgünìâs cspécies,cspículassiÌicosâsc
nbrâs de espongnú esrãopresenresno mesmo
2. Outros[ilos
2.000
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-..-.,..4.:2a7''
54000
-ir^,í ii
ó.000
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i_ r/
4.000 .000 r5.000
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""H''Jti*Figurd?.1 Gróficoquecomparoo númerodeespéciesdosprinclpolsfilosdo relnoAn mo
O terÌno 'csponjr" fal leÌnbrtr
nnr objeto dc lcxtrÌrâtorosx e nra
ciâ.Fofamessasctu!lid{desquele
var{DrosanÌisrìsgìrgos r usarocs
qucÌctopoÌ$o e lÌoÌícÌ dc ccitrs
cspoDjasmxfìÌìhaspaÍâpoìn clDÌÁ
c armadurâsde nìcltÌì.JÍ os Ínìâ
Ìos, alaìì de utiìirar as csponjrs
Ì n nrÌrr büìhoc pufâbficare!
íÌcgõcs.tiÌhanÌo cuìi(ÁohÍbito.1e
cDchxrcáhs conì ììrlÌ). cÌcmcn
do âsp.ìrâbeber (Fìg.9 l)
!ilW..l*l'i!-l.l.':tL
':iguÌô 9., Sègundoos especiolìstos,ÕsesponÌosnoluros, opesoÍ
do preçoèlevodo,sõo mêhoès gre quolquerespono ortifico.
150
3. As espolja.s crescen aderidas a substratos
submersos.tais como nâdeirâ, pedras.concbâs
etc.Por nãoapresentâÌquaÌquermovimentâção
ou rcação aestímulos, elâs1-oram,durante müito
,empo.con.rderiJrplânr.,'.A simplìcìdude,le
ceÍas esponjasé tal que, se foÌem tituÌadas e
passadasatravés de umâ peneirâ lìnâ, de modo
que suascélulâsse sepârem,estâspoderãose
reasrupar e reseneÌaf uìÌa nova esponjâ. seÌne
Ìhante à o.ìginaÌ.
Espoüas são organismosimóveis, porém
câpâzesde moviÌnentaÌa águaao seuredor.Se
pequenâspâÌ!ícuÌas coÌoridas foreÌn erpâÌhâdas
cÌÍ Lomode urÌâ esponja,veremosqueelâssão
atraídar eìn direção âo animaÌ. penetrando em
seucol?o atravésde microscópicosporos.E âs-
siÌn que a esponjase âlinentâ: ela êspiralentâ
ìnente a águaque â cercâ, de onde retÌra paíícü
Sãoconhecidasquâse5 ÍnìÌ espéciesde es
ponjas.iodasaquáticas.A nxìorìa vive no nar,
geraÌmenre em águÀscosteirâs. râsase quentes.
Há umaspoucasespécjesde águâdoce,quevi
leÍn em dos e Ìâgosde águahìpâ. (Fig. 9.3)
9,3 Organizaçãocorporal
eÍisiologiadasesponjas
Anatomia
A 1-oÍma.a texturae â coÍ dâsesponjasva-
riam nâsdìfèrentesespécies.AÌguÌnassãoma-
cias e flexíveis, seNindo como esponjâde ba-
nhoi orìlÌâsÌembÌampequenosvâsosdeparedes
espinhosâsou laçasde pâredesporosâs.Muitas
espécicsformamcrostasporosâs,geraÌmenleco-
loridas. sobÌe ÌnâdeÍa, conch$ erochâssìbmer-
sas.Qüân1oàs cores,podemser amâÌeÌas,ver-
melhas.violeÌâs ou negrâs.AÌgünâs esponjas
sãoesreÌdeâdas,devÌdoà pÌesençâdeaÌgâsver-
desmicroscópicasem suascélulas.
Ári,,L,uu o
aeí:r eponjJ. lembÍdn uÍÌ d'o. com !
br,c JdendJao.rb,rraro. O onlrcro.pono
-
hd'(d -bo(r" do r.,or e,lenorìinadods|julo
rd,,l:rrì o'cu/üm.úm nurirode bocd. A pJre-
de dn . orpo deLmiraLmâ r â,dide ce ìrÍal.o
átrio ou espongiocela.
Figurd9.3 As espôiÌosopresentomsêsobvoriôdos
Íormosecores.A moloro delôshobitôóguoscosieÌrqs
de moresilôpicoke subkopl.ok.Acimo,omblenle
ondevivêmdlveBosespéciesdêesponio.
151
4. fi|.
