O documento descreve as principais características dos platelmintos. Os platelmintos são animais triblásticos com corpo achatado e incluem vermes parasitas e não parasitas. Eles se dividem em três classes: Turbellaria, Trematoda e Cestoda. A classe Turbellaria inclui os platelmintos de vida livre, como as planárias. As classes Trematoda e Cestoda incluem vermes parasitas de animais vertebrados.
1. 11.1 Caracteústicasserais
dosplatelmintos
Ofilo Platyhelninthes (dogregoplátlq pÌâ-
no,âchâtâdo,e úelrÌxr?.,tes,venne)reúneverrnes
dècoÌpoâchatêdo,dosquâisaspÌânáÌiâssãoos
representantesdevidalivre maisconhecìdos.
UrngÌândenúmerodepÌârelmintos.maisde
3 mil espáieqépâÌasitadeânjmaisvertebrados
e inveÍebÌâdos-Os plateÌmintosparasitasmais
conhecidossãoassoliLírias,ou têniâs.quevÌ-
vem nacêvidêdeintestinâldo homem,e oses
quistossonos,quehabitâmveiasdo fígadoe de
outrosóÌgãosabdominais,causandoaesquistos
somosenohoÌnem.(Fis.I Ll)
6
E
3
6
E
j
P
Fisurofl.Ì Represênroniesdo ÍilôPlÒrr,helminÈslemdiferentese*olosde omplioçaóI.ll Dusesiatisri"",
ho plônóriqdeósuod@epêrtencênlêò clôsseÌuòêlloriÒ.{B)sciisÍosomdmdisonio esquisrossomoporosiio
do Ílgodohumonopertencenteò clo$eTremo|odo.{C)Desenhodo toen,ô,oliun. o soli|oio,porosilodo
inle+inohomonôpe encenteò clos* Cestodo.A esquerdo,Íotodo "cobeço'(eÍól*) do elihrrio,ondês
podemvervêniÒsose gonchoiqueÍixomo vemeoo intesiino.
2. SiDdri!bihLcrrl
OsplâtelmintossãoosprimeiÌosolganism(rqnâ
escâlâzoológìcâââpresentâÌsimetriâ bilateraì.
Trir iìÌhúfs!únÌriüjos
Os platelmintos são os priÌneìÍos animais
triblásticos daescaiazoológica,isÌo é,possuem
tÌ€s folhetos germinativos em sua vida eÌnbrio-
!ária. (Fig. 11.2)
11.2 Classificaçãoediversidade
dosplatelmintos
Ex;stemaproximadanìente13Ìnil espécies
descritasno filo Platyhelminúes,divididasem
trêsclasses:Turbellâriâ(turbelários).Tremâ-
todâ(trematódeos)e Cestoda(cestóide9.
ClasseTurbellaúa
A clâsseTurbellariâreúneosplâtelmintos
dc vidâ ìivre.conhecidospopularmentecomo
pÌxnáriis,devidoaoseucorpoachatado.Aspla
náÌiâspodemseraquáticasouteffestrcs.
A planária deáguadoceDugesiati$inamede
eDtre I e 2 cìn de comprimento por,l a 5 Inm de
ìargurae pode serencontrâdaem córrcgose la,
goasde águaÌ;mpa,sobgâlhos,pedrasou folhas
subme$os.(Fig. ll.3)
FiguroI1.3 r'6ponóriôsterreskessôotuóelóriosdê
exrremidddesoÍilodosquevivemem ombienr,esdê
srondelmidode,$bre Íolhosourcbrroncoscoídose
pedrcsnointeriordemotosúmidos.
!
t
Cdidode disestivd CÍlio'
FigurcI I .2 Acimo,ospeciogêroldo p onóriodêóguodocê.Aboixo,cortekorsveBoldo co.podo plonóno,
mostrondoos diÍereniesiecÌdos.Os plolêlminlosopreseniomsimetriabilo|erole hêsIolhetosse.minoiivos
(rriblóíicos).
