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In: Anais do II Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas, Rio de Janeiro (RJ), Brasil; Outubro de 2013,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Trilhas Marinhas no Brasil; uma Síntese para a Educação Ambiental
Alexandre de Gusmão Pedrini
Laboratório de Ficologia e Educação Ambiental

Departamento de Biologia Vegetal

Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
pedrini@globo.com

Resumo
Os oceanos, em particular, os tropicais e subtropicais situam-se essencialmente em países do

terceiro mundo. Eles vêm sofrendo efeitos antrópicos nefastos cada vez maiores em número e amplitude.

Os governos vêm criando áreas protegidas marinhas com o fim de garantir a perpetuação não só de

ecossistemas como de espécies de sua biodiversidade. Porém a falência quase total de gestão nas áreas
protegidas marinhas enseja a introdução de novos instrumentos com sustentabilidade financeira e
socioambiental. A Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis -paradigma contemporâneo
brasileiro - se insurge nesse contexto de destruição socioambiental com premissas renovadoras. A

educação ambiental marinha pode ser desenvolvida por trilhas por dois modelos: a) emancipatório
através do ecoturismo de base comunitária; b) pedagógico através de preleções instrucionais. Ambas

demandam trilhas marinhas como percurso indispensável e previamente planejado. Dentre os doze

relatos de adoção de trilhas marinhas no Brasil, a quase totalidade trata-as como percurso para fins
(eco)turísticos. Foram selecionados dois estudos de casos dentre os doze relatos existentes no Brasil
para apresentar as metodologias desenvolvidas no contexto brasileiro: a) planejamento participativo para

criação de trilhas; b) monitoramento sobre impactos negativos causados por banhistas e mergulhadores

com “snorkel”. Resultados recentes de pesquisas acadêmicas no planejamento e monitoração de trilhas
marinhas no Brasil são apresentados.

Palavras-chave: área protegida, trilha, mar, biodiversidade, educação ambiental
Resumen
Los océanos, en particular las regiones tropicales y subtropicales se encuentran principalmente

en los países del tercer mundo. Han sufrido los efectos antropogénicos adversos crecientes en número y
2
amplitud. Con esta condición, los gobiernos han creado de áreas marinas protegidas con el fin de no sólo

asegurar la perpetuación de los ecosistemas y las especies de la biodiversidad. Pero el fracaso casi total
de la gestión en las áreas protegidas marinas implica la introducción de nuevos instrumentos financieros y

de sostenibilidad ambiental. Em este sentido, la Educación Ambiental para Sociedades Sostenibles paradigma contemporáneo-brasileño – contesta

la destrucción del medio ambiente con premisas

inovadoras. La educación ambiental em este meio puede ser desarrollada por senderos marinos en dos

modelos: a) emancipatorio a través del ecoturismo basado en la comunidad; b) Pedagógico a través de
prelaciones educativas.

Ambos temas requieren la vía marítima como esenciales y previamente

planeadas. Entre los doce informes de aprobación de senderos marinos en Brasil, casi todos tratan de
itinerarios (eco) turisticos. Se seleccionaron dos estudios de caso entre los doce informes existentes en
Brasil para presentar las metodologías desarrolladas en el contexto brasileño: a) la planificación

participativa para la creación de senderos; b) el seguimiento de los impactos negativos causados por los
bañistas y buceadores con esnórquel. Se presentan los resultados recientes de la investigación
académica en la planificación y monitoreo de senderos marinos en Brasil.

Palabras clave: área protegida, sendero marino, biodiversidad del mar, educacion ambiental
Introdução
O planeta Terra demanda urgentemente a criação e manutenção de áreas protegidas em todos

os ecossistemas em face de sua gradual destruição socioambientais. Os ambientes costeiros e marinhos
são dos mais necessitados. Existia a cerca de dez anos apenas cerca de 4500 áreas protegidas no

mundo (PRATES et al., 2007), sendo 20% de ambientes marinhos. Áreas protegidas marinhas são muito
escassas no Brasil e quando existem, em geral, são mal conservadas e sem recursos adequados para

seu sustento. Um dos públicos que mais impactam negativamente áreas protegidas marinhas é

justamente o turístico que é aquele para o qual essas áreas têm como meta receber Em face da
deseducação ambiental cotidiana e da ausência de amplos e permanentes programas de Educação

Ambiental Marinha, as áreas protegidas que têm dentre suas metas acolher turistas, estão sendo
destruídas também por parte deles. (Coutinho et al. 1993; Berchez et al. 2005; Pedrini et al., 2007, 2008;

Silva e Ghilardi-Lopes 2012; Tunala et al. 2013). Isso pressupõe uma inadequada gestão governamental
que detém a maior representação geográfica de áreas protegidas em nosso país.

Há várias medidas administrativas possíveis de serem tomadas pelos gestores de áreas protegidas

marinhas. Destacam-se: a) solução das questões fundiárias; b) dotação permanente de verbas

adequadas ao sustento da unidade de conservação da natureza; c) garantia permanente de um corpo
representativo de fiscais devidamente qualificados; d) instalações físicas aparelhadas com equipamentos
modernos e funcionando; e) desenvolvimento de programas de ecoturismo marinho de base comunitária
(PEMBC); f) realização de programas permanentes de educação ambiental marinha (PEAM). Para

desenvolver PEMBC e PEAM a área protegida poderia se beneficiar do planejamento e criação de trilhas
3
marinhas, enquanto que gestores de outras áreas marinhas de estado como o Parque Nacional de
Fernando de Noronha excluiu a criação de trilhas marinhas (Mitraud, 2001).

Porém, na área de mergulho subaquático não se tem usado o termo trilha e sim roteiros. Um

exemplo típico é a publicação do governo de São Paulo (sem data) no contexto do programa estatal
“Trilhas de São Paulo”. A publicação de pequeno porte e própria para se levar no bolso é intitulada
Roteiros de Mergulho. Se esse tipo de atividade for considerado como tradução de mergulho em trilhas

marinhas, então existem milhares delas no país. Igualmente, a delimitação do conceito de trilha
subaquática é questão urgente para debate no contexto do ecoturismo brasileiro. A seguir será
apresentada uma proposta de tipologia de trilhas marinhas com breve cronologia de suas citações no
Brasil.

Trilhas Marinhas como um caminho para a Educação Ambiental e o Turismo
Uma das formas para a gestão autossustentada dos bens naturais marinhos em áreas

protegidas são a implantação e o desenvolvimento de produtos em ecoturismo marinho (Pedrini et al.,
2011). Para que possa ser desenvolvido ele demanda a adoção e manutenção permanente de caminhos
espontaneamente selecionados para mergulhos ou de trilhas marinhas previamente planejadas.

Segundo Lechner (2006) o caminho planejado e construído através do espaço geográfico,

histórico e cultural para ser entendido como uma trilha demanda o atendimento de: a) demandas dos
usuários; b) conservação dos seus bens naturais. Segundo Salvati (2008) uma trilha seria a única
possibilidade de acesso no contexto de uma área protegida. Ela poderia ser conceituada como um

caminho existente ou estabelecido de variadas formas com o fim de aproximar um visitante ao ambiente
natural, ou levá-lo a um atrativo específico. Teria como meta primordial o entretenimento ou educação via

sinalizações ou meios interpretativos.

