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3 WEEC, Rio de Janeiro, FioCruz, 2004

Educação Ambiental em internatos urbanos, Rio de janeiro, RJ. O
lúdico como estratégia contextual.
                                                           1                          2
Alexandre de Gusmão Pedrini, Marta Scardini Alves Batista , Ana Paula Mugrabi Pinto , Elaine
               3                          4                              5
Moscoso Gomes , Janaína Fernandes Costa , Carlos Alexandre Julio Celano e Flavia Soares
       6
Pessoa .

Laboratório de Ficologia e Educação Ambiental do Departamento de Biologia Vegetal, Instituto de
Biologia Roberto Alcântara Gomes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rua São Francisco
Xavier, 524, Pavilhão Haroldo Lisboa da Cunha, sala 525/1, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ, Brasil;
pedrini@uerj.br


Resumo
        O Grupo multidisciplinar Voluntários da Pátria (VP’s) é integrado por alunos da disciplina
universal de Educação Ambiental Comunitária (EAC) oferecida semestralmente,a todos o alunos de
graduação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O objetivo formativo deste grupo é ser
capacitado a realizar campanhas teórico-práticas em EAC em comunidades urbanas. Esta
atividade é realizada no Educandário Gonçalves de Araújo (EGA), bairro de São Cristóvão, cidade
do Rio de Janeiro. Em 2004, um grupo de estudantes de Biologia e Química, após receberem
noções em pesquisa qualitativa e metodologia construtivista em EA (segundo a conceituação
metodológica da codificação de Tbilisi) desenvolveram uma campanha no internato do EGA,
previamente construída coletivamente com o professor. Esta atividade consistiu das seguintes
etapas: a) apresentação da proposta dos VP’s; b) entrosamento com 16 meninas pré-adolescentes
internadas; c) aplicação de pré-teste; d) dramatização coletiva contextualizada da estrutura e
funcionamento da Teia da Vida; e) aplicação de um jogo para o entendimento do que representa
atividades nocivas e benéficas para o planeta; f) oferta de uma dinâmica sobre direitos da cidadania
ambiental; g) realização da Simulação de uma Audiência Pública (SAP) sobre uma ameaça de
destruição do internato para a construção de um Posto de Gasolina; h) aplicação do pós-teste e i)
encerramento coletivo com um lanche. Em outro dia foi feita uma auto-avaliação do desempenho
dos VP’s no internato e da metodologia empregada no contexto. A análise do pré e pós-teste
mostraram que houve um acréscimo significativo de conexões entre o pós-teste e o pré-teste
(17%), sugerindo que a intervenção foi eficaz. O jogo das carinhas mostrou ser adequado para
despertar o senso crítico em relação a questão sócioambiental de modo lúdico. A avaliação pela
SAP mostrou que as meninas souberam se manifestar, segundo uma conduta ética e consciente
na conservação da vida na sua comunidade. Deste modo, a metodologia empregada mostrou ser
adequada para o contexto em que foi aplicada, podendo ser transposta para outros contextos se
devidamente reelaborada e recontextualizada, considerando o pacto social local.

Introdução
         A Educação Ambiental Comunitária, no Brasil, tem sido realizada em vários contextos
sócioambientais. Pode-se perceber que os educadores que atuam nestes contextos buscam
seriamente realizar sua parte do Contrato Social da Ciência (cf. Dietz, 1994; Machado, 1998;
Silveira, 2000; Jacobi, 2001; Sato & Santos, 2001;Pedrini, 2002; Loureiro, 2004). Exemplos deste
enorme esforço podem ser verificados em várias partes do Brasil. Serão ressaltados alguns
exemplos nas suas regiões sudeste, centro-oeste e sul.

1Aluna do curso de graduação em Química da UERJ
2Aluna do curso de Biologia da UERJ
3Aluna do curso de Biologia da UERJ
4Aluna do curso de graduação em Química da UERJ
5Aluno do curso de Biologia da UERJ
6Aluna do curso de Biologia da UERJ
Na cidade do Rio de Janeiro podem ser citados os trabalhos de: a) Vasconcelos (2002)
com comunidades no Vale da Gávea; b) Carvalho (2002) na construção da Linha Amarela e c)
Pedrini & De-Paula (2002) com comunidades de meninas em internatos urbanos. Em Minas Gerais,
Fernandes (1997) trabalhou a EA com comunidades faveladas e trabalhadores rurais. Na região
centro-oeste, estado de Goiás, há o trabalho de Martins (2000) em que aplicou a EA com
trabalhadores do Movimento Nacional dos sem Terra (MST) num acampamento de trabalhadores
rurais sem terra numa fazenda. Na região sul do país há trabalhos como os de: a) Machado (1998)
com assentamentos rurais em Ipe'r, estado de São paulo; b) Silveira (2002) com comunidades dos
sem teto de Pelotas; c) Velasco (2002) com comunidades sem teto na cidade do Rio Grande; d)
Silva, Funez & Costa (2003) com o Movimento dos Atingidos por Barragens no estado do Rio
Grande do Sul e Santa Catarina.
        Para capacitar educadores ambientais para cumprirem este desafio, existem várias
estratégias metodológicas possíveis e disponíveis na literatura (Andrade, 1993; Dias,1993; Sato ;
Guimarães,1995; Viezzer & Ovalles, 1995; Guerra, 2002; Pedrini & De-Paula, 2002, Berna, 2004).
        De um modo geral, nestes trabalhos tem sido adotada a pesquisa-participante ( Loureiro,
1992) e a pesquisa–ação sensu Thiollent (1985) que são opções metodológicas recomendadas
para a EAC por vários autores (cf. Vasconcellos, 2002). O conceito de Educação Ambiental
praticado também tem sido avançado, adotando os referenciais teórico-metodológicos das
declarações dos eventos internacionais de EA de Tbilisi e Moscou. A aplicação de atividades
lúdicas são recomendadas nas codificações antes citadas, como estratégias pedagógicas
fundamentais para o processo de EA (cf. Taylor, 1978; Dias, 1993; Guimarães, 1995;Telles et al.
(2002) ; Berna (2004) ; dentre outros autores).
        A aplicação de simulações já foi relatada por Tanner (1978) para os EUA na década de
setenta e Pedrini & De-Paula (2002) para o Brasil na década de noventa. Foram aplicados vários
jogos e simulações de enfrentamento de problemas ambientais. Assim, é interessante uma
apresentação detalhada dos jogos e brincadeiras utilizados em um trabalho de EAC para que
tenhamos mais possibilidades metodológicas, principalmente, no contexto latinoamericano.
        O presente trabalho tenciona apresentar uma campanha do Grupo Voluntários da Pátria em
EAC num internato urbano da cidade do Rio de Janeiro centrada essencialmente em atividades
lúdicas. Uma breve experiência foi relatada em Pedrini et al. (1999), mas sem abordar atividades
lúdicas. Busca detalhar o procedimento metodológico de suas atividades lúdicas, tendo como
chamada central a adoção do jogo das carinhas, a simulação de uma audiência pública e o uso de
pré/pós-testes.