183
Epiderme EpiÉlioinretinol
(orisêmêndodérmicô)
3. ClâsseTrematoda
À classeTrematodâ reúnepÌaÌ€Ìminrospa
ÌasÍas.Algumasespécjessãoectoparasitâr(d;
gregoeclo. Íorâì.isÌoé. ivem gÍìrdadarnas
sup€rfíciesexteÌnêsdoco+o dohospedeiro,en
quânrooutÍasçáoendopârâsilas(dogego er-
dor,dentro),vìvendonointeriordocorpodeanì-
rnârsvertebmdos.(Fig. 11.4)
Os nemâlódeostemo co|poreeçridopo
Ì'macuutuìâÍerislenre.queo prolegeconúaâ
eenru s defesasdo hospedeiÍoqüeparasitdm.
Abocaiicâlorali,/adanâÍegião leriordocor
po.abrindoseem umafâringemuscuìo(âque
desembocaemum inÌerrinorarruficâdo.u re-
gião ânteriorexistem,geÍalmente,ventosases-
pecializadasnafixâçãodovermeâohospedeiro.
ClasseCestoda
A classeCestodareúnecercade2 mil espé,
ciesdeveÌmesendopsÌâsitas.astênias ou soli-
táriâs. O termo "têniâ" (do grego râírtá, fita.
Írâ) Ìeferc-seà foma do corpodessesaúimais.
que lernbÌauma fira. Jáo rerrno,,soli!tuia,,se
deveâofato de haver,em alguÌnasespéciesde
tênia,umúnicoveÌmepâÌasirandoo hospedeiro:
umatêniâjá jnstaladaliberasubstânciasqueim-
'pedemoutratêniadeseinstalâr.Issoevitaa su-
perpopuÌação,quepoderiaÌevaràmoÍe dohos,
pecleÌro.comconseqüenteperdadehospedâgem
e dealimentaçãopaÌao paÌâsita.
As têniasaduÌtâsvivem nointesrinodeani-
maisveÍebrâdos,geÌalmenteemmaÍÍfeÌos. Os
estágioslarvaispodeÍnocorrerem um ou mais
hospedeiros,quetantopodemserinvêrtebrados
lisÈóÌeriepÌoglóÌidès
AstêniaspossuemuÌnâdasexrÌemidadesâfi-
Ìâd4 teminando numaesÌrurutachamâdâescó-
lex, do taÍÌaDhode umacabeçade aÌfinere.Aí
existemvenÌosas,ganchosoüsulcosadesivosque
permitemafixaçAodoveme noint€stinodohos-
pedeiro.O Íesknte do corpodarêniâé fomado
porpaÌtesqueserepeterÌ!âsproglótides(oupro-
glotes).pÌesentesemnúmercdemiÌ oumais.
Gonchos
deÍixoçõo
FiguroI f.4 DivêBidodedoi temokd@5.Al @octlus ê un etoporosÌtoqueviveno superficiedos
brônquìosdepeixesdeóguodoce.@môcdrposetrutos.{Bl&}ìü^r5omomonsoniêumendoporoiioquevive
nointerio.dosveiosdoÍgodohumono.No épocodereproouçóôÒÍèmeo,mos*quio. obriooreemumwlco
e,iirerreoo rônsodo corpodó mocho.lclFd.rólo Leporcoè umêndopô,os,bd; Ísodo d; cohei,os.
184
4. 7
EÍobìizacão
ï:ïi:1,ï::ï:":ïï;ï:[:"ïïiï'::i;"ï
As proglótidesseoriginâmnâÌ€eiãojunto ao amadurecercompletamente,sedestâcâme
âoescólex,porumprocessodedivisãotrâìsveÌ sãoeÌiÌninâdasdo corpodo hospedeiro,juntâ
sâldocoÌ?o,denominadoestrobilizâção.Novas menlecomâsfèzes.(Fig 11.5)(Tâb-11.1)
Gonóos Venrosos Suco
^ ^
od"i.o
^
""ffiffi dli&n'Kí bí
,"-i:":j:--Ëí Yí Fã
prôsióiiJd I pi,,n r. sdsinatd D.lotus
lórsòoóPulodor) PorÔgeniìol
figuío I | .5 Acimo,es<ólicesdeiÉs espêciesdeiênia.No centrc,corpodêumqiênio,cômpôslopôr.enlenos
deprcslóiides.Auandoimoturcs,osprcslóiidoscontêmmúsculôs,mêsênquimôecélulos{omoligodoso conois
ekreloÈs,olémdedoiscordõesnêrvossloigÍludinois.A medidoquevoiseoÍostondodoescóls,o proslótide
omodurê.esexuolnêiie,fornondôórgõosreprodutìyosmo<ulinosefemininos.O desenhoiníe ormoshoumo
prcgldide*xlolmenlemoduro.Apóso outoÍecundoçõo,queserclmenieocoreenhêproslôtidesvizìnhos,o
moioriodosórgôosdegenero. proglóÍde,enlõo<homodo"sróvido",tronsformo*een
"mo
holsode
"'"',destocordo*edo Éniqe sêndoeliminodocomqsfezesdo hosoedelro.
