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A casinha de chocolate

    Eb1 s. João de Deus
            2011
A casinha de chocolate




Era uma vez...

Há muito tempo, numa cabana perto de um grande bosque, vivia um pobre
   lenhador com os seus dois filhos, um rapaz e uma rapariga.
O menino chamava-se João, e a menina Maria, e o lenhador era tão pobre que tinha
   muita dificuldade em sustentá-los.
Um dia, João e Maria foram com o seu pai ao bosque buscar lenha e, sem darem
   por isso, afastaram-se tanto dele que, quando escureceu, acabaram por se
   perder.
Mas, tendo andado durante horas a tentar encontrar o seu pai ou, pelo
menos, sair do bosque, quanto mais andavam mais se afastavam da sua casa.
Cheios de fome e muito assustados, vaguearam a noite inteira pelo bosque
escuro, pensando que nunca mais voltariam à sua casa, até que, por fim,
muito cansados, aninharam-se debaixo de uma árvore e acabaram por
adormecer.
De manhã recomeçaram a caminhada, mas cada vez penetravam mais no
bosque, e tinham tanta fome que quase não conseguiam andar:
- Olha - disse João olhando para o ramo de uma árvore - que pássaro tão
bonito! Um pássaro, branco como a neve, estava pousado num ramo. O seu
canto era tão bonito que os meninos pararam para o ouvir. Quando o pássaro
branco parou de cantar, abriu as asas e levantou voo.
Sem saber muito bem porquê, João e Maria seguiram o pássaro branco,
que voava baixinho e muito devagar, como se os quisesse levar a algum
sítio.
Seguiram durante várias horas o pássaro, que finalmente pousou numa
bonita casinha.
As crianças dirigiram-se para lá, muito contentes porque tinham encontrado um
sítio onde podiam arranjar alguma coisa para comer, e saber como podiam sair
rapidamente daquele bosque sinistro. Mas qual não foi a sua surpresa quando
chegaram ao pé da casinha e viram que as paredes eram de bolo, o telhado de
chocolate, e os vidros das janelas de rebuçado transparente.
- Que grande banquete que vamos ter Maria! - exclamou João. Vou já comer um
grande bocado do telhado! Correram para a apetitosa casinha. Joãosubiu ao
telhado e começou a comer uma telha. Maria aproximou-se de uma janela e
lambeu o vidro. Ao ver que era doce, e como era muito gulosa, arrancou um
pedaço e chupou-o.
De repente, abriu-se a porta da casinha e saiu de lá de dentro uma velhinha.
As crianças ficaram tão assustadas que deixaram cair as guloseimas que
estavam a comer, mas a velhinha acalmou-as dizendo-lhes:
- Não tenham medo, queridos meninos.
Como é que chegaram até aqui?
- Perdemo-nos no bosque - respondeu Maria.
- E temos muita fome - disse João.
- Então venham - disse a velhinha. Venham e comam o que quiserem.
Dito isto, a velha fê-los entrar para dentro de casa. Depois preparou-lhes uma
apetitosa refeição, com bolos e leite, maçãs e nozes.
Mas naquela casa tudo estava ao contrário:
Mas a velha era na realidade uma bruxa malvada, que tinha construído a casinha para
atrair as crianças e as devorar.
Ao anoitecer, a bruxa preparou uma cama para as crianças que, como estavam muito
cansadas, se deitaram contentíssimas, pensando que tinham tido muita sorte em
encontrarem aquela velhinha tão boazinha, e adormeceram logo. Mas de manhã, a bruxa
tirou João da cama bruscamente e fechou-o numa gaiola. Depois disse a Maria:
- Prepara comida para o teu irmão, que está muito magro e tem de engordar. Quando
Todos os dias Maria tinha de preparar muita comida para João, que ia engordando pouco
a pouco.
- Mostra-me um dedo para ver se estás a engordar - dizia a bruxa ao menino. Mas João
mostrava um osso de galinha, e a bruxa, que via muito mal, acreditava que o osso era o
dedo da criança e que este ainda estava magro.
Depois de quatro semanas, a bruxa cansou-se de esperar e disse a Maria:
- Não sei acendê-lo; vais ter de me ensinar - respondeu Maria.
- Pequena inútil! - gritou a bruxa.
Vê lá se aprendes como se faz.
A velha abriu a porta do forno e meteu metade do corpo dentro dele para o
acender. Então, Maria empurrou-a e fechou-a lá dentro.
A bruxa gritava e batia na porta do forno, mas esta era de ferro e não havia
Maria correu a libertar o seu irmão. As crianças abraçaram-se e pularam de
alegria, e, como a bruxa já não lhes podia fazer mal, foram fazer um
reconhecimento à casa.
Qual não foi o seu espanto ao encontrarem vários cofres cheios de pérolas
preciosas! Encheram os bolsos de jóias e saíram a correr da casinha de
chocolate, ansiosos por voltar para ao pé do seu pai.
Não demoraram muito a encontrar caminho de regresso a casa, onde o pai os
recebeu chorando de alegria. E com as jóias da bruxa, viveram felizes para