'lLi
iJl{l.L
A pal€dedo coryo dasesponjasé consritui
clr por diversoslipos dc cóltrlas.suÍentadaspor
cleìnenÌosesqneìólicos.Sãoelas:
lÌn:ìcócitos. célulasacharadrsqucrcvcslcìÌ
 pirte exÌcrnr dasesponjascon]o trmr csÉ.ie
CoâÍócitos! célulasflagcÌâdas.dot.Ìd,ìsde
um.ìcxFn!ão ÌnenÌbrl]ros.ìcm forìa de colari-
r'ìho,qucrevestemo átÌiod.lscspoDjâs.É o Ìnovj-
ncnlo dosflagelosdoscoânócitos.luecriaacor-
Í:Dtc líqüidaqueciÌcÌrÌâaLnvasdo.orpo dases-
ponjrs.Íâzendo paÌ1ículâsDuLritilase oxìgênio.
^m€bócitos,
cóìulasli'res.preseotesnâ
substânciageì.ìLinosrlocalìzadaentrc as camâ
dasde pìnâcócitose coarócitos.Os .ìncb(icir{)s
origìrìanìlodos os tipos de céÌuÌâdascspoDj{s.
sendoresponsáveispof seucrescimentoc câpr
cidÂdede Ìtgcner.ção.
Porócitos,célúas dotadasde um poro .en
tnl queas atravessade lrdo a lìdcì.Localizam-
sci de espaçosenì espaços,na pâìededo corpo
daselponjas.e é atra!ésdelasqLìeâ Ígua pene-
trâ Ìo áÍjo. (Fìg.9..1)
r1ú1,,Ic.')N,rdúltx
As espnjas Ìnanrênrsuafolmâ por lncio de
cÌeÌnentosesqueléticosdisrfibuídoscÌh.c rs.é
lülas do corpo. Estespodem seÌ dc rìois ripos
bísìcos: frbras protéicas ou espículâs minc-
Íais de caÌòonatode cáìcio(CaCO.)on de sílica
( H,SiìO.).(Fìs.9.5)
LrllÀir,ii,i ilìtÌrlr
Quantoà eÍnìturâ corporal.âsesponjaspo-
denrsefde trêstÌpos:áscon,síconc lêucon.
/.tÌì
(.ró,.)
Ltr
fló
dq pqrededê umosponio simples,mostrondoosdìÍerentesiiposdê céluloqueoFiguro9.4 OÍgonizoçõo
152
6. O tipo áscontem paredefina, peÍfurada pol
poros que âlingem diretamenteo átdo; este é
completanenterevestidopor coanócitos.
O npo síconpossuipaÌedeuln pouco nìaìs
espessaqueo tipo áscone âpÍesenrâcnnâisfbr-
radosde coânócitos,quedesembocâmno átrìo.
O tipo nais conpÌexo é o lêucon,em quea
pâÌededâ esponjaé espessae apresentacâmârâs
foÍâdâs de coanócitos.as câmârâs vibÍáteis,
que secomunicamcoÌn o átdo atravésde finos
câüâis.(Fis. 9.6)
AspectosÍisiológicos
uLnçio
As esponjasobtêm aÌinênto filtrando aágua
que fìca ao seuredor. O bâtiÌnento contínuo dos
flâgeÌosdoscoanócitos,queÌevestema cavida-
de âtrìaÌ,IoÍça ê saídadâ águaatravésdo ósculo
e.emconseqüênciajlàz com queaáguÂaoÌedor
dâesponjâsejasugadaepenete pelosporócitos.
Juntâmentecom a águachegam ao átrio paÌtícu,
Atrio
Cômoros
vibróteis
Figuro9.ó OsÌrêslipôseí.uiuroisbósicosde
e5ponio:(aì ôscon'{B)si.onj{c) êucon.os
liposmoìscômpêxotsõo moiscompo.lôs,
lìeidôo óirioreduzidoem reloçõoò porede
corporol.r'Gsetos(emozuDindicomo cominho
doóguoquecncubnocorpodo esponio.
Coqnôcitos
Ílogelodos
154
il''-?,_õp
7. lasúmentaresmicroscópicâs,âÌémdeoxìgêúo
dissolüdo. As pârículas âlimenlaÌes,na mâioÌ
paÍe aÌgaseFotozoáriospÌanctônicos,sãocap-
tuadas eingeridaspeloscoanócitos.
O aÌimentoó digeridono citoplasmados
coanócitos.A digestãoé,portanto,intrâcelular.