185
5. 11.3Anatomiaefisiolosia
dosplatelmintos
PârailuÍÌaÍ os âspectosgeraisdâ ânâtomiâ e
dâ fisntogia dosplitelmintosescolhenÌosum re-
prescntaÌte de vidâ livre. aplanária de ígüâ doce.
t-.tnLtÌDrê
OcoÌlo dâplanáriaórecobÈíoporuÌnaepi-
dermeÌica emcélulasglândulares,queprodu-
zemummucoquepÌotegeasuperfíciecorporaÌ.
NâÍâceinferiordocorpodaplânária.ascélulas
sãociliâdas.o queperìniÌeo deslizaÌnenrodo
SirrurrriÌ nLlxl
Entreâ cpidemee â cavidadedigeslivada
pÌânáriâexistencé1uÌasnuscxlâresdispostas
em diversasdireções.A conrrâçãocoordenadâ
dessamusculaturapennireâo veme execurâr.
vâriâdostiposdemovimenro:alongar,se.encur
1ârse e vÍar o corpo em qu,ìÌquerdireção.
(Fig.ll.6)
Os espaçosdo corpodosplâtelminÌossão
preencbidosporumtecidofroüxo.o mesênqri
ma.deorigemmesodérmicâ,formadoporcólu
lasaÌlamentecâpâzesdeseÌnultipÌicâr.Sãoes-
sêscéluÌasquegârântenelevâdacapâcid.ìdede
regeneraçãodâsplanárìas.
Murculoturo Epidêmê
Glóidulos co,idodê
drgesivo
FiguroI l.ó À direild,.orrerronsversolde umÒplÕnóriq.À esquerdo,visaoridimensionqlde umôDtonóro
coriodo,do quolÍoromremovidospodesdo êpidêhë supeiore do musculoturÒ,olén do mesênqlimoê do
sistemodisesiivô.O si5temomusculordosplo|emìntoscônsisredecomodosdecelulosmuscutoresd,;po+osem
dÌlerenresoriênroções.A conÍoçõo.ôordenododesos comodosmurulorespermireos voriodoiiioosde
movihënto.croçosooscíliospreseniesnoscélulosdo Íocevênhol,ô plonóriodeslizosobreumro*o demuco
secreiodopor<él!osglonduloies.
'186
PLAÌEI}áINÌOS
(.ercodeì3 mil6Éiet
clo$etuÍbelarid Poielminlosdevidoivrc
Co$eÌÍêmatodo Plôrelminiosecioporosiros
(hemotodet êendopÕrasiios
Clo$e,Csiodo Ploiemintosendoporosiios
{2milesP*iet
Tobêlol l.I Clossificôçõodo5plotelminiôs.
6. Sirre!Ìâdigeíivo
A cavidadedigestivadaplanáÍiaémuitora'
mificada,comunicando-secoú o exterioÍunicâ-
menteatra!ésd.aboca.Pelofatode ler apenas
umâabertuÍa,essesistemadigestivoé denomi-
nadoincoúpl€to. (Fig. 11.7)
CéluÌasgÌanduÌaÌessituadasna parededâ
cavidadedigestivâsecÍetamenzimâs,qüedige-
Ìem pâÌciaÌmenteo aÌimento.Esteé âbsorvido
pelâscélulasdapâÌedeìntestinâÌ,ondeâ diges-
tão secompletâintracelülârmente.A planrúâ,
poÍtânto,tem digestãoextra e intracelular,
comooscnidádos,
Os Fodutos úteisda digesÍio ditundem-se
paÌaasoutrascélìrlasdo corpo,o queé facilita,
do pelo grandepregueamentodo intestino.Os
restosnão-digeridossãoeliminadosp€laboca.
SìsleÍìaexcretor
OsprodutostóxicosresÌrltantesdaatividâde
ceÌuÌaÍsãoeliminadosdo corpodaplanáÌiapor
meiodeuIIÌârededetubos,nâextremidailedos
quaisexistemcélulasespecializadas,deÍomina-
dascélulas-flâmâousol€nócitos.