Metodologia
        O Grupo multidisciplinar Voluntários da Pátria (VP’s) foi criado formalmente, em 1993. Ele é
integrado por alunos da disciplina universal de Educação Ambiental Comunitária (EAC) oferecida
semestralmente,a todos o alunos de graduação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e
como isolada para estudantes de qualquer curso de outras universidades. O objetivo formativo
deste grupo (formado pelos alunos inscritos) é dele ser capacitado a realizar campanhas teórico-
práticas em EAC com comunidades urbanas. Esta metodologia, em termos gerais, está detalhada
no trabalho de Pedrini & De-Paula (2002).
        Esta atividade é realizada no Educandário Gonçalves de Araújo (EGA), bairro de São
Cristóvão, cidade do Rio de Janeiro. Em 2004, um grupo de estudantes de Biologia e Química,
após receberem noções em pesquisa qualitativa e metodologia construtivista em EA (segundo a
conceituação metodológica da codificação de Tbilisi) desenvolveram uma campanha no internato
do EGA, previamente planejada e construída coletivamente com o professor. Foi feito previamente
um Diagnóstico Sócioambiental das condições contextuais, levantando-se a fauna, flora, atmosfera,
comunidade humana, água e solo. O objetivo da elaboração deste diagnóstico era o de
disponibilizar os elementos contextuais que poderiam ser adotados no planejamento das atividades
da campanha no internato, incluindo características do cotidiano das meninas.
        A campanha consistiu das seguintes etapas: a) apresentação da proposta dos VP’s; b)
dinâmica de entrosamento com 16 meninas pré-adolescentes internadas; c) aplicação de pré-teste
(vide anexo); d) dramatização coletiva contextualizada da estrutura e funcionamento da Teia da
Vida no internato; e) aplicação do Jogo das Carinhas para o entendimento do que representa
atividades nocivas e benéficas para o planeta; f) realização de uma dinâmica sobre direitos da
cidadania ambiental; g) realização da Simulação de uma Audiência Pública (SAP) sobre uma
ameaça de destruição do internato para a construção de um Posto de Gasolina; h) aplicação do
pós-teste (vide anexo) e i) encerramento coletivo com um lanche.
        Em outro dia foi feita uma auto-avaliação do desempenho dos VP’s no internato, da
metodologia empregada no contexto e iniciado o trabalho de organizaç.ão, tratamento e análise dos
dados levantados.

Resultados
        Os resultados serão apresentados, iniciando-se pelo roteiro resumido das atividades
realizadas e depois pelo detalhamento das atividades lúdicas mais importantes da campanha.

1. Roteiro-resumo da campanha no internato

14:00 – 14:15 APRESENTAÇÃO

-   Identificação das meninas via crachá.
-   Apresentação formal, com cada um de nós falando o nome, o que faz, o que gostaria de fazer,
    etc. A finalidade desta fase do trabalho foi um “quebra-gelo” com as meninas e apresentação
    da proposta dos VP’s.

14:16 – 14:30 PRÉ-TESTE

(veja detalhamento a seguir)

14:31 – 15:00 DRAMATIZAÇÃO

-   Cada um dos VP’s         assumiu um personagem que representou um compartimento
    sócioambiental do contexto trabalhado. Cada VP teve 5 minutos para apresentar a importância
    sócioambiental individual de seu personagem ao meio, suas interações com os outros
    compartimentos e enfim, da demanda coletiva de todos os compartimentos entre si, formando
    a Teia da Vida.

Os VP’s foram de calça “jeans” e com a cor da camisa de acordo com seu personagem (Vide
quadro 1).

            Quadro 1. Personagens e o nome do aluno (VP) respectivo e cor
             de sua camisa da dramatização da Teia da Vida.

             Personagem          Aluno                Cor da blusa
             Água                Marta                Azul
             Ar                  Janaína              Branco
             Vegetação           Ana Paula            Verde
             Sol                 Carlos               Amarelo
             Animais             Elaine               Caqui / Bege / Laranja
             Pessoas             Flávia               Vermelho


15:01 – 15:30 JOGO DAS CARINHAS

(veja o detalhamento a seguir)
15:31 – 15:50 CONCEITOS DE CIDADANIA

-   Leitura do artigo 6 da Constituição Federal do Brasil.
-   Estudo em grupo do texto lido, com discussões das palavras-chaves previamente destacadas.

15:51 – 16:30 SIMULAÇÃO DA AUDIÊNCIA PÜBLICA
(veja o detalhamento a seguir)

16:31 – 16:45 PÓS – TESTE

-   O grupo de meninas foi dividido e cada um dos VP’s entrevistou no pós-teste o mesmo grupo
    de meninas que no pré-teste.

16:46 – 17:00 ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES

-   Foi oferecido lanche e tiradas fotografias de cada menina com o fim de presenteá-las. Esta
    confraternização foi importante para todos os que participaram.


2. O Jogo das Carinhas

       O objetivo desta atividade lúdica foi conhecer o nível de conhecimento sócioambiental das
meninas por meio de figuras de caráter geral que se adaptariam ao contexto trabalhado.

        O jogo das carinhas foi preparado de modo a que cada uma das dezesseis meninas tivesse
uma figura representando um fato socioambiental que se aproximasse ao máximo de situações
contextuais Logo, o número de figuras foi exatamente igual ao número de participantes. Isto é,
selecionou-se situações próprias para o grupo, não fugindo muito do cotidiano das meninas
envolvidas. Houve a preocupação de se equilibrar a quantidade de figuras com situações boas e
ruins, para ter-se um equilíbrio no jogo.

