1. Os cosméticos têm origem na Grécia Antiga, onde eram usados para ornamentar e trazer ordem ao corpo de acordo com os padrões de beleza da época.
2. No Egito Antigo, os egípcios já usavam maquiagem e produtos para cuidar da pele e dos cabelos, sendo considerados os primeiros a desenvolver a indústria cosmética.
3. Ao longo da história, o uso de cosméticos foi se desenvolvendo e popularizando cada vez mais, apesar de oscilações caus
3. Ou seja, se BELO deriva de KALÓN, aquilo
que agrada, que atrai o olhar, e ORDEM
(KOSMOS) é um dos elementos a compor, na
antiga Grécia, a ideia de beleza, então o
termo KOSMETIKÓS relaciona-se ao belo, à
ordem, ou ainda, em seu emprego mais
remoto, àquilo que agrada aos deuses.
4. No Paleolítico Superior (+ 30.000 a.C.) , o povo
Cro-Magnon já utilizava a maquiagem,
retirando da própria natureza as cores para
pintarem seus corpos com os próprios dedos.
Utilizava argila, frutos e folhas tanto para
pinturas rupestres como para pintar seus
corpos.
(VITA, Ana Carlota R. História da Maquiagem,
da Cosmética e do Penteado: Busca da
Perfeição. São Paulo: Anhembi Morumbi,
2008.)
5.
6. Ainda na pré-história, em muitas cerimônias religiosas queimava-se
incenso para perfumar o ambiente. Desta prática origina-se o termo
PERFUME, que em latim significa “por meio da fumaça”.
7. No Egito antigo, os egípcios
apreciavam a maquiagem dos olhos e
utilizava o Kohl, uma espécie de
carvão associado com óleo vegetal ou
gordura animal, usada ao redor dos
olhos para proteger dos raios solares
e repelir insetos, sendo considerada a
mais antiga maquiagem. As pálpebras
eram realçadas com pó a base de
malaquita na cor verde e a boca com
carmim extraído de um inseto.
(Oliveira, Lays Aylanne Borges; Araújo, Keila
Gomes de Souza; Fernandes, Yanne Maria de
Souza; Barbosa, Daniela Borges Marquez. Do
cosmético à camuflagem. In. IV Seminário de
Pesquisas e TCC da FUG, 2012)
8. Os antigos egípcios pintavam seus olhos para evitar olhar diretamente ao deus Rá.
Utilizavam produtos a base de sulfeto de amônio, altamente lesivo à saúde. Para a
pele utilizavam olhos perfumados e leite de cabra. Das plantas e da argila do Rio Nilo
produziam pós para o rosto, e pintavam seus lábios com carmim.
Prendedor de cabelos egípcio
11. GREGOS E ROMANOS
Os romanos pintavam seus rostos e corpos com giz para conseguir uma
aparência esbranquiçada e pálida. Criaram tratamentos para combater a acne
através da combinação de farinha de cevada e manteiga, e descoloriam os
cabelos com lixívia (atualmente conhecida como água sanitária), o que
resultava em muitas pessoas carecas. As mulheres romanas usavam máscaras
noturnas, feitas com ingredientes como miolo de pão e leite de jumenta para
melhorar e clarear a pele. A tez alva era um padrão de beleza a ser
alcançado.
Foi na cidade grega de Atenas que surgiu o mais antigo salão de beleza que se
tem notícia. Os gregos, improvisavam uma espécie de blush e batom,
manchando bochechas e lábios com suco de frutas vermelhas. Também
escureciam seus cílios com incenso negro.
12. Os antigos romanos faziam grande uso dos perfumes. Utilizavam-
nos em banhos públicos e até mesmo nos animais e no mobiliário.
Já os gregos utilizavam perfumes nos banhos e para combater
algumas doenças.
13. Há registros que o primeiro creme facial
do mundo tenha sido desenvolvido pelo
físico Galeno, no ano 150.
A fórmula trazia água, cera de abelha e
óleo de oliva.
14. IDADE MÉDIA
Durante a Idade Média, a Igreja Católica exercia o controle político e
social na Europa. O corpo passou a ser visto como o local onde o pecado
podia se manifestar por meio dos prazeres, da gula e da luxúria. Assim,
controlar os prazeres do corpo, e seus usos como instrumento de
sedução, passou a ser uma preocupação constante.
Neste contexto, o preparo e uso de cosméticos passou a ser visto como
algo nocivo à vida cristã.
Na segunda metade da Idade Média, com o movimento das Cruzadas e o
contato dos europeus com o Oriente, cosméticos voltaram a circular pelo
continente europeu, principalmente perfumes e maquiagens.
15. RENASCIMENTO
A partir do século XV a nobreza é a principal classe social a utilizar cosméticos.
Com o transcorrer dos anos, alguns produtos começaram a se popularizar,
como as fragrâncias e os agentes branqueadores usados no rosto. Esses
produtos eram compostos por carbonato, hidróxido e óxido de chumbo,
produtos lesivos à saúde e que podiam provocar paralisia muscular e até
mesmo a morte.
16. IDADE MODERNA (Séc. XV – XVIII)
• Cabelos: perucas extravagantes .
• Rosto: Excesso de pó (inclusive no colo e
ombros).
• Bochechas: avermelhadas com excesso de blush.
• Lábios: em forma de um pequeno coração.
• Época na qual a cosmética se expande: cremes
sofisticados, essências e águas.
• Mais de 600 cabeleireiros funcionavam em Paris.
• Na cidade de Colônia, Giovanni Maria Farina, em
1725, cria a “água de colônia”, à época também
conhecida por “água dos ricos”.
