2. Livro da Fábrica das Naus
Livro escrito pelo Padre Fernando de Oliveira entre 1570 e
1580, onde descreve todos os pormenores da construção
naval; não havia nenhuma obra escrita nos anos anteriores,
a aprendizagem era feita pela tradição oral e contínua na
família.
«(…)os
nauios são necessários pera aarte da nauegação, & a
nauegação pera a gente desta terra de Portugal»
(Fernando de Oliveira)
3. Barca
Gil Eanes dobrou em 1434 o Cabo Bojador
numa “barcha”.
Este barco de boca aberta de um só
mastro e com vela quadrangular era usado
para navegação costeira e fluvial. Mais
tarde passam a usar a vela latina, nos
descobrimentos passou a ser usado como
navio de apoio.
4. Barinel
Com um porte maior que as barcas e
recurvado, possuía um ou dois mastros
e era usado para exploração da costa
africana, certifica-se de sua existência
entre os séculos XIV e XVI, este último é
a altura que cai em desuso. É então
substituída pela “caravela” de pano
latino.
5. Caravelas
O termo caravela surge pela primeira vez no
foral de Vila Nova de Gaia, doado em 1255
pelo rei D. Afonso III. Durante o século XV foi o
barco ideal para as explorações do Atlântico, as
típicas com três mastros envergando pano
latino tinham uma coberta e um castelo de
popa. As caravelas não tinham cesto da gávea,
pois as manobras com esse tipo de pano não
permitiam.
6. Caravela Redonda
Também conhecida como
caravela de armada e caravela
de guerra, possuíam quatro
mastros de pano latino
alternado com o pano redondo
decrescendo de tamanho da
proa para a popa. Eram
robustas, velozes e com poder
de fogo, a dimensão e forma do
casco tornavam-na incapaz para
cargueiro de longa distância,
mas em contra partida foi
fundamental na utilização nas
armadas de guarda costa.
7. Caravela Latina
Segundo algumas crônicas apareceram nos
descobrimentos, com dois mastros de pano
latino, uma coberta, um pequeno castelo
de popa com um só piso era ideal para
navegação em mares desconhecidos pela
facilidade que progredia contra o sentido
dominante do vento. Podia navegar junto a
costa, entrar em embocaduras de rios
enfim, adequada para a exploração
marítima.
8. Nau
Após as explorações marítimas e com
o conhecimento das rotas de
navegação, passou haver necessidade
de navios com maior capacidade,
assim nasce a nau no século XVI.
A nau portuguesa é caracterizada por
ser um navio redondo e de alto bordo
com maior capacidade de tripulação
e carga atendendo a necessidade de
viagens mais longas; tinham três
mastros e cestos da gávea. O seu
tamanho não parou de aumentar
porém, a sua ineficácia com grandes
dimensões passou a ser reconhecida
levando até a regulamentação da
carga máxima do transporte na
carreira da Índia.
9. Galeão
O galeão era um navio redondo de alto
bordo, como a nau, diferencia-se desta
pelo acrescento do mastro da contra-
mezena, este conferia uma qualidade
superior de manobra fundamental para
a guerra naval.
A forma afilada do casco permitia uma
maior velocidade de navegação. Existem
muitas dúvidas em relação a sua
designação que apareceu pela primeira
vez referida em documentação avulsa
em 1510.