       O jogo começou com a apresentação das regras. Apresentou-se o que cada carinha
representava:

    -   Carinha Verde : boa situação – o meio ambiente está aceitável
    -   Carinha Amarela : Atenção à situação
    -   Carinha Vermelha: situação ruim – o meio ambiente não está bem.

        Esta representação pode ser apresentada com outras palavras, desde que, a carinha verde
esteja associada a coisas boas e a vermelha a ruins. A carinha amarela, significou uma dúvida
entre a vermelha e a verde.

        Em seguida, cada menina ganhou uma figura. Daí, iniciou-se o jogo com cada menina
(uma por vez), explicando “o que via na figura” para todos os participantes e relacionou sua figura
com uma carinha. Depois todas as outras avaliaram a figura da colega. E assim foi até que todas já
tivessem visto suas próprias figuras e a das colegas.

        Imediatamente após mostrar a sua figura a todos e selecionada a carinha que
representasse sua percepção socioambiental da figura ela e todas a soutras meninas colavam a
carinha de sua preferência numa cartolina branca previamente preparada para receber as carinhas
e que estava afixada na parede.(vide figura....).

      Ao final da apresentação de cada figura e da fixação das carinhas, passou-se a contar.
Cada carinha indicada pelo gabarito valeu 1 ponto. Carinhas amarelas ou falta de carinhas não
somaram ponto.

    •   A tabela de percepção foi de acordo com a seguinte pontuação:

        12 – 15 pontos = ótimo
        09 – 11 pontos = bom
        06 – 08 pontos = regular
        Menor que 06 = insuficiente

    •   A figura que obteve resultado regular ou insuficiente foi comentada pela menina
Quadro 2. Apresentação dos resultados previstos do jogo.

    N0 da figura       gabarito          pontuação          avaliação         discussão (S/N)
         1              Verde               14                ótimo                 Não
         2            Vermelho              12                ótimo                 Não
         3            Vermelho               9                 bom                  Não
         4            Vermelho               7               regular                Sim
         5              Verde               15                ótimo                 Não
         6              Verde                8               regular                Sim
         7              Verde               15                ótimo                 Não
         8            Vermelho              12                ótimo                 Não
         9            Vermelho              14                ótimo                 Não
        10            Vermelho              10                 bom                  Não
        11              Verde               15                ótimo                 Não
        12            Vermelho               8               regular                Sim
        13            Vermelho               7               regular                Sim
        14              Verde               15                ótimo                 Não
        15              Verde               12                ótimo                 Não

Conforme previsto nas regras foram comentadas as figuras com resultado regular:

•     As figures 4 e 12 foram fábricas emitindo gases na atmosfera, como ocorre no bairro de
      São Cristóvão onde se situa o inetrnato. Talvez as meninas não tenham entendido bem o
      que isto representava para o meio ambiente. A fábrica não é um elemento cotidiano na vida
      delas, apesar de ser do macrocontesto,por isso a dúvida.

•      A figura 6 foi o de uma paisagem de praia com o tempo nublado. Talvez elas possam ter
      interpretado as nuvens como poluição, por isso pode ter surgido dúvida.

•     A figura 13 foi o de uma floresta com depósito de pneus. Talvez elas não tenham entendido
      que os pneus usados não poderiam ficar ali, até por não estar claro na foto que se trata de
      uma floresta.




            Figura 1: Cartolina contendo a afixação de carinhas feita por cada menina.
O método de aplicado foi eficaz e adequadamente indicado para meninas na faixa etária
pretendida, pois as mesmas já tem um entendimento razoável sobre as situações cotidianas.
Conseguem, ainda, perceber uma situação ambiental facilmente após uma orientação educacional
sobre o assunto. De uma forma simples e criativa o jogo atingiu seu objetivo.

3. Simulação da Audiência Pública

        Na simulação da audiência pública (SAP) foi apresentado como situação problema para ser
enfrentado pelas meninas a construção de um posto de gasolina que extinguiria o prédio do
internato. Cada VP arrolou duas meninas e passou a orientá-las sobre como defender o interesse
de cada ator social envolvido na simulação. Os VP's orientadors são indicados no Quadro 3.

                       Quadro 3: Relação dos atores sócioambientais
                        envolvidos na simulação da audiência pública.

                      Ator social               Aluno

                      FEEMA (órgão de           Marta
                      controle ambiental)
                      PREFEITURA                Flávia

                      DONO DO POSTO             Carlos


                      FIRMA DE                  Janaína
                      CONSULTORIA

                      ONG                       Elaine

                      ASSOCIAÇÃO DE             Ana Paula
                      MORADORES


         Ao final da SAP, após cada grupo de meninas representando um dos atores exporem e
defenderem seus interesses, coube ao professor da disciplina, no papel da Comissão Estadual de
Controle Ambiental (CECA) anunciar se a concessão da licença ambiental seria concedida.
Considerando que houve uma postura ética de todos os grupos, inclusive dos interessados em
obter os lucros do posto, foi negada a licença. Assim, a SAP mostrou-se válida como estratégia
qualitativa para identificar que os seus participantes haviam aprendido a legislação básica de
cidadania ambiental e o conteúdo socioambiental.

4. Avaliação do Pré e Pós-teste

        Serão apresentados na ordem em que as atividades foram se desencadeando, exceto o
pré e pós-testes que permitem uma análise global da campanha. Deles, também podem ser
obtidos outros dados que serão posteriormente apresentados. A confrontação dos resultados de
pré e pós-teste permitiu que se construísse o Quadro I. Nele, são mostrados o número de
conexões atribuídas a cada compartimento sócioambiental por cada uma das meninas mediante
entrevista pessoal.

  Quadro 4: Número de conexões totais entre compartimentos sócioambientais existentes
  no contexto do Educandário Gonçalves de Araujo, Rio de Janeiro, em maio de 2004.