Porém, mesmo no ambiente terrestre apenas caminhos em qualquer ecossistema também vem

sendo denominado de trilha. Ou seja, um caminho desprovido de equipamentos ou investimentos

também é chamado pela população como trilha. Em ambientes aquáticos como o mar ou rios de águas
límpidas um percurso frequentemente visitado por usuários também tem sido denominado de trilha

subaquática. Mas ao contrário do ambiente terrestre a trilha marinha a não é aberta nem conservada por
usuários ou gestores da região em que se insere. Ela também se confunde com termos adotados pelo

turismo de mergulho com SCUBA como roteiros ou percursos subaquáticos Para Lima (1998) o
componente artificial agrega valor ao conceito de trilha. A trilha denominada de interpretativa seria:

"... um trajeto de curta distância (500 até 1.000 metros)
com o fim de otimizar a "compreensão das características naturais e/ou
construídas e culturais da seqüência paisagística determinada pelo seu
traçado
finalidades
ludo-pedagógicas
direcionadas
a
educação ambiental, ou à humanização de terapias, funcionando como fator
4
de integração ou reintegração, de adaptação e de valoração, de tomada de
consciência em relação ao meio ambiente; Lima, 1998, p.40 ".
A definição de Lima (1998) traz importantes contribuições ao tema, alargando as funções das

trilhas. Então, do mesmo modo que há inconsistências na definição de trilha subaquática ou terrestre o
conceito de trilha marinha não vem também aderindo adequadamente ao que já está consagrado. Desse

modo, no presente trabalho será arrolado apenas os trabalhos que citem claramente que se tratam de
trilhas subaquáticas ou marinhas por seus autores. É desejável que a trilha marinha receba uma definição
clara.

A adoção de trilhas marinhas tanto como instrumento para atividades pedagógicas (Berchez et

al., 2007; Hadel, 2010) como turísticas (São Paulo, 2008; Pedrini et al., 2011) ainda é rara em todo o
mundo (Platong et al. 2000; Hannak, 2008; Oliveira et al., 2011; Baud et al., 2012; Rios-Jara et al., 2013).

No quadro 1 pode-se vislumbrar uma tipologia de trilhas marinhas, no Brasil, segundo suas
características e propósitos de uso, adaptado de Pedrini et al. (2010).

Quadro 1 - Características e finalidades das trilhas marinhas descritas na literatura brasileira (adaptado

de Pedrini et al., 2010).

Características

Autor

Estado

Essencialmente
pedagógicas

1. Wegner (2002)

SC

3. Berchez et al. (2005)

SP

x

SP

x

7. Hadel (2010)

SP

x

9. Pedrini et al. (2010)

SP

2. Wegner et al. (2004)

SC

4. Lima et al (2006)

SC

6. São Paulo (2008)

SP

5. Berchez et al. (2007)

8. Machado et al. (2010)

SP

10. Lima et al. (2010)

12. Meireles et al. (2013)

RJ

Total

12

RJ

SP/SC/RJ

Essencialmente
turísticas
x

x

x
x
x

x

SP

11. Pedrini et al. (2011)

Propósitos

x

x

4

x

8

Percebe-se nos doze relatos de trilhas marinhas existentes no Quadro 1 que a maioria absoluta

delas (67%) traduz-se como instrumento contextualizado para o (eco)turismo (essencialmente de base
comunitária) e na região sul e sudeste. O critério para arrolar relatos de trilha marinha teve por base a
5
existência de fontes de informação como resumo, ou trabalhos de eventos, documentos acadêmicos ou
artigos de periódicos.

A trilha adequada para adoção como instrumento para a EAM (tanto para aplicação no

ecoturismo como no ensino de biologia marinha) demanda preparo e para ser de qualidade exige,

segundo Pedrini (2006) as seguintes características: a) cobrir um espaço geográfico natural/construído
num determinado tempo; b) ser planejada para aplicar os pressupostos pedagógicos conceituais da

Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis; c) ser planejada participativamente, incluindo

diferentes atores sociais envolvidos na atividade (eco)turística, principalmente a comunidade local ou
próxima ao percurso; d) ter seus bens naturais levantados previamente, envolvendo os componentes
(geodiversidade, meteorologia, recursos hídricos, etc) e

bióticos (biodiversidade) caracterizados

taxonômica e ecologicamente, recebendo placas ilustrativas de sua existência com seus nomes
científicos e populares; e) ter seus impactos antrópicos e naturais negativos avaliados permanentemente
acompanhadas de providências para sua mitigação ou extinção; f) ser monitorada continuamente com o
fim de receber manutenção, atualização e recuperação de seus equipamentos.

Pedrini (2006) também criou indicadores conceituais para que as atividades realizadas numa

trilha possam ser consideradas como de mínima qualidade possível em EAM: a) transformadoras que
permitam ao ecoturista adquirir conhecimentos e habilidades, via experiências que o torne apto a

enfrentar, resolver e evitar problemas socioambientais, inclusive os da região do percurso ecoturístico; b)

abrangentes, envolvendo a totalidade dos grupos sociais da área sob influência do percurso; c)
globalizadoras, com o ecoturista abordando o ambiente, integrando as escalas global, nacional e local; d)

contextualizadoras, de modo que o ecoturista receba conhecimentos sobre a realidade local da atividade
ecoturística; e) éticas em que o ecoturista passe a respeitar todas as formas de vida do planeta Terra.

Atendendo, minimamente, às essas características a EAM realizada com o apoio de uma trilha
devidamente planejada com fins interpretativos ela poderá atingir suas metas.

É fato o restrito acúmulo de conhecimento publicado sobre trilhas marinhas no litoral brasileiro.

Especialmente quanto a metodologias de seu planejamento. Assim, será apresentada a seguir uma das
metodologias para se planejar uma trilha marinha com fins ecoturísticos de base comunitária em áreas
protegidas costeiras.
Estudos de caso:
Com o fim de apresentar exemplos brasileiros sobre o planejamento, utilização e avaliação de

trilhas marinhas, foram selecionados dois estudos de caso para escrutínio público: a) planejamento de
uma trilha marinha no contexto do ecoturismo no estado de São Paulo; b) monitoramento de impactos
ambientais negativos numa trilha marinha por parte de mergulhadores com “snorkel” no estado do Rio de
Janeiro.
6
1.

Planejamento de uma trilha marinha no Parque Estadual da Serra do Mar, Picinguaba,

Ubatuba, São Paulo.

O trabalho de Machado et al. (2010) foi desenvolvido no Núcleo Picinguaba do Parque Estadual

da Serra do Mar. Foi desenvolvido como subsídio para a implantação de uma trilha marinha com uma

comunidade tradicional inserida em uma unidade de conservação da natureza costeira. A intenção era de
aliar a Educação Ambiental Marinha Comunitária (EAM) às atividades da comunidade local, mas com
geração de renda para os locais. Ou seja, desenvolver uma EA emancipatória (Pedrini et al., 2011).

A Figura 1 apresenta as etapas principais para se proceder a um estudo para planejar

participativamente uma trilha subaquática para uso em EA. Cada uma das etapas será detalhada, a
seguir, para o caso estudado.

Primeira parte

D IA G N Ó S T IC O P R E L IM IN A R
E x is tê n c ia e d is p o n ib ilid a d e d e lo c a l p a r a a a tiv id a d e ; le v a n ta m e n to d a s
c a ra c te rís tic a s d a c o m u n id a d e re s id e n te e e x is tê n c ia d e m e rc a d o p a r a o p ro d u to .

A u to riz a ç ã o p a ra a re a liz a ç ã o d a p e s q u is a
e c o n ta to c o m a c o m u n id a d e lo c a l

Segunda parte

LEVANTAM ENTO DAS BASES NO RTEADO RAS

S e le ç ã o d o l o c a l p o r
b ió l o g o s e m o ra d o r e s

E n tr e v is ta c o m m o ra d o r e s
p e rf il d o s f u tu ro s
g e s to re s d a a t iv id a d e

P o s s ib ilid a d e d e u s o e
m a n e jo d o lo c a l s e le c io n a d o
A d a p ta ç ã o d a in f ra
e s tru tu r a e x is te n te

In te re s s e p e la a tiv id a d e

E n tr e v is ta c o m v is ita n t e s
p e rf il d o v is ita n te

In te re s s e p e la a tiv id a d e

N e c e s s id a d e
d e c a p a c ita ç ã o
F o rm a s d e d iv u lg a ç ã o

Terceira parte

C o n h e c im e n to p ré v io d o a m b ie n te m a rin h o

RETO RNO ÀS PARTES
D iv u lg a ç ã o d o s re s u lta d o s d a s e ta p a s a n te rio r e s p a ra a
a d m in is tra ç ã o d a U C e p a ra a c o m u n id a d e e n v o lv id a .
E s ta b e le c im e n to
d e p a r c e ria s

Figura 1: Esquema da seqüência de abordagens realizadas para o estudo de implantação da trilha
subaquática na Unidade de Conservação (transcrita do trabalho de Machado et al., 2010).

