2. FRAUDES
• 1. FRAUDES - A significação do termo é: burla, engano,
logro, tapeação. Pressupõe uma atitude previamente
deliberada para fazer parecer verdadeira uma coisa que é
falsa. As pessoas que não admitem serem os fenômenos
mediúnicos causados por inteligência estranha, por um
Espírito desencarnado, julgam-nos como fraudulentos. Mas
ninguém iria falsificar uma coisa que não existe; a
falsificação dos quadros famosos
pressupõe a existência de quadros autênticos.
Além disso, ninguém comete fraude sem
intenção de lucro, seja monetário, seja pessoal.
• As fraudes podem ser de dois tipos:
• Conscientes e Inconscientes;
3. • 1.1 FRAUDES CONSCIENTES, voluntárias. São de inteira
responsabilidade e conhecimento do encarnado, o qual
simula uma intervenção espiritual.
• Podem elas ser produzidas por:
• a) falsos médiuns, espertalhões que usam a sistemática
mediúnica para melhor iludirem a ignorância dos que os
procuram. Utilizam-se de processos mágicos de
prestidigitação ou ilusionismo, sempre para auferir lucros,
posições sociais de liderança ou glórias;
• b) verdadeiros médiuns, porém, não devidamente
preparados para a missão. Desconhecem a nobreza do
mandato que lhes foi outorgado. Quando os Espíritos
demoram para se manifestarem ou não estão presentes,
esses médiuns viciados entram com sua colaboração,
"ajudando a manifestação".
• Tais fraudes existem mais na categoria dos fenômenos
físicos, como: materializações, transfigurações, transportes,
operações espirituais, etc.
4. • 1.2 "FRAUDES" INCONSCIENTES.
• São simulações provocadas pela mente do médium sem
interferência da vontade. Neste caso, como bem estudou
ERNESTO BOZZANO, o médium não é consciente do que faz,
mas, graças aos poderes supra-normais que possui capta
conhecimentos e simula a personalidade de um desencarnado
ilustre.
• Não se caracteriza, neste caso, fraude, no sentido próprio da
palavra, que pressupõe intenção, deliberação, interesse. O
fenômeno apresenta apenas efeitos semelhantes aos da fraude,
uma vez que a mensagem passa por mediúnica, quando, de fato,
não há participação de entidade espiritual.
• O fato de alguns prestidigitadores conseguirem, pela extrema
habilidade e com o auxílio de instrumentos e de ajudantes, obter
fenômenos aparentemente extraordinários não implica em que
devamos generalizar, atribuindo todos os fenômenos de efeitos
físicos a fraudes.
• Porque charlatães anunciam e vendem drogas milagrosas, que
curam até o câncer, isto não significa que todos os
medicamentos existentes sejam destituídos de valor para o
tratamento das doenças.
5. MISTIFICAÇÕES
• 2. MISTIFICAÇÕES - ESPÍRITOS MISTIFICADORES.
• As mistificações provêm sempre de Espíritos desencarnados. Nem todos os
espíritos que se comunicam conosco vêm para trazer ensinamentos ou consolo.
• Entre os desencarnados, encontramos, como entre os homens, sábios,
presunçosos, ignorantes e brincalhões. Estes podem dar comunicações que
simulam provir de Espíritos evoluídos, os quais se destacaram, na vida terrena,
pela cultura ou por outros dotes de espírito; ou, mesmo sem se querer fazer
passar por notabilidades, trazem ensinos errados, ten-dentes a lançar a
confusão.
• Nem sempre os ensinos são ridículos ou muito chocantes. Podem ser
apresentados com argumentos sofistas, vestidos por vezes com linguagem
bonita e aprimorada, de modo a darem a impressão de que provêm de espíritos
muito cultos.
• Recorrem, outras vezes, a elogios, enaltecendo méritos do dirigente dos
trabalhos e dos médiuns do grupo, a fim de lhes captarem a simpatia. Formulam
teorias exóticas e atraentes, com noções inadequadas, trazidas da ciência ou
das religiões orientais e se arrogam títulos de grandes mestres.
• Alguns se dizem contemporâneos de Platão, Aristóteles ou até do Cristo. Outros
trazem detalhes fantasistas da vida em outros planetas. Dessa forma,
conseguem embair a boa fé dos Espíritos desprevenidos, os quais passam a
adotar seus ensinamentos absurdos.
6. • 2.1 - MISTIFICAÇÕES COM PARTICIPAÇÃO DOS MÉDIUNS.
• Kardec lembra que nada se prestaria melhor ao charlatanismo do que
explorar os espíritos com o fito de obter informes sobre questões
materiais. Essa modalidade suplantaria os métodos dos quiromantes e
adivinhos e daria grandes lucros.
• Mas seria tolice supor que os Espíritos estivessem às ordens para
satisfazer nossa curiosidade mesquinha.