  Meninas     1  2     3    4    5    6    7    8    9    10   11   12   13   14   15   16   Total
  Pré-teste   23 14    20   26   14   26   23   14   10   27   14   10   16   14   18   12   281
Pós-teste 26 25     25   24   16   27   26   14    20   23   16   20   20   18   22   18   340

  Diferença +3 +11 +5      -2   +2   +1   +3        0+10 -4    +2   +10 +4    +4   +4   +6   +59

        O Quadro 4 mostra que os pré-testes que possibilitam identificar a “bagagem” das meninas
quanto a intervenção a ser realizada na campanha, evidenciou que o conhecimento de que eram
portadoras quanto a estrutura e dinâmica de uma teia sócioambiental era razoável, pois variou de
10-27 conexões no pré-teste e apenas 14-27 conexões no pós-teste. Isto sugere que a informação
passada pelo ensino formal e informal na área ambiental foi importante contribuição na formação
teórica das meninas. Mesmo assim, houve um acréscimo de cerca de 17% no número de conexões
no grupo de meninas. Isto pode indicar que a campanha foi eficiente neste particular. Nas meninas
quatro e dez, ocorreu uma perda do número de conexões o que pode ter sido a pressa na coleta de
dados, pois nem todas têm a mesma velocidade de resposta a entrevista.

Conclusão
        O presente trabalho pode mostrar que atividades lúdicas adaptadas como estratégias de
ensino em EA são efetivas e úteis para trabalhos que busquem cumprir o contrato social da ciência.


Bibliografia
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GUIMARÃES, M. A Dimensão Ambiental da Educação. Campinas, Papirus, 1993, 107 p.

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       REIGOTA, M. & BARCELOS, V. H. de L. Tendências da Educação Ambiental Brasileira.
       Santa Cruz do Sul, EDUNISC, 2000, 2 ed., 263 p.

PEDRINI, A de G. Introdução. In: PEDRINI, A de G. (Org.) O Contrato Social da Ciência; unindo
      saberes em Educação Ambiental. Petrópolis, Vozes, 2002, 267 p.

PEDRINI, A G. & DE-PAULA, J.C. Educação Ambiental; críticas e propostas. In: PEDRINI, A G.
      (Org.) Educação Ambiental; Reflexões e Práticas Contemporâneas. Petrópolis, Vozes, 5
      ed., 2002, 267 p.

PEDRINI, A G. , ANDRADE, R. P., FRANÇA, V. & BELVEDERE, J. M. Voluntários da Pátria e
      Classes Populares. Educação Ambiental no Educandário Gonçalves de Araujo, São
      Cristóvão, RJ, Brasil. Encontro de Educação Ambiental do Estado do Rio de Janeiro, 6, 26-
      29 de julho de 1999.

SATO, M. Educação Ambiental. São Carlos, RiMa, 2001.

SATO, M. & SANTOS, J. E. dos. Tendências nas pesquisas em Educação Ambiental. In: NOAL, F.
      O & BARCELOS, V. H. de L. (Orgs.) Educação Ambiental e Cidadania; Cenários
      Brasileiros. Santa Cruz do Sul, EDUNISC, 2003, 349 p.

SILVA, E. O da, FUNEZ, L. M. & COSTA, L. A D. A Educação Ambiental no contexto do
       Movimento dos Atingidos por Barragens. In: NOAL, F. O & BARCELOS, V. H. de L. (Orgs.)
       Educação Ambiental e Cidadania; Cenários Brasileiros. Santa Cruz do Sul, EDUNISC,
       2003, 349 p.

SILVEIRA, C. O Projeto de Construção de Projetos de Educação Ambiental: as dimensões do
       Planejamento e da Avaliação. In: PHILIPPI Jr, A & PELICIONE, M. C. F. (Eds.) Educação
       Ambiental; Desenvolvimento de Cursos e Projetos. São Paulo, USP/SIGNUS, 2000, 350 p.

SILVEIRA, J. F. Unindo os saberes: o universitário e o popular. In: PEDRINI, A de G. (Org.) O
       Contrato Social da Ciência; unindo saberes em Educação Ambiental. Petrópolis, Vozes,
       2002, 267 p.

TANNER, R. T. Educação Ambiental. São Paulo, EDUSP/SUMMUS, 1978, 158 p.

TAYLOR, J. Guide on simulation and gaming for environmental education. Paris, UNESCO, 1987,
     129 p.

TELLES, M. de Q., ROCHA, M. B. da, PEDROSO, M. L. & MACHADO, S. M. de C. Vivências
      Integradas com o meio Ambiente. São Paulo, Sá Editora, 2002, 144 p.

VASCONCELLOS, H. S. R. de. A pesquisa-ação em projetos de educação Ambiental. In:
     PEDRINI, A G. (Org.) Educação Ambiental; Reflexões e Práticas Contemporâneas.
     Petrópolis, Vozes, 5 ed., 2002, 267 p.

VELASCO, S. L. Uma proposta brasileira interdisciplinar de mestrado em Educação Ambiental. In:
     PEDRINI, A de G. (Org.) O Contrato Social da Ciência; unindo saberes em Educação
     Ambiental. Petrópolis, Vozes, 2002, 267 p.

VIEZZER, M. & OVALLES. Manual Latino-americano de Educ-ação Ambiental.São Paluo, Gaia,
      1995, 192 p.
Anexos

Anexo 1. Apresentação do instrumento de pré e pós-testes aplicados na campanha de 2004 no
Internato Gonçalves de Araújo, Rio de Janeiro, RJ.

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
DISCIPLINA : EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMUNITÁRIA
COORDENADOR : PROF. ALEXANDRE G. PEDRINI
GRUPO: VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA
DATA:____/____/____


                AVALIAÇÃO ESCRITA DO EXERCÍCIO DA TEIA DA VIDA           ë
                             PRÉ-TESTE/PÓS-TESTE

 Nome todo:__________________________________________________ Idade:_____



Ligue com um traço (----) os elementos sócioambientais, apresentados abaixo,
que você acha que dependem mutuamente uns dos outros para sobreviver:

                                         Pessoas
                                   (professoras, irmãs)

          ? Sol                                                             Água
                                                                            (chuva)

          Animais                                                             Ar
     (pombo, cachorro)



                                         ;  Planta/Solo
                                (violeta, samambaia, árvore)
                                            e solo