A primeira parte envolveu uma sondagem inicial onde o grupo buscou, de forma informal, as

condições básicas para o funcionamento de uma trilha subaquática, ou seja, verificar: a) a existência e
disponibilidade de um local adequado com atrativos submarinos para instalar uma trilha marinha; b) as

características e interesse da comunidade residente; e c) a existência de mercado para consumo do
ecoturismo marinho (trilha submarina).

Essa parte envolveu levantamentos bibliográficos que forneceram a base para a construção das

pesquisas, formas de consulta e acesso aos grupos envolvidos. As informações foram direcionadas ao

conhecimento da extensão da área geográfica, características do ambiente natural, origem étnica das
comunidades, legislação e entidades legais direta e indiretamente envolvidas.
7
Para a escolha do local para a implantação da trilha subaquática foram realizados mergulhos

autônomos e em apnéia, entre outubro de 2006 e abril de 2007. Durante os mergulhos foram feitas

observações e registro da geobiodiversidade com as respectivas imagens dos locais, a fim de selecionar
os pontos de relevância interpretativa. As áreas investigadas estavam todas inseridas na enseada do

Cambury. Foram visitados cinco pontos nesta enseada, todos eles sugeridos pelos moradores. Durante o
processo de seleção foram considerados aspectos relacionados à distribuição e associação das principais

espécies presentes nos costões (rocha, flora e fauna local) e beleza cênica. Além destes, foram ainda
considerados: segurança, presença de pontos de interpretação sócio-ambiental, distância do ponto de
acesso e formas de deslocamento disponíveis.

Em seguida passou-se a estabelecer contato com a direção da unidade de conservação, para

participar do planejamento da atividade e desenhar as primeiras ações para o início do projeto. Foram
também realizados contatos com os representantes das comunidades e associações existentes no local.

Com a sinalização positiva das partes envolvidas (gestores da UC e comunidade) foi realizada uma
pesquisa de opinião/percepção sobre a aceitação da atividade pela comunidade local.

Nessa segunda parte do projeto, o processo ganhou um caráter investigativo onde foram

levantadas as necessidades quanto ao: a) uso e manejo do ambiente selecionado; b) capacitação das
comunidades envolvidas para atuar diretamente na manutenção e monitoramento do ambiente local; c)

contato e parcerias necessárias para as campanhas de capacitação da comunidade para atuar na
atividade; d) interesse do visitante pela atividade; e) perfil do visitante e as formas de divulgação da
atividade; f) local para recepção, palestras e treinamentos.

Foram realizadas cinqüenta entrevistas com visitantes da região, enfocando dois aspectos

principais: o perfil do visitante e o mercado para o produto. O grau de aceitação da atividade por parte

dos moradores foi obtido através de pesquisa aplicada entre a comunidade quilombola e caiçara do

Cambury, totalizando trinta questionários, de um total de 70 famílias. Esta pesquisa enfocou três
aspectos: a) o perfil da comunidade; b) o interesse da comunidade na atividade e c) conhecimento da
rotina da atividade. Essas informações forneceram os dados que determinou se a comunidade teria
interesse em atuar na trilha e a disponibilidade em receber treinamento. A entrevista teve ainda o objetivo

de avaliar o real envolvimento da comunidade com o turismo local. Nessa fase do trabalho, as entrevistas

foram realizadas pelos monitores do Núcleo Picinguaba, também moradores do bairro.

O resultado dessa etapa forneceu; a) as expectativas da comunidade para a implantação de uma

nova atividade para o (eco) turismo marinho; b) a visão do mercado e da abrangência da atividade na

economia local; c) as necessidades de adaptação ao novo perfil exigido pela atividade. Os moradores
puderam ainda expor seus conhecimentos quanto ao ambiente natural que envolve a atividade, suas
limitações para a prática da atividade e a existência de infraestrutura local (recepção, armazenamento de
equipamento, palestra e exposição).

O estudo buscou ainda, avaliar o conhecimento prévio dos visitantes e moradores sobre o

ambiente marinho de costões rochosos. Foram realizadas atividades lúdicas (figura 2) como: a) jogo-da-
8
velha com algas; b) Quebra-cabeça de seis faces; c) Jogo-da-memória com organismos marinhos; d)
“Seu Mestre mandou” catar o lixo na praia de maior visitação.

Figura 2: Atividades lúdicas realizadas na praia de maior visitação na UC. (transcritas do trabalho de
Machado et al., 2010).

Em uma terceira etapa os resultados foram apresentados por meio de relatórios e reuniões aos

gestores do parque e a comunidade local, com adequações de linguagem ao público alvo. As atividades
desenvolvidas pelos moradores naquele momento (Figura 3) se dividiram entre aquelas relacionadas ao

turismo (30%), trabalhos realizados na comunidade (20%) e aqueles que se encontram desempregados

(20%). A expectativa da comunidade em relação à trilha marinha foi interessante, como pode ser
observado na Figura 3. A maioria entendeu que a trilha marinha será importante para: a) propiciar
conscientização socioambiental da comunidade; c) mudar a percepção da comunidade para crer no

turismo inclusivo socialmente local; d) gerar fonte de renda para os moradores. No entanto, acreditou que
a trilha marinha não iria atrair o turismo. Isso se explica pelo fato de que anteriormente outros grupos

tentaram desenvolver projetos nesse sentido, mas que foram abandonados, gerando frustrações. A falta
de energia elétrica local era também um ponto marcante no cotidiano da comunidade.

Figura 3: Expectativa da comunidade em relação à implantação da trilha marinha. (transcrita do trabalho
de Machado et al., 2010)
9
Há também no conhecimento acumulado sobre trilhas terrestres no Brasil variados modelos para

o planejamento e avaliação de trilhas. O mais adotado para a criação de pontos interpretativos numa
trilha a metodologia denominada de Indicadores de Atratividade de Pontos Interpretativos (IAPI). Ela só

foi adotada no campo das trilhas marinhas no trabalho de Meireles et al. (2013), pois a trilha tem parte

terrestre, além da marinha. No planejamento de trilhas marinhas o critério mais importante tem sido a
beleza cênica.

Desse modo, o planejamento de trilhas marinhas no contexto de oferta de produtos ecoturísticos,

envolvendo os principais atores sociais locais de uma área protegida é factível. Pode, inclusive, aumentar
as probabilidades para o desenvolvimento da educação ambiental marinha tanto no contexto do
ecoturismo como no pedagógico.
2.

Monitoramento de uma trilha marinha na Área de Proteção Ambiental Marinha de Armação de

Búzios (APAMAB), estado do Rio de Janeiro.

A trilha marinha da APAMAB foi criada com o fim de ser o caminho entre as praias de João

Fernandes e João Fernandinho (vide Fig. 4). Ela foi selecionada através critérios que constam no Quadro
2, segundo Pedrini et al. (2011). O Quadro 2 apresenta uma tipologia de seleção de local para escolha de

sítio para planejar a instalação de uma trilha marinha baseada em critérios intrínsecos e extrínsecos. Os

critérios intrínsecos são aqueles naturais do sítio como as características da água marinha adequadas
para o mergulho com máscara e respirador. São exemplos de critérios intrínsecos a visibilidade submersa

e o grau de agitação das correntes e batimento das ondas. São exemplos de critérios extrínsecos a
presença visual de resíduos (lixo) na água. Consultando esse quadro o planejador poderá decidir qual
critério deverá preponderar sobre os outros e tomar sua decisão.
10
Quadro 2 – Apresentação dos critérios para seleção da trilha marinha de João Fernandes e J.
Fernandinho, APAMAB, RJ. (transcrito de Pedrini et al., 2011).