Para compor esta parte sobre a Idade Moderna, valemo-nos principalmente da apresentação em
Power Point da professora Elizabeth Carloto Falbota, intitulada “História da Cosmetologia”.
17. Em 1770, sob influência do puritanismo anglicano, o Parlamento Inglês proíbe o uso de
cosméticos enquanto estratégia de sedução. As mulheres que se maquiassem e
perfumassem poderiam ser acusadas de bruxaria.
“... Qualquer mulher que se imponha, seduza
ou traia no matrimônio por utilizar perfumes,
pinturas, cosméticos, produtos de limpeza, etc,
irá incorrer nas penalidades previstas pela lei
contra a bruxaria.”
18. SÉCULO XIX
Quase todas as classes sociais usavam cosméticos, mas
ainda muitos produtos eram tóxicos. Sombras e batons
continham ingredientes venenosos como sulfeto de
mercúrio e beladona. O óxido de zinco, que é usado
ainda hoje, foi apresentado como pó facial para
substituir as versões mortais.
19. SÉCULO XX
Durante os anos 1900 a indústria de cosméticos cresceu substancialmente. Em
1913, a máscara para cílios, como conhecemos hoje, foi desenvolvida pelo
químico francês Eugène Rimmel. Logo se tornou popular em toda a Europa.
20.
21. David McConnell
(1858 – 1937)
Vendedor de livros de porta em porta que
adotou a estratégia de presentear seus clientes
com pequenas amostras de perfume em cada
venda. Foi quando percebeu que seus clientes
estavam mais interessados nos perfumes do
que nos livros. Assim surgiu a empresa Avon
(1886).
22. HELENA RUBINSTEIN
(1871 – 1965)
Polonesa, ainda jovem migrou para a
Austrália, onde percebeu que as mulheres
possuíam a pele prejudicada pelo Sol.
Como levara consigo alguns cremes, abriu
um salão de beleza em Melbourne em
1902. O negócio expandiu-se para,
Londres, Paris e Nova York. Helena
mudou-se para os Estados Unidos, onde
fundou sua própria empresa de
cosméticos e tornou-se uma das mulheres
mais ricas do seu tempo, o que
demonstra o poder econômico que a
indústria dos cosméticos começou a
auferir no início do século XIX.
23. “Bonecas de porcelana”. Pó de arroz em tons creme e marfim. Batons de tons
vermelhos e em formato de coração. Olhos pintados em tons escuros e
sobrancelhas finas.
Referência: Mazarotto, Letícia: http://mantostore.blogspot.com.br/2013/03/como-era-maquiagem-nos-anos-20-30-
e-40.html
24. “No início dos anos trinta uma pele era como uma ‘Gardênia’ (branca, parecendo cera)
ou ‘Rosa Chá’ (marfim com um toque de rosa) foram as faces mais populares. Portanto
pós aplicados em marfim, lilás claro ou com um leve toque verde eram a pedida do
momento. Para os olhos, sombra escura foi usada no vinco da pálpebra superior e
ligeiramente borrada para criar um efeito de profundidade. Os cílios (muitas vezes
postiços) foram adotados. A boca deveria ter lábios carnudos com um arco alongado
que arredondava a forma original e também largas nos cantos. Este tipo de boca foi
chamada de botão de rosa, boca de passarinho.” (Letícia Mazarotto)
25. “Belezas naturais (natural com "um pouco de ajuda") eram o ideal nos anos quarenta. Os
lábios deveriam parecer maiores (mais carnudos) e macios. Para este efeito, o lábio
superior era um pouco exagerado. Também popular usar o esmalte de acordo com a
roupa e os acessórios. Por isso, uma grande quantidade de cores foram adotadas,
especialmente azul, marrom, tons de vermelhos, verde, amarelo mostarda, preto, azul
marinho, ameixa e malva.” (Letícia Mazarotto)
34. “Em 1974 a linha de hidratantes
corporais Love's Baby Soft lançou
uma série de propagandas usando
a inocência infantil como
campanha. A polêmica girou na
temática e na construção estética
da campanha: um adulto,
caracterizado como criança era
apresentado com o título: “Porque
a inocência é mais sexy do que
você pensa”.
Fonte:
http://www.propagandashistoricas.
com.br/2014/01/loves-baby-soft-
inocencia-sexy-1974.html
36. INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA
Campus Garopaba
CORPO, BELEZA E COSMÉTICOS (Recortes da
história do corpo 2)
Professor: Viegas Fernandes da Costa
Material produzido para o componente
curricular “História da Beleza” do curso de
Noções Básicas em Cosmetologia.
Março de 2014.
Bibliografia Básica:
• Falbota, Elizabeth Carloto. História da Cosmetologia. Apresentação em ppt.
•- Kury, Lorelai; Hargreaves, Lourdes; Valença, Máslova Teixeira. Ritos do corpo. Rio de Janeiro: Senac, 2000.
• Mazarotto, Letícia. Como era a maquiagem nos anos 20, 30 e 40? In.
http://mantostore.blogspot.com.br/2013/03/como-era-maquiagem-nos-anos-20-30-e-40.html
• Oliveira, Lays Aylanne Borges; Araújo, Keila Gomes de Souza; Fernandes, Yanne Maria de Souza; Barbosa, Daniela
Borges Marquez. Do cosmético à camuflagem. In. IV Seminário de Pesquisas e TCC da FUG, 2012
•Sant’Anna, Mara Rúbia. De perfumes aos pós: a publicidade como objeto histórico. Revista Brasileira de História,
São Paulo, v. 32, nº 64, 2012. p. 299-324.
• Vita, A. C. R. História da Maquiagem, da Cosmética e do Penteado: Busca da Perfeição. São Paulo: Anhembi
Morumbi, 2008.