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  • 1. 3 WEEC, Rio de Janeiro, FioCruz, 2004 Educação Ambiental em internatos urbanos, Rio de janeiro, RJ. O lúdico como estratégia contextual. 1 2 Alexandre de Gusmão Pedrini, Marta Scardini Alves Batista , Ana Paula Mugrabi Pinto , Elaine 3 4 5 Moscoso Gomes , Janaína Fernandes Costa , Carlos Alexandre Julio Celano e Flavia Soares 6 Pessoa . Laboratório de Ficologia e Educação Ambiental do Departamento de Biologia Vegetal, Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rua São Francisco Xavier, 524, Pavilhão Haroldo Lisboa da Cunha, sala 525/1, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ, Brasil; pedrini@uerj.br Resumo O Grupo multidisciplinar Voluntários da Pátria (VP’s) é integrado por alunos da disciplina universal de Educação Ambiental Comunitária (EAC) oferecida semestralmente,a todos o alunos de graduação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O objetivo formativo deste grupo é ser capacitado a realizar campanhas teórico-práticas em EAC em comunidades urbanas. Esta atividade é realizada no Educandário Gonçalves de Araújo (EGA), bairro de São Cristóvão, cidade do Rio de Janeiro. Em 2004, um grupo de estudantes de Biologia e Química, após receberem noções em pesquisa qualitativa e metodologia construtivista em EA (segundo a conceituação metodológica da codificação de Tbilisi) desenvolveram uma campanha no internato do EGA, previamente construída coletivamente com o professor. Esta atividade consistiu das seguintes etapas: a) apresentação da proposta dos VP’s; b) entrosamento com 16 meninas pré-adolescentes internadas; c) aplicação de pré-teste; d) dramatização coletiva contextualizada da estrutura e funcionamento da Teia da Vida; e) aplicação de um jogo para o entendimento do que representa atividades nocivas e benéficas para o planeta; f) oferta de uma dinâmica sobre direitos da cidadania ambiental; g) realização da Simulação de uma Audiência Pública (SAP) sobre uma ameaça de destruição do internato para a construção de um Posto de Gasolina; h) aplicação do pós-teste e i) encerramento coletivo com um lanche. Em outro dia foi feita uma auto-avaliação do desempenho dos VP’s no internato e da metodologia empregada no contexto. A análise do pré e pós-teste mostraram que houve um acréscimo significativo de conexões entre o pós-teste e o pré-teste (17%), sugerindo que a intervenção foi eficaz. O jogo das carinhas mostrou ser adequado para despertar o senso crítico em relação a questão sócioambiental de modo lúdico. A avaliação pela SAP mostrou que as meninas souberam se manifestar, segundo uma conduta ética e consciente na conservação da vida na sua comunidade. Deste modo, a metodologia empregada mostrou ser adequada para o contexto em que foi aplicada, podendo ser transposta para outros contextos se devidamente reelaborada e recontextualizada, considerando o pacto social local. Introdução A Educação Ambiental Comunitária, no Brasil, tem sido realizada em vários contextos sócioambientais. Pode-se perceber que os educadores que atuam nestes contextos buscam seriamente realizar sua parte do Contrato Social da Ciência (cf. Dietz, 1994; Machado, 1998; Silveira, 2000; Jacobi, 2001; Sato & Santos, 2001;Pedrini, 2002; Loureiro, 2004). Exemplos deste enorme esforço podem ser verificados em várias partes do Brasil. Serão ressaltados alguns exemplos nas suas regiões sudeste, centro-oeste e sul. 1Aluna do curso de graduação em Química da UERJ 2Aluna do curso de Biologia da UERJ 3Aluna do curso de Biologia da UERJ 4Aluna do curso de graduação em Química da UERJ 5Aluno do curso de Biologia da UERJ 6Aluna do curso de Biologia da UERJ
  • 2. Na cidade do Rio de Janeiro podem ser citados os trabalhos de: a) Vasconcelos (2002) com comunidades no Vale da Gávea; b) Carvalho (2002) na construção da Linha Amarela e c) Pedrini & De-Paula (2002) com comunidades de meninas em internatos urbanos. Em Minas Gerais, Fernandes (1997) trabalhou a EA com comunidades faveladas e trabalhadores rurais. Na região centro-oeste, estado de Goiás, há o trabalho de Martins (2000) em que aplicou a EA com trabalhadores do Movimento Nacional dos sem Terra (MST) num acampamento de trabalhadores rurais sem terra numa fazenda. Na região sul do país há trabalhos como os de: a) Machado (1998) com assentamentos rurais em Ipe'r, estado de São paulo; b) Silveira (2002) com comunidades dos sem teto de Pelotas; c) Velasco (2002) com comunidades sem teto na cidade do Rio Grande; d) Silva, Funez & Costa (2003) com o Movimento dos Atingidos por Barragens no estado do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Para capacitar educadores ambientais para cumprirem este desafio, existem várias estratégias metodológicas possíveis e disponíveis na literatura (Andrade, 1993; Dias,1993; Sato ; Guimarães,1995; Viezzer & Ovalles, 1995; Guerra, 2002; Pedrini & De-Paula, 2002, Berna, 2004). De um modo geral, nestes trabalhos tem sido adotada a pesquisa-participante ( Loureiro, 1992) e a pesquisa–ação sensu Thiollent (1985) que são opções metodológicas recomendadas para a EAC por vários autores (cf. Vasconcellos, 2002). O conceito de Educação Ambiental praticado também tem sido avançado, adotando os referenciais teórico-metodológicos das declarações dos eventos internacionais de EA de Tbilisi e Moscou. A aplicação de atividades lúdicas são recomendadas nas codificações antes citadas, como estratégias pedagógicas fundamentais para o processo de EA (cf. Taylor, 1978; Dias, 1993; Guimarães, 1995;Telles et al. (2002) ; Berna (2004) ; dentre outros autores). A aplicação de simulações já foi relatada por Tanner (1978) para os EUA na década de setenta e Pedrini & De-Paula (2002) para o Brasil na década de noventa. Foram aplicados vários jogos e simulações de enfrentamento de problemas ambientais. Assim, é interessante uma apresentação detalhada