As células-flamaôbsorvemassubstâncias
excÌetadaspelascélulascoÍpoÍaise, grâçasao
batimentodo seutúo dêcílios, impulsionamas
excreçõespelo interior de condutosexcÍetores,
queseabremnospoÌos excÌetoÌ€s,situadosla-
teraÌmentenasupefície doÍsal.
SistemsneÌlosoesensorìal
As plânáÌiaspossuemóÍgãossensoiiãrsca-
pazesdecaptaÌesímulosluminosos,mecânìcos
e químicos,As infornrâgõescoletadaspoÍ esses
úgãos sãotransmiüdâsâosistemanervoso,que
enviâ mdenspala ascéÌulasmusculâresentrâ-
rememâção,o quedeterminaarespostadoani-
mal aosestímulosambientais.
OsistemarcÌvo3o dosplâtelmintostemüm
gÌau deoÍganizaçãoe complexidadenaior que
o doscnìdifuios.Enquantooscnidírios têmumâ
redeneÍvosadifusa,asplanríriastêmdois gân-
glios cerebÌais, locaüzadosna r€giãoânterior,
ondeexisteaÌtaconcentraçãodecéÌuìasneflo-
sas.Os gânglioscerebÊisestãoügadosá dois
coÌdõesneÌvoBosventrâisquepercoremtodoo
comprimentodocor?o.DosgângÌiose doscoÌ-
dõ€snervosospartemmuitospmÌonganentosde
E
I
s
Romoonlerior
Covidode do inlesiino
FigúroI I .7 A cdidddedigestivoromiÍìcododosplonôriospèrÍii|êdistÍibuiro olimentoo todososélulosdo
<orpo.A bo * lolizo noresiõomedionovênhol,èdúvê dêlaproisro-seumoturinselprcbo*idel mu*uloso
e flexlvel,como quolo plonóriosusoo alimênio(molu!.oe,cMróces êveme!vivosoucodôveesdess e de
oulrosonimoir).A folo moslroumoplonóriodo gênercDugeio corodoporo r*lor o romificoçõodo s;slemo
dissrivô{emvê'melhôl.
147
do ìnteslino
Foringeprolólil
{proboscide)
7. céluÌasnervosas- nervos- quesedistribuern
portodoo coryo.(Fig.11.8)
Trooìsgasosas
As plânáriase os outrosplâteÌmintosnão
possuemórgãosou sistemasespecializadosem
reâlizâÌtrocasgasosas.Gásoxigênioe gáscar-
bônicosão,respecÌivamente,absonidoseeljmi-
nâdospoÌ difusão,queoconeportodaasuperfí-
cìeepidérmica.
11.4Reproduçãonos
plâtelmintos
. Osplatelmintospodemsermonóicos.como
asplanáriasetênias,oudióicos,comoosesquis
Reproduçãoemturbelários
RegcnenìçioerepÌ0duçioâsscìurili
As planáriasde águadocesãodoradasde
elevadacapâcidâdederegeneração.Seüm ani-
maÌ fbr coÍtâdotransveÍsâlmenteem rrêspeda-
ços,cadâumdelespoderegenerâÍumâpÌanária
compÌeta.PÌanáriâscomváÌias"cabeças"poden
serpÌoduzidâsporcoÍes Ìongirudinâisnâregião
cefáÌicâ.