Segundo Pedrini et al. (2011) o caminho natural e espontâneo que os praticantes de mergulho

com “snorkel” faziam entre as praias de J. Fernandes/J. Fernandinho teve sua geobiodiversidade marinha

inventariada. O objetivo era a partir dela se selecionar atrativos ecoturísticos marinhos. Em seguida
através de estudos locais e consulta documental a literatura foi traçada uma teia trófica contextual.
11

Figura 4 – a: Vista aérea da Área de Proteção Ambiental Marinha de Armação de Búzios, Rio de Janeiro
(área inclusa no polígono amarelo); b: Detalhe das praias de João Fernandes e João Fernandinho onde
se encontram marcadas as três áreas interpretativas. Fonte: Pedrini et al. (2011)/Google Earth, 2011.

As figuras 5ª e 5b ilustram à esquerda a área interpretativa 1 onde há mais afluência de banhistas

e mergulhadores com “snorkel” e a área 3 com menor visitação na Praia de João Fernandinho.

Fig. 5a e 5b – À esquerda, área interpretativa marinha “1” (costão) na Praia de João Fernandes e área
interpretativa marinha “3” localizada a esquerda da praia João Fernandinho, mostrando regiões calmas
nos costões (transcrito de Pedrini et al., 2011)

Exemplos da fauna e flora marinhas adotadas como atrativos podem ser visualizadas nas figuras

6 e 7, respectivamente.
12

Figura 6ª e 6b: Colônia do cnidário Leptogorgia sarmentosa à esquerda e à direita um alcionário.

(transcrito de Pedrini et al., 2011)

A figura 7 apresenta parte dos vinte táxons identificados na trilha marinha. A 7ª à esquerda

representa a alga calcária vermelha Amphiroa sp. e a figura 7b à direita a alga verde Ulva fasciata com os
marimbas que são peixes herbívoros identificados como Diplodeus argenteus.

Figura 7: A figura 7ª à esquerda representa a alga calcária vermelha Amphiroa sp. e a figura 7b à direita a
alga verde Ulva fasciata com os marimbás que são peixes herbívoros identificados como Diplodeus
argenteus (transcrito de Pedrini et al., 2011).

Caracterizada sua geobiodiversidade marinha foram selecionados os organismos que serviriam

como atrativos ecoturísticos. Em paralelo, Tunala et al. (2013) monitoraram a presença de banhistas e
mergulhadores com ‘snorkel” e seus efeitos físicos. Alguns deles são ilustrados pelas figuras 8ª, 8b e 8c.
13

Figura 8 – 8ª: Turista adolescente estrangeiro importunando animais vágeis como caranguejos; 8b:

banhista sentado sobre algas; 8c: banhistas pisoteando algas, além de sua presença física, incomodando
peixes territorialistas como o marimbá. (transcrito de Pedrini et al., 2011).

Tunala et al. (2013) identificaram um total de 232 eventos sobre os organismos, traduzindo-se

por: a) 106 pisoteios (46%); b) 68 toques (29%); c) 55 ressuspensões de sedimento fino (24%); d) 3

arrancamentos (1%). Esses eventos foram intencionais em 76% das ações voluntárias e 24%
involuntárias. Os impactos negativos mais frequentes, tanto voluntária quanto involuntariamente, foram: a)
pisoteios em exemplares da rodófita ereta calcária de Amphiroa anastomosans e no coral Mussismilia
hispida; b) os toques nos cnidários Phyllogorgia dilatata e Palythoa caribaeorum e em exemplares da

ocrófita ereta Sargassum sp. A maioria absoluta (75%) dos impactos negativos totais foi de toque e

pisoteio nos organismos presentes na trilha.
Conclusão

As trilhas marinhas tanto para utilização pedagógica como ecoturística vêm sendo utilizadas

timidamente no Brasil, sendo relatadas em apenas doze publicações. Há métodos desenvolvidos no

Brasil para planejar de modo participativo uma trilha e para monitorá-las, identificando os impactos
antrópicos. As trilhas marinhas relatadas situam-se essencialmente na região sul e sudeste brasileiros.

Elas estão sendo utilizadas majoritariamente no contexto do ecoturismo marinho como recurso
interpretativo.

Agradecimentos
Ao prof. Dr. Carlos Hiroo Saito da Universidade Nacional de Brasília pela revisão do texto. À

Comissão Organizadora do II Congresso Nacional de Planejamento e Trilhas realizado na Universidade
do Estado do Rio de Janeiro em outubro de 2013 pelo convite para nele participar. A FAPERJ pelo auxílio
concedido (proc. no E-26/112.146/2012) e ao CEBIO/IBRAG pelo apoio laboratorial. Ao Flávio "Zen" pelo

Resumen.
14

Referências Bibliográficas
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education and decrease ecological damage. International Journal of Environment and Sustainable
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BERCHEZ, F.; GHILARDI, N.; ROBIM, M. de J.; PEDRINI, A. de G.; HADEL, V.F.; FLUKIGER, G.;

SIMÕES, M.; MAZZARO, R.; KLAUSENER, C.; SANCHES, C.;BESPALEC, P. Projeto trilha Subaquática
– Sugestão de diretrizes para a criação de modelos de Educação Ambiental para ecossistemas marinhos.

OLAM, Ciência e Tecnologia, Rio Claro (SP), v.7, n. 3, p. 181-208, 2007. Disponível em:

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Trilha marinhas; uma síntese para a Educação Ambiental