dos jogos e brincadeiras utilizados em um trabalho de EAC para que tenhamos mais possibilidades metodológicas, principalmente, no contexto latinoamericano. O presente trabalho tenciona apresentar uma campanha do Grupo Voluntários da Pátria em EAC num internato urbano da cidade do Rio de Janeiro centrada essencialmente em atividades lúdicas. Uma breve experiência foi relatada em Pedrini et al. (1999), mas sem abordar atividades lúdicas. Busca detalhar o procedimento metodológico de suas atividades lúdicas, tendo como chamada central a adoção do jogo das carinhas, a simulação de uma audiência pública e o uso de pré/pós-testes. Metodologia O Grupo multidisciplinar Voluntários da Pátria (VP’s) foi criado formalmente, em 1993. Ele é integrado por alunos da disciplina universal de Educação Ambiental Comunitária (EAC) oferecida semestralmente,a todos o alunos de graduação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e como isolada para estudantes de qualquer curso de outras universidades. O objetivo formativo deste grupo (formado pelos alunos inscritos) é dele ser capacitado a realizar campanhas teórico- práticas em EAC com comunidades urbanas. Esta metodologia, em termos gerais, está detalhada no trabalho de Pedrini & De-Paula (2002). Esta atividade é realizada no Educandário Gonçalves de Araújo (EGA), bairro de São Cristóvão, cidade do Rio de Janeiro. Em 2004, um grupo de estudantes de Biologia e Química, após receberem noções em pesquisa qualitativa e metodologia construtivista em EA (segundo a conceituação metodológica da codificação de Tbilisi) desenvolveram uma campanha no internato do EGA, previamente planejada e construída coletivamente com o professor. Foi feito previamente um Diagnóstico Sócioambiental das condições contextuais, levantando-se a fauna, flora, atmosfera, comunidade humana, água e solo. O objetivo da elaboração deste diagnóstico era o de disponibilizar os elementos contextuais que poderiam ser adotados no planejamento das atividades da campanha no internato, incluindo características do cotidiano das meninas. A campanha consistiu das seguintes etapas: a) apresentação da proposta dos VP’s; b) dinâmica de entrosamento com 16 meninas pré-adolescentes internadas; c) aplicação de pré-teste (vide anexo); d) dramatização coletiva contextualizada da estrutura e funcionamento da Teia da Vida no internato; e) aplicação do Jogo das Carinhas para o entendimento do que representa atividades nocivas e benéficas para o planeta; f) realização de uma dinâmica sobre direitos da cidadania ambiental; g) realização da Simulação de uma Audiência Pública (SAP) sobre uma
  • 3. ameaça de destruição do internato para a construção de um Posto de Gasolina; h) aplicação do pós-teste (vide anexo) e i) encerramento coletivo com um lanche. Em outro dia foi feita uma auto-avaliação do desempenho dos VP’s no internato, da metodologia empregada no contexto e iniciado o trabalho de organizaç.ão, tratamento e análise dos dados levantados. Resultados Os resultados serão apresentados, iniciando-se pelo roteiro resumido das atividades realizadas e depois pelo detalhamento das atividades lúdicas mais importantes da campanha. 1. Roteiro-resumo da campanha no internato 14:00 – 14:15 APRESENTAÇÃO - Identificação das meninas via crachá. - Apresentação formal, com cada um de nós falando o nome, o que faz, o que gostaria de fazer, etc. A finalidade desta fase do trabalho foi um “quebra-gelo” com as meninas e apresentação da proposta dos VP’s. 14:16 – 14:30 PRÉ-TESTE (veja detalhamento a seguir) 14:31 – 15:00 DRAMATIZAÇÃO - Cada um dos VP’s assumiu um personagem que representou um compartimento sócioambiental do contexto trabalhado. Cada VP teve 5 minutos para apresentar a importância sócioambiental individual de seu personagem ao meio, suas interações com os outros compartimentos e enfim, da demanda coletiva de todos os compartimentos entre si, formando a Teia da Vida. Os VP’s foram de calça “jeans” e com a cor da camisa de acordo com seu personagem (Vide quadro 1). Quadro 1. Personagens e o nome do aluno (VP) respectivo e cor de sua camisa da dramatização da Teia da Vida. Personagem Aluno Cor da blusa Água Marta Azul Ar Janaína Branco Vegetação Ana Paula Verde Sol Carlos Amarelo Animais Elaine Caqui / Bege / Laranja Pessoas Flávia Vermelho 15:01 – 15:30 JOGO DAS CARINHAS (veja o detalhamento a seguir) 15:31 – 15:50 CONCEITOS DE CIDADANIA - Leitura do artigo 6 da Constituição Federal do Brasil. - Estudo em grupo do texto lido, com discussões das palavras-chaves previamente destacadas. 15:51 – 16:30 SIMULAÇÃO DA AUDIÊNCIA PÜBLICA
  • 4. (veja o detalhamento a seguir) 16:31 – 16:45 PÓS – TESTE - O grupo de meninas foi dividido e cada um dos VP’s entrevistou no pós-teste o mesmo grupo de meninas que no pré-teste. 16:46 – 17:00 ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES - Foi oferecido lanche e tiradas fotografias de cada menina com o fim de presenteá-las. Esta confraternização foi importante para todos os que participaram. 