Essaelevadacapacidadederegeneraçãoper-
mjte a alguÌÌÌasespéciesdeplântuiasrcpÌoduzi-
rem-seâsserladamente.pordivisão trânsv€r-
saldocorpo.(Fig.11.9)
Reproduçioseru,idr
As planáÌiassãomonóicasrcadaanimal
apresentagônadasmasculinas,os tesículos, e
1èmininas,osovários.QuandoduaspÌanáÌiasse-
xüâlmentemadurasseencontram,ocone a có:SÍSTÊMA
EXCREIOR
SISTEMA
NERVOSO
,'..,.:-
Figurc| 1.8 Airo. ó esoLedo,visòogêrôldossis€mo5excrc,ore ner@hdô plonorid.Aboio ô esquerco,
visôomoi dèlolhodod65sesdoEsktemos.O skt€noê,crctordoplonórioeÍo.modopelosélulos-ÍloÌolde'o,he
òdirêilo),queobsorvemsubsiônciostóxicos(êxcEçõetdoserpoçosentreoscélul4eoslonçomemconoisgue
5eobrêmnosporosq.rehcr* doMis. O sútemonervosodo plonorioè ,ceÍolizodo,,.isroé, hó qronde
concenhcçóodeceulosnerdos nosso.slio5do Égiòoonte.id ondese eolizor osocelos,qJepo;ebem
'umr.osdodê(moioÊide!hës sôbreoscelo5 se|tov íos od;ontê.nô.oo,tuo 25ì
188
8. Éeuro I I .9 {A r'6 plonóíos têmelevodocopocidodede rcsenerceõo.A êlininoçôodo ccbeco,sesuidode
codelonsìtudinolnoporleonterior,lwo ò Íomoçõo"nonstro"deduoscobeços.(SlEmborondoiêiao p ncr
polÍomo dereproduçôo,umoplonóriopodesereprcduzirossêxuodomênlspordìvisõohonsvêÊol.
pulâ. OsanimaisjustapõeÌnseusporosgenitâis.
e cadaum intÍoduzo órgáocopulador,o pênis.
no poÌo genitaìdo outÍo.Apósa tÌocadeesp€r-
matozóides,osânimaisseseparam.
Os espemâtozóidespeÌcorremosoüdutos
echegamatóosóuÌos,fecundando-os.Oszigo-
tosformadossãoenvoÌvidosporumcâsulo,jun-
tamentecòmcélulasdcíìsemsubstâncìâsnuú-
tivas (vitelo). A funçãodessascéluÌasvitelmes
seráfomeceÍalimentoâosfutlÌÌosembÍiões.
Ocasulo.decormarrom-escwa,éeliminado
pelopoÌogenitalefixado,emgeral,âumaplanta
aquática,Dentrodeleoszigotosiniciamo desen-
volvimentoembÌionário,tÌãnsformandoseemjo-
vensplanárias,sempassãrporestágiolaÌval.Têm,
poÍanto,d€s€nvolümentodirelo. €ig. 11.10)
ReproduçãoemtÌemâtódeos
e cestóiales
Os trematódeospodeÍnsermonóicosou
dióicos, e mütas espéciespÌ€cisampâssarpoÍ
doisoumaishospedeiÌospiüacompletarseuci-
clo devida. O hospedeiroemqueocoÍe a fase
sexuadado ciclo dopaÌâsitâé châmadodeÌros-
pedein definiüvo, enqu'atLtoosdeÌnaissãochâ-
mâdosdeÌÌospedefoslrremeúrínos. Estudare-
mosmâisdetalhadamentea repÌoduçãodo tre-
úalÁdeoSchisÍosomamansonrnopÌóximoitem.
(Fig.r 1.r1)
RepmduçãoemuìnccÍó r
As tênìassãomonóic8s.Cadaproglótideé
dotadadeümapâÍeÌhoreprodutorcompleto,her-
mafiodita. NasFoglótides sexualnentemadu-
Ías ocone autof€cundâção.tanto entÌeórgãos
ÍeprodutoÌesdamesmaproslótidecomodepro-
giótidesvizinìâs.
Após a fecundação,os zìgotos,jüntamente
comcélulasnutrìtivasproduzidâsnuÍÌâ glându-
Iavitelínica,âdquiremcascaepassampaÉoúte-
Ío. TodososórgãosdapÍoglótidedegeneraÍn,e
estâsetomaumaboÌsarepletadeovos,passân-
doa serdenominâdaptugÌótide gráürlâ.
189
9. Pênk Oviduic
GÍôndulos
úielinica3
Figurct t .I0 Acimo,sirLemdreprodubrdoplonório.A5plonórìosdeógood@ sõononói@s{hemoFoditrt.
Doìsqnimoiscooulome o Ë(uídoç6ooconêìntemomenleO! dos 5ôo<ol*odosdenhodè cqsulose o
dseryolvimenic á direto.
monogenélìco
lqrodortyl*)
drgeneÍrco
(Schisirsomol
tisuro Ì t.t ! O ciclodêpdEsilosemquehóopêndsomhospedeüo,.omoéocos dorênoteÀq qrodoa>au'
queporc5ibpêixê5dêóguodoce.edsominodociclomonosenélicoJóosciclosporosricnosemquêhódois
hospedeircs.umintermedrório,ondsocoÍemosesbsiosio'€nsdo Poros;lo,ê ouvodehnhivo,ondedore o
estúsiooúrlir, sõôdenominodosciclosdigênélicos.Eocorodohmdlóds scÀirtoúomo,quePorosii!côrumuiôs
dêósuodocêêo elp4ie humano.