OsnutÍientesexcedentesdifundem-seàsoutms
céluÌâsdo corpo.Resíduosnão-digeridossão
Ìânçâdosno átrio e eliminadosatravésdo óscu-
lo,jüntâmentecolna águaqüesai.
As esponjasnãoapresentamsistemasdiges-
tìvo, respiratório,ciÌculâtódo ou excretor.Sua
estratégiadesobrevìvênciatemporbêseacircu-
laçãodeásuêatÌavésdocorpo,promovidapelos
flêge1osdoscoanócitos.A ágüaquechegatrâz
nutrientesegásoxigênio,e âáguaquesâiseen-
carÌegâdeÌevâÌâsexcreçõese o gáscâÌbônico
pÌoduzidopetascéluÌas.
Emborâtambémnãoexistamsistemâsner
vosooumusculaÌ,asesponjâspodemmodificâr
Ììgeirâmenteaformadesuâscélulas,retmindoo
ósculoe aumentandooudiminuindoo tamanho
9,4 Reproduçãonasesponjas
Reproduçãoassexuada
FftgnenÌação
A elevâdacapacidadedeÌegeneraçãoapÌ€
sentâdapeÌâsesponjaspermilequefrâgnentos
eventuâlmentesepâÌâdosdeumindivíduoorigi
nemnovâsesponjâs.
BrctaÍìento
Muitas esponjasreproduzem-seassexuadâ-
mentepoÌ bÌotamento. Formam-seexpansões
oubroios,nâsuperfíciedaesponja-nãe,quepo-
demsesepârâÌdoorganismogenìtoreconstituiÌ
novosìndivíduos.O brotamento,semaposterior
sepaÌâçãodosbrotos,levaàfoÍmaçãoe âocres-
cimentodecoÌônias.
ceÍÌúl!ção
Certasesponjasdeáguadocefolmamestrutu-
rasdenominadasgêmulãs.Estasconsistemdeum
p€gueno"pacotedeamebócitos,abrigadosemum
envoÌtóriorcsisÌentequecontémespículas.
As gêmuÌassãocapazesdeÌesistbàfâÌtâde
águâdurânteumaestaçáosecapÌoÌongâda,em
queo ÌâgoouÌio ondea esponjavivesecapor
compÌeio,âtéqueretornemascondiçõesdeuÍn;
dadefâvoráveis,quandoosamebócitosseliber
tâmdo€nvoltôioeoriginamumânovaesponja.
(Fis.9.7)
Reproduçãosexuadâ
A maioriadasesponjasapÌesentareplodu-
çãosexuâda.AlgumâsespéciessãohermÂfrodi-
tâsoumonóicas,istoé.o rÌesÌnoindivíduofor-
ma gâmetasmâscuÌiÌrose femininos,enquânto
outrassãodióicâs,isaoé,osindivíduosâprôsen
tamsexossepâÌados.
Tanto os óvuloscomo os espermâtozóides
seformaìÌapâÍirdos âmebócitos-Osesperma
Figurd9.7 Acimo,folodeumoesponiode
ósuodee (sênercDrultolnoêpeo dos<o,
gônulos {e5truiuror
qronulososcloros).A dirêiro,desênhô
esq@mot(odo sèmulode umoesponiodo
155
8. Ìor(tidessãoliberêdos1'ìlìágurj enqììarÌoosó!u
ìosficarì prcsosà paredcdo corpod.ìcsponjâ.
Us csFrnrâtozóicìcsÌâdam adamcÌre pam
dentrodo Ítrio úr espoDÌâfêrnea.oÌìcìcp.Ìetrdln na
palcdcdocol?oe Íc.uDdaÌnosóvubsalipresenres
O zìg(Ío .ìssim 1ìnnddo se muÌÌitlica. originaftlo
uÌìü|qluerìbolxdecélulasflagcl.da.qÌlesebãns
lonÌr enÌütÌìal{ní! queerÌì,ìÌgurÌasespe!ìeqé r
pârênquímuìâ c. eÌn oúììs. .ìânfiblástulâ.
r ÌaNâ anfiblásruÌâ.rm cs1ágioìovcDr da
tìrtuÍâ csponja.se libcrra dâ pnfededo corpo.
atingiftk) o cxterioraÌrrvésdo ósculo Ap(isDa
daÍ du.rnte cerÌoterÌìPo.i] anfrblásnÌlasc fixa a
unì subsÍâto submersojorÌcÌcorìgjnauìÌa nova
Cono bÍ uìÌ estíg1ol{N:ìlcnLì.eozigoroc o
xdulto.diz scqucxsesponjasrprcsenranìdescn
!oÌ'inÌento indireto. (Fig. !l.E)
Fisuro9.8 Ciclosexuododeomoesponlc
1 Q"i*" 9.I AeursrçóEsEvoI,urrvÀsDosANrMArs
;liillr!rr!**s3.!ç ;q*rul*g1rr13M
Osbióogosconsiderarnasesponjasumgrupoà partedoreinoAnimat.