2. O Jogo das Carinhas O objetivo desta atividade lúdica foi conhecer o nível de conhecimento sócioambiental das meninas por meio de figuras de caráter geral que se adaptariam ao contexto trabalhado. O jogo das carinhas foi preparado de modo a que cada uma das dezesseis meninas tivesse uma figura representando um fato socioambiental que se aproximasse ao máximo de situações contextuais Logo, o número de figuras foi exatamente igual ao número de participantes. Isto é, selecionou-se situações próprias para o grupo, não fugindo muito do cotidiano das meninas envolvidas. Houve a preocupação de se equilibrar a quantidade de figuras com situações boas e ruins, para ter-se um equilíbrio no jogo. O jogo começou com a apresentação das regras. Apresentou-se o que cada carinha representava: - Carinha Verde : boa situação – o meio ambiente está aceitável - Carinha Amarela : Atenção à situação - Carinha Vermelha: situação ruim – o meio ambiente não está bem. Esta representação pode ser apresentada com outras palavras, desde que, a carinha verde esteja associada a coisas boas e a vermelha a ruins. A carinha amarela, significou uma dúvida entre a vermelha e a verde. Em seguida, cada menina ganhou uma figura. Daí, iniciou-se o jogo com cada menina (uma por vez), explicando “o que via na figura” para todos os participantes e relacionou sua figura com uma carinha. Depois todas as outras avaliaram a figura da colega. E assim foi até que todas já tivessem visto suas próprias figuras e a das colegas. Imediatamente após mostrar a sua figura a todos e selecionada a carinha que representasse sua percepção socioambiental da figura ela e todas a soutras meninas colavam a carinha de sua preferência numa cartolina branca previamente preparada para receber as carinhas e que estava afixada na parede.(vide figura....). Ao final da apresentação de cada figura e da fixação das carinhas, passou-se a contar. Cada carinha indicada pelo gabarito valeu 1 ponto. Carinhas amarelas ou falta de carinhas não somaram ponto. • A tabela de percepção foi de acordo com a seguinte pontuação: 12 – 15 pontos = ótimo 09 – 11 pontos = bom 06 – 08 pontos = regular Menor que 06 = insuficiente • A figura que obteve resultado regular ou insuficiente foi comentada pela menina
  • 5. Quadro 2. Apresentação dos resultados previstos do jogo. N0 da figura gabarito pontuação avaliação discussão (S/N) 1 Verde 14 ótimo Não 2 Vermelho 12 ótimo Não 3 Vermelho 9 bom Não 4 Vermelho 7 regular Sim 5 Verde 15 ótimo Não 6 Verde 8 regular Sim 7 Verde 15 ótimo Não 8 Vermelho 12 ótimo Não 9 Vermelho 14 ótimo Não 10 Vermelho 10 bom Não 11 Verde 15 ótimo Não 12 Vermelho 8 regular Sim 13 Vermelho 7 regular Sim 14 Verde 15 ótimo Não 15 Verde 12 ótimo Não Conforme previsto nas regras foram comentadas as figuras com resultado regular: • As figures 4 e 12 foram fábricas emitindo gases na atmosfera, como ocorre no bairro de São Cristóvão onde se situa o inetrnato. Talvez as meninas não tenham entendido bem o que isto representava para o meio ambiente. A fábrica não é um elemento cotidiano na vida delas, apesar de ser do macrocontesto,por isso a dúvida. • A figura 6 foi o de uma paisagem de praia com o tempo nublado. Talvez elas possam ter interpretado as nuvens como poluição, por isso pode ter surgido dúvida. • A figura 13 foi o de uma floresta com depósito de pneus. Talvez elas não tenham entendido que os pneus usados não poderiam ficar ali, até por não estar claro na foto que se trata de uma floresta. Figura 1: Cartolina contendo a afixação de carinhas feita por cada menina.
  • 6. O método de aplicado foi eficaz e adequadamente indicado para meninas na faixa etária pretendida, pois as mesmas já tem um entendimento razoável sobre as situações cotidianas. Conseguem, ainda, perceber uma situação ambiental facilmente após uma orientação educacional sobre o assunto. De uma forma simples e criativa o jogo atingiu seu objetivo. 3. Simulação da Audiência Pública Na simulação da audiência pública (SAP) foi apresentado como situação problema para ser enfrentado pelas meninas a construção de um posto de gasolina que extinguiria o prédio do internato. Cada VP arrolou duas meninas e passou a orientá-las sobre como defender o interesse de cada ator social envolvido na simulação. Os VP's orientadors são indicados no Quadro 3. Quadro 3: Relação dos atores sócioambientais envolvidos na simulação da audiência pública. Ator social Aluno FEEMA (órgão de Marta controle ambiental) PREFEITURA Flávia DONO DO POSTO Carlos FIRMA DE Janaína CONSULTORIA ONG Elaine ASSOCIAÇÃO DE Ana Paula MORADORES Ao final da SAP, após cada grupo de meninas representando um dos atores exporem e defenderem seus interesses, coube ao professor da disciplina, no papel da Comissão Estadual de Controle Ambiental (CECA) anunciar se a concessão da licença ambiental seria concedida. Considerando que houve uma postura ética de todos os grupos, inclusive dos interessados em obter os lucros do posto, foi negada a licença. Assim, a SAP mostrou-se válida como estratégia qualitativa para identificar que os seus participantes haviam aprendido a legislação básica de cidadania ambiental e o conteúdo socioambiental. 4. Avaliação do Pré e Pós-teste Serão apresentados na ordem em que as atividades foram se desencadeando, exceto o pré e pós-testes que permitem uma análise global da campanha. Deles, também podem ser obtidos outros dados que serão posteriormente apresentados. A confrontação dos resultados de pré e pós-teste permitiu que se construísse o Quadro I. Nele, são mostrados o número de conexões atribuídas a cada compartimento sócioambiental por cada uma das meninas mediante entrevista pessoal. Quadro 4: Número de conexões totais entre compartimentos sócioambientais existentes no contexto do Educandário Gonçalves de Araujo, Rio de Janeiro, em maio de 2004. Meninas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Total Pré-teste 23 14 20 26 14 26 23 14 10 27 14 10 16 14 18 12 281