190
&
10. As proglótìdes grávidas. sitradas em posi
çãoterminêldocolpodatênia.destacamsee são
eliminadascoln as fezes do fiospedeìro.Cadr
ovo. nesseponto do ciclo vital, jíí contém um
pequenoembflaoem seuiìrrerior.
Seo ovo foringerìdo poÌ um hospedeiÌoin-
termediánoâdequâdo,como üm boi, uÌn poÍco
ou um peixe,depeÌdendodâ cspéciede ténia,â
câscàdo ovo serompe e liberâ uma ÌaÌva, que
peÌfüraa paÌedeinlcstinale cai no sangue,Ìndo
scâlojârnâmusculaturaouno cérebÌodo hospe-
deiro.A Ìnrvasetransforma.então.em umabol
sâovóidecheiade líquido:o cisticcrco.
Sc unllì pessoâcoìner cãfle maÌcozida, con-
taninada com cisticercos.adquireâ teúâse. O
cisticerco.no intenordointestinohümsno,expân
deum pequenoescólex,qxe sefixà Àmücosâin
testinal edáorigem numânovâ têniâ. (Fig. 1I .I2)
6
2
a
I
ffi |oSPEDEROlNÌE[ÊDÂROlp.rco)
FisuroI I .I2 Cicô devidodo €nid-do-porco,Ioenio5o/ium.O homemé o hospedeirodeÍinirÌvo,obrÌgondo,
emsêuiniesiino,o! vermesodulios;o porcoéo hospedeirointermedióriô,en cuiom!5culoturosedesenvolvem
05formosimoiurds,oscislicerco5.No fob, cortêde múscllode porcômoskondoumcisticerco
191
11. ll.5 Doençashumanas
causadâspor platelrnintos
Esquistossomose
A esquistossomoseécâusadaporpÌarelmin
tos do gêneroSciisloroma. Dependendodaes
pécle,o vermesealojânosvasossângüíneosda
bexigâ(Scúistosomalì.emaloóium),do intesti
no (SchístosomajàpontcuÌ") ou do iígâdo
(Schìstosonanansonì).A OrganizaçãoMüÍ
úal dâSaúdecaÌcuÌâqüe,naÁfricâ,nâÍndiae
nâArnéricado SììÌ,existemquase300milhões
depessoasafetada.spelaesquisrossomose.
OcicÌodoJcfi^roroxìrrrso,i
SclÌistosomârr,rsori éumaespéciedióica.
O machotemo coÌpocuÍo. enquânroafêmeaé
longae esguia.OsvernesaduÌtosseaiimentam
d€substânciasdosangue,vivendoeseacasalan-
do nasveiâsdofígadohumano.
Apóso acasalamento,âfêmeamigrapârââs
finasveirs daparedeintestinaldohomem,onde
iniciâ â posturadosovos.Estes.apóspeÍfuruÌ a
parededâveiae damucosâinresrinaÌ,caemnâ
cavidâdedo intesúno.Os ovossãoeliminâdos
juntâmentecomasfezesdâpessoadoenre.
SecaíreÌnnâ água.os ovosecÌodem,libe-
rândoumâ1òrmalarvalciÌiadâ,dônominadami-
racídio. EsÌâ1empoucomaisde 24 horaspara
encontraÌepenetraremumcâÌaÍnujodafaÌníia
dosplanorbídeosquelhesirvadehospedeiroin-
termediâio.(Fig.11.13)
No interior docaÌamujo,osmiracídiospas-
sampeÌosestágiosde€sporocistos,rédiâsecer-
cárias. As cercrírias,dotâdasde caudabifurca.
dâ.dbândonamo corpodoLarâmujoenaddmnd
dguado
'
iooudoldgoondeo caamulo i!e.a
procu'âdeumho.pedeiroderiniriopardcd,ta
miÍdt
'dio
queinÍesraumcarJmujo.podemser
pÌoduzidase Liberêda,snais de l0 mil ceÌcárias.
se umape,qoâromarbanhoou beberâgur
onaleeústemcerrÍia5.eslàipodeftiopenelrar-tìr
adrameotÊpelâpeleoupelamuco,a..A peneúa.