Sub-Ìeiro Ao contráriode rodosos oulrosânir.ais,etasnáopossuemcavÌdaded-
Parâzoà gestiva,ou seja,!m ocatdo corpoespecatizactona ctigesiãodosa imen-
tos.Eesseo prncipa nìotvodeasêsponjasestaremctâssiÍÌcadasnosub-
rêinoPaÍazoa.
Arquênlero e blastóporo
A presençada câvidaded gestva e uma adaptaçãoíundaíììentaao
modode v da helerotfóiico.umavez que o atimenlocapluradotem dê ser
procêssadoâftes que possâsêr apÍoveiladopetascélutâs.As esponlâs
os únicosanirnaissem cavidaded gestivâ,nrÍem-se apênasde pequenas
partrculasem suspensãona água,que sáo capturadaspetascé ulas por
156
9. O desenvolvÌmenioembrionáriodequalquerânirnálcomêçacornâscli-
vagensdacéiula'ovo,quedãoorigema umaf guraembrlonára chamadâ
bláslula.Eslaé umamassaesíéricadecélulascomuÍnacavidadenterna,
A b áslulapassaporumprocessodenorinadogastÍulâção,emque
umapaÍtedo eÍnbriãose dobrapaÍao int€Íor da blâstoceaj eslavai se
feduzndoprogÍessivâmenlee umanovacavidadesurgeemseulugar,o
arquênlero(dogregoarchãlos,antrgo,prfiiïvo, e entêíon,inlestìno).O
arquênlerooÍìginaráa cavidâdedigestrvanoanimaladulÌo,A abeÍlurâdo
arquênieropârao meioexleÍno,o blaslóporo,dependendodo grupode
animas,ofiglnaa bocao! o ânus,
Prolostômiosê deulêrostômios
Anirnaisemqueo blaslópoÍooriginaâ bocâsãodenominadosprolos-
tômios (dogregopfolos,primeiÍo,prirnilivo,e sloma,boca).O iermo"pro-
tostômio"ressallao íato de a bocaser o primeiroorifícioa surgirnoiubo
digestivo;o ânus,se houver,forma-seposterormente.Já os animaisem
queo blaslópoÍoorignao ânussãodenominadosdèulerostômios(dogre-
go dêuieros,poslêrior).O lermo"deuÌêrosiômio"ressata o íatode a boca
se Íormarposieriormenteao ânus,queé a prmeiraaberluraa surgiíno
lLbod qest:vo.(Fig.O9.,-1)
^^,..
PROTOSÌÔMlo
+
DEUTEROSTÕMIO
+
FisurcO9.l-l A moioriodo, orimoE nve ebrodosé prolosiômio,istoé, o blostoporcoriginoo boco.Os
Lri(o .ÕnimokdeJte'osdnio:e- oueo blos.oporoorignoo óiJs 5ôoosequinodemose oscordodos.
157
10. Diblásticosê triblásticos
OsanimaispodemseÍdlblásticos(dogregodi dois,e b/asios,aquiio
quegermina)oulriblásticos (dogÍegoii, três).EssadivisãosebaseÌano
númerode câmadasceutaresembrionádas,os folhetos geíminativos,
pÍesentesna gásìruia.Os diblástcostêm doÌsíothetosgerminâtivos,en-
quanloostriblásticostêmtrês.