  • 7. Pós-teste 26 25 25 24 16 27 26 14 20 23 16 20 20 18 22 18 340 Diferença +3 +11 +5 -2 +2 +1 +3 0+10 -4 +2 +10 +4 +4 +4 +6 +59 O Quadro 4 mostra que os pré-testes que possibilitam identificar a “bagagem” das meninas quanto a intervenção a ser realizada na campanha, evidenciou que o conhecimento de que eram portadoras quanto a estrutura e dinâmica de uma teia sócioambiental era razoável, pois variou de 10-27 conexões no pré-teste e apenas 14-27 conexões no pós-teste. Isto sugere que a informação passada pelo ensino formal e informal na área ambiental foi importante contribuição na formação teórica das meninas. Mesmo assim, houve um acréscimo de cerca de 17% no número de conexões no grupo de meninas. Isto pode indicar que a campanha foi eficiente neste particular. Nas meninas quatro e dez, ocorreu uma perda do número de conexões o que pode ter sido a pressa na coleta de dados, pois nem todas têm a mesma velocidade de resposta a entrevista. Conclusão O presente trabalho pode mostrar que atividades lúdicas adaptadas como estratégias de ensino em EA são efetivas e úteis para trabalhos que busquem cumprir o contrato social da ciência. Bibliografia ANDRADE, A L. C. Educação Ambiental e construção da cidadania: uma prática com classes populares. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1993. BERNA, V. Como fazer educação ambiental. São Paulo, Paulus, 2004, 144 p. CARVALHO, V. S. Reflexões sobre a dinâmica entre Educação Ambiental e Desenvolvimento Comunitário: o lado verde da Linha Amarela. In: PEDRINI, A de G. (Org.) O Contrato Social da Ciência; unindo saberes em Educação Ambiental. Petrópolis, Vozes, 2002, 267 p. DIAS, G. F. Educação Ambiental; princípios e práticas. São Paulo, Gaia, 1993, 400 p. FERNANDES, F. de C. A construção coletiva de um projeto de Educação Ambiental em comunidades urbanas de Vilas e favelas. In: RODA VIVA (Org.), Cadernos do IV Fórum Brasileiro de Educação Ambiental, Rio de Janeiro, 1997, 206 p. GUERRA, A F. S. Educação Ambiental em áreas costeiras: o aprender e o ensinar usando a Internet. In: PEDRINI, A de G. (Org.) O Contrato Social da Ciência; unindo saberes em Educação Ambiental. Petrópolis, Vozes, 2002, 267 p. GUIMARÃES, M. A Dimensão Ambiental da Educação. Campinas, Papirus, 1993, 107 p. JACOBI, P. Meio Ambiente e Educação para a Cidadania: o que está em jogo nas grandes cidades? In: SANTOS, J. E. dos & SATO, M. A Contribuição da Educação Ambiental à esperança de Pandora. São Paulo, RiMa, 2001, 604 p. LOUREIRO, C. F. B. Educação Ambiental e Classes Populares. Dissertação de Mestrado em Educação. Rio de Janeiro, PUC-RJ, 1992, 370 p. LOUREIRO, C. F. B. Trajetória e Fundamentos da Educação Ambiental. São Paulo, Cortez, 2004, 152 p. MACHADO, A M. B. Educação Ambiental para desenvolvimento sustentável em assentamentos rurais: contribuições de um estudo de representações sociais. Cadernos de Ciência e Tecnologia, Brasília, v. 15, n.1, p. 121-131, 1998. MARTINS, L. C. Aspectos sociais antropológicos do desenvolvimento sustentável: o caso do
  • 8. acampamento de trabalhadores rurais na Terra de Água Fria, Goiás. In: NOAL, F. O , REIGOTA, M. & BARCELOS, V. H. de L. Tendências da Educação Ambiental Brasileira. Santa Cruz do Sul, EDUNISC, 2000, 2 ed., 263 p. PEDRINI, A de G. Introdução. In: PEDRINI, A de G. (Org.) O Contrato Social da Ciência; unindo saberes em Educação Ambiental. Petrópolis, Vozes, 2002, 267 p. PEDRINI, A G. & DE-PAULA, J.C. Educação Ambiental; críticas e propostas. In: PEDRINI, A G. (Org.) Educação Ambiental; Reflexões e Práticas Contemporâneas. Petrópolis, Vozes, 5 ed., 2002, 267 p. PEDRINI, A G. , ANDRADE, R. P., FRANÇA, V. & BELVEDERE, J. M. Voluntários da Pátria e Classes Populares. Educação Ambiental no Educandário Gonçalves de Araujo, São Cristóvão, RJ, Brasil. Encontro de Educação Ambiental do Estado do Rio de Janeiro, 6, 26- 29 de julho de 1999. SATO, M. Educação Ambiental. São Carlos, RiMa, 2001. SATO, M. & SANTOS, J. E. dos. Tendências nas pesquisas em Educação Ambiental. In: NOAL, F. O & BARCELOS, V. H. de L. (Orgs.) Educação Ambiental e Cidadania; Cenários Brasileiros. Santa Cruz do Sul, EDUNISC, 2003, 349 p. SILVA, E. O da, FUNEZ, L. M. & COSTA, L. A D. A Educação Ambiental no contexto do Movimento dos Atingidos por Barragens. In: NOAL, F. O & BARCELOS, V. H. de L. (Orgs.) Educação Ambiental e Cidadania; Cenários Brasileiros. Santa Cruz do Sul, EDUNISC, 2003, 349 p. SILVEIRA, C. O Projeto de Construção de Projetos de Educação Ambiental: as dimensões do Planejamento e da Avaliação. In: PHILIPPI Jr, A & PELICIONE, M. C. F. (Eds.) Educação Ambiental; Desenvolvimento de Cursos e Projetos. São Paulo, USP/SIGNUS, 2000, 350 p. SILVEIRA, J. F. Unindo os saberes: o universitário e o popular. In: PEDRINI, A de G. (Org.) O Contrato Social da Ciência; unindo saberes em Educação Ambiental. Petrópolis, Vozes, 2002, 267 p. TANNER, R. T. Educação Ambiental. São Paulo, EDUSP/SUMMUS, 1978, 158 p. TAYLOR, J. Guide on simulation and gaming for environmental education. Paris, UNESCO, 1987, 129 p. TELLES, M. de Q., ROCHA, M. B. da, PEDROSO, M. L. & MACHADO, S. M. de C. Vivências Integradas com o meio Ambiente. São Paulo, Sá Editora, 2002, 144 p. VASCONCELLOS, H. S. R. de. A pesquisa-ação em projetos de educação Ambiental. In: PEDRINI, A G. (Org.) Educação Ambiental; Reflexões e Práticas Contemporâneas. Petrópolis, Vozes, 5 ed., 2002, 267 p. VELASCO, S. L. Uma proposta brasileira interdisciplinar de mestrado em Educação Ambiental. In: PEDRINI, A de G. (Org.) O Contrato Social da Ciência; unindo saberes em Educação Ambiental. Petrópolis, Vozes, 2002, 267 p. VIEZZER, M. & OVALLES. Manual Latino-americano de Educ-ação Ambiental.São Paluo, Gaia, 1995, 192 p.
  • 9. Anexos Anexo 1. Apresentação do instrumento de pré e pós-testes aplicados na campanha de 2004 no Internato Gonçalves de Araújo, Rio de Janeiro, RJ. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DISCIPLINA : EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMUNITÁRIA COORDENADOR : PROF. ALEXANDRE G. PEDRINI GRUPO: VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA DATA:____/____/____ AVALIAÇÃO ESCRITA DO EXERCÍCIO DA TEIA DA VIDA ë PRÉ-TESTE/PÓS-TESTE Nome todo:__________________________________________________ Idade:_____ Ligue com um traço (----) os elementos sócioambientais, apresentados abaixo, que você acha que dependem mutuamente uns dos outros para sobreviver: Pessoas (professoras, irmãs) ? Sol Água (chuva) Animais Ar (pombo, cachorro) ; Planta/Solo (violeta, samambaia, árvore) e solo O que você faria se o Governo destruísse o Internato Gonçalves de Araújo para fazer um Posto de Gasolina?