3. “A modernidade é o transitório, o efêmero, o
contingente, é a metade da arte, sendo a outra
metade o eterno e o imutável.”
Charles Baudelaire (O Pintor da Vida Moderna)
4. • Desenvolvimento da abstração formal. (Surgimento da
fotografia).
• Autonomia da arte. Possibilidade de auto-referenciação
da arte. Fim das funções religiosas, históricas, etc.
• Obra de arte como produto.
• Instaurada a lógica da sociedade de consumo na
produção artística.
5. “o gosto pela novidade, a recusa do passado
qualificado de acadêmico, a posição ambivalente
de uma arte ao mesmo tempo ‘da
moda’ (efêmera) e substancial (a eternidade).”
Anne Cauquelin (Arte Contemporânea: Uma Introdução)
7. Termo emprestado do vocabulário militar
referindo-se às tropas enviadas à frente do
progresso de um exército em uma batalha.
8. No contexto da virada do século (XIX para XX),
o termo vanguarda (avant-garde) começa a ser
usado para descrever artistas ou obras que
rompiam radicalmente com a herança clássica e
com as tradições e escolas artísticas
estabelecidas.
10. • O pintor pode sair da ateliê. Pintura ao ar livre.
• A cor começa a se libertar de sua função narrativa.
• Luz e movimento como principais elementos.
• Temática de cenas cotidianas.
• Captura o instante e a impressão que a luz deixa no olhar.
principais nomes:
Claude Monet, Edouard Manet, Edgar Degas, Auguste
Renoir, Alfred Sisley e Camille Pissarro.
15. • Termo cunhado pelo crítico Félix Fénéon em 1886.
• A partir de uma obra de Georges Seurat apresentada em
um salão independente de Paris.
• Cenas urbanas modernas e paisagens.
• Pensam a cor como fenômeno científico. Teoria da cor.
• Técnica de pontilhismo.
principais nomes:
Georges Seurat, Paul Signac, Lucien Pissarro
16. Uma Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte, 1884-1886. Georges Seurat
19. • O crítico de arte Louis Vauxcelles, no Salon d’Automne de
1905 em Paris, chama de "gaiola das feras" a sala em que
esses artistas estavam expondo suas novas obras.
• Experimentação livre com cores fortes e ousadas
principais nomes:
André Derain, Henri Matisse, Maurice de Vlaminck
24. • Picasso e Braque iniciam uma pesquisa para entender
como a mente processava as imagens. Decomposição
intelectual das estruturas para analisá-las e recriá-las.
• Decomposição intelectual das estruturas para analisá-las e
recriá-las.
• Multiplicidade de perspectiva (tentativa de representar três
dimensões na tela).
• Redução da forma a padrões geométricos
principais nomes:
Pablo Picasso, Georges Braque, Juan Gris, Robert Delaunay,
Marcel Duchamp
26. “Eu não pinto o que eu vejo, eu pinto o que eu
penso.” Pablo Picasso
“A verdade está além de qualquer realismo e a
aparência das coisas não deveria ser confundida
com sua essência.” Juan Gris
27. Clarineta e uma garrafa de rum
em um Mantelpiece, 1911.
Georges Braque
28. Mulher com uma camisa sentada
em uma cadeira,1910.
Pablo Picasso
31. • Criado em 1909 pelo poeta italiano Filippo Tommaso
Marinetti, com o seu “Manifesto Futurista”.
• Rejeição dos valores tradicionais e glorificação da nova
tecnologia.
• Exaltação da velocidade, da energia e da força.
• Crença no progresso científico-tecnológico.
principais nomes:
Filippo Tommaso, Umberto Boccioni, Carlo Carrà, Giacomo
Balla, Gino Severini e Luigi Russolo
32. MANIFESTO FUTURISTA (Publicado em 20 de Fevereiro de 1909, no “Le Figaro”)
1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e da temeridade.
2. A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de nossa poesia.
3. A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa, o êxtase, o sono. Nós queremos exaltar o movimento
agressivo, a insónia febril, o passo de corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco.
4. Nós afirmamos que a magnificência do mundo se enriqueceu de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um
automóvel de corrida com o seu cofre enfeitado com tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito explosivo…
um automóvel rugidor, que parece correr sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de Samotrácia.
5. Nós queremos glorificar o homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada também
numa corrida sobre o circuito da sua órbita.
6. É preciso que o poeta prodigalize com ardor, esforço e liberdade, para aumentar o entusiástico fervor dos
elementos primordiais.
7. Não há mais beleza, a não ser na luta. Nenhuma obra que não tenha um carácter agressivo pode ser uma obra-prima.
A poesia deve ser concebida como um violento assalto contra as forças desconhecidas, para obrigá-las a
prostrar-se diante do homem.
8. Nós estamos no promontório extremo dos séculos!… Por que haveríamos de olhar para trás, se queremos
arrombar as misteriosas portas do Impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Já estamos vivendo no
absoluto, pois já criamos a eterna velocidade omnipotente.
9. Queremos glorificar a guerra – única higiene do mundo –, o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos
libertários, as belas ideias pelas quais se morre e o desprezo pela mulher.
10. Queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academias de toda a natureza, e combater o moralismo, o
feminismo e toda a vileza oportunista e utilitária.
11. Cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela sublevação; cantaremos as
marés multicores e polifónicas das revoluções nas capitais modernas; cantaremos o vibrante fervor nocturno dos
arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas lutas eléctricas; as estações esganadas, devoradoras de
serpentes que fumam; as fábricas penduradas nas nuvens pelos fios contorcidos de suas fumaças; as pontes,
semelhantes a ginastas gigantes que cavalgam os rios, faiscantes ao sol com um luzir de facas; os piróscafos
aventurosos que farejam o horizonte, as locomotivas de largo peito, que pateiam sobre os trilhos, como enormes
cavalos de aço enleados de carros; e o voo rasante dos aviões, cuja hélice freme ao vento, como uma bandeira, e
parece aplaudir como uma multidão entusiasta.
36. • Começa durante a Primeira Guerra Mundial.
Primeiramente na Suiça em 1916, logo se espalha.
• Cabaret Voltaire: performances, poesia, arte e música.
• Movimento anti-arte, anti-tudo.
• Reação às tradições artísticas e aos valores burgueses
vigentes no mercado da arte.
• Anarquia, niilismo, o irracional, o intuitivo. Oposto à
guerra.
• Início da arte conceitual.
37. • Colagem, sobreposição.
• Chance, sorte, aleatório.
• Uso de objetos do cotidiano. Ready-mades (Termo criado
por Duchamp).
principais nomes:
Marcel Duchamp, Francis Picabia, Raoul Hausmann
44. • Agrupamento em torno de André Breton, poeta e crítico
francês que lança em 1924 o Manifesto Surrealista.
• Propósito da criatividade é libertar o inconsciente. Freud.
• Valor ao sonho, à loucura, ao fantástico, ao absurdo.
• O humor como instrumento de libertação do racionalismo
e da ditadura das convenções e do cotidiano.
• A loucura é apresentada como uma forma superior de
libertação da imaginação.
45. • Jogos, enquetes, colagem de palavras e imagens.
• Automatismo. (Sem controle consciente).
• Experiências com drogas, hipnose, transe.
• Em 1930 o periódico A Revolução Surrealista muda de
nome para O Surrealismo a Serviço da Revolução.
(Engajamento político)
principais nomes:
André Breton; Antonin Artaud (teatro); Luis Buñuel
(cinema); Man Ray (fotografia); Max Ernst, René Magritte,
Giorgio de Chirico, Joan Miró e Salvador Dalí (artes
plásticas).