  • 1. In: Anais do II Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas, Rio de Janeiro (RJ), Brasil; Outubro de 2013, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Trilhas Marinhas no Brasil; uma Síntese para a Educação Ambiental Alexandre de Gusmão Pedrini Laboratório de Ficologia e Educação Ambiental Departamento de Biologia Vegetal Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes Universidade do Estado do Rio de Janeiro pedrini@globo.com Resumo Os oceanos, em particular, os tropicais e subtropicais situam-se essencialmente em países do terceiro mundo. Eles vêm sofrendo efeitos antrópicos nefastos cada vez maiores em número e amplitude. Os governos vêm criando áreas protegidas marinhas com o fim de garantir a perpetuação não só de ecossistemas como de espécies de sua biodiversidade. Porém a falência quase total de gestão nas áreas protegidas marinhas enseja a introdução de novos instrumentos com sustentabilidade financeira e socioambiental. A Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis -paradigma contemporâneo brasileiro - se insurge nesse contexto de destruição socioambiental com premissas renovadoras. A educação ambiental marinha pode ser desenvolvida por trilhas por dois modelos: a) emancipatório através do ecoturismo de base comunitária; b) pedagógico através de preleções instrucionais. Ambas demandam trilhas marinhas como percurso indispensável e previamente planejado. Dentre os doze relatos de adoção de trilhas marinhas no Brasil, a quase totalidade trata-as como percurso para fins (eco)turísticos. Foram selecionados dois estudos de casos dentre os doze relatos existentes no Brasil para apresentar as metodologias desenvolvidas no contexto brasileiro: a) planejamento participativo para criação de trilhas; b) monitoramento sobre impactos negativos causados por banhistas e mergulhadores com “snorkel”. Resultados recentes de pesquisas acadêmicas no planejamento e monitoração de trilhas marinhas no Brasil são apresentados. Palavras-chave: área protegida, trilha, mar, biodiversidade, educação ambiental Resumen Los océanos, en particular las regiones tropicales y subtropicales se encuentran principalmente en los países del tercer mundo. Han sufrido los efectos antropogénicos adversos crecientes en número y
  • 2. 2 amplitud. Con esta condición, los gobiernos han creado de áreas marinas protegidas con el fin de no sólo asegurar la perpetuación de los ecosistemas y las especies de la biodiversidad. Pero el fracaso casi total de la gestión en las áreas protegidas marinas implica la introducción de nuevos instrumentos financieros y de sostenibilidad ambiental. Em este sentido, la Educación Ambiental para Sociedades Sostenibles paradigma contemporáneo-brasileño – contesta la destrucción del medio ambiente con premisas inovadoras. La educación ambiental em este meio puede ser desarrollada por senderos marinos en dos modelos: a) emancipatorio a través del ecoturismo basado en la comunidad; b) Pedagógico a través de prelaciones educativas. Ambos temas requieren la vía marítima como esenciales y previamente planeadas. Entre los doce informes de aprobación de senderos marinos en Brasil, casi todos tratan de itinerarios (eco) turisticos. Se seleccionaron dos estudios de caso entre los doce informes existentes en Brasil para presentar las metodologías desarrolladas en el contexto brasileño: a) la planificación participativa para la creación de senderos; b) el seguimiento de los impactos negativos causados por los bañistas y buceadores con esnórquel. Se presentan los resultados recientes de la investigación académica en la planificación y monitoreo de senderos marinos en Brasil. Palabras clave: área protegida, sendero marino, biodiversidad del mar, educacion ambiental Introdução O planeta Terra demanda urgentemente a criação e manutenção de áreas protegidas em todos os ecossistemas em face de sua gradual destruição socioambientais. Os ambientes costeiros e marinhos são dos mais necessitados. Existia a cerca de dez anos apenas cerca de 4500 áreas protegidas no mundo (PRATES et al., 2007), sendo 20% de ambientes marinhos. Áreas protegidas marinhas são muito escassas no Brasil e quando existem, em geral, são mal conservadas e sem recursos adequados para seu sustento. Um dos públicos que mais impactam negativamente áreas protegidas marinhas é justamente o turístico que é aquele para o qual essas áreas têm como meta receber Em face da deseducação ambiental cotidiana e da ausência de amplos e permanentes programas de Educação Ambiental Marinha, as áreas protegidas que têm dentre suas metas acolher turistas, estão sendo destruídas também por parte deles. (Coutinho et al. 1993; Berchez et al. 2005; Pedrini et al., 2007, 2008; Silva e Ghilardi-Lopes 2012; Tunala et al. 2013). Isso pressupõe uma inadequada gestão governamental que detém a maior representação geográfica de áreas protegidas em nosso país. Há várias medidas administrativas possíveis de serem tomadas pelos gestores de áreas protegidas marinhas. Destacam-se: a) solução das questões fundiárias; b) dotação permanente de verbas adequadas ao sustento da unidade de conservação da natureza; c) garantia permanente de um corpo representativo de fiscais devidamente qualificados; d) instalações físicas aparelhadas com equipamentos modernos e funcionando; e) desenvolvimento de programas de ecoturismo marinho de base comunitária (PEMBC); f) realização de programas permanentes de educação ambiental marinha (PEAM). Para desenvolver PEMBC e PEAM a área protegida poderia se beneficiar do planejamento e criação de trilhas
  • 3. 3 marinhas, enquanto que gestores de outras áreas marinhas de estado como o Parque Nacional de Fernando de Noronha excluiu a criação de trilhas marinhas (Mitraud, 2001). Porém, na área de mergulho subaquático não se tem usado o termo trilha e sim roteiros. Um exemplo típico é a publicação do governo de São Paulo (sem data) no contexto do programa estatal “Trilhas de São Paulo”. A publicação de pequeno porte e própria para se levar no bolso é intitulada Roteiros de Mergulho. Se esse tipo de atividade for considerado como tradução de mergulho em trilhas marinhas, então existem milhares delas no país. Igualmente, a delimitação do conceito de trilha subaquática é questão urgente para debate no contexto do ecoturismo brasileiro. A seguir será apresentada uma proposta de tipologia de trilhas marinhas com breve cronologia de suas citações no Brasil. Trilhas Marinhas como um caminho para a Educação Ambiental e o Turismo Uma das formas para a gestão autossustentada dos bens naturais marinhos em áreas protegidas são a implantação e o desenvolvimento de produtos em ecoturismo marinho (Pedrini et al., 2011). Para que possa ser desenvolvido ele demanda a adoção e manutenção permanente de caminhos espontaneamente selecionados para mergulhos ou de trilhas marinhas previamente planejadas. Segundo Lechner (2006) o caminho planejado e construído através do espaço geográfico, histórico e cultural para ser entendido como uma trilha demanda o atendimento de: a) demandas dos usuários; b) conservação dos seus bens naturais. Segundo Salvati (2008) uma trilha seria a única possibilidade de acesso no contexto de uma área protegida. Ela poderia ser conceituada como um caminho existente ou estabelecido de variadas formas com o fim de aproximar um visitante ao ambiente natural, ou levá-lo a um atrativo específico. Teria como meta primordial o entretenimento ou educação via sinalizações ou meios interpretativos. Porém, mesmo no ambiente terrestre apenas caminhos em qualquer ecossistema também vem sendo denominado de trilha. Ou seja, um caminho desprovido de equipamentos ou investimentos também é chamado pela população como trilha. Em ambientes aquáticos como o mar ou rios de águas límpidas um percurso frequentemente visitado por usuários também tem sido denominado de trilha subaquática. Mas ao contrário do ambiente terrestre a trilha marinha a não é aberta nem conservada por usuários ou gestores da região em que se insere. Ela também se confunde com termos adotados pelo turismo de mergulho com SCUBA como roteiros ou percursos subaquáticos Para Lima (1998) o componente artificial agrega valor ao conceito de trilha. A trilha denominada de interpretativa seria: "... um trajeto de curta distância (500 até 1.000 metros) com o fim de otimizar a "compreensão das características naturais e/ou construídas e culturais da seqüência paisagística determinada pelo seu traçado finalidades ludo-pedagógicas direcionadas a educação ambiental, ou à humanização de terapias, funcionando como fator