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A casinha de chocolate

  • 1. A casinha de chocolate Eb1 s. João de Deus 2011
  • 2. A casinha de chocolate Era uma vez... Há muito tempo, numa cabana perto de um grande bosque, vivia um pobre lenhador com os seus dois filhos, um rapaz e uma rapariga. O menino chamava-se João, e a menina Maria, e o lenhador era tão pobre que tinha muita dificuldade em sustentá-los. Um dia, João e Maria foram com o seu pai ao bosque buscar lenha e, sem darem por isso, afastaram-se tanto dele que, quando escureceu, acabaram por se perder.
  • 3. Mas, tendo andado durante horas a tentar encontrar o seu pai ou, pelo menos, sair do bosque, quanto mais andavam mais se afastavam da sua casa. Cheios de fome e muito assustados, vaguearam a noite inteira pelo bosque escuro, pensando que nunca mais voltariam à sua casa, até que, por fim, muito cansados, aninharam-se debaixo de uma árvore e acabaram por adormecer.
  • 4. De manhã recomeçaram a caminhada, mas cada vez penetravam mais no bosque, e tinham tanta fome que quase não conseguiam andar: - Olha - disse João olhando para o ramo de uma árvore - que pássaro tão bonito! Um pássaro, branco como a neve, estava pousado num ramo. O seu canto era tão bonito que os meninos pararam para o ouvir. Quando o pássaro branco parou de cantar, abriu as asas e levantou voo.
  • 5. Sem saber muito bem porquê, João e Maria seguiram o pássaro branco, que voava baixinho e muito devagar, como se os quisesse levar a algum sítio. Seguiram durante várias horas o pássaro, que finalmente pousou numa bonita casinha.
  • 6. As crianças dirigiram-se para lá, muito contentes porque tinham encontrado um sítio onde podiam arranjar alguma coisa para comer, e saber como podiam sair rapidamente daquele bosque sinistro. Mas qual não foi a sua surpresa quando chegaram ao pé da casinha e viram que as paredes eram de bolo, o telhado de chocolate, e os vidros das janelas de rebuçado transparente.
  • 7. - Que grande banquete que vamos ter Maria! - exclamou João. Vou já comer um grande bocado do telhado! Correram para a apetitosa casinha. Joãosubiu ao telhado e começou a comer uma telha. Maria aproximou-se de uma janela e lambeu o vidro. Ao ver que era doce, e como era muito gulosa, arrancou um pedaço e chupou-o.
  • 8. De repente, abriu-se a porta da casinha e saiu de lá de dentro uma velhinha. As crianças ficaram tão assustadas que deixaram cair as guloseimas que estavam a comer, mas a velhinha acalmou-as dizendo-lhes: - Não tenham medo, queridos meninos. Como é que chegaram até aqui?
  • 9. - Perdemo-nos no bosque - respondeu Maria. - E temos muita fome - disse João. - Então venham - disse a velhinha. Venham e comam o que quiserem. Dito isto, a velha fê-los entrar para dentro de casa. Depois preparou-lhes uma apetitosa refeição, com bolos e leite, maçãs e nozes.
  • 10. Mas naquela casa tudo estava ao contrário:
  • 11. Mas a velha era na realidade uma bruxa malvada, que tinha construído a casinha para atrair as crianças e as devorar. Ao anoitecer, a bruxa preparou uma cama para as crianças que, como estavam muito cansadas, se deitaram contentíssimas, pensando que tinham tido muita sorte em encontrarem aquela velhinha tão boazinha, e adormeceram logo. Mas de manhã, a bruxa tirou João da cama bruscamente e fechou-o numa gaiola. Depois disse a Maria: - Prepara comida para o teu irmão, que está muito magro e tem de engordar. Quando
  • 12. Todos os dias Maria tinha de preparar muita comida para João, que ia engordando pouco a pouco. - Mostra-me um dedo para ver se estás a engordar - dizia a bruxa ao menino. Mas João mostrava um osso de galinha, e a bruxa, que via muito mal, acreditava que o osso era o dedo da criança e que este ainda estava magro. Depois de quatro semanas, a bruxa cansou-se de esperar e disse a Maria:
  • 13. - Não sei acendê-lo; vais ter de me ensinar - respondeu Maria. - Pequena inútil! - gritou a bruxa. Vê lá se aprendes como se faz. A velha abriu a porta do forno e meteu metade do corpo dentro dele para o acender. Então, Maria empurrou-a e fechou-a lá dentro. A bruxa gritava e batia na porta do forno, mas esta era de ferro e não havia
  • 14. Maria correu a libertar o seu irmão. As crianças abraçaram-se e pularam de alegria, e, como a bruxa já não lhes podia fazer mal, foram fazer um reconhecimento à casa.
  • 15. Qual não foi o seu espanto ao encontrarem vários cofres cheios de pérolas preciosas! Encheram os bolsos de jóias e saíram a correr da casinha de chocolate, ansiosos por voltar para ao pé do seu pai. Não demoraram muito a encontrar caminho de regresso a casa, onde o pai os recebeu chorando de alegria. E com as jóias da bruxa, viveram felizes para