çãodascercáriâscáusaun1acoceiÌâcâÌacterístìca.
o quelevouosÌo.âisondeelaseÍsrem eÌnóun-
dânciaaseÍemdenominados"lagoâsdecocent,.
Atrâvésda coÍente sangüíneaêscercáriâs
chegâÍnàsveiasdo fíeado.ondecresceme se
transfoÌmamemveÌmesâdultos.
OsvermesaduÌtospodemviveraÌé30ânos.
e cadafêÌneapÍoduz,diffiâmente,cercade3m
ovos.EssealtopoGncialreprodutivoexpticao
grandenúmerodepessoasafetadaspeÌâesquis-
tossomoseemÌodoo lnundo.No Brâsilnìaisde
10milhõesdepessoassÃoporÌadoÌasdo verme
ScfusÍosomâmansori.
:r0loìas. úilltìÌì.ntoeprr!rf 0ito
A esqurstossomosecêusaco.nplicaçõesin-
testinais,heÌnonagiasedisfunçãodofígado.De-
pendendodo graude infesração,o fígadopode
aumentaÌÌnuito detamanho,e â pessoadoenre
fìcâcomaba[iga inchada.vindodaíadenomj
nâção"bâriga d'água'-
ExistemalgumâsdÌlgas teraÉutìcas,comoo
hicantone,capazesalemalaro verÌnenoorgânìsmo
humano.EúeranÌo,âlémdesereÌntóxicas,nãoúo
totâlmenteeficnzes,edepoucoadiantamseo fíga
dododoeniejáestivermúÌo pÌ€judicâdo.
A melhormâneiradecombaÌerâ esquistos-
somoseé a pÌevenção.As medidaspreventivas
consisÌememint€rÌomperociclo devidâdover-
me,o quepodeserfeitodâsseguintesmaneiras:
â)irnpedìndoqueosovosdoesquistossono
contaminemrios,Ìâgos.açudeseoutrosreserva-
tóriosdeáguâtpâraissoéprecisoconstÌrÌirins-
talaçõessânitáÌiâsâdequâdas.com fossasséprì-
casousistemâsdeesgotos;
b) identificandoe combâtendoanimâis,
comoo râto,porexemplo,quepodenìseÌvirde
reservâtóriosnaturaisdoparasira;
c) cornbatendoos câranujosrÌânsmissores,
queservemdehospedeiÌosinÌermediáriospaÍao
verme;issopodeserfeìtopeladÌenâgemdosre-
Í
FigurcI l.Ì3 Os.oronuiospreferidoscomohospe.
deircsp€Joschi'i'odô norsoni pedencefrô hmilia
Plonoòidoee iËm,conchoê,p rclodoplono.dê (o'
192
12. seNatúios, ou peÌaapÌicação,nâ água,de subs
iâncinsmoluscocidas(a desvantagemda dÍenâ-
gem ó exterminar. juntamente com os caÍarnujos,
rs oütrasformas de vida dosÌiÌsos drenados);
d) cvitÍndo â pnetração dàr lNíì.s no corpoi
FìÌa issonãosedele tunar barüo oü b€bcrtìguaem
que vivem os caÌamulos uãnsmissoreq ou enúo
deve-se1èNera águaâìtes deusáìa- (Fig. I L 14)
fígodo
Cercóriosobondonom
Eclosõodo mirocidio
Desenvolvimeniodo Dirdcidio
no co.Podo corcmuio
FiguroI l.ì4 A.imo,cÌclo.dovêrmerÍêmoódeôScÁitcomononsoni.Aboixo,olsumosmoneirosdeprêvenn
193
,. c> -
#i
v
Nõonodofômósuosónrômiiõdô3
13. Teúases
,,,Jï:i::ï".ïlLHii"ï:ïiï :il:cercoseexpade. foÍìrandoum pequenoescd
lex queselLxaà mucoòainrFtjnâ1.dandoon-
g€mâÌìmatênia.
A pessoapoÍLadoraderèniâeliminaoos
do paÌaçiLânasfezes.Estes,seÍoremìngeri
dosporhospedeiÍosinteÍmediáÌìos,comopor.
cos,boise peixes,desenvolvem-seeinstalam
senostecidosdessesanimais,originândocis-
Sìntomâs.talamenloepÍevenção
A infeçtâçàoporteniaproocasinroma"re-
lâtivamentebÍandosno hospedeiÍo,tars como
diaÍÍéia-s,obsrnrçõesinlestioais.insòniae iÍrìta-
biüdade.
