[1] O texto discute a relação entre pecado e graça baseado no capítulo 6 de Romanos, argumentando que a graça de Deus não significa que podemos permanecer no pecado. [2] Ao morrermos para o pecado por meio de Cristo, não devemos mais ser escravos do pecado, mas sim servir a justiça. [3] Enquanto o salário do pecado é a morte, o dom gratuito de Deus é a vida eterna por meio de Cristo.
A vida segundo o Espírito - Lição 07 - 2º Trimestre de 2016
A graça liberta do pecado
1. Se há graça não se pode permanecer no pecado
Alex Salustino
Texto base Romanos capítulo 6
“Esta é uma mensagem do apóstolo Paulo, pregada aos Romanos, mas creio
que também pode ser aplicada para as nossas vidas, para nos mostrar acerca
do pecado e da graça de Deus por meio de Cristo”.
Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais
abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que
para ele morremos? (Vers. 1)
Se nós vivermos acreditando que podemos viver na prática do pecado porque
o Senhor conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó e que a carne é
fraca, não é algo que deve ser levado adiante. No capítulo anterior, o apóstolo
Paulo diz o seguinte: O dom, entretanto, não é como no caso em que somente
um pecou; porque o julgamento derivou de uma só ofensa, para a condenação;
mas a graça transcorre de muitas ofensas, para a justificação. (Romanos 5.16)
Então, Paulo pergunta se para que a graça seja abundante, devemos
permanecer no pecado. Visto que morremos, se assim declaramos e o Espírito
Santo de Deus testifica com o nosso espírito, para o pecado, não devemos
mais ter nenhum tipo de vínculo com o mesmo, verdadeiramente deve haver
uma separação entre nós e o pecado. Certa imagem que encontrei no Google
mostra uma frase interessante de Charles H. Spurgeon, onde ele diz: Pecado e
inferno estão casados a não ser que o arrependimento anuncie o divórcio.
Logo, apesar da misericórdia de Deus e da graça que sobre nós repousa, digo,
sobre aqueles que são chamados pelo Senhor, não nos dá subsídio algum
para permanecermos no erro.
Mais adiante encontraremos no versículo 12 deste capítulo o seguinte: Não
reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às
suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado,
como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos
dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça.
Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e
sim da graça.
A partir do momento em que morremos para o pecado, nos despimos da
imundícia do nosso corpo, no que diz respeito à prática de toda sorte de
práticas da carne, o que antes era aprazível as nossas vidas, visto que ainda
estávamos embaixo do poderio do pecado, mas em vindo agora, vivos para
Deus, por meio da morte de Cristo, o mesmo (pecado) não pode de forma
alguma exercer domínio sobre nós. Dessa maneira agora devemos nos
2. apresentar a Deus como pessoas que foram lavadas e remidas pelo sangue de
Cristo, visto que não mais a lei tem domínio sobre nós, pois onde abundou o
pecado, superabundou a graça, (Romanos 5.20b)
Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e
da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para
servirem à justiça para a santificação. (Vers. 19b)
Vivíamos na transgressão, no domínio da prática do pecado. Não parávamos
para refletir sobre as consequências dos nossos atos, nossa consciência podia
até pesar por algum tempo, mas não nos preocupávamos em prestar contas a
Deus, nem tampouco pedir-lhe perdão pelas nossas falhas, mas a nós mesmos
nos considerávamos determinantes de tudo. Agora a nossa vida deve seguir
por outro caminho, o caminho da santidade, sem a qual ninguém poderá ver a
Deus, santidade esta que nos mostra tudo quanto há de impuro e o que não
procede e nem tampouco glorifica a Deus e que deve ser abandonado
verdadeiramente.
Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora,
vos envergonhais; porque o fim delas é morte. (Vers. 21)
Em um vídeo do Charles H. Spurgeon, ele comenta algo a respeito disso.
Como eu disse acima, tudo quanto fazíamos parecia bom e não parávamos
para refletir sobre as consequências, mas agora não é mais assim. Paulo
mostra que agora estas praticadas outrora são motivo de vergonha e realmente
esta deve ser a sensação na vida do servo de Deus, ele deve sentir vergonha
de tais atos cometidos anteriormente e esmerar-se em busca de uma
comunhão profunda com Deus para não mais cair nos mesmos erros.
A seguir vemos a diferença entre o preço do pecado e dom gratuito de Deus:
porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida
eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Vers. 23)
A permanência no pecado resulta em morte, pois a mesma não demonstra que
houve de fato uma transformação e possa ser então que ainda exista ausência
da presença de Deus, simplesmente a emoção pode estar tomando conta do
ser e daí não há indícios que realmente haja um compromisso autêntico
mediante a graça de Cristo, mas o dom de Deus, esse é maravilhoso: a vida
eterna, preparada para aqueles que realmente, desde o início de sua
caminhada cristão vem buscando ao Senhor em integridade para com a sua
santa palavra e fortificando-se na fé para o louvor e Glória de Jesus.
João Pessoa, 05 de julho de 2012.