  • 4. 4 de integração ou reintegração, de adaptação e de valoração, de tomada de consciência em relação ao meio ambiente; Lima, 1998, p.40 ". A definição de Lima (1998) traz importantes contribuições ao tema, alargando as funções das trilhas. Então, do mesmo modo que há inconsistências na definição de trilha subaquática ou terrestre o conceito de trilha marinha não vem também aderindo adequadamente ao que já está consagrado. Desse modo, no presente trabalho será arrolado apenas os trabalhos que citem claramente que se tratam de trilhas subaquáticas ou marinhas por seus autores. É desejável que a trilha marinha receba uma definição clara. A adoção de trilhas marinhas tanto como instrumento para atividades pedagógicas (Berchez et al., 2007; Hadel, 2010) como turísticas (São Paulo, 2008; Pedrini et al., 2011) ainda é rara em todo o mundo (Platong et al. 2000; Hannak, 2008; Oliveira et al., 2011; Baud et al., 2012; Rios-Jara et al., 2013). No quadro 1 pode-se vislumbrar uma tipologia de trilhas marinhas, no Brasil, segundo suas características e propósitos de uso, adaptado de Pedrini et al. (2010). Quadro 1 - Características e finalidades das trilhas marinhas descritas na literatura brasileira (adaptado de Pedrini et al., 2010). Características Autor Estado Essencialmente pedagógicas 1. Wegner (2002) SC 3. Berchez et al. (2005) SP x SP x 7. Hadel (2010) SP x 9. Pedrini et al. (2010) SP 2. Wegner et al. (2004) SC 4. Lima et al (2006) SC 6. São Paulo (2008) SP 5. Berchez et al. (2007) 8. Machado et al. (2010) SP 10. Lima et al. (2010) 12. Meireles et al. (2013) RJ Total 12 RJ SP/SC/RJ Essencialmente turísticas x x x x x x SP 11. Pedrini et al. (2011) Propósitos x x 4 x 8 Percebe-se nos doze relatos de trilhas marinhas existentes no Quadro 1 que a maioria absoluta delas (67%) traduz-se como instrumento contextualizado para o (eco)turismo (essencialmente de base comunitária) e na região sul e sudeste. O critério para arrolar relatos de trilha marinha teve por base a
  • 5. 5 existência de fontes de informação como resumo, ou trabalhos de eventos, documentos acadêmicos ou artigos de periódicos. A trilha adequada para adoção como instrumento para a EAM (tanto para aplicação no ecoturismo como no ensino de biologia marinha) demanda preparo e para ser de qualidade exige, segundo Pedrini (2006) as seguintes características: a) cobrir um espaço geográfico natural/construído num determinado tempo; b) ser planejada para aplicar os pressupostos pedagógicos conceituais da Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis; c) ser planejada participativamente, incluindo diferentes atores sociais envolvidos na atividade (eco)turística, principalmente a comunidade local ou próxima ao percurso; d) ter seus bens naturais levantados previamente, envolvendo os componentes (geodiversidade, meteorologia, recursos hídricos, etc) e bióticos (biodiversidade) caracterizados taxonômica e ecologicamente, recebendo placas ilustrativas de sua existência com seus nomes científicos e populares; e) ter seus impactos antrópicos e naturais negativos avaliados permanentemente acompanhadas de providências para sua mitigação ou extinção; f) ser monitorada continuamente com o fim de receber manutenção, atualização e recuperação de seus equipamentos. Pedrini (2006) também criou indicadores conceituais para que as atividades realizadas numa trilha possam ser consideradas como de mínima qualidade possível em EAM: a) transformadoras que permitam ao ecoturista adquirir conhecimentos e habilidades, via experiências que o torne apto a enfrentar, resolver e evitar problemas socioambientais, inclusive os da região do percurso ecoturístico; b) abrangentes, envolvendo a totalidade dos grupos sociais da área sob influência do percurso; c) globalizadoras, com o ecoturista abordando o ambiente, integrando as escalas global, nacional e local; d) contextualizadoras, de modo que o ecoturista receba conhecimentos sobre a realidade local da atividade ecoturística; e) éticas em que o ecoturista passe a respeitar todas as formas de vida do planeta Terra. Atendendo, minimamente, às essas características a EAM realizada com o apoio de uma trilha devidamente planejada com fins interpretativos ela poderá atingir suas metas. É fato o restrito acúmulo de conhecimento publicado sobre trilhas marinhas no litoral brasileiro. Especialmente quanto a metodologias de seu planejamento. Assim, será apresentada a seguir uma das metodologias para se planejar uma trilha marinha com fins ecoturísticos de base comunitária em áreas protegidas costeiras. Estudos de caso: Com o fim de apresentar exemplos brasileiros sobre o planejamento, utilização e avaliação de trilhas marinhas, foram selecionados dois estudos de caso para escrutínio público: a) planejamento de uma trilha marinha no contexto do ecoturismo no estado de São Paulo; b) monitoramento de impactos ambientais negativos numa trilha marinha por parte de mergulhadores com “snorkel” no estado do Rio de Janeiro.
  • 6. 6 1. Planejamento de uma trilha marinha no Parque Estadual da Serra do Mar, Picinguaba, Ubatuba, São Paulo. O trabalho de Machado et al. (2010) foi desenvolvido no Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar. Foi desenvolvido como subsídio para a implantação de uma trilha marinha com uma comunidade tradicional inserida em uma unidade de conservação da natureza costeira. A intenção era de aliar a Educação Ambiental Marinha Comunitária (EAM) às atividades da comunidade local, mas com geração de renda para os locais. Ou seja, desenvolver uma EA emancipatória (Pedrini et al., 2011). A Figura 1 apresenta as etapas principais para se proceder a um estudo para planejar participativamente uma trilha subaquática para uso em EA. Cada uma das etapas será detalhada, a seguir, para o caso estudado. Primeira parte D IA G N Ó S T IC O P R E L IM IN A R E x is tê n c ia e d is p o n ib ilid a d e d e lo c a l p a r a a a tiv id a d e ; le v a n ta m e n to d a s c a ra c te rís tic a s d a c o m u n id a d e re s id e n te e e x is tê n c ia d e m e rc a d o p a r a o p ro d u to . A u to riz a ç ã o p a ra a re a liz a ç ã o d a p e s q u is a e c o n ta to c o m a c o m u n id a d e lo c a l Segunda parte LEVANTAM ENTO DAS BASES NO RTEADO RAS S e le ç ã o d o l o c a l p o r b ió l o g o s e m o ra d o r e s E n tr e v is ta c o m m o ra d o r e s p e rf il d o s f u tu ro s g e s to re s d a a t iv id a d e P o s s ib ilid a d e d e u s o e m a n e jo d o lo c a l s e le c io n a d o A d a p ta ç ã o d a in f ra e s tru tu r a e x is te n te In te re s s e p e la a tiv id a d e E n tr e v is ta c o m v is ita n t e s p e rf il d o v is ita n te In te re s s e p e la a tiv id a d e N e c e s s id a d e d e c a p a c ita ç ã o F o rm a s d e d iv u lg a ç ã o Terceira parte C o n h e c im e n to p ré v io d o a m b ie n te m a rin h o RETO RNO ÀS PARTES D iv u lg a ç ã o d o s re s u lta d o s d a s e ta p a s a n te rio r e s p a ra a a d m in is tra ç ã o d a U C e p a ra a c o m u n id a d e e n v o lv id a . E s ta b e le c im e n to d e p a r c e ria s Figura 1: Esquema da seqüência de abordagens realizadas para o estudo de implantação da trilha subaquática na Unidade de Conservação (transcrita do trabalho de Machado et al., 2010). A primeira parte envolveu uma sondagem inicial onde o grupo buscou, de forma informal, as condições básicas para o funcionamento de uma trilha subaquática, ou seja, verificar: a) a existência e disponibilidade de um local adequado com atrativos submarinos para instalar uma trilha marinha; b) as características e interesse da comunidade residente; e c) a existência de mercado para consumo do ecoturismo marinho (trilha submarina). Essa parte envolveu levantamentos bibliográficos que forneceram a base para a construção das pesquisas, formas de consulta e acesso aos grupos envolvidos. As informações foram direcionadas ao conhecimento da extensão da área geográfica, características do ambiente natural, origem étnica das comunidades, legislação e entidades legais direta e indiretamente envolvidas.