A pessoaâhcâdapelâlerminoseé.emge-
ral, ÌÌragrâ"poiso pârâsitacompetecomeÌâpelo
alimeoloingeÍido.Alémdisso.Íreqüenlemenlc
ocorreanemiâ.âcompaúadadeindisposiçãoe
cansaço,pÍovocâdosporsubslárciastóxìcasÜ-
berâdaspeloveÍne.
Subslà!Íìcìaslaxantessàopoucoeficâzeçcon-
tÍa astênias,pÍincipâÌmenteno casode fáenr:a
sofiürD.A fixaçàodoescólexnointesünoé rio
eficietrteque,muitáçveTeç.apesaÍdeo erme
seÍ eliminado quaseque por inteiro devido às
connaçòes;ol,e<tinâis.re.tao escólex.queoÍigj-
nanova.progìótides.AmâlÌnetrlejá e)dslemme-
dicamentosbastanleefìcâ7ecnâeLimioaçãodFs-
PamcombaleraslenÍasesdevem-seadolar
medidâspreventivas,queevitemou rcduzama
iúestaçào.lssopodeserfeÍo da' seguúlesmâ-
â) impedindoque os ovosde têniâssejam
ingendospor ânimaiscomoporcose vacas,ou
quecontaminemdos e lagos,nocasodetêniaÁ-
depeixeipâÌâissoépÍecisoconstruiÍinstâÌâ9ões
sanitáÌiâsâdequadas,comfossassépticasousis-
b) eútândocomeÍcamecÍuaoümalcozìda,
pÍincipalÍìente senãoseconheceaprocedência
dessesaÌimentos.
194
Atualmenteo númeÍodepessoâsinfestâdâs
poÍ têniastemdìmìnuído,graçasàÍnâioÍfiscaÌi-
zaçãosanit&ia sobÍeosmatadouÌose ftigorífi-
co'. É fA;t iaeodÊcarumânimaìinfesndoatÍa-
vésdaanáÌise,pdncìpa.lmente,dasmusculâtuÍas
damandíbulae docorâção,ondehámaiorinci-
dênciadeformaçãodoscisticercos,quesãôboÌ-
sâsesbmnquiçadas,conhecidaspopulâÍmente
como"pipocas",medindopoucomaisde I cm
CilticeÌcosehurÌÌana
Seurnapessoaingeri ovosdetêniâpoderá
desenvolveÍcìsticeÍcos.EstespodemseÍoínar
tantonâmusculatura,ondecâusâmpoucospÍo-
blemas,comoemóryãosvitâis,inclusivenocé-
rebro.A doençâ,nessecaso,échâmâdacistic€r-
A cisticercosecercbralé responsáveÌpoÍ
ceÍtos casosde convulsõessemelhantesàsdâ
epìÌepsia.
Cisto hidático
A doençaconhecidacomo cisto hidático
ouhidâtoscécausadapeloceçtóideEclÌirococ
cus grâ.lüIosus,A formâ âdulta desseverme
medeentre3 e6 mÍn decomprimentoevive no
intestinodo cachoüo e de outÍos canídeos
(lobo.chacaleLc.ì.A taselârval.porém.ating
grandetâmanhoepodeocorreÍnohomeme ern
atrimaisdomésúcos.comobois.cameiros.poF
A infetaçãoocorÍepelâìngesLãode águr
conraminâdâporfe/esdecãespoíadoresdoer-
me.oupeìocontatodirelocomanimaisinÍe.tâ-
dos.No inÌe.unodo homem,o ovostormam
la â( que. raresdo sangue.atirgemdìver,os
órgào((músculos.pele.!íscerasou o cerebroì.
As larvassedesenvolvememgrândesbolsases.
féricas,cheiasdelíqüdo, châmadas€istoshidá.
ticos.AlgunçcistospodemaúngìÍotamaúode
umalaÌanjae,apósalgunsanos,chegêraotaÍú-
nhodeumaboladetutebol.
Um cisLopodeÍormarcislosserundários
queseespalhanpelocorpo.le!ando.àsveze.a
conseqüênciasfatais.