Os cnidários(anêmonase águâs-vivas),porexempto,sãoanimaisdi-
blásticos.SuâgástrulaapÍesentaapenasdoisÍolhetosgêrminativos,o êc-
lodêrma,que revesteexternamenteo embíião,e o endoderma.ouê re-
vesteo arqüênreío
Comêxceçãodos cnidáÍiose de algunsoutÍosÍ tosde menorimpor-
tância,lodosos outrosanimâìssão tribtásticos,SuagástrulaapresenÌâ,
entreo êclodermae o endodêrma,umterceiroíolheìogerminaÌivo:o me-
O âpârêcimeniodoterceiíoJolhetogeÌmnativoiot(]mtatoimportaniís-
simona históriaevolulivados ânmais.E a parUrdo mesod€Ímaque se
oÍiginamosmúsculose ostecldosesqueléticose depreenchimêntodocor-
po.AnirnaisíiblásiicospuderamdesênvolveÍgÍandôcomptexidadecoÍpo-
Íã1.corÍ a Íormaçaode órqáose sisl€rìasIntegÍsdos.o que aàoocor;eu
comosdiblásticos.(Fig.Q9.1-2)
Ecrodemo Endodêmo
DBúSÏCO
TRBúSTICO
I+
Figuro49. t-2 O ôporecimentodomesodermoposibilnouoohocompldidôdeèstruturdlorinsidopeosonimos
hiblósti.os
158
11. Acelomados.Dseudocelomadose celomados
O apaíeciÍÌìentodo mesodermacÍ ou a possibilìdadede aumenlara
complexidadeesÍutural,como apaÍecimentodê novosóÍgãoscorpoÍals-
Enlretânìo,um corpopÍeenchidopor lecidomesodérmicomaciço,como
ocorrenos vermesplaielminlosâluais,não se Íeveloum!ito vanÌaloso.
Todasas célulasiêm de esiâí peítoda cavidadedigestvaparareceber
almentoe tambémpertodo exleriordo corpoparaÍecebeígásoxigênio,
lssonãoé possívêlemumcorpomaciço.
ComexceoáodosplateÍnintos,todososoutrosanimaislriblásticosde-
senvolveramcavidadescorporaisquegafantiramâ circulaçãodesubstân-
ciasnuiritivase gásoxigênloenre ascélulas.Deacoídocoma presençae
o lipo de cavidadecorporal,os animaisÍoíamdivididosem acelomâdos,
pseudocelomadose celomados.
Osúnicosanimaisacelomados(dogregoa,negaçáo,ê dolatimcel/a,
câvidâde)sãoos vermesachaiadosdoíilo dosp atelmlntos.Neles,lodos
os espaçosdo corposiluadosenlreâ carnadaexlerna,dêÍjvadado ecto-
deÍmâ,e a carnadamaisinteÍna,derivâdâdoêndoderma,sáopreenchidos
poítecidosderivadosdo mesoderma.
Poucosïi os de anjmaissão pseudocelomados(do gíegopseudos,
lalso),assirnchamadosporapÍesenÌarumacavidadecorporalapenaspar_
cìalmenlerevestda poÍtêcdode origemmesodéímÌca,
A maioÍiados íilos de anlmaistriblásticosé cêloma.la-O cêloma é
deíinidocomoumâcavidadecorporallotamenterevestidapor mesodeÍ-
nìa.(Fis.09.1-3)
ACELOMADO
I t"tod*'.
EIM*.d*..
E E"dod*..
Figuroa9.t_3 Equmos repesentoliwsde
trêstipôscorpo.oÌsbólicosprèsèntesêú
oniúoismekzúrios.O, plôìèlminirs{vmes
ochotodoísaoosúnicosoelomodos.Ne'
moielmintoslvemescilind co, e olsuro
outosíilosmenoresúo pseudocelomodos.
Todososdemohfiossõocelomodôs.
159
)
/"vPSEUDOCELOMADO
ã@
%
ffisCELOMADO
12. Esquizocelomadose ênterocelomados
OsarìimaiscelomadospodemserclassiÍicadosenìesquizocelomados
e enleíocelomados,deacordocoma maneirapelaqua srrgeo celoma.
Nosesqulzocelomados(dogregoschr2os,dividdo,Íêndido),o cetoma
se forÍnaa pariÌrde ÍendasinleÍnassurgidasnas mâssasmesodérmcas
doembÍáo.Nosenterocêlomados(dogÍegoer1êror,iniesUno),o cetoma
seÍorÍnaâ partirde bosasquebÍotamdotelodointesÍinoprlmitivo.(Fjg.
09.1-4)(Fig.Q9.l 5) (Tab.09.1-1)
ESQUIZOCELOMADO
I
riguroO9.1-4Origêns
esquizocélicoê enieÍo
célicodocelomoÍodosos
onimoispÍorostômioscelo-
modospo$lemreÕmÕdo
iipo squizocéhco;ió os
deuiêrosiômios.po$uêm
ENÌEROCEIOMADC)
13. lÀ
{tstr'
flguro qY,r-J a.voÍê nroqenercoque moÍro os
reloçõêsevolutivÒsênhêos principoisfilosonimqis.
{') Lrnicosaniíõú dê!brciômlos
Iobeloa9.I-l Closiíicoçõodosonimoisdeo.ordocomsloscorccrerhticosembrionárlos.
161