  • 7. 7 Para a escolha do local para a implantação da trilha subaquática foram realizados mergulhos autônomos e em apnéia, entre outubro de 2006 e abril de 2007. Durante os mergulhos foram feitas observações e registro da geobiodiversidade com as respectivas imagens dos locais, a fim de selecionar os pontos de relevância interpretativa. As áreas investigadas estavam todas inseridas na enseada do Cambury. Foram visitados cinco pontos nesta enseada, todos eles sugeridos pelos moradores. Durante o processo de seleção foram considerados aspectos relacionados à distribuição e associação das principais espécies presentes nos costões (rocha, flora e fauna local) e beleza cênica. Além destes, foram ainda considerados: segurança, presença de pontos de interpretação sócio-ambiental, distância do ponto de acesso e formas de deslocamento disponíveis. Em seguida passou-se a estabelecer contato com a direção da unidade de conservação, para participar do planejamento da atividade e desenhar as primeiras ações para o início do projeto. Foram também realizados contatos com os representantes das comunidades e associações existentes no local. Com a sinalização positiva das partes envolvidas (gestores da UC e comunidade) foi realizada uma pesquisa de opinião/percepção sobre a aceitação da atividade pela comunidade local. Nessa segunda parte do projeto, o processo ganhou um caráter investigativo onde foram levantadas as necessidades quanto ao: a) uso e manejo do ambiente selecionado; b) capacitação das comunidades envolvidas para atuar diretamente na manutenção e monitoramento do ambiente local; c) contato e parcerias necessárias para as campanhas de capacitação da comunidade para atuar na atividade; d) interesse do visitante pela atividade; e) perfil do visitante e as formas de divulgação da atividade; f) local para recepção, palestras e treinamentos. Foram realizadas cinqüenta entrevistas com visitantes da região, enfocando dois aspectos principais: o perfil do visitante e o mercado para o produto. O grau de aceitação da atividade por parte dos moradores foi obtido através de pesquisa aplicada entre a comunidade quilombola e caiçara do Cambury, totalizando trinta questionários, de um total de 70 famílias. Esta pesquisa enfocou três aspectos: a) o perfil da comunidade; b) o interesse da comunidade na atividade e c) conhecimento da rotina da atividade. Essas informações forneceram os dados que determinou se a comunidade teria interesse em atuar na trilha e a disponibilidade em receber treinamento. A entrevista teve ainda o objetivo de avaliar o real envolvimento da comunidade com o turismo local. Nessa fase do trabalho, as entrevistas foram realizadas pelos monitores do Núcleo Picinguaba, também moradores do bairro. O resultado dessa etapa forneceu; a) as expectativas da comunidade para a implantação de uma nova atividade para o (eco) turismo marinho; b) a visão do mercado e da abrangência da atividade na economia local; c) as necessidades de adaptação ao novo perfil exigido pela atividade. Os moradores puderam ainda expor seus conhecimentos quanto ao ambiente natural que envolve a atividade, suas limitações para a prática da atividade e a existência de infraestrutura local (recepção, armazenamento de equipamento, palestra e exposição). O estudo buscou ainda, avaliar o conhecimento prévio dos visitantes e moradores sobre o ambiente marinho de costões rochosos. Foram realizadas atividades lúdicas (figura 2) como: a) jogo-da-
  • 8. 8 velha com algas; b) Quebra-cabeça de seis faces; c) Jogo-da-memória com organismos marinhos; d) “Seu Mestre mandou” catar o lixo na praia de maior visitação. Figura 2: Atividades lúdicas realizadas na praia de maior visitação na UC. (transcritas do trabalho de Machado et al., 2010). Em uma terceira etapa os resultados foram apresentados por meio de relatórios e reuniões aos gestores do parque e a comunidade local, com adequações de linguagem ao público alvo. As atividades desenvolvidas pelos moradores naquele momento (Figura 3) se dividiram entre aquelas relacionadas ao turismo (30%), trabalhos realizados na comunidade (20%) e aqueles que se encontram desempregados (20%). A expectativa da comunidade em relação à trilha marinha foi interessante, como pode ser observado na Figura 3. A maioria entendeu que a trilha marinha será importante para: a) propiciar conscientização socioambiental da comunidade; c) mudar a percepção da comunidade para crer no turismo inclusivo socialmente local; d) gerar fonte de renda para os moradores. No entanto, acreditou que a trilha marinha não iria atrair o turismo. Isso se explica pelo fato de que anteriormente outros grupos tentaram desenvolver projetos nesse sentido, mas que foram abandonados, gerando frustrações. A falta de energia elétrica local era também um ponto marcante no cotidiano da comunidade. Figura 3: Expectativa da comunidade em relação à implantação da trilha marinha. (transcrita do trabalho de Machado et al., 2010)
  • 9. 9 Há também no conhecimento acumulado sobre trilhas terrestres no Brasil variados modelos para o planejamento e avaliação de trilhas. O mais adotado para a criação de pontos interpretativos numa trilha a metodologia denominada de Indicadores de Atratividade de Pontos Interpretativos (IAPI). Ela só foi adotada no campo das trilhas marinhas no trabalho de Meireles et al. (2013), pois a trilha tem parte terrestre, além da marinha. No planejamento de trilhas marinhas o critério mais importante tem sido a beleza cênica. Desse modo, o planejamento de trilhas marinhas no contexto de oferta de produtos ecoturísticos, envolvendo os principais atores sociais locais de uma área protegida é factível. Pode, inclusive, aumentar as probabilidades para o desenvolvimento da educação ambiental marinha tanto no contexto do ecoturismo como no pedagógico. 2. Monitoramento de uma trilha marinha na Área de Proteção Ambiental Marinha de Armação de Búzios (APAMAB), estado do Rio de Janeiro. A trilha marinha da APAMAB foi criada com o fim de ser o caminho entre as praias de João Fernandes e João Fernandinho (vide Fig. 4). Ela foi selecionada através critérios que constam no Quadro 2, segundo Pedrini et al. (2011). O Quadro 2 apresenta uma tipologia de seleção de local para escolha de sítio para planejar a instalação de uma trilha marinha baseada em critérios intrínsecos e extrínsecos. Os critérios intrínsecos são aqueles naturais do sítio como as características da água marinha adequadas para o mergulho com máscara e respirador. São exemplos de critérios intrínsecos a visibilidade submersa e o grau de agitação das correntes e batimento das ondas. São exemplos de critérios extrínsecos a presença visual de resíduos (lixo) na água. Consultando esse quadro o planejador poderá decidir qual critério deverá preponderar sobre os outros e tomar sua decisão.
  • 10. 10 Quadro 2 – Apresentação dos critérios para seleção da trilha marinha de João Fernandes e J. Fernandinho, APAMAB, RJ. (transcrito de Pedrini et al., 2011). Segundo Pedrini et al. (2011) o caminho natural e espontâneo que os praticantes de mergulho com “snorkel” faziam entre as praias de J. Fernandes/J. Fernandinho teve sua geobiodiversidade marinha inventariada. O objetivo era a partir dela se selecionar atrativos ecoturísticos marinhos. Em seguida através de estudos locais e consulta documental a literatura foi traçada uma teia trófica contextual.
  • 11. 11 Figura 4 – a: Vista aérea da Área de Proteção Ambiental Marinha de Armação de Búzios, Rio de Janeiro (área inclusa no polígono amarelo); b: Detalhe das praias de João Fernandes e João Fernandinho onde se encontram marcadas as três áreas interpretativas. Fonte: Pedrini et al. (2011)/Google Earth, 2011. As figuras 5ª e 5b ilustram à esquerda a área interpretativa 1 onde há mais afluência de banhistas e mergulhadores com “snorkel” e a área 3 com menor visitação na Praia de João Fernandinho. Fig. 5a e 5b – À esquerda, área interpretativa marinha “1” (costão) na Praia de João Fernandes e área interpretativa marinha “3” localizada a esquerda da praia João Fernandinho, mostrando regiões calmas nos costões (transcrito de Pedrini et al., 2011) Exemplos da fauna e flora marinhas adotadas como atrativos podem ser visualizadas nas figuras 6 e 7, respectivamente.