• É conhecida a aversão que têm os Espíritos de certa evolução para
com tudo que demonstre cobiça e egoísmo. Eles nunca se prestariam
ao papel de comparsas dos interesseiros. Todavia, existem Espíritos
levianos, menos escrupulosos, que buscam ocasião de se divertirem à
custa dos encarnados.
• Há médiuns interesseiros, que nem sempre exigem remuneração
financeira, mas cujo objetivo está em ambições
as mais variadas, desde as dádivas materiais até
a proeminência social.
• Os Espíritos zombeteiros deles podem tirar
partido, embalando-lhes as ilusões.
Substituem os Espíritos bons, que se afastam,
ao perceberem as más intenções. O egoísmo
é um dos piores defeitos e os espíritos
evoluídos jamais se prestariam a estimulá-lo.
7. CONTRADIÇÕES
• 3. CONTRADIÇÕES. Os ensinos dos Espíritos às vezes apresentam
divergências e até contradições. Tais diferenças podem ser devidas aos homens
ou aos Espíritos comunicantes.
• As contradições devidas aos homens são consequências dos ambientes em
que vivemos e da educação que recebemos. Crescemos dentro de certos
conceitos, recebemos uma cultura que se sedimentou em cada povo.
• Como os Espíritos são atraídos segundo suas afinidades, não é de se estranhar
que partilhem das idéias comuns no ambiente e que divergem das idéias de
outros povos. Além disso, os Espíritos superiores, responsáveis pela orientação
dos outros, nunca violentam sua personalidade, impondo-lhes idéias corretas.
• O processo educativo, no plano extraterreno como no físico, tem de ser lento e
gradual. Como exemplo, temos as correntes espiritualistas anglo-saxônicas que
não aceitam ainda a reencarnação, o mesmo acontecendo com os Espíritos que
se comunicam.
• As contradições devidas aos Espíritos decorrem, pura e simplesmente, do
seu grau de adiantamento e da forma pela qual interpretam os fatos. Os
atrasados são incapazes de penetrarem profundamente na compreensão dos
problemas e têm idéias, por assim dizer, infantis. Suas comunicações trazem,
evidentemente, o cunho do seu pequeno descortínio. "As contradições de origem
espiritual têm por causa a diversidade natural das inteligências, dos
conhecimentos, da capacidade de julgar e da moralidade de certos Espíritos que
ainda não estão aptos a tudo conhecerem e compreenderem“ Livro dos Médiuns
- item 299
8. Abusos no exercício da mediunidade
• 4. Abusos no exercício da mediunidade. A mediunidade é
uma faculdade outorgada a muitas pessoas geralmente
como prova, oportunidade de resgatar faltas passadas.
• Seu exercício exige comportamento dentro dos princípios
cristãos e estudo permanente. Todo exercício mediúnico
fora dessas normas de conduta deve ser considerado como
abuso: praticar desordenadamente o mediunismo, a
qualquer hora e em qualquer lugar; não evitar os ambientes
deletérios; acreditar-se um missionário, usando desse
subterfúgio para dominar pessoas e instituições; praticar o
mediunismo, aceitando vantagens monetárias ou de outra
natureza; tudo isso é abuso e deve ser combatido.
10. • O passe é uma transfusão de energias físicas e espirituais; isto é, a
passagem de um para outro indivíduo de uma quantidade de forças
fluídicas.
• Há pessoas que tem uma capacidade de maior absorção e elaboração
dessas energias que emanam do Fluido Universal e das próprias
profundezas do espírito.
• Tal requisito as coloca em condições de transmitirem o potencial de
energias a outras criaturas que delas eventualmente estejam
necessitando. A aglutinação dessa força se faz automaticamente e
também atendendo aos apelos (prece) do passista que, então,
municiado com esta carga, a transmite ao paciente através da
imposição das mãos, sem haver a necessidade de tocar com a sua
mão o corpo do paciente, porque a força se projeta de uma para outra
aura, estabelecendo uma verdadeira ponte energética.
• O fluxo energético se mantém à custa da projeção da vontade do
passista como também de entidades espirituais que o auxiliam na
composição dos fluídos, não havendo, nesse último caso, necessidade
de incorporação mediúnica.
• O médium age sob a influência da entidade, somente. Sendo assim não
precisa falar, aconselhar, ou transmitir mensagens concomitantemente
ao passe.
• As forças fluídicas vitais dependem do estado da saúde do médium e
as espirituais do grau de desenvolvimento moral. Assim é que o
médium passista deverá estar, o mais possível, em perfeito equilíbrio
orgânico e moral.
11. • BIBLIOGRAFIA ESSENCIAL:
• Allan Kardec
• O Livro dos Médiuns - Caps. XXVII
• Léon Denis
• No Invisível - Cap. XXIV
• Emmanuel
• Caminho, Verdade e Vida - Cap. 153
• Religião dos Espíritos - Cap. 59
• Martins Peralva
• Estudando a Mediunidade - Cap. 26
Contato – mediunidade.coem@bol.com.br