  • 12. 12 Figura 6ª e 6b: Colônia do cnidário Leptogorgia sarmentosa à esquerda e à direita um alcionário. (transcrito de Pedrini et al., 2011) A figura 7 apresenta parte dos vinte táxons identificados na trilha marinha. A 7ª à esquerda representa a alga calcária vermelha Amphiroa sp. e a figura 7b à direita a alga verde Ulva fasciata com os marimbas que são peixes herbívoros identificados como Diplodeus argenteus. Figura 7: A figura 7ª à esquerda representa a alga calcária vermelha Amphiroa sp. e a figura 7b à direita a alga verde Ulva fasciata com os marimbás que são peixes herbívoros identificados como Diplodeus argenteus (transcrito de Pedrini et al., 2011). Caracterizada sua geobiodiversidade marinha foram selecionados os organismos que serviriam como atrativos ecoturísticos. Em paralelo, Tunala et al. (2013) monitoraram a presença de banhistas e mergulhadores com ‘snorkel” e seus efeitos físicos. Alguns deles são ilustrados pelas figuras 8ª, 8b e 8c.
  • 13. 13 Figura 8 – 8ª: Turista adolescente estrangeiro importunando animais vágeis como caranguejos; 8b: banhista sentado sobre algas; 8c: banhistas pisoteando algas, além de sua presença física, incomodando peixes territorialistas como o marimbá. (transcrito de Pedrini et al., 2011). Tunala et al. (2013) identificaram um total de 232 eventos sobre os organismos, traduzindo-se por: a) 106 pisoteios (46%); b) 68 toques (29%); c) 55 ressuspensões de sedimento fino (24%); d) 3 arrancamentos (1%). Esses eventos foram intencionais em 76% das ações voluntárias e 24% involuntárias. Os impactos negativos mais frequentes, tanto voluntária quanto involuntariamente, foram: a) pisoteios em exemplares da rodófita ereta calcária de Amphiroa anastomosans e no coral Mussismilia hispida; b) os toques nos cnidários Phyllogorgia dilatata e Palythoa caribaeorum e em exemplares da ocrófita ereta Sargassum sp. A maioria absoluta (75%) dos impactos negativos totais foi de toque e pisoteio nos organismos presentes na trilha. Conclusão As trilhas marinhas tanto para utilização pedagógica como ecoturística vêm sendo utilizadas timidamente no Brasil, sendo relatadas em apenas doze publicações. Há métodos desenvolvidos no Brasil para planejar de modo participativo uma trilha e para monitorá-las, identificando os impactos antrópicos. As trilhas marinhas relatadas situam-se essencialmente na região sul e sudeste brasileiros. Elas estão sendo utilizadas majoritariamente no contexto do ecoturismo marinho como recurso interpretativo. Agradecimentos Ao prof. Dr. Carlos Hiroo Saito da Universidade Nacional de Brasília pela revisão do texto. À Comissão Organizadora do II Congresso Nacional de Planejamento e Trilhas realizado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro em outubro de 2013 pelo convite para nele participar. A FAPERJ pelo auxílio concedido (proc. no E-26/112.146/2012) e ao CEBIO/IBRAG pelo apoio laboratorial. Ao Flávio "Zen" pelo Resumen.
  • 14. 14 Referências Bibliográficas BAUD, J. L.; BLOUET, S.; DUPUY DE LA GRANDIVE, R.; JOURDAN, E; IANTE, C. Underwater Trails Handbook. MARSEILLE: MedPAN North Project/WWF-France, 2012, 80 p. BERCHEZ, F., CARVALHAL, F.; ROBIM, M. J. Underwater interpretative trail – guidance in improve education and decrease ecological damage. International Journal of Environment and Sustainable Development, Genebra v. 4, n.2, p. 128-139. 2005. BERCHEZ, F.; GHILARDI, N.; ROBIM, M. de J.; PEDRINI, A. de G.; HADEL, V.F.; FLUKIGER, G.; SIMÕES, M.; MAZZARO, R.; KLAUSENER, C.; SANCHES, C.;BESPALEC, P. Projeto trilha Subaquática – Sugestão de diretrizes para a criação de modelos de Educação Ambiental para ecossistemas marinhos. OLAM, Ciência e Tecnologia, Rio Claro (SP), v.7, n. 3, p. 181-208, 2007. Disponível em: http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/olam/article/view/901. Acesso em: 01/07/2011. COUTINHO, R.; VILLAÇA, R.C.; GUIMARAENS, M.A.; APOLINÁRIO, M.; MURICY, G. Influência antrópica nos ecossistemas coralinos da região de Abrolhos, Bahia, Brasil. Acta Biologica Leopoldensia, v. 15, p.133-144. 1993. GARROD, B.; WILSON, J. C.; BRUCE, D. M. Ecoturismo Marino Genuinamente Sostenible en el Área Atlântica de La UE: Guia de Buenas Prácticas. Bristol: University of the Weast of England, 2002, 81 p. HADEL, V. F. Programa de Visitas ao Centro de Biologia Marinha-USP: o monitor na mediação entre a Academia e o grande público. In: PEDRINI, A. de G. (Org.) Educação Ambiental Marinha e Costeira no Brasil. Rio de Janeiro: Eduerj, 2010, p. 93-114. HANNAK, J. S. A snorkel trail based on reef condition and visitor perception as a management tool for a threatened shallow water reef in Dahab (South Sinai, Egypt). 2008, 54 f.Tese (Magistra der Naturwissenschaften), Universität Wien, Wien. LECHNER, L. Planejamento, implantação e manejo de trilhas em unidades de conservação. Cadernos de Conservação, Curitiba, n.3, junho 2006. LIMA, S. T. Trilhas Interpretativas: a aventura de conhecer a paisagem. Cadernos Paisagem; Paisagens Rio Claro (SP), n.3, p. 39-44, maio/1998
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  • 16. 16 Mergulho com Snorkel: O Caso do Parque Estadual da Ilha Anchieta (Peia), Estado de São Paulo. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental (REMEA), Rio Grande, v. 20, p. 1-20, 2008. PEDRINI, A. de G.; MESSAS, T.; PEREIRA, E. da F.; GHILARDI, N. P.;BERCHEZ, F. Educação ambiental pelo ecoturismo numa trilha marinha no Parque Estadual da Ilha Anchieta, Ubatuba, São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Ecoturismo, São Paulo, v.3, n.3., 2010. Disponível em: http://www.sbecotur.org.br/rbecotur/seer/index.php/ecoturismo/article/view/97/50; Acesso em: 01.07/2011. PLATHONG, S, INGLIS, G. J., HUBER M. E. Effects of self-guided snorkeling trails on corals in a tropical marine park. Conservation Biology, v. 14, n. 6, p.1821–1830, 2000. PRATES, A. P. L.; CORDEIRO, A. Z.; FERREIRA, B. P.; MAIDA, M. Unidades de conservação costeiras e marinhas de uso sustentável como instrumento de gestão pesqueira. In: A. P. L. PRATES; D. BLANC (Ed.). Áreas aquáticas protegidas como instrumento de gestão pesqueira. Brasília: MMA/SBF, 2007, p. 25-37. RIOS-JARA, E.; GALVÁN-VILLA, C. M.; RODRIGUEZ-ZARAGOZA, F. A.; LÓPEZ-URIARTE, E.; MUNÕZ- FERNANDEZ, V. T. The Tourism Carrying Capacity of Underwater Trails in Isabel Island National Park, Mexico. Environmental Management, v. 52, n. 2, p. 335-347, 2013. SALVATI, S. S. Trilhas: conceitos, técnicas de implantação e impactos. Disponível em: http://ecosfera.sites.uol.com.br/trilhas.htm#impactos; acesso em 10/10/2008. SÃO PAULO. Passaporte para as trilhas de São Paulo. São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente, 2008, 104 p. SÃO PAULO. Roteiros de mergulho. São Paulo: Fundação Florestal (sem data), 91 p. SILVA, J. N.; GHILARDI-LOPES, N. P. Indicators of the impacts of tourism on hard-bottom benthic communities of Ilha do Cardoso State Park (Cananéia) and Sonho Beach (Itanhaém), two southern coastal areas of São Paulo State (Brazil). Ocean & Coastal Management, v. 58, p.1-8, 2012. TUNALA, P. L.; BITTAR, V. T.; PEDRINI, A. de G. Efeitos Ambientais Negativos de Mergulhadores em Apnéia (com ‘Snorkel’) na Praia de João Fernandes, Área de Proteção Ambiental Marinha de Armação dos Búzios, Rio de Janeiro, Brasil. In: CONGRESSO DE ECOLOGIA DO BRASIL, 6., Anais..., outubro de 2013, 2 p.(CD-ROM)
  • 17. 17 WEGNER, E. Proposta metodológica para implantação de trilhas subaquáticas na Ilha João da Cunha, Porto Belo SC. 2002.112 f. Dissertação (Mestrado em Turismo e Hotelaria), Univale, Itajaí. 2002. WEGNER, E.; TONIOLO, F. C.; CABRAL, D. Q. Underwater trails: a new possibility of marine tourism. Journal of Coastal Research, Special Issue, v. 39, p.1-4, 2004.